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II Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação,

Ciência e Gestão da Informação (II EREBD SE/CO/SUL)


A integração das práticas tradicionais e contemporâneas: além dos muros da biblioteca
São Carlos (SP), 18 a 21 de abril de 2015.

BIBLIOTECAS PÚBLICAS: UM ESPAÇO SOCIAL, CULTURAL E DE MEMÓRIA1


Diego Martins Aragão da Silva2
GT 5: Informação e Memória
Resumo: Apresenta a biblioteca pública como uma instituição (equipamento) social, cultural e de
memória que influencia na construção de identidades, influindo na dinâmica da sociedade. Alerta para
um novo olhar sobre a biblioteca pública como um instrumento de manipulação do poder. a
biblioteca pública é um espaço social, cultural e de memória objetiva-se neste trabalho
abordá-la como um instrumento de manipulação do poder, destacando as suas funções: o
armazenamento de informações e o registro da memória da sociedade. Ademais, refletir sobre
a ideologia contida na seleção das obras que compõem seu acervo. Observar como a
biblioteca pode influenciar os indivíduos a terem um olhar, critico ou não sobre os fatos da
vida e a cultura que as cerca. Aborda as definições, missões e funções das bibliotecas públicas.
Enfatiza questões relativas à cultura e a construção da identidade cultural. Destaca elementos
referentes ao entendimento da influencia das estruturas de poder na construção de identidades.

Palavras-chave: Bibliotecas Públicas. Identidade Cultural. Poder. Mecanismos de Poder.

1 INTRODUÇÃO
O papel da biblioteca pública na sociedade consiste em apoiar e criar regimentos,
diretrizes para o exercício do papel social e cultural da comunidade em que ela esta inserida.
As rotinas e os serviços oferecidos pela mesma irão definir sua trajetória diante do público
assistido. Para que sua atuação seja algo presente na rotina dos indivíduos que a frequentam
ou desejam frequentar é necessário que a biblioteca remodele suas ações, ou seja, estabeleça
possibilidades além daquelas ligadas diretamente aos interesses do poder político e público.
Baseado na condição de que a biblioteca pública é um espaço social, cultural e de
memória objetiva-se neste trabalho abordá-la como um instrumento de manipulação do poder,
destacando as suas funções: o armazenamento de informações e o registro da memória da
sociedade. Ademais, refletir sobre a ideologia contida na seleção das obras que compõem seu
acervo, por exemplo, é um exercício que os bibliotecários normalmente não fazem. E desse
exemplo se observa que a biblioteca pode influenciar os indivíduos a terem um olhar, critico
ou não sobre os fatos da vida e a cultura que as cerca.
A formação de idéias e a busca informacional por parte dos indivíduos e grupos
sociais “[...] podem influenciar uma coletividade, em sua maneira de se identificar e de se
comportar diante de outros grupos sociais [...]” (BREITAS, 2010, p. 102). É a partir do poder

1 2° melhor trabalho, segundo os avaliadores.


2 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
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que circula nas esferas da biblioteca pública que encontramos a relevância do tema: “a
biblioteca como uma instituição social, cultural e de memória”, ou seja, enquanto instituição
social, cultural e de memória, ela incide diretamente nos modos de vida dos indivíduos.
O interesse por esse tema se deve as pesquisas realizadas no Projeto de Pesquisa “As
bibliotecas públicas do município do Rio de Janeiro: um recorte de sua atuação” desenvolvido
pela professora orientadora, bem como pelas análises relativas ao subprojeto de pesquisa
“Bibliotecas públicas do município do Rio de Janeiro e o desenvolvimento da sua função
social”, cadastradas no Grupo de Pesquisa “Bibliotecas Públicas: reflexões e práticas”, criado
em 2013 e certificado pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq). Ambas as pesquisas têm o interesse maior de investigar as missões e as funções das
bibliotecas públicas do município do Rio de Janeiro, bem como os mecanismos de poder que
circulam por essas instituições, interferindo no processo de construção de identidades de
grupos sociais que se encontram próximos dessas bibliotecas.
Sendo assim, os projetos de pesquisas fazem parte do grupo que se interessam pela
emergência da aproximação das questões relativas às bibliotecas públicas e à sociedade e
visam o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas com a finalidade de alargar as discussões
do campo. Dessa forma, para iniciar a discussão aqui proposta é necessário destacar que a
biblioteca pública vem sendo abordada como uma instituição que deve dar suporte a
educação, mas essa instituição atua de maneira transversal em diferentes áreas, por isso é
válido concebê-la como uma instituição social, cultural e de memória que influencia na
construção de identidades.

