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Neurociência e a aprendizagem
Resumo
Introdução
1
Concludente do curso de Pós-graduação em Educação Especial com ênfase em
deficiência intelectual, física e psicomotora Institucional e Graduada em Licenciatura
em História UNEB. E-mail: Katehrinemary0508@gmail.com.
Os conceitos da teoria sócio- interacionista, cujo precursor é L.S. Vygotsky, o qual
propõe que a unidade do conhecimento se encontra na relação entre o homem e meio,
sujeito e objeto, num movimento dialético. Elucida também que Vygotsky tem como
objetivo principal estudar como se constroem as funções psicológicas superiores que
caracterizam o funcionamento psicológico tipicamente humano (atenção voluntária,
memória, abstração, capacidade de resolver problemas, etc.). Essas funções psicológicas
superiores, além de serem produto da atividade cerebral, também constituem o resultado
da própria história da sociedade humana e da cultura em que o indivíduo está inserido.
Neste aspecto, o homem é um ser social e histórico, que produz sua ação para suprir
necessidades criadas pelo meio em que vive e cria novas necessidades, que não são
puramente biológicas2.
E de acordo com Vygotsky (1998) a linguagem é o espaço de interação e
consequentemente a interação é o próprio processo de aprendizagem, o que favorece a
aprendizagem comunicativa, pois a atividade de discussão estimulará o
desenvolvimento oral do aluno.
(Kohl, 2012).
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JUNIOR, Luiz Carlos Leal; ONUCHIC, Lourdes de la Rosa. Ensino e Aprendizagem
de Matemática Através da Resolução Problemas Como Prática Sociointeracionista.
Boletim de Educação Matemática, vol. 29, núm. 53, diciembre, 2015, pp. 955 978
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Rio Claro, Brasil.
trazem dinamismo, mobilidade, ludicidade e estímulos à cognição. O que marca as
posturas tradicionais ou inovadoras na educação é a concepção de aprendizagem, de
produção de conhecimento que estas carregam através de seus recursos e metodologias3.
Desenvolvimento
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OLIVEIRA, Ana Paula da Silva Conceição. Praticas pedagógicas inspiradas no
sociointeracionismo: Em busca de uma educação a distância significativa. Rio de
Janeiro- RJ- maio 2014. AVM Faculdade integrada).
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SILVA, Severino Henrique da. JUNIOR, Silas Câmara Brito. MESQUITA, Sueli
Rodrigues de. BASTOS, Heloisa Flora B.N. ALBUQUERQUE, Eneri Saldanha C. de.
A influência de uma abordagem sócio interacionista para a evolução conceitual sobre a
existência e importância do plâncton na cadeia alimentar marinha. II Encontro Nacional
de pesquisa em educação em Ciências.
experiência culturalmente acumulada. A escola representa o elemento imprescindível
para a realização plena do desenvolvimento dos indivíduos, já que promove um modo
mais sofisticado de analisar e generalizar os elementos da realidade: o pensamento
conceitual. As atividades são sistemáticas, têm uma intenção deliberada e compromisso
explícito (legitimado historicamente) em tornar acessível o conhecimento formalmente
organizado.
O ensino-aprendizagem - a base é a compreensão de muitos conceitos. A aprendizagem
ocorre com facilidade quando o aluno interage com outros, já que é através dos outros
que as relações entre sujeito e objeto de conhecimento são estabelecidas. As aulas
participativas podem ser discussões em grupo, quando os alunos opinam, apresentam
hipóteses, classificam, estabelecem comparações, fazem observações. Durante essas
aulas, tem que haver um "clima" de sala de aula amigável, mesmo que variável, para
que haja respeito por posições contrárias. Devem ser valorizados os conhecimentos
prévios porque são o fator mais importante que influi na aprendizagem, levando-se em
consideração que estes conhecimentos abrangem tantas informações sobre os conteúdos
a serem aprendidos como conhecimentos que, de maneira direta ou indireta, estão
relacionados ou podem relacionar-se com ele. Considera-se que a aprendizagem de um
novo conteúdo é produto de uma atividade mental construtivista realizada pelo aluno.
O aluno - neste tipo de abordagem, ele deve participar da construção do seu
conhecimento, deve pensar, opinar, apresentar hipóteses, trabalhar em grupo, fazer
comparações, observações, interagir com o professor, com seus pares, com o meio
social. O diálogo, cooperação e troca de informações mútuas são indispensáveis.
