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“A causa da Derrota, não está nos obstáculos, ou no rigor das circustâncias, está na falta

de determinação e de desistência da própria pessoa” Prof: Daniel

Finalidade / Objectivos Gerais da disciplina


 Permitir a abordagem e tratamento de temas - problema que, pela sua
premência e actualidade, mereçam a atenção de toda comunidade e,
particularmente, da comunidade educativa escolar;
 Enfatizar a aprendizagem integrada de atitudes e saberes oriundos de
todas as ciências Sociais e humanas (Comunicação, Sociologia,
História, Economia, Psicologia, Filosofia, etc.), de modo a fundamentar o
conhecimento científico desta área de formação sempre numa
perspectiva cultural e transdisciplina reportada aos temas – problema
trabalhados.
 Favorecer o desenvolvimento de atitudes integradoras que possibilitem
a inserção do indivíduo no mundo do trabalho, pelo conhecimento das
oportunidades;
 Proporcionar uma análise crítica da cultura profissional e de empresa,
nomeadamente através de contexto real de trabalho, de contacto directo
com os vários actores sociais, associações

 socioprofissionais e outras, de modo a facilitar a inserção dos alunos na
vida profissional.

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F.A.I Conteúdo organizado e corrigido Pelo Psicopedagogo Bernardo Arthur para a 10ª Classe (Iº Trimestre em 30
de Agosto de 2022.)
“A causa da Derrota, não está nos obstáculos, ou no rigor das circustâncias, está na falta
de determinação e de desistência da própria pessoa” Prof: Daniel

INTRODUÇÃO
Na base de qualquer curso ou disciplina está sempre uma pergunta que orienta
a pesquisa e condiciona o seu desenvolvimento. A pergunta adjacente na
pesquisa de FAI segundo KANT (Filosofo e Sociólogo), é a seguinte: «”Que
devo fazer?”» Assim a FAI foi comummente entendida como a «ciência que
estuda aquilo que o Homem deve fazer para ser bom, isto é, digno da sua
própria humanidade». Mas talvez seria oportuno definir essa disciplina como
aquilo que o homem deve ser, pois que a vida moral não consiste só no fazer,
no sentido estreito, mas no orientar toda a nossa actividade num determinado
modo, rumo a um determinado ideal humano. Trata-se por tanto de procurar
um sentido da existência humana. Um sentido, ou seja, um rumo, ou indicação
de um percurso.
Tal como a Ética e a Bioética que têm como objectivo formar um indivíduo
consciente de seus direitos e deveres dentro de uma sociedade, a
disciplina de Formação de Atitudes Integradoras, não foge á regra destas
duas descritas acima. Para um convívio regular entre as sociedades sempre
se exigiu um comportamento, que ao longo da história se baseia nas leis
estabelecidas, como a “pólis grega”; e mais tarde, na idade média, baseadas
em leis estabelecidas com fundamento no Cristianismo, isto é para
proporcionar uma margem de respeito mútuo e a si próprio, havendo assim a
responsabilidade inerente de se transmitir esses padrões á gerações futuras,
que através de instituições de ensino são dadas as bases para a adaptação na
sociedade actual. Assim a FAI tem por objectivo Formar um indivíduo
consciente de seus deveres e direitos dentro de uma família, grupo ou
sociedade em correspondência com os ideais de cada país.
Assim, em função da complexidade desta disciplina, se coloca a seguinte
questão «Como devo agir perante os outros?» trata-se de uma pergunta fácil
de ser formulada mas difícil de ser respondida.
Este tema - problema veicula a informação essencial para classificar o conceito
de “Pessoa”. Assim para além de ilustrar a relação entre pessoa, personalidade
e máscara, também aprofunda os seus conceitos, explicitando os vários
significados que podem abranger.
Os aspectos biológicos e sociais, bem como a influência do meio e da cultura,
são explicitados com intuito de demonstrar de que forma é que estes modificam
e influenciam o dia-a-dia do ser humano.
Considera-se ainda que, ao longo da unidade, a experiência na diversidade
cultural como alicerces da construção do indivíduo como pessoa. Desta forma
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constata-se que estes crescem dependente das relações com o mundo,


consigo e com os outros. Da mesma forma, fundamenta-se que os valores, as
normas sociais a cumprir e o grupo social onde o “Eu” se insere despoletam
atitudes, preconceitos e crenças que modificam a sua personalidade ao longo
da vida.
A formação e construção da personalidade de um determinado individuo são
também dominadas pelos padrões de cultura do país, pela educação e por uma
série de agentes cultivados ao longo da unidade temática.
Ideia central da Formação de Atitudes Integradoras:
Sociedade Homem/Sujeito Necessidade
Relação (Pessoal Conhecimento Formação
E no trabalho)
Atitude

Sociedade – conjunto de pessoas que vivem numa determinada época e lugar,


interagindo, seguindo normas comuns e partilhando hábitos, valores, crenças,
etc.
Conhecimento – função psíquica pela qual se formam ideias, objectivos de
pensamento acerca de si, dos outros e da realidade.
Atitude – disposição, mais ou menos constante, para reagir favoravelmente, ou
não, a algo ou alguém. A atitude é geralmente determinada pelas opiniões e
crenças do sujeito.
Necessidade – estado de carência ou desvio do equilíbrio homeostático que
desencadeia no organismo comportamentos específicos que podem levar ao
acto consumatório, para satisfazer a carência ou desvio a fim de restabelecer o
equilíbrio.
Formação – conjunto de conhecimentos e/ou instruções sobre um assunto
específico.
Relação pessoal e no trabalho – o relacionamento interpessoal é a habilidade
do ser humano em conviver com as pessoas e o mundo a sua volta.
Homem/Sujeito – educação para a vida na maturidade.

NOÇÃO DE PESSOA
Etmologicamente “pessoa” deriva do grego próspen (aspcto), de onde passou
ao Etrusco phersu, com o significado de (aí) e do Latim persona. Os Italianos
denominavam por persona ás máscaras usadas pelos actores no teatro mas
também chamaram assim os próprios personagens teatrais representados.

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A palavra latina persona conservou-se no Português pessoa, no Galego


persoa, no Italiano e no Espanhol persona, no Inglês person e, finalmente, no
Francês perssone, em Português pessoa é sinónimo de ser humano e na
Filosofia pessoa é uma entidade que tem certas capacidades ou atributos
associados á personalidade por exemplo em um contexto exclusivo moral,
social ou institucional. Essas capacidades ou atributos podem incluir a auto-
consciência, na noção de passado e futuro e a posse de poder deôntico entre
outros em fim. Consequentemente, pessoa é todo o ente dotado de
personalidade para o direito, isto é, acto para ser titular de direitos subjectivos.
A pessoa é o ser mais importante do universo, protagonista da cultura e da
história, mas também o único sujeito com direitos e deveres, constata-se que
só a pessoa humana tem direito ao nome próprio; é um ser consciente que se
realiza nas relações (Afectiva, Espiritual, Política, Cultural e Económica),
marcando a diferença no conceito de diversidade.
Segundo Boécio, esta acepção pode ser definida como “Substância individual
de natureza racional” pelo que o indivíduo correcto é visto como um ser único e
individual. O ser humano é uma pessoa integral: Corpo com dimensão material,
espiritual, que ocupa tempo e espaço limitado.
Características Essenciais e Distintas da pessoa
1- Singularidade – cada pessoa tem uma realidade ou um mundo interior
que a torna única.
2- Abertura – cada pessoa é um ser aberto, em constante diálogo e
interacção com os seus iguais, isto é, pessoas como ela, com o mundo,
com a natureza e com todos os outros seres; é transcendente, ou seja
aprende tudo aquilo que está além dos outros da natureza, com o
sobrenatural.
3- Projecto – a pessoa não nasce feita e acabada. O ser humano é um fixe
de possibilidades; cada um de nós tem de escolher esta ou aquela
possibilidade e rejeitar outra, temos de nos construir pela vida fora.
4- Autonomia ou Liberdade – cada pessoa é centro de decisão ou de
acção. “Não são os outros que devem decidir por mim”;”eu tenho de me
governar a mim próprio”;”eu só a lei de mim mesmo com racionalidade e
liberdade”. Liberdade = Responsabilidade.
5- Dignidade ou valor – a pessoa é mais elevada forma de existência que
conhecemos e com o mais alto valor e dignidade (valor absoluto e
indiscutível) que há no mundo. Ela ocupa, por isso, o lugar cimeiro no
conjunto de todos os outros seres do universo. Tudo, no mundo está a
baixo e ao serviço da pessoa que cada ser humano é.

