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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO

LUANNA MARYS ALVES DA SILVA

O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O LÚDICO


COMO ESTRATÉGIA EDUCATIVA

CAMPO GRANDE/MS
2020
LUANNA MARYS ALVES DA SILVA

PEDAGOGIA

O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O LÚDICO


COMO ESTRATÉGIA EDUCATIVA

Trabalho de conclusão exigido como parte dos


requisitos para avaliação parcial da disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à
Universidade Católica Dom Bosco, curso de
PEDAGOGIA, sob a orientação da Profa.
Rosimeire Martins Régis dos Santos.

CAMPO GRANDE/MS
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................04

1-CONCEPÇÕES DE CRIANÇA, DE BRINCAR E LUDICIDADE .....................06


1.1 CONCEPÇÃO DE CRIANÇA...................................................................................06
1.2-O BRINCAR...................................... ........................................................................07
1.3 A LUDICIDADE EM SEU ASPECTO MAIS GERAL.............................................08
2-A CRIANÇA PEQUENA E SUA RELAÇÃO COM A BRINCADEIRA..............10
2.1 A CRIANÇA E SEU DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.........10
2.2 O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL..............................................................12
3- ARTICULAÇÃO DO LÚDICO AO FAZER PEDAGÓGICO .............................13
3.1- PROFESSOR: PRINCIPAL MEDIADOR DO ENSINO/APRENDIZAGEM.......13
3.2 O PLANEJAMENTO ESCOLAR PARA TRABALHAR A LUDICIDADE............15
CONCLUSÃO.................................................................................................................17
REFERÊNCIAS..............................................................................................................18
INTRODUÇÃO

Esta pesquisa aborda os desafios da aprendizagem dentro do âmbito escolar,


analisando a construção e modificação do conceito de infância ao longo do tempo, de
modo que esse conceito proporcione a compreensão de como a ludicidade contribui para
o desenvolvimento da criança. Pretendemos também apresentar alguns autores brasileiros
evidenciando sua importância na construção dos conceitos norteadores apresentados
durante esta pesquisa. E, por fim destacamos a importância do faz de conta, das
vivencias sociais do brinquedo e da brincadeira no que refere ao seu uso no ambiente
escolar.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) apresenta a


criança como um ser um único que possui identidade própria. A criança é detentora de
desejos sentimentos, curiosidades o que a torna protagonista de cada ação que realiza ao
longo de seu crescimento. Desse modo, vemos a criança como um ser atuante e detentor
de uma cultura, um jeito próprio e peculiar de ser.
Assim partindo por isso o do princípio de que a criança já traz na bagagem de
conhecimentos o que adquiriu no seu dia a dia ressalta-se a necessidade dos educadores
em estarem atentos a questões relacionadas ao desenvolvimento das habilidades básicas
pode ser entendida de uma maneira mais sistêmica na pré-escola, base da educação
escolar e que apresenta como função principal, apresentar e sedimentar a base do
aprendizado dessa criança os pré-requisitos necessários para que a aprendizagem
aconteça com qualidade. Infelizmente esta realidade se modifica, pois, alguns
professores, angustiados por uma alfabetização precoce, deixam de dar a devida
estimulação para habilidades que precedem e sedimentam aços propriamente ditas a
alfabetização, enaltecendo basicamente as atividade vazias e o tradicional método de
trabalho.

Nesse sentido o brincar constitui-se em um conjunto de práticas, conhecimentos e


fatos construídos e acumulados pelos sujeitos no contexto em que estão inseridos e que
facilitam a aprendizagem, ensinando e repassando valores essenciais para a vida do ser
humano, dando a ele uma nova concepção de mundo. Assim de acordo com Vygotsky
(1991), a brincadeira é entendida como atividade social da criança, cuja natureza e
origem específicas são elementos essenciais para a construção de sua personalidade e
compreensão da realidade na qual se insere. Pensando nessa ação de brincar enquanto
função social é que o professor utilizará das vivências e situações em sala de aula para
proporcionar de forma lúdica o processo de aprendizagem e desenvolvimento da
criança.
O lúdico, ou seja, as brincadeiras, jogos e brinquedos na Educação Infantil são
importantíssimos para o desenvolvimento das crianças, pois são atividades primárias, as
quais trazem benefícios nos aspectos físico, intelectual e social. È por meio da
brincadeira e do faz de conta que a criança desenvolve a identidade e a autonomia,bem
como a capacidade de socialização, mediada através da interação e experiências de regras
perante a sociedade. Assim a problemática que norteia o ponto de partida desta pesquisa
é: de que maneira a prática educativa lúdica pode atuar como ferramenta facilitadora à
aprendizagem?
Pensado na que são do lúdico enquanto facilitador do desenvolvimento e da
aprendizagem, objetivo principal deste trabalho norteia-se por meio das possibilidades
em aplicar recursos lúdicos como uma ferramenta facilitadora de aprendizagem.
Entende-se nesse sentido que o espaço para a brincadeira é fundamental para o
desenvolvimento da criança e, por isso, o mesmo deve estar presente na sala de aula. È
por meio do brincar a criança se desenvolve mais facilmente e de forma muito mais ativa
e prazerosa. É de extrema importância que a escola proporcione momentos de
brincadeiras, onde a criança possa soltar sua imaginação, experiência novas perspectivas
e compartilhar as experiências que já trazem conseguem. Nesse aspecto cabe ao docente
por meio da observação e aplicação de atividades baseadas em uma sequência didática
voltada a prender sua atenção.

