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Curso de Pedagogia
TRÊS LAGOAS – MS
2017
KARLA JULIANA FARIA NEVES
TRÊS LAGOAS – MS
2017
Karla Juliana Faria Neves
COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________________
Profa. Dra. Silvana Alves da Silva Bispo
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Orientadora
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Profa.Dra. Ione Nogueira da Silva...
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
_______________________________________
Profa.Dra........ Ione...
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Três Lagoas-MS
Dezembro – 2017
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha
vida, autor dе mеu destino, mеu guia, socorro presente nа hora dа
angústia. Por ter permitido tantos acontecimentos ао longo da minha
vida, е nãо somente nestes anos como universitária, Ele foi o meu
sustento еm todos оs momentos.
Aоs mеus pais Pedro Faria Da Silva Filho (In Memorian), minha mãе
Marileide Da Silva Neves Faria е meu irmão Bruno Henrique Neves
Faria que são tudo para mim.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por ter permitido qυе tudo isso acontecesse ао longo da minha
vida, е nãо somente nestes anos como universitária mas em, ele foi o meu sustento еm todos
оs momentos.(repetiu)
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul pela oportunidade dе fazer e concluir
o curso de Pedagogia e realizar meu sonho.
A Profa. Dra Silvana Alves da Silva Bispo pela oportunidade, paciência, carinho е
apoio nа elaboração deste trabalho, você professora foi essencial para que eu chegasse até
aqui.
Um agradecimento especial a Profa. Dr. Ione Nogueira que sempre me deu motivos
para prosseguir quando eu já não tinha mais esperança em concluir alguns semestres
anterioresdo curso.
Ao pessoal da secretaria que sempre teve paciência ao me aguardar com meus
documentos. atrasados (kkkkk). Escrita científica
Agradeço а minha mãе Marileide dDa Silva Neves Faria, heroína quυе (arrume a
vogal u em todo o trabalho) mе dеu apoio, puxões de orelha, incentivo nаs horas difíceis, de
desânimo е cansaço.
Ao mеυ pai qυе apesar dе estar presente somente nos dois primeiros anos de
faculdade, esteve sempre no apoio torcendo pelo meu sucesso e apesar dаs dificuldades que
eu tive depois da sua morte ele mе fortaleceu junto a Deus pra que eu não desistisse e
mantivesse o foco.
Obrigada meu irmão, cunhada е sobrinho, que nоs momentos dе dificuldade e correria
com a graduação sеmprе estiveram ao meu lado e me ajudaram sem medir esforços.
In memorian ao meu falecido noivo Tiago da silva que esteve presente para
comemorar minha entrada na graduação e que em um acidente de traânsito perdeu sua vida
precocemente, mas me deixou enormes aprendizados.
Obrigada! Primos, tios e tias pеlа contribuição valiosa.
Meus sinceros agradecimentos as minhas amigas Liliane Soriano, Lidiane Ribas e
especialmente a minha amiga irmã Tatiana Matos e sua família que sempre estiveram no
apoio e torcida ao meu grande amigo Paulo Henrique que sempre me esperava na sexta-feira
depois da aula pra tomar uma gelada.(será???)
As minhas companheiras antigas e atuais dе trabalho qυе fizeram parte dа minha
formação cobrindo minhas faltas para estagio sem reclamar е qυе vão continuar presentes еm
minha vida cоm toda certeza.(não precisa entrar em detalhes, rever alguns agradecimentos,
aqui só síntese, uma página)
Um salve para todas as colegas e amigas de curso que estiveram presentes, me deram
força para prosseguir e me ajudaram ao longo de todos esses semestres, em especial a Nilza
Maria B .M. Padilha que é um exemplo de universitária, filha e amiga!
A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito
obrigada.
Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender.
Paulo Freire
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
UMA BREVE HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO
Este trabalho de pesquisa tem por objetivo estudar o histórico da Literatura Infantil na Europa
e no Brasil analisando a construção e modificação do conceito de infância ao longo do tempo,
de modo que esse conceito proporcione a compreensão de como a literatura infantil contribui
para o desenvolvimento da criança. Para o desenvolvimento deste trabalho, utilizou-se como
metodologia a pesquisa de cunho bibliográfico. Nesse sentido conceitua-se revisão
bibliografia como sendo a pesquisa feita a partir de material já elaborado constituído
principalmente de livros e artigos científicos. A literatura infantil se faz importante no
desenvolvimento cognitivo da criança pois por meio dela a criança interage com o outro
possibilitando assim o desenvolvimento da linguagem e ampliação de sua bagagem cultural.
