O texto resume os principais pontos do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), incluindo: 1) o Fundeb substitui o Fundef e visa financiar a educação básica de forma mais ampla; 2) o Fundef teve sucesso em expandir o ensino fundamental, mas falhou em melhorar a qualidade; 3) existem desafios no Fundeb como a definição dos valores por nível de ensino e a fiscalização dos recursos.
Descrição original:
FUNDEB: NOVO FUNDO, VELHOS PROBLEMAS (LUIZ DE SOUSA JUNIOR – UFPB)
O texto resume os principais pontos do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), incluindo: 1) o Fundeb substitui o Fundef e visa financiar a educação básica de forma mais ampla; 2) o Fundef teve sucesso em expandir o ensino fundamental, mas falhou em melhorar a qualidade; 3) existem desafios no Fundeb como a definição dos valores por nível de ensino e a fiscalização dos recursos.
O texto resume os principais pontos do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), incluindo: 1) o Fundeb substitui o Fundef e visa financiar a educação básica de forma mais ampla; 2) o Fundef teve sucesso em expandir o ensino fundamental, mas falhou em melhorar a qualidade; 3) existem desafios no Fundeb como a definição dos valores por nível de ensino e a fiscalização dos recursos.
Claudemir Carlos Pereira RA 131126725 Cincias Sociais Diurno
Fichamento de Textos ODEB
Prof Dr. Silvio Henrique Fiscarelli
TEXTO 1: FUNDEB: NOVO FUNDO, VELHOS PROBLEMAS
(LUIZ DE SOUSA JUNIOR UFPB) (...) A implantao do Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e Valorizao do Magistrio (Fundeb), em substituio ao Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorizao do Magistrio (Fundef), ao que tudo indica, tem gerado expectativas positivas em toda a sociedade. Pg 1 (...) O novo Fundo, que dever atender desde as creches at o ensino mdio, constitui-se, sem sombra de dvidas, um importante passo no sentido de quebrar a poltica de focalizao dos investimentos no ensino pblico que imperou desde meados da dcada de 1990 at os dias atuais. (...) Na dcada de 1990, o Brasil realizou uma reforma de grande porte no seu sistema de ensino. Para tanto, mudanas foram efetivadas na legislao educacional, com a promulgao da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional; no currculo nacional, com a adoo dos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs), das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e o programa de formao continuada denominado Parmetros em Ao; na avaliao dos sistemas de ensino, com a criao de instrumentos avaliativos estandardizados como o Sistema de Avaliao da Educao Bsica (SAEB), Exame Nacional do Ensino Mdio (ENEM) e Exame Nacional do Desempenho de Estudante voltado para os cursos de Graduao (ENADE) e; particularmente, no financiamento da educao, com a criao do Fundef. (...) Como resultado dessa poltica de financiamento, o pas conseguiu ampliar o acesso ao ensino fundamental, chegando prximo sua universalizao, com uma taxa de atendimento de cerca de 97%. Todavia, os resultados com referncia qualidade do ensino no foram alentadores. (...) Ao redistribuir recursos proporcionais aos encargos com o alunado do ensino fundamental, a poltica focalista de financiamento pblico acabou por alimentar um asfixiamento das condies de oferta das demais etapas de ensino. Em consequncia, o Brasil entra no sculo 21 ainda com baixas taxas de atendimento das crianas de zero a trs a anos em creches, de apenas de 13,4% da populao atendida. De quatro a seis anos em pr-escolas, o atendimento 70,5%; j de 15 a 17 anos, correspondente ao ensino mdio, a populao Claudemir Carlos Pereira e-mail: ccpereira75@hotmail.com
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Fichamento de Textos ODEB Prof Dr. Silvio Henrique Fiscarelli atendida 81,9%, conforme dados do IBGE/PNAD, correspondente ao ano de 2004. Mas esses dados so piores quando desagregados por regies, especialmente nas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste do pas. (...) Nicholas Davies (2006, p. 53) aponta quatro grandes problemas ou riscos na implementao desse tipo de poltica de financiamento. Primeiro, o risco de agravarem a fragmentao da educao escolar, ao se privilegiar uma ou mais etapas da educao, desprezando-se, desse modo, a viso totalizante sobre o fenmeno educativo. O segundo risco diz respeito a inelasticidade do volume de recursos aplicados, pois sendo os fundos determinados por impostos fixos e inflexveis, estes acabam atuando como limitadores dos gastos com referncia a uma educao de qualidade, na medida em que no se baseiam nas necessidades da expanso qualitativa do ensino. (...) Davies aponta para outra fragilidade dos fundos que o fato de que estes so formados por impostos, os quais vm perdendo peso com relao a carga tributria total por conta da expanso das contribuies, que no entram no cmputo dos recursos que devero financiar a manuteno e o desenvolvimento do ensino. Um quarto e ltimo risco apontado por Nicholas Davies quanto ao uso especfico de recursos advindos de fundos o de acirrar o corporativismo dos que trabalham com a educao na medida em que podem excluir determinados setores do magistrio ou outras profissionais que atuam na escola. (...) Com efeito, a parametrizao de valor do custo-aluno, por nveis e modalidades, deve resultar em ampliao ou reduo das receitas estaduais e municipais alterando assim o chamado pacto federativo em seu principal componente: a distribuio de recursos aos entes federativos. (...) A verso final do Fundeb representa um inegvel avano quando comparado ao texto original apresentado pelo Poder Executivo atravs da PEC 415/05. Observa-se que houve diminuio do perodo de transio para a integralizao do fundo, particularmente no que se refere participao da Unio na complementao de recursos, ampliao dos recursos federais para complementao do Fundeb, alm de continuidade da incluso das creches, que sofreu riscos de ficar de fora do novo Fundo. (...) Em primeiro lugar, no se encontra resolvida a contento a questo dos valores do custoaluno. No caso das creches, embora no tenha ocorrido essa excluso, o fato que o valor do custo-aluno determinado tanto para creches e pr-escola, bem abaixo do ensino fundamental e Claudemir Carlos Pereira e-mail: ccpereira75@hotmail.com