A ESTRUTURA DA PERSONALIDADE

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Personalidade – entende-se como o conjunto de características que diferencia


os indivíduos; estes atributos são permanentes e dizem respeito á constituição,
temperamento, carácter, aptidão e maneira específica de se comportar perante
os restantes indivíduos.
Segundo algumas teorias, personalidade significa “Organização dinâmica dos
aspectos cognitivos, afectivos, fisiológicos e morfológicos do indivíduo”.
Constata-se também que dentro desse conceito se pode englobar a definição
de personalidade básica, vista como as atitudes, as tendências, os valores e os
sentimentos dos membros de uma determinada sociedade. Neste âmbito, este
termo pressupõe a possibilidade de um indivíduo se diferenciar, ser original e
albergar particularidades especiais.
Segundo o Médico/Psicólogo Freud a estrutura da personalidade é um dos
ramos fundamentais que propôs na sua teoria psicanalítica. Assim sendo, e
com base nos seus pressupostos, tentou ordenar a vida psíquica humana em
três componentes básicos: ID, EGO e SUPEREGO, onde:
 ID é a instância inteiramente inconsciente;
 EGO é a instância inteiramente consciente;
 SUPEREGO possui aspectos conscientes e inconscientes;
O ID - é a parte mas primitiva da personalidade, o sistema original inerente ao
indivíduo, ou seja, aquele com que ele nasce; ele é formado por instintos e
impulsos orgânicos, é regido pelo prazer e herda dos pais algumas
características. Este componente é fundamental e central na estrutura da
personalidade, pois é a partir dele que as outras estruturas se desenvolvem.
O EGO - desenvolve-se a pois o nascimento do indivíduo, quando a interacção
com o meio ambiente se inicia; busca o prazer em contacto da realidade e tem
como tarefa, garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. A sua
função é reduzir a tensão, aumentar o prazer e regular os impulsos do ID, de
modo a que o indivíduo possa procurar soluções menos imediatas e mais
realistas.
O SUPEREGO - representa o aspecto moral dos seres humanos; desenvolve-
se através da transmissão de normas/valores, pelos pais ou outros adultos, às
crianças da sociedade. É a última parte da personalidade que se desenvolve e
fá-lo através do Ego. Entre outras funções, actua como juiz, especificando e
julgando as atitudes correctas/incorrectas tidas pelo Ego.
Considera-se como depósito dos códigos morais e dos modelos de condutas
que constituem as inibições da personalidade.
Segundo freud, o superego tem como funções essenciais a consciência, auto-
observação e formação de ideias; é o veículo da tradição e dos julgamentos
de valores transmitidos de geração em geração.

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Kant, referindo-se á personalidade, aprimorou as características dos quatros


tipos de Temperamento citados por Galero: O tipo Sanguíneo caracterizado
pela força, rapidez e emoções superficiais; o tipo Melancólico, designado
pelas emoções intensas e vagarosa das acções; o tipo Colérico, rapidez e
impetuosidade no agir; e o tipo Fleumático, caracterizado pela ausência de
reações emocionais e vagaroso no agir.
Ainda que o façamos intimamente, involuntariamente ou até inconscientemente
nenhum de nós deixa de classificar as pessoas que conhecem, pois cada
indivíduo apresenta uma personalidade diferente perante a sociedade.

A RELAÇÃO DA PESSOA CONSIGO PRÓPRIO E COM OS OUTROS


O termo relação aplica-se em vários domínios da matéria, da vida e do mundo.
A relação entre os seres humanos bem como a ligação entre estes e o mundo
é, naturalmente, importante e mas exigente.
O conceito de pessoa implica a acção independente: Sou pessoa porque posso
agir por mim, mas preciso me relacionar com os outros para
solucionar/satisfazer as minhas necessidades; também me relaciono comigo
mesmo para satisfazer as minhas necessidades básicas como as de comer,
tomar banho, vestir, etc.
Como ser social, o homem necessita de manter relações significativas,
verdadeiras e profundas para viver. O ser para si, o ser para os outros é uma
das verdades mais importantes da existência humana: “(…) a ética ensina-nos
que o outro não é uma coisa, mas sim um EU como EU. E, eu até preciso do
outro para viver, para ser feliz. O outro tem valor e dignidade própria, tem uma
dimensão ética tal como Eu. Não é uma coisa, não é um adversário, inimigo a
abater, não é um sem importância, mas é alguém importante como nós”.
Nas relações familiares (pais/filhos, irmãos marido/mulher) devemos procurar
formas de promover e proporcionar o crescimento mútuo. Por ex: Um professor
tem como missão não só ensinar, mais também criar com os alunos uma
relação significativa de proximidade; um médico, ao escolher a sua profissão,
transmite, indirectamente, o seu desejo de desenvolver o bem-estar dos outros.
A amizade estabelecida entre os seres humanos é um campo frutífero de ajuda
mútua, onde cada um de nós promove a mudança e o crescimento individual.

AS DIFERENÇAS INTERPESSOAIS E INTERCULTURAIS


“ Eu e o outro compartilhando diferenças, construindo identidades”

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Homens e Mulheres na sua incompletude e na relação com o mundo e com


outros seres, buscando dar respostas aos desafios, ás questões de seu
contexto, constroem conhecimentos.
Para Paulo Freire, o conhecimento é resultado desse processo, dessa
construção colectiva. Homens e Mulheres: Negros, brancos índios, portadores
de deficiência, homossexuais, etc. Todos educam, ensinam e aprendem. Por
isso afirma que “ninguém educa sozinho, estes educam-se entre eles
mediatizados pelo mundo.
Os homens se educam em comunhão “(Freire, 1981:19). Educação em Paulo
Freire, é a prática de uma teoria do conhecimento. Ao se deparar com um
problema o ser humano se questiona, questiona os outros seres humanos,
pesquisa, busca respostas possíveis para solucionar o desafio que está a sua
frente, testa as suas hipóteses, confirma-as, nega-as, abandona-as, retoma-as,
etc.
Por meio desse movimento, realiza o esforço da aprendizagem para construir o
seu saber, relacionando conhecimentos, novos saberes. A cada solução, novos
problemas se impõem. Estas respostas, as experiências que vão acumulando
ao buscá-las constituem o conhecimento de um indivíduo ou de um grupo.
Nesta concepção, o conhecimento nasce da acção, relação entre os seres
humanos e destes com o mundo. Da sua intervenção no mundo, novos
conhecimentos, vão sendo construídos. Não há ser humano que não aja no
mundo. Todos, de alguma forma, agem e buscam respostas para suas
necessidades, por isso não há ser humano vazio de conhecimento, de cultura.
Há grau e níveis de conhecimento e saberes diferenciados, mas não há quem
nada saiba.
Nas relações humanas, todos se relacionam do núcleo básico da família para a
sociedade. A família transmite toda a gama de educação considerada como
fundamental e primordial na comunidade, de acordo com a cultua herdada dos
seus progenitores e dos antepassados; assim o indivíduo encara a sociedade
com realidade de conhecimentos, comportamentos e de cultura.
Relativamente ao tema abordado, o sujeito enfrenta, com muita cautela e
afinco, outras culturas consideradas como desafios e nesta situação representa
a sua inserção ou aceitação positiva/negativa no meio em que se relaciona;
este meio apenas é positivo quando interage com os outros e quando
consegue interpretar profundamente a complexidade dos problemas colocados
pelos outros. Neste sentido, temos que encarar o ser humano como um ser
dotado de conhecimentos e saberes, dependentes do nível de instrução de
cada indivíduo.
Não se deve esquecer o facto de que cada indivíduo pertence a um meio
caracterizado por hábitos e costumes peculiares, por isso pode se dizer que
interagem na sociedade uma multiplicidade de culturas adquiridas por
experiências, valores, práticas e formação adquirida. Constata-se que é essa a
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diferença que enriquece e ergue a comunidade onde todos participam e


contribuem para o seu valor em prol do seu bem-estar. Se vivermos no mesmo
espaço geográfico devemos comunicar com todos indivíduos, pois encontramo-
nos num mundo onde já ninguém vive solitário.
O mundo está em permanente mutação e, muitas vezes, alguns indivíduos
acham-se detentores de uma legitimidade que, na realidade, não têm,
marginalizam os outros e tentam sobrepor as suas ideias, concepções e
opiniões acima dos outros, mesmo quando a grande maioria não partilha a
mesma opinião. Estes indivíduos não se preocupam em superar estas
situações em prol do bem de outros; pelo contrário, mantêm as ideias
retrógradas que não promovem a mudança estrutural nas relações, mas
favorece a sua própria identidade.
“Educar para a inclusão, é não separar o lugar com o tempo de aprender e do
tempo de ensinar. Onde e quando se aprende, também se ensina. E todos
ensinam e aprendem. Nesse processo, o papel de educador é dar sentido a
essa construção. A formação não se pode dar no vazio”.

