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UNIÃO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DO MÉDIO TOCANTINS

CARLOS EDUARDO MARTINS DE GODOI

JUIZ DAS GARANTIAS

PARAISO DO TOCANTIS – TO

2023
CARLOS EDUARDO MARTINS DE GODOI

JUIZ DAS GARANTIAS

Trabalho discente efetivo apresentado ao Curso de


Direito da União Educacional de Ensino Superior do
Médio Tocantins como requisito necessário para a
aprovação na matéria de Direito Processual lll.

Orientador: Prof. Esp. Elizelton Costa

PARAISO DO TOCANTIS – TO

2023
RESUMO

O Projeto de Lei do Senado Federal nº 156/2009, que tem como intuito reformular o
Código de Processo Penal, vem com uma novidade: o juiz das garantias, que tem o
intuito de atender as necessidades Jurídicas e sociais, junto aos direitos e garantias
da Constituição Federal brasileira de 1988. Esse tema está na mira de diversas
discursões doutrinárias, e para ter a melhor analise, deve ser deito primeiramente,
um estudo bem mais afundo sobre os sistemas processuais, com foco no acusatório,
o adotado em nosso país, partindo-se, mais a frente a uma análise mais detalhada
de todas as suas características como: benefícios, eficácia e viabilidade desse novo
instituto.

Palavras-chaves: Processo Penal. Juiz das garantias. Reformular. Acusatório.


ABSTRACT

The Bill of Law of the Federal Senate nº 156/2009, which aims to reformulate the
Code of Criminal Procedure, comes with a novelty: the judge of guarantees, which
aims to meet the legal and social needs, along with the rights and guarantees of the
Brazilian Federal Constitution of 1988. This theme is in the sights of several doctrinal
discussions, and to have the best analysis, a much deeper study on the procedurais
systems must be laid down first, with a focus on the accusatory, the one adopted in
our country, starting with a more detailed analysis of all its characteristics, such as:
benefits, effectiveness and viability of this new institute.

Keywords: Criminal Process. Warrant Judge. Rephrase. Accusatory.


SUMARIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6

2 DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 7

3 CONCLUSÃO .................................................................................................... 9

4 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 10
1 INTRODUÇÃO

O atual Código de Processo Penal é datado de 3 de outubro de 1941. Foi


decretado no ainda chamado Estado Novo, período que estava vigente a
Constituição de 1937, que também era apelidada de constituição Polaca, pois era
notório sua inspiração na constituição fascista Polonesa, e também sem deixar de
lato sofria forte influência das constituições autoritárias da Alemanha, Itália e
Portugal.

Na época, fortaleceu o Executivo nacional, extinguindo-se aos poucos


com à autonomia dos estados e com o federalismo. Tendo em vista que os poderes
legislativos e do Judiciário foram enfraquecidos. Junto aos direitos individuais que
foram diminuídos.

Com a influência dessa época, o Código de Processo Penal se mostra


bastantes ultrapassado em alguns aspectos. Buscando um Código de Processo
Penal mais equiparado com o Estado Democrático de Direito, foi proposto e
elaborado o projeto de lei n° 156/2009, com o intuito de garantir os direitos
fundamentais, que foi pautado no sistema processual acusatório.

O Juiz das garantias tem como objetivo, ser a salvaguarda dos direitos do
investigado e a garantia da imparcialidade no momento do julgamento, pois na fase
que se investigativa processual, estarão a cardo de magistrados diferentes.

Esse tema tem causado polêmica, pois esta sendo alvo de diversas
discursões sobre sua implementação, como no tocante na sua necessidade e a
eficácia. Este trabalho tem como seu propósito atentar-se aos pontos positivos e
negativos inerentes a matéria.
2 DESENVOLVIMENTO

Para que se entenda os benefícios ou os malefícios que o instituto do juiz


das garantias pode agregar para a população brasileira é preciso se adentrar e
examinar o direito à luz da ciência jurídica. Já que o direito penal não é para só
solucionar um ou outro caso que tenha alguém que seja amado ou odiado. Os casos
concretos, devem ser despersonalizados para que as regras se apliquem em
beneficio da maior parcela de pessoas, com maior duração.

Dito juiz das garantias e tudo que foi exposto até o atual momento, é
conduzido que a suposição que ele assegura exclusivamente os direitos de defesa e
os direitos constitucionais. Sem dúvida é função que pode ser considerada a
principal. Más é necessário enfatizar que o juiz das garantias, ele irá assegurar a
legalidade no processo investigatório, e também garantirá para sociedade uma
eficácia maior do processo penal.

Nos longos anos de impunidade do direito penal brasileiro não se pode


deixar de lado os inúmeros casos em que as condenações baseadas em
investigações conduzidas com violação das garantias legais resultaram em anulação
do processo pelos tribunais superiores. Ocorrendo isso, geralmente causa um
prejuízo irreparável, pois a prescrição pode impedir que o caso seja reiniciado.
Portando, com o juiz das garantias ao assegurar a legalidade, irá garantir também a
eficácia do processo, cuidando das nulidades que no futuro poderiam ser
reconhecidas.

