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APRESENTAÇÃO
Caro(a) Aluno(a),
A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. Cada
minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, focada
nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, pode representar a
diferença entre aprovação e reprovação.
Ciente disso, a Ad Verum Suporte Educacional, empresa do Grupo CERS ONLINE,
concebeu o curso INTELIGÊNCIA PDF – OAB, que tem por premissa fundamental
“atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas à antecipação dos temas com
maiores chances de cobrança em sua prova.
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em
consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que
possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da
economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de
projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes
certames públicos.
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para
carreiras públicas.
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma
obsessão.
Bom estudo!
Francisco Penante
CEO Ad Verum Suporte Educacional
Olá, futuro advogado! Este PDF abordará o seu conteúdo de Direito do Trabalho.
Será utilizada uma linguagem simples, prática e objetiva. A ideia é que você consiga
absorver rapidamente o assunto, de modo a estar apto a enfrentar questões sem
dificuldades. O material foi elaborado com bastante cuidado e atenção, sendo focado
nos temas recorrentes nas últimas provas do Exame de Ordem.
Cada tema abordado trará consigo pelo menos uma questão (dependendo de
sua relevância) de nível semelhante ao da prova que será enfrentada por você. Todos os
itens de cada uma das questões serão esmiuçados para que não reste nenhuma dúvida
do porquê da resposta ser a indicada. Preferencialmente serão utilizadas questões da
mesma banca, no caso, a Fundação Carlos Chagas. Além disso, ao final de todo tópico
há um resumo. Em relação à Reforma Trabalhista (Lei 13.467), os tópicos, em sua parte
final, trazem as modificações que ocorreram e que têm chances de serem cobradas na
sua prova.
Os temas abordados são os estatisticamente mais cobrados, de acordo com um
levantamento pormenorizado feito por nós, das últimas provas. Ainda assim,
abordamos também os que não têm grande presença, para que você não seja
surpreendido. Com isso, você terá grandes chances de se sair bem nas questões desta
matéria. Bem, feita a apresentação, vamos ao trabalho. Melhor, ao Direito do Trabalho!
O início de toda e qualquer disciplina de Direito deve ser pelos princípios. Não
poderia ser diferente com Direito do Trabalho, cujos princípios são fortes e muito
importantes na prática. Então, iniciemos o nosso estudo!
RESUMO
A. Princípio da norma mais favorável: aplicar ao caso concreto, havendo mais de
uma norma em vigor regendo o mesmo assunto, a que seja mais favorável ao
empregado.
B. Princípio da condição mais benéfica: sendo as cláusulas contratuais mais
vantajosas ao trabalhador, estas devem ser preservadas durante a vigência do vínculo
empregatício.
C. Princípio in dubio pro operário: diante de duas opções igualmente válidas, o
intérprete do direito do trabalho deve aplicar a opção mais vantajosa ao trabalhador.
D. Princípio da inalterabilidade contratual lesiva: só é lícita a alteração das
condições contratadas por mútuo consentimento E desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado.
E. Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas: limitação à autonomia
das partes no direito do trabalho. Empregado não pode dispor de seus direitos por
liberalidade.
F. Princípio da primazia da realidade: priorizar a realidade em detrimento da
forma.
G. Princípio da continuidade da relação de emprego: valoriza a permanência do
empregado no mesmo vínculo empregatício, dadas as vantagens que isso representa.
QUESTÃO COMENTADA
GABARITO: alternativa E.
A alternativa A tenta ludibriar o candidato, inventando um princípio que inexiste
no ordenamento ou na doutrina. A letra B traz, é verdade, um princípio do Direito
do Trabalho, todavia, nada tem a ver com o contexto da pergunta. Na letra C, mais
E
uma vez, a banca tenta enganar o candidato. A letra D menciona um princípio
geral do direito, não um específico do Direito do Trabalho, como requer o
enunciado.
