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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


PEDAGOGIA – 7º FLEX e 8º SEMESTRE

SUELI APARECIDA DA SILVA LOPES

PROJETO DE ENSINO:
O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

ITAJUBÁ / MG
2018
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SUELI APARECIDA DA SILVA LOPES

PROJETO DE ENSINO:
O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Projeto de Ensino apresentado ao curso de Pedagogia


da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como
requisito parcial para a obtenção do título da disciplina de
Projeto de Ensino em Educação do 8º semestre.
Orientador: prof. Natália Gomes dos Santos
Tutor eletrônico: Suelen Bueno Carneiro Toledo
Tutor de sala: Edilene Pereira Mendes Rennó
 

ITAJUBÁ / MG
2018
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LOPES, Sueli Aparecida da. O Lúdico no Processo de Alfabetização. 30 folhas.


Projeto de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Pedagogia) -
Universidade Norte do Paraná, Itajubá, 2018.

RESUMO

Esse projeto de ensino tem como tema O Lúdico no Processo de Alfabetização. A


escolha deste tema se deu devida de uma experiência vivenciada no decorrer da
realização do Estágio Supervisionado, onde pude constatar que o lúdico trabalhado
através de jogos e brincadeiras, era inserido no processo de aprendizagem de
maneira insatisfatória e devido ao fato de percebermos o quanto o lúdico vem sendo
cada vez mais esquecido pela sociedade, inclusive na escola, pois sabemos que ele
é imprescindível no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Notemos que uma das maiores dificuldades presentes no processo de alfabetização
está na falta de vontade ou de interesse do aluno por compreender o sistema da
escrita. Sendo assim, contamos com o fator favorável do uso do lúdico nas aulas, já
que este traz consigo uma gama de elementos que fazem com que a criança se
identifique com o que está sendo trabalhado, porque traz um universo que é familiar
a ela para dentro da sala de aula. Com o objetivo de resgatar o lúdico para a sala de
aula, serão desenvolvidas atividades lúdicas com a função de desenvolver
habilidades e capacidades das crianças nessa fase inicial, como coordenação
motora, orientação espacial, ritmo, equilíbrio, organização temporal e
desenvolvimento da linguagem. A avaliação será através da observação e
participação dos alunos nas atividades. Será utilizado referencial teórico de autores
como Piaget, Vygotsky, os parâmetros curriculares nacionais, Almeida entre outros.

Palavras-chave: Lúdico. Alfabetização. Habilidades. Crianças. Atividades Lúdicas.


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................5

2 REFERÊNCIAL TEORICO ......... ............................................................................7

2.1 Teorias de Jean Piaget e Vygotsky: A importância para a prática lúdica em


sala de aula .........................................................................................................7
2.1.1 Teoria Cognitiva de Jean Piaget .......................................................7
2.1.2 Teoria Sócio-Histórica de Vygotsky..................................................10

2.2 IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.....12

2.3 DIREITO DE BRINCAR: O LÚDICO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ...............14

2.4 O LÚDICO COMO MEIO EDUCACIONAL ............... ................. ........................15

2.5 O LÚDICO E O EDUCADOR ...............................................................................17

2.6 FORMANDO VALORES POR MEIO DE BRINCADEIRAS .................................19

3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO. ...................21

3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA..........................................................................21


3.2 justificativa...............................................................................................21

3.3 Problematização......................................................................................21
3.4 Objetivos..................................................................................................22
3.5 Conteúdos................................................................................................22
3.6 Processos de Desenvolvimento ..............................................................22
3.7 Tempo para a Realização do Projeto......................................................26
3.8 Recursos Humanos E Materiais .............................................................27
3.9 Avaliação ................................................................................................27

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................27


5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................................29
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1. INTRODUÇÃO

O atual trabalho procura sustentar a importância da aplicação lúdica no


espaço escolar, mostrando que o lúdico pode e deve ser utilizado como recurso
pedagógico aplicado nas series iniciais. O lúdico, a brincadeira, os jogos, em sua
forma geral, é importante para o desenvolvimento da alfabetização das crianças na
idade escolar e em especial nas séries iniciais do ensino fundamental.
O projeto de ensino está voltado a linha de pesquisa no âmbito da docência
na educação infantil, especificamente nas series inicias. A ideia de imediato foi
possui uma grande relevância, pois se compreende que as brincadeiras fazem parte
da infância e cabe ao professor desenvolver estratégias para a aprendizagem dos
conteúdos onde os seus alunos aprendam com prazer e satisfação, as brincadeiras
promovem alegria. O tema está relacionado aos eixos estudados nas disciplinas
durante o curso de pedagogia, dessa maneira podemos compreender que os
profissionais da área da educação precisam dos conhecimentos adquiridos.
Apesar dos debates acerca da relevância da utilização de atividades
prazerosas no processo de alfabetização serem muito intensos nos últimos anos,
percebe-se que no ambiente escolar nem sempre elas se fazem presentes. O lúdico,
que deveria ocupar lugar de destaque no processo de alfabetização, é visto por
muitos professores ainda como um passatempo, ou seja, sem relação com o
aprendizado.
A escolha da temática se deu em virtude de uma experiência vivenciada no
decorrer da realização do Estágio Supervisionado, onde pude constatar que o lúdico
trabalhado através de jogos e brincadeiras, era inserido no processo de
aprendizagem de maneira insatisfatória.
A justificativa pelo desenvolvimento deste tema e deu em perceber os
desafios que este possui, uma vez que possuo um grande apresso em trabalhar com
crianças, e também por compreender que os jogos e brincadeiras devem ser
explorados por todos os professores, pois estamos em uma época em que a
tecnologia avança aceleradamente inclusive na educação, mas as atividades lúdicas
não podem ser esquecidas no cotidiano escolar; porque a alternativa de trabalhar de
maneira lúdica em sala de aula é muito atraente e educativa. Desse modo, estudar e
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investigar sobre este tema é importante para mostrar que o lúdico é um método que
contribui para que a criança se desenvolva, pois, é através do brincar que a criança
descobre, inventa, ensina regras, experimenta, relaxa e desenvolve habilidades.
Diante deste contexto, surge a problematização deste projeto de ensino nas
seguintes questões: Quais são as metodologias utilizadas para a inserção de
atividades lúdica apropriados para essa determinada idade? De que forma a
realidade é levada para dentro da escola, trabalhando com o lúdico?
O espaço da sala de aula, por muitas vezes, não propicia ao aluno a
aquisição do conhecimento de forma lúdica e descontraída, fazendo as aulas
cansativas, desinteressantes e não associadas ao contexto em que vive o
educando. Sendo assim, as atividades por meio do lúdico podem contribuir para a
motivação da aprendizagem, fazendo com que o ambiente escolar seja vivenciado
com alegria e interação com as pessoas que ali participam.
Neste sentido, o objetivo geral do presente estudo se consiste em apresentar
a importância da atividade lúdica como forma de facilitar a motivação do aluno, bem
como analisar o lúdico como uma ferramenta pedagógica que os professores podem
utilizar em sala de aula, como técnicas metodológicas na aprendizagem. Pensando
neste contexto que propus uma série de atividades lúdicas, que valorizem o
processo de construção do espaço e a vivencia das brincadeiras, pois atividades
lúdicas, geralmente são empregadas no ensino da matemática, contudo, elas devem
ser inseridas em outras disciplinas, porque, assim, ela facilitará o aprendizado da
mesma e motivará, tanto crianças como adultos, a aprenderem. 
Os recursos utilizados no desenvolvimento das atividades propostas serão
tempo, espaço, e interesse de todos os participantes, pois serão atividades em
grupos aonde será favorecida a convivência em grupo e demais habilidade. As
atividades lúdicas não é somente brincadeiras ela desenvolve uma nova forma de
ensinar ou seja é uma nova pratica pedagógica, aonde durante as brincadeiras será
avaliado o desenvolvimento dos alunos no processo de ensino aprendizado.
O referencial teórico utilizado para o desenvolvimento deste projeto de ensino
foi feito em cima de obras de autores como vygtsky, Freinet, Piaget, Klshimoto entre
outros, pois são autores que mostraram em suas obras a importância do lúdico no
desenvolvimento infantil e na educação, e também para os docentes que após
aderirem essa nova pratica pedagógica, proporcionará a seus alunos uma nova
forma de aprender.
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2 REFERÊNCIAL TEORICO

