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Indice

Introdução..........................................................................................................................2

Administração Pública.......................................................................................................3

Modelos de Administração Pública...................................................................................3

Formas de organização da Administração Pública............................................................4

Princípios Fundamentais da Administração Pública.........................................................4

Poderes da Administração Pública em Moçambique........................................................5

2.2.1. Princípios de Actuação da Administração Pública em Moçambique.............6

Politica de Remuneração...................................................................................................7

Remuneração.....................................................................................................................7

Os componentes da remuneração total..............................................................................8

Classificação das recompensas..........................................................................................8

Percursos profissionais e necessidades organizacionais..................................................10

O papel do indivíduo no desenvolvimento de sua carreira..............................................11

Teoria Desenvolvimentista..............................................................................................12

Normas de funcionamento de serviços em Moçambique................................................13

Princípio da colaboração da administração pública com os particulares........................14

Princípio da participação dos particulares.......................................................................14

Princípio da celeridade do procedimento administrativo................................................15

Conclusao........................................................................................................................17

Referencias Bibliográficas...............................................................................................18

1
Introdução

A Administração Pública em Moçambique representa um pilar fundamental para a


gestão e execução das políticas governamentais, desempenhando um papel essencial na
estruturação e funcionamento do país. Neste trabalho, exploraremos os princípios,
estrutura e os poderes que norteiam e impulsionam a Administração Pública em
Moçambique.

O tema politicas de remunercao,eatrategia de recursos humanos e enquadramento legal


das recompesas, iremos abordar de forma clara e explicita o que é apolitica de
remuneracao, quais são os tipos de remuneracao e como ela funciona na verdade.

A evolução dos mercados de trabalho tem trazido espaço para uma acepção de carreira
algo diferente e que resulta essencialmente da conjugação de duas componentes da
perspectiva de “carreira externa”: por um lado, as oportunidades e, por outro lado, as
opções ou interesses próprios. Esta acepção de carreira corresponde fortemente à ideia
de trajectória ou percurso profissional, enquanto acumular de experiências de trabalho e
aprendizagens ao longo da vida, privilegiando a responsabilidade do indivíduo,
independentemente das organizações onde ocorre e até da profissão (cf. Gomes et al.,
2008).

Quando se fala em Administração Pública, tem-se presente todo um conjunto de


necessidades coletivas cuja satisfação é assumida como tarefa fundamental para a
coletividade, através de serviços por esta organizados e mantidos. Onde quer que exista
e se manifeste com intensidade suficiente uma necessidade colectiva, aí surgirá um
serviço público destinado a satisfaze-la, em nome e no interesse da colectividade.

2
I

Administração Pública

A expressão “administração pública” pode referir-se a diferentes contextos e


diferentes significados, não apenas pela complexidade da sua acção, mas também pelas
reformas progressivas que o Estado moderno vem sofrendo ao longo dos tempos, com
vista a assegurar a prossecução dos seus fins.

MEIRELLES (2004: 59) sublinha que a Administração Pública deve ser


concebida considerando dois sentidos:

1) Formal, subjectivo ou orgânico - entendido como o conjunto de órgãos


instituídos para a prossecução dos objectivos do Estado, isto é, a designação das
pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer a função
administrativa em qualquer um dos poderes (Legislativo, Executivo e
Judiciário). É ao que se refere a primeira das três situações anteriores; e
2) Material, objectivo ou funcional - entendido como o conjunto das funções
necessárias aos serviços públicos em geral, isto é, designa a natureza da
actividade exercida pelos entes públicos. Nesse sentido, a administração pública
é a própria função administrativa que incumbe, predominantemente, ao Poder
Executivo. É ao que se refere a segunda das três situações anteriores.

