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1. INTRODUÇÃO
de Excelência Industrial em Manutenção
Desde seu surgimento no Japão nos pelo total sucesso de implantação deste
anos 70 (figura 1), a partir das já naquela sistema. A metodologia TPM tem sido
época existentes técnicas tradicionais de aplicada então em todo o Mundo nos mais
manutenção corretiva e preventiva, a diversificados ramos industriais, sendo que
Manutenção Produtiva Total ou do inglês o seu sucesso de implantação está
"Total Productive Maintenance" diretamente ligado a um profundo
(respectivamente MPT e TPM) tem se engajamento de todos os funcionários da
tornado continuamente uma importante empresa e constitui uma parte fundamental
técnica de apoio aos modernos sistemas de sua gestão estratégica. No Brasil a
atuais de produção industrial, tais como a metodologia do TPM foi introduzida em
produção "limpa", sistema de produção 1981 por Nakajima ("pai do TPM"), onde
"puxada" e "Just-in-Time". Esta moderna desde lá algumas empresas já puderam
filosofia de trabalho foi aplicada pela concorrer ao prêmio "TPM" do JIPM,
primeira vez na empresa Nippondenso, do órgão máximo de dessiminação do TPM
grupo Toyota, através do Instituto JIPM no mundo.
(Japan Instituto Productive Management)
em 1971, onde foi conferido a ela o prêmio
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Desde a sua introdução na Toyota "8 pilares" fundamentais para ser aplicada
Nippondenso até os dias atuais, toda a em toda a estrutura da empresa, focando
metodologia TPM tem passado por reduzir todas as suas perdas em zero. A
profundas mudanças estruturais, as quais atual terceira geração (a partir de 1997)
são fortemente dependentes da presença de está baseada também em 8 pilares e tem
todos os desenvolvimentos tecnológicos como principais fundamentos a redução de
com o decorrer dos anos. Assim, a custos em toda a empresa, sendo que a
filosofia do TPM pode ser subdividida em manutenção dos equipamentos de
TPM de 1a, 2a e 3a geração. A primeira produção é realizada em grande parte com
geração do método TPM, baseada em "5 base em estudos de "confiabilidade"
pilares" fundamentais, foi focada através de probabilidades estatísticas. Esta
diretamente para as linhas de produção última geração possibilitou uma
industrial com o objetivo de reduzir em considerável melhoria na capacidade
"zero" as perdas em dispositivos, máquinas produtiva, na qualidade e nos prazos de
e outros equipamentos envolvidos no entrega das empresas, isto é, uma
processo de produção industrial. A otimização de toda a logística de produção
segunda geração da metodologia TPM (a industrial "Supply Chain Management"
partir de 1989) foi desenvolvida na base de (figura 2).
Não só no Japão, mas também nos poderosa ferramenta industrial que deve
Estados Unidos, países europeus e, além ser utilizada pelas empresas de forma
disso, no Brasil, os conceitos de contínua e focada para os seus objetivos
Manutenção Produtiva Total têm sido reais globais definidos em sua política
empregados com muito sucesso em vários estratégica. O TPM é e será certamente
ramos empresariais, criando também uma das bases fundamentais para a
excelentes aspectos positivos em relação à implantação e manutenção do Sistema de
motivação de seus funcionários. O correto Gestão da Qualidade Total nas empresas
emprego da metodologia TPM é (TQM - Total Quality Management).
reconhecido atualmente como uma
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TPM - Manutenção Produtiva Total
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TPM
Realizada pelo departamento de manutenção e operadores de máquinas
Manutenção em Confiabilidade
(Antes de falhas ou quebras de máquinas)
Realizada pelo departamento de manutenção e outros especialistas
Manutenção Preventiva
(Antes de falhas ou quebra de máquinas)
Realizada pelo departamento de manutenção
Manutenção Corretiva
(Após falha total ou quebra do equipamento)
Realizada pelo departamento de manutenção
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Principais Tipo de
Manutenção
Industrial
Manutenção Manutenção
preventiva corretiva
MANUTENÇÃO CORRETIVA
industrial que trabalhe apenas sob base dos
conceitos fundamentais da manutenção
Este tipo de manutenção está associado corretiva deve ser capaz de reagir o mais
com “panes” em máquinas ou rapidamente possível a todas as possíveis
equipamentos de produção, as quais levam falhas dos equipamentos no "chão de
à paradas inesperadas e indesejadas. fábrica". Muitas vezes, quando não há
Assim, na manutenção corretiva não existe disponibilidade imediata de peças de
nenhum tipo de pré-planejamento de
atividades de manutenção industrial por reposição no estoque, deve ser recorrido a
parte do departamento de manutenção da fornecedores externos de peças de
empresa. A utilização somente deste tipo A reposição,
Início doo que encarece em muitos casos Final da vida
de manutenção em uma empresa conduz v os funcionamento
custos de manutenção industrial. Emútil do
Avarias Normais
inevitavelmente a um elevado estoque de a alguns casos," quando a empresa possui,
da máquina equipamento
peças de reposição para suportar as falhas r por exemplo, várias máquinas do mesmo
e quebras dos equipamentos, o que i tipo ou máquinas que não são consideradas
provoca certamente um elevado custo a como "gargalos", pode ser adotado uma
industrial. Este é muitas vezes o meio mais s política de gestão de manutenção baseada
caro de gerência de manutenção. em ações corretivas.
