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Sumário

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3

2 CONCEITOS ............................................................................................................ 4

3 GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO ........................................ 8

4 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO .................................... 14

5 IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS ............................... 15

6 REQUISITOS LEGAIS E OUTROS ....................................................................... 18

6.1 Objetivos do Segurança e Saúde no Trabalho - SST .......................................... 18

6.2 Programas de gestão .......................................................................................... 19

6.3 Competência, treinamento e experiência ............................................................ 19

6.4 Comunicação ...................................................................................................... 20

6.5 Documentação e Controle de documentos ......................................................... 21

6.6 Controle Operacional .......................................................................................... 22

6.7 Preparação e atendimento a emergências .......................................................... 23

7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI .......................................... 24

8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC ......................................... 28

9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 30

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno,

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.

Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa


disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.

A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser


seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 CONCEITOS

Para conceituar segurança do trabalho, é preciso entender que se trata de um


conjunto de normas, medidas, atividades e também ações preventivas, que são
adotadas com o intuito de melhorar e garantir a segurança no ambiente de trabalho.
Através de técnicas específicas e de estudos, analisa-se quais seriam as possíveis
causas dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, buscando evitar doenças
ocupacionais e acidentes de trabalho, protegendo a integridade física dos
trabalhadores, e prevenindo novos incidentes que possam vir a afetar a qualidade de
vida dos trabalhadores no trabalho da empresa.

A segurança do trabalho é uma área de extrema importância para qualquer


negócio, pois trata da qualidade de vida e da manutenção de um ambiente de trabalho
seguro, o que afeta diretamente a produtividade e até reduz custos, pois, ações evitam
custos com tratamentos, acidentes com funcionários e até ações judiciais.

A atuação dos profissionais na segurança do trabalho visa proporcionar um


ambiente livre de riscos de acidentes e de doenças ocupacionais, sempre em caráter
preventivo, isso para evitar possíveis danos ao empregado que afete também a
empresa. Que no Brasil é referenciada pelas Normas Regulamentadoras (as
chamadas NR) e através de decretos e portarias que fundamentam o trabalho e o
desempenho das atividades ocupacionais.

É importante para cada empresa ter uma equipa e especialistas que podem
ser: técnicos, médicos, superior e enfermeiros do trabalho. O tamanho da equipe varia
em função do número de funcionários e do nível de risco do negócio.

Como já exposto, há muitos objetivos, mas vale destacar alguns como,


proporcionar qualidade de vida evitando acidentes e doenças ocupacionais, como:
dores e lesões no corpo ou limitações nas atividades cotidianas, seja temporária ou
permanente.

E esses objetivos podem variar de acordo com o segmento de cada negócio,


mas, a maioria são:

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O direito do trabalho foi o primeiro dos direitos sociais a surgir e é, sem dúvida,
pelo seu poder generalizado, o motor da construção de muitos outros direitos sociais,
entre os quais são relacionados com a educação, saúde, alimentação, habitação,
entretenimento, segurança, previdência social, maternidade e proteção à criança e
assistência aos pobres.

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Sobre o processo construtivo do direito do trabalho, por consequências dos
demais direitos sociais, originou-se do conflito de classes. Sua edificação e
crescimento, de outra forma, decorreram de diversos acontecimentos historicamente
favoráveis. Acerca dessa história constitutiva do direito do trabalho, sem dúvidas
pode-se dizer que é inexplicável o poder que as coisas parecem ter quando elas
precisam acontecer.

O ramo jurídico analisado, parece ter surgido da força do inevitável, do


imutável. Tem que acontecer, é por isso que acontece: muitos fatores vinculam e
contribuem para a valorização dos direitos sociais, incluindo a construção de um
sistema jurídico capaz de proteger os trabalhadores de comportamentos abusivos por
parte do empregador. Se o direito do trabalho, como regulação normativa estatal ou
origem comum não existisse, a história do conflito entre capital e trabalho certamente
seria diferente.

Por volta do século XIX, justamente na época em que surgiram as primeiras


normas de proteção ao trabalho, convergiram, quase simultaneamente,
acontecimentos históricos importantes para a consolidação do movimento operário:
os trabalhadores da delegação passaram a organizar procedimentos, ideias a partir
das lutas que eles começaram a popularizar, o modelo ideológico guiado por Karl Marx
e até mesmo a Igreja Católica, que tradicionalmente não participava dos conflitos
sociais, publicou, em resposta ao socialismo iminente, a Encíclica Rerum Novarum,
que clamava pela harmonia entre capital e trabalho tendo em vista as evidências dos
novos tempos.

