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Administração Financeira: princípios,

fundamentos e práticas brasileiras

Ana Paula Mussi Szabo Cherobim


Antônio Barbosa Lemes Jr.
Claudio Miessa Rigo

Material de apoio para aulas


Administração Financeira: princípios,
fundamentos e práticas brasileiras

I. Introdução à Administração Financeira


II. O Ambiente dos Negócios
III. A Decisão de Investimento
IV. A Decisão de Financiamento
V. Administração Financeira de Curto Prazo
VI. Tópicos Especiais em Finanças
Capítulo 15 – Planejamento econômico -
financeiro

Cap 11: Administração do caixa


Cap 12: Administração de crédito e contas a
receber
Cap 13: Administração Financeira de Estoques
Cap 14: Fontes de financiamento de curto
prazo
Cap 15: Planejamento econômico - financeiro
Capítulo 15 : Planejamento Econômico-
Financeiro

15.1 Introdução
15.2 O tempo e o planejamento econômico
financeiro.
15.3 O planejamento econômico financeiro de longo
prazo
15.4 O planejamento econômico financeiro de curto
prazo
15.5 Resumo
15.6 Questões
15.7 Exercícios
15.8 Bibliografia Adicional
Introdução

• Planejamento é o processo de estabelecer objetivos ou


metas, determinando a melhor maneira de atingi-las.

• O planejamento estabelece o alicerce para as subsequentes


funções de organizar, liderar e controlar, e por isso é
considerado função fundamental do administrador.

• O processo de planejamento econômico-financeiro é


desenvolvido através da manipulação, etapa por etapa, de
inúmeros dados projetados, vinculados ao planejamento da
empresa, que vão sendo agrupados, proporcionando a
geração de resultados intermediários.
Introdução: regime de caixa e competência

• A contabilidade trabalha no regime de competência:


– Receitas e despesas são contabilizadas na sua data de
ocorrência, mesmo que não ocorra o recebimento ou o
desembolso dos recursos.

• A tesouraria trabalha no regime de caixa:


– Consideram-se as datas de efetivo pagamento ou
recebimento dos recursos.
Regimes de Contabilização

• REGIME DE CAIXA: lançamentos feitos com


base na transação financeira: Entrada e saída
de recursos. Fluxo de Caixa

• REGIME DE COMPETÊNCIA: lançamentos feitos


com base na transação econômica: Receitas e
Despesas reconhecidas no período a que se
referem.
• A empresa DAS GELD LTDA. tinha $ 30 em caixa. Compra
à vista $ 20 em mercadorias e vende a prazo, para
receber em 30 dias, o total das mercadorias por $ 35. O
resultado é:

Regime de Regime de a receber


competência Caixa
Caixa inicial 30
Vendas 35 Vendas 0
recebidas
Custo das (20) Contas a 35
mercadorias receber
Custo das (20)
mercadorias
RESULTADO 15 Saldo de Caixa 10
EXERCÍCIO: A empresa LigouChamou Ltda tem
$20 em caixa. Compra, à vista, $15. Vende a
prazo o total de mercadorias compradas por $30,
com prazo de 45 dias.

COMPETÊNCIA CAIXA
Caixa Inicial

Vendas a prazo

CMV

Resultado
• A empresa Callig está com caixa de $20. Compra, à vista, $18
de produtos a serem revendidos. Vende, com prazo de 45 dias,
todo o seu estoque por $38. Qual o seu resultado
operacional? Qual o saldo de caixa?

Caixa inicial Caixa inicial


Vendas Vendas recebidas
Contas a receber Contas a receber
Custo das Saída de caixa
mercadorias
Resultado Resultado de
Caixa
• A empresa Muda SA está com caixa de $12. Compra, a prazo,
$42 de produtos a serem revendidos. Vende, à vista, todo o
seu estoque por $63. Qual o seu resultado operacional? Qual
o saldo de caixa?