Portanto, a letra E é a alternativa correta. Conforme artigo 7º da Constituição
Federal, nos seus incisos VI e X, a irredutibilidade e proteção do salário são direitos
dos trabalhadores. Para fixar melhor, vejamos o que diz Renato Saraiva sobre este
princípio:
"O princípio da intangibilidade salarial inspirou a criação de diversos dispositivos
normativos, objetivando defender, especificamente, o salário do obreiro em face:
a)das condutas abusivas do próprio empregador, por meio de regras jurídicas que
previnam a retenção, o atraso, a sonegação ou descontos indevidos de salário
[...]" – Renato Saraiva, Direito do Trabalho Série Concursos Públicos, 2010, p.38.
RESUMO
o Relação de trabalho x relação de emprego: Relação de trabalho é uma expressão ampla,
enquanto a relação de emprego existe apenas quando presentes suas características
indispensáveis, que são: pessoa física, pessoalidade, subordinação, onerosidade e não
eventualidade (habitualidade).
QUESTÃO COMENTADA
GABARITO: alternativa B.
B
Trata-se de uma questão que cobra de literalidade da lei. Portanto, vejamos o
artigo mencionado pelo enunciado (artigo 3º da CLT):
“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário.”
Como a questão requer a opção que indica requisito irrelevante, só pela leitura
do artigo podemos excluir as alternativas C e D, que dizem a mesma coisa, além
da A, que fala sobre salário. Restam, portanto, a letra B e E. Ora, sabemos que
subordinação, subentendida no trecho “sob a dependência deste”, é algo
inerente à relação de trabalho, tanto que a insubordinação pode acarretar
problemas ao empregado. Dessa forma, o gabarito é letra B, exclusividade
É vital que o contrato cumpra alguns requisitos, são eles: I) agente capaz; II)
idoneidade do objeto; III) forma prescrita ou não defesa em lei e IV) livre manifestação
de vontade. Os elementos que garantem a eficácia do contrato são: I) condição
(suspensiva e resolutiva) e II) termo (inicial e final).
O contrato individual de trabalho deve ser um ato bilateral (considerando apenas
o binômio empregado – empregador, falaremos de terceirização adiante), consensual;
de caráter personalíssimo, sinalagmático (ou seja, com obrigações recíprocas),
comutativo (equivalência entre direitos e deveres), de prestação continuada, ter
alteridade (por haver subordinação) e oneroso (por haver pagamento).
Via de regra, não há exigência de forma para o contrato individual de trabalho,
podendo ser verbal ou escrito, tácito ou expresso. Todavia, a formação da relação
RESUMO
o Contrato de trabalho: acordo correspondente à relação de emprego. O contrato pode
ser tácito ou expresso. O contrato de trabalho é: de natureza privada, sinalagmático,
consensual, intuitu personae, de atividade e oneroso.
o Regra geral: contratos de trabalho sejam por prazo indeterminado.
o A CLT admite, em situações excepcionais, a celebração de contratos por prazo
determinado (por prazo determinado têm duração máxima de 2 anos).
Comentários:
A
Resposta correta: alternativa “A”.
Alternativa A: CORRETA
Art. 75-C, § 2º, da CLT.
Alternativa B: INCORRETA
Art. 75-D da CLT.
Tais utilidades não integram a remuneração do empregado.
Alternativa C: INCORRETA
Art. 62, III, da CLT – segundo expressa disposição legal, o teletrabalho está
excluído do regime jurídico de controle da jornada de trabalho. Há, contudo,
divergência doutrinária acerca da constitucionalidade do dispositivo legal em
comento.
Alternativa D: INCORRETA
Art. 75-C da CLT.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
GABARITO: A.
Comentários:
I - CERTO. É o que preconiza o art. 6º-A, da Lei 10.101/00, que dispõe sobre
a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas e dá outras
providências.
II - CERTO. É exatamente o que está presente no art.10 da nossa
Constituição Cidadã.
III - ERRADO. A estabilidade sindical, conforme o art. 8º, inciso VIII, da
CF/88, assegura ao trabalhador proteção contra dispensa imotivada, não apenas
até o final do mandato, mas sim até um ano depois do término do mandato.
IV - CERTO. É o que diz a súmula n. 378, II, do TST
A resposta correta, portanto, é a letra A.
