Você está na página 1de 6

EDUCAÇÃO INCLUSIVA:

COM OS PINGOS NOS “IS”


ROSITA EDLER CARVALHO
CORRENTES TEÓRICAS E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO EDUCACIONAL

• Além de “praticada”, a educação precisa ser pensada em seu sentido e significado para as pessoas e para
a sociedade.
• Pós-modernidade: mudanças aceleradas!
• No atual contexto, excessivamente materialista e mutável, a educação ganha papel de destaque,
porque se constitui na “mais humana” das práticas.

Breves comentários sobre as correntes históricas na área da educação

• Pedagogia da exclusão: tem origens remotas:


• Antiguidade primitiva: educação essencialmente prática, espontânea, calcada na imitação e na
verbalização. Educação igual para todos.
• Antiguidade clássica: a paideia (educação integral) incluía a formação do corpo e do espírito do
homem (sujeito do processo educativo) – a educação era apenas para os “homens livres”.
• Idade média: A educação integral era para o clero e para a nobreza, os trabalhadores aprendiam pela
tradição oral que contemplava apenas a cultura da sobrevivência.
• Renascimento: caracterizou-se por marcantes descobertas; o acesso à educação permanecia um
privilégio para o clero, para os nobres e para a burguesia emergente. Ainda não era para todos.
• Revolução Francesa: a teoria educacional considerada revolucionária para a época – afirmava os
direitos do indivíduo e se apoiava no humanismo igualitário, recomendando que o processo
civilizatório deveria ser universal, isto é, extensivo a todos os seres humanos, independentemente de
fronteiras nacionais, étnicas ou culturais
• Séc. XIX: projetos positivistas e socialistas.
• Positivismo: otimismo pedagógico.
• Socialismo: a educação deveria ser única e eminentemente política.

• Críticos-reprodutivistas
• No estágio pós-moderno, nem tanto otimismo, nem tantas incertezas e, sim, a assunção da
atitude dialética que procura pontuar as macro e as microrrelações de poder entre a escola
e a sociedade. E, sob essa análise, constata-se que a escola reproduz o status quo vigente
uma vez que alimenta os movimentos geradores da desigualdades social.
A proposta de educação inclusiva

• Esclarecimento: o paradigma da inclusão escolar não é específico para alunos com deficiência (representa
um resgate histórico do igual direito de todos à educação de qualidade).
• Benefícios da inclusão:
• Turma heterogênea: serve como oportunidade para os próprios educandos conviverem com a
diferença e desenvolverem os saudáveis sentimentos de solidariedade orgânica.
• Professores: as tradicionais práticas pedagógicas tradicionais passam a ser repensadas na direção dos
quatro pilares da educação do século XXI.

• Integração e inclusão
• As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando um sistema educacional que reconheça e
atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos. Sob essa ótica,
não apenas portadores de deficiência seriam ajudados e sim todos os alunos que, por inúmeras
causas, endógenas, temporárias ou permanentes, apresentem dificuldades de aprendizagem ou no
desenvolvimento.
• Sem ser incompatível com a noção de integração, a inclusão institui a integração de maneira mais
radical e sistemática, alertando para as implicações práticas da integração.
A prática pedagógica que a proposta da educação inclusiva pressupõe

• Escola de qualidade:

• espaço de exercício da cidadania;


• espaço de apropriação e construção do conhecimento e da cultura;
• espaço da alegria, dos sentimentos sadios, da convivência, da cooperação;
• Etc.

Você também pode gostar