Regime de competência Regime de Caixa a receber

Caixa inicial
Vendas Vendas recebidas
Contas a pagar Contas a pagar

Resultado Saldo de caixa


Operacional
Exemplos Diferenças entre
REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA:

• Venda no dia 10 de agosto, com prazo de 30 dias:


Regime de caixa: entrada de recursos no dia 09 de
setembro.
Regime de competência: receita de vendas e
faturamento do mês de agosto.

• Compra no dia 18 de setembro, prazo de 20 dias.


Aquisição de apólice de seguros contra incêndio em janeiro, validade um ano,
pagamento em 4 prestações de R$ 30,00.
• Regime de caixa:
• Regime de competência:

Depreciação de equipamento adquirido por R$ 4.800,00, para depreciar em


dois anos.
• Regime de caixa:
• Regime de Competência:

Pagamento de 13 salário em novembro. R$ 12.000


• Regime de caixa:
• Regime de competência:

Venda de R$ 5.400,00 de aparelhos telefônicos no mês de fevereiro, em 6


prestações mensais, iguais, sem entrada.
• Regime de caixa:
• Regime de competência:
Data de cobrança X Disponibilidade do $
• Cheque para dia 10
– Disponível dia 11 ( mesma praça – valor elevado)
– Disponível dia 12 (mesma praça – valor inferior)
– Disponível dia 13 ou 14 ( fora da praça)

Sábados, Domingos e Feriados: considerar o primeiro dia útil seguinte.


• Boleto Bancário: vencimento dia 10.

– D + 1 = Disponível dia 11

– D + 2 = Disponível dia 12

– D + 3 = Disponível dia 13

– Sábados, Domingos e Feriados: considerar o primeiro dia útil seguinte.


O tempo e o planejamento econômico -
Financeiro

• O longo prazo
Resultados de planos estratégicos de empresa voltados para
períodos superiores a um ano.

– Mercado de Capitais.
– Orçamento econômico financeiro.

• O curto prazo
a) O orçamento de capital, também denominado orçamento de
investimentos.
b) A projeção do fluxo de caixa, também denominada orçamento de
caixa.
c) A demonstração de resultados projetada, também denominada de
orçamento operacional.
d) Os balanços patrimoniais projetados.
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo

a) O orçamento de capital
b) Os lucros futuros
c) A geração de recursos financeiros (caixa)

• Métodos de preparação
– Método da Demonstração de Resultado Ajustada.
– Método da diferença de capital de giro.
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Método da Demonstração de Resultado Ajustada
1 . L U C R O L ÍQ U ID O P R O J E T A D O
M A IS M E N O S

2 . R E D U Ç Õ E S N O A T IV O 3 . A C R É S C IM O S N O A T IV O
- v a lo r e s a re c e b e r - v a lo re s a re c e b e r
- e s to q u e s - e s to q u e s
- despesas d ife r id a s - d e s p e s a s d ife r id a s
- venda de títu lo s d e in v e s tim e n to - c o m p ra d e títu lo s d e in v e s tim e n to
- venda de a tiv o p e r m a n e n te - c o m p ra d e a tiv o p e r m a n e n te
- d e p r e c ia ç ão

4 . A C R É S C IM O S N O P A S S IV O 5 . R E D U Ç Õ E S N O P A S S IV O
- v a lo r e s a p a g a r - v a lo re s a p a g a r
- o u tro s c irc u la n te s - o u tr o s c ir c u la n te s
- v e n d a d e títu lo s d e d ív id a a - p a g a m e n to d e d ív id a a lo n g o
lo n g o p ra z o p ra z o