Vários são os jogos que podem ser construídos utilizando os


nomes próprios, como, por exemplo, bingo, jogo da memória,
dominó, e que podem ser reconstruídos substituindo as letras, as
imagens ou os números, respectivamente, pelo nome dos
integrantes do grupo (BRASIL, 1998, p. 38, v. 2)

Demonstrar a importância da inserção dos jogos e brincadeiras, contação de


historias dentre outras ações na educação infantil que visem o despertar da pratica lúdica
como um modelo de vivência, visando uma melhor prática no desenvolvimento
socioemocional bem como sua culminância no desenvolvimento da aprendizagem da
criança de zero a três anos.Assim traremos como enfoque principal o conceito de
infância e da brincadeira sob diferentes olhares.
Para o desenvolvimento da investigação fez-se necessário realizar uma pesquisa
de cunho bibliográfica de abordagem qualitativa. A realização desse tipo de pesquisa
justifica-se pela necessidade de mobilização de uma base teórica afim de que se realize
uma reflexão sobre dados empíricos extraídos da realidade, cujas inferências e
categorizações possibilitarão resultados aproximativos das questões investigativas do
presente trabalho.

1-CONCEPÇÕES DE CRIANÇA, DE BRINCAR E LUDICIDADE

A brincadeira é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da


identidade e da autonomia. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil
(1998) afirma que a brincadeira faz parte do mundo da criança, e é por meio do ato de
brincar que ela aprende a socializar-se em grupo, tomar decisões, ser solidária,
autônoma, conhecendo melhor o mundo a sua volta.
Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança
pode reproduzir o seu cotidiano. O ato da brincadeira esta tão intimamente ligado ao mundo
infantil que por muito tempo quando a criança era visto como um mini adulto ela era
negligenciada. Nesse sentido quando vemos que a criança enquanto sujeito social detentores
de direitos, possibilita nos considerar que o brincar favorece o processo de aprendizagem da
criança, pois facilita a construção do pensamento critico, da autonomia e da criatividade,
estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem.

1.1 CONCEPÇÃO DE CRIANÇA

Como nos revela Áries (1981), em seu clássico livro História social da criança
e da família ate meados do século XVI, a ideia de infância basicamente não existia.
Não existia entendimento ao que se refere ao período que caracterizava a infância,
pois muitos a caracterizavam como o período que vai do nascimento dos dentes até
os sete anos de idade.A partir dessa idade as crianças eram tratadas como
miniadultos, adquirindo e participando dos hábitos corriqueiros dos adultos, se
vestindo como gente grande, trabalhando para ajudar os adultos com o que pudessem
fazer, como, por exemplo,pequenos artesanatos, atividades de caça dentre outras, de
forma que se pulavam inúmeras etapas do desenvolvimento das quais conhecemos
atualmente. Assim por séculos a criança foi vista como um ser sem papel
fundamental dentro do seio familiar; No entanto hoje ela é considerada e assistida em
todas as suas especificidades.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI)
apresenta a criança como um ser um único que possui identidade própria. A criança é
detentora de desejos sentimentos, curiosidades o que a torna protagonista de cada
ação que realiza ao longo de seu crescimento. Desse modo, vemos a criança como um
ser atuante e detentor de uma cultura, um jeito próprio e peculiar de ser. Diante disso
a prática educativa deve buscar compreender um ensino que se aproxime desse
sujeito, em que valoriza-se os aspectos da infância sobre uma perspectiva de
reconhecer a criança como produtora de conhecimento e não como aquela que recebe
um conhecimento organizado segundo a perspectiva do adulto
A criança enquanto produtora de seu conhecimento, não recebe as
informações exatamente do jeito que são transmitidas a ela. Para que se possa realizar
a construção do conhecimento a criança desenvolve processo de ressignificação que
fazem das ações dos adultos, tornando assim sujeitos que criam seu modo e sua forma
de entender e compreender aspectos do mundo, sujeitos construtores de uma cultura
própria. Assim,de acordo com Almeida (2012, p. 33), “dentre as inúmeras
possibilidades de produzir cultura, um dos meios mais presentes na vida da criança é
o brincar. É brincando que a criança recria o que entende do mundo e transforma em
cultura lúdica”. Complementa as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil:

A criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de


direitos que se desenvolve nas interações, relações e práticas cotidianas a
ela disponibilizadas e por ela estabelecidas com adultos e crianças de
diferentes idades nos grupos e contextos culturais nos quais se insere.
Nessas condições ela faz amizades, brinca com água ou terra, faz-de-
conta, deseja, aprende, observa, conversa, experimenta, questiona, constrói
sentidos sobre o mundo e sua identidade pessoal e coletiva, produzindo
cultura. (BRASIL, 2009, p.6)

Essa concepção traz a criança como um sujeito que esta em pleno processo de
desenvolvimento, um ser capaz de protagonizar suas ações e produzir e reproduzir
significados a partir delas. Portanto, uma escola em sua proposta pedagógica deve
contemplar a criança enquanto indivíduo participante do seu processo de aprendizagem.
Assim, a escola visa formar o seu aluno como um indivíduo ativo, reflexivo e autônomo
nas suas práticas cotidianas.

1.2- O BRINCAR
O desenvolvimento da criança na educação infantil e seu aprendizado por meio
do jogo, da brincadeira e do brinquedo ocorrem quando o aluno participa ativamente da
construção de sua aprendizagem, seja por meio da discussão das regras do jogo ou da
encenação de algo atrelado a realidade. É de grande importância que os educadores
proponham desafios e incentivem a participação coletiva infantil nessas atividades.
As crianças pequenas estão envolvidas em um universo que compreende a
imaginação e a fantasia, onde o mundo imaginário e o mundo real muitas vezes se
misturam e torna o aprendizado mais dinâmico e interessante quando os pequenos são
levados a participar das atividades de forma prazerosa.. Ao falar de algo tão
característico da idade, entende-se que a linguagem dominante nesse ambiente
portanto, compreende o faz de conta, a imaginação.
Vygotsky (1991) ao tratar do papel do brinquedo no desenvolvimento da
primeira infância, descreve a presença de um mundo imaginário no qual os desejos
não realizáveis se tornam possíveis de se realizar, denominando esse mundo como um
brinquedo. Tal relação brinquedo- desenvolvimento se dá por meio de:

(...) o brinquedo fornece ampla estrutura básica para mudanças das


necessidades e da consciência. A ação da esfera imaginativa, numa
situação imaginária, a criação das intenções voluntárias e a formação dos
planos da vida real e motivações volitivas – tudo aparece no brinquedo,
que se constitui assim, no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar.
A criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de
brinquedo. Somente neste sentido o brinquedo pode ser considerado uma
atividade condutora que determina o desenvolvimento da criança.
(VYGOTSKY, 1991, p.117).

Assim, Vygotsky demonstra a brincadeira como um fator de suma


importância para o desenvolvimento da criança que além de ampliar a sua
comunicação via linguagem, também é capaz de, por meio do imaginário,
desenvolver o pensamento abstrato, ou seja, a essência do brincar é a criação de
novas relações entre situações no pensamento e situações reais.
O brinquedo traz a possibilidade da criança conhecer o mundo e se relacionar
com ele e com o universo da fantasia. Isso se torna relevante no processo de
conhecimento de si e do outro quando a criança imita, inventa, representa e cria ao
brincar.Como bem ressalta Kishimoto; Santos (1997, p. 24),

“Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e


confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a
autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da
linguagem, do pensamento e da concentração e atenção..”

O faz de conta ou jogo simbólico jogo simbólico, é o primeiro contato das


crianças com as regras, sendo também um aprendizado fundamental sobre qual é o
seu papel na sociedade. Ao construir histórias, as crianças, reforçando sua identidade.
Nesse sentido o faz de conta possibilita o encontro entre um mundo imaginário e o
mundo em que vive, propiciando a oportunidade da criança ser protagonista das suas
ações. Dessa forma, o aluno da educação infantil começa compreender o mundo que a
cerca, contribuindo para a construção do seu processo de autonomia e socialização.
1.3- A LUDICIDADE EM SEU ASPECTO MAIS GERAL.

Os Parâmetros Curriculares destacam que “para aprender a ler e a escrever é


preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a escrita representa e como ela
representa graficamente a linguagem” (BRASIL, 1997, p. 82). È através dos Parâmetros
Curriculares Nacionais da Educação Infantil que é importante refletir sobre a relação
entre o brincar e a educação, no sentido de respeitar a idade dos alunos no processo
contínuo de alfabetização em que as crianças se encontram,

Brincar é, assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação


das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos
manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Pela
repetição daquilo que já conhecem, utilizando a ativação da memória,
atualizam seus conhecimentos prévios, ampliando-os e transformando-
os por meio da criação de uma situação imaginária nova. Brincar
constitui se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças.
(Brasil, 1998, p. 23, v.2)