RESUMO
o Duração de trabalho: tempo de serviço efetivo
o Tempo de serviço efetivo: aguardando ou executando ordens
QUESTÃO COMENTADA
RESUMO
o Férias: direito anual de todo trabalhador, sem prejuízo de sua remuneração.
o Período aquisitivo: após 12 meses trabalhados, o empregado adquire o direito a gozar
um mês de férias
o Período concessivo: o empregador deve, dentro dos 12 meses subsequentes ao período
aquisitivo, conceder as férias ao trabalhador.
o A comunicação das férias deve ser por escrito e com 30 dias de antecedência.
QUESTÃO COMENTADA
OAB – XXVI EOU | 2018: Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco
Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$ 4.000,00 mensais. Além disso, recebia
comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e previdência oferecido e aceito
pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com suas atividades de
caixa, computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos
em referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa
do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge.
Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST,
bem como as disposições da CLT, assinale a afirmativa correta.
A) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração
de Jorge, por se tratar de liberalidade.
C B) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração
de Jorge, porque relacionados a produtos de terceiros.
C) Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de
Jorge.
D) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração
de Jorge, uma vez que ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o
qual Jorge já é remunerado pelo banco.
Comentários:
Resposta correta: alternativa “C”.
Segundo o art. 457, § 1º, da CLT, comissões também integram a remuneração do
empregado.
QUESTÃO COMENTADA
FGV – 2014: Analista de gestão da COMPESA
A licença paternidade e a licença maternidade são benefícios de caráter
previdenciário, introduzidos pela Constituição Federal de 1998. Com relação a essas
licenças, analise as afirmativas a seguir.
I. Em relação à licença paternidade, ocorrendo o nascimento da criança em dias
que antecedem o início do gozo das férias e adentrar a este início, este deverá ser
protelado para o 6º (sexto) dia de trabalho subsequente.
II. A licença paternidade é de 5 dias úteis.
III. O salário maternidade da empregada afastada é pago pelo empregador e
descontado por ele dos recolhimentos habituais devidos à Previdência Social.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
I. CERTO, Segundo o art. 473, III da CLT, a contagem da licença paternidade deve
iniciar-se em dia útil a partir da data do nascimento da criança. Dia útil pois é uma licença
remunerada, na qual o empregado poderá faltar ao trabalho sem implicações
trabalhistas.
Cabe pontuar que a licença paternidade de 5 dias foi concedida pela Constituição
Federal/88 em seu artigo 7º, XIX e art. 10, § 1º, do ADCT. Portanto, somente com a
GABARITO: D.
COMENTÁRIOS:
O período de licença paternidade corresponde a 05 (cinco) dias, encontrando-se
previsto no art. 10, § 1º, do ADCT.
Esse prazo pode ser estendido, na hipótese de a empregadora aderir ao
Programa Empresa Cidadã, resultando na prorrogação da duração da licença
paternidade por 15 (quinze) dias, além dos 05 (cinco) já estabelecidos, totalizando um
período de 20 (vinte) dias, nos termos do art. 1º, II, da Lei n.º 11.770 de 2008,
observados os requisitos legais.
Quanto à licença maternidade, a citada lei prevê a sua prorrogação por 60
(sessenta) dias, além dos 120 (cento e vinte) previstos no art. 7º, XVIII, da CF,
totalizando, assim, 180 (cento e oitenta) dias.
A terceirização é uma relação que tem mais do que dois lados, como era
convencional (empregador-empregado). Via de regra, são partícipes da terceirização: o
empregado, o empregador e a empresa contratante de serviços.
Neste contexto, haverá contrato de trabalho entre a empresa prestadora de
serviços e o empregado, e, entre as empresas prestadora e contratante, um contrato de
natureza civil.
Exemplo: uma escola X contrata uma empresa de limpeza Y para que seja
promovida a higiene de suas instalações. Entre as empresas (escola e empresa de
limpeza) haverá um contrato de direito civil; entre a empresa Y e seus empregados
haverá, evidentemente, um contrato de natureza trabalhista. Desse modo, teremos a
terceirização das atividades de limpeza e conservação, sendo a empresa Y a prestadora
de serviços e a escola X como contratante (ou tomadora) dos serviços.
Cabe pontuar que, com a alteração promovida pela Lei 13.429/2017, a súmula
331 do TST, que antes era extremamente importante, perdeu grande parte de sua
relevância.