6. A C R É S C IM O S N O 7. R E D U Ç Õ E S N O
P A T R IM Ô N IO L ÍQ U ID O P A T R IM Ô N IO L ÍQ U ID O
- ven da de ações - re c o m p ra d e a ç õ e s
- cap ita liz a ç ã o p o r a c io n is ta s - d iv id e n d o s
- re tir a d a s d o s p r o p r ie tá rio s
1 + (2 + 4 + 6 ) - (3 + 5 + 7 ) IG U A L
V A R IA Ç Ã O P O S IT IV A O U N E G A T IV A D O S A L D O L ÍQ U ID O D E C A IX A
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Aplicação Prática: Método da Demonstração de Resultado Ajustada
1. LUCRO LÍQUIDO PROJETADO = $ 250.000,
MAIS MENOS
2. REDUÇÕES NO ATIVO 3. ACRÉSCIMOS NO ATIVO
- estoques $ 50.000 - valores a receber $ 60.000
- depreciação $ 48.000 - ativo permanente $ 100.000
Total $ 98.000 Total $ 160.000
4. ACRÉSCIMOS NO
5. REDUÇÕES NO PASSIVO
PASSIVO
- valores a pagar $ 10.000 - outros circulantes $ 25.000
- dívida longo
$ 100.000
prazo
Total $ 110.000, Total $ 25.000
6. ACRÉSCIMOS NO PL 7. REDUÇÕES NO PL
- dividendos $ 45.000
Total 0 Total $ 45.000
250.000 +(98.000 + 110.000) - (160.000 + 25.000 + 45.000)
IGUAL
VARIAÇÃO POSITIVA DO SALDO LÍQUIDO DE CAIXA DE
$ 228.000
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Método da Diferença do Capital de Giro

1a fase - Variação do Capital Circulante Líquido

No cálculo da variação do capital circulante líquido são utilizadas as pro-


jeções dos orçamentos de vendas, custos de produção e despesas operacionais,
para se projetar os itens de ativos e passivos circulantes e o capital de giro. Os
valores de Caixa não são considerados, neste momento.
Calculo do CCL do ano
Ano X1 AC final (-) PC final = CCL de X1
Ano X0 AC final (-) PC final = CCL de X0
Variação do CCL no período
CCL de X1 (-) CCL de X0 = Variação no
CCL
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Método da Diferença do Capital de Giro – de outra forma

Variação no Ativo Circulante


Ano X1 Ano X0 Variacao
AC final (-) AC final (=) Variação no AC
Variacao no Passivo Circulante
Ano X1 Ano X0 Variacao
PC final (-) PC final (=) Variação no PC
Variação no CCL no período
Variação no AC (-)Variação no PC (=) Variação no CCL
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Método da Diferença do Capital de Giro – exemplo

Cálculo do CCL do ano


Ano AC final (-) PC final = CCL
Ano X1 $ 989.060.548 (-) 1,873.971.137 = (884.910.589)
Ano X0 $ 670.669.331 (-) 1.056.875.027 = (386.205.696)
Variação do CCL no período
CCL de X1 (-) CCL de X0 = Variação no
CCL
(884.910.589) = (-)386.205.696 = (498.704.893)
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Método da Diferença do Capital de Giro – de outra forma
Variacao no Ativo Circulante
Ano X1 Ano X0 Variacao
$ 989.060.548 (-) $ 670.669.331 (=) 318.391.216
Variacao no Passivo Circulante
Ano X1 Ano X0 Variacao
(-) 1,873.971.137 (-) 1.056.875.027 (=) 817.096.109
Variação do CCL no período
Variação no AC (-) CCL de X0 = Variação no CCL
318.391.216 (-) 871.096.109 = (498.704.893)
Planejamento
econômico - financeiro
1 - ENTRADAS DE CAIXA
Variações de: Valores ($)

de longo prazo
Lucro líquido após Imposto de Renda
Depreciação
Reduções de ativos permanentes
Reduções do realizável a longo prazo
Aumentos de passivos de longo prazo

• 2a fase –
Aumentos de patrimônio líquido
Total 1

Variações dos elementos 2 - SAÍDAS DE CAIXA

patrimoniais Variações de: Valores ($)