2.1 Teorias de Jean Piaget e Vygotsky: A importância para a prática lúdica em


sala de aula

Para que ocorra a prática do lúdico, em sala de aula, nas séries iniciais do
Ensino Fundamental é imprescindível que o educador venha conhecer as fases do
desenvolvimento infantil, segundo Piaget, para que possa desenvolver brincadeiras
de acordo com o estágio de desenvolvimento cognitivo da criança. Desta forma, terá
êxito em suas atividades e as crianças estarão desenvolvendo todas as suas
potencialidades. A teoria de Vygotsky exibe a importância de o indivíduo relacionar-
se com o meio em que vive através de brincadeiras, pois desta forma estará
vivenciando situações sociais que o ajudarão a tornar-se um indivíduo mais seguro.
O professor das séries iniciais precisa conhecer esta teoria para que possa orientar
as crianças durante as atividades lúdicas, considerando o seu contexto sociocultural.

2.1.1 Teoria Cognitiva de Jean Piaget

Segundo Piaget, conhecer as várias fases do desenvolvimento é de extrema


importância para educadores, uma vez que o interesse por determinadas atividades
lúdicas, variam de acordo o estágio em que a criança se encontra.
Para o autor, os aspectos cognitivos, afetivos, físico-motores, linguísticos,
sociais e morais se desenvolvem de maneira integrada. Esse processo acontece a
partir do momento em que a criança interage com o seu meio social, constrói seu
saber na interação e assimila algumas informações de acordo com o seu estágio de
desenvolvimento.
Ainda conforme o autor, a criança passa por alguns estágios de
desenvolvimento cognitivo, divididos em quatro andamentos distintos, conforme as
aquisições que lhes são características. Esses estágios são: sensório-motor, pré-
operatório, operatório-concreto e o operatório formal. É fundamental que se conheça
esses estágios do desenvolvimento infantil descritos por Piaget (1983, p. 237 a 241),
para que os educadores possam desenvolver atividades lúdicas coerentes com o
nível de desenvolvimento intelectual da criança. Serão apresentados todos os
estágios, embora os primeiros não correspondam à idade escolar da criança em
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estudo. Entretanto, acredito que para melhor compreensão dos estágios a qual
necessito para o foco de análise é importante ter claro esse desenvolvimento desde
o princípio.
 Período sensório-motor (0 a 2 anos):
A inteligência sensório-motora é qualificada pela falta de pensamento,
representação ou linguagem. No entanto pode-se subdividir este estágio em seis
estágios: exercícios reflexos; primeiros hábitos; reações circulares secundárias;
coordenação dos esquemas secundários; estágio de reações circulares terciárias e
começo da interiorização dos esquemas.
No primeiro que corresponde aos exercícios reflexos que vai de 0 a 1 mês,
ainda que as aprendizagens sejam significativas, estão submetidas à esfera dos
reflexos. Entre 1 a 4 meses e meio, chamado de estágio dos primeiros hábitos, são
onde as reações centram-se no corpo do bebê que, por exemplo, aprende a levar o
dedo à boca. Na fase dos 4 meses e meio a 8-9 meses mais ou menos, onde as
reações circulares secundárias os elementos externos ao corpo de bebê são
incorporados aos esquemas até então construídos. O bebê vai à busca dos objetos
desaparecidos. No estágio da coordenação dos esquemas secundários surge o
comportamento instrumental e a busca pelos objetos desaparecidos. Se um
obstáculo é colocado entre o bebê e o objeto que ele deseja alcançar, ele
desenvolve meios para remover o obstáculo e alcançar seu fim. Este acontece de 8-
9 a 11-12 meses mais ou menos.
Já no estágio de reações circulares terciárias o bebê já aprendeu ou está
aprendendo a andar e sai em busca de novidades, de algo novo. Este vai dos 11-12
a 18 meses mais ou menos.
No estágio da interiorização dos esquemas a criança pode reconstruir
deslocamentos invisíveis dos objetos. A criança começa a aprender a separar seu
eu, ou seu desejo, da realidade. Como se pode perceber, nesse período a criança
conhece o mundo pelas suas ações, não tendo noção do tempo e do espaço que só
vão sendo adquiridos pela vivência.

 Período pré-operatório (2 a 7 anos)


Esse período se subdivide em três estágios que são aparecimento da função
simbólica (2 a 4 anos); Organizações representativas (de 4 a 5 anos e meio) e
Regulações representativas articuladas.
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No primeiro, a função simbólica aparece de diferentes maneiras: na


