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GOVERNANÇA
O Conceito e importância, que lhes são atribuídos foram construídos nas últimas 3 décadas,
inicialmente nas organizações privadas, mais precisamente com o estudo de Berle e Means de
1932. No estudo que trata de assuntos correlatos à Governança: É o papel do Estado regular as
organizações privadas.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), lançou novas versões do Código das
melhores práticas de governança corporativa. Esse documento define os 4 princípios básicos
de governança aplicáveis ao contexto nacional: TRANSPARÊNCIA, EQUIDADE, PRESTAÇÃO DE
CONTAS E RESPONSABILIDADE CORPORTIVA.
Segundo o IBGC, apesar do código ter sido desenvolvido, primariamente, com foco em
organizações empresariais, ao longo daquele documento foi utilizado o temo” organizações”, a
fim de torna-lo o mais abrangente possível e adaptável a outros tipos de organizações, como o
3º Setor, cooperativas, fundações e órgãos governamentais entre outros.
OBS: A Origem da Governança não é no Banco Mundial. Foi nos Estudos Acadêmicos de
1932)
Com a crise fiscal dos anos 1980 houve a necessidade de um novo arranjo econômico e político
internacional, com a intenção de tornar o Estado mais eficiente. Nesse contexto propiciou a
discussão sobre governança e resultou nos princípios básicos que norteiam as boas práticas de
governança nas organizações públicas (IFAC, 2001); transparência, integridade e prestação de
contas.
Perceba que entre os princípios básicos que norteiam as boas práticas de governança nas
organizações públicas há a transparência, a integridade e prestação de contas. Porém,
depois, foi acrescentada a liderança, o compromisso e a integração, pela publicação do Guia
de melhores práticas para governança pública (ANAO- Australian National Audit Office) em
2003. Nesse sentido, às vezes, o examinador confunde o candidato afirmando que essas são
diretrizes ou mecanismos de governança.
Posteriormente, os seis princípios básicos que norteiam as boas práticas de governança
nas organizações públicas já mencionados foram alinhados à eficiência e à eficácia. Tenha
cuidado para não confundir, pois eficiência e eficácia não são mais dois princípios, e sim os
seis princípios básicos estão alinhados à eficiência e à eficácia
Os princípios básicos são quatro e, no setor público, incluem-se mais três, esses alinhados à
eficiência e à eficácia.
Quando envolver governança corporativa, está se referindo a uma empresa, um banco, uma
empresa pública ou sociedade de economia mista, uma sociedade do setor privado, pois irá
proteger os investidores desse negócio
Governança Pública: Pode ser entendida com sistema que determina o equilíbrio de poder
entre os envolvidos – cidadãos, representantes eleitos, alta administração, gestores e
colaboradores- com vista a permitir que o bem comum prevaleça sobre os interesses pessoais
de pessoas ou grupo.
... e a reforma do aparelho do Estado, com vistas a aumentar sua “governança”, ou seja, sua
capacidade de implementar de forma eficiente políticas públicas
PERPECTIVAS DE OBSERVAÇÃO
A governança no setor público pode ser analisada sob quatro perspectivas de observação:
2.Entes federativos, esferas de poder e políticas públicas. (Entes federativos: União, estados,
DF e municípios que são as esferas de poder e políticas públicas)
Sociedade e Estado.
É a Maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos econômicos e sociais
de um país, visando ao desenvolvimento.
Nesse contexto, a governança tem por objeto de análise (WORLD BANK, 2012):
• as estruturas democráticas;
• os processos pelos quais os governos são selecionados, monitorados e substituídos;
• a organização do Estado e a divisão de poder e de autoridade entre as instituições;
• o comportamento ético dos governantes [representantes eleitos];
• os instrumentos institucionais de controle (ex.: sistema de pesos e de contrapesos,
controle social, órgãos de governança); e
• o respeito dos cidadãos às instituições que governam a economia e o Estado.
Tudo isso visando à “prevalência do bem comum sobre os interesses de pessoas ou de
grupos” (MATIAS-PEREIRA, 2010) e ao “alcance de objetivos coletivos de uma
sociedade”.
Entes Federativos, Esferas de Poder e Políticas Públicas
• à coordenação de ações;
• às estruturas de autoridade;
Esteja atento, pois as quatro perspectivas de observação são quatro pontos distintos, os quais
possuem a sua autonomia, mas se relacionam, logo há uma interdependência nessa relação.