Aumentos do realizável a longo prazo
Aumentos do ativo permanente

• 3a fase -
Redução de exigível de longo prazo
Redução de patrimônio líquido
Prejuízos a recuperar

Cálculo da projeção do saldo Total 2

final de caixa 3- DIFERENÇA DO PERÍODO ( 1 - 2 )


4- ± SALDO INICIAL DE CAIXA
5- ± VARIAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
6- DISPONIBILIDADE ACUMULADA (±3 ± 4 ± 5)
7- ± EMPRÉSTIMOS OU APLICAÇÕES DE CURTO PRAZO
8- ± APLICAÇÕES CURTO PRAZO (T.N.)
9- PROJEÇÃO DO SALDO FINAL DE CAIXA
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Prática empresarial
Utilizando os mesmos dados do exemplo apresentado sobre o método da
demonstração de resultados ajustada, o gerente financeiro da empresa XYZ Produtos
Industriais S.A. vai agora projetar o saldo final de caixa do ano X4 através do método
da diferença do capital de giro
Primeiro, ele calcula a variação do capital circulante líquido:
Variações do ativo circulante:
Valores (R$)
Estoques
(50.000)
Valores a receber
60.000
Variação
R$ 10.000
Variações do passivo circulante:
Valores (R$)
Valores a pagar
10.000
Outros passivos
(25.000)
Variação
(R$ 15.000)
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Prática empresarial
Como a variação prevista do Passivo Circulante será negativa, significa que
haverá aplicação de recursos no passivo circulante, portanto essa aplicação
deverá ser somada à aplicação projetada no ativo circulante de R$ 10.000. A
variação do Capital Circulante Líquido prevista será de R$ 25.000.
Cálculo das ENTRADAS DE CAIXA
Variações de: Valores (R$)
Lucro Líquido após Imposto de Renda 250.000
Depreciação 48.000
Reduções de Ativos Permanentes 0
Reduções do Realizável a Longo Prazo 0
Aumentos de passivos de Longo Prazo 100.000
Aumentos de Patrimônio Líquido 0
Total 1 398.000
Planejamento econômico - financeiro de longo
prazo
• Prática empresarial
Cálculo da SAÍDAS DE CAIXA
Variações de: Valores ($)
Aumentos do Realizável a Longo Prazo 0
Aumentos do Ativo Permanente 100.000
Redução de Exigível de Longo Prazo 0
Redução de Patrimônio Líquido 45.000
Prejuízos a recuperar 0
Total 2 145.000
3- DIFERENÇA DO PERÍODO ( 1 - 2 ) 253.000
4- ± SALDO INICIAL DE CAIXA 0
5- ± VARIAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO (25.000)
6- DISPONIBILIDADE ACUMULADA (±3 ± 4 ± 5) 228.000
7- + EMPRÉSTIMOS OU RESGATE DE APLICAÇÕES DE CURTO PRAZO 0
8- - APLICAÇÕES CURTO PRAZO (T.N.) 200.000
9- PROJEÇÃO DO SALDO FINAL DE CAIXA 28.000

No exemplo foi desconsiderada a existência de saldo de caixa no início do período e,


não fora a aplicação de $ 200.000 em títulos negociáveis, seria o mesmo saldo de
caixa projetado pelo método da demonstração de resultados ajustada, que foi de R$
228.000, identificado no item 6 da disponibilidade acumulada.
Planejamento econômico - financeiro de curto
prazo

• CURTO PRAZO
– O orçamento de capital OU orçamento de
investimentos.
– A projeção do fluxo de caixa OU orçamento operacional.
– A demonstração de resultados projetada OU orçamento
operacional.
– Os balanços patrimoniais projetados.