Modelos de Administração Pública

A literatura concorda, na sua maioria, com a existência de três modelos que


corporizam a evolução da Administração Pública, nomeadamente:

a) Administração Pública Patrimonialista : que vigorou até ao início do século


XIX, era caracterizada pelo carácter personalista do poder, pela lógica subjectiva
e minuciosa do sistema jurídico, pela irracionalidade fiscal e pela tendência à
corrupção do quadro administrativo, isto é, ausência de limites entre os bens e
recursos públicos e privados, clientelismo, corrupção, nepotismo, entre outras
práticas, tendo em conta a precariedade na diferenciação entre as esferas
públicas e privadas (CAMPANTE, 2003).
b) Administração Pública Burocrática : do final do século XIX até finais do
século XX, concebida para promover a impessoalidade e eficiência face a
arbitrariedade patrimonialista. Neste caso, era caracterizada baseada por defesa

3
aos princípios da formalidade, impessoalidade e profissionalismo, como base
para o carácter racional das regras que norteiam as condutas dos agentes
públicos e da separação entre as esferas públicas e privadas (WEBER, 1999).
c) Administração Pública Gerencial: desde finais do século XX, que tem foco
em resultados, orientação para o cidadão-consumidor e a capacitação de recursos
humanos. As inovações introduzidas por ela no aparato estatal foram a
descentralização de processos e a delegação de poder. Assim, as características
foram abertura de mercado, desregulamentação, privatização, bem como focos
na economia/eficiência, eficácia/qualidade e equidade/accountability (KETTL,
2005: 85).

Formas de organização da Administração Pública

De acordo com MELLO (2004: 139), a Administração Pública pode ser


organizada de duas formas:

1. Directa ou Centralizada, quando constituída pelos serviços integrados na


estrutura dos órgãos principais do Estado. Na prática, a centralização ocorre
quando o Estado executa suas tarefas por meio dos órgãos e agentes integrantes
da administração directa, através da pessoa política que representa a
Administração Pública competente. Por exemplo: os ministérios, governos
provinciais, distritais, entre outros.
2. Indirecta ou Descentralizada, quando constituída por aquelas actividades ou
competências, em que o Estado descentraliza o seu desempenho para outras
pessoas jurídicas de direito público ou privado. Para DI PIETRO (2004: 349), a
descentralização implica a transferência do poder decisório para os agentes
locais da administração, ou distribuição de competências de uma pessoa para
outra pessoa física ou jurídica. Por exemplo: autarquias locais, fundações
públicas, empresas públicas, entre outras.

Princípios Fundamentais da Administração Pública

A maioria dos autores (MEIRELLES, 2004, MELLO, 2004) defende cinco


princípios fundamentais da Administração Pública, designadamente:

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1. Princípio da Legalidade: estabelece que a actuação da administração pública
necessita estar prevista na lei. Esta deve agir quando, como e da forma que a lei
determinar.
2. Princípio da Moralidade: estabelece que a administração pública impõe ao
agente que pratica o acto administrativo um comportamento ético, moral e
jurídico adequado.
3. Princípio da Impessoalidade: estabelece que a actuação da administração
pública não se confunde com a pessoa física do seu agente. Exige-se que o acto
seja sempre praticado com finalidade pública.
4. Princípio da Publicidade: estabelece a imposição legal da divulgação dos actos
administrativos, de modo a tornar obrigatória a sua observância. No entanto,
nem todos actos administrativos necessitam ser publicados para serem válidos.
São os casos da segurança nacional, investigação policial, entre outros.

Princípio da Eficiência: estabelece que os actos da administração pública devem ser


desempenhados visando a melhor relação custo/benefício na gestão dos recursos
públicos, ou seja, deve-se observar o máximo de proveito, com o mínimo de recursos
humanos, materiais e financeiros com destinação pública.

Poderes da Administração Pública em Moçambique

Como na maioria dos países do mundo, a Administração Pública moçambicana


é, actualmente, composta por três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, que
funcionam em regime de “coordenação constitucional” para o desenvolvimento
económico a partir de um processo de reformas visando a modernização e melhoria da
capacidade do Estado.

 Poder Executivo – responsável pela execução das leis e políticas, e liderado


pelo Chefe do Estado ou Governo. No âmbito da Administração Publica, este
poder se concentra na aplicação das leis, implementação de políticas e
administração dos recursos públicos para atender as necessidades da população.
 Poder Legislativo – encarregado de criar, alterar e revogar leis, e exercido pelo
parlamento, dependendo do sistema politico. No âmbito da Administração
Pública, esse poder participa da criação das leis que regem o funcionamento do
Estado, aprovação do orçamento público e fiscalização das acções do Poder
Executivo.

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 Poder Judiciário – responsável pela interpretação e aplicação das leis, garante
justiça e a legalidade. No contexto da Administração Publica, o Poder Judiciário
actua na resolução de conflitos, garantindo que as leis sejam aplicadas de forma
justa e que os direitos dos cidadãos sejam protegidos. E também responsável de
julgar casos que envolvem o Estado e os cidadãos.