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Fichamento de Textos ODEB Prof Dr. Silvio Henrique Fiscarelli mdio, e contrariando as pesquisas realizadas quanto aos valores das diversas etapas e nveis da educao bsica, significa, na prtica, um freio no sentido de expanso dessas matrculas. (...) Ocorre que a definio dos valores por nveis e etapas envolve a disputa dos entes federativos pelos recursos do Fundo. A falta de um regime de colaborao entre estados e municpios pode levar a competio predatria, fato verificado na vigncia do Fundef. De qualquer modo, num primeiro momento, os estados sairo beneficiados com a implantao do Fundeb tambm porque sua participao nas matrculas do Fundo, conforme dados do Censo Escolar 2005, ser de 47,3%. Se fossem tomadas apenas as matrculas do ensino fundamental essa participao seria de 40,3%. J a participao dos municpios cair doa atuais 59,7% para 52,7%. (...) Um segundo impasse refere-se fixao de um piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistrio pblico, e no apenas dor professores; (...) Mesmo assim, existem manifestaes contrrias fixao desse mnimo nacional com o argumento de que devido heterogeneidade das contas pblicas dos mais de 5 mil municpios no h como garantir tal valor indistintamente sem que o nus no incida mais fortemente sobre os municpios e estados economicamente mais frgeis. (...) Sobre a fiscalizao e controle social reside uma das principais preocupaes com relao ao futuro do Fundeb. Os Conselhos de Acompanhamento e Controle Social do Fundef mostraram-se pouco eficientes para exercer a fiscalizao dos recursos nele empregados. Diversos foram os motivos para o fracasso na poltica de controle social dos recursos da educao. Porm podem-se destacar as duas mais importantes: o carter estatal dos conselhos, com maioria dos representantes do poder pblico com assento nas reunies e a falta de capacitao da maioria dos representantes da sociedade civil no domnio nas tcnicas oramentrias. (...) Vrios dispositivos foram adicionados com o propsito de garantir a independncia dos Conselheiros tais como a necessidade de processo eletivo organizado pelos pares quando se tratar de representantes dos professores, diretores, servidores, pais de alunos e estudantes, pelos estabelecimentos ou entidades de mbito nacional, estadual ou municipal, conforme o caso, em processo eletivo organizado para esse fim pelos respectivos pares, bem como restries pra participao nos conselhos de candidatos que mantenham algum tipo de vnculo, seja por parentesco ou por interesses econmicos, com o Poder Pblico. Claudemir Carlos Pereira e-mail: ccpereira75@hotmail.com
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Fichamento de Textos ODEB Prof Dr. Silvio Henrique Fiscarelli (...) Uma medida bastante salutar refere-se obrigatoriedade de eleio do presidente dos conselhos por seus pares em reunio do colegiado e o impedimento de ocupar a funo o representante do governo gestor dos recursos do Fundo no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. (...) Um dos principais objetivos do Fundef o de municipalizar as matrculas do ensino fundamental obteve xito. A realocao de recursos que o fundo estimulou contribuiu para aumentar o nmero de matrculas nas redes municipais de educao no ensino fundamental promovendo assim uma crescente municipalizao do ensino e consequentemente um decrscimo nas redes estadual e privada. (...) Mas, por outro lado, observou-se que essa poltica financeira, por priorizar apenas uma etapa da educao, causou prejuzo a outras etapas e modalidades ofertadas pelas Secretarias municipais de educao dessas duas redes, como o caso da pr-escola, das creches e da educao de jovens e adultos. (...) Percebe-se, contudo, que ao favorecer mais as redes estaduais, que devero repassar menos recursos para os municpios, o Fundeb dever contribuir mais rapidamente para a universalizao do ensino mdio. A educao infantil continua com uma poltica claudicante no tocante ao seu financiamento, o mesmo acontecendo com a educao de jovens e adultos. (...) Quanto valorizao do magistrio, o cenrio no se mostra to promissor quanto o esperado. De fato, a proposta de piso salarial nacional uma das principais reivindicaes do magistrio embora tambm possa ser considerada um avano no atendeu plenamente aos anseios da categoria e ser elemento de disputa nos prximos meses. (...) Finalizando, preciso ter claro que a injeo de novos recursos nos estados e municpios no significa, por si s, melhoria da educao. necessrio fiscalizao e controle na aplicao desses recursos e cobrana de resultados notadamente no que se refere a melhorias dos indicadores de quantidade e de qualidade da educao bsica.
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TEXTO 2: AVALIAR A QUALIDADE EM EDUCAO: AVALIAR O
QU? AVALIAR COMO? AVALIAR PARA QU? (BELMIRO GIL CABRITO)
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