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Identidade

ESCOLA DR. JOÃO DE ARAÚJO CORREIA

Ana Margarida Carvalho Quintela | Psicologia | 2020/2021 | Peso da Régua

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Índice
Introdução....................................................................................................................................2
Conceito de identidade pessoal.....................................................................................................3
O processo de construção da identidade.......................................................................................3
Socialização.................................................................................................................................5
Socialização primária e secundária..........................................................................................6
Socialização primária...........................................................................................................6
Socialização secundária........................................................................................................6
A importância da adolescência na construção da identidade........................................................6
Identidade(s) e papéis sociais.......................................................................................................9
A identidade e os outros: os pais, a família, o grupo de pares, os professores, os colegas, os
meios de comunicação social......................................................................................................10
Agentes de socialização:.........................................................................................................10
Diferentes tipos de identidade: pessoal, social e cultural.............................................................12
Identidade e inscrição mental das histórias de vida.....................................................................12
Conclusão....................................................................................................................................13
Bibliografia................................................................................................................................14

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Introdução
Neste trabalho irei tratar o tema “Identidade”, este tem como objetivo ensinar-me e
ajudar-me a compreender que a identidade é um processo que especifica cada ser
humano, torna-nos únicos, a partir da história da nossa mente.

Todos nós temos um nome, todos nós temos um idioma, todos nós temos uma
personalidade, todos temos algo que nos diferencia dos outros e que ao mesmo tempo
nos aproxima, de forma a que nos integremos numa dada sociedade. O que nos
distingue dos outros são as nossas experiências e vivências, muitas das vezes essas
experiências são realizadas em conjunto com as pessoas que estão à nossa volta, irei
explicar cada uma delas mais para a frente.

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Conceito de identidade pessoal
A identidade pessoal ou individual é uma construção dinâmica da unidade da
consciência de si, através das relações intersubjetivas,
das comunicações da linguagem e das experiências
sociais. A identidade é um processo ativo, afetivo e
cognitivo de representação de si no meio que o rodeia,
associado a um sentimento subjetivo da sua
permanência. O que permite perceber a sua vida como
uma experiência que tem uma continuidade e uma
unidade, e agir em consequência. Esta leva-nos a pensar em cada um de nós como uma
singularidade irrepetível, dotada de carateres que nos diferenciam de todos os demais. A
identidade pessoal é sexuada: a maneira de habitar o seu corpo e de assumir a sua
identidade de género depende da incorporação dos objetos libidinais, mas também dos
efeitos de atribuição socioculturais dos papéis masculino e feminino. Os atos, as
criações, as posses, mas também a diferenciação, as confrontações e os compromissos
são meios para significar a marca da sua identidade pessoal. A articulação destas
múltiplas facetas depende da coerência e do dinamismo do princípio organizador das
adaptações, que regula as interações entre as mudanças da vida e do meio ambiente. De
uma forma mais simplificada a identidade pessoal é o conjunto das perceções,
sentimentos e representações que uma pessoa tem de si própria, que lhe permitem
reconhecer e ser reconhecido socialmente. É o que é essencial numa pessoa.

O processo de construção da identidade


A construção da nossa identidade é uma constante
da vida, um processo que dura todo o ciclo vital.

Sendo a identidade o resultado de uma relação


dialética permanente entre o indivíduo, os outros
e o meio em que se insere, resultará, pois, de um
processo de construção que se nos representa

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deverá integrar estes elementos. Como se constroem então as formas identitárias é a
questão que de imediato se nos coloca.

Interessa-nos encontrar a resposta para esta nossa questão, uma vez que entendemos que
a identidade de cada um de nós é o que nos permite reconhecermo-nos enquanto o que
somos ao longo dos tempos, mas é também fruto das interações que com os outros
estabelecemos e que nos permitem construir de nós uma imagem, uma ideia que irá
evoluindo e que nos permite fazer parte de um grupo determinado.

Esta necessidade de vermos a construção da identidade inserida num processo mais


vasto de interações com os outros é algo que perpassa nas afirmações que diferentes
autores fazem sobre o processo de construção da identidade. Assim:

– Ruano-Borbalan (1998:2) diz que a identidade se “estabelece


sobre critérios de relações e de interações sociais” e que “os
estudos contemporâneos nos lembram todos, com insistências,
de que a imagem e a autoestima, as identidades comunitárias ou
políticas se elaboram nas interações entre os indivíduos, os
grupos e as suas ideologias”

– Dubar (1997:118) ao falar de definição geral de identidade diz que


esta “não é ‘transmitida’ por uma geração à seguinte, ela é construída
por cada geração com base em categorias e posições herdadas da
geração precedente, mas também através das estratégias identitárias
desenroladas nas instituições que os indivíduos atravessam e para
cuja transformação real eles contribuem”.