Inclusive, em relação às novas regras da terceirização, a lei 6.019 de 1974, em
seu artigo 4º, define “empresa prestadora de serviços” como “pessoa jurídica de direito
privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos.”
Segundo tal artigo, o trabalhador terceirizado não se subordina diretamente à
contratante. Portanto, na terceirização, é a EPS (empresa prestadora de serviço) quem
dirige a prestação laboral (como já dizia a SUM-331 do TST, item III, parte final).
Outra observação é a possibilidade de a empresa prestadora (EPS) de serviços
subcontratar outras empresas (a chamada “quarteirização”).
Exemplo: o Supermercado X contrata a empresa de limpeza Y para realizar a
manutenção de suas instalações. A Y, por sua vez, subcontrata estes serviços da empresa
Z, cujos trabalhadores irão efetivamente realizar a tarefa.
Caso seja a terceirização lícita, não haverá formação de vínculo de emprego dos
trabalhadores terceiros (ou sócios das EPS) com a empresa contratante dos serviços.
Todavia, com a aprovação da terceirização irrestrita (PL 4302), a contratação para
atividade fim passou a ser também lícita.
- TRABALHO TEMPORÁRIO
Sobre trabalho temporário, é preciso ter em mente que o trabalhador
temporário não se confunde com o empregado contratado a prazo determinado (art.
443 da CLT).
O trabalho temporário é regido pela Lei 6.019/74. Nele há uma relação jurídica
trilateral, com a empresa de trabalho temporário (ETT), empresa tomadora de serviços
e o trabalhador, vinculado à primeira.
Já no contrato a prazo determinado, conforme delineado pelo art. 443 da CLT,
não existe empresa de trabalho temporário; é a própria empresa interessada que irá
contratar o empregado a prazo determinado nas hipóteses previstas. Ou seja, a relação
é bilateral.
Sobre a semelhança das hipóteses que permitem as contratações em ambos os
casos, Mauricio Godinho Delgado argumenta que:
“O exame dessas duas hipóteses de pactuação temporária evidencia que não se
diferenciam substantivamente das hipóteses celetistas de pactuação de contrato
empregatício por tempo determinado (art. 443, CLT). De fato, sob a ótica
socioeconômica, as mesmas necessidades empresariais atendidas pelos trabalhadores
temporários (Lei n. 6.019) sempre puderam (e podem) ser preenchidas por empregados
submetidos a contratos celetistas por tempo determinado (art. 443, CLT).”
A lei 6.019/74 define, em seu artigo 4º, empresa de trabalho temporário como
“pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela
colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.”.
Ademais, prazo do trabalho temporário, via de regra, considerando o mesmo
trabalhador e o mesmo tomador, é de 180 dias (ainda que não seja de modo
consecutivo), vide o artigo 10 da lei mencionada acima.
Bem, então um trabalhador, em toda sua vida, pode ser temporário de um
mesmo tomador somente durante esse prazo?
Não, a lei dita acima criou uma “quarentena” de 90 dias, vejamos o artigo a
seguir:
Lei 6.019, art. 10, § 5º O trabalhador temporário que cumprir o período
estipulado nos §§ 1º e 2º deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da
mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do
término do contrato anterior.
RESUMO
Terceirização:
- Hipóteses:1. Serviços determinados e específicos; 2. Sem diferenciação entre
atividade meio x atividade fim.
- Empresa prestadora de serviço (EPS): 1. Capital social conforme número de
empregados; 2. Dirige o trabalho; 3. O terceirizado não se subordina ao contratante.
- Responsabilidade do tomador: em regra, subsidiária.
- Trabalho temporário: substituição transitória; prazo máximo de 180 mais 90
dias.
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Do artigo 189 ao 197, a CLT traça as diretrizes gerais sobre atividades insalubres
e perigosas, temas que foram pormenorizados nas NR 15 (insalubres) e NR 16
(perigosas), respectivamente.
Atividades insalubres, segundo a CLT, são aquelas que exponham empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados.
Os limites de tolerância são estabelecidos em normas do Ministério do Trabalho
e Emprego, de acordo com o tipo de agente. Assim, para que se considere a atividade
insalubre é necessário exposição do trabalhador ao agente em níveis superiores ao
limite de tolerância.