linguagem e no jogo simbólico. A criança tem dificuldades de noção espacial se este
não estiver próximo e também de localizar-se no tempo quando este não for o
presente.
No segundo estágio, a criança começa a realizar as primeiras estruturas
representativas, é o momento em que se revelam as interrogações a cerca dos
objetos a serem manipulados.
Por fim, no terceiro estágio, acontece o começo de ligação entre os estados e
a transformação. Esse período, definido por Piaget, tem como característica mais
marcante o jogo simbólico. É a fase em que a criança é capaz de utilizar objetos que
lhes são ausentes, através do brinquedo. Então, os educadores precisam oferecer
em sala de aula brinquedos para que as crianças possam utilizá-los como meios
para suas representações simbólicas. A criança tem a capacidade mental de criar
símbolos. Por exemplo, é capaz de reproduzir uma situação sem a presença dos
objetos que faziam parte da ação. É a fase em que imitam, fantasiam aos seus
desejos.
 Período operatório-concreto (7-8 anos a 11-12 anos)
Nesse período, acontece o desenvolvimento do pensamento lógico. A criança
já consegue demonstrar a capacidade para a seriação e a classificação. O lúdico
precisa contemplar atividades que desenvolvam essas capacidades. O pensamento
lógico característico dessa fase só é possível com uso do concreto e não de forma
hipotética ou abstrata. Por isso, a presença de jogos e brincadeiras é importante
nessa fase. É uma forma de mostrar à criança as coisas de maneira mais concreta e
real. Nesse sentido, a aprendizagem só será significativa se a criança vivenciar,
sentir, ver e agir.
 Período operatório formal (12 anos em diante)
Nesse estágio o indivíduo amplia suas capacidades adquiridas na fase
anterior. Consegue resolver problemas de forma abstrata e situações de forma
hipotética, exercitando operações mentais dentro da lógica formal. Nesse sentido, a
criança/adolescente possui o pensamento livre dos limites da realidade concreta, é
capaz de aplicar operações lógicas. O indivíduo tem condições de realizar cálculos
que envolvam probabilidades e organiza-se no grupo, estabelecendo relações de
cooperação. Portanto, nesse estágio o intelecto que a criança/adolescente alcança
permanecerá na idade adulta
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Por isso, conhecer as fases cognitivas e entender como elas acontecem é


fundamental para o trabalho lúdico em sala de aula. Desta forma, o educador
compreenderá as atitudes e as reações vivenciadas pelas crianças nessas
atividades, podendo contribuir de maneira mais satisfatória para o crescimento do
discente. Além disso, possibilita ao professor desenvolver atividades mais
adequadas à fase em que as crianças se encontram.

2.1.2 Teoria Sócio-Histórica de Vygotsky


Para que educadores possam estar desenvolvendo o trabalho com o lúdico
em sala de aula, faz-se necessário compreender como se dá a relação do indivíduo
com o meio em que está inserido. A criança desenvolverá melhor e com mais êxito
suas relações sociais no futuro se for dado a ela a oportunidade de vivenciar
atividades lúdicas durante a infância. Brincando, a criança vai aprendendo as regras
de conduta social sem perceber.
As ideias de Vygotsky e seus discípulos acerca das brincadeiras são muito
importantes para compreendermos o processo de desenvolvimento da criança. Para
ele, o desenvolvimento humano acontece na interação do homem com o ambiente
na qual vive, ocasionando mudanças ao indivíduo. À medida que o homem modifica
esse ambiente através de suas atitudes e comportamentos, estará influenciando
suas atitudes futuras. Acredita, também, que todas as informações que o indivíduo
recebe não são absolutamente absorvidas desse meio, mas recebidas pelas
pessoas que convivem com ele. Essas informações adquiridas sempre são
carregadas de significado social e histórico e serão reelaboradas pelo sujeito,
conforme as individualidades de cada um.
O autor mostra como acontece a relação entre o desenvolvimento e a
aprendizagem. Nesse sentido, ele compreende que o nível evolutivo de uma criança
não se dá de forma individual, independente, somente com seu nível de
desempenho real. É preciso avaliar esse nível a partir do que a criança é capaz de
fazer e de desenvolver com a ajuda e colaboração de outra pessoa, sejam eles
colegas ou pessoas mais capazes. Essa avaliação do desenvolvimento da criança é
definida por Vygotsky como nível de desenvolvimento potencial. Assim, no dizer do
autor, são atividades que a criança só consegue realizar mediante a ajuda de
outrem.
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Entre o nível de desenvolvimento real e o potencial, Vygotsky denominou o


conceito de desenvolvimento proximal. É a distância entre um e outro. Uma
atividade em que ela só faz com a ajuda de outro, mas a partir do processo de
maturação conseguirá fazer sozinha. Esse conceito discute uma nova maneira de
pensar as práticas educativas, que deverão objetivar o desenvolvimento daquilo que
ainda a criança não conseguiu desenvolver e que está na zona de desenvolvimento
proximal.
Essa perspectiva educacional, de acordo com a teoria de Vygotsky, define o
papel do professor no processo de desenvolvimento da criança, dando a ela
instruções, orientações que estimule o nível de desenvolvimento proximal, a fim de
que avance nas suas funções mentais, sendo capaz de resolver situações mais
complexas. Desta forma, a criança vai progredindo no seu processo de
desenvolvimento.
Para esse autor, o jogo envolve uma situação imaginária que a criança cria,
sendo a brincadeira nesse mundo infantil a imaginação em ação. Defende, também,
que não existe atividade lúdica sem que as regras estejam presentes. No momento
em que se tem uma situação imaginária, que se constitui como brinquedo,
automaticamente as regras estão inseridas, embora que essas não apareçam de
forma explícita e não sejam regras formalizadas.
Para Vygotsky (1971) apud Friedmann (2006) “a atividade lúdica é decisiva no
desenvolvimento da criança porque liberta de situações difíceis.” Isso significa que
na brincadeira a criança pode sentir que as coisas não são como aparentam ser. A
situação na qual está vivenciando com a brincadeira possibilita orientar-se pelo
significado da situação.
Vygotsky acredita que o lúdico é fundamental para o desenvolvimento da
cognição infantil, e as situações que a criança imagina contribui para desenvolver o
pensamento abstrato, conforme os significados dados à criança pelo objeto e ação.
Elkonin, discípulo de Vygotsky apud Friedmann diz que:

“a brincadeira e o jogo evoluem de uma situação inicial, em que o papel e a


situação imaginária são explícitos e a regra é latente, para uma situação em
que a regra se torna explícita e a situação imaginária e o papel latentes.
Essa é a principal mudança no brincar durante seu desenvolvimento.”
(2006, p. 34; 35)
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Isso significa que ao brincar a criança passa a vivenciar esse mundo


imaginário, valendo as regras impostas por ela no decorrer da brincadeira. Para
Leontiev, outro discípulo de Vygotsky, o objetivo do jogo e da brincadeira não é o
seu resultado, mas sim o processo de como essa brincadeira acontece.
A forma, segundo ele, para uma criança entender mais a realidade é através
do ato de brincar, por isso o lúdico nesse estágio de desenvolvimento mental de
uma criança se torna necessário. Ainda, para esse mesmo autor, quando uma
criança brinca, faz uma avaliação das suas habilidades, possibilidades e progressos
que pode ter em comparação com as de outras crianças. Então, é uma forma dela
começar a julgar as suas próprias ações.
Para Vygotsky, brincando a criança não está apenas desenvolvendo uma
atividade simbólica, mas está ao mesmo tempo seguindo regras de conduta. Assim,
quando duas crianças brincam de “mamãe e filhinha” não se relacionam como
colegas, mas como “mãe e filha” e aí estão representando comportamentos sociais
do que conhecem desses papéis, portanto seguindo regras de conduta. Nessas
brincadeiras, as crianças estão internalizando, no dizer do autor, significados
culturais que só são percebidos quando a criança brinca. Para Vygotsky (1988,
1987, 1982) apud Kishimoto (2006):