OS VALORES começar aqui


A palavra valor pode ser definida:
- Como sendo aquilo que algum objecto vale.
- Como qualidade essencial de um bem/serviço para os que os possuem e
utilizam.
Reconhece-se que existe uma enorme diversidade de valores que podem ser
agrupados da seguinte maneira quanto ao número e quanto a natureza:
Quanto ao número, os valores dividem-se em dois que são positivos e
negativos.
Quanto a sua natureza, os valores dividem-se em 5 que são:
1- Éticos: referem-se às normas de conduta. Ex: honestidade, verdade,
lealdade, solidariedade, altruísmo, bondade…
2- Estéticos: referem-se á expressão. Ex: esbelto, bonito, harmonia, belo,
feio, trágico, sublime…
3- Religioso: referem-se á relação do homem com a religião. Ex: sagrado,
pureza, santidade, perfeito ou perfeição…
4- Políticos: referem-se á política. Ex: justiça, igualdade, imparcialidade,
cidadania, liberdade…
5- Vitais: referem-se á vida. Ex: saúde e força.
Hierarquia de valores:

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Não atribuímos a todos os valores a mesma importância. Na hora de tomar


uma decisão, cada um de nós hierarquiza os valores de forma muito diversa. A
hierarquização é a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns
aos outros, isto é, de serem nuns mais valiosos que os outros.
Ex: “A maioria da população mundial continua a passar graves carências
alimentares. Todos os anos morrem milhões de pessoas por subnutrição. Não
é de querer que a hierarquia dos valores destas pessoas, a satisfação das suas
necessidades biológicas não esteja logo em primeiro lugar”.

OS GRUPOS SOCIAIS
O grupo social é um conjunto de pessoas que têm em comuns interesses,
sentimentos, motivos e metas. Todo indivíduo pertence a vários grupos sociais,
tais como: Grupo da família, o grupo escolar, grupo religioso, político,
desportivo, etc. Cada um destes possui normas, motivos e metas que geram e
que os fazem uns dos outros.
Características do grupo social:
1- Existência de contacto directo e permanente entre os membros;
2- Estabelecimento de relações através de actividades comuns;
3- União dos membros pela consciência dos fins da actividade;
4- Presença de um sistema normativo que regula a conduta dos seus
membros e que é aceite;

TIPOS DE GRUPOS SOCIAIS:


1- Grupos primários – a relação dos membros é directo, face-a-face.
2- Grupos secundários – a relação dos membros é contacto indirecto,
passageiro e desprovidos de continuidade.
3- Grupos de referência – caracteriza-se pelo facto de determinadas
pessoas ou grupos sociais recorrerem a eles para que apoiem as suas
inspirações, ideias ou tomada de consciência e atitudes; servem-nos de
modelo.
As normas sociais podem ser:
1- Regras que devem ajustar-se á conduta, às tarefas e ás actividades do
ser humano;
2- Regras que têm como objectivo orientar o comportamento dos
integrantes de um grupo social de acordo com os valores aceites por
estes mesmos grupos.

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Obs: “As normas sociais são adquiridas e interiorizadas durante o processo de


socialização do indivíduo. Podem ser agrupadas dentro de sistemas
normativos: Normas penais, jurídicas, sociais, moral social”…
a) Normas penais: apresenta-se no código penal.
b) Normas jurídicas: estão presentes em regulamentos ou ordenamentos;
a sua violação é um acto ilícito e implica sanções.
c) Normas sociais: é um amplo grupo de normas socialmente
reconhecidas como a moda, a tradição, os usos e costumes, etc.
d) Moral social: são as normas auto-impostas como, por ex: “Não vou
comer no restaurante na rua Silva porto”, o incumprimento tem escassa
relevância social, mas pode ser qualificado como hipocrisia.

NOÇÃO DE ESTATUTO E PAPEL


O estatuto define-se como um regulamento que rege um estado ou sociedade.
Este termo pode ser social, sendo considerado como o lugar, a posição, o
posto, a honra ou prestígio anexados que os elementos ocupam na estrutura
social conjugadamente com a opinião colectiva do grupo, bem como o conjunto
de comportamentos que este individuo pode esperar dos demais em virtude do
lugar que ocupa.

Tendo em conta o que foi referido anteriormente o estado social aborda um


conjunto de privilégios e atributos ligados á posição que determinados
indivíduos ou grupos ocupam na estrutura social. Este conceito pode ser
dividido em duas formas:
1- Estatuto adquirido – quando depende do esforço pessoal para a sua
obtenção, através das suas habilidades, conhecimentos e capacidades
pessoais; assim o indivíduo pode se alterar ou competir com outras
pessoas ou grupos e triunfar sobre eles. Ex: O médico, o motorista, o
arquitecto, o operário de fábrica, etc.
2- Estatutos atribuído – quando independente da sua capacidade para a
sua obtenção, este recebe o cargo logo á nascença. Ex: Os herdeiros de
monarquias.
PAPEL SOCIAL
As ciências sociais definem Papel Social como o conjunto de deveres que
condicionam o comportamento dos indivíduos junto a um grupo ou dentro
de uma determinada instituição; estes papéis podem ser atribuídos ou
conquistados, surgem da interação social e são resultantes de um processo
de socialização.

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Segundo Alain Binoar “o papel social é o comportamento, a conduta ou a


função desempenhada por uma pessoa no interior de um grupo”, isto é, um
papel apenas existente em relação a outros papéis. Ex: Professor/aluno;
pai/filho; Médico/paciente.

ATITUDES, PRECONCEITOS, RELIGIÃO COMO REFÚGIO


Atitude – define-se como uma disposição favorável ou desfavorável a
objectivos, pessoas, acontecimentos ou em relação a alguns dos seus
respectivos atributos.
Ex: Eu gosto de mangas; trabalhar na cozinha é irritante!
Preconceito – define-se como um juízo pré-concebido que geralmente
manifesta uma atitude discriminatória perante os indivíduos locais ou
tradições consideradas diferentes ou estranhas. As formas mais comuns de
preconceitos são: Social, Racial e Sexual.
Habitualmente, o ponto de partida deste termo concebe-se a partir de uma
grande generalização superficial que denominamos “estereotipo” (ex: “todos
os Angolanos são ricos” “ todos os norte-americanos são irritantes”).
Observar características comuns a grupos apenas se consideram
preconceitos quando disseminam agressividade ou descriminação; caso
contrário, reparar em características sociais, culturais ou até de ordem física
pode apenas apresentar de forma ilustrativa e educativa, os costumes e as
aparências de determinados povos ou regiões. Todo o sistema inerente ao
preconceito é transmitido de geração em geração, o que contribuiu,
largamente, para a persistência e para o aumento deste termo
relativamente a uma determinada cultura.
Segundo Max Weber (1864-1920) “0 individuo é responsável pelas acções
que toma. Uma atitude hostil, negativa ou agressiva em relação a um
determinado grupo, pode ser classificado como preconceito”.

Como combater o preconceito?


A nossa sociedade tem tendência para proliferar preconceitos; todos nós
possuímos alguns tipos de preconceitos relativamente a alguém ou a
alguma coisa que nos desagrada ou que caminha na direcção oposta aos
nossos valores. Cada ser humano pensa, age e comporta-se de forma
diferente e, tendencialmente ninguém altera a sua opinião pela de outro
individuo; se assim fosse, a violência e os desentendimentos eram
claramente diminutos.
Este termo interliga-se á discriminação, á marginalização e a violência,
atitudes justificadas a partir de teorias racistas etnocêntricas que defendem
a prática da superioridade entre povos e raças.
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A partir do momento em que o homem se mentalizar que a igualdade é um


direito para todos, mas a heterogeneidade é um factor de socialização
importante, a sociedade vai evoluir neste campo. O mundo será menos
violento quando as diversas personalidades, gostos, hábitos e costumes
forem aceites da mesma forma. O combate ao preconceito inicia-se na
consciência de cada elemento e se queremos uma sociedade livre de
preconceitos, devíamos trabalhar os nossos comportamentos para aceitar,
livremente, todos os factores inerentes a uma determinada raça, povo,
cultura ou religião.