Para Tap (1998:65) existem seis características, que podemos ter em conta na
construção da identidade, a saber: 1) a continuidade, 2) a representação que tenho de
mim próprio e que os outros têm de mim, 3) a unicidade, 4) a diversidade, 5) nós somos
o que fazemos, 6) a autoestima. Qualquer uma destas características será importante
para a construção de cada um de nós, sendo, no entanto, de relevar, tal como o fizemos
ao longo do ponto anterior quando procuramos entender a noção de identidade, o
elemento continuidade que nos permitirá conhecermo-nos e reconhecermo-nos ao longo
da nossa vida.

Por último Tap afirma que a identidade estará necessariamente ligada à visão positiva
de si, à autoestima. E a autoestima será importante pois será este elemento que nos

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permitirá ter de nós e gerar mesmo uma visão positiva de si que se pretende que os
outros partilhem. Estas seis características servirão, pois, para a construção da
identidade de acordo com Tap que, de novo, nos diz que a construção da identidade não
é algo meramente individual ela é algo que se partilha com os outros e que ocorre
atravessando a vida de cada um de nós.

Por outro lado, o psicólogo americano Erik Erikson


(1902-1994) sublinhou que a adolescência é um
momento particular de formação da identidade. Para
ele, a génese da identidade inscreve-se sempre numa
relação interativa com o outro. É o encontro com o
outro que permite a definição de cada um por
identificação e/ou oposição. No livro “A Infância e a
Sociedade” (1950) Erikson descreve o nascimento da identidade pessoal como um
processo ativo e conflitual em que intervêm as dimensões sociais (modelos sociais com
os quais o indivíduo se quer conformar) e psicológicas (o ideal do eu) conscientes e
inconscientes. A identidade afirma-se da infância à idade adulta por estádios sucessivos
marcados por crises e reformulações. Erikson descreveu oito estádios de evolução desde
a primeira infância à idade adulta. Cada crise é uma luta entre alcançar uma qualidade
psicológica ou falhar esse objetivo, ou seja, cada conflito confronta duas possibilidades
como pares de qualidades psicológicas. Um dos pares é adaptativo e o outro designa um
certo grau de desadaptação. A “crise da adolescência” é a fase mais crítica, pois o
problema mais importante que o adolescente tem de enfrentar é construir uma
identidade pessoal e um papel social, tendo como objetivo destacar-se no universo pré-
adolescente para assim aceder ao mundo dos adultos.

Socialização
É um processo de aprendizagem pelo qual cada um de nós aprende as regras e praticas
da nossa cultura. Todos nós nos socializamos no seio das instituições que integramos
através da aprendizagem, da imitação e identificação. É por ela que nos adaptamos à
sociedade em que vivemos, não há humanidade sem socialização ou aprendizagem
cultural, é a sociedade que torna o Homem humano, sem ela as nossas condutas seriam
puramente animalescas. A socialização é um processo contínuo e interminável.

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Nada do que fazemos poderá ser visto como um capricho subjetivo, tudo deve ser
analisado dentro do contexto socializante que nos formou culturalmente, há assim uma
previsibilidade nos nossos comportamentos para os restantes membros do grupo.

Socialização primária e secundária

Embora a Socialização ocorra durante toda a vida, é habitual referirem-se dois tipos de
socialização: a socialização primária e a secundária.

Socialização primária

É onde a criança aprende e interiorizar a


linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral
e os modelos comportamentais do grupo a que se
pertence. A socialização primária tem um valor
primordial para o indivíduo e deixa marcas muito
profundas em toda a sua vida, já que é aí que se
constrói o primeiro, mundo do indivíduo. É essencial na construção do caráter do
indivíduo.

Socialização secundária

É todo e qualquer processo subsequente que introduz um


indivíduo já socializado em novos setores, do mundo objetivo da
sua sociedade (na escola, nos grupos de amigos e amigas, no
trabalho, nas atividades dos países para os quais visita ou emigra,
etc.), existindo uma aprendizagem das expectativas que a
sociedade ou o grupo depositam no indivíduo.

