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Quelimane
2024
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Quelimane
2024
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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Educação..........................................................................................................................................5
Conceitos de educação.....................................................................................................................6
Tipos de educação............................................................................................................................6
Identidade........................................................................................................................................7
Referencias....................................................................................................................................10
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Introdução
A criação de representações simbólicas apresenta-se como um dos grandes eixos de discussão
das ciências sociais. O processo de identificação, definindo fronteiras internas e externas,
individuais e coletivas, é marcado por um contexto relacional e dialógico. Perpassando por
diversas esferas da vida social, o tema da identidade é abordado através de diferentes
perspectivas e análises. Dessa forma, este trabalho possui o objetivo de realizar um apanhado
teórico sobre algumas produções centrais para o entendimento da discussão, em especial no que
diz respeito aos estudos culturais e pós-coloniais. Será discutido, primeiramente, um apanhado
inicial sobre o tema, a partir do recorte proposto no campo das ciências sociais; posteriormente,
serão apresentadas algumas críticas fundamentais à noção de identidade; e por último, o trabalho
tratará sobre o tema das fronteiras identitárias.
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Educação
Educação
Segundo o ICCP (1988), a educação denomina-se a facilitação da aprendizagem ou obtenção de
conhecimentos, aptidões, valores e hábitos de um determinado grupo humano, por outras pessoas
mais conhecedoras da matéria ministrada e recorrendo a várias técnicas pedagógicas: narração,
debate, memorização ou pesquisa.
Segundo Lênin, V (apud. ICCP, 1988), a educação é um processo complexo na vida do ser
humano, que ocorre fundamentalmente no seio da família e, posteriormente, nas diferentes
etapas da vida escolar ou académica que o indivíduo transita (do jardim de infância à
universidade).
O resultado final do processo educacional é incerto, uma vez que o ser humano nunca para de
aprender, portanto, a mudar seus comportamentos e seus preceitos. Porém, as fases iniciais da
vida são consideradas cruciais para a formação e educação do indivíduo (tanto nos aspectos
formais como nas questões afectivas, cidadania, etc.), visto que serão elas as responsáveis pela
forma de agir que o indivíduo apresenta na sua idade adulta.
E, ainda assim, o acesso a esse tipo de educação costuma ser restrito às classes médias e alta, o
que sempre representa uma dificuldade adicional para as classes mais desfavorecidas, muitas
vezes submersas no desconhecimento.
Para Martins, J (1990), a educação pode ser ministrada através de diferentes modelos e diferentes
âmbitos de experiências, mas geralmente está a cargo de um tutor, professor, professor ou guia,
que é uma figura de autoridade relativa sobre os aprendizes ou alunos, encarregado de garantir o
correto entendimento. os tópicos e dirimir as dúvidas que possam surgir no processo, uma vez
que nem todas as pessoas possuem mecanismos de aprendizagem semelhantes.
Conceitos de educação
Segundo (MARTINS, J, 1990, p.23, Dependendo do autor consultado, a formação é definida
como:
Tipos de educação
Segundo Neuner G, et al. (1981, p. 112), no entanto, a distinção mais importante costuma ser a
seguinte:
Educação formal. Aquilo que ocorre dentro do programa organizado, planejado, avaliado e
transmitido pelas instituições da sociedade: academias, escolas, institutos, universidades e outras
instâncias do conhecimento organizado. Geralmente levam à obtenção de um diploma e ao
reconhecimento social dos conhecimentos adquiridos.
Educação informal. Aquela que é recebida de forma intencional e organizada, mas fora das
instituições formais a ela dedicadas, ou seja, fora das academias e sem o aval de um diploma (ou
possuindo, mas sem qualquer valor profissional).
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Educação informal. Aquilo que se adquire de forma não intencional e desorganizada, pelo
acúmulo de experiências e conhecimentos incorporados por tentativa e erro. É, digamos, a
educação “para a vida” e cada um a adquire à sua maneira.
Identidade
Pensar em identidade, ou identidades, significa refletir sobre os laços intra e extra grupos, o
processo de definição de pertencimento e diferença, a produção simbólica e material de
fronteiras. Dessa forma, as ciências sociais apresentam a noção de identidade, assim como o
processo de identificação, como um dos grandes focos de análise e debate.
Segundo Woodward (2012), a construção da identidade é tanto simbólica quanto social. Isso
significa dizer que, estruturada a partir da construção de símbolos, a identidade apresenta-se
como um elemento configurador e reconfigurador das práticas sociais. Além disso, a autora
destaca que o processo de construção de identidades também vincula-se a causas e
consequências materiais. Uma das principais características da identidade é a marcação da
diferença, estabelecendo relações de pertencimento, participação, igualdade, mas também de
segregação e distanciamento (WOODWARD, 2012).
Para Silva (2012), a identidade e a diferença são construções sociais e culturais resultados de
actos de criação linguística, sendo que as identidades necessitam ser nomeadas, argumentadas,
instituídas por meio de actos de fala. Através da visão pós-estruturalista sobre a representação,
descartam-se elementos de conotação mentalista e interioridade psicológica, apresentando a
representação como um sistema linguístico e cultural arbitrário e relacionado às relações de
poder (SILVA, 2012).
Assim, seguindo a crítica sobre a essencialidade das identidades, Paul Gilroy (2004) vai de
encontro às definições de identidade que buscam uma origem comum, distinguindo-se duas
categorias: roots (raízes) e routes (rotas), sendo esta última mais apropriada para tratar da
problemática identitária. Com isso, Gilroy destaca o processo de identificação como algo
relacional, em detrimento de uma noção originária e imaginada da identidade.
Conclusão
Referencias
BAUMAN, Zygmnt. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
GILROY, Paul. Identity, Belonging, and The Critique of Pure Sameness. In: Between Camps.
Nations, Cultures and the Allure of Race. London: Routhledge, 2004 [2000].
SILVA, Tomaz Tadeu da (org). Identidade e diferença: A perspectiva dos Estudos Culturais.
Petrópolis: Vozes, 2000.