“os processos psicológicos são construídos a partir de injunções do contexto


sociocultural. Seus paradigmas para explicitar o jogo infantil localizam-se na
filosofia marxista-leninista, que concebe o mundo como resultado de
processos histórico-sociais que alteram não só o modo de vida da
sociedade mas inclusive as formas de pensamento do ser humano. São os
sistemas produtivos geradores de novos modos de vida, fatores que
modificam o modo de pensar do homem. Dessa forma, toda conduta do ser
humano, incluindo suas brincadeiras, é construída como resultado de
processos sociais. Considerada situação imaginária, a brincadeira de
desempenho de papéis é conduta predominante a partir de 3 anos e resulta
de influências sociais recebidas ao longo dos anos anteriores.” (p. 32;33)

Portanto, a brincadeira não é apenas uma atividade que dá prazer e realizada


somente para satisfazer desejos e necessidades da criança, mas sim uma tarefa
que ajuda no desenvolvimento de todas as capacidades que a criança irá realizar no
futuro. Contribui para o desenvolvimento do indivíduo como ser histórico e social.
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2.2 IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

A palavra, lúdico vem do latim “ludus” e significa brincar. Esse brincar abrange
o brinquedo, brincadeira e jogo. Esses elementos fazem parte do mundo infantil,
pois são atividades exercidas pelas crianças desde o início da humanidade. São
indispensáveis para a aprendizagem e para o desenvolvimento do indivíduo como
um todo. Não é possível pensar no desenvolvimento da criança sem considerar a
prática do brincar, pois como afirma Santa Marli Pires dos Santos (1997) “as
atividades lúdicas são a essência da infância. ”
A escola como instituição educativa tem o compromisso de fazer com que
essa prática lúdica de fato aconteça, pois é uma proposta metodológica que
contribui para uma vida mais prazerosa e significativa. Através do lúdico a escola
estimula à criança a uma melhor relação com o seu ambiente social. Segundo
Ângela Cristina Munhoz Maluf: “Brincar sempre foi e sempre será uma atividade
espontânea e muito prazerosa, acessível a todo o ser humano, de qualquer faixa
etária, classe social ou condição econômica”. (2009, p.17).
O brincar faz parte da vivência da criança, é um modo dela interagir com o
mundo de forma criativa e saudável. As atividades lúdicas devem ser inseridas na
prática escolar, pois é por meio da brincadeira que a criança nos mostra toda a sua
forma de comunicação, sua linguagem, seus sentimentos, emoções. Além disso, é
uma maneira da criança compreender melhor a realidade em que vive.
Ainda para Maluf, a criança brincando se prepara para que a aprendizagem
aconteça de modo saudável e prazeroso. Contribui para que se torne um adulto
mais equilibrado, tanto física quanto emocionalmente. Conseguirá enfrentar os
obstáculos do dia a dia com mais facilidade e compreensão. Para Bettelheim (1988)
apud Angela Cristina Munhoz Maluf, “brincar é muito importante: enquanto estimula
o desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os
hábitos necessários a esse crescimento”. (p. 19).
Acredito que o desenvolvimento de atividades lúdicas seja uma das maneiras
mais eficazes de envolver o aluno e fazê-lo aprender. Aprender com alegria é muito
importante, porque proporciona para a criança um condicionamento mais criativo, de
autonomia e efetividade. É uma forma de conhecer-se a si mesmo, desenvolvendo
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capacidades importantes como atenção, memória, imaginação e inserção social.


Santa Marli Pires dos Santos, afirma que:

“brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e


social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos,
relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e
corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra na
sociedade e constrói seu próprio conhecimento;” (1997, p. 20)

Conforme a citação acima, fica evidente a importância do lúdico no mundo


infantil, uma vez que contribui para o desenvolvimento integral da criança. É uma
arma poderosa na formação da aprendizagem de qualquer indivíduo. Nos currículos
escolares, devem ser inseridos projetos educativos voltados para o lúdico, tendo
objetivos claros e a convicção de que é importante no desenvolvimento da
aprendizagem infantil.

2.3 DIREITO DE BRINCAR: O LÚDICO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

O ato de brincar é tão importante para a criança que se tornou um direito


garantido na Declaração Universal dos Diretos da Criança (UNICEF), onde no quarto
princípio fica claro que criança terá direito a alimentação, recreação e assistência
médica adequadas. Estabelece de forma igualitária que a recreação é tão importante
quanto a alimentação e a saúde para a criança.
Disso se pode concluir que, o brincar é essencial no processo de
desenvolvimento da criança. O sétimo princípio estabelece que a criança deva ter
plena oportunidade para brincar e para se dedicar a atividades recreativas, que
devem ser orientadas para os mesmos objetivos da educação, sendo a sociedade e
as autoridades públicas responsáveis pela promoção desses direitos.
No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no seu artigo segundo, é
considerado criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Assim, pelo
artigo dezesseis, a criança tem direito à liberdade, onde compreende alguns
aspectos, entre eles o inciso quarto, que é o de brincar, praticar esportes e divertir-
se. E no artigo cinquenta e nove, está especificado que cabe aos municípios, com
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apoio dos estados e da União, estimular e facilitar a destinação de recursos e


espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância
e a juventude.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação afirma que:

Brincar é um das atividades fundamentais para o desenvolvimento da


identidade e da autonomia da criança, desde muito cedo, pode se
comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde ter determinado papel na
brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação... A fantasia e a
imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais
sobre a relação entre pessoas (BRASIL,1998, vol. 2, p. 22).

Como visto, o direito das crianças de brincar, está garantido no arcabouço


legal brasileiro. Apesar disto, no entanto, muitas crianças não brincam, outras
brincam, mas pouco e as consequências desse não brincar se manifestam de
diversas formas.

Infelizmente, algumas crianças são privadas do seu direito de brincar, por


estarem hospitalizadas ou doentes e por terem que trabalhar e ajudar no sustento de
seus lares. A ausência do brinquedo, entretanto, não as impede de brincar, pois elas
usam a imaginação. Contudo, sabemos que o brinquedo é um suporte material que
facilita o ato de brincar.

Assim, conclui-se que ao falar da importância do brincar, o respaldo não está


garantido apenas com os subsídios dos renomados autores e com os subsídios
psicopedagógicos, mas juridicamente também. Dessa forma o direito da criança
brincar deve ser traduzido em obrigação para a escola e os educadores.