Geralmente à manutenção corretiva está
associado ainda um enorme tempo de Tempo de Vida
parada não-planejada de máquinas para
serem corrigidas suas panes por parte do (FIGURA 5): Avarias de equipamento em
departamento de manutenção, e com uma função de seu tempo de vida
perda assim muito elevada na eficiência
total do equipamento. Uma planta
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reposição no estoque, deve ser recorrido a fábrica ainda dentro de seus períodos de
fornecedores externos de peças de vida útil fornecidos pelos fabricantes,
reposição, o que encarece em muitos casos mesmo que elas não tenham atingindo
os custos de manutenção industrial. Em ainda seus desgastes máximos. Neste caso,
alguns casos," quando a empresa possui, podem ocorrer custos de processo
por exemplo, várias máquinas do mesmo onerosos para empresa, principalmente por
tipo ou máquinas que não são consideradas tempo de paradas excessivas, quando não
como "gargalos", pode ser adotado uma há a disponibilidade imediata de peças de
política de gestão de manutenção baseada reposição no estoque. Esta questão exige
em ações corretivas. dos profissionais do departamento de
manutenção uma enorme experiência
prática, de modo que possa ser previsto um
estoque de peças de reposição que possa
MANUTENÇÃO PREVENTIVA cobrir toda a "imprevisibilidade das
falhas" dos equipamentos. Outra questão é
Outra forma de ser realizada a que a manutenção preventiva rotineira,
manutenção industrial é a denominada principalmente quando existe uma falta de
"manutenção preventiva", a qual está experiência em relação a uma determinada
ordenada dentro dos principais tipos de máquina em estudo, provoca intervenções
manutenção industrial (figura 4). Este tipo desnecessárias no processo produtivo que
de manutenção é fundamental em podem ocasionar uma elevada perda de
máquinas com uma elevada importância produtividade industrial.
dentro de uma linha de produção (por A curva de "tempo médio de falha do
exemplo, as máquinas gargalos ou de equipamento (CTMF)" mostra o
custos de aquisição mais elevados). Na comportamento de um equipamento ou
manutenção preventiva rotineira são máquina de produção ao longo de toda a
realizadas atividades de manutenção sua vida útil (figura 5). Através dela pode
baseadas em informações obtidas em ser visualizado que o equipamento no
catálogos de fabricantes e fornecedores, início de seu tempo de vida, isto é, logo
bem como na experiência prática dos após sua instalação na planta industrial,
especialistas do departamento de apresenta um elevado número de avarias
manutenção. Existe certo intervalo de durante seu período de funcionamento.
tempo entre as manutenções a serem Após certo tempo de uso as falhas no
realizadas. Dados estatísticos de equipamento tendem a diminuir, sendo que
manutenção de falhas e quebras de no final de sua vida pode ser verificado
equipamentos, os quais se encontram novamente um considerável aumento no
normalmente registrados em softwares de número total de avarias durante seu
manutenção disponíveis no sistema de período de funcionamento. A identificação
informática da empresa, servem como base por parte dos especialistas envolvidos nas
de apoio para o planejamento e realização atividades de manutenção preventiva, do
de um detalhado plano de manutenção ponto de início da fase de avarias normais
rotineira. Para o emprego desta política de e da fase final de vida útil do equipamento,
manutenção deve-se ter um conjunto de permite a realização de um adequado plano
informações confiáveis, uma vez que ela de manutenção preventiva, onde pode ser
não avalia as condições reais do definido com isso corretos programas de
equipamento. Além disso, outros pontos reparos, ajustes, lubrificação, como
devem ser considerados: embora a também um mais preciso planejamento de
manutenção preventiva rotineira esteja estoques de peças de reposição.
baseada também em uma troca de peças
por desgaste, é possível que ocorra falhas e
quebras das peças dos equipamentos de
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(FIGURA 6): Ensaio de líquido penetrante utilizado para detectar pequenas trincas em
materiais metálicos
Fase do Projeto e
Construção do
Equipamento
Fase de Funcionamento do
Equipamento na Fábrica
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Custos com
ponto ótimo manutenção
preventiva
c
u
s
t
o Custo decorrente
s de falhas
nível de manutenção
(FIGURA 8): Custos de manutenção preventiva e de falhas de equipamentos em função do
nível de manutenção (qualidade de manutenção) utilizado.
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Elevada quantidade de
paradas planejadas e não-
planejadas
Tempo demasiado de
Refugos e Retrabalhos setup e ajustes de
máquinas
Tipos de perdas no
processo produtivo
Transporte de material
inadequado dentro da linha de Elevado tempo de ciclo
produção das máquinas
Falhas em Equipamentos
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ÍNDICE DE DISPONIBILIDADE
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-Quebras/falhas;
-Tempo de ciclo; -Refugos;
-Troca e ajustes de
-Pequenas paradas -Retrabalhos
ferramentas
ÍNDICE DE QUALIDADE DO
PRODUTO
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ÍNDICE DE DISPONIBILIDADE
Item Descrição Forma de cálculo Valor Resultado
Tempo programado
A 8 horas 8*60 480 min
total (TTP)
Tempo de parada
B 20 min
programada
Tempo disponível
(Tempo total – tempo
C A-B 480 - 20 460 min
de parada
programada)
Índice de
F (400/460)*100 87%
disponibilidade
ÍNDICE DE PERFORMANCE OPERACIONAL
Total de peças
G produzidas (boas e 400 pç
ruins)
Tempo teórico de
H 0,5 min/pç
ciclo
Índice de
j performance ((H*G/E)*100 ((0,5*400)/400)*100 50%
operacional
ÍNDICE DE QUALIDADE DO PRODUTO
Total de refugos e
K 8 pç
retrabalhos
Índice de qualidade
L ((G-K)/G)*100 ((400-8)/400)*100 98%
do Produto
ÍNDICE GLOBAL DO EQUIPAMENTO (OEE)
M Índice OEE (F*L)/10000 (87*50*98)/10000 43%
(TABELA 3): Exemplo de cálculo de índice global do equipamento (OEE)
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Implantação de uma
rotina de resultados
Sucesso de
implantação da
filosofia TPM
Elevada estrutura
Forte liderança e
organizacional do
compromentimento
de setores envolvidos sistemade
implementação TPM
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2. . A. S. de Freitas. Implementação
da Filosofia TPM (Total Productive
Maintenance): Um Estudo de Caso.
Universidade Federal de Itajubá, Instituto
de Engenharia Mecânica (Departamento de
Produção), Itajubá-MG, 2002.
3. C.T.Yamaguchi.TPM-Manutenção
Produtiva Total. Instituto de Consultoria e
Aperfeiçoamento Profissional. São Jõao
dei Rei-MG, 2005.
4. J. R. S. Carrijo, J. C. De Toledo.
Benefícios da implantação do TPM (Total
Productive Maintenance) no processo de
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indústria gráfica. XXVI ENEGEP,
Fortaleza-CE, outubro, 2006.
5. A. Sampaio. Manutenção Produtiva
Total (TMP/MPT). www.google.com.br.
6. P. H. A. Moraes. Manutenção
Produtiva Total: estudo de caso em
uma empresa automobilística dissertação
de mestrado, Curso e Gestão e
Desenvolvimento Regional do
Departamento de Economia, Contabilidade
e Administração, Universidade de
Taubaté-SP, 2004.
7. J. A. M. Dias, Z. L Pereira, A. L. F.
Leitão. A Gestão da Manutenção Industrial
pela Fiabilidade. Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade Nova de
Lisboa, Portugal, Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto,
www.google.com.br.
8. A. Dorsch.
Instandhaltungsmanagement. Die
Getränkeindustrie, www.google.com.br.
9. A. Hastler. TPM - Total Productive
Maintenance. PS Qualitätsmanagement,
SS 2003.
10. W. R. Marcorin, C. R. C. Lima.
Análise dos Custos de Manutenção e de
Não-Manutenção de Equipamentos Não-
Produtivos. Revista de Ciência &
Tecnologia, V.11, n° 22, pp 35-42.
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