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RESUMO
A reflexão que hora se apresenta é produto das atividades realizadas na disciplina Metodologia da
Pesquisa, em busca do sujeito a ser construído, constituindo-se de fora para dentro, a partir as relações
se caracterizam de influências mútuas, pelas resistências, pelos desejos, etc., entre os que estão
envolvidos. Este trabalho está dividido em dois momentos: o primeiro, o olhar individual e o olhar do
outro, voltado para a discussão sobre a importância da subjetividade no processo de formação de
conceitos sobre o mundo e sobre si mesmo. O segundo momento refere-se à mudança de olhar para a
construção do projeto de pesquisa, se consolidando em uma prática que é o conhecimento construído a
partir da análise das práticas cotidianas escolares na construção de identidades. Nesse contexto a
pesquisa educacional não está alheia a esse processo de busca da iniciação cientifica. Talvez esse
exercício possua até mesmo a força de mudar o rumo dos nossos trabalhos, de selecionarmos objetos
para selecionarmos imagens. Imagens da vida social. Estabelecer estas relações depende, antes de
tudo, reconhecer o papel da pesquisa, levando em consideração os contextos educativos e suas
múltiplas referências.
ABSTRACT
The reflection that hour if presents is product of the activities carried through in disciplines
Methodology of the Research, in search of the subject to one to be constructed, consisting of is for
inside, to break the relations if they characterize of mutual influences, for the resistências, the desires,
etc., between that they are involved. This work is divided at two moments: the first one, the individual
look and the look of the other, directed toward the quarrel on the importance of the subjectivity in the
process of formation of concepts on the world and itself exactly. As the moment mentions the change
to it of looking at for the construction of the research project, if consolidating in practical one that it is
the knowledge constructed from the analysis of practical the daily pertaining to school in the
construction of identities. In this context the educational research is not other people's to this process
of search of the scientific initiation. Perhaps this exercise possesss even though the force to change the
route of our works, to select objects to select images. Images of the social life. To establish these
relations depend, before everything, to recognize the paper of the research, leading in consideration the
educative contexts and its multiple references.
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Mestre em Educação Universidade Federal do Amazonas (UFAM); Professora do curso de Pedagogia do
Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia, email: ignestereza@hotmail.com.
INTRODUÇÃO
desejos, etc., entre os que estão envolvidos. Há, portanto, transformações do comportamento
do que de mim me é estranho. Tal fato é fundamental, pois a partir disso terei a possibilidade
assinalar, que esse outro me atrapalha me perturba, pois ele não faz o que lhe peço, o que eu
espero dele, isto eu não tenho o domínio, então, tenho dificuldade em aceitá-lo.
Estabelecer estas relações depende, antes de tudo, reconhecer o papel da pesquisa, levando em
conhecimento, religioso, o senso comum, etc., tão válido como o científico. Isso não significa
aprofundar mais as dicotomias já existentes, mas a partir das diferenças construírem um novo
intersubjetividade, visto que implica as diferenças, como o princípio para o processo der
construção do conhecimento.
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Este trabalho está dividido em dois momentos: o primeiro, o olhar individual e o olhar do
Conclui-se com uma reflexão sobre a importância de se construir relações entre o olhar
instituições humanas esforçaram-se por adotar uma outra perspectiva. A verdade é que sempre
nos limitamos a aceitar apenas aquilo que nos é dado a conhecer e não permitimos um espaço
para dúvidas e diferenças, a nossa natureza empobrece, estagna e, mais perigoso do que isso
recente, levando o indivíduo a se reconhecer como ser comunicante, que povos encontram
e cultural.
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A afirmação desse espaço é feita por oposição ao do Outro e assim começa o relacionamento
ausência de reconhecimento.
Falamos da complexa necessidade humana, quer coletiva quer individual, de aceitação como
desigualdades. Daí a sua defesa do caráter dialógico da entidade em que o que nós somos
Essa inevitabilidade da condição humana como dialógica sustenta então a necessidade de uma
cada indivíduo.