A importância da adolescência na construção da identidade


O que é a adolescência?

Embora possa parecer estranho, ainda não existe um consenso suficientemente


generalizado quanto à definição do que
é a adolescência. Em traços gerais,
poderíamos dizer que este termo se

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refere à etapa que decorre entre a infância e a idade adulta. Mas esta abordagem quase
não esclarece o que significa a adolescência e, muito menos, o que implica e provoca
nos que, por assim dizer, mais a sofrem: os adolescentes.

Olhando para trás no tempo, podemos assegurar que a adolescência só começou a ser
considerada uma etapa diferenciada do nosso ciclo de vida no princípio do século XX.
As mudanças sociais que tiveram lugar naquela época, como a proibição do trabalho
infantil ou a obrigatoriedade escolarização, foram determinantes para que, pela primeira
vez, a adolescência fosse vista como uma etapa da vida com entidade própria.

Do ponto de vista etimológico, a palavra «adolescência» deriva do latim adolescere,


cujo significado é «atingir a idade adulta embora alguns especialistas também
encontrem as suas raízes na palavra «adoecer», em referência «à carência de algo» para
se ser adulto, ainda que fisicamente se possa parecê-lo.

De um ponto de vista cronológico a adolescência é um período da vida com cerca de


oito anos de duração que, por sua vez, se pode dividir em três etapas:

Primeira adolescência - etapa entre os 12 e os 14 anos, na qual ocorre a maior parte das
alterações físicas e biológicas, que se manterão durante toda a adolescência.

Adolescência intermédia - etapa entre os 15 e os 17 anos, em que as alterações do


estado de espírito e emocionais adquirem uma maior intensidade e frequência.

Adolescência tardia - dos 18 aos 20 anos, quando aumenta o envolvimento em


comportamentos perigosos, tais como o consumo de drogas, a condução temeraria ou os
comportamentos sexuais de risco.

O problema é que esta definição temporal, ao não ser linear nem homogénea, faz com
que nos deparemos com uma inusitada variabilidade nas diferentes épocas e culturas, e
inclusivamente no seio de uma mesma sociedade.

Se há uma palavra que define a adolescência, é alteração: alterações hormonais, físicas,


psicológicas e sociais. Com efeito, esta fase de alterações, que serão extremamente
importantes para a criança que deixou de o ser ou para o adulto em que se vai
transformar, é uma das principais diferenças entre a adolescência e as outras etapas da
vida.

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As alterações psicológicas são inseparáveis das alterações físicas e fisiológicas que têm
início com a puberdade e que o adolescente tenta integrar na sua própria identidade.

De uma perspetiva evolutiva a adolescência concebida como o estádio do


desenvolvimento do ser humano cujo aspeto fundamental é a reestruturação das
capacidades cognitivas: o período em que se verifica o desenvolvimento do pensamento
formal permitirá ao adolescente afastar-se da realidade, pensar de forma soluções
abstratas, formular hipóteses, procurar novas soluções e, em suma, amadurecer. Assim,
as preocupações e os conflitos expressados pelos adolescentes e o uso que fazem das
suas para os enfrentar incluem um vasto conjunto de estilos cognitivos e capacidades
que refletem diferentes níveis de pensamento concreto e abstrato.

A maturação cognitiva está, portanto, associada a um aumento significativo da


capacidade de atenção e da memória ao desenvolvimento
de melhores capacidades metacognitivas, isto é, do
próprio processamento cognitivo, do autocontrolo e da
autorregulação, a um aumento da velocidade de
processamento da informação e ao aperfeiçoamento das
estratégias para organizar essa informação. Entre outras
coisas, estas alterações e as novas capacidades cognitivas fazem com que as relações
sociais se tornem mais complexas, o que aumenta progressivamente necessidade de
novas capacidades sociais.

Então como já vimos anteriormente, Erikson dividiu o desenvolvimento em oito


estádios psicossociais a que chamou “idades da vida”, mas deu especial atenção ao
período da adolescência.

Este formulou 4 fases no processo de formação da identidade do adolescente

1.Difusão da identidade (nenhum compromisso, nenhuma crise) Os indivíduos evitam


compromissos, não consideram seriamente nenhuma opção. Sentem pouca confiança
em si mesmos, parecem à deriva, sem objetivos, confusos ou intimidados pela tarefa de
encontrar uma identidade própria, não desenvolvendo esforços nesse sentido. Podem,
contudo, ter experimentado diversas identidades sem se fixarem em nenhuma.