Contudo, o juiz das garantias irá representar uma instância a mais no


processo penal, prolongando ainda mais tal processo, já excessivamente longo.
Conclui-se também que a implementação do Juiz das Garantias traria mais
inconvenientes do que vantagens, como por exemplo o impacto financeiro
expressivo. Em que pese, processualmente, tenha descrição de convenientes para a
instrução preliminar, apresenta pontos em que pode se mostrar prejudicial à
celeridade e a verdadeira garantia de imparcialidade, assim como não beneficia a
economia processual.
Do lado da magistratura, a recepção não foi tão calorosa. Fernando
Mendes, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), ressalta
que a entidade era contrária à medida, mas que o importante é agora regulamentar.

De acordo com Mendes (2019):

Em relação ao juiz de garantias, tema mais polêmico do pacote, embora a


posição da Ajufe fosse contrária ao instituto, uma vez incorporado ao
Processo Penal pela Lei 13.964/19, o importante agora é a sua
regulamentação. Ela terá de ser uniforme. Não faz sentido ter juiz de
garantias apenas nas Capitais e para os crimes de colarinho branco. Se o
instituto é importante, tem se ser aplicado para todos, seja nos processos da
lava jato, seja nos processos de crimes comuns, que são milhares e que
tramitam no interior do país e que precisam ter as mesmas garantias. A
Justiça Federal terá de redesenhar a estrutura de sua competência penal
para tornar isso possível e Ajufe vai colaborar nessa agenda.
3 CONCLUSÃO

Diante ao trabalho que foi exposto, é imprescindível que seja colocado


mais em pauta a discursão desse tema, de uma forma que permita o sistema
criminal da justiça brasileira venha a evoluir cada dia mais e seja mais fácil de
implementar futuramente.

Uma das formas para que o juiz das garantias seja implantado da melhor
maneira, é a suspensão temporária, para que seja analisado o impacto que ele
poderá causar aos passar dos anos. Pois a implementação do juiz das garantias, só
será eficiente se houver condições estruturais para o seu funcionamento em todo o
Brasil.

Uma justificativa mais usada para sustentar a ausência de avanços em


nossa sociedade é falta de recursos, assim como ocorre com a inexistência de
Defensoria Pública em alguns estados da federação com a superlotação dos
presídios. A realidade do nosso país, é que o dinheiro destinado para fins sociais é
desviado, assim pode se dizer que o grande empecilho na verdade não é a falta de
recursos, mas sim a maneira errônea como eles estão sendo utilizados. É preciso
uma reorganização severa no orçamento, não só relacionado ao Poder Judiciária,
mas todos os poderes, e um intenso combate à corrupção.

Não se deve admitir essas imperfeições estruturais do Poder judiciário,


traga uma estagnação. O certo é abrir espaço às inovações a fim de deixar o
processo todo mais democrático. Claro que não deve ter a implantação desse
instituto por imediato, mas sim de forma progressiva.
4 REFERÊNCIAS

AMORIM DE FREITAS, Adrian Soares. O juiz das garantias no projeto do novo


Código de Processo Penal, disponível em:
<http://jus.com.br/revista/texto/17821/ojuiz- das-garantias-no-projeto-do-novo-
codigo-de-processo-penal>, acessado em 20 março de 2023.

MAZZOTO, Camila. Sucesso do juiz das garantias depende de adaptação ao


Brasil, dizem especialistas, Consultor Jurídico, disponível em:
<https://www.conjur.com.br/2022-mai-16/sucesso-juiz-garantias-depende-adaptacao-
brasi>, l, acessado em 20 março de 2023.

BARROS FILHO, Mário Leite de. Jus Navegandi. Da inconstitucionalidade do juiz


de garantias. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/12302>. acessado em
20 março de 2023.

LOPES Jr, Aury. Direito processual penal e sua conformidade constitucional.


Vol. I. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2007, acessado em 20 março de 2023.

MAYA, André Machado. Outra vez sobre o juiz de garantias: entre o ideal
democrático e os empecilhos de ordem estrutural. Boletim IBCCRIM nº 215 -
Outubro / 2010, acessado em 20 março de 2023.

SILVEIRA, Fabiano Augusto Martins. O Código, as cautelares e o juiz das


garantias. Revista de informação legislativa. Brasília, ano 46, nº 183. Edição
especial. Julho /setembro 2009, acessado em 20 março de 2023.

CHILE. CODIGO PROCESAL PENAL. Ley nº 19.696. Disponível em:


<http://www.leychile.cl/Navegar?idNorma=176595>. Acessado em 20 março de
2023.

TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual


Penal. 6. Ed. Salvador, 2011. Acessado em 20 março de 2023.

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