CRENÇAS RELIGIOSAS COMO REFÚGIO


O termo religião advém do Latim relígio que vulgarmente significa prestar
culto a Deus; é um conjunto de crenças sobre as causas da natureza, a
finalidade da vida e do universo. Quando se considera como agente
sobrenatural funciona como uma mensagem educativa no âmbito da
solidariedade, perdão, paz e reconciliação, amor ao próximo, respeito ao
alheio, fé, não-violência, irmandade, fidelidade, esperança, perseverança,
segurança, entre outros valores.
Crença – define-se como um princípio orientador, uma máxima em relação
a uma fé ou paixão por alguma coisa; proporciona significados e direcções
de vida variada.
A religião é um refúgio na medida em que o homem depois de caminhar em
trilhos dolorosos e cometer grandes pecados na sua vida, procura o
caminho límpido para a sua salvação. Este caminho é JEUSUS e constata-
se que é o único amigo com quem podemos realmente contar. As pessoas
encontram em DEUS e na religião um meio de as levarem a paz.
Desde os primórdios que os homens acreditavam que os fenómenos
naturais como por exemplo, as trevas, o calor, o frio, a vida e a morte, eram
controlados por Deuses e espíritos. Segundo as suas crenças, estes
espíritos habitavam nas rochas, árvores ou rios e cada um deles possuía
uma função diferente. Neste sentido, os crentes julgavam que iriam receber
a sua benevolência, através de oferendas como canções, danças,
sacrifícios e magias.
Se analisarmos a história das antigas civilizações como o Egipto, China,
Grécia e Roma, perceberemos que estes eram politeístas, ou seja,
possuíam vários Deuses que eram temidos pelos seus adoradores; estes
esforçavam-se para não os ofenderem ou irritar, devido ao medo que
tinham em ser punidos. Sacerdotes, especialmente treinados para
interpretar a vontade divina, ensinavam ao povo como viver conforme a
vontade dos Deuses e, também, como homenageá-los. Esta actividade
permitia que os Sacerdotes obtivessem um grande poder.
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Actualmente, grande parte dos religiosos acreditam na vida para além da


morte, onde o bem é recompensado e o mal é punido. O indivíduo atinge
um excelente nível ético quando pensa por si mesmo e quando a sua
conduta se dirige a um julgamento consciente e correcto, demonstrando
independência interior; a autonomia para definir o bem e o mal sem seguir
fórmulas sociais, é também uma forma de valorizar a crença e consolidar os
valores morais na sociedade. Não devemos ser escravos das nossas
crenças, pois elas travam o nosso auto-conhecimento.
As crenças formam o mundo social e agem como profecias auto-realizáveis.
Como seres humanos temos crenças sobre nós próprios, sobre os nossos
relacionamentos, sobre aquilo que somos capazes e incapazes de realizar.
As nossas vivências ilustram perfeitamente o facto de a religião ser o
verdadeiro refúgio da humanidade. Em muitos casos, esta é assessora
psicológica das vítimas e dos aflitos, ajudando-os a lidar com a situação que
enfrentam na actualidade.

EVOLUÇAO HISTÓRICA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E


COMUNICAÇÃO
Desde os primórdios, a comunicação sempre foi realizada das mas variadas
formas. Os homens primitivos comunicavam-se entre si de uma forma
rudimentar. Através de fogo, batuque, apitos, entre outros objectos.
Com o ocorrer do tempo e em função das dificuldades que se foram
encontradas, as formas de comunicação goram-se alterando. Como bons
exemplos temos o caso de Noé, que enviou uma pomba para conseguir
identificar se teria espaço seco para saírem da arca, mas também a
descoberta da escrita feita pelos Sumérios que proporcionou, mas tarde, o
aparecimento do serviço de correio que realizava a distribuição das cartas
aos respectivos destinatários.
Actualmente o mundo tornou-se mas pequeno devido ao aparecimento da
informática. As TIC´s (Tecnologias de Informação e Comunicação)
revolucionaram a vida do ser humano, bem como os seus métodos de
actuação. Este meio assume-se como forte influência da economia
doméstica e mundial e tem valorizado as capacidades do homem perante a
sociedade.
O desenvolvimento das TIC´s tornou-se, pontualmente, mais exigente.
Constata-se que ao definir o modo de desenvolvimento económico-social de
qualquer país é imprescindível usar as TIC´s, pois são consideradas o
ingrediente fundamental para a conservação das informações de diferentes
índoles.
Angola não é alheia a essa necessidade de adaptação ás novas exigências
contemporâneas, apesar de uma parte significativa do país não ter um
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“A causa da Derrota, não está nos obstáculos, ou no rigor das circustâncias, está na falta
de determinação e de desistência da própria pessoa” Prof: Daniel

programa de investimento nesta área. Apesar de ainda não estar totalmente


definida, também não esta totalmente ausente da modernização do nosso
país e o governo Angolano tem dado passos seguros e significativos para
criar estratégia de desenvolvimento das TIC´s. Neste caso a Comissão
Nacional das Tecnologias de Informação (CNTI), órgão de natureza
consultiva do governo, define, coordena e incentiva as acções que visam
preparar e encaminhar o Estado Angolano rumo a uma sociedade mais
informatizada.
Actualmente as tecnologias encontram-se em constante evolução, mas nos
séculos passados eram rudimentares e lentas, em função dos elementos
funcionais em que os serviços eram prestados. Para uma melhor
organização o governo Angolano criou mecanismos facilitadores das TIC´s.
Todavia, os serviços postais usados antigamente foram fundamentais para
o desenvolvimento das novas tecnologias.
Assim temos:
a) Serviços de correspondência postal: serviços prestados pelos
correios ou outros órgãos como a HDL, aceitando correspondências
postais com o objectivo de serem entregues aos destinatários indicados
pelos seus expedidores de acordo a regulamentação oficial. Os serviços
de correspondências postais compreendem cartas, bilhetes-postais,
impressos, pacotes postais e ceco - gramas.
1- Carta: Objecto escrito pessoal cujo conteúdo deve ser original.
2- Bilhete-postal: cartão aberto, aceite e expedidos pelos serviços dos
correios nos formatos, dimensões e condições estabelecidos no
regulamento.
3- Impresso: constitui a reprodução obtida em vários exemplares
idênticos por meio do processo mecânico ou ainda outro material de
uso tipográfico.
4- Ceco - grama: carta ceco - gráfica depositada, aberta com carácter
ceco - gráfico e também todo o material impresso para o uso dos
cegos.

b) Serviços de encomenda postam - objectos encomendados que os


correios aceitam, a fim de serem entregues destinatários preconizados.
A encomenda postal é um volume com o respectivo endereço, de acordo
com o regulamento do país ou serviços dos correios. Os serviços
financeiros postais são aqueles que estão agrupados geneticamente,
como:
1- Serviços de vale e ordens postais;
2- Serviços de embolso postais;
3- Serviços de cobranças postais;
4- Serviços postais de assinaturas de jornais e publicação periódica;
5- Serviço de caixa económica postal.

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c) Serviços de correspondências telegráficas: todo o serviço pelo qual


aceitam mensagens e documentos com o objectivo de serem
transmitidos por telecomunicações e entregues aos respectivos
destinatários. As correspondências telegráficas podem ser o serviço de
telegramas e os serviços de correios electrónicos.
- Serviços de telegramas: serviços prestados pelos correios, aceitando as
mensagens escritas, a fim de serem transmitidas por telegramas e
entregues ao destinatários.
- Serviços de correio electrónico: serviços prestados pelos correios
aceitando documentos ou comunicações em forma de cartas, gráficos, etc,
com o objectivo de serem transmitidos electronicamente monopólio do
estado, porque a recepção, transporte e distribuição de toda e qualquer
encomenda postal é feita pelos respectivos serviços.
O sigilo de correspondência pública postal consiste na proibição de revelar
o seu conteúdo, assim como o prestar indicações onde se possa
depreender o sentido dele ou que se possa enveredar pelo seu
descobrimento. Por este facto a administração postal deverá adoptar
medidas mais coerentes e eficazes com o objectivo de garantir a
inviabilidade das correspondências que se encontram sob a sua
responsabilidade,
Os serviços postais devem ser utilizados desde que sejam previamente
autorizados pela autoridade postal. Desse modo, constitui crime contra o
serviço postal:
1- Exercer actividade postal sem prévia autorização da autoridade postal
ou sem licença de exploração dos serviços;
2- Divulgar o nome do destinatário do objecto expedido;
3- Abrir o artigo expedido;
4- Transportar objectos expedidos.
Em função disso, a administração postal adoptará medidas para garantir o
sigilo das correspondências.