2 BIBLIOTECAS PÚBLICAS
Segundo Cunha e Cavalcante (2008, p. 52), entende-se por biblioteca pública aquela
“a que é posta à disposição da coletividade de uma região, município ou estado, e que é
financiada principalmente por dotações governamentais”. Ou seja, a biblioteca pública por ser
financiada por um órgão governamental e deverá enquadrar-se nas normas e padrões
estabelecidos pela esfera a qual pertence – municipal, estadual.
Outros autores do campo da Biblioteconomia atribuíram diferentes definições para
estas bibliotecas, mas o foco não é a sua definição em si, mas sim as suas missões e funções.
Sendo assim, vale citar o Manifesto da IFLA/UNESCO (1994, p.1) que serve como parâmetro
para as bibliotecas públicas do mundo inteiro e as define como “o centro local de informação,
tornando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de
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todos os gêneros”. Além disso, o manifesto alerta que as missões dessas bibliotecas deverão
relacionar-se diretamente com a informação, a alfabetização, a educação e a cultura, e ainda
apresenta que elas devem possuir as seguintes missões:

1. Criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância;


2. Apoiar a educação individual e a auto-formação, assim como a educação
formal a todos os níveis;
3. Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa;
4. Estimular a imaginação e criatividade das crianças e dos jovens;
5. Promover o conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e
pelas realizações e inovações científicas;
6. Possibilitar o acesso a todas as formas de expressão cultural das artes do
espetáculo;
7. Fomentar o diálogo intercultural e a diversidade cultural;
8. Apoiar a tradição oral;
9. Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de informação da
comunidade local;
10. Proporcionar serviços de informação adequados às empresas locais,
associações e grupos de interesse;
11. Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a informação e a
informática;
12. Apoiar, participar e, se necessário, criar programas e actividades de
alfabetização para os diferentes grupos etários.

É válido esclarecer que tanto o Manifesto da IFLA/UNESCO (1994), como autores


do Campo da Biblioteconomia e da Educação, também atribui a essas bibliotecas uma missão
essencialmente educacional e só depois atentam para suas outras missões. Sendo as
bibliotecas públicas instituições fundamentais à manutenção da sociedade, possui como
função a preservação da cultura, o estímulo a ações de incentivo a leitura, a disponibilização
de produtos e serviços de informação, etc. E pelo fato de que elas funcionam também como
instituições sociais que servem a propósitos sociais (educação, cultura, lazer, informação, etc)
é válido supor que elas contribuem consideravelmente para a formação do individuo, dos
grupos sociais e de identidades.
Dessa forma, corroborando com a idéia de instituição social, Arruda (2000, p. 9)
afirma que “para que uma biblioteca torne-se verdadeiramente pública, faz-se necessário
assumir as seguintes funções: educativa, cultural, recreativa e informacional”. Essas quatro
funções apresentadas por Arruda (2000) também estão, de certa forma, presentes em uma das
definições prescritas pela IFLA/UNESCO, mas encontravam-se presentes já no Manifesto de
1972, que considera a biblioteca pública como “uma força em prol da educação e da
informação e um instrumento indispensável para promover a paz e a compreensão entre os
povos e nações”.

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Vale observar que as bibliotecas públicas sempre trabalham em prol da demanda da


sociedade, mas é controlada pelo poder político e público, uma vez que é uma instituição que
pertence ao poder público e serve a propósitos político, sociais, econômicos e até mesmo
culturais. Quando se configura a biblioteca pública como instituição social, cultural e de
memória percebe-se que ela é uma instituição que reúne missões e funções importantes para a
sociedade, contribui para a formação dos indivíduos, do tecido social, da cultural e coopera
para a conservação da memória da humanidade.
Quando se fala em memória, a escrita e o registro é a primeira coisa que nos vem em
mente, por isso Breitas (2010, p. 102) afirma que “[...] a escrita [é] a base para a construção
da memória e da identidade”. Baseada nessa afirmação de Breitas (2010) se pode deduzir que
os registros do conhecimento sempre refletiram as expectativas e ideologias de um grupo, de
uma geração. É a partir desses registros e documentos que a memória no âmbito das
bibliotecas se constrói, tornando assim o nosso legado. Somos o que construímos em termos
de memória e as instituições como as bibliotecas públicas, são os espaços pertinentes para a
seleção, o armazenamento, a conservação e disseminação dessa memória.
Na sociedade quando as idéias são agrupadas, geralmente os grupos sociais se
formam e os indivíduos que o compõem partilham de similaridades e identidades. Sendo
assim, os indivíduos trabalham em conjunto para cumprir tarefas e manter o grupo social
estável. A manutenção dos grupos sociais se dá por meio dos atores e das instituições.
Ao longo da historia, observar-se a produção dos registros do conhecimento, sua
contextualização que rege a construção da memória através de uma ordem social contínua que
resulta na formação de identidade. Essa ordem social atua diretamente na sociedade e para
defini-la Johson (1997, p. 213) afirma que ela:
[...] é um tipo especial de sistema social que, como todos os outros sistemas sociais,
distingue-se por suas características culturais, estruturais e demográficas/ecológicas.
Especificamente, é um sistema definido por território geográfico [...] dentro do qual
uma população compartilha de uma cultura e estilo de vidas comuns, em condições de
autonomia, independência e autossuficiência relativas [...]

