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RESUMO:
O projeto tem por objetivo sensibilizar e envolver acadêmicos dos cursos de licenciatura,
formação pedagógica e segunda licenciatura a conhecer os espaços não formais de
ensino como o é o caso do museu, para elaborar um material extensionista que poderá
ser uma Trilha Pedagógica, um Folder, um Informativo ou uma Cartilha. Os museus são
espaços percebidos como propositores de conhecimento sensível e inteligível e, portanto,
de formação humana. Este projeto, especificamente, busca potencializar a pesquisa em
museus considerados virtuais e ou com possibilidade de visitação virtual, a fim de
desenvolver um encontro que permita a observação, a descoberta, a reflexão e a
aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
É um lugar de encontro com a memória cultural, com a arte, com a história, com a
ciência, com a antropologia e com a tecnologia, potencializando percepções objetivas e
subjetivas que são provocadas pela experiência vivida. Neitzel et al. (2017, p. 326)
explicam que “[...] a representação que fazemos do museu como um espaço apenas de
guarda, de conservação, necessita, portanto, ser ampliada, porque hoje ele possui
também uma função social, cultural e de pesquisa”. Dessa forma, atualmente, os museus
expandem seu conceito para além da preservação dos objetos, para a disponibilidade de
seu estudo e consequentemente aprendizado. Um local de pesquisa, de apreciação, de
interação, de investigação, de descoberta e de educação.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Museu (IBRAM) (2015), com a criação
do Cadastro Nacional de Museus (CNM) em 2006, foi mapeado mais de 3.700 instituições
museológicas no país. Essas instituições são cadastradas de acordo com a tipologia das
coleções que são preservadas e comunicadas pelo museu, podendo serem classificadas
em mais de uma categoria:
Antropologia e Etnografia: coleções relacionadas às diversas etnias, voltadas para
o estudo antropológico e social das diferentes culturas. Ex.: acervos folclóricos,
artes e tradições populares, indígenas, afro-brasileiras, do homem americano, do
homem do sertão etc.
Arqueologia: coleções de bens culturais portadores de valor histórico e artístico,
procedentes de escavações, prospecções e achados arqueológicos. Ex.: artefatos,
monumentos, sambaquis etc.
Artes Visuais: coleções de pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, incluindo a
produção relacionada à Arte Sacra. Nesta categoria também incluem-se as
chamadas Artes Aplicadas, ou seja, as artes que são voltadas para a produção de
objetos, tais como porcelana, cristais, prataria, mobiliário, tapeçaria etc.
Ciências Naturais e História Natural: bens culturais relacionados às Ciências
Biológicas (Biologia, Botânica, Genética, Zoologia, Ecologia etc.), às GeoCiências
(Geologia, Mineralogia etc.) e à Oceanografia.
Ciência e Tecnologia: bens culturais representativos da evolução da História da
Ciência e da Técnica. História: bens culturais que ilustram acontecimentos ou
períodos da História. Imagem e Som: documentos sonoros, videográficos,
filmográficos e fotográficos.
Virtual: bens culturais que se apresentam mediados pela tecnologia de interação
cibernética (internet). Biblioteconômico: publicações impressas, tais como livros,
periódicos, monografias, teses, etc.
Documental: pequeno número de documentos manuscritos, impressos ou
eletrônicos reunidos intencionalmente a partir de uma temática.
Arquivístico: conjunto de documentos acumulados por pessoas ou instituições,
públicas ou privadas, durante o exercício de suas atividades, independentemente
do suporte. (IBRAM, 2011, p. 19-20).
Nesse campo de pesquisa digital, que se utiliza cada vez mais as mídias e as
tecnologias, as visitas virtuais aos museus vêm ampliando sua proporção à medida que
configura um acesso de inclusão e de oportunidade de conhecer diferentes espaços e os
elementos que o compõem, como obras de arte, documentos, artefatos e outras possíveis
manifestações do patrimônio material e imaterial do Brasil e do mundo.
Schley e Carvalho (2017) enfatizam que o museu envolve pessoas social e
culturalmente, tornando-se um lugar como fonte de pesquisas científicas e de mediação
cultural. A dimensão física ou virtual desses lugares, portanto, exprime possibilidades em
produção de conhecimento para a formação humana. São lugares de mediação que, na
relação com o outro, na relação com o objeto, oportuniza aprendizagem e troca de
saberes, despertando e construindo olhares sensíveis e estimulando os sentidos.
Mas, como despertar interesse para explorar esses espaços museológicos? Bem,
inicialmente vamos realizar alguns questionamentos:
Se as obras e os objetos falassem, quantas histórias teriam para contar?
Quantas lembranças nos remetem as imagens rememoradas?
Quais os signos existentes nos espaços e objetos culturais?
Quais as sensações despertadas ao visualizar e ou ouvir algo?
O museu é um lugar vivo de interlocuções, um monólogo muitas vezes, mas vivo,
pois reaviva a memória de quem o explora e desperta a curiosidade e a imaginação de
quem está conhecendo. Para Martins (2005) nesse contexto de relação com a arte é
possível tecer relações com o mundo: “[...] é a relação sensível com o mundo, uma
postura diante das coisas, um momento em que nos encontramos em presença de algo
que provoca emoção, imaginação, cognição, presencialidade” (MARTINS, 2005, p. 126).