Para melhor entendimento, observe o mapa mental que mostra a história do


direito do trabalho em quatro fases:

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Vale destacar mais uma vez que, a “Lei do Trabalho” e a “Lei da Segurança do
Trabalho” visam garantir as melhores condições dos trabalhadores através das
medidas de proteção estipuladas pela legislação laboral. Para proteger a saúde dos
trabalhadores, a segurança do trabalho é implementada de forma eficaz, pois os
colaboradores mais afetados pelos fatores de risco são os próprios colaboradores. Os
empregadores têm a sensação de que não têm apenas uma visão lucrativa,
consideram o quanto de dinheiro pode ser feito na economia com a compra de

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equipamentos de proteção individual de qualidade inferior, deixando assim de
proteger de forma eficaz a vida dos trabalhadores.

3 GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

As empresas devem ser protegidas dos riscos de degradação do ambiente de


trabalho, garantindo o bem-estar físico, social e principalmente mental dos
colaboradores. Para minimizar ou eliminar os danos causados por ferimentos ou
acidentes que podem ocorrer no local de trabalho, muitas organizações desenvolvem
e implementam sistemas de gestão para fins de segurança e saúde ocupacional.

Os principais motivos pelos quais as empresas investem nesse tipo de sistema


são os custos e a responsabilidade social. A partir dessas perspectivas, as empresas
veem as vantagens competitivas que acabam motivando a continuar promovendo a
Segurança e Saúde do Trabalho - SST.

Se por acaso acontecer algum acidente, mesmo que resulte ou não em lesões
aos trabalhadores, isso gerará um prejuízo econômico significativo, afinal, todos os
custos diretos e indiretos resultantes serão abonados no custo de produção, ao qual
reverterá em ônus para a empresa e, portanto, para todas as partes interessadas.
Vale ressaltar que a maioria dos empresários visualizam apenas os custos diretos
relacionados aos acidentes, enquanto que, os custos indiretos podem ser de maiores
que o custo direto.

Para aferir a amplitude destes custos, é importante referir que sempre que
acontecer algum tipo de acidente, por mais simples que seja, este passará a incorrer
numa série de custos diretos e indiretos e normalmente esses custos não são
claramente percebidos e caracterizados pela organização.

Os custos com a não-segurança são os principais custos envolvidos com os


acidentes (diretos e indiretos) que podem possuir maior ou menor abrangência, dadas
as características do acidente; e o custo da segurança explica os principais custos da
segurança sendo que, esses custos podem ser maiores ou menores por serem

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funções do tipo de obra, de duração, de número de funcionários e também da eficácia
da gestão da SST na empresa.

O simples fato de conhecer a existência dos custos da não-segurança e da


segurança é primordial para gerentes e diretores, pois, não conhecer é um dos fatores
que levam as empresas à negligenciada SST, por se tratar de um assunto com
obrigações legais. Portanto, a de se concluir que as avaliações de investimentos em
segurança das organizações, como as decisões de implementação do SGSST e
outras decisões operacionais, necessitam serem feitas por meio de uma análise de
escopo, dos custos da não-segurança e dos custos da segurança.

No âmbito da responsabilidade social, surge a importância da implementação


socialmente responsável das empresas, uma vez que cada empresa deve ter um
processo contínuo de reavaliação do seu ambiente interno e externo, para identificar
como as suas atividades podem afetar direta e indiretamente a qualidade dos seus
colaboradores, as comunidades vizinhas, as instituições com as quais entra em
contato e a sociedade, possibilitando uma atividade que promova as mudanças
necessárias.

As empresas devem ser “vistas” como sistemas sociais, cujos membros


dividem valores e culturas comuns, que formam a base da consciência corporativa.
Portanto, pode-se dizer que as empresas têm consciência e podem ser moralmente
responsáveis por seus atos. Assim, a questão dos acidentes de trabalho é
considerada como um dos fatores integrantes da responsabilidade social das
organizações.

O sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional deve ser considerado


como uma ferramenta de gestão para auxiliar na melhoria da atuação das construtoras
em SST, tudo que é a necessidade básica da organização, dos colaboradores e da
sociedade. Porém, existe um grande número de empresas construtoras que não
conhecem o SST, não conhecem os elementos, os conceitos envolvidos, e os
resultados e benefícios que podem advir de sua implementação.