Entende-se nesse sentido que o espaço para a brincadeira é fundamental


para o desenvolvimento da criança e, por isso, o mesmo deve estar presente na
sala de aula. È por meio do brincar a criança se desenvolve mais facilmente e de
forma muito mais ativa e prazerosa. É de extrema importância que a escola
proporcione momentos de brincadeiras, onde a criança possa soltar sua
imaginação,experiência novas perspectivas e compartilhar as experiências que já
trazem consigo. Nesse aspecto cabe ao docente por meio da observação e
aplicação de atividades baseadas em uma seqüência didática voltada a prender
sua atenção.
Vários são os jogos que podem ser construídos utilizando os
nomes próprios, como, por exemplo, bingo, jogo da memória,
dominó, e que podem ser reconstruídos substituindo as letras, as
imagens ou os números, respectivamente, pelo nome dos
integrantes do grupo (BRASIL, 1998, p. 38, v. 2)

A brincadeira, bem como os jogos tradicionais ou e tabuleiro, sob essa ótica


pedagógica voltada ao planejamento das ações do professor funciona como um desafio,
tanto que a competitividade - em geral, presente nos jogos – torna-se um aspecto que
venha a atrair os alunos nessa idade. O professor, assim, pode aliar seus objetivos
pedagógicos aos desejos dos alunos por meio de jogos, leituras expressão corporal bem
como outras ações, utilizando-os em suas atividades diárias, proporcionando um
ambiente prazeroso, de modo que o lúdico seja uma ferramenta presente e torne a
aprendizagem assim mais significativa.
Segundo o Ministério da Educação (2004), a LDB estabelece no art.2º que a
criança desde pequena possui seu ritmo e modo diferente de aprender – ler, escrever,
brincar, falar. Sendo assim, uma educação voltada para estes aspectos, precisa ser
pensada de modo que o foco seja direcionado a essas características:

- O ser humano é ser de múltiplas dimensões;


- Todos aprendem em tempos e em ritmos diferentes;
- O desenvolvimento é um processo contínuo;
- O conhecimento deve ser construído e reconstruído,
processualmente e continuamente. (BRASIL, 2004, p. 13)
-

Nesse sentido quando a criança entra na escola, tudo é novo para ela. Pensando
nessa novidade é de suma importância que ela sinta-se acolhida, respeitada, de modo que
vê a escola como um ambiente agradável, prazeroso, ate mesmo uma extensão do seu lar
onde se possa brincar, expressar-se, relacionar-se.
As crianças já muito antes da sua inserção no ambiente escolar aprendem na
vivência com seu meio. Assim o educador tem a função primordial de realizar uma
proposta pedagógica articulada com a cultura, o meio ambiente, a linguagem atreladas as
vivências características dos alunos a que atende. Isso deve acontecer de modo prazeroso
e o mais lúdico possível.

2-A CRIANÇA PEQUENA E SUA RELAÇÃO COM A


BRINCADEIRA

O brincar é uma forma de comunicação é por meio das brincadeiras que as crianças
desenvolvem atos do seu dia a dia, seja ela com imitações do mundo dos adultos, jogos, o faz
de conta, palavras, ou seja, não importa o tipo da brincadeira, a criança sempre vai estar
incorporando habilidades sociais, intelectuais e físicas. Valorizar o lúdico dentro do espaço
da escola durante os processos de ensino significa considerá-lo na perspectiva do olhar
infantil, sendo vivido na sala de aula como algo espontâneo,proporcionando momentos de
sonhar, fantasiar, realizar desejos e viver como crianças de verdade. A criança que brinca
pode ser mais feliz, espontânea, comunicativa, entre outras características positivas que
auxiliam no desenvolvimento infantil, podendo torná-la um ser mais humano, cooperativo e
sociável.
2.1 A CRIANÇA E SEU DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

A criança desde o seu nascimento está inserida em um meio social, inicialmente


caracterizado pela família, os quais são suas referências nas atividades que venham a
executar, e por fazerem parte desse meio, os adultos que compõem esse ambiente
familiar são responsáveis por mediar essa convivência através da demanda de atenção
e afeto que vai sendo construído mediante a essa relação que elas vão pouco a pouco
se desenvolvendo. Na concepção de Lúria, Leontiev e Vygotsky (2003):

O desenvolvimento psicointelectual da criança realiza-se no processo de


interação com o ambiente natural e social. Conduzir o desenvolvimento através
da educação significa organizar esta interação, dirigir a atividade da criança
para o conhecimento da realidade e para o domínio – por meio da palavra - do
saber e da cultura da humanidade, desenvolver concepções sociais, convicções
e normas de comportamento moral (p.19-20).