Por meio do uso da linguagem em diferentes formas de interação com a leitura sejam elas
ouvindo histórias ou até mesmo recontando contos a criança se relaciona com o mundo da
imaginação e ao mesmo tempo constrói seu repertorio linguístico por meio da interação com o
outro.
Palavras-chave: Literatura infantil. Infância.
INTRODUÇÃO
Ainda de acordo com Coelho (1991) é entre os Entre os séculos IX e X, é queX que se
inicia efetivamente a inserção da literatura dita popular, na qual se tornaria mais tarde a
Literatura Infantil que hoje conhecemos. Vale ressaltar que apenas no século XVII é que se
inicia realmente uma literatura voltada especificamente voltada para as crianças. Ainda de
acordo com Coelho?
Sendo assim iniciou-se a produção da escrita de livros com histórias adaptadas pelos
escritores que se tornariam o sinônimo de Literatura Infantil, como por exemplo: La Fontaine,
Fénelon, Perrault, Grimm e Andersen. Mas antes que isso fosse possível, as histórias eram
transmitidas de forma oral e perpassadas historicamente de povos em povos. Basicamente
essas histórias baseavam-se nas vivências da tribo e embasavam nos menores as ideias e
lendas que os pequenos necessitavam assimilar buscando dessa forma sempre o ensinar e ao
mesmo tempo divertir. Coelho (1991) escreve que:
Através dos manuscritos ou das narrativas transmitidas oralmente e levadas
de uma terra para outra, de um povo a outro, por sobre distâncias incríveis,
que os homens venciam em montarias, navegações ou a pé, - a invenção
literária de uns e de outros vai sendo comunicada, divulgada, fundida,
alterada... Com a força da religião, como instrumento civilizador, é de se
compreender o caráter moralizante, didático, sentencioso que marca a maior
parte da literatura que nasce nesse período, fundindo o lastro oriental e o
ocidental. No fundo é sempre uma literatura que divulga ideais, que busca
ensinar, divertindo, no momento em que a palavra literária (privilégio de
poucos ée difundida pelos jograis, menestréis, rapsodos, trovadores...) era
vista como atividade superior do espírito: a atividade de um homem que
tinha o Conhecimento das Coisas. (COELHO, 1991, p. 33)
Atrelada a revolução e expansão dos moldes industriais, n este contexto surge uma
Literatura Infantil, com características próprias, poréem com o papel de promoção da
burguesia e a nova condição da criança inserida nesse contexto burguês. Sendo assim, a As
histórias voltadas para as crianças foram nesse sentido associadas a instrumentos de ensino
para a pedagogia. pedagogia.
Com o avanço político e financeiro das cidades o processo de urbanização aconteceu
de forma desigual ou seja basicamente de um lado o proletariado formado por pessoas que
migraram do campo para a cidade e de outro lado os que financiam com capital as relações de
comercio e de produção industrial ou seja a burguesia. Os burgueses se tornaram uma classe
social dominante com a qual detinha o poder de fazer com que as instituições trabalhassem a
seu favor afim de atingir as metas estipuladas a seu favor. (GIOLLO, 2012, p.14-15) Cadê a
fonte de onde tirou as informações?
De acordo Lajolo e Zilberman (2010)com Fulano (ano) dentro deste aspecto de
dominação, a família burguesa é a primeira s ser moldada de acordo com os interesses
patriarcais e sem a participação púublica mas sofrendo interferência o estado. No entanto esse
molde familiar se torna uma espécie de padrã o opara ser imitado por todos os outros. Sendo
assim a manutenção de um estereótipo familiar:
[...]A manutenção de um estereótipo familiar, que se estabiliza através da
divisão do trabalho entre seus membros (ao pai, cabendo a sustentação
econômica, e à mãe, a gerência da vida doméstica privada), converte-se na
finalidade existencial do indivíduo. Contudo, para legitimá-la, ainda foi
necessário promover, em primeiro lugar, o beneficiário maior desse esforço
conjunto: a criança. (LAJOLO e ZILBERMAN, 2010, p. 17).