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Para implementar adequadamente um sistema de gestão de segurança e
saúde ocupacional, é importante conhecer os níveis de desempenho de segurança e
saúde ocupacional que as organizações podem demonstrar, pois o objetivo
fundamental do sistema é implementar esta implementação. Esses sistemas de
gestão podem ajudar as empresas a alcançarem um nível de melhoria contínua com
mecanismos sistemáticos e baseados no desempenho. Sendo assim, observe alguns
conceitos básicos que toda organização precisa ter conhecimento:

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Nesse sistema, os elementos exigem um processo contínuo de revisões e
avaliações, como parte do conceito de melhoria. Deve-se sempre tomar cuidado para
melhorar e minimizar quaisquer incompatibilidades de saúde e segurança. E para
essa avaliação, a identificação de um item com alto percentual ou alto índice de não

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conformidade pode ser usada como um indicador de preferência para eliminar a não
conformidade ou reduzi-la aos padrões estabelecidos na norma especificada.

A formulação do conceito de sistema de gestão de SST surge da teoria dos


sistemas e do pensamento sistêmico para constituir uma visão global da SGSSTs,
que é essencial para as organizações que desejam implementa-la. Os elementos
básicos do SGSST, leva em consideração os requisitos propostos pela norma NBR -
18.801, que são desdobrados sistematicamente nos elementos básicos conforme a
ilustração:

Para cada elemento é apresentado uma análise crítica do requisito em relação


aos seus objetivos específicos, e ao entendimento do seu conteúdo também, isso
através de uma revisão bibliográfica do assunto das explicações que são
apresentadas pelas normas e guias relacionadas aos SGSSTs.

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4 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

O objetivo deste requisito é definir a direção geral da empresa e as diretrizes


de ação na área de saúde e segurança no trabalho. Essas diretrizes devem incluir
elementos que sejam efetivamente respeitados pela empresa e claramente
destacados. A política deve ser autorizada pela alta administração, delineando as
metas gerais de saúde e segurança e um compromisso com a melhoria das operações
de saúde e segurança.

A empresa deve basear suas políticas em seus respectivos objetivos e


programas de gestão de saúde e segurança no trabalho. A implementação da política
e missão da empresa face a objetivos quantificáveis, levada a cabo consecutivamente
a todos os níveis da organização, para permitir que as pessoas saibam exatamente
como contribuem, ajudam a empresa a gerir facilmente, tornam a empresa mais
flexível e dinâmica.

Em suma, uma política de SST é uma carta de intenções, que deve incluir
pontos que a empresa realmente realiza e podem ser claramente destacados. O nível
de comprometimento do conselho com a segurança pode ser demonstrado de várias
maneiras. Ainda que possam ser constituídas as políticas, nessas questões, o
Conselho pode fazer a mais forte declaração de seu compromisso com a segurança,
ou seja, nas formas de intervenção.

O compromisso com a implementação da política de segurança deve ser, antes


de mais, da responsabilidade do conselho de administração, não sendo deixado a
cargo dos trabalhadores. Alguns autores sugerem medidas que precisam ser
adotadas para uma implementação efetiva, tais como: participar ativamente dos
esforços de implementação de políticas de segurança; reconhecer funcionários que
implementam políticas; demonstrar continuamente suporte para políticas de
privacidade.

O Certificado de Aprovação de Instalações (NR-02) define que, qualquer


estabelecimento novo, deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão

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regional do Ministério do Trabalho e Emprego – TEM, antes de iniciar suas atividades,
pois logo após inspeção prévia, será emitido o CAI.

Esta política deve ser comunicada a todos os colaboradores da empresa de


forma que todos compreendam, sem necessidade de memorização. Pode ser
divulgado por murais, palestras, cartazes, etc.

5 IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS

É necessário que a empresa estabeleça e mantenha procedimentos que


identifiquem os perigos, que avalie os riscos e implemente medidas de controle
necessárias, além de documentar e manter essas informações. Deve buscar
conhecimento adequado dos perigos e riscos em seu ambiente de trabalho,
estabelecer um sistema que permita a criação de um inventário de perigos e perigos
futuros a serem identificados e tratados de forma adequada.

Essa tendência no Brasil, pode ser percebida na indústria da construção civil


através das normas regulamentadoras, pois estas, formam respectivamente os
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção-
PCMAT e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais- PPRA, e estes, devem
ser implementados pelas empresas de forma que contemplem obrigatoriamente ao
processo de identificação prévia de riscos e perigos propícios no ambiente de
trabalho.

