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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA


6° PERÍODO

GENEÍRES MÁRCIA LOPES DOS SANTOS


MARIA DE LOURDES SILVA ALMEIDA
TUANY FABRÍCIA BATISTA SANTOS

2ª Webquest:
APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO

SÃO JOSÉ DO EGITO-PE


2022
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GENEÍRES MÁRCIA LOPES DOS SANTOS
MARIA DE LOURDES SILVA ALMEIDA
TUANY FABRÍCIA BATISTA SANTOS

2ª Webquest:
APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório sobre a vivência da prática


pedagógica e/ou do estágio, apresentado
para obtenção de nota parcial da disciplina
de Estágio II do curso de Licenciatura em
Pedagogia da Universidade de Pernambuco
- UPE, sob a orientação da professora Stela
Matutina Vieira de Souza.

SÃO JOSÉ DO EGITO-PE


2022
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 03
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 05

2.1. Referencial Teórico ............................................................................... 05


2.2. Metodologia............................................................................................ 08
2.3. Apresentação das atividades desenvolvidas/resultados ....................... 11

3. CONCLUSÃO..................................................................................................13
4. BIBLIOGRAFIA............................................................................................... 14
5. ANEXOS..............................................................................................................

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1. Introdução

O estágio é uma etapa fundamental no desenvolvimento e aprendizagem dos


alunos. Esse costuma ser o primeiro contato com as profissões e as funções que se
deseja seguir. Cumpre observar preliminarmente, que a fase do estágio, e toda a
experiência adquirida durante o processo é de grande relevância para a vida de um
graduando, pois é um período de extrema contribuição para uma boa formação,
considerando também, que o estágio permite uma sintonia perfeita entre as
vivências práticas e o aprendizado em sala de aula, durante as observações no
campo de estágio.

O período de observação é relevante, considerando de como é o


desenvolvimento de uma rotina escolar e a interação entre aluno/professor, bem
como as metodologias adotadas nos vários momentos de experiências. No tocante,
é importante salientar o quão podemos aprender e exercer a profissão de educador,
por meio da observação da atuação de outro profissional, e também participando de
atividades em sala de aula.

O Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental, mais precisamente nos


anos iniciais, faz parte de uma etapa de tantas outras experiências que se
consolidam como uma rica oportunidade no que tange o elo entre teoria e prática,
além da experiência de acompanhar o aprendizado dos alunos, em torno dos eixos
primordiais da Educação Básica que já fazem parte da expansão do processo de
alfabetização da criança. Nesse relatório, pretendemos apresentar os resultados
obtidos do estágio supervisionado II, que ocorreu na turma do 3° ano “A”, do Ensino
Fundamental I, na Escola Municipal Helena Maria de Siqueira Brito, localizada no
Distrito de Riacho do Meio, Município de São José do Egito-PE. Este trabalho tem a
intenção de evidenciar nossas experiências no decorrer do período de estágio,
vivenciando na prática as aprendizagens da teoria. Tenciona apresentar as
instituições campos de estágio, o período de extensão e as atividades
desenvolvidas.

Visando analisar a importância do estágio para a atuação do profissional


docente é de grande relevância para sua formação. Como bem destaca Freire
(1987, p. 26): “quando vivemos a autenticidade exigida pela prática, de ensinar a
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prender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica,
gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mão
dadas com a decência e com a serenidade”. Portanto, como futuros profissionais da
educação, teremos a consciência de que se faz necessário estudar a teoria, assim
como é necessário colocarmos em prática tudo aquilo que em sala de aula foi
teoricamente estudado.

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2. Desenvolvimento

2.1 Referencial teórico:

A ludicidade no processo de aprendizagem é, evidentemente, muito difundida


na educação. É através de jogos e brincadeiras que as crianças desenvolvem
aptidões físicas, mentais e emocionais, fatores estes tão relevantes no momento da
alfabetização, também conseguem criar identidade e desenvolver sua autonomia, o
raciocínio lógico e a linguagem. Os jogos estimulam a criança a usar muito sua
mente para formular estratégias para cada etapa da ação. Piaget considera como
"jogos" todo ato de brincar. O autor complementar a tese, ratificando que os jogos
fazem parte da vida da criança e são expressão do próprio ser, sendo de suma
importância no processo de educação. Chiquin in Oliveira (2022), defende a
premissa de que “uso de jogos e brincadeiras como uma ferramenta potente para
facilitar a aprendizagem e promover o contato e socialização de crianças com e sem
deficiência durante a retomada gradual das aulas presenciais, além de ajudar na
formação de valores e aquisição de conhecimentos”.

Convém lembrar que atualmente, estamos vivendo em uma sociedade em


que as crianças chegam à Instituição escolar com diferentes tipos de conhecimentos
em relação à cultura letrada. É importante que o educador faça o uso da leitura e da
escrita, utilizando diversos recursos, sobretudo, construa oportunidade e momentos
que fortaleçam a inclusão e interação entre todos. Nesse contexto, Chiquin in
Oliveira (2022) destaca que “uma educação inclusiva de qualidade não pode estar
desassociada da brincadeira e do jogo, porque é por meio delas que a criança vai
desenvolver uma série de capacidades e terá seu pleno desenvolvimento,
compreendendo a questão de conteúdos, de atividades de seu cotidiano como as
regras, as interações com os objetos e o meio e a diversidade de linguagem”.

Alfabetizar através do lúdico, além de desenvolver atividades ainda mais


proveitosas, devemos considerar o fato de que a criança se sente atraída pelas
experiências práticas, fazendo com que esta sinta prazer em desenvolver tais
atividades. Os efeitos causados pelo “brincar” ao desenvolver atividades escolares
começam a ser investigados por pesquisadores da área da educação que
consideram a ação lúdica como sendo uma espécie de “metacomunicação” que

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possibilita a criança a compreender o pensamento e a linguagem do outro através
de ações lúdicas, como jogos e brincadeiras. Neste cenário, os docentes como
sendo os responsáveis pela alfabetização dessas crianças, podem possibilitar
situações significativas que venha a propiciar também o conhecimento científico por
meio da ludicidade, protagonizando novas descobertas e proporcionando outros
tipos de linguagens que sejam prazerosas para essas crianças. De acordo com
Vygotsky, (1994, p. 132-133):

(...) o objeto adquire uma função de signo, com uma história própria ao
longo do desenvolvimento, tornando-se, nessa fase, independente dos
gestos das crianças. Isso representa um simbolismo de segunda ordem e,
como ele desenvolve no brinquedo, consideramos a brincadeira do faz de
conta um dos grandes contribuintes para o desenvolvimento da linguagem
escrita, que é um sistema de simbolismo de segunda ordem.

Nesse contexto, é notável que durante o período de alfabetização, o professor


deve promover momentos prazerosos com a realização da leitura e da escrita
através do lúdico, proporcionando o momento da leitura mediante histórias como:
contos de fadas, leitura de gibis, o contato direto com os livros infantis, reconto de
histórias a partir de leituras de imagens, entre outros. É importante que durante as
aulas as crianças realizem a leitura e a escrita utilizando atividades lúdicas. No
entanto, ainda de acordo com Vygotsky (1984, p. 27), “é na interação com as
atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir
numa esfera cognitiva”. Na visão do autor a criança se desenvolver de forma mais
proveitosa através de atividades lúdicas,ao invés das atividades tradicionais. Isso
acontece, tanto pela experiência de uma situação imaginária, quanto pela realidade
vivida no dia a dia. No tocante, a ludicidade é um recurso metodológico proveitoso,
inclusive quando se trata de criança com deficiência, pois esta consegue
acompanhar o restante da turma através das atividades lúdicas, integrando-o ao
ensino regular; possibilitando que este consiga imaginar, criar e brincar com a
ludicidade construindo oficinas, manipulando objetos, jogos e se envolvendo em
atividades significativas, concretas e que desperte em crianças com algum tipo de
limitação, o prazer de conquistar seus objetivos. Neste sentido, segundo NHARY,
(2006):

Qualquer tipo de atividade lúdica seja ela brincadeiras, jogos, brinquedos


cantados, favorecem o processo de inclusão, pois durante a brincadeira há
o processo de integração entre as crianças, elas estão aprendendo a
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compartilhar, a serem cooperativas umas com as outras, a respeitar os
limites impostos por elas mesmas que participam da brincadeira ou jogo, “a
ludicidade constitui um traço fundamental das culturas infantis. Brincar não
é exclusivo das crianças, é próprio do homem e uma das suas atividades
sociais mais significativas”. (SARMENTO apud NHARY, 2006, p.57)

Tanto os jogos como as brincadeiras proporcionam, no processo de ensino e


aprendizagem, desenvolvimento físico mental e intelectual. No que tange a
alfabetização, não basta transformar tudo em jogo e encarar a atividade como dada
e encerrada, se não promover situações-problema e desafios, favorecendo a
argumentação para traçar estratégias que permitam pensar sobre o jogo, a atividade
não trará aprendizado. Estratégias no processo de ensino e aprendizagem, favorece
o desenvolvimento de distintas atividades lúdicas, significativas e contextualizadas
em relação em estudante. Conforme afirma Kishimoto (2005, p 42), “o jogo torna-se
uma forma especial para aprender os conteúdos escolares”. É brincando que a
criança experimenta situações, conflitos e supera desafios, que vão proporcionar,
além do próprio prazer de brincar, o seu pleno desenvolvimento.

Ao levar o lúdico para a escola está se promovendo algo diferenciado que


ajuda os alunos a resgatar o prazer, mudar sua visão de escola e dar um novo
sentido ao processo de aprendizagem, pois trabalhar com as emoções, além de
contribuir na concretização de propostas cognitivas que levam a construir conceitos
e dominar habilidades, pode transformar as metodologias do ensino. Assim, os
jogos, os brinquedos, as brincadeiras e as dinâmicas são as ferramentas
indispensáveis para a criação de um ambiente criativo, diferente, inovador e
significativo. (SANTOS, 2011, p.12).

Convém ressaltar que, as atividades lúdicas são, sem sombra de dúvidas,


uma grande aliada do fazer pedagógico, mas para que tal recurso cumpra o seu
papel de agente transformador do espaço educativo é necessário mudança de
postura por parte dos educadores, uma vez que os jogos e brincadeiras não podem
ficar reservados apenas para os horários menos nobres como os intervalos entre
uma atividade e outra ou até mesmo para o recreio, mas sim serem incorporados
nas atividades diárias de sala de aula por meio de uma renovada ação
metodológica, que por sua vez dinamize a prática de ensino, assumindo assim seu
importante papel no centro difusor do conhecimento.

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2.2 Metodologia:

Durante o desenvolvimento do projeto “Ludicidade e alfabetização: Brincando


também aprende” com o intuito de compreender a ludicidade, através de jogos e
brincadeiras, como uma ferramenta eficaz no processo de alfabetização e
letramento no âmbito inclusivo; trabalhando o letramento de forma lúdica e
alfabética, como principal ferramentas pedagógicas. Tais ações, foram realizadas
nos estágios, na Escola Municipal Helena Maria de Siqueira Brito na turma de 3º ano
“A”, do Ensino Fundamental I, da professora regente Taynar Déborah Soares
Gomes. A escola de Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) e fundamental II (6º ao 9º
ano),é localizada no distrito de Riacho do Meio, Zona rural do município de São José
do Egito - PE, no estado de Pernambuco. A instituição é uma entidade pública, que
atende através da Rede Municipal de ensino e possui um quantitativo de 378
estudantes, sendo que 163 nos anos iniciais (fundamental I) e 215 (fundamental II).
Possui um quadro de 09 professores de fundamental I e 11 professores de
fundamental II. Detém de uma estrutura ampla, comportando 09 salas de aula, sala
de direção, secretaria, sala de professores, sala de coordenação, biblioteca,
banheiros femininos e masculinos, depósitos, cozinha, refeitório, banheiro para
funcionários e de acesso adaptado para pessoas com deficiência física. Dispõe
também de lavanderia, quadra de esportes coberta, tem uma boa ventilação e
iluminação. Em seu planejamento de ações na efetivação da prática pedagógica, a
instituição abrange processos e práticas de gestão do trabalho pedagógico,
orientados diretamente para assegurar o sucesso da aprendizagem dos estudantes.

Durante o período de observação no campo de estágio (22 de Agosto a 02 de


Setembro),mediante a metodologia da professora Taynar Déborah Soares Gomes,
foi constatada a imensa interação dos alunos com a mesma, além dos alunos entre
si e com o meio escolar; visto que a ótima relação entre professor/aluno e também
aluno/aluno, é de suma importância essa relação no desenvolvimento cognitivo e
também no processo de ensino-aprendizagem no escopo da construção do
conhecimento. Vale ressaltar o compromisso com a construção do conhecimento do
aluno pela educadora, prezando seus métodos da descoberta e instigando a
autonomia do educando.

Em uma de suas aulas, seguindo na rotina diária, a professora fez a acolhida


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com a turma com o calendário, destacando no quadro, dia, mês e ano; contou
coletivamente às crianças que estavam presentes na aula e enquanto isso, ela já
preparava a leitura do dia. Em seguida, deu sequencia a aula cm a atividade,
fazendo uso do livro didático. A turma em si, ostenta uma sintonia proveitosa nas
proposições ofertadas pela professora, onde demonstram um bom nível de
aprendizagem, interação e disposição nas atividades propostas, que instigam a
sociabilidade, criticidade eautonomia. É preciso apontar que é uma turma energética,
que necessita estar sempre em atividade, sobretudo, que prenda sua atenção, de
modo que, as atividades propostas não a deixe perder tempo com conversas banais
e brincadeiras “fora de hora”, pois isso, acaba por distrair a turma e perder o foco, no
que tange o objetivo da aula.

Outro ponto positivo observado durante as regências na turma da professora


Taynar, foi o dinamismo e ludicidade que utiliza em suas aulas. Ferramentas
importantes na educação, recursos bastante explorados pela professora em suas
leituras e atividades. Tendo em vista os aspectos observados, ao analisar as
metodologias adotadas pela professora, nota-se que é uma profissional que prima
pelo mais alto grau de aprendizagem dos alunos. Embora a turma ainda comporte
alguns alunos que tem dificuldades na escrita e na leitura. Quando pensamos em
aprendizagem, precisamos ter um olhar diferenciado e amplo e com certeza, a
professora Taynar, adota essa conduta, enxergando que a trajetória da criança vem
carregada de histórias, que por sua vez, torna-se geradora de conhecimento e isso,
faz todo sentido quando temos este olhar considerando todo o contexto cultural
deste indivíduo.

Além do PPP (Projeto Político Pedagógico) que a instituição desempenha,


existem outros projetos que são elaborados e desenvolvidos pela equipe da
instituição, para o bom desempenho da prática pedagógica, assumindo os princípios
de convivência, como sendo indispensáveis à organização de sua vida cotidiana,
contribuindo para o desenvolvimento de suas relações, pautadas no respeito à
dignidade da pessoa humana, a convivência fraterna e a construção coletiva da
cidadania de seus diversos usuários, seja alunos ou colaboradores. É dessa forma
que se integra a esta instituição, uma educação com foco na construção de uma
cultura de paz que depende de uma educação baseada em valores essenciais no

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contexto educacional, objetivando a formação de sujeitos éticos, responsáveis e
comprometidos com o mundo a sua volta; visando às mudanças sociais, ambientais
e políticas, necessárias a preservação da vida na terra.

No processo de alfabetização e letramento é possível aliar o lúdico, mas isso


não quer dizer que o brincar seja uma prática padronizada. Foi possível constatar
que esses momentos são vivenciados através de brincadeiras, de contato com
diversos materiais como livros, revistas, jornais, entre outros recursos, no trabalho
com jogo dos 7 erros, caça palavras, jogo da memória com letras, adivinha de
palavras, etc. que resulta em um trabalho muito positivo.

É satisfatório presenciar e conviver, mesmo que por um curto período de


tempo, com pessoas carismáticas e comprometidas com o bem estar do aluno e
com o excelente aprendizado que está sendo conquistado através da metodologia
da professora regente. Com relação aos valores como educadora, pode-se dizer que
estes são viabilizados, como: comprometimento em assumir a responsabilidade de
ser uma profissional, se doando em prol daquilo em que acredita para uma boa
educação; dedicação e um ensino de qualidade que visa a excelência em
conhecimento; ética, no que diz respeito aos valores familiares e sociais; valorização
do potencial de seus alunos, reconhecendo e respeitando individualmente suas
limitações ou progresso que venham a conquistar; responsabilidade e
comprometimento com a vida e o bem estar social de todos, sem exceções.

Enfim, o estágio é um processo de aprendizagem indispensável para um


profissional que deseja estar preparado para enfrentar os desafios de sua formação.
Nele está à oportunidade de assimilar a teoria e a prática, conhecer a realidade do
dia-a-dia, no que o acadêmico escolheu para exercer e entender a realidade que se
vive e que irá trabalhar, pois o acadêmico em hipótese alguma, poderá ocupar um
espaço educacional, sem conhecer de perto a realidade escolar, e os problemas que
os cerca no contexto atual.

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2.3 Apresentação das atividades desenvolvidas/resultados:

Durante o processo de estágio, no escopo de uma observação participante


houveram muitos elementos que envolvem o cotidiano escolar e que puderam ser
observados e avaliados. Nas observações no campo de estágio, ESCOLA
MUNICIPAL HELENA MARIA DE SIQUEIRA BRITO, concretiza-se que a relação
professor e aluno são de extrema interação, respeito, afeto, amor e
responsabilidade. Nossa metodologia utilizada foi a observação participante na
escola atrelada as leituras e estudos bibliográficos que tratam acerca da prática
pedagógica e, ainda, sobre a importância do estágio na formação do pedagogo,
favorecendo, desse modo, novos direcionamentos pedagógicos para a educação
básica nos anos iniciais, além de servir como embasamento para as práticas de
construção e reconstrução do conhecimento docente.

Acerca disso, após o período de estágio, construímos um projeto, baseado


nas observações no campo de estágio, no intuito de contribuir para o processo de
alfabetização e letramento das crianças através da ludicidade, em prol de trabalhar o
letramento de forma lúdica e alfabética, no contexto inclusivo, tendo como principal
ferramenta os jogos pedagógicos. O referido projeto detém o tema “LUDICIDADE E
ALFABETIZAÇÃO: brincando também aprende”, que tem como principais objetos
concretos, jogos e brincadeiras no escopo de desenvolver atividades atrativas, no
tocante a promover momentos de letramento, alfabetização e leitura, com o
propósito também de oportunizar a criança de ser protagonista e personagem
principal nesse elo envolvente, promovendo também o contato e socialização de
crianças com e sem deficiência, além de ajudar na formação de valores e aquisição
de conhecimentos. Concerne-se que o referido projeto, envolve a ludicidade como
principal instrumento. Seguem assim, algumas das atividades a desenvolvidas no
projeto, como sendo o resultado final do trabalho iniciado no período de estágio:

 Jogos de letramento, com identificação de letras, escrita e composições de


sílabas e palavras;
 Bingo de palavras (Adaptação a brincadeira “batatinha-quente”, uma caixa vai
passando de mão em mão, ao som de uma música. Quando a música para
de tocar, o aluno retira de dentro da caixa, uma imagem e que deve ser

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exposta aos demais, no intuito que tentem escrever o nome da imagem
apresentada);
 Jogo das palavras (Formar palavras com sílabas fatiadas);
 Música “Misturando os bichos” de Bento e Totó, com leitura e exploração da
letra da música. Os discentes misturam nomes de bichos e criam outros,
exemplo: BORBOLETA + MACACO = BORBOLECACO. (Apresentar imagens
de animais para as crianças, para que essas usem a criatividade para criar
outro como o exemplo acima, além de deixá-los livres para usarem outros
animais, sem que estejam nas imagens apresentadas);
 Ditados lúdicos (Usando uma caixa, com números a serem sorteados, o aluno
ao tirar um determinado número, o identifica nas bexigas numeradas e ao
estourá-la, dentro da dela, contém imagem de um animal citado na música
“Misturando os bichos” de Bento e Totó, ela deve localizar entre várias fichas,
o nome desse animal, cuja ficha estará incompleta, faltando sílabas. A criança
então, vai escrever a palavra na lousa, completando-a com a sílaba faltosa. A
criança terá que escrever o nome desse animal na lousa);
 Gincanas com brincadeiras e jogos pedagógicos (atividades em grupo, em
prol de trabalharmos a interação e socialização entre os alunos);

O projeto foi norteado e baseado em pesquisa de campo, através dos


estágios realizados na turma, referências bibliográficas e abordagens descritivas,
com teóricos que fortalecem a tese de que através da ludicidade, o conhecimento é
construído, onde apresentam informações primordiais a respeito do lúdico no
processo de ensino e aprendizagem do aluno. Tal temática visa contribuir com a
ideia de que a criança quando explora o concreto, no âmbito do “brincar com as
palavras”, ela aprende e constrói alicerces de compreensão e utilização de lógicas
simbólicas, assim como da capacidade e habilidade em perceber, criar, manter e
desenvolver laços de afeto e confiança em si e no outro. A ludicidade é de extrema
relevância para a aprendizagem da criança, ela deve ser explorada e vivenciada de
maneira constante, pois constitui a base de aquisição motora posterior,
possibilitando a vivencia da experiência, do jogo simbólico, da reflexão e do
desenvolvimento social, cultural e pessoal, assim proporciona a socialização e a
aquisição do conhecimento.

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3. Conclusão

O estágio, como bem ressaltado nas premissas anteriores, foi de grande


relevância para todos nós. O período foi marcado por grandes experiências que
resultou na excelência de um projeto, no escopo de seu objetivo. A prática do
estágio nos trouxe significativas contribuições, em prol de uma prática abrangente e
proveitosa, no sentido de contribuir com a evolução no desenvolvimento do aluno
com relação às dificuldades na assimilação das atividades, expostas e praticadas
em sala de aula, no teor de suas abordagens.

As observações realizadas, bem como o projeto vivenciado, foram momentos


de grande significação, de construção e reconstrução de conhecimento, pois na
intermediação das atividades, também aprendemos muito. Pudemos de forma geral,
desenvolver a proposta de trabalho elaborada e, simultaneamente, de refletirmos
sobre nossas ações e de termos a certeza que estamos no caminho certo. O estágio
nos possibilitou não somente na compreensão das teorias estudadas, mas
principalmente no campo da análise e reflexão acerca da prática. Nesse ínterim,
consolida-se que teoria e prática durante o estágio é fundamental, fortalecendo o elo
entre a construção de conhecimentos e o processo de ensino-aprendizagem, no
âmbito de formar, nesse período, pessoas reflexivas, investigativas, pesquisadoras,
no escopo de proporcionar aos alunos uma aprendizagem totalmente significativa.

Neste sentido, se faz necessário dizer que, ao focar em um curso de


formação de professores, inclusive professores alfabetizadores, é notável o fato de
que a prática e a teoria devem estar atreladas juntamente nessas disciplinas,
embora saibamos que somente a formação inicial não suprirá todas as
necessidades e dúvidas do professor em sala de aula. Diante disso, fica evidente
que essas vivências no âmbito escolar nos trás a certeza de que é de fundamental
importância investir em formação continuada desses profissionais, aperfeiçoando os
conhecimentos adquiridos durante a graduação, bem como uma atualização quanto
às metodologias desenvolvidas em sala de aula.

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4. Bibliografia

 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base

Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2017;

 HENZ, Rossana Regina Guimarães Ramos. Alfabetização e Letramento.

2.ed. Recife: UPE/NEAD, 2011.

 KISHIMOTO, TizukoMorchida. Jogo brinquedo, brincadeira e a educação.

8 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

 NÖRNBERG, Marta. Formação em contextos de estágio e


desenvolvimento profissional. São Leopoldo: Oikos, 2017.

 OLIVEIRA, Maria Victória. Como jogos apoiam a interação entre crianças

com e sem deficiência. Publicado em 03 de fev de 2022. Disponível em:

https://porvir.org/como-jogos-apoiam-a-interacao-entrecriancas-com-e-sem-

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 PIMENTA, S.G. (org.). O estágio e a docência. São Paulo: Cortez, 2004.

 TFOUNI, L.V. Letrando e alfabetizando. São Paulo: Cortez, 1995.

 SANTOS, Santa Marli Pires dos. O brincar na escola: Metodologia

Lúdicovivencial, coletâneas de jogos, brinquedos e dinâmicas. 2 ed.

Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

 VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,

1984.

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