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PROJETO DE ENSINO:
O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
ITAJUBÁ / MG
2018
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PROJETO DE ENSINO:
O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
ITAJUBÁ / MG
2018
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RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................5
3.3 Problematização......................................................................................21
3.4 Objetivos..................................................................................................22
3.5 Conteúdos................................................................................................22
3.6 Processos de Desenvolvimento ..............................................................22
3.7 Tempo para a Realização do Projeto......................................................26
3.8 Recursos Humanos E Materiais .............................................................27
3.9 Avaliação ................................................................................................27
1. INTRODUÇÃO
investigar sobre este tema é importante para mostrar que o lúdico é um método que
contribui para que a criança se desenvolva, pois, é através do brincar que a criança
descobre, inventa, ensina regras, experimenta, relaxa e desenvolve habilidades.
Diante deste contexto, surge a problematização deste projeto de ensino nas
seguintes questões: Quais são as metodologias utilizadas para a inserção de
atividades lúdica apropriados para essa determinada idade? De que forma a
realidade é levada para dentro da escola, trabalhando com o lúdico?
O espaço da sala de aula, por muitas vezes, não propicia ao aluno a
aquisição do conhecimento de forma lúdica e descontraída, fazendo as aulas
cansativas, desinteressantes e não associadas ao contexto em que vive o
educando. Sendo assim, as atividades por meio do lúdico podem contribuir para a
motivação da aprendizagem, fazendo com que o ambiente escolar seja vivenciado
com alegria e interação com as pessoas que ali participam.
Neste sentido, o objetivo geral do presente estudo se consiste em apresentar
a importância da atividade lúdica como forma de facilitar a motivação do aluno, bem
como analisar o lúdico como uma ferramenta pedagógica que os professores podem
utilizar em sala de aula, como técnicas metodológicas na aprendizagem. Pensando
neste contexto que propus uma série de atividades lúdicas, que valorizem o
processo de construção do espaço e a vivencia das brincadeiras, pois atividades
lúdicas, geralmente são empregadas no ensino da matemática, contudo, elas devem
ser inseridas em outras disciplinas, porque, assim, ela facilitará o aprendizado da
mesma e motivará, tanto crianças como adultos, a aprenderem.
Os recursos utilizados no desenvolvimento das atividades propostas serão
tempo, espaço, e interesse de todos os participantes, pois serão atividades em
grupos aonde será favorecida a convivência em grupo e demais habilidade. As
atividades lúdicas não é somente brincadeiras ela desenvolve uma nova forma de
ensinar ou seja é uma nova pratica pedagógica, aonde durante as brincadeiras será
avaliado o desenvolvimento dos alunos no processo de ensino aprendizado.
O referencial teórico utilizado para o desenvolvimento deste projeto de ensino
foi feito em cima de obras de autores como vygtsky, Freinet, Piaget, Klshimoto entre
outros, pois são autores que mostraram em suas obras a importância do lúdico no
desenvolvimento infantil e na educação, e também para os docentes que após
aderirem essa nova pratica pedagógica, proporcionará a seus alunos uma nova
forma de aprender.
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2 REFERÊNCIAL TEORICO
Para que ocorra a prática do lúdico, em sala de aula, nas séries iniciais do
Ensino Fundamental é imprescindível que o educador venha conhecer as fases do
desenvolvimento infantil, segundo Piaget, para que possa desenvolver brincadeiras
de acordo com o estágio de desenvolvimento cognitivo da criança. Desta forma, terá
êxito em suas atividades e as crianças estarão desenvolvendo todas as suas
potencialidades. A teoria de Vygotsky exibe a importância de o indivíduo relacionar-
se com o meio em que vive através de brincadeiras, pois desta forma estará
vivenciando situações sociais que o ajudarão a tornar-se um indivíduo mais seguro.
O professor das séries iniciais precisa conhecer esta teoria para que possa orientar
as crianças durante as atividades lúdicas, considerando o seu contexto sociocultural.
estudo. Entretanto, acredito que para melhor compreensão dos estágios a qual
necessito para o foco de análise é importante ter claro esse desenvolvimento desde
o princípio.