Com a autora partilhamos a compreensão da relevância do encontro com a íntima poética
que transcende o espaço físico para o espaço virtual numa proposta de construir novas
realidade sobre o mundo que nos rodeia, constituindo a subjetividade humana.
Pensando nisso, elaboramos este projeto com o intuito de possibilitar o
desenvolvimento de um material extensionista que poderá ser utilizado por diferentes
instituições de educação básica, desde que venham ao encontro do objetivo de estudo da
instituição.
Atualmente há uma grande variedade de museus que possibilitam a visita virtual
nas mais diversas áreas de conhecimento, sendo divididos em:
Museus virtuais, que possuem uma nova proposta museológica que difere
do museu físico, no qual o seu acervo e arquivo está totalmente disponível
online.
Neste sentido, é necessário que você busque um museu virtual ou um museu físico
que contemple a possibilidade de visitação virtual, que venha ao encontro da sua área de
concentração e temática de pesquisa escolhida, pois o material extensionista precisa
estar pautado nos seus planos de aula. Sendo assim, você deverá realizar uma pesquisa
detalhada, a fim de conhecer o acervo virtual de forma ampla e aproveitar ao máximo este
recurso virtual disponível.
Veja o exemplo a seguir:
Curso: Pedagogia
Área de Concentração: Metodologias de Ensino.
Assunto: História do Brasil.
Objetivo: Conhecer a história do Brasil por meio da pesquisa de registros
documentais.
Metodologia: Pesquisar o acervo de um museu virtual ou de visitação virtual que
apresenta o assunto elencado.
Museu escolhido: Museu Imperial Petrópolis, localizado no Rio de Janeiro. O
Museu Imperial possui o principal acervo do país relativo ao império brasileiro, em
especial o chamado Segundo Reinado, período governado por D. Pedro II. Guardião da
memória do império brasileiro, pois reúne documentos, gravuras, mapas, fotografias e
objetos históricos.
Após realizar a visita virtual do museu e realizar as pesquisas desejadas, você irá
elaborar uma Trilha Pedagógica, Folder, Informativo ou Cartilha referente ao assunto
tendo como base os modelos de cada material levando em consideração a faixa etária da
turma escolhida. Neste caso, o conteúdo foi pensado para uma turma dos anos finais do
Ensino Fundamental.
Iremos disponibilizar em anexo alguns links para consulta, lembrando que você
pode escolher um outro museu virtual que venha ao encontro do seu interesse de
pesquisa.
A elaboração da Trilha Pedagógica, Folder, Informativo ou Cartilha pelo acadêmico
deve contemplar as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no
atendimento dos direitos de aprendizagem a partir dos eixos estruturais e do componente
curricular previsto para os segmentos da Educação Infantil (Interações e Brincadeiras);
Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Finais a partir das seguintes áreas do
conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e
Ensino Religioso) e Ensino Médio.
Para tanto, o acadêmico deverá ter em mente a área de concentração escolhida
para delimitar a temática da sua Trilha Pedagógica, Folder, Informativo ou Cartilha
referente a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório em que estiver matriculado.
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
7 CRONOGRAMA DE 2020
REFERÊNCIAS
IBRAM. Instituto Brasileiro de Museus. Guia dos Museus Brasileiros. Brasília: IBRAM,
2011.
MARTINS, Mirian C. Expedições instigantes. In Mediação: provocações estéticas.
MARTINS, M.C. (org.). São Paulo: UNESP/Instituto de Artes. Pós-Graduação; v.1, nº1,
outubro 2005.
NEITZEL, Adair de Aguiar et al. Mediações culturais no museu. In: NEITZEL, Adair de
Aguiar et al. (orgs.). Cultura, Escola e Educação Criadora: diálogos sobre experiências
estéticas na educação. Itajaí: Univali; Florianópolis: Dois por Quarto Editora, 2017b. p.
325-345.
SCHLEY, Clara Aniele; CARVALHO, Carla. Museu, para que te quero Mu[seu]. In:
NEITZEL, Adair de Aguiar et al. (orgs.). Cultura, escola e educação criadora: diálogos
sobre experiências estéticas na educação. Itajaí: Univali; Florianópolis: Dois por Quatro,
2017. p. 87-107.
MUSEU ERA VIRTUAL – Várias opções de museu para a realização de visitas virtuais a
Museus, Exposições Temporárias e Patrimônios Culturais disponível em
http://eravirtual.org/visitas-virtuais/ Acesse o link e escolha o museu!
Museu de Memes
Acesse o site: https://www.museudememes.com.br/
Museu nascido de um projeto da Universidade Federal Fluminense dedicado à história
dos memes da internet.
Museu do RPG
Acesse o site: http://www.museudorpg.com.br/
O objeto é trabalhar e difundir o Role Playing Game (em português: jogo de
interpretação de papéis) em suas diversas manifestações, tais como o RPG de
mesa, live action, jogos digitais, ferramentas de jogos através da internet, RPG
de cartas e demais modalidades já existentes e a serem criadas.