A questão da identidade não pode deixar de ser complexa, pois a sua própria definição, ou
cada um de nós se compõe de elementos múltiplos que não se resumem aos que estão
enumerados nos documentos oficiais. Cada um de nós pertence a uma tradição, a um grupo, a
complexo porque é mutável, muda ao longo da nossa vida e muda com os momentos
históricos. Além disso, cada mudança leva-nos a estabelecer ligações com diferentes grupos
de pessoas e, como a nossa identidade é múltipla, ela é assim dentro de uma perspectiva,
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A constituição do ser humano como um sujeito dá-se a partir de um complexo
disseminado.
A partir desses pressupostos, entendemos que a subjetividade não existe a priori, mas se
modo partilhado.
constituição/organização do pensamento.
À medida que o pensamento vai sendo elaborado nas relações sociais, os enunciados dos
enfocarmos o discurso individual é possível dizer que ele está repleto do discurso do outro
território homogêneo com sentidos únicos, mas um local de conflitos e lutas sociais, onde
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Acreditamos que o enfoque voltado ao movimento de apropriação, pelo indivíduo, do
indivíduo se insere.
pensamentos e ações, talvez não me sinta tão estranha ou tão "extraterrestre". As coisas que
aconteceram comigo ao olhar para cima e para baixo e depois o questionar se estava fora da
À medida que o diálogo foi avançando, fui me tornando mais integrada. À medida que fui me
superei o conflito.
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A realidade era tudo que estava sentindo, pensando, e fazendo antes, durante e depois de olhar
para cima e para baixo. Da mesma forma se dá na relação com outro. Se eu me abro para
deixará de ser um estranho, um louco. O outro continuará a ser diferente, mas um diferente
Cada qual mantendo sua especificidade. Entenderei que também sou diferente e aí estaremos
deparei-me com uma metodologia baseada na estética da sensibilidade, que fui descobrindo e
A construção do conhecimento, não será definida só por mim ou pelo professor, não será
imposto, mas será construído por nós dois, constituído, elaborado por nós. Será uma realidade
diferente. Poderá ser até discrepante, sem sentido a primeira vista, caótica. Mas será um
conhecimento que tenderá cada vez mais se confirmar. Isso implica em dizer que será cada
vez mais forte. A construção do conhecimento trata da vida e se é desse conhecimento de que
mais ampla do que uma comunicação verbal. Passa pela estética da sensibilidade e
principalmente, pela disponibilidade e abertura de ser preenchido pela presença do outro que
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É importante relatar a minha dificuldade de construir o conhecimento, tendo como ponto de
o outro para melhor captar o movimento dos fenômenos em sua pluralidade e diversidade.
fenomenológica da pesquisa.
Fazer análise sobre o ponto na folha de papel para mim foi um processo doloroso, multidões
de fios em minhas idéias se entrelaçam e embaraçam e até que aos poucos vão se organizando
ao descobrirem o risco sobre o qual o bordado pode ser tecido. A tecedura do texto foi árdua,
pois, tentava organizar o posicionamento e o tamanho do ponto na folha de papel que clama
da importância de se construir um texto para analisar a trajetória que um simples ponto iria
causar em nossas mentes e quais os pontos em comum que temos com esse outro que
podemos chamar de ponto. Cada um na sua subjetividade tentava dialogar com o ponto como
forma de preencher um vazio e viajar no universo imaginário sobre que aspectos envolvem a
A luz dessa concepção, o ponto está posto colocado na folha de papel que sofreu
transformações com a sua chegada, seu reflexo, nos leva a acreditar que as possibilidades de
criação existem, e que elas devem ser articuladas as funções mentais elementares do ser
humano, podendo ocupar lugar no espaço físico, ter cor, tamanho, forma, e, que nos causa
olhares.