Conclusão
As Tecnologias de Informação e Comunicação trabalham com os cidadãos,
tendo como intuito desenvolver e atingir novos objectivos. No século XXI, a
informação e o conhecimento têm um papel preponderante no crescimento e
reforço da competitividade dos países, especificamente os países em
desenvolvimento. Por esse facto é que os sistemas de educação e formação
profissional deveram ter um forte impacto no desenvolvimento económico e no
equilíbrio social e, também, como objectivo primordial desenvolver e
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aperfeiçoar as competências que permitam os cidadãos alavancar os


benefícios da nova sociedade do conhecimento e da informação.
Para o efeito as TIC´s deveram atingir os seguintes objectivos:
 Desenvolver as TIC´s nas instituições de ensino para dar competências
aos formados;
 Apoiar as empresas que tem como função o fomento a inovação;
 Criar centros de excelência em diversos pólos do país;
 Desenvolver redes inovadoras capazes de melhorar a competitividade
das empresas;
 Reforçar a cooperação internacional e realizar acordos de parceria com
empresas multinacionais das TIC´s e instituições congéneres.

O EMPREENDEDORISMO
A expressão empreendedorismo está ligada á capacidade de criar e gerir
empresas, bem como oportunidades de sucesso. Neste sentido, torna-se
necessário adoptar um conjunto de acções para aumentar as hipóteses de
êxito dos novos empreendedores; torna-se obrigatório gerir os aspectos
humanos para colocar cada quadro no seu respectivo lugar, em função do seu
saber fazer.
A evolução do ambiente de negócios, ao nível de várias índoles trouxe novas
demandas nos gestores e executores, pois aqueles que não traçarem ou não
forem mais exigentes com os seus planos, programas de acção e com as suas
empresas correm o risco de ser incorporados noutras que são mais agressivas
no mundo de negócio ou vão á falência total e nunca mais abrirão as portas.
Assim, muitos gestores frustram-se ao verem que os sistemas de informação
que possuem não são capazes de fazer face às necessidades da empresa que
dirigem e sentem-se incapazes de tomar decisões curtas.
O empreendedor deverá ter as seguintes qualidades:
 Iniciativa
 Visão
 Coragem
 Firmeza
 Decisão
 Respeito
 Capacidade de organização e direcção
Empreender define-se como uma forma especial de se dedicar a inovação, ás
actividades de organização, administração, execução e geração de riquezas,
aplicando os seus conhecimentos relativamente ao mercado onde se encontra
inserido. Um empreendedor deve fazer inovações tecnológicas capazes de
criar novas ferramentas de gestão.
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O sucesso implica o amor á tarefa que o indivíduo tem de realizar. Para isso,
este deve analisar os eventos da sua vida, sejam estes positivos ou negativos;
neste sentido, deverá ter uma visão aberta para abrir novas oportunidades.
Segundo Robert Boogaard, existem 4 elementos que definem a pessoa
empreendedora:
1- Maximizam as oportunidades;
2- São felizes com a sua instituição e trabalham para reforçar as suas
capacidades intuitivas;
3- Criam várias preferências de auto-satisfação para contar os resultados
positivos;
4- Têm atitudes que permitam transformar a má em boa sorte.

GESTÃO ELECTRÓNICA
De acordo com as necessidades específicas, a gestão dos sistemas
documentais tem como objectivo fulcral facilitar a pesquisa e navegação
através dos conteúdos.
Uma gestão ineficiente de documentos electrónicos tem como consequências:
 A confusão entre diferentes versões do mesmo documento, ocasionada
pela existência de múltiplas cópias todas diferentes do documento final;
 A destruição ou perda de documentos que devem ser mantidos, porque
não existe um armazém centralizado e o autor não tem conhecimento da
duração do tempo de retenção do documento;
 A falta de autenticidade de um documento; a manipulação electrónica de
um texto é de fácil acesso, pelo que é necessário ter imenso cuidado;
 A perda do contexto de um documento, quando os documentos que lhe
devem estar anexos não se encontram junto do mesmo;
 A perda da acessibilidade por mudanças tecnológicas, porque as
alterações no software, no hardware pode tornar os ficheiros
inacessíveis.
As consequências acima referidas representam um desafio a implementação
dos sistemas de gestão electrónica de documentos. Em função disso, devemos
melhorar o acesso aos documentos e assumir responsabilidade sobre a sua
autenticidade de forma rápida e eficiente.
A gestão electrónica de um documento assume-se como base metodológica
para a obtenção de informação. Todavia, não é um mero sistema de
localização de ficheiros, pois a sua implementação requer duas fases que se
complementam:

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 Primeira fase: analisa-se os documentos, atendendo às suas


necessidades futuras e ao seu manuseamento; criam-se estratégias
para manter os documentos acessíveis e invioláveis.
 Segunda fase: constrói-se um projecto para a implementação das
estratégias de identificação, selecção e aquisição de um software de
gestão documental; coloca-se o projecto a funcionar.
Tendo também em conta o que já foi referida, qualquer que seja o modelo
adaptado, o sistema de gestão electrónica de documentos deverá:
 Fornecer informações sobre o contexto dos documentos;
 Fornecer elementos que permitam provar a autenticidade dos
documentos;
 Ser compatível com os procedimentos dos arquivos existentes ou
impostos pela legislação;
 Ser robusto em relação às mudanças tecnológicas ou organizacionais;
 Permitir a ligação entre documentos electrónicos e em papel;
 Gerir os documentos em diferentes etapas, mantendo-os acessíveis e
invioláveis.
A aquisição de um sistema de gestão electrónico de documentos inflige,
obviamente, custos. Ainda assim, tem vários benefícios, entre os quais se
destacam:
 O acesso fácil e rápido a informação;
 A utilização de documentos precedentes com poucas alterações;
 A distribuição rápido e fácil, a custos reduzidos, de grandes quantidades
de informação com longínqua dispersão geográfica;
 O atendimento por hot-line, podemos visualizar o documento mesmo
que os interlocutores estejam separados por linhas telefónicas;
 A recuperação fácil, em caso de acidente; as ferramentas de hokup,
disaster recovery e centro de armazenamento são funcionalidades que
podem recuperar, totalmente, o conteúdo dos documentos já
elaborados;
 A possibilidade de utilização de data centers, que processam e
guardam, de forma segura, uma grande quantidade de informação;
 A eliminação de custos a nível de espaço e pessoal.

Certamente, a gestão de documentos electrónicos pouco cuidada acarreta as


seguintes consequências:
 Tempo perdido na procura de documentos electrónicos armazenados
sem um planeamento adequado para um acesso fácil no futuro;
 Impossibilidade de encontrar um documento apagado devido á falta de
uma adequada política de preservação;
 Tempo perdido por aceder a uma versão desactualizada do documento;
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 Custos de armazenamento por publicação desnecessária do mesmo


documento;
 Impossibilidade de acesso a documentos guardados em sistemas
absolutos; perda de negócio por incapacidade de acesso a informação
vital;
 Perda de operacionalidade, devido á incapacidade do sistema em
disseminar informação para os receptores imediatos;
 Impossibilidade de cumprimento dos preceitos legais existentes ou que
venham a ser requeridos.
Certamente, podemos afirmar que uma implementação bem sucedida de um
sistema de gestão electrónico permite guardar eficientemente os documentos e
a sua boa implementação constitui um passo para uma optimização de
conhecimentos que uma determinada organização possui.
Se quisermos preservar os nossos arquivos devemos dar maior importância ao
tempo, pois as falhas nos documentos podem ser imensuráveis. Um sistema
seguro dever ser o nosso objectivo, mesmo que este facto demore mais do que
o previsto. Este passo constitui-se como fundamental para uma gestão
electrónica imortal; neste sentido, tornar-se-á necessário encontrar soluções
para o novo, o velho, o digital e o analógico bem como é extremamente
importante não dividir as informações por distintos computadores – só desta
forma será possível controlar adequadamente toda a informação.
ESTRUTURA FAMILIAR E DINÂMICA SOCIAL
Introdução:
A família é considerada o primeiro e principal meio onde o indivíduo aprende a
inserir-se em outros meios. Através deste elemento, o ente vai conhecendo os
seus papéis, iniciando, assim, o processo de socialização, através da
transmissão de valores, costumes e tradições entre as gerações.
Conceito de família
A família é a unidade básica da sociedade formada por indivíduos com
ancestrais em comum ou ligados por laços afectivos. A mesma apresenta uma
estrutura composta por um conjunto de indivíduos com condições e posições
socialmente reconhecidas e com uma interação regular socialmente aprovada.
Esta pode assumir uma estrutura conjugal que consiste num homem, numa
mulher e nos seus filhos biológicos ou adoptados, habitando num ambiente
familiar comum.
Existem família como uma estrutura monoparental, tratando-se de uma
organização da estrutura nuclear tradicional devido a fenómenos sociais, como
o divórcio, abandono de lar, ilegitimidade ou adopção de crianças por uma só
pessoa.
NOÇÃO DE FAMÍLIA ANGOLANA
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A nossa realidade social é caracterizada pela existência maioritária de valores