Dentro desse reformululação de sociedade, retomando o sentimento em torno da
infância a criança passa a ter um novo papel, o que culmina com o surgimento de objetos
industriais (o brinquedo) e culturais (o livro), e nas vertentes intelectuais com o aparecimento
da psicologia infantil, pediatria e pedagogia. Ainda explicando essa nova configuração do
papel da criança, Lajolo e Zilberman (2010) denotam que a função da criança é simbólica;
Simbólica pois a criança passa a ser o alvo principal da atenção do mundo adulto, por mais
que essa atenção segundo a visão das autoras seja dede modo geral seja negativava (na
percepção das autoras?) frisando aspectos como a fragilidade, desproteção e a dependência
exacerbada da figura do adulto.
Diante desse novo cenário social a literatura se torna um elo entre a criança e a
sociedade consumista e dentro desse escopo está a escola responsável por estimular a
circulação de livros de literatura infantilcirculação desses livros (quais?) enquanto produto do
sistema mercadológico burguês. Inserido dentro dessa sistemática a literatura voltada ao
público infantil exercia seu papel ideológico apresentando histórias de como o adulto quer que
a criança veja o mundo por meio da fantasia e da ficção. A literatura infantil enquanto
propriedade “[...] levada às últimas consequências, permite a exposição de um mundo
idealizado e melhor, embora a superioridade desenhada nem sempre seja renovadora ou
emancipatória.” (LAJOLO e ZILBERMAN, 2010, p. 19).
Mediante a isso o escritor adulto vem a transmitir ao seu leitor infantil uma realidade
histórica de uma forma que venha a buscar a aceitação afetiva e intelectual da criança. Essa
valorização da infância, acabou gerando automaticamente uma valorização da família, a
criança então deveria ser educada afim de ser “configurada” para cuidar e multiplicar os bens
familiares, a criança, assim, já nascia com uma pré-idealização feita pelos pais. Assim, a
literatura entra no ambiente escolar, afim de implantar meios controladores, manipulando as
emoções das crianças.
A Literatura infantil em nosso pais surge no final do século XIX, quando começam a
aparecer esporadicamente uma ou outra obra para crianças, com obras pedagógicas e,
sobretudo, adaptadas de produções portuguesas, demonstrando a dependência típica das
colônias. Com características bastante originais que vinham a combinar com um pouco da
metodologia européia de escrita para a infância a literatura por aqui ainda combinava com a
literatura oral trazida pelos primeiros colonizadores, juntamente com as diversas histórias e
lendas indígenas e posteriormente africanas. (CUNHA, 1987, p.20)fonte
Segundo Coelho (19911991, p.203), durante a primeira metade do século XIX, em
1808, com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, em nosso país inicia uma caminhada
rumo ao progresso econômico, não obstante a independência política e a conquista da cultura
para colocá-lo entre as nações civilizadas do Ocidente. Nesse sentido a chegada da família
real portuguesa inicia uma nova era de progresso e abertura de novos horizontes para a
educação e não obstante disso a ampliação de novas perspectivas no que se refere a cultura do
pais. No entanto a educação era o setor que mais gerava preocupação aos mentores que
planejavam o desenvolvimento do pais. Ainda sobre o ensino, no Brasil Coelho(1991) cita:
Segundo Lajolo e Zilberman (2010, p.23) após a implantação da Imprensa Régia em 1808,
oficialmente se inicia no Brasil a atividade de cunho editorial e com isso se iniciam a
publicação de livros para crianças. No entanto essas publicações eram escassas naquele
período não podendo ser caracterizada efetivamente como uma literatura voltada as crianças,
pois baseavam-se muitas delas em traduções.
É nos anos 80 que esse grande ênfase se consolida, enxergando a criança como sujeito
crítico e reconhecendo seu papel na constituição desse sujeito e também como um veículo de
acesso ao patrimônio cultural da humanidade, inserindo novos conceitos no mundo da
criança, estimulando a criança à emancipação, livrando-a da manipulação ditada pela
burguesia às crianças.crianças. (GIOLLO, 2012, p.27-28)
Além de Monteiro Lobato, outro escritor que também faz muito sucesso com o público
infantil é Ziraldo Alves Pinto, ou Ziraldo como é mundialmente conhecido. Seu primeiro livro
infantil foi Flicts publicado em 1969, onde conta a história de uma cor rara que sai pelo mundo
procurando o seu lugar, pois Flicts acha que não tem nenhuma tonalidade que faça par com ela.
De acordo com Castro (2008):
O texto toca diretamente no temor ao abandono, sentido pelas crianças, que é
traduzido pelo sentimento de não pertencer a um grupo, de rejeição, de
exclusão causada pelas diferenças, que são a matéria prima da literatura,
porque é com elas que se constroem as personagens e grande parte das
histórias. (CASTRO, 2008, p. 79).