Os autores acima ressaltam que: [...] “Ela assimila o mundo objetivo como um
mundo de objetos humanos reproduzindo ações humanas com eles” (2001, p.59).
Nesse sentido a criança vai apropriando os objetos que pertencem aos adultos com os
quais convive e vai se reinventando a cada brincadeira. Assim ao relaciona-se com
outros indivíduos a possibilidade da criança de se desenvolver aumenta, pois por meio
dessa interação ela vai se sentir amparada diante daquela situação vivenciada dia a dia
assimilando e incorporando novos conhecimentos a sua formação.

Vygotsky Apud Baquero (1998) relata:

[...] “a distância entre o nível real de desenvolvimento, determinado pela


capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um
problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração com outro
companheiro muito capaz” (p.97).

Por meio da interação com o adulto é que a criança vai perceber que diante de
uma situação desafiadora, um novo aprendizado ao qual ela percebe que necessitara de
ajuda ela recorrerá ao adulto para que possa ajudá-la a resolver tal situação. De acordo
com Vygotsky (1998), a criança que consegue se desenvolver aprenderá pois, o
aprendizado ocorre de dentro para fora e essa relação com pessoas mais adultas
favorecerá esse aprendizado.
É por meio dessa interação inicialmente no âmbito familiar e posteriormente
no ambiente escolar, é de grande importância que os adultos provoquem situações de
acordo que a criança veja a necessidade que a mesma precise pedir ajuda a um adulto
ou pra outra pessoa mais capacitada, afim de que possa por meio da orientação
organizar recursos e elaborar as estratégias oferecidas por meio do norteamento junto
ao familiar/professor, sendo que dessa forma ela estará construindo seu próprio
conhecimento e diante disso de desenvolvendo.
De acordo com o RCNEI (1998) é importante proporcionar diversos tipos de
atividades que contribuam para o desenvolvimento de forma efeticva e integral da
criança, dentre elas são: dançar, representar em pequenas peças de teatro, subir e descer,
corridas com obstáculos, jogar bola, etc. Assim a criança estará constantemente diante
de inúmeras possibilidades de aprendizado e desenvolvimento, pois quando pratica
essas atividades, a criança estará sendo estimulada a se desenvolver. Vygotsky Apud
Baquero (1998), diz:

O que hoje se realiza com a assistência, ou com o auxílio de uma pessoa


mais especializada no domínio em jogo, no futuro se realizará com
autonomia sem necessidade de dita autonomia. Esta autonomia no
desempenho se obtém, um tanto paradoxalmente como produto da
assistência ou auxílio, o que forma uma relação dinâmica entre
aprendizagem e desenvolvimento (p.97).

Assim pode-se contemplar que é fato e de extrema necessidade essa assistência


que o adulto, tanto família quanto escola, precisa estar disposta a oferecer para a
criança, para que a mesma possa desenvolver de forma ampla.

2.2 O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI)


considera a brincadeira como uma linguagem infantil que se apropria de uma
articulação entre a imaginação e a imitação da realidade, ou seja, “toda brincadeira é
uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias de uma realidade
anteriormente vivenciada” (BRASIL, 1998, p.27). Segundo o Referencial, o principal
elemento da brincadeira: o papel que as crianças assumem enquanto brincam, tendo
os sinais, os gestos, os objetos e os espaços como importantes fatores nos atos de
criar e de imaginar, pois assim as crianças podem proporcionar aos seus pensamentos
a resolução de problemas que lhes são relevantes e significativos.
A ação de brincar em sua mais simples essência é a principal ação que
coordena as experiências que as crianças tem com os objetos que interagem e por
meio dessa interação vão expressando sentimentos de acordo com os diferentes
momentos da brincadeira sendo ela planejada pedagogicamente ou não pois permitem
que as crianças imaginem, representem e expressem os conhecimentos prévios e
favorecem para assimilação de novas aprendizagens. O brincar de diferentes formas
e repetidamente dessa forma torna-se uma atividade com a qual as crianças
desenvolvem a imaginação e de certa forma interpretam a realidade, expressando
suas fantasias, prazeres e saberes, podendo demandar de inúmeras ferramentas e
diferentes pensamentos e aprendizagens afim de solucionar problemas diversos.
Quando pensamos no brincar dentro da educação infantil é de suma relevância
pensar na criança como um sujeito histórico e social, pois a brincadeira traz para os
pequenos uma necessidade de se organizar internamente dentro de um ambiente em
que se promova a interação entre elas. Nesse sentido, para que o brincar, na primeira
infância, ocorra de maneira que contemplem as necessidades de desenvolvimento é
preciso que se ampliem os conhecimentos socialmente constituídos no âmbito
domestico, ou seja, deve-se partir daquilo que as crianças já sabem para uma
perspectiva de novas aprendizagens; Se faz necessário que haja um espaço onde
possam compartilhar e confrontar hipóteses bem como idéias com outras crianças e
também adultos através das interação entre si e o meio natural e social.
O brincar configurado dentro do fazer pedagógico dentro dos espaços escolares, é
organizado de acordo com vários aspectos, tais como tempo, espaço e papel do professor.
Nesse contexto, as situações de faz de conta que as crianças freqüentemente são emersas
na Educação Infantil, proporciona a experimentação de diferentes papéis sociais. Assim a
medida que recriam, imitam diversos personagens, trocam experiências os pequenos
aprendem mais sobre as relações sociais, pois é por meio da ação de brincar e do faz de
conta é possível que a criança invente uma situação imaginária com a qual ela poderá
atuar muito além de sua idade real, o que favorece o estabelecimento de uma zona de
desenvolvimento proximal (ZDP), conforme afirma Vygotsky (1991).
A zona de desenvolvimento proximal acontece mediante o nível de
desenvolvimento que a criança apresenta; É por meio da mediação de um orientador
adulto ou uma criança mais experiente na solução de um problema é que a criança busca
hipóteses, afim de conseguir independentemente realizar atos, idéias, solucionar
problemas e conseqüentemente desenvolver suas habilidades e competências. Outro fator
importante em seu conceito são as características presentes em todos os tipos de
brincadeiras ( imaginação, imitação e regras), das quais vão se desenvolvendo e
assimilando maior conforme o desenvolvimento levando em consideração a idade da
criança e a função específica que desempenham junto a elas.
3- ARTICULAÇÃO DO LÚDICO AO FAZER PEDAGÓGICO