• LONGO PRAZO
– O orçamento de capital.
– Os lucros futuros.
– A geração de recursos financeiros (caixa).
Planejamento econômico - financeiro de curto
prazo

1. O ORÇAMENTO DE VENDAS

• PEÇA BÁSICA, QUE DÁ INÍCIO TODO O PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE


LUCRO E DE CAIXA.
• COM BASE NELE QUE DEVEM SER FORMULADOS OS PROGRAMAS DE
PRODUÇÃO, COMPRAS, PESQUISAS, INVESTIMENTOS EM ATIVO FIXO, ETC.
EXEMPLO

Vendas previstas no período:

Produto Previsão Un. Preço de venda $ Receita $


A 1.500 100,00 150.000
B 2.000 210,00 420.000
Soma 570.000
Planejamento econômico - financeiro de curto
prazo
• A PARTIR DO ORÇAMENTO DE VENDAS É ELABORADO O PROGRAMA DE PRODUÇÃO E ENTÃO
É PREPARADO O ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO, QUE CONSIDERANDO OS ESTOQUES
EXISTENTES DE PRODUTOS ACABADOS, É COMPOSTO DOS SEGUINTES ORÇAMENTOS:

2. Programa de produção
2.1 ORÇAMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS E INSUMOS
2.2 ORÇAMENTO DE MÃO-DE-OBRA DIRETA
2.3 ORÇAMENTO DE DESPESAS INDIRETAS DE FABRICAÇÃO
2.4 ORÇAMENTO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
2. O Programa de Produção
A partir do estoque inicial previsto para o início do período e com as informações sobre
as quantidades a serem vendidas, é preparado o programa de Produção, conforme o exemplo a
seguir:

Produto A Previsão Un. Produto B Previsão Un.


Estoque inicial 400 Estoque inicial 500
A produzir 1.600 A produzir 1.800
Vendas (1.500) Vendas (2.000)
Saldo final 500 Saldo final 300
Planejamento econômico - financeiro de curto
prazo

2.1 O Orçamento de matérias-primas e insumos


O programa de produção, no qual são definidos os níveis de estoques, as
quantidades e o cronograma de utilização de cada tipo de matéria-prima, oferece
condições para a elaboração da programação de utilização, compras e consequen-
temente do orçamento de matérias-primas.
EXEMPLO

Consumo
Produto A Previsão Un. Produto B Previsão Un.
Estoque inicial 200 Estoque inicial 600
A produzir 1.600 A produzir 1.800
Vendas (1.500) Vendas (2.000)
Saldo final 300 Saldo final 400

Custos de Matérias-primas
Produto Previsão Un. Custo $ Total
A 1.600 10,00 16.000,00
B 1.800 12,00 21.600,00
Soma 37.600,00
Planejamento econômico - financeiro de curto
prazo

2.2 Orçamento de Mão-de-Obra Direta


A mão-de-obra direta consiste no pessoal que está diretamente ligado às
operações específicas de produção e é classificada como custo variável. É necessá-
rio fazer-se previsões de quantidades de horas-padrão necessárias para produzir
uma unidade de produto e, da mesma forma, o custo de cada hora padrão.
EXEMPLO

Produto Produção Un. No de HP/Un. Custo HP $ Valor Orçado $


A 1600 1,50 4,00 9.600,00
B 1800 1,25 5,00 11.250,00
Soma 20.850,00

A mão-de-obra indireta envolve o pessoal administrativo, supervisores,


manutenção, gerentes, chefes de produção, classificando-se como custo semivariável.
Planejamento econômico - financeiro de curto
prazo
2.3 O ORÇAMENTO DAS DESPESAS INDIRETAS DE PRODUÇÃO OU DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Exemplo
Despesas Total Produto A Produto B
Mão de obra indireta 12.000,00 5.647,06 6.352,94
Materiais indiretos 5.000,00 2.352,94 2.647,06
Seguros 1.000,00 470,59 529,41
Aluguéis 4.000,00 1.882,35 2.117,65
Depreciação 15.000,00 7.058,82 7.941,18
Energia elétrica 8.000,00 3.764,71 4.235,29
Água 2.500,00 1.176,47 1.323,53
Outras 1.500,00 705,88 794,12
Soma 49.000,00 23.058,82 25.941,18

