EXTENSIONISTA
RESUMO
INTRODUÇÃO
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Graduanda do curso Pedagogia, pela Universidade de Brasília, campus Darcy Ribeiro.
ericaenpm@gmail.com
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Graduanda do curso de Pedagogia na Universidade de Brasília. marimarcatoira@hotmail.com.
que está diretamente vinculada à constituição da profissionalidade docente (CRUZ, 2017)
e ao processo de ensino-aprendizagem dos estudantes.
Em vistas da formação inicial de futuros pedagogos, este artigo se pauta no relato
de experiência da ação extensionista “Círculos formativos com professores
iniciantes/ingressantes” descrevendo seus vínculos com os passos da pedagogia histórico-
crítica (GASPARIN, 2015). Este projeto foi elaborado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas
sobre Formação e Atuação de Professores/Pedagogos – GEPFAPe da Faculdade de
Educação da Universidade de Brasília – UnB, a partir de uma perspectiva de extensão
processual-orgânica (REIS, 1996).
Nesta vertente da extensão universitária o trabalho não é eventual, é processual,
se constitui e se modifica mediante sua realização, é dialético e prevê a retroalimentação.
Assim, a universidade não mais detém o saber, mas o concebe em conjunto com a
comunidade. A vertente processual-orgânica da extensão universitária deve ser viva,
dialética e não atende somente às pessoas que o recebem ou à figura universitária de
autoridade que se deposita no docente (REIS, 1996). Por esta razão ainda, os Círculos
Formativos cedem o espaço do protagonismo aos estudantes da universidade e aos
sujeitos que se dispõem a partilhar dos momentos de formação desempenhados no
projeto.
Em vistas dessa concepção de extensão universitária processual-orgânica (REIS,
1996), as ações dos Círculos Formativos partem da prática social vigente na Escola Classe
831 de Samambaia, comunidade escolar onde é desenvolvido quinzenalmente desde o
primeiro semestre de 20183, com o intuito de propiciar aos professores momentos
formativos que colaborem com o constante processo de reflexão sobre o exercício do
trabalho docente. O objetivo desse projeto de extensão é propiciar aos professores
iniciantes e ingressantes da rede pública de educação do Distrito Federal, encontros de
formação para consolidação e fortificação da carreira. Em tais encontros, a reflexão sobre
as práticas diárias é fomentada, bem como são discutidos subsídios teóricos para
potencialização do processo de ação-reflexão-ação.
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As atividades dessa ação extensionista perfazem a carga horária de 120 horas por semestre.
formação inicial de estudantes de graduação e com a formação continuada e permanente
de professores da Educação Básica e do Ensino Superior. Diante disso, cabe destacar que
os Círculos Formativos constituem um movimento dialético em que se reflete sobre a
práxis, visita a teoria e retoma a reflexão sobre a práxis. Este modelo de atuação é pautado
em proposições de Demerval Saviani (2013) e João Gasparin (2012). Portanto, os
Círculos Formativos se baseiam também na ação-reflexão-ação. Momento em que o
indivíduo atua no seu cotidiano, refletindo e dialogando em dialético movimento com a
práxis, transformando a ação a partir da reflexão e a reflexão a partir da mudança na práxis
inicial quando esta realimenta o fazer. Atrelada à ação-reflexão está a codificação e a
decodificação, que compreendem o surgimento de uma nova percepção e o
desenvolvimento de um novo conhecimento (STRECK; REDIN; ZIKOTSKI, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ante o exposto, podemos concluir que a atividade dos Círculos Formativos
consiste em uma ação de formação inicial e continuada que busca a incorporação de novos
saberes e novas práticas, por parte dos envolvidos no processo. É uma ação extensionista
não assistencialista e o empreendimento de ações que visam um ideal de sociedade, um
ideal de educação e busca estes por meio do desenvolvimento histórico-crítico dos
conteúdos.
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* Problema indica uma situação de impasse, trata-se de uma ocasião que se impõe objetivamente. É no
enfrentamento dos problemas que a realidade apresenta que reside a filosofia (SAVIANI, 2013).
REFERÊNCIAS
GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 5. ed. rev. Campinas,
SP. Autores associados, 2012/2015.