No ano de 1979, Ziraldo publicou o livro O Planeta Lilás, um poema que falava sobre
o amor aos livros; e em seguida lança seu maior sucesso: O Menino Maluquinho, obra essa
com a qual ele ganhou o prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livrona Bienal do Livro de
São Paulo de 1979.
CAPÍTULO II
Nesse sentido, o hábito pela leitura configura-se como um elemento fundamental para
o desenvolvimento da criança e ao mesmo tempo funciona como uma ferramenta que está à
disposição dos profissionais da educação, para utilizarem no desenvolvimento da linguagem,
além de enriquecer a oralidade da criança, uma vez que quando lemos, estamos exercitando
nossa mente e acentuando conhecimentos.
O teatro, por exemplo, é uma boa forma de agregar novos significados para o mundo
da criança, não só imaginário, mas também em seu léxico, uma vez que através das ações e
objetos podemos introduzir pelo imaginário novos conceitos, pensamentos e até mesmo
reflexões que mais tarde amadureceram em suas mentes. Coelho (2000, pg.141) explica que,
[...] a literatura infantil vem sendo criada, sempre atenta ao nível do leitor ao
qual se destina [...] e consciente de que uma das mais fecundas fontes para a
formação dos imaturos é a imaginação – espaço ideal da literatura. É pelo
imaginário que o eu pode conquistar o verdadeiro conhecimento de si
mesmo e do mundo em que lhe cumpre viver.
A literatura infantil, nesta perspectiva, pode ser observada como uma ferramenta
importante para que a criança tome gosto pela leitura, pois a leva para um mundo novo, com
coisas e significados novos, ajudando a internalizar o mundo que a cerca, preparando-a para
novas tomadas de decisões e assim, promovendo um sujeito autônomo. Sendo assim é
importante perceber que contar história põe as crianças em contato com os textos, com os
autores, com inúmeras concepções e possibilidades. Segundo Carneiro (2013, p.5) , no
entanto:
“A inserção da literatura infantil não apenas se faz nos quadros da
escrita, como é desta relação que ela retira suas normas e valor. Isso
significa sua permeabilidade à história literária e a necessidade do
compromisso com o escritor com uma iniciativa para o novo e o
transformador. Todavia as obras para crianças absorvem recursos de
outros meios de comunicação, sobretudo de ordem óptica, como a
exploração visual, próprio às artes pictóricas e aos veículos de cultura
de massa”.
De acordo com a citação acima, ela arremete nossa analise para a questão relacionada
a grande preocupação de os livros voltados para a criança veicularem uma cultura de massa
que está relacionada e comprometida o com o sistema de cultura e divulgação da indústria,
impedindo assim que a criança reflita, questione, descubra, se aproprie do texto, enfim seja
ela mesma, criança. O grande prejuízo da literatura infantil pode decorrer do fato de que ela é,
muitas vezes, utilizada na escola para incentivar comportamentos adequadamente desejáveis.
(CARNEIRO, 2013, p.6)
Sendo assim, na maior parte das vezes a escola vem a se utilizar da literatura para
difundir preconceitos, estereótipos e por fim domesticar os pequenos a condutas previamente
aceitas pela sociedade em geral. É fundamental que os profissionais que atuam na área,
sobretudo que lidam com a infância tenham clareza do valor do ato de contar histórias e da
sua importância enquanto atividade que vai introduzir a criança no mundo da literatura e do
saber. De acordo com Freitas (2012, p.246) contar histórias é uma arte é o equilíbrio do que é
ouvido com o que é sentido. É o uso simples e harmônico da voz do narrador. O narrador tem
que conhecer a história que vai ler e transmitir confiança aos ouvintes, motivar a atenção e
despertar admiração ao mesmo tempo, envolver-se com a história e os ouvintes. O objetivo da
narração é o de ensinar a criança a escutar, a pensar, a enxergar o mundo com os olhos da
imaginação.
Nesse sentido Freire (1993) também fala de ensinar, aprender a leitura do mundo, a
leitura da palavra, onde ler não é simplesmente entretenimento nem tampouco um exercício
de memorização de cunho mecânico de certos trechos de texto. O autor esclarece ainda a
significação acerca da leitura: ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, porém
gratificante. Ler é buscar a compreensão do lido, daí a importância do ensino correto da
leitura e da escrita. Ensinar a ler é engajar-se em uma experiência criativa em torno da
compreensão e da comunicação. A experiência da compreensão é a capacidade de associar,
jamais dicotomizar.