O professor - não é dispensável, nesse tipo de abordagem, mas não deve ser visto como
agente exclusivo de formação e informações dos alunos e sim atuando como mediador,
intervindo na "zona de desenvolvimento proximal" porque tem mais experiência,
informações e deve facilitar a aquisição do patrimônio cultural, construir através da
interação, a aprendizagem e o desenvolvimento humano. Nessa perspectiva, as
explicações, demonstrações, justificativas, abstrações e questionamentos do professor,
sem "dar a resposta pronta", auxiliam no processo educativo. É o professor, ao
promover situações de curiosidade entre os alunos, atividades planejadas de
observações, de pesquisas, resoluções de questões específicas e preparação de
seminários, palestras, etc., quem facilita o aprendizado, fonte de acesso ao
conhecimento. Faz-se necessário, também, ao professor, que conheça o nível afetivo dos
alunos, suas "teorias", que possa ouvi-los, dialogar e anotar as manifestações infantis,
para que ele possa melhor intervir e planejar estratégias que venham permitir avanços,
reestruturação e ampliação do conhecimento dos alunos. Os registros são necessários
para fazer-se planejamentos significativos e eficientes em termos de objetivos maiores
que se quer alcançar ou avançar5.
A aprendizagem de crianças se processa nas relações sociais e culturais, historicamente
desenvolvidas, de modo que a criança é um ser ativo dentro desse processo e o
conhecimento é estabelecido por meio da interação com o adulto ou outra criança mais
experiente, com o objetivo de compreensão do meio. A criança depende da interação
com o outro para aprender e, consequentemente, desenvolver-se cognitivamente.
Vygotsky acreditava que a aprendizagem é que promove o desenvolvimento. Então é
porque a criança aprende que ela se desenvolve e não o contrário. No processo de
aprendizagem e desenvolvimento, o outro, na função de mediador, assume um papel
fundamental, pois se as ações dos sujeitos não fossem mediadas pelas experiências de
outros indivíduos mais experientes, sempre se estaria partindo do marco inicial para a
realização de determinadas tarefas e o desenvolvimento caminharia em passos mais
estreitos. Segundo a teoria sócio histórica, se forem dadas condições adequadas a uma
criança ela será capaz de, inicialmente, apreender o que lhe é transmitido, repetindo as
ações dos adultos e, posteriormente, por meio da interação, construir sua própria visão
sobre o que foi observado em seu meio. Este processo no qual o conhecimento parte do
meio para o indivíduo, nesta ordem, é denominado de lei da dupla estimulação,
conforme afirma Martins (1997, p. 114), baseado na teoria de Vygotsky: “tudo que está
no sujeito existe antes no social (Inter psicologicamente) e quando é aprendido e
modificado pelo sujeito e desenvolvido para a sociedade passa a existir no plano
intrapsicológico (interno ao sujeito) ”6.
Vygotsky defende que o desenvolvimento está relacionado à aprendizagem, que por sua
vez, está interligada a capacidade de utilização dos signos. Para a aprendizagem, quanto
à utilização e a significação dos signos, Vygotsky enfatiza a interação entre os sujeitos e
os conhecimentos prévios que cada um adquire antes de frequentar a escola. O autor
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SILVA, Severino Henrique da. JUNIOR, Silas Câmara Brito. MESQUITA, Sueli
Rodrigues de. BASTOS, Heloisa Flora B.N. ALBUQUERQUE, Eneri Saldanha C. de.
A influência de uma abordagem sócio interacionista para a evolução conceitual sobre a
existência e importância do plâncton na cadeia alimentar marinha. II Encontro Nacional
de pesquisa em educação em Ciências
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ALVES, Vanessa da Silva. SILVA, Elisana Ribeiro da. A teoria sócia interacionista no
ensino de matemática e filosofia. Revista eletrônica de Educação de Alagoas- REDUC.
ISSN 2317-1170. Vol. 02, Nº 01, Maio- 2014.
acredita que “a aprendizagem escolar nunca parte do zero. Toda aprendizagem da
criança na escola tem uma pré-história” (VYGOTSKY, 1988, p. 109), isto é, antes de
chegar à escola a criança já aprendeu alguns conceitos através da interação com os
adultos ao seu redor. Ela já passou por experiências que a fez ter noção de quantidade e
de nomenclaturas.
Assim, o conhecimento precedente à vida escolar não deve ser ignorado e sim explorado
para que o professor possa por meio da mediação auxiliar a criança a converter este
conhecimento empírico em conhecimento científico, reforçando e aprofundando o
conhecimento prévio da criança ou corrigindo-o no caso do mesmo está incoerente com
o conhecimento científico7. Revist201
Vygotsky, autor de “Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem” (1988), expande o
processo de aprendizado para além do desenvolvimento cognitivo, ressaltando que a
aprendizagem “se constitui de conteúdos estruturados e organizados, os quais, por sua
vez, são repassados por meio de uma interação social que tem como objetivo alcançar o
desenvolvimento cognitivo, cultural e social de um aluno e, dessa maneira, a sua
integração em seu meio social como um ser transformador desse meio” (FOSSILE,
2010, p. 114)8.