2.4 O LÚDICO COMO MEIO EDUCACIONAL

Considerando a importância que as atividades lúdicas têm para o


desenvolvimento cognitivo, afetivo psicomotor das crianças, a escola deve ser uma
grande aliada no sentido de oferecer aos educandos uma prática educativa voltada
para a exploração do lúdico. Contudo, sabe-se que muitas escolas não dão à devida
importância para o ato do brincar. Muitas consideram o momento lúdico como um
passatempo. Tanto é que se criam momentos para que a brincadeira aconteça: no
recreio, ou em horas de descanso ou, ainda, como recompensa por uma tarefa
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cumprida. Portanto, o ato lúdico fica em segundo plano. Angela Cristina Munhoz
Maluf corrobora esta evidência, afirmando que:

“É rara a escola que investe nesse aprendizado. A escola simplesmente


esqueceu a brincadeira. Na sala de aula ou ela é utilizada com um papel
didático, ou é considerada uma perda de tempo. Até o recreio a criança
precisa conviver com um monte de proibições.” (2009, p. 28).

Neste sentido, os educadores precisam assumir outra postura diante do lúdico


e entender que ele pode ser um parceiro seu na tarefa de conduzir a aprendizagem.
É preciso entender que o processo educativo não se limita à transferência de
informações.
Tânia Ramos Fortuna, estudiosa do assunto, aborda o fato da escola na
maioria das vezes separar o brincar em relação às atividades escolares. Afirma,
ainda, que nas classes de Ensino Fundamental as brincadeiras tendem a
desaparecer do cenário escolar.
Em suas palavras:

“Se examinarmos detalhadamente as práticas pedagógicas predominantes


na atualidade constataremos a inexistência absoluta de brinquedos e
momentos para brincar na escola. [...] Nos raros momentos em que são
propostos, são separados rigidamente das atividades escolares, como o
"canto" dos brinquedos ou o "dia do brinquedo" - e, assim mesmo, apenas
nas escolas infantis, pois nas classes de ensino fundamental estas
alternativas são abominadas, já que os alunos estão ali para "aprender, não
para brincar". O brincar, literalmente acantonado, deste modo não
contamina as demais tarefas escolares, sendo mantido sob controle.” (2000,
p. 3)

Alguns professores alegam que a principal função da escola é a de transmitir


conteúdo. Confesso que isso seja importante, mas acredito que essas informações
podem ser muito melhor transmitidas se o aluno for orientado por uma prática lúdica.
É preciso desmistificar que o lúdico seja um passatempo. O conteúdo pode ser
ensinado de uma forma lúdica e evita das aulas caírem na mesmice e tornarem-se
cansativas. Nesse sentido, o lúdico enriquece o currículo.
Para que a prática lúdica torne-se realidade no contexto da escola de forma
satisfatória, é fundamental que o professor tenha clareza e compreensão do
significado e da importância das atividades lúdicas para as crianças, a fim de que
possam inserir as brincadeiras em suas aulas.
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Tânia Ramos Fortuna afirma que uma aula lúdica, também, é aquela que leva
os alunos a serem desafiados e serem atuantes no processo de ensino
aprendizagem e não somente aquela aula que tem jogos.
Santa Marli Pires dos Santos (1997) faz algumas considerações importantes
acerca da inserção do lúdico no ambiente de sala de aula. Aponta que um das
causas que leva essa ausência do lúdico na escola pode não ser culpa do
profissional da educação. No entanto, a falha pode estar na formação do professor,
pois não foram preparados. As discussões em torno da prática lúdica em sala de
aula não fizeram parte de sua formação. Aquilo que não se vivência não se aplica
com segurança. É preciso que o professor passe por vivências pessoais para que
possa utilizar o lúdico na sua prática pedagógica. Conforme a autora, alguns cursos
de pedagogia não contemplam ao professor informações e vivências a cerca do
brincar, discutindo o desenvolvimento infantil numa perspectiva social, cultural,
afetiva, criativa e histórica. (p. 28)
Para ela, os cursos deveriam inserir no currículo um pilar novo: formação
lúdica, que representa uma formação pessoal. Significa, para Borja (apud Maluf
2009) “a experimentação de uma formação pela via corporal”. (p.13). Essa formação
pessoal viabiliza uma maior experiência do professor em relação ao lúdico. Vivenciar
para depois aplicar e viver junto com o aluno. Santos (1997) reforça que “quanto
mais o adulto vivenciar sua ludicidade, maior será a chance de este profissional
trabalhar com a criança de forma prazerosa” (p. 14). Muitos são os estudos em torno
da importância de incorporar o lúdico no âmbito escolar, mas o que ainda falta é
torná-lo concreto na maioria das escolas brasileiras, falta fazer desses estudos
aplicação efetiva entre os muros das escolas. Como afirma Adriana Friedmann:

“... o brincar precisa materializar-se, sair do âmbito mental, cognitivo, para o


corporal, sensorial, perceptual; ou seja, deixar de ser pura reflexão para ser
vivenciado. O brincar precisa desprender-se, libertar-se dos discursos, para
ser resgatado na pele de cada brincante, no seu cotidiano.” (2006, p. 122)

Nessa mesma linha de pensamento, Maluf (2009) acrescenta dizendo que “As
atividades lúdicas precisam ocupar um lugar especial na educação.” Isso significa
um avanço no âmbito da escola, é preciso ter consciência da sua importância e
utilizá-las como ferramenta necessária no currículo escolar para o desenvolvimento
e aprendizagem do aluno.
18

Apesar da maioria dos cursos de formação não contribuírem muito no sentido


de preparar o professor para a prática lúdica, este deverá estar sempre aberto a
buscar caminhos para a incorporação dessa prática em sala de aula, reconhecendo-
se como peça chave na concretude do lúdico no contexto educacional.
O professor precisa em primeiro lugar gostar do momento lúdico, gostar de
brincar, caso contrário não conseguirá atribuir o valor que as brincadeiras têm na
vida das crianças. Acredito que a essência de um currículo escolar direcionado às
crianças das primeiras séries do Ensino Fundamental deveria ser o lúdico.
Trabalhar com o lúdico em sala de aula é oportunizar a criança o
desenvolvimento de suas habilidades e suas potencialidades para que se torne um
adulto feliz. Para Maluf (2009) “O brincar..., deve ocupar um lugar especial na prática
pedagógica, tendo como espaço privilegiado a sala de aula. A brincadeira e o jogo
precisam vir à escola. ” (p. 30). Desta forma, a criança vai construindo sua
identidade na relação com o meio em que vive durante as atividades lúdicas.