Como segue um fluxo, não é possível trabalhar sozinha cada perspectiva. Assim, inicia-se pela
sociedade e Estado, depois segue para os entes federativos, esferas de poder e políticas
públicas. Na sequência, há os órgãos e entidades para, por fim, chegar ao aspecto interno, ou
seja, intraorganizacional.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1- Sociedade e Estado
2- Entes federativos, esferas de poder e políticas públicas
3- Órgãos e entidades
4- Atividades intraorganizacionais
Corresponde como os diversos atores se organizam, interagem para obter uma boa
governança. Envolve estrutura administrativa (instâncias), processos de trabalho, instrumentos
(ferramentas, documentos, etc.), o fluxo de informações e o comportamento de pessoas
envolvidas direta, ou indiretamente, na avaliação, no direcionamento, e no monitoramento da
organização.
A alta administração está conectada a governança e recebe apoio dos Conselhos, e não
implementa estratégias. Quem implementa estratégias é o operacional, no entanto será
desdobrada na gestão tática por áreas temáticas, que por sua vez, irão executar na sua base.
Sendo assim, para que haja apoio na alta administração, haverá, inclusive, as auditorias
internas dentro da estrutura.
Além disso, é importante ressaltar que existem também as instancias, que abrangem o
legislativo. E ainda, internamente, há as diretorias, como, por exemplo, a diretoria de pessoal,
diretoria administrativa, diretoria de orçamento e finanças, etc. Enquanto isso, na base, está a
gestão operacional, que correspondem aos setores.
Além dessas instâncias, existem outras estruturas que contribuem para a boa governança da
organização: a administração executiva, a gestão tática e a gestão operacional.
A gestão trabalha com o PDCA. A governança trabalha com a ADM (avaliar, direcionar e
monitorar).
b. supervisionar a gestão;
a. implementar programas;
Diretrizes
Níveis de Análise
1- Mecanismos de governança
2- Componentes
3- Práticas
4- Itens de controle
GOVERNABILIDADE
Refere-se ao poder político em si, que deve ser legítimo e contar com apoio da população e de
seus representantes.
Um governo tem governabilidade na medida em que seus dirigentes contem com o necessário
apoio político para governa e que a capacidade política de governar ou governabilidade
decorre do relacionamento do Estado e do seu governo com a sociedade.
Legitimidade está relacionado com governabilidade, visto que se os governos não forem
legitimados não haverá condições necessárias para governar.
CLIENTELISMO E CORPORTIVISMO
ACCOUNTABILITY
Obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a
instâncias controladoras ou a seus representados (sociedade como um todo ou a própria
administração). Significa que quem desempenha funções de importância na sociedade deve
regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por que faz, quanto gasta e o que vai fazer
a seguir. Não se trata, portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos, mas de
auto avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo em que se
falhou.
Parte da premissa de que o governo não deve ser conduzido como um negócio, mas
sim como uma democracia, a administração pública é caracterizada por uma nova postura
frente aos seus desafios:
Coloca o servidor público diante de novas exigências e expectativas de atuação, que seria o
“dever”, ouseja servir aos cidadãos e valorizar as pessoas, agir eticamente, buscar o interesse
público e defender os princípios democráticos.
A partir dessa linha de pensamento, a ética e a moral passam a integrar as variáveis que
constituem os atos executados pelo poder público e a própria administração.
Tipos de accountability
Instrumentos de transparência
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da
Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações
referentes a:
2-BUROCRÁTICA
3-GERENCIAL
Busca atender a demanda da sociedade que passa a exigir mais do governo, do que
somente segurança e justiça. Elas passam a querer proteções sociais e serviços
públicos.
Surge com o Capitalismo, durante o governo liberal e como forma de combater a
corrupção e o nepotismo, injustiça e controlar abusos
Meritocracia, profissionalização, especialização
Padronização e previsibilidade _ rotinas padronizadas e bem definidas geram
respostas mais rápidas
Hierarquia funcional
Estrutura organzicional verticalizada – decisões são tomadas de cima para baixo
Impessoalidade – contratações devem ser feitas por critérios objetivos e pré-definidos,
levanto em conta a meritocracia.
Legalidade das normas – cumprir exatamente o que está na norma
Formalidade nas comunicações
Segregação de funções e divisão do trabalho
Combater
Autorreferidas
racional-legal
Principais disfunções da burocracia:
Excesso de formalismo
Excesso de papel
Dificuldade em aceitar mudança
Internalização das regras e apego extremo às normas
Excesso de Rigidez
Categorização como base do processo decisório – a pessoa que detêm a mais elevada
hierarquia cabe as decisões
Despersonalização dos relacionamentos
Perda da visão “macro” – pelo fato das funções serem dividas, o funcionário perde a
noção do trabalho como um todo.
Controle sobre processos e não sobre os resultados
Excesso de conformidade às rotinas e procedimentos
Exibiçao de sinais de autoridade
Conflitos e dificuldades no atendimento a clientes
Coerente com os princípios do Estado Novo, o DASP via uma incompatibilidade entre a da
administração e a política. Pretendia, portanto, estabelecer uma maior integração entre os
diversos setores da administração pública, além de promover a seleção e aperfeiçoamento do
pessoal administrativo por meio da adoção do sistema de mérito, o único capaz de diminuir as
injunções dos interesses privados e político-partidários na ocupação dos empregos públicos.