A ludicidade, proporciona uma série de aspectos, que se bem utilizados,


estimulam a busca do aprendizado proporcionando ao educando a curiosidade, tornando
o aprendizado mais fácil e mais prazeroso. O ludico na educação deve ser visto como
uma ferramenta de auxílio ao processo ensino-aprendizagem, um instrumento com o qual
se torna possivel ao educador estimular as habilidades psicomotoras e cognitivas da
criança, favorecendo o desenvolvimento da linguagem num processo constante de
crescimento pessoal e social. Neste sentido, a atividade lúdica pode ser desenvolvida de
acordo com as diretrizes currículares e em todas as disciplinas, possibilitando a
construção de conceitos nas diversas áreas do conhecimento, desenvolvendo um modelo
pedagógico, onde o ato de brincar se torna uma forma divertida de aprender, de se
socializar e compartilhar objetivos.

3.1- PROFESSOR: PRINCIPAL MEDIADOR DO ENSINO/APRENDIZAGEM

Como sabemos as crianças brincam pelo simples prazer proporcionado pela


atividade; Essa ação de brincar e atrelar o mundo do faz de conta com as relações
sociais dentro do âmbito familiar tornam a construção do conhecimentos possíveis. Já
nos ambientes escolares, onde o simples brincar e o brincar pedagógico onde a
atividade se torna direcionada a fim de alcançar um propósito do desenvolvimento do
aluno, se faz importante o papel do professor. È no momento da brincadeira que o
professor tem a oportunidade de transformar essa simples brincadeira prazerosa em um
ato que oportuniza o processo de ensino/aprendizagem, já que diante de sua formação
ele se apropria de técnicas e metodologias para que esse momento de fato se torne um
método de aprendizagem. Louzada (1999) relata:

A criança constrói seu o conhecimento quando tem oportunidade de


vivenciar uma ação partilhada com seus colegas, com o professor e com o
objeto de conhecimento. É através da interação da criança com seus pares,
da criança com o professor e da criança com o objeto de conhecimento,
enfim, das relações sociais, que o indivíduo constrói e reconstrói
conhecimentos (p.27).

É indispensável que o educador necessita ser o articulador e mediador desse


processo de ensino/aprendizado, compreendendo que é a criança que constrói o seu
próprio conhecimento. O meio cultural ao qual o aluno esta inserido faz com que a
mesma construa e reconstrua rapidamente e esse desenvolvimento precisa ser mediado
principalmente no momento no qual a criança permanece dentro do espaço escolar,
possibilitando durante esse processo um aprendizado significativo. Para Oliveira (2000):

[…] “educadores que respeitam a necessidade da criança, estarão


construindo, portanto, os alicerces de uma adolescência mais tranquila
ao criar condições de expressão e comunicação dos próprios
sentimentos e visão de mundo” (p.8).

Diante disso faz-se necessário que os educadores respeitem a necessidade da


criança, porém, se torna ideal que os professores promovam a devida mediação para
que criem situações de aprendizado significativo.

De acordo com Oliveira (2000):

No brincar, casam-se a espontaneidade e a criatividade com a progressiva


aceitação das regras sociais e morais. Em outras palavras, é brincando que a
criança se humaniza, aprendendo a conciliar de forma efetiva a afirmação
de si mesma à criação de vínculos afetivos duradouros (p.7).