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O ponto não é nada mais que um ponto final no texto, com sua função pragmática, é o
recomeço, a percepção de se construir uma proposta como uma criação coletiva, integrante de
um diálogo cumulativo entre o eu e o outro, entre muitos eus e muitos outros (Bakhtin).
Na verdade, estamos treinados a conhecer o mundo de uma única forma (modo físico), por
quando o pensar está em questão, é o próprio homem, no mundo, que é alvo de interrogação.
aberto relacionado com o caráter entrelaçado do ser humano com a natureza, porque se trata
diferente traçada aqui deve olhar adiante, desafiar, estabelecer um horizonte de referência,
sempre palpitante, e que pelo próprio andar, se desloca à frente, abrindo dimensões ainda não
nossos desafios pode também significar nossa caminhada, talvez de avanços e também de
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recuos, para as descobertas e o olhar crítico necessário a construção de conhecimentos e
saberes.
de poder, cujo equilíbrio é instável. No entanto, dedicamos pouco tempo para compreender as
configurações que construímos, sobretudo quando se trata das nossas práticas de pesquisa em
educação.
Muitas imagens cotidianas não se colocam para nós como uma preocupação. Estão onde
sabemos que estão e não nos causam surpresa. Não sentimos necessidade de pensar sobre
elas. Somente quando essas imagens se transformam, deixam de ser habituais é que exige de
É justamente quando a imagem cotidiana é vista como não banal que passa a ser
Tornar visível uma questão ou uma situação, elegendo-a como objeto de estudo,
significa dar atenção e visibilidade a um tema que é importante para nós. E, longe da Razão
das Luzes, o olhar não apenas examina, separa e mede. Dirigimos nossos olhos não só para
uma esperança. Assim, transformado em atenção, indica uma escolha. As práticas cotidianas
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através do qual lançamos olhares para nós mesmos e para o outro, expressando nossos desejos
não tivessem tempo. No mundo contemporâneo, as imagens são invisíveis, não exigem que
O processo de investigação científica implica um olhar, uma escolha. Uma questão que
merece ser discutida e, sobretudo, compreendida, é a seguinte: o que está diante de nós? Quais
estudar? Quais são as imagens que constituem o campo visual dos pesquisadores do campo da
O discurso, quantificado, tende a não exprimir a rede de relações sociais concretas, que
mesmo que não tenha a força de gerar conceitos, permite destacar a razão interna das coisas.
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. Na construção do eu, a diversidade de olhares é essencial para captar realidade tão
diversificada.
O tema central da Ética são os atos e princípios que pautam a conduta do ser humano,
enquanto ser possuidor de razão. Os atos que são livres e, enquanto tais, corretos ou
incorretos, justos ou injustos de uns modos mais simples, bons ou maus, o seu objetivo é a
humanas que estão sujeitos à interpretações mais distintas e diferenciadas quanto às visões
o olhar do sujeito que se põe sobre o objeto dada a sua cultura, a sua estrutura mental e a sua
postura valorativa.
Vivemos sempre tecendo relações com estranhos. Essa experiência é uma constante e
também pode ser caracterizada como uma peculiaridade humana. Mutável é o modo como as
estranho, a rigor, não existe em si, o que existe é um sentimento de estranheza com relação ao
Pode-se afirmar que cada um de nós constrói sua própria coleção de outros,
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indivíduo está potencialmente colocando em movimento seus valores, seus poderes. E, por ser
possível estar numa configuração onde não existe o controle absoluto das trocas e das
relações, tem-se a noção de valores abertos ou fechados, que emergem como fatores que
podem atingir lugares conhecidos ou desconhecidos, que podem estar ou não na dependência
do indivíduo.