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ALVES, Vanessa da Silva. SILVA, Elisana Ribeiro da. A teoria sócia interacionista no
ensino de matemática e filosofia. Revista eletrônica de Educação de Alagoas- REDUC.
ISSN 2317-1170. Vol. 02, Nº 01, Maio- 2014
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ALVES, Vanessa da Silva. SILVA, Elisana Ribeiro da. A teoria sócia interacionista
no ensino de matemática e filosofia. Revista eletrônica de Educação de Alagoas-
REDUC. ISSN 2317-1170. Vol. 02, Nº 01, Maio- 2014.
pensamento, como este conceito se dá e por que meios ele atua. Em uma atividade
criadora, a representação se configura no estabelecimento e na preservação da
experiência que o sujeito produziu ou vivenciou e que faz com que ele se aproprie dos
elementos do mundo pela sua aprendizagem11.
Para Vygotsky, todo sujeito tem a capacidade de criar e as atividades criadoras advém
de suas experiências a priori. Ele entende, assim como nós, a criatividade como
processualidade e a interpreta como descoberta de novas soluções, ao passo que, para
ele, a invenção está idiossincraticamente relacionada12.
Para que o homem construa sua consciência e alcance seu desenvolvimento é preciso
estabelecer vínculos sociais e produtivos que acontecem pela capacidade natural de se
relacionar com os indivíduos, assim de acordo com Mehan (1981) “as estruturas
cognitivas e sociais são compostas e residem na interação entre pessoas”, por isso
podemos afirmar que não apenas o desenvolvimento psicológico acontece, mas também
a aprendizagem a partir da presença do outro, pois não se constitui apenas como fator
cognitivo, é também fator social.
A compreensão dessa elevação de estruturas cognitivas além de levar em consideração o
nível interpessoal, intrapessoal, a fase de interiorização, podemos mencionar o que o
indivíduo é capaz de aprender através da interação, interação esta que pode ser medida
entre o que o indivíduo consegue fazer sozinho e o que ele pode realizar com o auxílio
de um adulto mais experiente, pois segundo Vygotsky (1978) a ZDP é:13
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JUNIOR, Luiz Carlos Leal; ONUCHIC, Lourdes de la Rosa. Ensino e Aprendizagem
de Matemática Através da Resolução Problemas Como Prática Sociointeracionista.
Boletim de Educação Matemática, vol. 29, núm. 53, diciembre, 2015, pp. 955 978
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Rio Claro, Brasil.
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JUNIOR, Luiz Carlos Leal; ONUCHIC, Lourdes de la Rosa. Ensino e Aprendizagem
de Matemática Através da Resolução Problemas Como Prática Sociointeracionista.
Boletim de Educação Matemática, vol. 29, núm. 53, diciembre, 2015, pp. 955 978
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Rio Claro, Brasil.
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ROZENO, Eliana Feitosa. SIQUEIRA, Kárpio Márcio de. A teoria sócio
interacionista de Vygotsky como subsidio para a aprendizagem comunicativa de Língua
Definida como a distância que medeia entre o nível atual de
desenvolvimento da criança, determinado pela sua capacidade atual de
resolver problemas individualmente e o nível de desenvolvimento
potencial, determinado através da resolução de problemas sob
orientação de adultos ou em colaboração com pares mais capazes.
Considerações finais
ALVES, Vanessa da Silva. SILVA, Elisana Ribeiro da. A teoria sócia interacionista no
ensino de matemática e filosofia. Revista eletrônica de Educação de Alagoas- REDUC.
ISSN 2317-1170. Vol. 02, Nº 01, Maio- 2014.
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SILVA, Rosane Gumeiro Dias da. A importância da teoria sócio interacionista na
formação de professores de ensino médio. Maringá. 1998 Londrina-PR.
OLIVEIRA, Ana Paula da Silva Conceição. Praticas pedagógicas inspiradas no
sociointeracionismo: Em busca de uma educação a distância significativa. Rio de
Janeiro- RJ- maio 2014. AVM Faculdade integrada.
ROZENO, Eliana Feitosa. SIQUEIRA, Kárpio Márcio de. A teoria sócio interacionista
de Vygotsky como subsidio para a aprendizagem comunicativa de Língua Inglesa. Rios
Eletrônica- Revista Científica da FASETE ano 5 n. 5 dezembros de 2011.
SILVA, Severino Henrique da. JUNIOR, Silas Câmara Brito. MESQUITA, Sueli
Rodrigues de. BASTOS, Heloisa Flora B.N. ALBUQUERQUE, Eneri Saldanha C. de.
A influência de uma abordagem sócio interacionista para a evolução conceitual sobre a
existência e importância do plâncton na cadeia alimentar marinha. II Encontro Nacional
de pesquisa em educação em Ciências.