Serão produzidas 3.400 unidades de produtos (1.600 + 1.800). De acordo


com o critério estabelecido o Produto A representa 47,06% da produção e o Produto
B 53,94%. A distribuição das despesas indiretas de produção foi feita de acordo com
essa proporcionalidade.
Planejamento econômico - financeiro de curto
prazo

2.4 O ORÇAMENTO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS

Os custos dos produtos vendidos resultam da média calculada entre os cus-


tos dos produtos acabados no período e os custos dos produtos em estoque.

Custos de produção
Custos Produto A Produto B Somas
Matérias-primas 16.000,00 21.600,00 37.600,00
Mão-de-Obra Direta 9.600,00 11.250,00 20.850,00
Custos Indiretos de Fabr. 23.058,82 25.941,18 49.000,00
Totais 48.658,82 58.791,18 107.450,00
Custos unitários
$ 48.658,82/1600 $ 30,41
$ 58.791,18/1.800 $ 32,66
Planejamento econômico - financeiro de curto
prazo

2.4 O ORÇAMENTO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS

Custos dos produtos vendidos Produto A Produto B


Unidades Valor Unidades Valor
Produtos em estoque 400 $ 500 $
16.341,18 15.208,82
Produtos produzidos 1.600 48.658,82 1.800 58.791,18
Somas 2.000 65.000,00 2.300 74.000,00
Custo médio unitário $ 32,50 $ 32,17
Orçamento de despesas operacionais

• COMPREENDE AS DESPESAS OPERACIONAIS NECESSÁRIAS


PARA A VENDA OS PRODUTOS E COM A ADMINISTRAÇÃO DA
EMPRESA, INCLUINDO AS DESPESAS FINANCEIRAS E TRIBUTÁRIAS.
• É COMPOSTO, PORTANTO, DOS SEGUINTES ORÇAMENTOS:

3.1 DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS


3.2 DE DESPESAS COM VENDAS
3.3 DE DESPESAS FINANCEIRAS
3.4 DE DESPESAS TRIBUTÁRIAS
Orçamento de despesas operacionais

3.1. O Orçamento de Despesas Administrativas


São geralmente fixas que acontecem na supervisão ou na prestação de serviços
a todas as principais áreas da empresa, ao invés de se relacionarem com o
desempenho de uma única função.

EXEMPLO

Despesas Total
Administrativas
Salários 12.000,00
Encargos sociais 8.040,00
Correio e telefonia 1.200,00
Viagens 2.500,00
Material de Expediente 1.000,00
Seguros 3.000,00
Depreciação 7.500,00
Outras 2.300,00
Soma 37.540,00
Orçamento de despesas operacionais

3.2. O ORÇAMENTO DE DESPESAS DE VENDAS

São consideradas as despesas com vendas, incluindo a distribuição

Despesas de Vendas Total


Salários, Comissões e Prêmios 6.000,00
Encargos sociais 4.020,00
Correio e telefonia 1.000,00
Viagens 5.500,00
Material de Expediente 1.000,00
Seguros 2.000,00
Promoção e Publicidade 18.000,00
Expedição 4.500,00
Depreciação 2.500,00
Assistência Técnica 5.000,00
Diversas 1.454,25
Soma 50.974,25
Orçamento de despesas financeiras

• Compreende os juros, encargos financeiros e correção monetária


(quando houver), além de outros tipos de gastos financeiros, como
taxas de abertura de crédito e demais valores cobrados pelas
instituições financeiras sob as mais variadas denominações. As
despesas financeiras podem ser classificadas em dois tipos:
– Encargos financeiros operacionais - despesas de empréstimos
de curto prazo para financiamento do capital de giro; e
– Encargos financeiros de investimentos - quando da aquisição de
ativos fixos, geralmente operações de médio e longo prazo.
Orçamento de despesas tributárias

