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COMPLEXIDADE
PARTE I
Conteudista
Me. ANA CRISTINA ALVES LIMA
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Subjetividade e filosofia nas ciências humanas
Fonte: http://www.drvisao.com.br/
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emoção como estrutura da consciência pode atuar como forma de apreender o
mundo, de forma relacional, como a consciência de alguma coisa, e de forma
geral do próprio mundo.
Segundo May (2000, p 62) a concepção de “subjetividade” faz parte do
processo de construção das ciências humanas e, mais especificamente, da
ciência psicologia. A dimensão subjetiva, à luz da psicologia, entende a pessoa
como um sujeito singular, único, que constrói ao longo de sua vida uma história
com memórias boas e ruins, qualidades e defeitos, tristezas e fracassos, bem
como sonhos realizados de uma forma única:
O ser humano, ser de desejo e de pulsão, como define a
psicanálise, é dotado de uma vida interior, fruto de sua história
pessoal e social [...] e a consideração da subjetividade em
nossas reflexões e aprendizados, ao oferecer possibilidades de
tornar inteligível a experiência humana e entender as sutilezas
e riquezas das ações, reações, interações e relações das
pessoas. (DAVEL; VERGARA, 2008, p. 50)
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lembrar que somos diferentes e únicos, o que torna o estudo da subjetividade
difícil sem falar em complexidade.
Fonte: http://www.analogartistdigitalworld.com/
Fonte: http://acaocomunicativa.pro.br/
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Os novos paradigmas da ciência, inclusive da Psicologia, possibilitam
novas respostas a perguntas bem antigas. Segundo Morin (2002), a noção do
eu é ao mesmo tempo evidente e misteriosa, uma vez que qualquer um diz
“eu”. Em todas as línguas existe essa primeira pessoa do singular, porém há
uma segunda evidência reflexiva revelada por Descartes:
Não posso duvidar que duvido; logo, eu penso. Se penso,
logo, eu sou, isto é, eu existo na primeira pessoa como sujeito.
Então o mistério: o que é este “eu” e este “sou”, que não é
simplesmente “é”. (MORIN, 2002, P.117)
A construção da subjetividade
Fonte: http://brasilinformepopular.blogspot.com.br/
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O sujeito é fruto de uma cultura, portanto, o meio em que vive contribui
para a formação da subjetividade, essa que não se caracteriza apenas pela
afetividade como um traço único na constituição do sujeito. É importante
entender que o eu está contido no nós e que ambos trazem a noção de
subjetividade. A Psicologia nos possibilita entender e analisar o eu e o nós,
mas deve, também, fornecer meios para compreender a rede de relações em
que a subjetividade se forma. É importante entender o processo de tecer junto
de e a maneira que o sujeito transita e age, bem como identificar a noção do
sujeito dentro-de-si.
A ação educativa deve comprometer-se com a construção da
subjetividade e, para que essa ação atinja a finalidade a que se propõe, deve
estar fundamentada em determinados princípios, onde por certo a Psicologia
terá, além de um lugar de destaque, um papel preponderante no processo da
construção pretendida. Segundo Grinspun (2001, p. 10), esses princípios são:
1. princípio da noção de sujeito-sujeito esse que se
forma com as suas possibilidades, mas com as possibilidades
oferecidas no processo de interação dialética com o mundo;
2. princípio da qualificação- o sujeito precisa adjetivar
suas características pessoais e sociais em termos do
conhecimento, da afetividade e da própria corporeidade que ele
possui;
3. princípio da vivência- o sujeito precisa, além de
qualificar suas ações, ter um espaço para vivenciar e
experimentar a sua ação e participação no meio em que vive.
Não basta conhecer a relação sujeito-objeto, mas ter a
possibilidade de vivenciar esta relação de formas
diferenciadas.
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REFERÊNCIAS
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