e referência da cultura tradicional África, a que se sobrepõem valores e
referências da cultura ocidental. Por força dessa combinação cultural existem
dois grandes tipos de organização familiar na nossa sociedade: Família
tradicional e família do tipo europeu.
A família tradicional é, em regra, extensa, podendo ser poligêmica. Este tipo de
organização é originário e inerente ao sistema cultural tradicional Angolano, em
todas as suas matizes regionais e locais. Começou por ter inspiração espiritual
animista, porém conciliável com a visão cristã do mundo. Tem maior
predominância nos meios rurais, mais também está presente em grande parte
da população que reside nos meios urbanos, independentemente do estrato
social a que os seus membros pertençam. Nos meios urbanos as famílias
organizam-se com base nas referências e valores da cultural tradicional, não
possuindo um quadro normativo de suporte legal.
No nosso país, assim como em alguns países igualmente africanos, a família
tem uma relação de dependência mais alargada. Existe respeito e aceitação
em relação aos adultos, tanto que é muito frequente ouvir uma criança ou
adolescente chamar mãe á tia ou pai ao tio.
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA, DA ESCOLA, DOS MASS MESIA, DA MODA
COMO AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO DA PESSOA
a) A importância da família como agente da socialização
A socialização é um processo em que a criança apreende os valores e regras
de uma determinada sociedade. Deste modo, cada indivíduo, integrado numa
família, pertence a essa sociedade e tem o beneplácito de conhecer a língua,
as tradições, os hábitos e os valores sociais. Esses elementos são distintos de
família em família. A sua finalidade é assegurar a vivência social e sua
integração na comunidade.
A família é o principal agente, inserido num meio social, que tem como função
aprender os
valores sociais imprescindíveis á sua vida em sociedade. Os pais têm a
capacidade de influenciar no desenvolvimento cognitivo, afectivo dos filhos
através do poder educativo, fazendo-os crescer e desenvolver-se como ser
humano.
b) A escola como agente de socialização
A escola é um dos alicerces fundamentais para a formação do indivíduo ao
nível social; é um espaço de formação onde se adquirem conhecimentos
importantes para a vida profissional e futura.

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A educação escolar, considerada como formal ou académica, é o complemento


da educação familiar, por isso, deve haver uma relação intrínseca entre família
e escola.
Como transmissora de cultura e visto que o aluno se mantém mas tempo na
escola do que no seu próprio lar, esta instituição exercerá uma maior influência
nas crianças e nos jovens.
Esta instituição permite á criança adquirir conhecimentos e, paralelamente, o
desenvolvimento das suas competências e habilidades; aqui, a criança pode
alterar e moldar o seu comportamento, pois convive entre as várias crianças e
tenta adaptar-se às mesmas. O convívio entre as várias crianças fomentar-
lhes-ás “traquejo” em função de determinadas atitudes e pontos de vista.
Constata-se ainda que a figura do professor, como demagogo e experiente, é
fundamental visto que analisará o comportamento individual e colectivo dos
jovens que educa diariamente.
De acordo com o que foi referido anteriormente, a escola vai socializar a
criança em função da sua índole, daí que o pedagogo deverá guiar a criança,
socializando-a, em função dos objectivos da escola. A escola, a família, os
amigos, os meios de comunicação social, entre outros, são agentes de
socialização que intervém na vida da criança. Assim, esta desempenha um
papel preponderante na formação individual da criança. Em colaboração com a
família compartilham as funções educacionais com vista influenciar a criança
no seu interior. Deste modo, a luta de contrários, o velho e o novo, têm sido o
“calcanhar de aquiles” para a criança se desenvolver e se socializar.
c) A importância dos mass média na socialização da pessoa
Desde os primórdios, o homem teve necessidades de comunicar com os
demais.Os mass média (rádio, televisão, impressa, internet) desempenham um
papel para a socialização do indivíduo. Esses meio propiciaram a necessidade
de uma vinculação rápida e eficaz da informação destinados a distintos
indivíduos.
O objectivo dos mass media consubstanciam-se em atingir o maior número
possível de indivíduos num curto período de tempo, fundamentalmente se trata
de acontecimento de relevância social, “ os valores próprios de uma sociedade
são, de facto, reformulados e transmitidos pelos médios de forma a
constituírem-se como uma verdadeira ideologia” (Harold Lasswell).
Perante a afirmação anterior demonstra-se o papel dos mass media na
formação das atitudes e opiniões como agentes socializadores já promovem a
coesão social. Por isso, a televisão, pelo facto de transmitir imagens, constitui
um objecto culto para as crianças pois, às vezes, faz o papel dos pais, porque
as crianças utilizam a televisão para a diversão. A televisão é vista como a
portadora de determinadas características como novidade, variedade, mudança
e diversão, interligando-se com as aspirações da criança.’
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d. A moda como agente de socialização


A moda comporta os vários estilos e pode ser considerada o reflexo da
resolução contemporânea, acompanha o vestuário do tempo em que se
integra. Este termo é uma arte e os estilos africanos concorrem para o efeito.
‘O desenhista não veste muros, nem enfeita varas, veste pessoas com tudo o
que se implica. Por isso, a moda não é só uma realidade, mas é uma ética. O
desenhista não pode esquecer a dignidade da pessoa ao concretizar as suas
criações. A roupa tem que servir para salientar essa dignidade, por isso tem
sentido as críticas quase faz a um tipo de moda que mostra a moda como um
objecto. Ultimamente as passarelas viram-se inundadas por uma moda
extravagante que, apoiando-se nas excentricidades, decotes e linhas apertadas
e super ajustadas desnudam a mulher mais do que a vestem. São muitos os
que vem neste tipo de moda um retrocesso na conquista da igualdade’’
Em cada região, e em função dos hábitos e costumes, a moda vai-se
transformando e modernizando devido ao aparecimento de culturas de outros
povos que se vão incluindo nos outros. A socialização do indivíduo depende
muito do meio social onde ele esta inserido, assim como dos objectos e
conceitos referido

A INFUENCIA DA MODA, DA INFORMAÇÃO E DOS GRUPOS NA


FORMAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA PESSOA
A construção pessoal baseia - se nos princípios educativos nascidos no seio
familiar; estes devem ser preservados e não devem sofrer alterações devido à
aculturação. Muitas vezes, percebemo-nos mais da vida dos outros do que
propriamente aquilo que é benéfico para nosso quotidiano.
Neste sentido, os médios são órgão de informação massiva fundamental
porque nos podem mostrar tudo aquilo que não conseguimos ver até à
actualidade. Este órgão tem responsabilidade de informar, não ferindo
sensibilidade e respeitando os temas que podem chocar sociedade, assim, a
sua influência nos hábitos de busca de informação de moda situa – se entre
desenvolvimento e evolução.
A actualidade a moda é um agente de beneficio para o próprio indivíduo,
funcionando como influência pessoal na construção da identidade social por ele
idealizada. Por este motivo é importante consciencializar as pessoas a racionar
e a tomarem atitudes consoantes o seu nível de vida. Existem jovens que, por
influência da sociedade, entram para o poder e o fenómeno aculturação
influencia – os naquilo que é passageiro; uns não têm noção do consumismo
das suas vidas e deixam - se levar pelas más companhias.
A construção da pessoa deve baseiar

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– se nos princípios morais e culturais de um povo, não se diz que não


devemos estar na moda, mas devemos respeitar os padrões culturais, evitando
o consumo exagerado de produtos doutros países. Nós devemos estar na
moda seguindo o nosso padrão cultural, os nossos hábitos e costumes e não
sermos escravos da moda. Mas, apesar de tudo, a moda é uma forma de
acompanhar o desenvolvimento do mundo, especialmente, em relação ao
vestuário.
O consumo da moda na construção da pessoa será devido ao envolvimento do
indivíduo no seu auto conceito pelo consumo de alguns produtos como uma
marca ou símbolo que pode ou não apresentar algo benéfico para si. O papel
que o indivíduo inserido numa sociedade tem, como uma imagem que o
indivíduo tem de si mesmo, serve como impulsionador ou motivo de
comportamento humano para as pessoas que o circundam.
Factores influentes na formação de um indivíduo
Social: o papel social que um elemento desempenha numa sociedade, tendo
em conta o seu estatuto social, influencia as pessoas que o rodeiam.
Pessoal: qualquer elemento é livre de ser o que quiser, desde que respeite as
leis e as normais vigentes no local.
Produto: se o produto for bom, a pessoa é livre de escolher e de o utilizar.
Situacionais: existem países onde as temperaturas são muito baixas, pelo que
os visitantes têm que adequar o seu vestuário aquele que é usado na
localidade, podem não gostar, mas é uma forma de se manterem aculturados.
Culturais: em Angola aborda se a perda de valores, problemas das instituições
governamentais e dos órgãos de informação, pois esta questão é passada de
geração em geração, os jovens hoje querem brilhar através da tecnologia e da
moda.
Devemos salvaguardar aquilo que é nosso para nossa própria identidade
cultural, devemos ser nós mesmos, independentemente da raça e daquilo que
somos como seres humanos, temos que melhorar aquilo que é nosso e não
sermos considerados influenciáveis.