Período sensório-motor (0 a 2 anos):
A inteligência sensório-motora é qualificada pela falta de pensamento,
representação ou linguagem. No entanto pode-se subdividir este estágio em seis
estágios: exercícios reflexos; primeiros hábitos; reações circulares secundárias;
coordenação dos esquemas secundários; estágio de reações circulares terciárias e
começo da interiorização dos esquemas.
No primeiro que corresponde aos exercícios reflexos que vai de 0 a 1 mês,
ainda que as aprendizagens sejam significativas, estão submetidas à esfera dos
reflexos. Entre 1 a 4 meses e meio, chamado de estágio dos primeiros hábitos, são
onde as reações centram-se no corpo do bebê que, por exemplo, aprende a levar o
dedo à boca. Na fase dos 4 meses e meio a 8-9 meses mais ou menos, onde as
reações circulares secundárias os elementos externos ao corpo de bebê são
incorporados aos esquemas até então construídos. O bebê vai à busca dos objetos
desaparecidos. No estágio da coordenação dos esquemas secundários surge o
comportamento instrumental e a busca pelos objetos desaparecidos. Se um
obstáculo é colocado entre o bebê e o objeto que ele deseja alcançar, ele
desenvolve meios para remover o obstáculo e alcançar seu fim. Este acontece de 8-
9 a 11-12 meses mais ou menos.
Já no estágio de reações circulares terciárias o bebê já aprendeu ou está
aprendendo a andar e sai em busca de novidades, de algo novo. Este vai dos 11-12
a 18 meses mais ou menos.
No estágio da interiorização dos esquemas a criança pode reconstruir
deslocamentos invisíveis dos objetos. A criança começa a aprender a separar seu
eu, ou seu desejo, da realidade. Como se pode perceber, nesse período a criança
conhece o mundo pelas suas ações, não tendo noção do tempo e do espaço que só
vão sendo adquiridos pela vivência.
A palavra, lúdico vem do latim “ludus” e significa brincar. Esse brincar abrange
o brinquedo, brincadeira e jogo. Esses elementos fazem parte do mundo infantil,
pois são atividades exercidas pelas crianças desde o início da humanidade. São
indispensáveis para a aprendizagem e para o desenvolvimento do indivíduo como
um todo. Não é possível pensar no desenvolvimento da criança sem considerar a
prática do brincar, pois como afirma Santa Marli Pires dos Santos (1997) “as
atividades lúdicas são a essência da infância. ”
A escola como instituição educativa tem o compromisso de fazer com que
essa prática lúdica de fato aconteça, pois é uma proposta metodológica que
contribui para uma vida mais prazerosa e significativa. Através do lúdico a escola
estimula à criança a uma melhor relação com o seu ambiente social. Segundo
Ângela Cristina Munhoz Maluf: “Brincar sempre foi e sempre será uma atividade
espontânea e muito prazerosa, acessível a todo o ser humano, de qualquer faixa
etária, classe social ou condição econômica”. (2009, p.17).
O brincar faz parte da vivência da criança, é um modo dela interagir com o
mundo de forma criativa e saudável. As atividades lúdicas devem ser inseridas na
prática escolar, pois é por meio da brincadeira que a criança nos mostra toda a sua
forma de comunicação, sua linguagem, seus sentimentos, emoções. Além disso, é
uma maneira da criança compreender melhor a realidade em que vive.
Ainda para Maluf, a criança brincando se prepara para que a aprendizagem
aconteça de modo saudável e prazeroso. Contribui para que se torne um adulto
mais equilibrado, tanto física quanto emocionalmente. Conseguirá enfrentar os
obstáculos do dia a dia com mais facilidade e compreensão. Para Bettelheim (1988)
apud Angela Cristina Munhoz Maluf, “brincar é muito importante: enquanto estimula
o desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os
hábitos necessários a esse crescimento”. (p. 19).
Acredito que o desenvolvimento de atividades lúdicas seja uma das maneiras
mais eficazes de envolver o aluno e fazê-lo aprender. Aprender com alegria é muito
importante, porque proporciona para a criança um condicionamento mais criativo, de
autonomia e efetividade. É uma forma de conhecer-se a si mesmo, desenvolvendo
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cumprida. Portanto, o ato lúdico fica em segundo plano. Angela Cristina Munhoz
Maluf corrobora esta evidência, afirmando que:
Tânia Ramos Fortuna afirma que uma aula lúdica, também, é aquela que leva
os alunos a serem desafiados e serem atuantes no processo de ensino
aprendizagem e não somente aquela aula que tem jogos.