2.2.1. Princípios de Actuação da Administração Pública em Moçambique


Na sua actuação, nos termos do artigo 248 da CRM (2018), a Administração
Pública em Moçambique serve o interesse público e respeita os direitos e liberdades
fundamentais dos cidadãos, pelo que os seus órgãos obedecem à Constituição e à lei
com respeito pelos princípios da igualdade, da imparcialidade, da ética e da justiça. De
acordo com o capítulo II do Decreto nº 30/2001, de 15 de Outubro, os princípios da
actuação da Administração Pública em Moçambique, são:

1) Legalidade;
2) Prossecução do interesse público e protecção dos direitos e interesses dos
cidadãos;
3) Justiça e imparcialidade;
4) Transparência da Administração Pública;
5) Colaboração da Administração com os particulares;
6) Participação dos particulares;
7) Decisão;
8) Celeridade do procedimento administrativo;
9) Fundamentação dos actos administrativos;
10) Responsabilidade da Administração Pública; e
11) Igualdade e proporcionalidade.

Questoes

1. Qual ee o Modelo usado em Mocambique?

R: O modelo usado de princípio de atuação da administração pública em Moçambique é


baseado nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.

2. Qual ee o objectivo do modelo societal?

6
R: O objetivo do modelo societal é promover o desenvolvimento social, garantir a
equidade e a justiça, e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

3. Vantagens e desvantagens da centralizacao e descentralizacao?

R: Vantagens da centralização:

 Maior controle e coordenação das atividades.


 Tomadas de decisão mais rápidas.
 Padronização e uniformidade nas políticas e procedimentos.

Desvantagens da centralização:

 Pouca flexibilidade e adaptabilidade às necessidades locais.


 Sobrecarga de trabalho para a administração central.
 Falta de motivação e envolvimento dos funcionários locais.

Vantagens da descentralização:

 Maior proximidade com as necessidades locais e melhor compreensão dos


problemas.
 Maior participação e envolvimento dos funcionários locais.
 Resposta mais rápida e eficiente às demandas locais.

Desvantagens da descentralização:

 Possibilidade de inconsistência nas políticas e procedimentos.


 Duplicação de recursos e esforços em diferentes níveis.
 Menor controle central sobre as atividades.
II

Politica de Remuneração

A política de remuneração é um conjunto de regras e critérios que orientam as


práticas de remuneração da empresa. Ela pode abranger as regras para a gestão de
salários e benefícios, bem como os critérios para a prática de remuneração variável,
bônus, e demais recompensas financeiras e não financeiras.

7
Remuneração

É o processo que envolve todas as formas de pagamento ou de recompensas dadas


aos funcionários e decorrentes do seu emprego.

Chiavenato (2001, p. 257): “ A remuneração é o pacote de recompensas


quantificáveis que o empregado recebe pelo seu trabalho, que inclui três componentes
básicos: remuneração básica, incentivos salariais e remuneração indireta”.

A palavra remuneração tem sua origem na Antiguidade, antes de Cristo. No reinado


de Nabucodonosor, os trabalhadores envolvidos na produção de tecidos recebiam
salários de incentivos para desenvolver suas tarefas (RIBEIRO, 2006).

Os componentes da remuneração total

Algumas delas enfatizam a remuneração básica, outras preferem enfatizar incentivos


salariais em um composto de remuneração variável em sintonia com a contribuição de
cada funcionário ao negócio:

 Remuneração básica, que é o pagamento fixo que o funcionário recebe de


maneira regular na forma de salário mensal ou salário por hora.
 Incentivos salariais, que são programas desenhados para recompensar
funcionários com elevado desempenho que alcançam objetivos predefinidos e
contribuem direta ou indiretamente para o resultado final da organização
 Incentivos não financeiros. Distribuição de ações, Opção de compra de ações e
Participação em metas resultados Prêmios em viagem Prêmios em bens
 Benefícios: Seguro de vida, seguro saúde, refeições subsidiadas, transporte
subsidiado

Classificação das recompensas.

As recompensas podem ser classificadas como: financeiras e não financeiras. As


recompensas financeiras podem ser diretas e indiretas.