Cada sociedade ou grupo social possui o seu próprio desenvolvimento e para que
esse aperfeiçoamento aconteça, a cultura, a memória e a identidade são atravessadas por
mecanismos do poder. Os mecanismos de poder que se encontram presentes em todo o tecido
social, bem como nas bibliotecas especialmente as públicas, ‘ditam’ regras para os modos de
vida.

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As necessidades informacionais coletivas são colocadas como realidades que devem


ser enfrentadas e em instituições como a biblioteca pública deve não só atuar de forma
hierárquica, respeitando as normas emanadas do poder político e público, mas se colocar de
maneira diferente, isto é construir possibilidades criativas de modo que não produza manobras
prontas.

2 CULTURA E IDENTIDADE CULTURAL


As questões ligadas à construção da identidade cultural têm sido foco das discussões
no campo de teoria social e as transformações ocorridas nesta área tem impulsionado uma
série de pesquisas que alegam que as antigas identidades, aquelas que estabilizavam o mundo
social, encontra-se em crise, em declínio. Este trabalho propõe-se uma mudança no foco dado
as bibliotecas públicas, como instituições socais, e indicá-las como uma instituição social,
cultural e de memória que se coloca como um instrumento de manipulação de poder no
processo de construção de identidades culturais.
O conceito de identidade é bastante complexo e pouco desenvolvido o que torna
difícil a compreensão. Stuart Hall (2005, p. 10-13) em sua obra “A identidade cultural na pós-
modernidade” alerta que existem três diferentes concepções de identidade: a primeira
concepção relaciona-se ao sujeito do Iluminismo que coloca o individuo como um ser
centrado, dotado de capacidades que nasce com ele e ao longo do tempo se desenvolve; a
segunda concepção liga-se ao sujeito sociológico que reflete a complexidade do mundo
moderno, logo o sujeito deixa a posição de ser autônomo e auto-suficiente e passa a depender
das relações com o outro; a terceira concepção inclui-se no cerne do sujeito moderno, ou seja,
o sujeito constrói sua identidade continuamente, visto que ela é formada e transformada a todo
tempo. Logo, Hall (2005, p. 13) declara que “[...] A identidade plenamente unificada,
completa, segura e coerente é uma fantasia”.
O que Hall (2005) se refere é que a identidade com sentido de unidade confere uma
ordem social, uma coesão social e era responsável por uma serie de normas comportamentais,
até mesmo aquelas ligadas ao universo da informação. Essa identidade com sentido de
unidade encontra-se presente no tecido social antes do inicio do processo de globalização, isto
é, antes das mudanças constantes e cada vez mais rápidas, da queda das barreiras econômicas,
políticas, sociais e culturais.

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A essa percepção de Stuart Hall (2005) pode-se inferir que as práticas sociais,
culturais e de memória são constantemente renovadas e isso altera seu caráter frente à
configuração social, política, econômica e cultural anterior, ou seja, aquela vigente antes da
segunda metade do século XX. O autor também nos alerta para um jogo na questão das
identidades – as políticas da fragmentação ou pluralização de identidades (HALL, 2005, p.
18).
No que tange o universo das bibliotecas, a acumulação de cultura advindas dos
grupos sociais e da sociedade se dá por meio do armazenamento dos registros do
conhecimento, ou seja, essas bibliotecas têm como missão e função a preservação do
conhecimento registrado. Esses conhecimentos, traços culturais e sociais são registrados nos
diferentes suportes documentais e reunidos pelas bibliotecas, no caso das públicas, elas devem
reunir os suportes documentais segundo uma demanda social, mas também respeitar as
recomendações do poder político e público.
O pensamento humano quando registrado embute em geral traços sociais, culturais e
de identidade próprios dos grupos sociais e influem na dinâmica da sociedade. Essas ideias e
resultados culturais registrados são constantemente modificados, pois refletem as
características das pessoas e do ambiente onde estão inseridas, bem como das relações e o
entrecruzamento desses traços. Essa constante transformação é elemento vital para o
desenvolvimento e para a formação do social, do cultural, da identidade, da memória e da
própria sociedade como um todo. Johnson (1997, p. 59) define cultura como:
O conjunto de símbolos, ideias e produtos materiais associados a um sistema social,
seja uma sociedade inteira ou uma família [...] A cultura possui aspectos materiais e
não materiais. A cultura material inclui tudo o que é feito, modelado ou transformado
como parte da vida social coletiva [...] A cultura não material inclui símbolos [...] bem
como as ideias que modelam e informam a vida de seres humanos em relações
recíprocas e os sistemas sociais dos quais participam. As mais importantes dessas
ideias são as atitudes, crenças, valores e normas.

