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DIREITO

JUSTIÇA PENAL NEGOCIAL: Dá Confissão ao


antagonismo sobre o instituto do ANNP na justiça
brasileira

Jailson Antonio Ferreira Moraes

Prof. Orientador: Dr. Fabiano Cavalcante Pimentel

Universidade do Estado da Bahia

Trabalho de Conclusão de Curso em Direito

Salvador/BA, 28 de junho de 2023.

UNEB - 2023
1. INTRODUÇÃO DIREITO
• O tema tratado na pesquisa está consolidado com as peças
principais da justiça brasileira; os direitos constitucionais e a
justiça penal negocial.

• Um dos pontos primordiais está na confissão do investigado,


encontrada como requisito dentro do instituto do ANPP,
apresentado em desacordo com os princípios basilares da
Constituição Federal.

• O objetivo do trabalho foi compreender o instituto do ANPP


na justiça negocial e sua tramitação na fase judicial.

• Foi levantado um breve contexto histórico sobre os sistemas


adotados no país, assim como à recepção da justiça
negocial.

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2. MATERIAIS E
DIREITO
MÉTODOS
Foi utilizado uma pesquisa bibliográfica e descritiva, como
busca na doutrina, leis, revistas jurídicas, artigos
científicos, e entendimentos jurisprudenciais.
De início foram mencionados os modelos negociais
existentes:
a) Dos juizados especiais criminais – Lei 9.099/95
b) Resoluções ministeriais do CNMP
c) Origem da lei 13.964/2019 (pacote anticrime).
d) Decisões jurisprudências.

No presente trabalho fora analisado, a investida do Estado,


das medidas extraprocessuais, como forma descongelar o
judiciário dos processos cumulativos, e o encarceramento
em massa nos presídios brasileiros.

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3. CORPO DO TRABALHO DIREITO

• Ao observar a lei 13.964/2019 (pacote anticrime) ela traz


diversos norteadores na lei brasileira, e como medida
negocial, o estudo apresentado aponta somente alterações
feitas no Código Penal e Código Processual Penal,
principalmente na parte que trata do acordo de não
persecução penal.
• Como fulcro primordial está na resolução de conflito, e
promover uma justiça mais célere e desburocratizada,
ajustando os parâmetros para uma justiça consensualista,
entre o Ministério Público e o investigado, estando estes
acompanhados de seu defensor.
• A pesquisa busca entender os negócios jurídicos mais
importantes da vida de um ser humano, assim como uma
justiça mais próximo da verdade, diante de um sistema que
é totalmente desigual.
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4. RESULTADOS DIREITO
No pensamento jurídico sobre o instituto, assim como o
antagonismo sobre a matéria, alguns doutrinadores apontam que
o ANPP peca, quando se trata da confissão ante a persecução
penal, entendimento este encontrado através da confissão do
investigado perante o juízo, quanto aos princípios norteadores do
direito que dele foram afastados.
Cito alguns dos Habeas Corpus concedido, conforme o entendimento dos
tribunais:
a) HC 756.907-SP, inexistência de provas suficientes para condenação.
b) HC 657.165/RJ, ausência de confissão na fase inquisitorial.
c) HC 575.395/RN (STJ 6°T)- Aplicação retroativa ante o trânsito em
julgado.
d) Recurso Especial n° 1.664.039/PR, (STJ 5° T). Limite temporal da
retroatividade até o recebimento da denúncia.
e) HC 628.647/SC (STJ 6° T) - Limite temporal da retroatividade até o
recebimento da denúncia.
f) HC 191464 AgR (STF 1°T) - STF adotou a tese do STJ da retroatividade
até o recebimento da denúncia.
g) HC
UNEB 211.360/SC (STF 2° T) da suspensão da execução da pena e do
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5. RESULTADOS DIREITO