A MORAL NA SOCIEDADE (URBANA/RURAL)


Tradicionalmente, a cidade tem sido pensada como o lugar da modernidade, do
civismo e como uma organização, contrariamente, ao conceito do campo, que
se considera um lugar marginalizado, retrógrado e sem desenvolvimento.
Todos os seres humanos produzem cultura, isto, é ideias, saberes, concepção,
etc. Por que conseguinte, não é privilégio de ninguém e não existem nenhum
indivíduo que não tem cultura. A religião, a moral, a filosofia, a ciência, as obras

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literárias, as representações quotidianas são manifestações culturais. A cultura


é constituída socialmente e ela mesma é um fenómeno social, produzindo por
partes das relações sociais concretas. A cultura camponesa tem a sua base no
modo de vida camponês, tal como a moderna cultura urbana no modo de vida
moderno e assim sucessivamente.
Durante o desenvolvimento histórico da humanidade ocorrem inúmeras
mudanças culturais que sempre acompanharam as transformações sociais. Se
nos lembrarmos do conceito de cultura como expressão de um conjunto de
ideias, hábitos e costumes de uma determinada população que são
transmitidos de uma geração para outra, sabemos que o seu conteúdo é
caracterizado por uma forte ligação com o passado, com a efectividade, com as
relações e as convicções.
No nosso caso, podemos dizer que entre as sociedade urbana e a sociedade
rural a diferença é abismal. Na primeira, o desenvolvimento actual é
extremamente acelerado e ligado ao processo de produção de riqueza,
determinado o valore da mercadoria, as mudanças, a tecnologia, e levando o
sentimento destes indivíduos à valorização da tecnologia, do novo, do que é
sofisticado. Pelo contrário, a sociedade rural recupera as lembranças do
passado em geral e não apenas aquelas que são herdadas de geração
anteriores e pelo conservadorismo, caracteriza – se pela falta de
desenvolvimento, de infra-estruturas sociais como cinemas, redes electrónicas,
escolas, estrutura rodoviárias, economia de subsistência, etc.
A industrialização na zona rural facilitou a integração, em certas localidades, de
melhores condições de sobrevivência tais como escolas, sistema de
transportes, infra-estruturas rodoviárias, moradias modernas para os
trabalhadores, sistema primário de assistência sanitária, etc. Pouco a pouco, a
camada mais jovem, de acordo com a sua constituição, caracterização
psicológica e biológica, demonstrou clara preocupação com a comunicação
com os outros.
Cronologicamente falando, a ideologia da juventude enquanto futuro e
adaptada ao mundo da moda tende a assumir uma determinada relação com o
mundo da cultura, incluindo a tradição e a memória. Em confronto com as
relações sociais existentes, a juventude tende a negar as tradições
identificadas com o país, as autoridades e as instituições existentes. De acordo
com os valores juvenis constituídos socialmente, a tradição é algo que deve ser
negada. Todavia, existem factores que se devem preservar como é o caso:
 Das diferenças no interior da própria juventude;
 Do resgate de concepções que servem para as lutas juvenis
contemporâneas;
Enquanto a juventude rural tem, pelo seu próprio modo de vida, uma relação
com a tradição diferente da juventude operária, ambas urbanas e pouco

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apegadas às tradições populares e rurais; todavia mantêm uma relação um


pouco diferente com as tradições valorizadas socialmente.

OS HÁBITOS E OS COSTUMES
Os hábitos e os costumes ditam o comportamento cultural e a identidade da
construção da personalidade de um povo. Neste sentido, podemos definir como
hábitos e costumes o comportamento regular e normal de uma pessoa em
relação às reações do meio que vive. Estes termos devem ser ensinados à
criança desde cedo, principalmente quando se trata de educação. A educação
higiénica, o amor, o respeito e as boas maneiras não devem ser esquecidos, os
pais devem saber cultivar amizade com os filhos para que estes se sintam à
vontade com os outros e construam amizades fora do ambiente familiar.
Devemos ter o hábito de elogiar quando as pessoas fazem algo de bom para
que elas se sintam motivadas a continuar num bom caminho, precisamos de
elogiar às actividades de iniciativas para que as pessoas saibam decidir
conscientemente sobre o que será melhor para as suas vidas.
Angola é um país de diferentes culturas, caracterizada pelos Bacongos,
Tchokwe, Quimbundo, etc. Temos danças tradicionais, destacando – se a
rebita, a tchianda, o mayeye, e o semba. A língua oficial é o português mas
existem outras línguas como o kimbundo, Umbundo, Tchokwe, Nhaneka,
Nganguela. Distinguimo - nos na culinária pelo funje, acompanhado por carne
seca ou bagre mas também pelo mufete e a kizaca, que são as folhas de
mandioqueira, e pelo feijão de óleo de palma.
Os adultos necessitam de organização para transmitir estes mesmos conceitos
para as crianças e para os jovens da nossa sociedade. Temos que acreditar
sempre num futuro melhor para todos, com o intuito de transmitir força às
crianças que o venham a encontrar, para que esse seja melhor daquele que foi
preconizado para elas, tendo em conta os ensinamentos e a realidade onde se
enquadram. Neste sentido, é importante relembrar que as crianças são o futuro
de amanhã e são elas que darem continuidade aos nossos sonhos e às nossas
tradições!

O PARENTESCO
De acordo com o sistema tradicional, normalmente o processo de casamento
paternidade e hereditariedade obedecem a um princípio uterino de linhagem.
Este princípio sujeita – se a determinados critérios onde os membros das
famílias a que pertencem cada um dos cônjuge são os que resultam dos lanços
uterinos anteriores ao casamento. As relações e factos familiares realizados

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“A causa da Derrota, não está nos obstáculos, ou no rigor das circustâncias, está na falta
de determinação e de desistência da própria pessoa” Prof: Daniel

após o casamento seguem a linha uterina de cada cônjuge. Portanto, os filhos


pertencentes à mãe estão vinculados à família desta porque considera - se
mas a ligação uterina de procriação do que a ligação testicular estando esta em
dúvida permanente. A linha materna lidera e o poder paternal sobre os filhos do
casal é exercido pela mãe e pelos seus irmãos uterinos, os tios.
Sob os mesmos princípios matrimoniais, no casamento, os bens são geridos
com autonomia por cada um dos cônjuge, quando há separação do casal ou
em caso de morte de um deles, os bens repartidos pelos familiares uterinos de
cada cônjuge.

O ALAMBAMENTO
O alambamento ocorre quando o rapaz descobre uma rapariga de quem gosta
e com quem deseja casar, ao notar na rapariga qualidades de trabalho, este
ganha aspecto físico. Este termo é a aplicação de alguns princípios comuns no
nosso país e abrange todos os grupos étnicos, variando de cultura para cultura
e de clã para clã, mas resulta na união entre duas pessoas de sexos oposto.
Em cultura do nosso país, após o conhecimento travado com a rapariga, o
rapaz arranja um amigo que lhe entregue um presente de uso pessoal, como
por exemplo um lenço para a cabeça. Segue – se o consentimento da família,
partindo de uma reunião familiar. Neste encontro, o jovem leva um garrafa de
vinho ou, dependendo da região, uma bebida tradicional. Se a rapariga, os pais
e os tios maternos beberem da mesma garrafa significa que o “ o amigo” é
aceite e é, também, nesta altura que a família decidirá que dote terá que ser
entregue no dia do alambamento.
O dote inclui a carta de pedido com algum valor monetário, bebidas quentes,
peças de vestuários, sapatos, lenços, alfinetes, material de cultivo, fósforos,
etc. Mas, atenção o dote não é uma forma de comprar a rapariga, mas uma
maneira do noivo indemnizar a família da mulher pela perda de uma importante
força de trabalho e sustento, é também uma garantia de durabilidade do
casamento e uma forma da mulher ser bem tratada, visto que não haverá
devolução do dote caso se separem.
A família da noiva deverá vigia - la para que a mesma seja fiel ao marido, pois
há consequência da infidelidade feminina é o divórcio e a devolução do dote,
causando vergonha para toda a família.