Santa Marli Pires dos Santos (1997) faz algumas considerações importantes
acerca da inserção do lúdico no ambiente de sala de aula. Aponta que um das
causas que leva essa ausência do lúdico na escola pode não ser culpa do
profissional da educação. No entanto, a falha pode estar na formação do professor,
pois não foram preparados. As discussões em torno da prática lúdica em sala de
aula não fizeram parte de sua formação. Aquilo que não se vivência não se aplica
com segurança. É preciso que o professor passe por vivências pessoais para que
possa utilizar o lúdico na sua prática pedagógica. Conforme a autora, alguns cursos
de pedagogia não contemplam ao professor informações e vivências a cerca do
brincar, discutindo o desenvolvimento infantil numa perspectiva social, cultural,
afetiva, criativa e histórica. (p. 28)
Para ela, os cursos deveriam inserir no currículo um pilar novo: formação
lúdica, que representa uma formação pessoal. Significa, para Borja (apud Maluf
2009) “a experimentação de uma formação pela via corporal”. (p.13). Essa formação
pessoal viabiliza uma maior experiência do professor em relação ao lúdico. Vivenciar
para depois aplicar e viver junto com o aluno. Santos (1997) reforça que “quanto
mais o adulto vivenciar sua ludicidade, maior será a chance de este profissional
trabalhar com a criança de forma prazerosa” (p. 14). Muitos são os estudos em torno
da importância de incorporar o lúdico no âmbito escolar, mas o que ainda falta é
torná-lo concreto na maioria das escolas brasileiras, falta fazer desses estudos
aplicação efetiva entre os muros das escolas. Como afirma Adriana Friedmann:
Nessa mesma linha de pensamento, Maluf (2009) acrescenta dizendo que “As
atividades lúdicas precisam ocupar um lugar especial na educação.” Isso significa
um avanço no âmbito da escola, é preciso ter consciência da sua importância e
utilizá-las como ferramenta necessária no currículo escolar para o desenvolvimento
e aprendizagem do aluno.
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Segundo Freire (1996, p.47) "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." Assim o
professor pode, por meio do lúdico, proporcionar essa construção e essa produção
do conhecimento pelas crianças.
Na escola, a criança tem a possibilidade de combinar os jogos de livre
escolha com os jogos organizados. Por isso, o professor, na questão do lúdico, é de
suma importância, pois ele não será somente alguém que transmite conhecimento,
mas quem diretamente influenciará novas formas de ensinar e novas maneiras de
aprender.
Ser educador em tempos de mudanças educacionais é uma tarefa árdua, pois
estamos marcados pela ansiedade, medo, resistência e ao mesmo tempo
esperança. Navega-se sem bússola em caminhos desconhecidos e só tem uma
saída: a formação continuada, para que possam se atualizar constantemente de
forma a se manter à frente dos processos inovadores da área educacional.
Atualmente, a educação exige que os educadores sejam multifuncionais, não
apenas educadores, mas psicólogos, pedagogos, filósofos, sociólogos,
psicopedagogos, recepcionistas e muito mais para que possam desenvolver as
habilidades e a confiança necessária nos educandos, para que tenham sucesso no
processo de aprendizagem e na vida (QUEIROZ, MARTINS; 2002, p.5).
Cabe ao professor criar situações adequadas para provocar curiosidade na
criança e estimular a construção de seu conhecimento. O aspecto criativo do
professor em sala de aula é fundamental.
O professor deve atuar como alguém que entende essa importância e,
consequentemente, dedica tempo para a brincadeira diariamente dentro da escola.
Entretanto, os brinquedos não devem servir na sala de aula como um instrumento
para se preencherem os espaços vazios, mas “a ideia é de fazer da brincadeira um
objeto de estudo para conhecer mais o aluno e os processos de desenvolvimento
em que ele se encontra” (VITÓRIA, 2005, p.32).
3.2 Justificativa
3.4 Objetivos
Objetivo Geral:
Contribuir no processo de alfabetização dos alunos através de atividades
lúdicas, que alimentem o imaginário infantil e contribuam para o desenvolvimento da
leitura e escrita;
Objetivos Específicos
Reconhecer o jogo como ferramenta didática imprescindível no processo
ensino aprendizagem;
Planejar atividades lúdicas voltadas para o domínio do sistema alfabético,
leitura e produções de textos.