2.Identidade outorgada (compromisso sem crise) Os indivíduos possuem uma


identidade maioritariamente determinada pelos adultos e não pela exploração pessoal de

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alternativas. Há compromisso com uma vocação profissional ou com posições
ideológicas, mas não parecem ter passado por nenhuma crise de identidade. A sua
identidade não é uma construção pessoal, mas a adoção de padrões identitários
definidos pelos adultos.

3.Moratória psicossocial (crise, mas ainda sem um compromisso) Os indivíduos


encontram-se ainda numa fase de experimentação de alternativas e possibilidades, não
desenvolveram uma identidade própria, mas procuram-na ativamente. Moratória não
significa espera passiva pelo momento da decisão, mas dar tempo a esse momento. O
adolescente pode parecer à deriva, mas, no fundo, está à procura do que é e vai ser.

4.Realização da identidade (crise que conduz a um compromisso) Exploradas diversas


alternativas, escolheu-se, deliberadamente, uma determinada identidade. Ponderou-se a
escolha a fazer e agora trata-se de tentar realizar o objetivo definido.

Identidade(s) e papéis sociais


Conceito de papel: é o comportamento que os outros esperam de nós em função do
estatuto que possuímos (os nossos deveres perante os outros). Estes papéis estão
socialmente definidos e são por isso mesmo passíveis de avaliação dos restantes
membros dos grupos. O papel depende do estatuto social.

Entende-se que os papéis que adquirimos nas nossas experiências e relações vão
designar o modelo de comportamento que caracteriza nosso lugar na sociedade. Esses
papéis podem ser objetivos ou subjetivos. Isso
significa que a objetividade e a subjetividade
configuram-se como um processo dialético de
desenvolvimento da configuração social, dinâmico, e
está em constante interação na vida do indivíduo,
como ser histórico, capaz de promover
transformações sociais, visto que o desempenho do papel nunca é solitário.

Além disso, dependendo do papel que o indivíduo exerce, ele adquire um lugar na
sociedade que é denominado de status, que, juntamente com os papéis sociais,
determinam sua posição social. Então, papel é o comportamento, a ação, enquanto que o
status é o prestígio que se adquire. Nesse sentido, os papéis que desempenhamos e os

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status que acreditamos ter, diante da sociedade, explicam nossa individualidade, nossa
identidade social e consciência de-si-mesmo que adquirimos, a partir das nossas
relações sociais.

Estatuto atribuído: estatuto social de um indivíduo que não depende da sua vontade, que
lhe foi imposto. EX: sexo, família de origem. SOCIEDADES TRADICIONAIS

Estatuto adquirido: estatuto social de um indivíduo que resulta das ações desenvolvidas
para o atingir. SOCIEDADES MODERNAS

As possibilidades de aquisição de novos estatutos, tais como os profissionais, são


bastante condicionadas pelos estatutos atribuídos com base no sexo, na idade, na raça,
no parentesco e/ou na riqueza.

A importância dada ao estatuto reflete-se bastante nas formas de tratamento que se


convencionou, socialmente, dar a algumas pessoas com o estatuto social mais elevado.
Assim, os estatutos que os indivíduos ocupam condicionam os seus comportamentos e a
forma como interagem uns com os outros.

Tomemos como exemplo um homem solteiro e trabalhador que desenvolve


determinados papéis sociais nos diferentes locais que frequenta. Assim, no trabalho,
dependendo de seu status, por exemplo, “gerente”, ele exerce a função que lhe é
atribuída (gerir, organizar a equipe, analisar o trabalho dos outros), da mesma forma que
nos grupos religiosos, em casa e nos locais de lazer, seu comportamento ou papel social
é determinado pela posição que ocupa na estrutura social nos fornecendo um padrão de
conduta.

Da mesma maneira, uma mulher que tem filhos e trabalha numa loja desempenha os
papéis sociais específicos que lhe são atribuídos como mãe (cuidar dos filhos, gerir a
trabalho da casa), esposa e no meio profissional (vendedora de artigos).