Algumas empresas realizam a identificação de riscos e perigos de maneira


informal, ou seja, de formal não planejada, com base apenas na experiência de seus
técnicos de SST, um exemplo são as construtoras, muita das vezes sem a
preocupação com os riscos reais oferecidos, apenas pelo intuito exclusivo de
obedecer a uma imposição legal.

A gestão de riscos é imprescindível, isso porque auxilia na tomada de decisões


na área de saúde e segurança, permitindo uma melhor alocação de recursos.
Também auxilia no processo de definição das medidas de controle, para assim, avaliar
quais riscos são aceitáveis e quais devem e podem ser controlados no futuro. Esses

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dados devem auxiliar no estabelecimento de metas e programas, direcionando
recursos para as áreas que mais importam, levando a melhores relações de custo-
benefício.

Ressalta-se que não é possível eliminar todos os riscos e perigos existentes no


ambiente de trabalho, portanto, uma gestão de riscos eficaz e bem executada é
imprescindível. Este procedimento deve buscar profunda e continuamente para
reduzir os existentes.

Com base na identificação de perigos e riscos, a empresa deve buscar


processos que possam contribuir para a redução destes estabelecendo controles
necessários para esse processo. Nesse sentido, vários fatores precisam ser
considerados, tais como: nível de risco existente, custo, viabilidade de controle e
possibilidade de introdução de novos perigos, origem (perigo), meio ambiente e
pessoas, e os controles mais rígidos estão nas fontes mais eficazes, e eficientes
serão.

Os controles operacionais na fonte necessitam priorizar a eliminação de perigos


ou a prevenção de sua presença, pois, uma vez que não existam, não haverá
acidentes ou danos aos trabalhadores. Ressalta-se que essa forma de controle pode
exigir a adoção de novas tecnologias, mudanças significativas no processo e,
consequentemente, maiores investimentos para resultados mais substanciais, maior
proteção ao trabalhador e melhor desempenho profissional.

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Sobre o controle de pessoas, fundamenta-se no estabelecimento de
parâmetros de pensamentos e ações dos trabalhadores, com o objetivo de garantir
que o processo seja realizado com segurança. Isso deve ser usado como último
recurso, apenas nos casos em que não seja possível alcançar um método viável de
tornar o ambiente de trabalho totalmente seguro.

Para atender a esse requisito de maneira eficaz, é necessário um


gerenciamento de risco sistemático e proativo para garantir que todos os perigos
atuais e futuros sejam identificados com segurança com antecedência, a fim de prever
e planejar como probabilidades.

Ao identificar perigos e avaliar riscos, as empresas podem avaliar o que é


aceitável e controlável e como esse controle pode ser exercido. Deve-se notar que
este processo deve ser realizado no início da implementação de Sistema de Gestão
de Segurança e Saúde no Trabalho - SGSST, em intervalos regularmente definidos,
ou quando necessário, pois suas condições não são estáticas e novos perigos podem
surgir a qualquer momento, mesmo que sejam devido à fatores externos de
mudanças, incluindo novos trabalhos, a introdução de novos materiais, equipamentos
e serviços. SGSST é um processo de desenvolvimento dependente do conteúdo

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estrutural da empresa, é necessário levar em conta mudanças, atualizações e
principalmente atividades.

6 REQUISITOS LEGAIS E OUTROS

Antes de tentar implementar um SGSST, deve-se sempre pesquisar e conhecer


os padrões relevantes relacionados a SST. A empresa deve estabelecer e manter um
procedimento para definir e acessar a legislação e outros requisitos de saúde e
segurança ocupacional que se aplicam a ela.

As regras, leis e outras informações devem ser mantidas atualizadas. Convém


que informações relevantes sobre a legislação e outros requisitos sejam comunicadas
aos seus funcionários e outras partes interessadas junto aos participantes do
processo. A falta de um processo adequado para identificar e fazer cumprir as leis e
normas nas empresas pode contribuir para o seu não cumprimento e levar a multas,
embargos e acidentes.

O ideal é que a empresa possua cadastro com o original e tenha cópias


atualizadas disponíveis para consulta aos interessados, recomendamos que no caso
das construtoras que cada obra tenha seu próprio acervo documental bem como o
controle de utilização.

6.1 Objetivos do Segurança e Saúde no Trabalho - SST

As metas devem ser planejadas com antecedência e claras, para que possam
ser alcançadas. A empresa deve justificá-los, com base na política de SST, porque,
como tal, enquanto a política estabelece os compromissos a assumir, os objetivos
estabelecem os objetivos a atingir. A partir daí um termômetro de análise de estoque
pode ser configurado.

Cada objetivo está vinculado a um Programa de Sistema de Gestão da SST e


para cada objetivo e indicador do programa, são identificados de forma que os
objetivos possam ser medidos e analisados se estão sendo cumpridos com sucesso

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ou não. Desta forma, o conselho pode realizar uma análise crítica, permitindo uma
avaliação eficaz do desempenho do SGSST e com base em fatos verificados. Isso
permite um trabalho mais organizado e eficiente.

6.2 Programas de gestão

Os programas de gestão de SST precisam ser constituídos e documentados de


forma a permitir a comunicação de todos os envolvidos no processo de
implementação. O programa deve incluir alguns elementos básicos como: definição
clara e objetiva das responsabilidades de cada funcionário em todas as áreas da
empresa; identificar atividades; recursos necessários; e prazos para o seu
desenvolvimento.

6.3 Competência, treinamento e experiência

Um processo deve ser estabelecido para identificar e fornecer as competências


necessárias para o desempenho de cada cargo existente na empresa. As seguintes
fontes podem ser levadas em consideração:

As competências devem ser instituídas e documentadas, no mínimo, no que


diz respeito ao treinamento escolar, cursos teóricos e práticos realizados, e tempo de

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experiência em uma determinada função. As decisões devem ser claras e orientadas
para seus trabalhadores. Esses documentos constituem a base para novas
contratações, mudanças de empregos e identificação de novas necessidades de
treinamento, para garantir que nenhuma pessoa com deficiência execute as
atividades.

Existe na construção civil uma grande dificuldade quanto às mãos-de-obra


operacional e gerencial, levando em conta que, na maioria das vezes não oferecem
qualificações necessárias. Especialmente para a indústria da construção, o
treinamento prático demonstrando práticas seguras é muito melhor para construir um
comportamento seguro do que a instrução em sala de aula com testes escritos.

6.4 Comunicação

Esse requisito deve ser desenvolvido por meio de um procedimento que


forneça um sistema confiável, que estabeleça uma boa comunicação entre a
administração e os funcionários e vice-versa, entre a empresa e todas as partes.
Encorajar a comunicação entre diferentes locais é uma forma importante de melhorar
as operações de negócios.

A empresa recomenda que os funcionários participem das boas práticas de


SST e apoiem a política de SST da empresa. Como meio de comunicação, as
instruções de serviço devem ser preparadas para serem utilizadas pelos funcionários
da empresa ou partes interessadas. Como por exemplo convidados e contratados,
dependendo do serviço e das partes interessadas para a implementação de outros
meios, que também podem ser utilizados, sendo eles: quadros de avisos contendo
dados sobre o desempenho de SST; distribuição de cópias dos procedimentos do
SGSST; cartas de advertência, etc. Vale ressaltar que todas essas ações devem ser
documentadas.

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6.5 Documentação e Controle de documentos

De forma a responder às necessidades da empresa e ser compatível com as


características da empresa, o documento deve ser desenvolvido num formato
específico, pois é um elemento importante para a realização de qualquer processo
relacionado com a empresa. Comunicação, permitindo o conhecimento existente em
SST deve ser permanentemente mantido e melhorado.

Entre os requisitos mínimos estão os registros que são: legíveis, reconhecíveis


e rastreáveis para as atividades envolvidas. Os registros de saúde e segurança
ocupacional devem ser classificados e mantidos de forma que possam ser
recuperados em condições regulares e não rotineiras, incluindo emergências.

Os documentos gerados para o sistema de gestão devem ser controlados por


procedimento que garanta que sejam elaborados e divulgados de forma organizada,
permitindo a devida organização. Também deve ser elaborado um manual contendo
informações relevantes que expliquem o funcionamento do sistema de gestão de
segurança e saúde ocupacional em geral e em uma linguagem acessível aos
diferentes níveis de ensino que a empresa espera.

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6.6 Controle Operacional

Fonte: https://bit.ly/3FR9ENL

Neste requisito, é necessário avaliar o risco e identificar o perigo a fim de aplicar


medidas de controle. Para isso, devem ser desenvolvidos procedimentos para ações
de controle, como EPI, EPC, de máquinas e equipamentos, entre outros. Para nomear
os controles operacionais, é preciso diversos fatores como:

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A realização de controles operacionais pode levar à introdução de novos
perigos, ou seja, possíveis efeitos colaterais. Um exemplo dessa situação é a
substituição do transporte manual de tambores pelo transporte motorizado, onde a
probabilidade de lesão muscular é reduzida, mas surge a possibilidade de
esmagamento de transeuntes com dispositivo motorizado.