2.5 O LÚDICO E O EDUCADOR

Ainda hoje, encontramos professores, que mesmo reconhecendo a


importância das brincadeiras, pensam que "hora de brincar" é hora de brincar e
"hora de estudar" é hora de estudar e relatam que após o término das atividades,
disponibilizam um momento para que seus alunos brinquem, outros afirmam que
seus alunos já brincam durante as aulas de Educação Física.
De acordo com Brougere (2010) "sob o olhar de um educador atencioso, as
brincadeiras infantis revelam um conteúdo riquíssimo, que pode ser usado para
estimular o aprendizado. Segundo o filósofo, “ninguém nasce sabendo brincar, é
preciso aprender". E o professor pode enriquecer essa experiência. Mas esta não é
a questão: o que se deseja é que a aprendizagem seja integrada ao lúdico e vice-
versa. Que esta interação entre a atividade lúdica e a prática educativa resgate o
interesse, o prazer, o entusiasmo pelo ato de aprender.
Por meio do brincar livre, as crianças, aprendem, interagem, exploram,
experimentam, imitam, mas através do brincar dirigido, elas também aprendem,
porém, com outra dimensão e uma nova variedade de possibilidades, estendendo-se
a um relativo domínio dentro daquela área ou atividade.
19

Segundo Freire (1996, p.47) "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." Assim o
professor pode, por meio do lúdico, proporcionar essa construção e essa produção
do conhecimento pelas crianças.
Na escola, a criança tem a possibilidade de combinar os jogos de livre
escolha com os jogos organizados. Por isso, o professor, na questão do lúdico, é de
suma importância, pois ele não será somente alguém que transmite conhecimento,
mas quem diretamente influenciará novas formas de ensinar e novas maneiras de
aprender.
Ser educador em tempos de mudanças educacionais é uma tarefa árdua, pois
estamos marcados pela ansiedade, medo, resistência e ao mesmo tempo
esperança. Navega-se sem bússola em caminhos desconhecidos e só tem uma
saída: a formação continuada, para que possam se atualizar constantemente de
forma a se manter à frente dos processos inovadores da área educacional.
Atualmente, a educação exige que os educadores sejam multifuncionais, não
apenas educadores, mas psicólogos, pedagogos, filósofos, sociólogos,
psicopedagogos, recepcionistas e muito mais para que possam desenvolver as
habilidades e a confiança necessária nos educandos, para que tenham sucesso no
processo de aprendizagem e na vida (QUEIROZ, MARTINS; 2002, p.5).
Cabe ao professor criar situações adequadas para provocar curiosidade na
criança e estimular a construção de seu conhecimento. O aspecto criativo do
professor em sala de aula é fundamental.
O professor deve atuar como alguém que entende essa importância e,
consequentemente, dedica tempo para a brincadeira diariamente dentro da escola.
Entretanto, os brinquedos não devem servir na sala de aula como um instrumento
para se preencherem os espaços vazios, mas “a ideia é de fazer da brincadeira um
objeto de estudo para conhecer mais o aluno e os processos de desenvolvimento
em que ele se encontra” (VITÓRIA, 2005, p.32).

2.6 FORMANDO VALORES POR MEIO DE BRINCADEIRAS

  Muitas vezes as crianças enfrentam em casa problemas relacionados aos


valores éticos, pais em regime prisional, alcoólatras, abandono, agressão, enfim são
muitas causas que prejudicam a formação do caráter das crianças.  E quando os
20

pequenos ingressam na escola, os educadores têm a função de elaborar com eles


atividades prazerosas e que conquistem a confiança e fidelidade destes alunos.

  Segundo Piaget (1978),

“as atividades lúdicas atingem um caráter educativo, tanto na formação


psicomotora, como também na formação da personalidade das crianças.
Assim, valores morais como honestidade, fidelidade, perseverança,
hombridade, respeito ao social e aos outros são adquiridos”.

A brincadeira é uma atividade que proporciona a criança experiências boas e


ruins, e está ligada a formação do caráter e personalidade das crianças, por isso é
importante que o educador esteja sempre preparado para as diversas situações que
ocorrerão na hora de suas atividades lúdicas.
Segundo Vygotsky (1989), brincar propicia desenvolvimento de aspectos
específicos de personalidade, a saber:
 Afetividade: tanto bonecas, ursinhos, etc.; equacionam problemas
afetivos da criança.
 Motricidade: a motricidade fina e ampla se desenvolve através de
brinquedos como brincadeiras, bolas chocalhos, jogos de encaixe e de
empilhar.
 Inteligência: o raciocínio lógico abstrato evolui através de jogos do tipo
quebra-cabeça, construção, estratégia, etc.
 Sociabilidade: a criança aprende a situar-se entre as outras, a se
comunicar e interagir através de todo tipo de brinquedo.
 Criatividade: desenvolvem-se através de brinquedos como oficina,
marionetes, jogos de montar, disfarces, instrumentos musicais, etc.

Os jogos e brincadeiras despertam nas crianças muitas sensações,


principalmente quando os resultados são de vitorias ou derrotas, o que pode se
transformar em conflitos. As crianças não brincam apenas por brincar, todas suas
ações estão relacionadas a alguma coisa, e nesta fase os jogos tem suma
importância porque com as regras estabelecidas neles o aluno começa aprender e
respeitar ao outro, desenvolvendo seu lado intelectual, criando oportunidades para a
criança vivenciar e entender conflitos do dia a dia.
Para Vygotsky (1989), há dois elementos importantes na atividade lúdica das
crianças no que se refere aos jogos com regras: o jogo com regra explícita e o jogo
21

com regras implícitas. O primeiro destes fatores são as regras pré-estabelecidas


pelas crianças e que a sua não realização é considerada uma falta grave, por
exemplo, em um jogo de pega quem for tocado pelo pegador passa a ser o
perseguidor, isto direciona a criança a seguir regras sociais já estabelecidas pelo
mundo dos adultos.
O outro segmento são regras que não estão propriamente ditadas, mas
entende-se que são necessárias para o seguimento do jogo, no exemplo citado
acima, não se coloca que as crianças não podem sair do local da brincadeira (como
exemplo, uma quadra), portanto as regras implícitas oferecem a criança uma noção
de entendimento às regras ocultas, mas necessárias.

3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

3.1 Tema e linha de pesquisa

O tema a ser desenvolvido é “O Lúdico no Processo de Alfabetização”, na


linha da docência, pois, acredita-se que na escola a ludicidade pode ser vista como
um instrumento capaz de estimular a criança a situações favoráveis de
aprendizagem.

3.2 Justificativa

A necessidade de buscar orientação e reflexão acerca da importância do


lúdico como recurso metodológico no processo de alfabetização nas séries iniciais
que me levou a propor o lúdico como objeto de pesquisa deste trabalho.
Para ensinar a criança a ler e escrever sempre foi uma incógnita. Esse
desconhecimento incita nossa ânsia de saber mais sobre o assunto, razão desse
projeto de pesquisa e aprofundamento no tema. Acredito que a realização desta
pesquisa será uma forma de capacitação para que no futuro possa ser adotada
22

técnicas ou métodos de alfabetização com uma postura mais segura, privilegiando o


lúdico, visando promover uma aprendizagem efetivamente significativa.
3.3 Problematização

O processo de alfabetização é sempre motivo de muita discussão, pois trata-


se de um trabalho inicial do aluno com o código escrito e esse processo, às vezes,
não é tão simples para a criança. Além disso, há toda uma tensão, ainda que
discreta, por parte dos pais e professores, para que o aluno se alfabetize.
Sendo assim, considerando o contexto apresentado, foi estabelecida a
seguinte questão de pesquisa: Qual a importância da ludicidade no processo de
alfabetização? A partir dessa problemática, identificam-se as seguintes questões
específicas: O que é aprender de uma forma prazerosa? O lúdico proporciona uma
aprendizagem significativa e prazerosa?