• Engloba toda a tributação específica de pessoas


jurídicas. Merece atenção especial em razão do
grande número de impostos e contribuições, com
diversos prazos de recolhimento, além de constantes
mudanças na legislação.
Modelo de DRE projetada

ITENS Valor

RECEITA BRUTA DE VENDAS 570.000,00


(-) Dedução de receita bruta 0,00
RECEITA LÍQUIDA 570.000,00
(-) Custo dos produtos vendidos 139.000,00

LUCRO BRUTO 431.000,00

(-) Despesas administrativas 37.540,00


(-) Despesas comerciais 50.974,25
(-) Despesas financeiras
(+) Receitas financeiras

LUCRO OPERACIONAL 342.465,75

(+) Receitas não operacionais


(-) Despesas não operacionais
(±) Saldo CM e variações monetárias

LUCRO ANTES DO IR e CSL 342.465,75

(-) Provisão IR e CSL (27%) 92.465,75

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 250.000,00

(-) Provisão de dividendos 0

A TRANSFERIR PARA PATRIMÔNIO LÍQUIDO 250.000,00


Projeção do fluxo de caixa ou orçamento de
caixa

1. Fluxo operacional
SALÁRIOS Pagamentos

MATÉRIAS- Pagamentos
PRIMAS

PRODUTOS CUSTOS Pagamentos


EM PROCESSO INDIRETOS

PRODUTOS
PARA VENDA

DESPESAS Pagamentos
OPERACIONAIS CAIXA
E FINANCEIRAS

Pagamento
Imposto
de Renda Restituição

VENDAS
À VISTA

VENDAS A Recebimentos
PRAZO
Projeção do fluxo de caixa ou orçamento de
caixa
2 Fluxo de investimento CO M PRA
IM O B IL IZ A Ç Õ E S
VENDA
C A IX A

CO M PRA
IN V E S T IM E N T O S
VENDA

F lu x o d e in v e s tim e n to s

3 Fluxo de financiamento

P A G A M E N T O S
E X IG ÍV E IS
F IN A N C IA M E N T O S
C A IX A
R E C O M P R A
D E A Ç Õ E S

D IV ID E N D O S P A T R IM Ô N IO

V E N D A D E A Ç Õ E S
L ÍQ U ID O

F lu x o d e f in a n c ia m e n to s
Método das entradas e saídas de caixa ou
método direto
ITENS TOTAL

• É utilizado para a ENTRADAS (ou RECEBIMENTOS)

preparação do 1. Vendas a vista 45.000,00

orçamento de caixa, a
2. Vendas a prazo 150.000,00
3. Vendas de Ativos Permanentes 0,00

partir do Orçamento
4. Aumentos de capital 0,00
5. Receitas financeiras 0,00

Operacional ou da
6. Resgates de aplicações de curto prazo 0,00
7. Outros recebimentos 5.000,00

projeção da 8. TOTAL DAS ENTRADAS (1+...+7) 200.000,00

Demonstração de SAÍDAS (ou PAGAMENTOS)

Resultados do período. 09.


10.
Materiais
Pessoal
45.000,00
64.000,00
11. Encargos Sociais 32.000,00
12. Serviços Gerais 15.000,00
13. Despesas Comerciais 25.000,00
14. Dividendos 0,00
15. Tributos 2.000,00
16. Imposto de Renda 53.000,00
17. Amortização de empréstimos 0,00
18. Juros 0,00
19. Investimentos 10.000,00

20. TOTAL DAS SAÍDAS (9+...+19) 246.000,00

21. FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA (8 - 20) (46.000,00)


22. SALDO INICIAL DE CAIXA 50.000,00
23. NOVOS EMPRÉSTIMOS 0,00
24. AMORTIZAÇÃO NOVOS 0,00
EMPRÉSTIMOS
25. SALDO FINAL DE CAIXA 4.000,00
APLICAÇÃO PRÁTICA

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