O CASAMENTO
O matrimónio constitui a institucionalização das relações que têm como base a
união intersexual. A institucionalização desta união, entre um homem e uma
mulher, elabora – se em virtude de um acto jurídico voluntário e lícito, que tem

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de determinação e de desistência da própria pessoa” Prof: Daniel

como intuito imediato estabelecer as relações jurídicas conjugas. Este termo


considera – se um padrão aprovado socialmente, para que duas pessoas
possam estabelecer uma relação e seja reconhecidas pelas respectivas
famílias. Porém, para que esta relação se torne duradoura, é imprescindível
que ambos a encaremos com responsabilidade e seriedade.
Em África, existem várias formas matrimoniais, isto é, vários conjuntos de
requisitos essenciais que são reconhecidos por lei, estas formas podem ser
religiosas ou civis. Apesar de o casamento ser, normalmente, entre duas
pessoas, existem sociedades onde os casamentos com mais de duas pessoas
já são permitidos.
As pessoas casam – se para “ alimentar” o seu lado afectivo, procurar
segurança económica e social, formar família ou obter direito de nacionalidade.
O casamento, sendo religioso poderá ser celebrado por um padre, pastor ou
rabino, sendo civil será celebrado por um oficial do registo civil.
Tipos de casamento
 O casamento aberto (ou liberal) – neste tipo de casamento é permitido
ao cônjuge ter outros parceiros sexuais por consentimento mútuo.
 O casamento civil – celebrado sob os princípios da legislação vigente
em determinado estado.
 O casamento religioso – celebrado perante uma autoridade religiosa.
 O casamento branco ou celibatário – aquele onde não existem relações
sexuais entre o casal.
 O casamento arranjado – celebrado a partir de qualquer relação
afectiva entre os contraentes e, geralmente é feito um acerto pelo seu
responsáveis: pais, tios, chefes do clã, etc.
 O casamento poligâmico – realizado entre um homem e várias
mulheres.
 O casamento homossexual – acontece entre pessoas do mesmo sexo.
 O casamento por conveniência – realizado apenas por motivos sociais
ou económicos.
A FIDELIDADE
O termo fidelidade abrange todos os ramos da vida quotidiana do ser humano,
desde a cultura electrónica á escrita, o mercado, a física, a política dentre
outras. No entanto, ao logo deste ponto abordaremos a pena a fidelidade
conjugal. Neste sentido, a fidelidade conjugal define – se como “ a
manifestação da fidelidade no domínio de uma relação conjugal – qualquer que
seja a sua natureza em figuras ou em papes de género – que pode ser
recíproca, mutuamente acordada e cedida, ou unilateral, acordada ou não.
Implica necessariamente mútua confiança, aceita esta e considerada como a
base da estabilidade relacional.”

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Alcançar o verdadeiro e o único amor é a aspiração mais nobre do ser humano.


No entanto, o egoísmo e o prazer têm – se convertido nas maiores razões para
impedir uma relação estável, sã e benéfica entre os vários indivíduos.
A fidelidade não é só exclusiva do matrimónio; é também indispensável no
noivado pós não existe outra maneira de aprender a cultivar uma relação e
fazer com que ela prospere. Este termo define – se pela livre expressão das
nossas aspirações e alegrias ilumina quotidianamente as pessoas. Uma boa
relação torna se especial e favorece a vivência da fidelidade num, entanto,
deve ser conservada para que não se mantenha apenas numa etapa inicial,
onde o interesse de estar com a pessoa amada é maior. Nesta etapa o carinho
é constante e ainda se dá pouca importância ao erros do parceiro, fazendo – se
tudo para superar alguns problemas do relacionamento.
Este conceito alberga a felicidade crescente, à medida que se avança no
conhecimento da pessoa e na forma como ela corresponde ao nosso amor,
compartilham – se alegrias, tristezas, triunfos, fracassos, plano e o respeito é
um voto diário; trata – se as pessoas do sexo oposto com naturalidade, cortesia
e delicadeza e mantém – se uma vida estável e saudável, nunca esquecendo
que para se ser fiel não temos, necessariamente, que impedir o
desenvolvimento natural do nosso ego.
O DIVÓRCIO
O divórcio ou dissolução matrimonial define – se como suspeição ou
rompimento da relação – convivência conjugal com motivos bem definidos
como o adultério. Infelizmente, na nossa sociedade está prática tem
aumentado devido a inúmeros factores como desentendimentos
comportamentais, antipatias familiares, ausência de filho no casal, conflitos
domésticos, violência no lar, abandono voluntário, falta de assistência
alimentar, ausência de harmonia, traição etc.
O conflito poderá começar num simples gesto de intolerância e, muitas vezes
terminará em algo muito mais grave. O diálogo entre o casal é um factor
determinante e, caso não se consigam entender, devem procurar ajuda de
terceiros (familiares ou amigos mais chegados); em situações extremas, em
que o descontrolo é inevitável, devem procurar ajuda psicológica ou dirigir – se
à OMA (Organização da Mulher Angolana).
Este processo pode caracterizar – se por mútuo consentimento ou por via
litigiosa, sendo que o primeiro é o término da relação conjugal por vontade de
um ou de ambos os cônjuge; sem necessidade de intervenção de qualquer
autoridade judicial, por outro lado, o divórcio litigioso é requerido por um dos
cônjuges por via do tribunal, tendo como base a violação de algum direito ou
falha do dever conjugal comprometendo a oportunidade de vida em comum.
Na nossa sociedade a maior parte dos divórcios sucedem – se devido a causa
financeira e à falta de trabalho, que motiva as discussões no seio do casal.
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Evidentemente, os conflitos afectam os filhos comprometendo o seu normal


desenvolvimento e causando distúrbios, de comportamento.
Uma acção de divórcio, nunca será um simples acto e também nunca será
tomada de ânimo, leva pós para além de afectar o casal, os filhos e a restantes
família também sofrem. Assim ressalva – se a importância do diálogo para a
resolução de conflitos e um esforço para que haja compreensão por parte de
ambos os cônjuges.

A ADOLESCÊNCIA
O termo adolescência caracteriza – se pela fase do desenvolvimento humano
que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Assim manifesta – se
em alterações físicas, mentais e sociais e representa, para os adolescentes,
um processo de distanciamento dos comportamentos típicos infantis e também,
a aquisição de competências que os capacitem a assumir os seus deveres e
papéis de pessoas adulta.
Crescimento físico
Durante a adolescência, o corpo do indivíduo cresce gradualmente até aos 16
anos, embora os rapazes apenas atinjam a maturidade, em média, dois anos
mais tarde que as raparigas. No entanto, o crescimento não é contínuo. Por
exemplo o “ salto no crescimento “ nas raparigas acontece entre os 14 e 15
anos de idade e nos rapazes acontece dois anos mais tarde. Paralelamente ao
crescimento existem, também, um aumento substancial no peso que depende,
claramente do tipo de alimentação e da forma de vida.
As diferentes partes corporais desenvolvem – se a velocidade diferentes; os
membros superior (braços) inferiores (pernas) e a cabeça desenvolvem – se
mais rapidamente que os restantes, atingindo, mais cedo, o seu tamanho final.
Este facto provoca uma desproporção relativamente ao tronco, por isso é que,
nesta altura, notamos movimentos desajeitados, típico dos jovens.
Até aos onze anos de idade, as crianças têm a mesma força muscular, no
entanto, o crescimento muscular dos rapazes é maior, o que explicita a força
física dos homens quando são adultos.

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Algumas mudanças corporais


Raparigas
Alargamento das ancas. Maior acumulação de gordura no tecido adiposo.
Desenvolvimento dos seios e das ancas.
Aparecimento da primeira menstruação.
Aparecimento das ancas.
Aparecimento de pêlos nos órgãos genitais, axilas, etc.
Maior produção da hormona estro génio e progesterona.

Rapazes
Mudança na voz.
Desenvolvimento corporal por aumento de massa muscular.
Aumento do tamanho do pénis e dos testículos.
Poluições nocturnas.
Aparecimento de ancas.
Aparecimento de pêlos nos órgãos genitais, axilas, etc.
Maior secreção da hormona testosterona.

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