3.4 Objetivos

Objetivo Geral:
Contribuir no processo de alfabetização dos alunos através de atividades
lúdicas, que alimentem o imaginário infantil e contribuam para o desenvolvimento da
leitura e escrita;

Objetivos Específicos
 Reconhecer o jogo como ferramenta didática imprescindível no processo
ensino aprendizagem;
 Planejar atividades lúdicas voltadas para o domínio do sistema alfabético,
leitura e produções de textos.
 Identificar a importância do lúdico no desenvolvimento e aprendizagem da
criança na fase da alfabetização;
 Adaptar e elaborar jogos para alfabetização de forma interativa com o grupo;

3.5 Conteúdos

 Reconhecimento de vogais e das consoantes;


23

 Leitura e escrita;
 Reconhecimento de números; Cálculos, raciocino, Resolução de Problemas
 Cidadania, Cooperatividade e Sociabilidade;
 Música, Criatividade e Reciclagem;
 Diversos outros conteúdos poderão surgir, conforme a demanda observada
pelo professor em sala de aula.

3.6 Processos de Desenvolvimento

Antes de iniciar as práticas educativas em sala de aula, proponhe uma palestra um


dia anterior para professores, coordenadores e gestores escolar, afim de aprofundar
na importância do tema a ser desenvolvido.

1ª Atividade: Brincando e Aprendendo


Inicie sua aula com uma rodinha de conversa e pergunte aos alunos o que mais eles
gostam de fazer. As respostas serão várias, no entanto, a maioria delas deve girar
em torno do brincar. Proponha o seguinte jogo:
Bingo dos Contos.
Este bingo é muito bom para trabalhar a leitura e funciona como um jogo da
velha. Quem conseguir marcar primeiro uma fileira de três contos grita "bingo" e
vence a partida. Os mesmos contos aparecem em todas as cartelas em posições
variadas, mas em algumas situações é possível que mais de um jogador feche uma
fileira com os mesmos contos, em posições diferentes, ao mesmo tempo.
O jogo foi pensado para um grupo de quatro participantes, sendo que um
componente canta o bingo e os outros marcam suas cartelas.
Observação: Ao reproduzir as cartelas deve-se reproduzir uma a mais para
recortar em fichas.

2ª Atividade: Exploração do Nome


 Montar com alfabeto móvel,
 Contar quantas letras, destacar a letra inicial, ilustra
 Recortar letras de jornais e revistas e montar o nome;
 Montar caça-palavras e cruzadinhas com o nome;
24

 Montar uma lista temática com a letra do nome;


 Comparar a escrita de dois nomes verificando: Quantas letras,qual nome é
maior, quais as letras que se repetem, quantas vogais tem em cada
nome,quantas sílabas.
 Montar outros nomes com as letras do seu nome; Através de colagem, montar
os nomes de colegas da turma;

3ª Atividade: Caça Palavra Reciclado

O caça palavras reciclado como também o bingo das sílabas, além de serem
de fácil manuseio levantam uma bandeira de extrema relevância nos dias de hoje, a
questão da sustentabilidade, pois são confeccionados com material 100% recicláveis,
o que os torna de baixo custo. Ao contrário das opções que temos no mercado
atualmente com tecnologias muito avançadas, aumentando muito o custo do
produto, e nem sempre motivando as crianças que já encontram tudo pronto,
limitando sua participação no processo. E em muitos casos não dão um retorno tão
bom como esperado.  

Como jogar
O caça palavras reciclado desafia o aluno a fazer a junção de sílabas
variadas para formar palavras em sentidos diversos. Desta forma, assim que
conseguir formar a palavra o aluno deve usar uma borrachinha conforme desenho.
Outra possibilidade é escrever em fichas algumas das palavras do tabuleiro para
que os alunos as localizem. É possível ter mais de um jogador, basta ter
borrachinhas de cores diferentes. Assim cada jogador será representado por uma
cor.

4ª Atividade: Jogo do Alfabeto

Utilize um alfabeto móvel (1 consoante para cada 3 vogais). Divida a classe


em grupo e entregue um jogo de alfabeto para cada um. Vá dando as tarefas, uma a
uma:
 Levantar a letra;
 Organizar em ordem alfabética
 O professor fala uma letra e os alunos falam uma palavra que inicie com ela;
25

 Formar frases com a palavra escolhida;- formar palavras com o alfabeto


móvel;
 Contar as letras de cada palavra;
 Separar as palavras em sílabas;
 Montar histórias com as palavras formadas;
 Montar o nome dos colegas da sala;
 Montar os nomes dos componentes do grupo.

5ª Atividade: Explorando diferentes tipos de letras


Organize seus alunos em roda de conversa. Brinque e cante com eles a
cantiga “Pirulito que bate bate”, eles vão adorar, pois é uma canção fácil de ser
memorizada e provavelmente alguns alunos  já conhecem essa cantiga.
Reproduza a letra da cantiga, utilizando diferentes tipos de grafia: letra de
fôrma maiúscula e letra de fôrma minúscula.
Em seguida, solicite que os alunos sentem em seus lugares e entregue as
duas versões escritas da cantiga para cada aluno. Oriente-os a lerem a cantiga e
compararemos dois tipos de letras utilizadas. Solicite que colem as letras da música
em seus cadernos de Língua Portuguesa e em seguida, pintem da mesma cor as
palavras iguais nos dois textos, grafadas de forma diferente. Para finalizar, oriente-
os a reescreverem a cantiga em seus cadernos, utilizando a letra cursiva. Para
tanto, eles poderão utilizar a ficha com as letras do alfabeto, cursivas, entregues na
atividade 3 desta aula, para auxílio, além de ilustrar.

6ª Atividade: Passa ou Repassa

 Materiais: Cartões com palavras de várias categorias de listas trabalhadas em


sala de aula.
 A turma deverá ser organizada em dois grupos.
 Cada grupo indica um participante, que deverá se posicionar de frente para
seu oponente, em volta de uma mesa e com as mãos na cabeça.
 O professor sorteia uma categoria e mostra a primeira palavra.
 Ao seu comando os jogadores devem bater na mesa o mais rápido que
conseguirem.
26

 Aquele que bater primeiro terá o direito de fazer a leitura da palavra. Se


estiver certo, marca ponto para o grupo e desafia outro oponente.
 O jogo segue até que todos tenham participado.
 Esta atividade pode substituir as palavras por operações matemáticas.

Objetivo: Aprender a seguir regras, estimular a imaginação.


Desenhe na lousa a figura da foca, dividir os alunos em dois ou mais grupos. A cada
grupo deverá acertar a palavra proposta.
 A cada letra errada será desenhado uma parte do corpo do enforcado.
 O jogo terminará com o acerto da palavra ou com o preenchimento de todo
bonequinho.