 Recompensa financeira direta: consiste no pagamento em forma de salários,


bônus, prêmios e comissões.
 Recompensa financeira indireta: é o salário indireto decorrente de cláusulas da
convenção coletiva do trabalho e do plano oferecido pela organização de
benefícios e serviços sociais. Inclui férias, gratificações, gorjetas, adicionais

8
(periculosidade, insalubridade, adicional noturno, adicional de tempo de serviço,
etc.), participação nos resultados, horas extraordinárias, bem como o
correspondente monetário aos serviços e benefícios sociais oferecidos pela
organização (como alimentação subsidiada, transporte subsidiado, seguro de
vida em grupo, etc.).
 Não financeiras: Oportunidades de desenvolvimento, reconhecimento e
autoestima, segurança no emprego, qualidade de vida no trabalho, orgulho da
empresa e do trabalho, promoções, liberdade e autonomia no trabalho
Questoes

1. Qual ee o contributo da política de remuneração numa determinada


instituicao?

R: A política de remuneração em uma determinada instituição contribui para atrair,


motivar e reter talentos. Ela estabelece as diretrizes e critérios para a remuneração dos
colaboradores, levando em consideração fatores como desempenho, responsabilidades,
mercado de trabalho e equidade interna.

Uma política de remuneração adequada pode incentivar o engajamento dos


funcionários, promover a justiça salarial, estimular a produtividade e contribuir para um
ambiente de trabalho saudável. Além disso, uma política bem elaborada pode ajudar a
instituição a ser competitiva no mercado de trabalho e a alcançar seus objetivos
organizacionais.

2. Quais sao as vantagens da implementacao de politica de remuneracao?


 Atração e retenção de talentos: Uma política de remuneração competitiva pode
ajudar a atrair profissionais qualificados e talentosos para a instituição, além de
incentivar a retenção desses profissionais.
 Motivação e engajamento dos colaboradores: Uma política de remuneração justa
e transparente pode motivar os colaboradores a se esforçarem mais, aumentando
seu engajamento e produtividade.
 Equidade interna: Uma política de remuneração bem estruturada promove a
equidade interna, garantindo que os salários sejam justos e proporcionais às
responsabilidades e habilidades dos colaboradores.

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 Retorno do investimento: Ao remunerar adequadamente os colaboradores, a
instituição pode obter um retorno do investimento por meio do aumento da
produtividade, qualidade do trabalho e satisfação dos clientes.
 Imagem positiva da instituição: Uma política de remuneração justa e
transparente contribui para uma imagem positiva da instituição tanto para os
colaboradores quanto para o público externo.
 Redução do turnover: Uma política de remuneração adequada pode reduzir a
rotatividade de funcionários, diminuindo os custos associados à contratação e
treinamento de novos colaboradores.

III

Percursos profissionais e necessidades organizacionais

Trajectórias ou percursos profissionais

Consideramos aqui, que o conceito de trajectória nos permite interpretar os percursos

de aprendizagem e profissionais como resultado da articulação entre as estruturas


sociais objectivas, que a determinam, e a acção social do sujeito, relativa à margem de
liberdade e de escolha de que este dispõe na orientação da sua vida; deste modo, ao
nível educativo, formativo e profissional, a trajectória constitui uma “articulação entre a
estrutura do mercado de trabalho e o percurso socioeconómico e educativo dos
indivíduos. (Paul, 1989: 107)

Desenvolvimento de careiras

Etimologicamente, "carreira" origina-se do latim, via carraria, que significa estrada


para carros, um caminho estruturado. Pode-se utilizar carreira para se referir à
mobilidade ocupacional, como, por exemplo, o caminho a ser trilhado por um executivo
em sua carreira de negócios ou para referir-se à estabilidade ocupacional, ou seja, a
carreira como uma profissão, como, por exemplo, a carreira militar (HALL, 1976).

Em ambos os casos, a carreira passa a ideia de um caminho estruturado e organizado


no tempo e espaço que pode ser seguido por alguém. Carreira pode ser entendida como
“uma
sequência de atitudes e comportamentos, associada com experiências e actividades
relacionadas ao trabalho, durante o período de vida de uma pessoa, se constituindo um

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percurso a ser trilhado pelo próprio indivíduo ou da visão deste compartilhado com a
organização” (HALL, 1976).

Para Balassiano e Costa (2010), a carreira tem sofrido fortes transformações, desde a
Revolução Industrial, sendo que, nos últimos tempos, houve um aumento a ênfase dada
à carreiras liberais e às informais. Além disso, percebe-se um distanciamento entre a
área de formação e a área de actuação do profissional e isso pode estar acontecendo,
segundo os autores, devido ao fato dos currículos académicos estarem distantes das
práticas empresariais.

O papel do indivíduo no desenvolvimento de sua carreira

Wood e Picarelli (2004), defendem que: se a organização perder alguns de seus


profissionais, ela não estará perdendo apenas alguns recursos humanos e sim uma parte
intangível de seu capital o humano porque esses profissionais, já capacitados e
alinhados aos objetivos do negócio, estarão levando consigo todo o conhecimento sobre
o negócio e sua operação. (WOOD, PICARELLI, 2004, p.76).

O papel da empresa na administração de carreiras

Hoje as pessoas representam um valor muito grande para as empresas. As


organizações passaram a adotar novas formas de trabalho, no qual o conhecimento se
torna o fator chave para o desenvolvimento da carreira. Conforme destaca Dutra: “As
organizações modernas estão cada vez mais preocupadas em direcionar os
investimentos no desenvolvimento humano, de modo que eles agreguem valor para as
pessoas e para a empresa”. (DUTRA, 2002, p.126).

Teorias sobre o desenvolvimento de careiras

Ao longo do século XX, as pesquisas sobre carreira buscaram compreender os


processos de desenvolvimento em um contexto histórico no qual, de acordo com
Savickas et al. (2009, p. 240), “trabalhadores leais e dedicados poderiam aspirar a um
emprego pelo resto de suas vidas e a organização responderia oferecendo um emprego
estável”.

As teorias de estádios de carreira assumem que o desenvolvimento de carreira é


paralelo ao desenvolvimento do indivíduo, ou seja, a carreira é um processo evolutivo
que deve ser analisado ao longo da vida (Levinson et al., 1978; Super, 1957). Cada
estádio de carreira caracteriza-se pela existência de um conjunto de temas ou tarefas

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particulares que correspondem, normalmente, a um período etário específico do ciclo de
vida.

Teoria Desenvolvimentista

A Teoria Desenvolvimentista foi iniciado em 1951, por Eli Ginzberg (Bock, 2013). A
principal mudança proposta por essa abordagem, em comparação com as anteriores, foi
aidealização da escolha profissional como um processo contínuo, que ocorre entre os
últimos anos da infância e início da vida adulta (Sparta, 2003).

Super (1957, 1981, 1985, 1990) foi o autor desenvolvimentista mais representativo nos
estudos sobre desenvolvimento de carreira. O pesquisador elaborou suas premissas
mediante investigações empíricas, durante cerca de 40 anos. Acompanhou a trajetória
de carreira de jovens na faixa etária entre 14 e 15 anos até os 25 anos de idade, por meio
de um estudo longitudinal iniciado em 1951.

Questoes

1. Quais sao as necessidades organizacionais?


 Estrutura organizacional clara e definida.
 Recursos adequados, como pessoal, financiamento e tecnologia.
 Comunicação eficaz e fluxo de informações.
 Liderança forte e habilidades de gestão.
 Cultura organizacional saudável e motivadora.
 Planejamento estratégico e definição de metas claras.
 Desenvolvimento e capacitação dos funcionários.
 Monitoramento e avaliação do desempenho organizacional.
 Adaptação às mudanças do ambiente externo.
 Cumprimento das obrigações legais e éticas.
2. Qual ee o papel do individuo no desenvolvimento de sua carreira?

R: O papel do indivíduo no desenvolvimento de sua carreira é central. É


responsabilidade do indivíduo buscar oportunidades de aprendizado, definir metas
profissionais, adquirir novas habilidades e conhecimentos relevantes, buscar
experiências relevantes e estar aberto a desafios e oportunidades de crescimento.

O indivíduo também deve assumir a responsabilidade por seu próprio progresso


profissional, identificando áreas de melhoria, buscando feedback e se adaptando às

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mudanças no mercado de trabalho. Ao tomar iniciativa e ser proativo, o indivíduo
pode moldar sua carreira de acordo com seus interesses, valores e aspirações.

3. O que defende a teoria desenvolvimentista?

R: A teoria desenvolvimentista defende que o desenvolvimento humano é um processo


contínuo e progressivo, no qual as pessoas passam por estágios previsíveis de
crescimento e mudança ao longo da vida.

Essa teoria enfatiza a interação entre fatores biológicos, cognitivos, sociais e emocionais
que influenciam o desenvolvimento. Também destaca a importância do ambiente e das
experiências na promoção do desenvolvimento saudável e no potencial máximo de cada
indivíduo. A teoria desenvolvimentista busca compreender como as pessoas se
desenvolvem em diferentes áreas, como física, cognitiva, emocional e social, ao longo
do tempo.

4. Qual ee objectivo da trajectoria profissional?

R: O objetivo da trajetória profissional é o crescimento, desenvolvimento e sucesso na


carreira. Isso pode incluir alcançar metas profissionais, adquirir novas habilidades e
conhecimentos, progredir em níveis de responsabilidade, obter reconhecimento e
satisfação pessoal, e alcançar estabilidade financeira. A trajetória profissional também
pode envolver a busca por propósito e realização pessoal no trabalho, além de contribuir
para o desenvolvimento contínuo e a construção de uma reputação profissional sólida.

IV

Normas de funcionamento de serviços em Moçambique

Principio da legalidde

Segundo o (decreto 30/2001) o princípio da legalidade diz que, no desempenho das


respectivas funções, os órgãos da administração pública obedecem ao princípio da
legalidade.
A obediência ao princípio da legalidade, implica, necessariamente, a conformidade da
ação administração coma lei e o direito, os poderes dos órgãos administração pública
não poderão ser usados pra a prossecução de fins diferentes dos atribuídos por lei
(Freitas de Amaral, 2013).

13
Princípio da justiça e da imparcialidade

Segundo (decreto 14/2011) este princípio pressupõe que no exercício das suas funções
e no relacionamento com as pessoas singulares ou coletivas, a administração pública
deve atuar de forma justa e imparcial. Isso significa que a imparcialidade impõe que os
titulares e os membros dos órgãos da administração pública se abstenham de praticar ou
participar na pratica de atos ou contratos administrativos, pode ser por tomar decisões
que visam interesse próprio, do seu cônjuge, parente afim, etc.

Princípio da colaboração da administração pública com os particulares

Segundo o (decreto 30/14/2001) o princípio da colaboração com os particulares impõe


que no desempenho das suas funções, os órgãos e instituições da administração pública
colaboram com os particulares, devendo prestar as informações orais ou escritas, bem
como os esclarecimento que os particulares lhes solicitem, e apoiar e estimular as
iniciativas dos particulares, receber as suas informações e considerar as suas sugestões,
pois a administração pública e responsável pelas informações prestadas por escrito aos
particulares.

Princípio da participação dos particulares

Os órgãos e instituições da administração pública promovem a participação das pessoas


singulares e coletivas que tenham por objeto a defesa dos seus interesses, na formação
de decisões que lhes disseram respeito.

Segundo (Freitas de Amaral, 2013) significa que os cidadãos não devem intervir na vida
da Administração apenas através da eleição dos respectivos órgãos, ficando depois
alheios a todo o funcionamento do aparelho e só podendo pronunciar-se de novo quando
voltar a haver eleições para a escolha dos dirigentes, antes devem ser chamados a
intervir no próprio funcionamento quotidiano da Administração Pública e,
nomeadamente, devem poder participar na tomada de decisões administrativas.

De um ponto de vista estrutural, a Administração Pública deve ser organizada de tal


forma que nela existam órgãos em que os particulares participem, para poderem ser
consultados acerca das orientações a seguir, ou mesmo para tomar parte nas decisões a
adoptar.
De um ponto de vista funcional, o que decorre do princípio da participação é a

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necessidade da colaboração da Administração com os particulares e a garantia dos
vários direitos de participação dos particulares na actividade administrativa (Freitas de
amral & Lourenço, 2017).

Princípio da celeridade do procedimento administrativo

Segundo (decreto 14/2011) o procedimento administrativo deve ser célere, rápido, veloz
de modo a assegurar a economia e a eficácia das decisões. Significa que a
Administração Pública deve ser organizada e deve funcionar em termos de eficiência e
de facilitação da vida dos particulares – eficiência na forma de prosseguir os interesses
públicos de carácter geral, e facilitação da vida aos particulares em tudo quanto a
Administração tenha de lhes exigir ou haja de lhes prestar.

Questoes

1. Quais sao os principios de Legalidade de uma determinada regiao?

Os princípios de legalidade podem variar de acordo com a região e o sistema legal


específico:

 Princípio da reserva legal: as ações e decisões governamentais devem ser


baseadas em leis existentes e publicamente acessíveis.
 Princípio da igualdade perante a lei: todas as pessoas são iguais perante a lei e
têm direito à igual proteção legal, sem discriminação.
 Princípio da retroatividade benéfica: as leis penais não podem ser aplicadas
retroativamente para prejudicar uma pessoa, mas podem ser aplicadas
retroativamente se forem mais benéficas.
 Princípio da legalidade estrita: ninguém pode ser punido por um ato que não seja
previamente definido como crime por lei.
 Princípio da previsibilidade: as leis devem ser claras, precisas e previsíveis para
que as pessoas possam entender suas obrigações e consequências legais.
 Princípio da proporcionalidade: as sanções legais devem ser proporcionais à
gravidade do delito cometido.
2. Qual ee a relacao que existe entre o principio de legalidade e administracao
publica?

R: O princípio de legalidade é um dos princípios fundamentais da administração


pública. Ele estabelece que a atuação dos órgãos e agentes públicos deve estar em

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conformidade com a lei, ou seja, eles só podem fazer o que a lei autoriza expressamente
ou implicitamente. Isso significa que a administração pública deve agir dentro dos
limites legais, respeitando os direitos e garantias dos cidadãos, e tomando decisões
fundamentadas e transparentes. O princípio de legalidade assegura a segurança jurídica
e a imparcialidade na atuação do poder público.

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Conclusao

Os três poderes presentes na estrutura da Administração Pública, desempenham funções


distintas, mas complementares, garantindo a estabilidade, a legalidade e o bom
funcionamento do Estado em benefício da sociedade.

A remuneração em Moçambique é regida legalmente, ou seja, tem o seu enquadramento


legal no EGFAE sendo a base legal para os funcionários e agentes do estado, e do outro
lado temos a lei do trabalho que rege os funcionários das instituições privadas.

Entende-se que o percurso profissional é o caminho trilhado pelos indivíduos durante a


sua vida profissional, fala-se de formação até o alcance do emprego e a promoção
dentro do mesmo, isto é, desde a sua formação até a conquista do emprego, com vista a
vencer os seus desafios e alcançar seus sonhos dentro e fora da empresa.

A criação dos serviços públicos ao serviço do desenvolvimento harmonioso do pais, das


necessidades dos cidadãos e da sociedade em geral deve ser uma das preocupações
permanentes da modernização administrativa, nisto concluímos que todos os princípios
e normas que estão explicito neste trabalho tendem a alcançar o mesmo objetivo, que
prestação de melhores serviços, pela simplificação dos procedimentos e o aumento da
qualidade da gestão e funcionamento dos serviços em Moçambique.

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Referencias Bibliográficas

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Boletim da república. Imprensa nacional de Moçambique, decreto 30/2001 de 15 de
outubro.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 29ªed. São Paulo:


Malheiros, 2004.

MELLO, Celso António Bandeira de. Curso de direito administrativo. 17ª ed, ver e
atual. São Paulo: Malheiros, 2004.

CAMPANTE, R. G. O patrimonialismo em Faoro e Weber e a sociologia brasileira. São


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CHIAVENATO, Idalberto. Gestao de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
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DUTRA, J.S. (2002), Gestão do Desenvolvimento da Carreira por Competência. In:


Dutra, J. S. (Org.). Gestão por Competências. Um modelo avançado para
Gerenciamento de Pessoas. São Paulo: Gente

DI PIETRO, Sylvia Zanella. Direito administrativo: atualizada com a reforma


previdenciária. São Paulo: Atlas, 2004.

Lourenço, F. B. (2017). Curso de direito administrativo 1. Faculdade de direito.

RIBEIRO, Antônio de L. Gestão de Pessoas. São Paulo: Saraiva 2006.

WALDO, D. O estudo da Administração Pública. Rio de Janeiro: Centro de Publicações


USAID Brasil, 1964.

4.1. Legislação Consultada

Lei n.º 1/2018, de12 de Junho, Revisão Pontual da Constituição da República de


Moçambique.

Decreto 30/2001, de 15 de Outubro, aprova as Normas de Funcionamento dos Serviços


da Administração Pública.

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