A cultura e as ideias resultantes das produções humanas na sociedade vão além de


conjuntos de objetos produzidos pelos mesmos. A ação de afirmar sua presença e existência
faz com que nossas criações sejam registradas e preservadas para gerações futuras. Cada
geração terá suas práticas sociais únicas e é papel dos bibliotecários preservarem esses
registros para garantir o acesso a essas informações no futuro. O exemplo disso tem-se os
arquivos de Elba, a Biblioteca de Alexandria e o Mouseion Alexandrino que são exemplos de

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construções das civilizações da Antiguidade que já se preocupavam com a preservação do


conhecimento, bem como da cultura. (Araujo, 2011, p. 20).
Os registros culturais da humanidade refletem a realidade humana, e registram suas
práticas culturais e sociais que pode ser comparada a um organismo vivo, em constante
modificação, pois “A sociedade humana é entendida como um todo orgânico, composto de
partes que desempenham funções específicas necessárias para a manutenção do equilíbrio do
todo.” (ARAÚJO, 2011, p. 24). A produção humana reúne obras artísticas, filosóficas e
científicas, que desenvolvem uma cultura e em instituições como a biblioteca pública, a
seleção, o armazenamento, a conservação e a disseminação dependem do auxilio de
bibliotecários.
Alguns autores defendem a idéia de que a cultura está ligada diretamente à história e
é um símbolo da nacionalidade e da representação da realidade social. Sendo assim, preservar
o conhecimento é uma tarefa fundamental para a constante transição cultural, ou seja, para
que gerações anteriores ou futuras tenham acesso a elementos do passado ou do presente. Esse
é um pensamento tradicional de cultura e identidade, por isso aqui alertamos para ad
ponderações de Stuart Hall (2005), pois ele alerta que esse terreno – o da identidade - está em
processo de modificação, ou seja, em crise, em fragmentação. E como as bibliotecas, públicas,
mentem-se como instituições sociais, culturais e de memória, e como elas ainda tem como
função maior manter uma coesão, uma ordem social apoiando-se na educação, na cidadania,
na cultura e no lazer.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os usuários de uma biblioteca, bem como seu acervo estão imersos em um conjunto
de mudanças constantes e fazem parte do processo cultural. O poder público e a imagem
dessa instituição estão ligados a alguns aspectos, a se destacar a possibilidade de atingir a
potencialidade no que tange as ferramentas e os serviços de informação, que podem gerar
possibilidades novas e criativas no ambiente da biblioteca públicas.
Trabalhar com essa nova perspectiva que atribuímos aqui às bibliotecas públicas
pode ser a via pela qual saímos desse impasse que essas bibliotecas estão inseridas para torná-
las instiuiçoes que possibilitam os indivíduos maiores capacidade critica e autonomia no que
tange o consumo, uso e produção de informação e conhecimento.

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REFERÊNCIAS

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Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia na Ciência da Informação. InCID, v.2, n.2,
p.19-41, jul/dez. 2011.

ARRUDA, Guilhermina Melo. As práticas da biblioteca pública a partir das suas quatro
funções básicas. In.: Proceedings XIX Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e
Documentação, 1, PUCRS, 2000.

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sociologia do conhecimento. 19. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. 247 p.

BREITAS, Aline Pinheiro. A biblioteca pública: um papel determinado e determinante na


sociedade. Rev. do Instituto de Ciências Humanas e da Informação, v. 24, n. 2, p. 101-
118, jul./dez. 2010.

CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira. Dicionário de


biblioteconomia e arquivologia. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2008.

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Janeiro: Chaim Samuel Katz, 1979.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10. Ed. Rio de Janeiro: DP&A,
2005.

JOHSON, Allan G. Dicionário de sociologia: guia prático da linguagem sociológica. Rio de


janeiro: Jorge Zahar, 1997, 300 p.

MILANESI, Luís. A casa da invenção: biblioteca, centro de cultura. 3. ed. Ver. e aum. São
Caetano do Sul: Ateliê, 1997. 271 p.

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Passos). 107 p.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇOES UNIDAS PARA EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A


CULTURA. Manifesto da UNESCO sobre as bibliotecas públicas. 1994. Disponível em:
<http://www.iplb.pt/pls/diplb/get_resourse?rid=938>. Acesso em: 10 abr. 2011.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇOES UNIDAS PARA EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A


CULTURA. Manifesto da UNESCO sobre as bibliotecas públicas. 1972.

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