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HATTIE, John.

Aprendizagem visível para professores: como maximizar o impacto


da aprendizagem /

Você se lembra de maneira positiva de quantos professores? É com


essa pergunta que o professor e diretor do Melbourne Education Research
Institute, da Universidade de Melbourne, na Austrália, John Hattie inicia o
prefácio de seu novo livro.
“Este livro trata apenas destes professores, aqueles que permaneceram
em nossa memória de maneira positiva ao longo de anos”, explica Hattie na
sequência.
Um dos objetivos declarados da obra é responder por que a ação de
alguns educadores teve uma repercussão tão significativa em nossa
aprendizagem e educação para que tenhamos recordações deles por tanto
tempo.
A publicação, a ser lançada no Brasil pelo selo Penso, foi escrita em
parceria com professor de educação da Universidade de Augsburg, na
Alemanha, Klaus Zierer. O título “10 princípios para a Aprendizagem Visível” e
o conteúdo da obra são derivados de um megaestudo sobre Visible Learning.
No Brasil, o método aparece sintetizado em “Aprendizagem Visível para
Professores”, sua primeira publicação em Português. Para se ter ideia da
dimensão da pesquisa, seu banco de dados conta com 1,4 mil metanálises. Até
o momento – pois o trabalho segue. No total, mais de 250 milhões de alunos
participaram.

Aprendizagem visível passa por mapeamento

Os 10 princípios
No caso dos professores, essa paixão e essa vontade se manifestam em
um conjunto de 10 princípios. Eles estão propostos listados abaixo.
Três deles referem-se ao impacto, dois à mudança e desafio e cinco ao
foco e aprendizagem. O debate proposto pelo conceito de aprendizagem visível
deixa de ser, portanto, como ensinar melhor para se tornar como avaliar melhor
o impacto desse ensino sobre os alunos.

A–Impacto
1) Sou um avaliador do meu impacto na aprendizagem dos alunos.
2) Vejo a avaliação como um fator que informa meu impacto e os próximos
passos.
3) Colaboro com os colegas e alunos sobre minhas concepções de progresso e
meu impacto.
B – Mudança e desafio
4) Sou um agente de mudanças e acredito que todos os alunos podem
melhorar.
5) Esforço-me para que os alunos sejam desafiados, e não apenas para que
“façam o seu melhor”.
C – Foco de aprendizagem
6) Dou feedback e ajudo os alunos a entendê-lo, interpretando e agindo de
acordo com o feedback que recebo.
7) Envolvo-me tanto em diálogo quanto em monólogo.
8) Explico aos alunos de forma clara como é o impacto bem-sucedido desde o
início.
9) Construo relacionamentos e confiança para que a aprendizagem ocorra em
um ambiente seguro para cometer erros e aprender com os outros.
10) Foco na aprendizagem e na linguagem da aprendizagem.

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