Baseando-se nisso, demostra-se a ncessidade da intervenção dos professores


nas brincadeiras das crianças, pois mediante a várias leituras observa-se que é através
da mediação que as mesmas aprendem e desenvolvem suas habilidades de forma
integral. Conforme no RCNEI, (1998):

Responder como e quando o professor deve intervir nas brincadeiras de faz-


de-conta é, aparentemente, contraditório com o caráter imaginativo e de
linguagem independente que o brincar compreende. Porém, há alguns meios
a que o professor pode recorrer para promover e enriquecer as condições
oferecidas para as crianças brincarem que podem ser observadas (p.49).

Nesse sentido a intervenção pedagógica não se dá de forma direta nas


atividades lúdicas das crianças, no entanto o docente pode proporcionar um ambiente
com diversos objetos de forma que as crianças criem e recriem as suas brincadeiras,
assim ludicamente, elas vão vivenciar o seu dia a dia e recriar situações vividas
internamente e externamente, enquanto o professor enquanto mediador tem a
oportunidade de estar observando o desenvolvimento de cada um na sua
individualidade e em grupo.
É muito importante que a criança compreenda que pode aprender brincando, e
que o professor torne o momento do brincar uma atividade agradável e de alguma
forma vá atrelando a brincadeira com a aprendizagem. Para Oliveira (2000), Louzada
(1999) e RCNEI (1998), a criança é o sujeito que constrói o seu próprio conhecimento,
porém, para obter um aprendizado satisfatório precisa-se de um adulto/professor para
ser o mediador do seu aprendizado.Verifica-se no RCNEI (1998):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e
estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e
confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da
realidade social e cultural (p.23).

O professor é o mediador entre crianças e os objetos de conhecimento: Sua


atuação enquanto mediação esta em organizar e promover situações que irão atrelar os
recursos e as capacidades tanto emocionais quanto as cognitivas bem como as sociais
de cada criança preservando os conhecimentos prévios que se consolidaram no
ambiente familiar e acrescentando o demais conhecimento da área humana. Assim, de
acordo com o RCNEI (1998), é o professor que na qualidade de educador na educação
infantil, que vai organizar as brincadeiras no cotidiano das crianças. Ele estará
organizando e proporcionando o ambiente de forma adequada e por meio de ofertas de
brinquedos, jogos e diversos vai delimitando o espaço e tempo de brincar.

3.2 O PLANEJAMENTO ESCOLAR PARA TRABALHAR A LUDICIDADE


O brincar dentro do contexto educacional favorece meios de aprendizagens, bem
como permite que os adultos percebam e aprendam com as crianças e suas necessidades.
O que vai servir de referencial no desenvolvimento da aprendizagem e os professores
possam replanejar e promover novas aprendizagens seja no domínio cognitivo e afetivo
por meio de práticas que promovam aprendizagem eficaz (MOYLES, 2002). Para Piers e
Landau (1990, p. 43), “o brincar desenvolve a criatividade, a competência intelectual, a
força e a estabilidade emocionais, sentimentos de alegria e prazer: o hábito de ser feliz!”
Proporciona alegre e divertimento à medida que cria uma atitude alegre em relação à
vida e a aprendizagem.
A ludicidade como forma de aprendizagem é um estímulo para o educando, pois
sabe-se que por meio da mesma consegue-se estimular várias áreas do desenvolvimento
infantil, como: cognitiva, motora e afetiva, desperta também as potencialidades através
do meio em que a criança se encontra e dos conteúdos a serem passados, de formas
eficientes que causem estímulos para o aprendizado (PIERS & LANDAU)
De acordo com Oliveira (2011, p.15) que o lúdico “manifesta a forma como a
criança está organizando sua realidade e lidando com suas possibilidades, limitações e
conflitos, já que, muitas vezes, ela não sabe, ou não pode, falar a respeito deles”. Com
ênfase nesse aspecto, pode-se dizer que a criança ao brincar expressa seus sentimentos e
seus conflitos em relação ao mundo na qual esta inserida. Nesse aspecto, pode-se
perceber que através do lúdico a criança cria fantasia por meio do faz de conta situações
de seu cotidiano, reelaborando e interpretando o mundo à sua volta, fator primordial para
o desenvolvimento infantil.
Nesse sentido ressalta-se a importância do planejamento; è importante que o
educador tenha em mente que quando brinca a criança experimenta, descobre, inventa e
reinventa, aprende e desenvolver competências bem como estimula a autoconfiança e a
desenvolve a autonomia bem como proporciona o desenvolvimento da linguagem,
pensamento, concentração e atenção, habilidades essas que são essenciais ao
desempenho da criança na escola e na vida.
Para Holtz (1998, p.12), a aprendizagem para as crianças pequenas é inevitável

pois, o brincar deve ser valorizado por aqueles


envolvidos na educação e na criação das crianças
pequenas, fazendo a escolha dos materiais lúdicos que
são reservados no brincar, cujo objetivo deve ter seu
efeito sobre o desenvolvimento da criança. Porque
muitas crianças chegam à escola maternal incapazes de
envolver-se no brincar, em virtude de uma educação
passiva que via o brincar como uma atividade
barulhenta, desorganizada e desnecessária.