Conjunto de doutrinas, que pretendia que os princípios gerenciais aplicados nas empresas
privadas fossem também utilizados no setor público
Entidade: unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. Pode ser pública ou privada.
Compreende tanto as entidades políticas, que possuem capacidade de legislar e se auto-
organizar (Estados, União, DF e municípios), quantos as entidades administrativas, que não
podem legislar, apenas executa as leis, mas possui autonomia administrativa (autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e Sociedade de Economia Mista).
Centralização: Ocorre quando o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio dos
órgãos e agentes administrativos.
Descentralização: O Estado distribui algumas de suas atribuições para outras pessoas, físicas
ou jurídicas. OU seja, é o desempenho indireto de atividades públicas.
Ela se divide:
Descentralização por serviços, funcional, técnica ou por outorga: A entidade política cria
pessoa jurídica de direito púbico ou privado e a ela atribui a titularidade e a execução de
determinado serviço público. O controle efetuado pelo ente instituidor sobre as entidades
descentralizadas por serviço deve observar os limites da lei, ele é de caráter finalístico,
denominado Tutela. Não há subordinação entre entidade descentralizada e a pessoa jurídica
que a criou, mas tão somente vinculação. (Ex: Sociedade de economia mista, empresas
públicas, fundações)
Detalhe importante é que a desconcentração pode ocorrer tanto dentro de uma pessoa
política como dentro de uma entidade administrativa, vale dizer, tanto no âmbito da
administração direta ou centralizada como na administração indireta ou descentralizada
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
QUANTO A ESTRUTURA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Conjunto de pessoas jurídicas (desprovidas de autonomia política) que, vinculadas à
administração Direta, têm competência para o exercício de atividades administrativas,
de forma descentralizadas.
São elas:
Autarquias
Empresas Públicas
Sociedade de Economia Mista
Fundações Públicas.
Todo órgão da Adm. direta e indireta, está sujeito à supervisão do Ministro de Estado. A
diferença é que a supervisão ministerial nas entidades da administração indireta possui
característica de controle finalístico (sem subordinação, apenas vinculação); já sobre a
administração direta constitui hierárquico.
Todas precisam de lei específica para serem criadas, personalidade jurídica própria e
patrimônio próprio. Todas se submetem ao princípio da especialização.
AUTARQUIAS
Criado e extinta por lei específica de iniciativa do chefe do Poder Executivo, personalidade
jurídica e receita própria.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
A diferença básica entre governança pública e privada é que na Pública os bens pertencem à
sociedade e cuja gestão deve ser deia com elevado nível de compromisso, responsabilidade,
transparência, ética e senso de justiça e ela também não pode considerar somente os critérios
da esfera privada, sob pena de comprometer a própria capacidade transformadora e
democratizar das reformas de Estado.
A gestão pública não é meramente uma questão de eficiência e eficácia, mas também uma
questão de legalidade e legitimidade.
CONCEITOS:
Serviço Público: É toda atividade material fornecida pelo Estado, ou por quem esteja a agir no
exercício da função administrativa se houver permissão constitucionalmente relacionados à
utilidade pública, que deve ser concretizada, sob regime prevalente de Direito Púbico.
Serviço de Interesse Público: Os serviços de interesses púbicos estão definidos na C.F. Nela
está previsto o compartilhamento entre Estado e particulares, estes últimos atuando sob
supervisão do Estado. A prestação de serviços no campo social- cuja titularidade não é
exclusiva do Estado, visou à implementação de medidas para reduzir a ação estatal no setor.
Foram criadas entidades públicas não estatais, que se propõem a suprir o papel do Estado
(OSCIP E OS).
Princípio da Eficiência da Adm. Pública: Tem como base o interesse econômico em elevar o
nível de desempenho das atividades administrativas buscando atingir melhores resultados com
o menor custo possível, a partir do emprego de meios e instrumentos que já dispõem. O
princípio da eficiência surgiu com a emenda na Constituição em 1998. Ficando assim:
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, e interesse público.
O princípio da eficiência surgiu do movimento, que aconteceu nas últimas 2 décadas, o qual
reformas institucionais que facilitasse a transferência do modelo de Administração Burocrático
para o gerencial, cuja referência vem do setor privado, orientado para resultados, minimização
de custos e redução dos controles atividades-meio.
Assim como os demais princípios, o da Eficiência não pode se sobrepor aos demais. E ele visa o
melhor desempenho do agente público para obter os melhores resultados possíveis e também
diz respeito ao modo racional de organizar, estruturar, disciplinar a adm. Pública.