E a experiência da compreensão será tão mais profunda
quanto sejamos nela capazes de associar, jamais dicotomizar, os
conceitos emergentes na experiência escolar aos que resultam do
mundo da cotidianidade. Um exercício crítico sempre exigido pela
leitura e necessariamente pela escuta é o de como nos darmos
facilmente à passagem da experiência sensorial que caracteriza a
cotidianidade a generalização que se opera na linguagem e desta ao
concreto tangível. Uma das formas de realizarmos este exercício
consistente na prática a que me venho referindo como “leitura da
leitura anterior do mundo”, entendendo-se aqui como “leitura do
mundo” a “leitura” que precede a leitura da palavra e que perseguindo
igualmente a compreensão do objeto se faz no domínio da
cotidianidade. A leitura da palavra, fazendo-se também em busca da
compreensão do texto e, portanto, dos objetos nele referidos, nos
remete agora a leitura anterior do mundo. O que me parece
fundamental deixar claro é que a leitura do muno A importância da
Literatura Infantil no Processo de Alfabetização... 247 que é feita a
partir da experiência sensorial não basta. Mas, por outro lado, não
pode ser desprezada como inferior pela leitura feita a partir do mundo
abstrato dos conceitos que vão da generalização ao tangível. (FREIRE,
1993, p. 30).
Considerando a leitura como um sistema particular de símbolos e signos que por sua
vez dominados pela criança tem grande significado e importância em todo do processo de
desenvolvimento cultural e cognitivo da criança, o (não concluiu a ideia). Nesse sentido,
trabalhoar com Literatura não se restringe somente a decodificar, resumir ou assimilar textos
prontos e acabados, mas sim criar e elaborar um ambiente de aprendizagem onde existaas
possibilidades para a construção de conhecimentos que tenham significado para os alunos.
Assim, por meio de práticas pedagógicas que possibilitem a interação com diferentes
tipos de gêneros literário, que possibilitem ler histórias, imaginar criar e recriar cenas, recriar
personagens, vivenciar cada palavra trazida pelo autor, faz com que os alunos presentes no
processo de ensino e aprendizagem possam desenvolver suas capacidades cognitivas.
Por meio da práatica pedagógica o professor pode fazer da Literatura Infantil uma
experiência riquíssima e inesquecível que possibilite as crianças trabalhar com o imaginário e
a criatividade.
Ao trazer obras literárias para o universo da sala de aula, o docente que utiliza-se dos
livros em suas práticas diárias proporciona expectativas, experiências sensórias, memórias e
emoções que só podem ser trabalhadas e por conseguintes vivenciadas a partir deste universo
imaginário proporcionado pela literatura.
Todo docente deve entender a infância como sendo o período mais adequado para
haver maior concentração e preocupação no desenvolvimento da leitura, pois é necessário que
se pense em práticas que venham a mostrar para criança o que precisa ser construído por ela
no âmbito do aprendizado da leitura, no qual o adulto leitor tem a função de tornar possível a
aprendizagem desta atividade. Para facilitar a entrada da criança no mundo da leitura e da
escrita, o adulto deve ler para ela. Sendo assim, o principal fator considerado, quando a
leitura está em foco, é a riqueza do processo de encantamento pelas palavras e de tornar o
momento da leitura agradável de modo que se desenvolva na criança um habito, uma tomada
de gosto pelo ato de ler que a acompanhara pela vida a fora.
REFERENCIAS
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC editora,
2006.In GIOLLO, T. A. C. Literatura Infantil e infância: um panorama histórico da
produção literária voltada para crianças. Projeto de Pesquisa de Monografia de Conclusão
de Curso. Curso de Pedagogia. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 41 p. 2012
FREIRE, Paulo. Professora sim tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho
d`água, 1993.
________. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, 1999 ed. Atlas.
GÓES, L. P. Introdução à Literatura para crianças e jovens. São Paulo: Paulinas, 2010.
__________. Literatura Infantil Brasileira – História e Histórias. 6. ed. São Paulo: Ática,
2010.
LEMOS, S.A.N. Linguagem e Infância: a Literatura Infantil no Processo de
Desenvolvimento da Criança Pequena. Revista Cientifica aprender. 3ª edição,
2009.http://revista.fundacaoaprender.org.br/?p=49. Acesso em 22/11/2017.