Identificar a importância do lúdico no desenvolvimento e aprendizagem da
criança na fase da alfabetização;
Adaptar e elaborar jogos para alfabetização de forma interativa com o grupo;
3.5 Conteúdos
Leitura e escrita;
Reconhecimento de números; Cálculos, raciocino, Resolução de Problemas
Cidadania, Cooperatividade e Sociabilidade;
Música, Criatividade e Reciclagem;
Diversos outros conteúdos poderão surgir, conforme a demanda observada
pelo professor em sala de aula.
O caça palavras reciclado como também o bingo das sílabas, além de serem
de fácil manuseio levantam uma bandeira de extrema relevância nos dias de hoje, a
questão da sustentabilidade, pois são confeccionados com material 100% recicláveis,
o que os torna de baixo custo. Ao contrário das opções que temos no mercado
atualmente com tecnologias muito avançadas, aumentando muito o custo do
produto, e nem sempre motivando as crianças que já encontram tudo pronto,
limitando sua participação no processo. E em muitos casos não dão um retorno tão
bom como esperado.
Como jogar
O caça palavras reciclado desafia o aluno a fazer a junção de sílabas
variadas para formar palavras em sentidos diversos. Desta forma, assim que
conseguir formar a palavra o aluno deve usar uma borrachinha conforme desenho.
Outra possibilidade é escrever em fichas algumas das palavras do tabuleiro para
que os alunos as localizem. É possível ter mais de um jogador, basta ter
borrachinhas de cores diferentes. Assim cada jogador será representado por uma
cor.
Qual foi o assunto tratado pelo texto? Vamos fazer um desenho bem bonito sobre a
música?
Explicar aos alunos que a música será colocada para tocar uma vez para os
alunos ouvirem e na segunda vez os alunos deverão fazer desenhos relativos ao
tema da música. Ao término da música todos os alunos deverão colocar os lápis de
cor em cima da carteira mesmo não tendo terminado o desenho. A música será
Melô do Dinheiro da cantora Adriana e a Rapaziada. Disponível em:
<http://www.kboing.com.br/musica-e-letra/adryana-e-a-rapaziada/1161429-melo-do-
dinheiro/> Explorar a música: o que fala a música que acabamos de ouvir? É uma
música lenta ou rápida?
Para a presente aula, brinque com eles o jogo da mímica. Antes de iniciar o
jogo, distribua para o aluno que vai fazer a mimica um cartãozinho com a figura do
substantivo que deverão imitar. Por exemplo: macaco, mãe, galo, ovelha e assim por
diante. Em seguida, divida a turma em duas equipes e cada vez, uma tenta adivinhar
o que um dos seus integrantes está imitando. Se conseguir, marca pontos e joga de
novo, se não, passa a vez para a outra equipe. Enquanto o colega do grupo
adversário está fazendo a mímica o outro marca o tempo para que adivinhem.
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ATIVIDADE APLICADA
Avaliação X
3.9 Avaliação
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
modificar seu contexto familiar e social, sendo sujeito ativo na sociedade em que
está presente.
Portanto, na elaboração deste projeto de ensino, constatou-se que o lúdico é
um fator importante para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, podendo
transformar as aulas rotineiras em momentos ricos na aprendizagem, de forma mais
significativa e divertida. As atividades lúdicas além de auxiliar no desenvolvimento
cognitivo, social, afetivo e motor, tornam-se uma ferramenta que aproxima o aluno
do professor, criando vínculo, um fator muito importante para que o processo de
alfabetização aconteça.
As reflexões presentes neste projeto podem auxiliar educadores em sua ação
pedagógica para que se promova um ensino de qualidade, acessível a todos,
letrando, alfabetizando e formando cidadãos de forma lúdica, porém responsável,
para que se tornem sujeitos de seu desenvolvimento individual e social.
Este trabalho foi de grande valia para minha formação como pessoa e como
futura pedagoga, pois me proporcionou o interesse de sempre em oferecer aulas
dinâmicas e divertidas, com a utilização de jogos educativos e brincadeiras.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS