INSTITUTO POLITÉCNICO DO CÁVADO E DO AVE

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO

LICENCIATURA EM FISCALIDADE

11. Tipos de entidades / empresas

MicE / PE / ME /GE: SNC / IRC
TRIBUTAÇÃO DO RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS (IRC)

Luís Filipe Esteves

Barcelos, 2022/2023
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 MicE / PE / ME / GE: SNC / IRC

MicE / PE / ME / GE para efeitos de SNC (DL n.º 158/2009)

❖ Microentidades (MicE) → As que não ultrapassem 2 dos 3 limites seguintes:
✓ Total do balanço: 350.000; Vol. Neg. Líquido: 700.000; N.º médio trab.: 10
❖ Pequenas entidades (PE) → As que não ultrapassem 2 dos 3 limites seguintes:
✓ Total do balanço: 4.000.000; Vol. Neg. Líquido: 8.000.000; N.º médio trab.: 50
❖ Médias entidades (ME) → As que não ultrapassem 2 dos 3 limites seguintes:
✓ Total do balanço: 20.000.000; Vol. Neg. Líquido: 40.000.000; N.º médio trab.: 250
❖ Grandes entidades (GE) → As que ultrapassem 2 dos 3 limites anteriores.
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 MicE / PE / ME /GE: SNC / IRC
SNC completo versus NC-ME (MicE)
❖ No apuramento do resultado contabilístico e fiscal há que atender às diferenças
entre os normativos contabilísticos.
Principais diferenças entre a NC-MicE e o SNC completo:
1) As demonstrações financeiras são mais reduzidas, destacando-se as simplificações
introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 98/2015;
2) Não é permitido o uso do justo valor;
3) Não é permitida a revalorização de ativos fixos tangíveis ou ativos intangíveis;
4) Não é permitida a capitalização de encargos com financiamento;
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 MicE / PE / ME /GE: SNC / IRC
SNC completo versus NC-ME (MicE)
Principais diferenças entre a NC-ME e o SNC:
5) Os ativos biológicos consumíveis e os produtos agrícolas são reconhecidos como
inventários;
6) Os ativos biológicos de produção são tratados como ativos fixos tangíveis.
7) Não é permitido o reconhecimento de impostos diferidos;
8) Não é permitida a aplicação do método de equivalência patrimonial (MEP) nas
participações;
9) Não permite o reconhecimento de propriedades de investimento, pelo que os
investimentos em imóveis são tratados como ativos fixos tangíveis.
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 MicE / PE / ME /GE: SNC / IRC
MEP / JUSTO VALOR
✓ A NC-MicE nunca permite a mensuração de qualquer ativo financeiro pelo MEP,
nem pelo justo valor, independentemente de existirem cotações oficiais em
mercado regulamentado para esses instrumentos financeiros.
✓ Adicionalmente, não se verifica a possibilidade de reconhecimento de qualquer
goodwill decorrente da aquisição da participação, uma vez que o método
aplicável neste referencial contabilístico é o método do custo.
✓ A NCRF-PE permite, por opção, a adoção do MEP e do justo valor (se mercado
regulamentado); A NCRF-PE é adotada salvo opção pelo SNC completo.

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ME / PE / ME / GE para efeitos de IRC (DL n.º 372/2007)

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ME / PE / ME / GE para efeitos de IRC (DL n.º 372/2007)

❖ Microempresas (MicE):
✓ N.º trab. < 10 e Total do balanço ≤ 2.000.000 ou Vol. Neg. ≤ 2.000.000;
P
❖ Pequenas empresas (PE):
M
E ✓ N.º trab. < 50 e Total do balanço ≤ 10.000.000 ou Vol. Neg. ≤ 10.000.000;
❖ Médias empresas (ME):
✓ N.º trab. < 250 e Total do balanço ≤ 43.000.000 ou Vol. Neg. ≤ 50.000.000;

❖ Grandes empresas (GE): As que não preencham os requisitos anteriores.

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Benefícios fiscais em sede de IRC às PME (DL n.º 372/2007)

✓ Alínea m), n.º 1, art.º 23.º-A (Portaria n.º 279/2014) → Juros de suprimentos
(spread de 6% em vez de 2%);

✓ N.º 1, art.º 52.º → Prazo dedução prejuízos fiscais (12 anos em vez de 5);
✓ N.º 2, art.º 87.º → Taxa reduzida (17% para os primeiros 25.000 de MC);

✓ Art.º 27.º a 34.º, CFI → Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR)

✓ N.º 3, art.º 43.º CIRS → Mais-valias de partes sociais (micro e pequenas

empresas)
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Benefícios em sede de IRC às PME (DL n.º 372/2007)

LOE/2021
✓ Art.º 374.º - Suspensão dos pagamentos por conta (relativos a 2021)

✓ Art.º 375.º - Disposição transitória no âmbito do imposto sobre o rendimento

das pessoas coletivas (não aplicação da penalização de 10% na TA)

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Regime simplificado – art.º 86.º-A, n.º 1

1 - Podem optar pelo RS de determinação da MC, os sujeitos passivos residentes, não
isentos nem sujeitos a um regime especial de tributação, que exerçam a título principal (…)
e que verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:
a) Tenham obtido (…) um montante anual ilíquido de rendimentos não superior a €200 000;
b) O total do seu balanço (…) não exceda €500 000;
c) Não estejam legalmente obrigados à revisão legal das contas;
d) O respetivo capital social não seja detido em mais de 20 %, direta ou indiretamente (…)
por entidades que não preencham alguma das condições previstas nas alíneas anteriores,
exceto quando sejam sociedades de capital de risco ou investidores de capital de risco;
e) Adotem o regime de normalização contabilística para microentidades aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 36-A/2011, de 9 de março;
f) Não tenham renunciado à aplicação do regime nos três anos anteriores (…).
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