Portanto, pode dizer que a não é possível que aconteça aprendizagem sem a
interação com o outro, ou seja, é preciso promover o convívio humano, para que por
meio da relação da criança com o ambiente em que vive, a mesma adquira experiências
em seu processo de desenvolvimento no sentido de favorecer as áreas afetiva, emocional,
intelectual e social (MOYLES, 2002).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer desta pesquisa por meio, de analises das bibliografias pode-se


observar a grande importância que o brincar tem na formação da criança. Um elemento
de extrema significância que se faz integrante da ação do brincar é a troca de papeis e a
resignificação, bem como a criação e recriação de conceitos e vivências que são
experienciadas pelas crianças durante o simples ato de brincar. Essa peculiaridade do
lúdico permite aos pequenos que possam se desenvolver e adaptar aos ambientes que
proporcionam constantes mudanças.
Podemos perceber também que a criança enquanto sujeito social produtora de
conhecimento se torna fundamental que o espaço, bem como o tempo sejam mediados
pelo docente para que possibilitem o desenvolvimento por meio de ações que venham a
ser observadas, registradas e planejadas pelo professor, sendo ele o responsável por
construir cenários, considerar o tempo e disponibilizar os materiais adequados para o
desenvolvimento de cada brincadeira.
Pensar na infância enquanto base consolidadora da formação de sujeitos
conscientes e críticos nos permitem vislumbrar as crianças como sujeitos que tem o
direito de brincar, ter um espaço de qualidade dentro do ambiente escolar, pensado
sempre a fim de proporcionar ambientes pensados e planejados, bem como materiais e
tempo planejados e disponibilizados por meio do planejamento docente para que
aconteçam situações lúdicas; è por meio dessa ludicidade que é possível atrelar o faz de
conta a realidade social e assim permitir que os alunos tenham liberdade de se expressar
o que por sua vez favorece o desenvolvimento adequado e integral das habilidades
básicas inerentes ao desenvolvimento humano. (físico, cognitivo, moral, motor e afetivo)
A brincadeira esta intrinsecamente ligada a cultura da infância e para que seja
garantido seu acesso com qualidade, é necessário, primeiramente, que a escola tenha em
sua concepção as atividades lúdicas como principais fundamentos para que se possam
formar sujeitos conscientes e críticos transformadores de sua realidade social. Tendo o
papel da escola definido com o desenvolvimento do lúdico não obstante disso é
necessário que o corpo docente devem sempre acreditar na ludicidade como uma
atividade a ser constantemente explorada dentro de diferentes ambientes e momentos. O
professor deve visualizar a brincadeira como uma atividade que proporciona a
resignificação de antigos e novos conhecimentos a fim de construir a identidade e
autonomia de seus alunos, bem como oferecer subsídios para resolução de conflitos.
Neste sentido, é importante e necessário que o educador planeje as situações de
brincar e, sobretudo cenários, objetos e o tempo delimitado para que se possa oferecer
um brincar de qualidade para seus alunos; E é nesse brincar mediado que ele observa os
diversos papeis e esta ciente sobre a importância do brincar livre para o
desenvolvimento de habilidades motoras e psicológicas.
Portanto mediante a breve reflexão acerca dos estudos feitos e observando as
pesquisas concluídas pelos autores aqui citados, sugere-se que as escolas que ofertam a
Educação Infantil tomem o brincar de forma lúdica como estratégia primordial de
aprendizado. O estudo do tema deixa como contribuição a relevância do lúdico como
ferramenta essencial, pois o lúdico quando bem aplicado dentro da rotina de educação
infantil e mediada pelo docente, juntamente com a inserçãoa inserção de jogos e
brincadeiras na educação infantil utilizados de forma lúdica promovem o
desenvolvimento completo da criança.
REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.


Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil.


Brasília, 2009. Disponível em: <www.mec.org.br>.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997,


Vol.1. Disponível em: <www.mec.org.br>.

BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular para a Educação Infantil.Brasília,


1998, Vol. 2. Disponível em: <www.mec.org.br>.

FORTUNA, T. R. Sala de aula é lugar de brincar? In: XAVIER, M. L. M. e DALLA ZEN, M. I.


H. (org.) Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação,
2000. (Cadernos de Educação Básica, 6) p. 147-164

KISHIMOTO, T. (org). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 3º Ed. São Paulo: Cortez,


1999.
KISHIMOTO. Brinquedo e brincadeira. In SANTOS, Santa Marli Pires dos Santos (org.) 4 ed.
Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis: vozes, 
MOYLES, Janet R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto alegre:
Artmed, 2002.

VYGOTSKY, L.S. O papel do brinquedo no desenvolvimento, In: A formação social da


mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

VYGOTSKY, Lev S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Artes Médicas, 2001.

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