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Introdução
Realidade esta que ainda apresenta-se de forma sui gêneres entre a facticidade
objetiva e o significado subjetivo.
Essa questão é de dupla mão, pois tanto os indivíduos como os grupos constróem
e influenciam na sociedade quanto a sociedade influencia nos grupos e nos
indivíduos.
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A realidade da vida cotidiana apresenta-se ao homem de forma já pronta.
Nascendo num determinado local, numa determinada época, numa determinada
família, com determinadas influências políticas, religiosas ou culturais o homem
passa a incorporar estes aspectos antes de ter condições de influenciar sobre
eles. Esta realidade já pronta apresenta também duas possibilidades: uma mais
próxima e outra mais longe. A mais próxima é a com a qual se tem o convívio
diário, a mais longe refere-se a que não existe um convívio diário mas existe uma
relação de proximidade pelo assunto ou pelo interesse.
A forma mais básica de interação social é a interação face a face. Nesta situação
um indivíduo é apreendido pelo outro. Um é plenamente real para o outro,
convivendo num mesmo local e num mesmo momento histórico, podendo um
observar as reações do outro em relação às suas atitudes. Porém nunca irá
compreendê-lo por completo, mesmo que o outro conte todo o seu passado, toda
a sua história.
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A realidade da vida cotidiana é expressa e representada por sinais e pela
linguagem. Isto é fundamental para que ocorra a objetivação, ou seja o fato de
transmitir o conhecimento. Além da interação direta, como a face a face, existem
outras influenciadas por fatores como o tempo, que exigem outra forma de
transmissão. É ai que surge a linguagem e os sinais.
A linguagem da interação face a face é a mais efetiva, nenhum outro modelo pode
reproduzi-la. Entretanto se faz necessário o estabelecimento de pontes entre as
diferentes zonas dentro da realidade da vida cotidiana, em função, principalmente
do tempo, do espaço e dos aspectos sociais, assim a linguagem transcende o
hiato do tempo, do espaço e dos fatores sociais, tornando presente coisas
separadas por estes fatores.
E esta análise do papel da linguagem é válido não só com relação aos fatos
associados aos outros mas também ao associado “comigo”. É a linguagem um
elemento fundamental para “falar de si mesmo até conhecer a si mesmo”.
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As origens da institucionalização.
Sedimentação e tradição
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Existem papéis e responsabilidades, normalmente estipulados e aceitos pela
sociedade, de repasse desses conhecimentos, normalmente associados a alguns
símbolos ou ritos. Cabendo destacar que toda a transmissão de significado implica
em procedimentos de controle e legitimação.
Papéis
Legitimação
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As origens dos universos simbólicos: A partir do significado das coisas, do
universo simbólico, é que se objetiva a realidade. O Universo simbólico cria uma
hierarquia da mais real até a mais fugitiva da realidade. Está em contínua
transformação, desenvolvimento, crescimento ou empobrecimento, dependendo
da qualidade da metamorfose quando se interioriza alguma coisa.
A interiorização da realidade.
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interiorização consiste na percepção, interpretação, questionamento, conclusão,
argumentação de uma situação que está objetivada. É o sujeito assimilando a
realidade segundo suas interpretações e suas conclusões, decorrentes de suas
particularidades.
A socialização primária
A socialização secundária
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A conservação e a transformação da realidade subjetiva
Não existe socialização perfeitamente bem sucedida onde tudo o que está
objetivado pela sociedade se torna subjetivo para um indivíduo qualquer. E
também não há possibilidade de que toda a identidade e todo o universo simbólico
de um indivíduo ser totalmente objetivado. Então a proposta de interação total a
sociedade é impossível.
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O maior grau de socialização pode ser observado em sociedades com uma
divisão muito simples do trabalho e mínima distribuição do conhecimento. Nestas
condições as identidades produzidas pela socialização são socialmente pré-
estabelecidas. Todos têm consciência do seu papel na sociedade, não gerando
crises de identidade.
Organismo e identidade
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O homem é, na sua essência, um animal que busca a sobrevivência, tendo as
atividades de reprodução e alimentação como fundamentais. As sociedades, as
realidades construídas definem padrões para estes comportamentos, mas mesmo
com estes padrões já estabelecidos (já socialmente construídos), permanece,
mesmo no indivíduos já socializado, a dialética interna contínua entre a identidade
construída e o componente biológico. É uma dialética entendida como uma luta
entre um “eu superior” e um “eu inferior”, associados respectivamente à identidade
social e à animalidade pré-social, possivelmente anti-social.
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Conclusões:
Coexistem diversas realidades, mas a que atua como com maior intensidade na
dialética comentada é a realidade da vida cotidiana, que apresenta
comportamentos diferentes entre o homem simples e o filósofo.
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Críticas:
Não cabem aqui críticas, mas alguns comentários e questões que foram se
apresentando de forma relevante ao longo da leitura e análise da obra citada:
Um dos foco deste conflito deve residir nas organizações onde os indivíduos
trabalham. Este conflito deve/pode ser suportável enquanto estiver gerando
algum resultado que, de alguma forma, alimenta a realidade individualmente
predominante.
O mesmo ocorrendo com alguns indivíduos, que passam por processos quase
radicais de mudança, decorrente muitas vezes de reflexões pessoais que
fogem totalmente do padrão vigente na sociedade (tanto a mudança, quanto o
ato e a forma da reflexão, bem como a própria essência da reflexão).
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exemplo, parece existir um entendimento comum (construído socialmente ??)
que a cada tempo uma nova abordagem surge, uma nova visão de algum
aspecto significativo do mundo aparece. Parece existir um ciclo maior que
ordena esta mudança de paradigmas, ciclo este que é impossível ser
vivenciado e construído socialmente de forma direta, mas que para alguns
parece claro e elementar, enquanto para outros parece absurdos e
aberrações.
Bibliografia
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