A identidade e os outros: os pais, a família, o grupo de pares, os


professores, os colegas, os meios de comunicação social
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO: tudo aquilo que
promove o processo de socialização. Desta forma,

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contribuem diretamente para a aprendizagem social, embora de formas diferentes ao
longo da vida do indivíduo. Os principais agentes de socialização são: a família, a
escola, os meios de comunicação e ainda diversas organizações sociais (partidos
políticos ou clubes desportivos, por exemplo).

Família: É o primeiro e principal agente de socialização: é geralmente no seio da família


que a criança aprende a comunicar, a alimentar-se e a cuidar da sua higiene, enquanto
vai também identificando e assimilando valores, regras e atitudes que vão moldando a
sua personalidade e que contribuem para a sua futura aceitação social.

Escola: Tem-se tornado um agente de socialização cada vez mais importante, o que se
deve ao tempo que as crianças e os jovens passam lá. De facto, desde muito cedo
(cinco/seis anos em Portugal), as crianças entram em contacto com a escola. Esta
permite a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competências que são
indispensáveis nos dias de hoje, como por exemplo: ler e escrever, falar pelo menos
uma língua estrangeira, dominar as novas tecnologias de informação, etc.

Meios De Comunicação Social: Assumem um crescente e forte protagonismo como


fontes de informação e entretenimento e, consequentemente, como agentes de
socialização.

Grupo social: Conjunto de indivíduos que, dado partilharem objetivos e interesses


semelhantes, estabelecem entre si relações diretas, contínuas e duradouras. Estas
mesmas relações levam a que o grupo construa uma estrutura e uma identidade próprias
e a que os seus membros desenvolvam um sentimento de pertença ao grupo.

Deste modo, os grupos sociais não são simples conjuntos de indivíduos que se
encontram por acaso, por exemplo, num autocarro ou num espetáculo.

Caraterísticas dos grupos sociais: Objetivos e interesses comuns; Identificação; Valores


e normas; Relações mútuas; Estrutura; Diferenciação de papéis; Duração.

A identidade de um grupo social é muitas vezes expressa por uma certa unidade na
forma de pensar, de agir e de reagir que decorre da própria interação. Nalguns casos, a
estrutura do grupo pode levar à criação de regras próprias e de sanções (por exemplo,
pressões psicológicas) para os membros que violem as regras estabelecidas.

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Diferentes tipos de identidade: pessoal, social e cultural
IDENTIDADE PESSOAL: envolve a perceção subjetiva que o sujeito tem da sua
individualidade.

IDENTIDADE SOCIAL: resulta da interação que constantemente estabelecemos com o


meio social em que estamos inseridos, e que ajuda a definir a nossa consciência social.

IDENTIDADE CULTURAL: o sujeito reconhece-se através dos valores que partilha


com a sua comunidade.

Identidade e inscrição mental das histórias de vida


A relação dos seres humanos e o seu mundo tem uma temporalidade, ou seja, uma
história. Quando se diz que os seres humanos e o seu mundo possuem uma
temporalidade também se diz que possui uma história. No decorrer desta história o
individuo interage com o mundo. Desde que o ser humano nasce e se relaciona com o
meio e com os outros muda-o, mas o mundo também sofre mudanças em cada momento
que percorremos.

Nesta relação do ser humano com o mundo desenrolam-se no tempo, que é encarado de
diferentes perspetivas, sendo 3 temporalidades:

1º- Liga-se aos seres humanos enquanto membros de uma espécie, através da evolução
da espécie, das características que partilhamos com outros seres humanos.

2º Liga-se à história das interações sociais e transformações em termos de organização


social. O meio sociocultural onde ocorrem interações entre indivíduos sendo
fundamental a construção da identidade. (esta dependente da cultura)

3º A temporalidade psicológica. Liga-se às interações vividas por cada individuo, e a


forma como lhes dá sentido construindo uma forma de ser própria

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Conclusão

Por fim, podemos concluir que o ser o humano não é de todo um ser isolado.
Simultaneamente, ele é um ser individual e coletivo, pois ele depende dos agentes
socializadores.

É através dos outros que ampliamos as nossas relações e é através dessas mesmas
relações que vamos obtendo, ao longo do tempo, diversas identidades e papeis sociais,
determinando assim o nosso estatuto social na sociedade onde estamos inseridos.

Ao compreendermos estes fenómenos sociais, temos a capacidade de explicar porque


somos e como somos e entender, então, a nossa identidade.

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Bibliografia/Webgrafia
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