Assim, o controle operacional deve priorizar a eliminação do perigo ou, caso


não seja possível, buscar minimizar os riscos, ou seja, reduzir a gravidade dos danos
que pode gerar ou reduzir a probabilidade de sua ocorrência.

6.7 Preparação e atendimento a emergências

A partir dos dados referentes aos perigos existentes, a empresa precisa


determinar quais são as hipóteses de emergência possíveis, tendo em conta os novos
riscos e situações de emergência que possam surgir na instalação de novos
equipamentos, serviços e materiais. Lembrando que nenhuma atividade pode ser
realizada com segurança, pois toda emergência deve ser planejada, pensada,
praticada e por fim, executada pela empresa.

A vista disso, esse requisito determina que a empresa deve ter planos ou
procedimentos de emergência em vigor, e deve determinar como agir em qualquer
situação de emergência, e que o evento de emergência, preparação (disponibilidade
de recursos para uma possível emergência) e atendimento (como detecção,
comunicação, avaliação) e seja feita a mobilização de recursos para o controle de
emergências.

O procedimento Deverá conter alguns itens básicos nesse procedimento, como


sinalização das rotas de fuga e saídas emergências; sistemas de iluminação de
emergência; responsabilidade desempenhada por cada um em situação de
emergência como coordenar evacuação, prestar primeiros socorros, combater
incêndio, acionar agentes externos; treinamentos e qualificações necessárias; mapas
e plantas com a rotas de fuga identificadas; localização dos equipamentos de

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emergências, método de identificação dos brigadistas e socorristas, como visitantes e
subcontratados são orientados para atuar nas situações de emergência.

Portanto, é possível afirmar que a eficácia durante as emergências se dá em


função da qualidade do planejamento, dos treinamentos e simulados utilizados.

7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

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O Equipamento de Proteção Individual (EPI), é um dispositivo fundamental e
indispensável para a proteção dos trabalhadores, e todos sabem que os EPIs têm
como finalidade assegurar a saúde e a segurança física desses trabalhadores.

O uso do EPI é de grande importância, levando em conta que muitas situações


podem ser evitadas pelo seu uso. A NR 6 estabelece determinações e obrigações de
cada um para com os equipamentos, seja o fabricante, a empresa ou mesmo o
colaborador. Se todos fizerem sua parte com muita atenção e cuidado, o número de
acidentes diminuirá. Portanto, é sempre útil conscientizar sobre a importância do uso
de EPI, a importância de conhecer cada risco, as boas práticas com os equipamentos
ou com as atividades realizadas.

As normas não são as mesmas e por isso os equipamentos também podem


sofrer algumas alterações de país para país. Observe alguns EPIs mais utilizados:

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O anexo I da NR apresenta a relação dos equipamentos de acordo com a área
do corpo em que oferece proteção, veja abaixo essa divisão dos EPIs existentes no
mercado para a proteção do trabalhador:

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Aqui foram apresentados somente alguns tipos de EPI necessários para
garantir a segurança e o bem-estar de seus funcionários. São inúmeros os aparelhos
e as empresas devem conhecer as normas nacionais, contar com especialistas em
segurança do trabalho, treinar suas equipes, ter CIPA e, acima de tudo, investir na
sua saúde dos trabalhadores.

8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC

Os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC é de uso coletivo, ou seja, tem o


objetivo de proteger a saúde e a integridade física dos profissionais que trabalham em
ambientes que podem apresentar riscos. Este dispositivo pode proteger contra
diversos tipos de riscos, desde químicos, físicos, biológicos e também ergonômicos.

Em alguns casos, a ausência do EPC pode levar ao embargo do projeto ou da


empresa, no caso do controle do Ministério Público. A característica principal do EPC
é a sua prevenção de acidentes tanto para os funcionários quanto para outras pessoas
no local de trabalho. Com isso, é possível reduzir perdas e aumentar a produtividade
da empresa por meio da melhoria das condições de trabalho.

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Estes equipamentos possuem como vantagem a proteção a todos os
funcionários ao mesmo tempo, por todos usarem e serem beneficiados pelos
equipamentos. Veja alguns exemplos:

A utilização de equipamentos de proteção coletiva desempenha um papel


fundamental na redução do número de acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Estes equipamentos coletivos não precisam ser trocados com frequência, exige
apenas o investimento inicial para adquirir, e a sua manutenção periódica.

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9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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Trabalhadores: uma análise da Declaração da Organização Internacional do
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