Construir esse caminho, no campo da pesquisa em educação indica uma nova questão
enquanto sujeito maior. Estamos discorrendo também sobre nós mesmos: pesquisadores e
pesquisadoras desse campo, já que colocar o outro no nosso campo visual tem o significado
de uma auto-reflexão sobre a nossa imagem, a partir daquela construída pelo outro. Esse
aspecto precisa ser evidenciado melhor. No interior desse processo de identificação, não
diferentes caminhos para a os problemas a serem estudados, ou seja, entender o outro assim
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enquanto processo fortificador e afirmador para a construção teórica que possibilita a análise
Definir paradigma não é uma tarefa fácil, mas o que se percebe é que a não
identificação do paradigma leva o pesquisador a não saber sobre o que está falando. É
necessário perceber o paradigma como modelo capaz de guiar uma investigação, sem
imposições, como mudança de olhar, diferentes formas de olhar, procurando dar conta de uma
hegemonia nas relações materiais, também ocorre nas formas ideológicas de relação, de modo
senso comum vai constituindo-se na apropriação e reelaboração por parte da população das
idéias que transitam na sociedade, através dos mais variados meios de comunicação, e o
indivíduo, na sua particularidade, de modo todo singular; faz seu esses pensamentos
Como nos explica Bakthin (1992), em cada época da história, o discurso é marcado por
diferentes gêneros, elaborados em cada esfera de utilização da língua, que reflete, de uma
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O mundo vive um acelerado processo de renovação do conhecimento que se reflete nas
voltada para ação-reflexão-ação, e a relação de alteridade que marca o ser humano, ou seja, a
interação entre o eu e o outro, exigindo um olhar mais apurado sobre a realidade Escolar.
Ao falar sobre o olhar da realidade escolar, entendendo-o não só como o olhar sobre a
Escola, mais do que isso, o olhar que a escola, enquanto organismo vivo com identidade
própria constituída pelos seus professores, alunos e funcionários, pela sua direção pedagógica
cujas origens remontamos na descoberta do outro enquanto estranho, é o olhar com toda a
perssonalizar a Escola, encaro-a com a mesma força que lhe era atribuída enquanto um dos
revelada nos anos sessenta e setenta, só que, neste caso, com uma força em sentido inverso. É
por isso que menciono a Escola sempre com maiúsculas, dotada de personalidade própria,
democrática ou autoritária. Neutra não será? Entendo que as relações vão se construindo entre
autoritárias ou democráticas,mas o meu ouvir,o meu olhar,a minha postura precisam garantir
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o mínimo de um diálogo suficiente para que a pesquisa aconteça ou não, e se acontecer haja
sempre possibilidade para o ouvir do outro, o olhar do outro,e a postura do outro. As relações
de gostar ou de odiar,e são relações que permeam o espaço das práticas cotidianas escolares.
O acesso das diversas classes à escola pode ser um ponto de partida para a
compreenssão do cotidiano escolar, porque mais e novos sujeitos transitam no espaço e tempo
da escola. Mais e novos sujeitos trazem sua cultura, seus saberes e sua convivência para
cotidianas escolares estão sendo construídas, para atender as diversidades locais e regionais?
No novo paradigma que o contexto atual exige de nós, uma das práticas mais
ponto alto, num momento em que novos caminhos podem ser valorizados e já não se tenta
obedecer a um único padrão. À medida que o saber é construído, ocorre a partilha das
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A imagem do outro tem uma força de religação, que nos permite pensar o caminho da
estudados, como à forma de expor as sínteses elaboradas. A pesquisa educacional não está
alheia a esse processo de busca da iniciação cientifica. Talvez esse exercício possua até
mesmo a força de mudar o rumo dos nossos trabalhos, de selecionamos objetos para
aprendemos com os positivistas – tendem a não dar força a temas do cotidiano. É preciso
reinventar o trato do objeto e a forma de exposição dos nossos temas, a partir da relação
dialética entre conteúdo-forma – o que, inclusive, daria mais força ao nosso objeto de estudo.
pesquisa em educação, que também possui um forte caráter formativo. A imagem, mais uma
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REFERÊNCIAS
D’ AMORIM, M. O Pesquisador e seu Outro – Bakthin nas ciências humanas. São Paulo:
Musa, 2001.
Petrópolis, RJ.Vozes,1997.
VYGOTKSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes. 1984
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