A competência do MTE para caracterizar as atividades como insalubres consta
do artigo art. 190 da CLT. Há acerca do tema uma importante súmula, a 448 do TST.
Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal também é no sentido de que
cabe ao MTE classificar a atividade como insalubre (vide súmula 460 - STF).
Com a Reforma Trabalhista, a autorização prévia do artigo 60, da CLT passou a
ser dispensável, caso haja negociação coletiva nesse sentido, vide art. 611-A, XIII. Outra
mudança foi a respeito da classificação do grau de insalubridade, que antes dependia
das normas do Ministério do Trabalho, mediante perícia (art. 195). Com a Lei 13.467, a
CLT passou a possibilitar que negociação coletiva disponha sobre a referida classificação,
conforme art. 611-A, XII.
RESUMO
• Atribuições:
MTE: 1. Estabelecer normas sobre SST; 2. Fiscalizar o cumprimento dessas
normas; 3. Impor penalidades por descumprimento de normas; 4. Adotar medidas que
se tornem exigíveis (reparos necessários, p.e.)
Empregador: 1. Cumprir e fazer cumprir as normas de SST; 2. Utilizar-se de
ordens de serviço (OS) para evitar acidentes de trabalho; 3. Adotar as medidas
determinadas pelo MTE.
QUESTÃO COMENTADA
CESPE – 2015: Defensor Público
Segundo entendimento consolidado pelo TST, não basta a constatação da
insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao
respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação
oficial elaborada pelo MTE.
Comentário:
CERTO, conforme Súmula 448 do TST, que diz:
“I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que
o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da
atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.”
RESUMO
o A Constituição de 1988 definiu como obrigatório, para trabalhadores urbanos, rurais e
também domésticos o regime do FGTS.
o Conforme a súmula 63 do TST, a contribuição para o Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, incluindo, se houver,
horas extras e adicionais, assim como sobre o pagamento relativo à remuneração das
férias gozadas, décimo terceiro salário e ao período de aviso-prévio, seja ele trabalhado
ou não (Súmula 305 do TST).
QUESTÃO COMENTADA
CESPE – 2010: Advogado da CAIXA (Adaptada)
O membro do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
representante dos trabalhadores, tem estabilidade garantida desde a nomeação até
um ano após o final do seu mandato, que será de dois anos.
OAB – XXV EOU | 2018: Em março de 2015, Lívia foi contratada por um
estabelecimento comercial para exercer a função de caixa, cumprindo jornada de
segunda-feira a sábado das 8h às 18h, com intervalo de 30 minutos para refeição.
Em 10 de março de 2017, Lívia foi dispensada sem justa causa, com aviso prévio
indenizado, afastando-se de imediato. Em 30 de março de 2017, Lívia registrou
sua candidatura a dirigente sindical e, em 8 de abril de 2017, foi eleita vice-
presidente do sindicato dos comerciários da sua região. Diante desse fato, Lívia
ponderou com a direção da empresa que não seria possível a sua dispensa, mas o
empregador insistiu na manutenção da dispensa afirmando que o aviso prévio
não poderia ser considerado para fins de garantia no emprego. Sobre a hipótese
narrada, de acordo com a CLT e com o entendimento consolidado do TST, assinale
a afirmativa correta.
A) O período do aviso prévio é integrado ao contrato para todos os fins, daí porque
Lívia, que foi eleita enquanto o pacto laboral estava em vigor, não poderá ser
C
dispensada sem justa causa.
B) Não se computa o aviso prévio para fins de tempo de serviço nem anotação na
CTPS do empregado e, em razão disso, Lívia não terá direito à estabilidade oriunda
da eleição para dirigente sindical.
C) O aviso prévio é computado para todos os fins, mas, como a candidatura da
empregada ocorreu no decorrer do aviso prévio, Lívia não terá garantia no
emprego.
D) A Lei e a jurisprudência não tratam dessa situação especial, razão pela qual
caberá ao magistrado, no caso concreto, decidir se o aviso prévio será computado
ao contrato.
Comentários:
Resposta correta: alternativa “C”.
A questão exigiu do candidato o conhecimento da Súmula 369 do TST.
OAB – XXV EOU | 2018: Ferdinando trabalha na sociedade empresária Alfa S.A.
há 4 anos, mas anda desestimulado com o emprego e deseja dar um novo rumo
à sua vida, retornando, em tempo integral, aos estudos para tentar uma outra
carreira profissional. Imbuído desta intenção, Ferdinando procurou seu chefe, em
08/03/2018, e apresentou uma proposta para, de comum acordo, ser dispensado
da empresa, com formulação de um distrato. Diante do caso apresentado e dos
termos da CLT, assinale a afirmativa correta.
A) A realização da extinção contratual por vontade mútua é viável, mas a
indenização será reduzida pela metade e o empregado não receberá seguro
desemprego.
A B) A ruptura contratual por consenso pode ser feita, mas depende de
homologação judicial ou do sindicato de classe do empregado.
C) O contrato não pode ser extinto por acordo entre as partes, já que falta
previsão legal para tanto, cabendo ao empregado pedir demissão ou o
empregador o dispensar sem justa causa.
D) O caso pode ser considerado desídia por parte do empregado, gerando então
a dispensa por justa causa, sem direito a qualquer indenização.
Comentários:
Resposta correta: alternativa “A”.
Fundamento: art. 484-A da CLT.
Uma novidade trazida pela Reforma está no art. 507-B, que traz o termo de
quitação anual: documento em que o trabalhador declara que foram recebidas todas as
parcelas devidas (horas extras, adicionais, etc.).
Outra alteração importante é a criação de nova modalidade de justa causa (art.
482, “m”). São os casos de perda de habilitação para exercício da profissão, exemplo:
advogado que tem seu registro cassado na OAB.
Por fim, outra inovação que merece destaque é a criação de nova hipótese de
estabilidade provisória, referente aos representantes dos empregados na comissão de
entendimento direto com o empregador. A estabilidade vai do registro da candidatura
até 1 ano após o fim do mandato (art. 510-D, § 3º, da CLT).
RESUMO
QUESTÃO COMENTADA
Comentários:
À época, o gabarito foi (B), pois I, III e IV estavam corretas. Atualmente, em
virtude da alteração da súmula 244, o gabarito seria (E).
GABARITO: D.
Comentários:
Ao caso hipotético narrado no enunciado da questão, aplica-se o previsto no art.
482, m, da CLT, de modo que o fato de Gerson ter perdido sua habilitação para dirigir
em razão de conduta dolosa possibilita ao seu empregador demiti-lo por justa causa,
situação descrita na assertiva D.
RESUMO
o O sindicato é uma associação de pessoas físicas ou jurídicas de uma mesma atividade
econômica ou profissional.
o São órgãos do sindicato: assembleia geral, diretoria e conselho fiscal.
o A participação na greve suspende o contrato de trabalho.
o É proibida a contratação de trabalhadores substitutos.
o Lockout é a paralisação das atividades da empresa, por iniciativa do empregador. É
proibida, de acordo com o art. 17 da Lei n. 7.783/89.
QUESTÃO COMENTADA
Comentário:
Gabarito (D), conforme definido pelos artigos 3º e 13 da Lei 7.783/89, que vimos
no presente tópico.
RESUMO
o CCP:
• Faculdade de empresas e sindicatos;
• Visa a conciliação dos conflitos individuais do trabalho;
• Composição paritária: igual número de representante dos empregados e dos
empregadores;
• CCP pela empresa: 1. Entre 2 e 10 membros titulares; 2. Igual número de
suplentes; 3. Metade dos membros indicada pelo empregador; 4. Outra metade eleita
pelos empregados; 5. Mandato de 1 ano, sendo possível uma recondução.
• Frustrada a tentativa de conciliação: fornecida declaração
• Aceita a conciliação: lavrado termo, cujo valor é de título executivo
extrajudicial.
QUESTÃO COMENTADA
RODADASDE PL
ANOSDE
PROVAORAL
SI
MUL
ADOS ESTUDOS
RODADASDE COACHI
NG
ESTUDO DI
RIGI
DO
L
IVRO DI
GIT
ALi
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