7ª Atividade: Desenho com Tempo Determinado

Objetivo – concentração e saber ouvir

Qual foi o assunto tratado pelo texto? Vamos fazer um desenho bem bonito sobre a
música?
Explicar aos alunos que a música será colocada para tocar uma vez para os
alunos ouvirem e na segunda vez  os alunos deverão fazer desenhos relativos ao
tema da música. Ao término da música todos os alunos deverão colocar os lápis de
cor em cima da carteira mesmo não tendo terminado o desenho.  A música será
Melô do Dinheiro da cantora Adriana e a Rapaziada. Disponível em:
<http://www.kboing.com.br/musica-e-letra/adryana-e-a-rapaziada/1161429-melo-do-
dinheiro/> Explorar a música: o que fala a música que acabamos de ouvir? É uma
música lenta ou rápida?

Para a presente aula, brinque com eles o jogo da mímica. Antes de iniciar o
jogo, distribua para o aluno que vai fazer a mimica um cartãozinho com a figura do
substantivo que deverão imitar. Por exemplo: macaco, mãe, galo, ovelha e assim por
diante. Em seguida, divida a turma em duas equipes e cada vez, uma tenta adivinhar
o que um dos seus integrantes está imitando. Se conseguir, marca pontos e joga de
novo, se não, passa a vez para a outra equipe. Enquanto o colega do grupo
adversário está fazendo a mímica o outro marca o tempo para que adivinhem.
27

3.7 Tempo para a realização do projeto

ATIVIDADE APLICADA

Palestra sobra a importância do projeto X

Amostra das atividades X

1ª Atividade: Brincando e Aprendendo X

2ª Atividade: Exploração do Nome X

3ª Atividade: Caça Palavra Reciclado X

4ª Atividade: Jogo do Alfabeto X

5ª Atividade: Explorando diferentes tipos de letras X

6ª Atividade: Passa ou Repassa X

7ª Atividade: Desenho com Tempo Determinado X

Exposição das atividades realizadas por registros


X
de fotos

Avaliação X

3.8 Recursos humanos e materiais

Humanos: Professor e alunos.

Materiais: Fichas impressa, aparelho de som, fita adesiva, tesoura, cola,


tampinhas, dado confeccionado, cartolina duplex colorida, piloto, figuras do
substantivo, quadro-negro, giz.

3.9 Avaliação

A avaliação será diagnóstica e processual, para que o professor possa


rearticular sua prática de acordo com as necessidades da turma. Serão observados
os seguintes aspectos: participação, interesse, desempenho, engajamento e
colaboração.
28

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste projeto, procurou-se mostrar a importância da atividade lúdica no


desenvolvimento educacional da criança. A ludicidade é de extrema relevância para
o crescimento integral dos pequenos. É importante que o educador "coloque para
fora" a criança que há dentro de si, assim ele poderá sentir prazer no brincar
juntamente com suas crianças.
Percebe-se por meio da pesquisa realizada que apesar do reconhecimento
dos professores no que se refere à contribuição do lúdico na aprendizagem dos
alunos, ainda existe uma enorme distância entre a atuação da maioria dos
professores em exercício e o conhecimento, as concepções de trabalho referente ao
lúdico.
Nesse sentido, é necessário que não apenas se realizem jogos e
brincadeiras, mas sim desenvolver atividades lúdicas de uma maneira diferente e
eficiente. Para isso, é necessário que além de uma reestruturação das instituições
de ensino, principalmente no que diz respeito à estrutura física e recursos
pedagógicos, os professores reconstruam suas práticas e, para isso, é preciso
estabelecer relações entre a realidade de seu trabalho e o que se tem como meta,
ou seja, uma educação de qualidade. O professor, neste contexto, deve sentir
necessidade de buscar meios de renovação dos métodos para melhorar o processo
de ensino-aprendizagem no qual está inserido. Para isso é importante que ele
busque uma formação continuada, voltada para as necessidades educacionais
atuais.
Mediante o confronto de nossa prática com os PCN’s, documento oficial
elaborado pelo MEC, podemos constatar que os PCN’s apresentam uma proposta
pedagógica consistente, com objetivos, conteúdos e metodologias apropriadas para
serem trabalhados. Contudo, muito amplo e muitas vezes impossíveis de serem
trabalhados em sua totalidade quando de nossa prática pedagógica e realidade
escolar
Uma das principais premissas e desígnios deste projeto para que se
considere um aluno alfabetizado é que ele consiga escrever, ler, interpretar textos e
fazer o uso social do texto em questão, além de fazer uma leitura de mundo que
permita perceber-se como cidadão que influi sócio historicamente, ou seja, que pode
29

modificar seu contexto familiar e social, sendo sujeito ativo na sociedade em que
está presente.
Portanto, na elaboração deste projeto de ensino, constatou-se que o lúdico é
um fator importante para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, podendo
transformar as aulas rotineiras em momentos ricos na aprendizagem, de forma mais
significativa e divertida. As atividades lúdicas além de auxiliar no desenvolvimento
cognitivo, social, afetivo e motor, tornam-se uma ferramenta que aproxima o aluno
do professor, criando vínculo, um fator muito importante para que o processo de
alfabetização aconteça.
As reflexões presentes neste projeto podem auxiliar educadores em sua ação
pedagógica para que se promova um ensino de qualidade, acessível a todos,
letrando, alfabetizando e formando cidadãos de forma lúdica, porém responsável,
para que se tornem sujeitos de seu desenvolvimento individual e social.
Este trabalho foi de grande valia para minha formação como pessoa e como
futura pedagoga, pois me proporcionou o interesse de sempre em oferecer aulas
dinâmicas e divertidas, com a utilização de jogos educativos e brincadeiras.
30

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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<http://www.avm.edu.br/monopdf/7/MARIA%20HELENA%20DA%20SILVA.pdf.>
Acesso em 26 ago. 2018.

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RJ: Vozes, 2009.

BRASIL (2003). Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


In: Ensino Fundamental de Nove Anos – orientações gerais. Brasília: Secretaria de
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm . Acesso em: 26 ago. 2018.

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Acesso em: 28 ago. 2018.

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KISCHIMOTO, Tizuco Mochida. O jogo e a educação infantil. São Paulo, Pioneira,


1998.

MEC. Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa: currículo na


alfabetização: concepções e princípios: ano1: unidade 1/Brasília: MEC, SEB,
2012.
31

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<http://portal.mec.gov.br/index.php?
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em: 26 ago. 2018.

PORTAL DO PROFESSOR, Atividades Lúdicas. Disponível em:


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em: 26 ago. 2018.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem


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Santos, Santa Marli Pires (Org). O lúdico na formação do educador. Petrópolis,


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VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos


processos psicológicos superiores. 2º. ed. Porto Alegre: Martins Fontes, 1988.
168p.

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