O Ministro Gilmar Mendes, se posicionou quanto a matéria que


discuta a retroatividade e o acolhimento do ANPP, pois sanaria as
divergências jurisprudenciais, e possibilitaria um posicionamento
coerente e harmônico com os outros tribunais, contudo buscou por
meio do HC 185.913/DF, como relator relacionar seu entendimento
com as seguintes questões problemas apontados:
a) O ANPP pode ser oferecido em processos já em curso quando do surgimento
da Lei 13.964/19? Qual é a natureza da norma inserida no art. 28-A do CPP? É
possível a sua aplicação retroativa em benefício do imputado?
b) É potencialmente cabível o oferecimento do ANPP mesmo em casos nos quais
o imputado não tenha confessado anteriormente, durante a investigação ou o
processo?

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6. RESULTADOS DIREITO

O ministro Gilmar Mendes já apresentou


seu voto fixando a tese de que:

“É cabível o acordo de não persecução


penal em casos de processos em
andamento (ainda não transitados em
julgado) quando da entrada em vigência da
Lei 13.964/2019, mesmo se ausente
confissão do réu até aquele momento. Ao
órgão acusatório cabe manifestar-se
motivadamente sobre a viabilidade de
proposta, conforme os requisitos previstos
na legislação, passível de controle, nos
termos do artigo 28-A, §14, do CPP.” Min.
Gilmar Mendes.
7. CONCLUSÃO

Diante o estudo percebi que existem diversas lacunas


legislativas, o nosso ordenamento jurídico brasileiro, se
encontra em construção, hoje podemos perceber que o
país possui base significativa com a Constituição
Federal, no presente estudo, mergulhei em outros
sistemas jurídicos, as quais foram apontados como
modelos negociais, ante a fase judicial, e dentro do
processo judicial, se observarmos, à sociedade
brasileira, hoje caminha para uma mudança, tanto na
vida social como em tecnologias, são avanços que
poderão ser utilizadas para aprimorar o processo
judicial, e ajustar para uma justiça mais próximo da
verdade, e assim trazer resultados consistente.

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Mestres, não tenho palavras para agradecer por
tudo o que fez pela minha formação. Sei que sua
profissão é cheia de desafios e obstáculos, mas
agradeço por nunca ter desistido dos jovens que,
assim como eu, tiveram a oportunidade de
aprender com você!
8. Referências DIREITO
MORAES, Alexandre de. Constituição Federal Comentada. [Et al.]. [Organização Equipe Forense]. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2018.

LOPES JUNIOR, Aury. Direito Processual Penal. 17 ed. Rio Grande do Sul. Saraiva, 2020.

NUCCI, Guilherme de Souza. Pacote Anticrime Comentado. Forense. Rio de Janeiro, 2020.

BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo Penal. 3ª ed. São Paulo. Revista dos Tribunais, 2015. Página 153.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Habeas Corpus n. 194.677-SP. Relator Ministro Gilmar Mendes, 11 de maio de 2021

STJ, Habeas Corpus nº 756.907/SP, relatoria do ministro Rogério Schietti Cruz, 6ª Turma, DJ 13/9/2022.

STJ, Habeas Corpus nº 657.165/RJ, relatoria do ministro Rogério Schietti Cruz, 6ª Turma, DJ 13/9/2022.

STJ - AgRg no AREsp: 1.664.039/PR (2020/0035842-6, Relator: Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Data de Julgamento:
15/09/2020, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 20/10/2020.

STJ - AgRg no HC: 628647 - SC 2020/0306051-4, Relator: Ministro NEFI CORDEIRO, Data de Julgamento: 09/03/2021, T6 - SEXTA TURMA,
Data de Publicação: DJe 07/06/2021

HC 191464 AgR, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 11/11/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-280 DIVULG 25-
11-2020 PUBLIC 26-11-2020.

HC 194677, Relator(a): GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 11/05/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-161 DIVULG 12-08-2021
PUBLIC 13-08-2021.
THE END

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