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CONSTITUCIONAL DO ESTADO
ACTOS LEGISLATIVOS
A Constituição:
1º identifica as FONTES DE DIREITO:
art.º 8 – direito internacional e direito comunitário
art.º 56/4 – convenções colectivas de trabalho
art.º 112/1 – actos normativos:
leis, decretos-lei e decretos legislativos regionais;
nº 6 e 7: regulamentos
nº 5 : poder exclusivo da Constituição
art.º 115 – Referendo
art.º 226 – Estatutos das regiões autónomas
1. Principio da hierarquia
2. Principio da competência
3. Principio básico sobre produção jurídica
1º PRINCIPIO DA HIERARQUIA
2º PRINCIPIO DA COMPETÊNCIA
1. Leis Constitucionais
São obrigatoriamente publicadas no Diário da República, e
prescreve a forma de lei constitucional para certos actos jurídicos
(art.º 284 a 289º). A reserva de lei constitucional pertence apenas
ao poder constituinte e ao poder de revisão.
2. Leis Orgânicas
. Apesar da sua natureza de lei ordinária, a Constituição confere-
lhe a natureza de leis reforçadas (art.º 112/3, 280º/2 a) e
281º/1/b));
. As leis orgânicas estão vinculadas ao principio da tipicidade
(art.º 112/1/5), pois só a lei constitucional pode atribuir forma
especial, valor reforçado e reserva material a certos tipos de actos
legislativos;
. Sempre que a Constituição reservar por lei orgânica a disciplina
jurídica de uma certa matéria, então o legislador orgânico é
competente nessa matéria em termos exclusivos.
. É obrigatória a observância do principio da competência, o principio da hierarquia e da reserva de lei absoluta. Assim
a lei orgânica pode incluir normas sobre matérias de lei ordinária, mas não pode reenviar para uma lei não
orgânica algumas regulações normativas sobre matérias que a Constituição inclui no âmbito das leis orgânicas.
. A maior parte das leis orgânicas são obrigatoriamente votadas na especialidade do plenário da AR. Não são apenas
uma reserva do parlamento mas também uma reserva do plenário (art.º 168/4).
. Embora não sejam as únicas, as leis orgânicas exigem maioria qualificada de dois terços dos deputados presentes
(art.º 136/3).
5- Leis Estatutárias
São leis da AR que, aprovam os estatutos políticos, administrativos das
regiões autónomas (art.º 226); os estatutos ocupam uma posição
hierárquica privilegiada devendo considerar-se como leis reforçadas (art.º
226/2 e 280º/2b)).
6- Leis Reforçadas
art.º 112/3 “(…) as leis que carecem de aprovação por maioria de dois
terços, bem como aquelas que, por força da Constituição, sejam
pressuposto normativo necessário de outras leis ou que por outras devam
ser respeitadas.”
Exs.: leis orgânicas, leis de autorização, leis de bases e leis estatutárias.
7- Leis de Enquadramento
Ou leis-quadro: as leis de enquadramento não se confundem com
as leis de bases, pois com elas pretende-se estabelecer os
parâmetros estruturantes de um sector da vida económica, social e
cultural: é o que acontece com a lei de enquadramento do
orçamento do Estado, com a lei-quadro da criação, modificação e
extinção das autarquias e com a lei-quadro das reprivatizações.
8- Decreto-Lei
A actividade legislativa do Governo reconduz-se nos seguintes
princípios:
1. competência legislativa originária ou independente: fala-se
neste caso de matérias não reservadas à AR, podendo o Governo
em concorrência com esta emanar actos legislativos primários
reguladores dessa matéria, através de decretos-lei (art.º 198/1 a));
2. competência legislativa dependente ou derivada : decretos-lei
autorizados e decretos-lei de desenvolvimento (art.º 165/2/3/4/b) e
198º/1c));
3. competência exclusiva (reserva de decreto-lei – art.º 198/2): o
Governo tem competência legislativa exclusiva em relação às
matérias que digam respeito à sua organização e ao seu
funcionamento (art.º 161, 164º, 165º).
Todos os actos legislativos do Governo (decretos-lei), podem ser
submetidos à apreciação da AR (art.º 169/1), para efeito de
cessação de vigência ou de alteração.
10- Regulamentos
São normas emanadas pela administração no exercício da
função administrativa, e regra geral com carácter executivo, e/ou
complementar de lei. É um acto normativo mas não é um acto com
valor legislativo.
Os regulamentos não constituem uma manifestação da vontade
da função legislativa, antes se revelam como expressão da função
administrativa (art.º 199/c) e g))
Relação entre as leis e regulamentos: há que ter em conta nesta
matéria os seguintes princípios: