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01/12/2023

Procedimentos para
fechamento do balanço
(encerramento do exercício)

Prof. Msc. Adilson Torres

2023
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ADILSON TORRES

Mestre em Administração (UNIMEP SP), MBA em Gestão Industrial (FGV RJ), Especialista
em IFRS e NIAS (FIPECAFI - USP) e Contabilidade e Finanças, Contador e Administrador,
Docente Convidado (MBA): BSSP, FUNDACE FEARP – USP, UNISC, FCA UNICAMP,
UNISC, IPOG e FBT (MBA), e UNIFEG, Palestrante: CRCSP, CRCMG, CRCRJ, ABAT SP,
SESCON SP, Campinas SP e Ribeirão Preto SP, SESCON RJ, FIEMG/CIEMG, OCEMG.
Consultor Empresarial (TMH SP). Torres Contabilidade, Consultoria e Cursos Empresariais
(capacitadora no Programa de Educação Continuada do Sistema CFC/CRC).

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Programa:
Demonstrações Contábeis
Variáveis Relevantes
Estrutura das DCs
Curso e Longo Prazo / Ciclo
Custos dos Produtos
Ativo Não Circulante
Notas Explicativas
Encerramento Contábil e Fiscal
Lucros e Dividendos
Controles Fiscais
Reflexos nos SPEDs ECD e ECF
Cruzamentos Fiscais e Fiscalização 3

Variáveis que Impactam as


Demonstrações Contábeis

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Quem deve adotar Escrituração Contábil

• 1. CFC (ITG 2.000)


• 2. NCC (art. 1.179)
• 3. Lei Societária (art. 177 da Lei n. 6404/76)
• 4. Regimes de Tributação
• 5. Distribuição de Lucros
• 6. Outras legislações

Encerramento da Contabilidade
• 1. Início de cada ano
• 2. Comprovação e Manutenção de Documentos
• 3. Entrega Tempestiva de Documentos
• 4. Final de ano: “ajustes”
• 5. Conciliação de Saldos
• 6. Adequações: provisões, ajustes AVJ, AVP, Avaliação de
Investimentos

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Formalidade da Escrituração Contábil

• 1. Detalhamento (lançamentos)
• 2. Formalidades Externas (Registro ou SPED)
• 3. Responsabilidade pela Escrituração
• 4. Transcrição das Demonstrações no Diário
• 5. Princípios Contábeis: NBC TG Estrutura Conceitual (Fundamentação ,Obrigatoriedade e Infração)
• 6. Plano de Contas
• 7. Micro e Pequenas Empresas (TG 1000 e ITG 1000 / TG 1001 e 1002)

NBC TG 26 (R5) – APRESENTAÇÃO DAS


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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Definições

Demonstrações contábeis de propósito geral (referidas simplesmente como


demonstrações contábeis) são aquelas cujo propósito reside no atendimento das
necessidades informacionais de usuários externos que não se encontram em condições de
requerer relatórios especificamente planejados para atender às suas necessidades
peculiares.

Aplicação impraticável – A aplicação de um requisito é impraticável quando a entidade não


pode aplicá-lo depois de ter feito todos os esforços razoáveis nesse sentido.

Práticas contábeis brasileiras compreendem a legislação societária brasileira, as Normas


Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os
pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados
pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados,
desde que atendam à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para
Relatório Financeiro emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas
contábeis internacionais. (Redação alterada pela Resolução CFC n.º 1.376/11)
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Material – A informação é material se sua omissão, distorção ou obscuridade


pode influenciar, de modo razoável, decisões que os usuários primários das
demonstrações contábeis de propósito geral tomam como base nessas
demonstrações contábeis, que fornecem informações financeiras sobre
relatório específico da entidade.
A materialidade depende da natureza ou magnitude da informação, ou de
ambas.

Notas explicativas contêm informação adicional em relação à apresentada nas


demonstrações contábeis.

As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e


aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e informação acerca de
itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas
demonstrações contábeis.
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Demonstrações contábeis

O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar


informação acerca da posição patrimonial e financeira, do
desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um
grande número de usuários em suas avaliações e tomada de
decisões econômicas.

As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os


resultados da atuação da administração, em face de seus deveres
e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe
foram confiados.

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Conjunto completo de demonstrações contábeis

(a) balanço patrimonial ao final do período;


(b) demonstração do resultado do período;
(ba) demonstração do resultado abrangente do período;
(bb) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;
(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC
TG 09
(e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis
significativas e outras informações elucidativas;
(ea) informações comparativas com o período anterior.

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Para apresentação adequada, é necessária a representação fidedigna dos efeitos das transações, outros
eventos e condições de acordo com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos,
receitas e despesas como estabelecidos na NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para
Relatório Financeiro.

A entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com as normas, interpretações e


comunicados técnicos do CFC deve declarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade nas
notas explicativas.

Continuidade
Regime de competência

NÃO Compensação de valores

Materialidade e agregação
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
• Legislação Societária: por ocasião do encerramento do exercício
social, as empresas devem elaborar as seguintes
demonstrações (Lei nº 6.404/76, com redação dada pela Lei nº
11.638, de 2007):

• Balanço Patrimonial (BP);


• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
• Demonstração das Mutações do Patrimônio (DMPL);
• Demonstração de Fluxos de Caixa - DFC - (a partir de 01-01-2008);
• Demonstração do Valor Adicionado – DVA (para as companhias
abertas);
• Notas Explicativas (NE).

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Legislação Fiscal:

• Lei no. 12.973/2014

• Regulamentada pela IN RFB no. 1.700/2017

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BALANÇO PATRIMONIAL
Circulante e não-circulante
Uma entidade classificará um ativo como circulante quando:

• esperar realizar o ativo, ou pretendo vendê-lo ou consumi-lo, em seu ciclo


operacional normal;
• detiver o ativo basicamente para fins de comercialização;
• esperar realizar o ativo dentro de doze meses após o período de relatório;
• o ativo constituir caixa ou equivalente caixa, exceto se o ativo estiver restrito para ser
trocado ou usado para liquidar um passivo por, no mínimo, doze meses após o período
de relatório.

•Os demais serão considerados como não circulantes!

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BALANÇO PATRIMONIAL
Grupos de contas do Ativo

São agrupados de acordo com a ordem decrescente de sua liquidez,


isto é, de acordo com a rapidez com que podem ser convertidos em
dinheiro.

Ativo Circulante: itens que já são dinheiro (Caixa e bancos) como


aqueles que serão transformados em dinheiro, consumidos ou
vendidos a curto prazo, ou seja, dentro de um ano: Contas a Receber,
Investimentos Temporários Estoques.

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BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Circulante
• Caixa e Equivalentes Caixas: Inclui as contas de maior grau de liquidez do
ativo. É constituído pelas disponibilidades imediatas da empresa, como
dinheiro em caixa, cheques recebidos e ainda não depositados e saldo de
depósitos bancários movimentáveis a vista, aplicações financeiras
disponíveis até 90 dias.

• Aplicações Financeiras: referem-se a aplicações em títulos e valores


mobiliários resgatáveis a curto prazo mais de 90 dias at.

• Essas inversões são realizadas normalmente mediante a utilização de


excessos temporários de caixa da empresa, e são muito importantes
notadamente ao resguardar o poder de compra da moeda em ambientes
inflacionários.
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BALANÇO PATRIMONIAL

• Relizáveis de Curto Prazo/Contas a Receber/Créditos:

• São valores a receber de clientes, também denominados duplicatas a


receber;
• Tributos a recuperar;
• Adiantamento a fornecedores;
• Empréstimos e outras contas a receber.

• Estoques: são mercadorias a serem revendidas.


• No caso de indústria, são os produtos acabados, bem como matéria-prima
e outros materiais secundários que compõem o produto em fabricação.
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ESTOQUES NBC TG 16 (R2)

Custos (avaliação contábil)


Controles (contábeis e fiscais)

(Arts. 304 a 310 do RIR/2018)

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Custos dos Produtos


• A legislação do Imposto de Renda determina que a avaliação dos custos deve ser feita:

• a) no encerramento de cada trimestre-calendário, caso a empresa adote a regra geral de


apuração trimestral do IRPJ e da CSLL, na forma instituída pelo artigo 1º da Lei 9.430/96;

• b) no balanço anual de 31 de dezembro ou na data de encerramento das atividades, pelas


empresas que optarem pelo regime de estimativa e pagarem o imposto mensal, durante todo
o ano-calendário, com base na receita bruta e acréscimos, na forma prevista na legislação
vigente;

• c) nos balanços ou balancetes utilizados para suspender ou reduzir o pagamento mensal do


Imposto de Renda e/ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, na forma prevista no
artigo 35 da Lei 8.981/95 complementado pela Lei 9.065/95.

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SISTEMA DE CUSTOS INTEGRADO E


COORDENADO COM A ESCRITURAÇÃO
• A empresa que mantiver sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado com o restante de
sua escrituração deve utilizar os custos apurados para a avaliação dos estoques de produtos em processo
de fabricação e dos produtos acabados. (art 308 RIR/2018): Arbitramento.

• A legislação do Imposto de Renda considera como sistema de contabilidade de custo integrado e


coordenado com o restante da escrituração aquele que preencher os seguintes requisitos:

• a) seja apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão de obra e custos
gerais de outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados);
• b) permita a determinação contábil, ao fim de cada período de apuração do lucro real, do valor dos
estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;
• c) que seja baseado em livros auxiliares, fichas, formulários contínuos ou ainda em mapas de
apropriação ou rateio, tidos em boa guarda, e de registros coincidentes com aqueles constantes da
escrituração principal, permitindo à empresa avaliar os estoques existentes ao final de cada período de
apuração segundo os custos efetivamente ocorridos. Esse sistema pressupõe a existência de controle
escritural permanente de estoques de produtos acabados e em elaboração.

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COMPONENTES DO CUSTO DE PRODUÇÃO

• Nas atividades industriais, o custo dos produtos fabricados deve ser


determinado pelo método de custeio por absorção, compreendendo,
obrigatoriamente, o valor da matéria-prima e da mão de obra
empregadas e dos gastos gerais da fabricação, inclusive os custos fixos
com depreciação dos bens utilizados na produção. (art 302 RIR/2018)
e NBC 16.

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Quebras ou Perdas de Estoque


• As quebras ou perdas razoáveis de estoque, de acordo com a natureza do bem e da atividade,
ocorridas na fabricação, no transporte ou manuseio, consideradas inerentes ao processo de
produção, são tratadas como parcelas integrantes do custo de produção.

• As quebras ou perdas de estoque por deterioração ou obsolescência, ou pela ocorrência de


riscos não cobertos por seguro, são também dedutíveis, desde que comprovadas:

• a) por laudo ou certificado de autoridade sanitária ou de segurança, que especifique e


identifique as quantidades destruídas ou inutilizadas e as razões da providência;
• b) por certificado de autoridade competente, nos casos de incêndios, inundações ou de outros
eventos semelhantes;
• c) mediante laudo de autoridade fiscal chamada a certificar a destruição de bens obsoletos,
invendáveis ou danificados, quando não houver valor residual passível de apuração.

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INEXISTÊNCIA DE SISTEMA DE CUSTOS INTEGRADO E COORDENADO COM A


ESCRITURAÇÃO

• Para as empresas que não mantêm o sistema de contabilidade de custos integrado


e coordenado com o restante da escrituração, o custo dos estoques dos produtos
acabados e em elaboração deve ser avaliado por ARBITRAMENTO, da seguinte
forma: (art 308 RIR/2018):

• a) produtos acabados – 70% do maior preço de venda no período-base sem inclusão


do IPI, quando for o caso;

• b) produtos em elaboração – 80% do valor dos produtos acabados ou uma vez e


meia o maior custo de matérias-primas adquiridas no respectivo período de
apuração e aplicadas na fabricação do produto.

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AVALIAÇÃO DE ESTOQUES
Matérias-primas e Mercadorias

• O custo de matérias-primas e de mercadorias para revenda abrange


as despesas efetuadas para aquisição, compreendendo, além do
preço pago, o valor do transporte e do seguro até o estabelecimento
do adquirente e os tributos devidos na aquisição ou importação,
QUANDO NÃO FOREM RECUPERÁVEIS. (art 301)

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EMPRESAS COM REGISTRO PERMANENTE


DE ESTOQUES

• O registro permanente de estoques consiste em registrar cada entrada e saída dos


estoques, à medida que ocorrem esses fatos, discriminando as quantidades, os
valores e outros elementos necessários para a apuração do saldo final.

• Ao final do período de apuração, o saldo deve ser confrontado com a contagem


física dos estoques e, após os ajustamentos necessários, transportado para o livro
Registro de Inventário.

• O registro permanente de estoques pode ser feito em livros, em fichas ou em


formulários contínuos emitidos por sistema de processamento, ou em mapas de
apropriação ou rateio, devendo ser os registros coincidentes com os da escrituração
principal.

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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
• Quando a empresa possui registro permanente de estoques, o Regulamento do Imposto
de Renda admite dois critérios de avaliação dos estoques de mercadorias e matérias-
primas:

• a) Custo Médio Ponderado; e

• b) “Peps” (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) ou “Fifo” (First in, First out).

• É admitida ainda a avaliação do custo de aquisição de mercadorias com base no preço


de venda, subtraída a margem de lucro.

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PROVISÃO PARA PERDAS DE ESTOQUES


• Regra geral as legislações do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido,
conforme o caso, não permitem que sejam efetuados os seguintes ajustes no estoque de mercadorias
ou matérias-primas:

• a) reduções globais de valores inventariados, nem formação de reservas ou provisões para fazer face à
sua desvalorização;
• b) deduções de valor por depreciações estimadas ou mediante provisões para oscilação de preços;
• c) manutenção de estoques “básicos” ou “normais” a preços constantes ou nominais;
• d) despesa com provisão mediante ajuste ao valor de mercado, se este for menor, do custo de aquisição
ou produção dos bens existentes na data do balanço.

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REGISTRO DE INVENTÁRIO
Escrituração

• A escrituração do livro Registro de Inventário é exigida pelas legislações do Imposto


de Renda, do ICMS e do IPI.

• No entanto, o contribuinte obrigado à escrituração do mencionado livro deve


observar, além das regras expostas a seguir, os demais dispositivos relacionados com
a legislação do ICMS de cada estado e do IPI.

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ESCRITURAÇÃO À ÉPOCA DO BALANÇO


• Por ocasião de cada balanço de apuração definitiva do imposto, as empresas
tributadas pelo lucro real devem arrolar, no livro Registro de Inventário, as
mercadorias para revenda, os produtos manufaturados, os produtos em fabricação
e os bens em almoxarifado existentes no encerramento do período de apuração.

• Portanto, o livro Registro de Inventário deve ser escriturado no encerramento:

• a) de cada trimestre do ano-calendário, no caso de empresas que adotem a


apuração trimestral do IRPJ e da CSLL, instituída pela Lei 9.430/96;
• b) do balanço anual de 31 de dezembro, pelas empresas que optarem pelo regime
de estimativa;
• c) do período de apuração relativo à incorporação, fusão, cisão ou encerramento de
atividades.

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BALANÇO PATRIMONIAL
Avaliação dos Estoques
• O critério legal para avaliação das diversas contas do estoque no balanço
será o preço de aquisição ou de produção, deduzido dos impostos
incidentes com direito a credito, por exemplo: ICMS, IPI, Pis e Cofins,
sendo os últimos dois somente em empresas optantes pelo lucro real.

• O elemento básico da avaliação dos estoques é o custo (preço de


aquisição – impostos = custo).

• Existem três métodos de apuração de estoques:


• Custo Médio Ponderado (Total Monetário ÷ Total físico);
• PEPS “primeiro que entra, primeiro que saí”; e
• UEPS “último que entra, primeiro que saí”, não permitido pela legislação
tributária. 33

BALANÇO PATRIMONIAL
• Despesas antecipadas: todos os recursos aplicados em itens que proporcionarão serviços ou benefícios
durante o exercício social seguinte. Exemplos:
• prêmios de seguros (normalmente pagos no ato e o beneficio ocorre em exercícios
seguintes),
• passagens pagas e não utilizadas,
• pagamentos de assinaturas de jornais e revistas,
• encargos financeiros (aqueles provenientes de desconto de duplicatas), etc.

• Deduções do Circulante

• Contas a Receber: a parcela estimada pela empresa que não será recebida em decorrência dos maus
pagadores deve ser subtraída de Contas a Receber, com o título Perdas Estimadas em Crédito de Liquidação
Duvidosa

• Duplicatas Descontadas é passivo!


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BALANÇO PATRIMONIAL
• Ativo Não-Circulante: dividi-se em quatro grupos: Realizável em Longo Prazo,
Investimentos; Imobilizado e Intangível.

• Realizável a longo prazo: são classificados os empréstimos ou adiantamentos


concedidos às sociedades coligadas ou controladas, a diretores, acionistas etc.
Além dos Títulos a Receber no Longo Prazo.

• Investimento: as participações (que não se destinam à venda) em outras


sociedades (Investimento em Coligadas e Controladas) e outras aplicações de
característica permanente que não se destinam à manutenção da atividade
operacional da empresa, tais como: imóveis alugados a terceiros (não de uso,
mas para renda), obras de arte etc.

• não precisa ser objeto social da empresa


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• Imobilizado: as aplicações que tenham por objetivo bens destinados à


manutenção da atividade operacional da empresa, tais como: imóvel
(onde este sediada a empresa), instalações, móveis e utensílios,
veículos, máquinas a equipamentos (no caso de indústria etc.

• NBC TG 27 (R4)

• São bens ligados diretamente ao objeto social da empresa

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Ativo Imobilizado > Classificação e conteúdo


• O imobilizado deve ter contas para cada classe principal de ativo.

• Segregação contábil:
• Controle por área, local, unidade, departamento ou função.
• Atender solicitações internas ou externas.

• Cada empresa deve criar seus planos de contas de forma individualizada, de acordo
com suas necessidades.

• Pode-se dividir o Imobilizado em duas sub-categorias. Fonte de informação para


geração de índices.

• Bens em Operação.
• Imobilizado em Andamento.
• As depreciações acumuladas estarão à parte (contas a crédito).

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Ativo Imobilizado > Bens em Operação


Bens em Operação são bens próprios ou arrendados que estão em utilização e gerando atividades
intrínsecas à empresa.

•TERRENOS (aqueles sem destinação serão classificados como Investimento).


•OBRAS PRELIMINARES E COMPLEMENTARES.
•OBRAS CIVIS (edificações).
•INSTALAÇÕES (indiretas) – energia, telecomunicações etc.
•MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOS.
•EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS.
•SISTEMAS APLICATIVOS (softwares).
•MÓVEIS E UTENSÍLIOS (com vida superior a 1 ano).
•VEÍCULOS (aqueles sem uso direto na produção).
•FERRAMENTAS (com vida superior a 1 ano).
•PEÇAS E CONJUNTOS DE REPOSIÇÃO.
•FLORESTAMENTO E REFLORESTAMENTO.
•DIREITOS SOBRE RECURSOS NATURAIS (jazidas de minérios, pedras preciosas etc).
•BENFEITORIAS EM PROPRIEDADES ARRENDADAS.
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Ativo Imobilizado > Critérios de Avaliação


• Avaliação = Custo de aquisição – menos impostos – Depreciação, amortização e
exaustão.

“Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do


saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão” (Lei 6.404/76,
art. 183, item V).

• Custo de aquisição
São todos os gastos relacionados à aquisição de das partes do Ativo Imobilizado e
acessórios para colocá-lo em perfeito funcionamento.
• Bens comprados de terceiros.
• Bens construídos.
• Bens recebidos por doação.
• Bens incorporados para formação do Capital Social.
• Bens adquiridos por contratos de arrendamento mercantil (leasing).
• Reavaliação de bens.

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Depreciação, Exaustão e Amortização

• Conceitos - Lei 6.404/76 alterada pela Lei 11.941, de 2009:

• Art. 183 - § 2: A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de:

• a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
• b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado;
• c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos
cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

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Definição
• A legislação do Imposto de Renda considera como encargos de depreciação, amortização ou
exaustão do Ativo Não Circulante as perdas que a pessoa jurídica suporta em decorrência da
diminuição do valor dos bens do Imobilizado, da diminuição de valor dos elementos decorrente da
exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais e da recuperação contábil
do capital aplicado em despesas que contribuam para a formação do resultado de mais de um
período de apuração.

• A Lei 11.638/2007 e a Lei 11.941/2009 introduziram, a partir de 1-1-2008, o processo de


harmonização das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais de contabilidade.

• Coma introdução dessas novas práticas contábeis, as depreciações e amortizações devem ser
efetuadas com base em estimativas de vida útil econômica dos bens que podem acarretar
diferenças em relação àquelas fixadas pela legislação do Imposto de Renda.

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DEDUTIBILIDADE

• De acordo com o artigo 13 da Lei 9.249/95, as empresas podem deduzir, para


efeito de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido, as despesas de depreciação e amortização de bens móveis
ou imóveis, desde que estes estejam intrinsecamente relacionados com a
produção ou comercialização dos bens e serviços.

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Bens intrinsecamente relacionados


• a) os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidade;

• b) os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração;

• c) os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, instalados em estabelecimento da


empresa;

• d) os veículos tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, utilizados no transporte


de mercadorias e produtos adquiridos para revenda, de matéria-prima, produtos intermediários e
de embalagem aplicados na produção;

• e) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e


motocicletas utilizados pelos cobradores, compradores e vendedores nas atividades de cobrança,
compra e venda;

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continuação
• f) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas
utilizados nas entregas de mercadorias e produtos vendidos;

• g) os veículos utilizados no transporte coletivo de empregados;

• h) os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos;

• i) os bens móveis e imóveis próprios, locados pela pessoa jurídica que tenha a locação como objeto de
sua atividade;

• j) os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil nos termos da Lei


• 6.099, de 1974, pela pessoa jurídica arrendadora;

• l) os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel, pela pessoa jurídica que tenha por
objeto essa espécie de atividade.

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INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO

• A empresa pode iniciar o cômputo dos encargos de depreciação a partir do mês


em que o bem for instalado, posto em serviço ou em condições de produzir.

• TAXAS ANUAIS

• A Secretaria da Receita Federal, por intermédio das Instruções Normativas


162/98 e 130/99, divulgou relação de bens e respectivos prazos de vida útil e
taxa de depreciação, para fins de determinação da quota a ser registrada na
escrituração da pessoa jurídica. (Anexo III da IN RFB n. 1700/2017).

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Taxas Superiores às Admitidas


• É assegurado ao contribuinte o direito de computar a quota efetivamente
adequada às condições de depreciação de seus bens, desde que faça a prova dessa
adequação, quando adotar taxa diferente.

• No caso de dúvida, o contribuinte ou a autoridade lançadora do imposto pode


pedir perícia do Instituto Nacional de Tecnologia, ou de outra entidade oficial de
pesquisa científica ou tecnológica, prevalecendo os prazos de vida útil
recomendados por essas instituições, enquanto os mesmos não forem alterados por
decisão administrativa superior ou por sentença judicial, baseadas, igualmente, em
laudo técnico idôneo.

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TERRENOS E EDIFICAÇÕES
• A taxa anual de depreciação admitida sobre edificações e benfeitorias é de 4% ao ano,
NÃO sendo admissível o cômputo de qualquer valor sobre o terreno.

• Na impossibilidade de identificar-se o valor do terreno separadamente da edificação,


deve ser providenciado um laudo pericial para determinar a parcela do valor do
imóvel correspondente ao edifício ou benfeitorias, aplicando-se, então, apenas sobre
estes, a taxa permitida.

• As benfeitorias e construções realizadas em imóveis locados podem ser depreciadas


ou amortizadas dependendo do prazo de vigência do contrato e do critério de
indenização pelas obras, fixados em suas cláusulas.

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CONSERTOS E REPAROS NOS BENS


• A legislação do Imposto de Renda admite, como custo ou despesa operacional, as despesas com
reparos e conservação de bens e instalações, destinados a mantê-los em condições de eficiente
operação.

• No entanto, se em decorrência dos reparos, da conservação ou da substituição de partes ou peças,


houver aumento de vida útil do bem por prazo superior a 1 ano, as despesas correspondentes devem
ser acrescidas ao custo de aquisição do bem, registrado no Ativo Imobilizado, para que possam servir
de base a depreciações futuras.

• A legislação do Imposto de Renda admite, ainda, a dedução, como custo ou despesa operacional, do
valor não depreciado das partes e peças que forem substituídas por terem se tornado imprestáveis ou
caído em desuso.

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CUSTO DE BEM DO ATIVO NÃO CIRCULANTE

• O custo de aquisição de bens do Ativo Não Circulante Imobilizado e


Intangível poderá ser deduzido como despesa operacional, para
efeito do IRPJ e da CSLL, desde que o bem adquirido tenha valor
unitário igual ou inferior a R$ 1.200,00 ou prazo de vida útil não
superior a um ano.

49

Vida Útil e Taxas Fiscais

IFRS X IRPJ
Valor Residual

01/12/2023 08:48 50 50

25
01/12/2023

01/12/2023 08:48 51 51

01/12/2023 08:48 52 52

26
01/12/2023

Impairment test
Considerações iniciais:

NBC TG 1 (R4)

• Limite de custo do ativo imobilizado (CA) (obs: líquido de provisões e


depreciação).
• Valor econômico decorrente do uso.
• Valor presente dos benefícios futuros decorrentes do uso (VP) = valor
recuperável.

CA ≤ VP 53

Impairment test
• Se CA > VP (valor recuperável)
Ex: custo da máquina = 10.000
valor recuperável = 8.000

Ativo Imobilizado Perdas extraordinárias


10.000 2.000 (1) (1) 2.000

• Perda extraordinária no período em que for detectada (se permanente).


• Dedutibilidade → O contribuinte poderá reconhecer na apuração do lucro real somente os valores
contabilizados como redução ao valor recuperável de ativos que não tenham sido objeto de reversão, quando
ocorrer a alienação ou baixa do bem correspondente (Lei 12.973/14).

54

27
01/12/2023

Impairment test
• Abrangência: ativos não circulantes (inclui tangíveis e intangíveis).

• Inclui ativos reavaliados (valor reavaliado = novo valor do custo = valor de


referência (CA) para o teste).

• Depreciação pode não ser suficiente para ajustar o custo do ativo em períodos
pós reavaliação.

• Indicadores:
• Internos.
• Externos.

55

Impairment

Valor Justo x Valor Contábil


Laudo
Contabilização Perda
Reversão da Perda

56 56

28
01/12/2023

ano 1 Ano 2 Ano 3


Imobilizado 500 500 500
Depreciação -100 -200 -300
saldo 400 300
Estimativa de
Perda -40 -40
260 160

Reversão Perda 10
170

57 57

58 58

29
01/12/2023

BALANÇO PATRIMONIAL

• Intangível: classificam-se neste grupo os direitos que tenham por


objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.

• NBC TG 4 (R4)

59

Exemplos de Intangíveis
• Gastos de organização, marcas e nomes de produtos, desenvolvimento
de produtos, Goodwill, direitos de autoria, patentes, franquias, licenças,
matrizes de gravação, serviços de marcas e certificação de marcas,

• cor única, formato, ou desenho da embalagem no comércio de


vestuário, nomes de domínio na Internet, contratos de não-
concorrência, solicitações ou pedidos de produção não atendidos,
contratos de relacionamento com clientes etc.

60

30
01/12/2023

Reconhecimento

• Identificáveis *(exceção: goodwill).

• Controlados.

• Geradores de benefícios econômicos futuros.

61

Reconhecimento

• Identificáveis.
• for separável.
• resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais.

• Controlados.

• Geradores de benefícios econômicos futuros.

62

31
01/12/2023

Reconhecimento
Identificáveis.

Controlados
• detém o poder de obter benefícios econômicos futuros.
• restringir o acesso de terceiros.

Geradores de benefícios econômicos futuros.

63

Reconhecimento

• Identificáveis.

• Controlados.

• Geradores de benefícios econômicos


futuros.
• receita da venda.
• redução de custos.
64

32
01/12/2023

Pesquisa e Desenvolvimento
Ativo Diferido?

• Viabilidade técnica para concluir o ativo para seu uso ou venda;


• Intenção de concluir o ativo e de usá-lo e vendê-lo;
• Capacidade para usar ou vender;
• Forma como o ativo deve gerar fluxo de benefícios futuros;
• Capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.

Pesquisa – RESULTADO
Desenvolvimento - ATIVO 65

AMORTIZAÇÃO
• Amortização é a perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou
comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens
de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.

• A amortização de direitos classificados no Ativo Não Circulante Intangível, registrada com observância das
normas contábeis, é dedutível na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, desde que o
direito seja intrinsecamente relacionado com a produção ou comercialização dos bens e serviços.

• A Lei 6.404/76, com a nova redação do artigo 178, § 1º, promovida pela Lei 11.941/2009, extinguiu o Ativo
Diferido. No entanto, conforme prevê o artigo 299-A da Lei 6.404/76, o saldo existente em 31-12-2008 no
Ativo Diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer
sob essa classificação até sua completa amortização.

66

33
01/12/2023

Despesas Pré-Operacionais ou Pré-Industriais


• Para fins de determinação do lucro real, não serão computadas, no período de apuração em que incorridas, as
despesas:

• a) de organização pré-operacionais ou pré-industriais, inclusive da fase inicial de operação, quando a empresa utilizou
apenas parcialmente o seu equipamento ou as suas instalações; e

• b) de expansão das atividades industriais.

• Essas despesas poderão ser excluídas para fins de determinação do lucro real, em quotas fixas mensais e no prazo
mínimo de 5 anos, a partir:

• – do início das operações ou da plena utilização das instalações, no caso da letra “a” anterior; e

• – do início das atividades das novas instalações, no caso da letra “b”.

• Os valores correspondentes a essas despesas deverão ser adicionados na Parte A do Lalur e registrados na parte B
para controle de sua utilização.

67

68

34
01/12/2023

BALANÇO PATRIMONIAL
Grupos de contas do Passivo
• O Passivo agrupará contas de acordo com:

• o seu vencimento, isto é aquelas contas que serão liquidadas mais


rapidamente integrarão um primeiro grupo

• aquelas que serão pagas num prazo mais longo formarão outro grupo.

• Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já


ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos
capazes de gerar benefícios econômicos;
• (Estrutura Conceitual – CPC)

69

Classificação
• Circulante
• Liquidação em no máximo 12 meses após a data
balanço
• Finalidade de ser transacionado
• Não é permitido postergar a liquidação depois de 12
meses da data do balanço
• Exceto em caso de ciclo operacional superior a 12
meses

Não Circulante
a) Liquidação em prazo superior ao Exercício Social ou
Ciclo Operacional
b) Não enquadramento nos requisitos do Passivo
70
Circulante

35
01/12/2023

BALANÇO PATRIMONIAL
Grupos de contas do Passivo

• Passivo Circulante: São obrigações que normalmente são pagas dentro


de um ano (Curto Prazo):

• Contas a Pagar, Dívidas com Fornecedores de Mercadorias ou Matérias-


primas;

• Impostos a Recolher;

• Empréstimos Bancários com vencimentos nos próximos 360 dias,

• Provisões (são despesas incorridas, geradas, mas já reconhecidas pela


empresa: Imposto de Renda, Férias, 13º Salários, Salários a Pagar,
Encargos Sociais a Pagar etc.).
71

BALANÇO PATRIMONIAL
Grupos de contas do Passivo

Passivo não-circulante: São as dívidas da empresa que serão


liquidadas com prazo superior a um ano: Financiamentos,
Títulos a Pagar, Debêntures etc.

72 72

36
01/12/2023

BALANÇO PATRIMONIAL
Grupos de contas do Passivo

➢Regime de competência;
➢Não é necessário um documento e/ou contrato
➢valor presente do fluxo de caixa futuro
➢Não é necessário que o valor da obrigação seja conhecido
com certeza
➢Conversão de valores à moeda nacional.

73 73

BALANÇO PATRIMONIAL
Grupos de contas do Passivo

• Patrimônio Líquido: representa os investimentos dos proprietários


(Capital) mais o Lucro Acumulado, no decorrer dos anos retido na
empresa, ou seja, não distribuído e ainda não incorporado ao Capital.

• De acordo com a legislação vigente, o PL é formado pelos seguintes


subgrupos:

• Capital Social
• Reservas de Capital e de Lucros;
• Ajustes de Avaliação Patrimonial;
• Ações em tesouraria (conta redutora);
• Prejuízos Acumulados.

01/12/2023 08:48 74 74

37
01/12/2023

BALANÇO PATRIMONIAL
Grupos de contas do Passivo

• Capital Social

• Inclui valores investidos pelos acionistas ou sócios da sociedade


(integralização de capital), ou aqueles gerados pela própria
empresa (lucros), e que não foram distribuídos.

• O capital deve ser registrado pelo seu valor integralizado sendo


diminuído de toda parcela ainda não realizada. A integralização
pelos acionistas ou sócios, pode ser feita em dinheiro ou em
bens.

75 75

BALANÇO PATRIMONIAL
• Reservas

• Não representam nenhuma exigibilidade por parte da empresa e


representam, basicamente, os valores aportados pelos
proprietários (ágio), por terceiros (doações) e lucros auferidos e
não distribuídos (lucros retidos).

• No patrimônio liquido, as reservas são classificadas por sua


procedência. Existem dois tipos de reservas: reservas de lucros;
reservas de reavaliação (extinta pela 11.638/07 – mal uso); e
reserva de capital.

76

38
01/12/2023

VISÃO SINTÉTICA DO BALANÇO PATRIMONIAL


ATIVO PASSIVO E PATRIMONIO LÍQUIDO
Circulante Circulante
São contas que estão constantemente em giro – em São obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo
movimento – sendo que a conversão em dinheiro será, no exercício social: nos próximos 365 dias após a elaboração
máximo, no próprio exercício social. do Balanço.
Não-circulante Não-circulante
São Bens e Direitos que não se destinam a venda e tem São as obrigações exigíveis que serão liquidadas com
vida útil, no caso de Bens, longa. prazo superior a um ano – Dívidas a longo prazo.
- Realizável a longo prazo Patrimônio Liquido
São bens e direitos que se transformarão em dinheiro um São os recursos dos proprietários aplicados na empresa.
ano após o levantamento do Balanço. Os recursos significam o Capital mais o seu rendimento
- Investimento - são as inversões financeiras de Lucros e Reservas.
caráter permanente que geram rendimentos que não são
necessários à manutenção da atividade fundamental da
empresa.
-Imobilizado - são itens de natureza permanente que
serão utilizados para a manutenção da atividade básica da
empresa.
- Intangível - por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade
77 77

Apuração do Resultado do Exercício


• O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é obtido mediante a aplicação da seguinte fórmula:
CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final
• Contabilmente, na determinação do CMV:
• a) transfere-se para a conta que registra o CMV o saldo da conta que registra o estoque do início
do período-base (mediante crédito nesta);
• b) transfere-se para a conta que registra o CMV o saldo da conta que registra as compras do início
do período-base (mediante crédito nesta);
• c) debita-se a conta de estoque e credita-se a conta que registra o CMV, ambas pelo valor do
estoque final, apurado em contagem física ao final do período-base.
• Importa salientar que o uso da fórmula do CMV, nos moldes supramencionados, somente se
aplica para empresas que não mantêm controle permanente de estoque.
• Nas que o mantêm, a cada venda registra-se imediatamente: a) a débito, o custo da mercadoria
vendida (pelo valor desta em estoque); b) a crédito, a respectiva baixa no estoque, o que significa
que o estoque final é determinado contabilmente (isso, todavia, não dispensa a contagem física
em 31 de dezembro).
78

39
01/12/2023

ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO


Para apurar o resultado do exercício (lucro ou prejuízo do período), vamos,
primeiramente, transferir as contas de resultado que constam do balancete para a
conta que vai apontar o resultado.

79

80

40
01/12/2023

Empresa industrial que não mantém Contabilidade de Custos -


Avaliação e contabilização dos estoques
• Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), é exigida a discriminação do lucro bruto que,
na empresa industrial, corresponde à diferença entre a receita líquida de vendas e o custo dos
produtos vendidos.

• Por essa razão, a empresa industrial, ainda que não mantenha contabilidade de custos, precisa
segregar em sua contabilidade geral os gastos identificados como custo da produção (matéria-
prima, mão de obra e gastos gerais de fabricação), registrando-os em contas próprias, destacadas
das demais contas de resultado.

• Por ocasião do encerramento do exercício social ou do período de apuração do lucro real, os


saldos das contas de registro dos custos da produção serão absorvidos pela conta de apuração do
custo dos produtos vendidos

81

CONTAS DE CUSTOS DA PRODUÇÃO


• Custos da Produção/ Consumo de Matérias-Primas/ Consumo de
Outros Materiais/ Salários/ Contribuições Previdenciárias/
Contribuições ao FGTS/ Seguro contra Acidentes do Trabalho/ Outros
Gastos com o Pessoal/ Aluguéis Manutenção e Reparo de Bens/
Depreciações/ Seguro contra Incêndio/ Energia Elétrica/ Outros
Gastos da Produção

82

41
01/12/2023

CONSUMO DE MATÉRIAS-PRIMAS E DE OUTROS MATERIAIS


• Empresa que mantém controle permanente de estoques

• Se a empresa mantiver controle permanente de estoques, o valor das matérias-primas e


de outros materiais consumidos na produção será aquele determinado com base no
registro permanente dos estoques, que corresponde ao total apurado na coluna "Saídas"
das fichas de estoque, desde que a empresa adote o critério de lançar eventuais
devoluções ao fornecedor, como estorno, na própria coluna "Entradas" (em negativo).

• Todavia, na data do levantamento do balanço de encerramento do período de apuração


do lucro real, é necessário o levantamento físico dos estoques existentes para confronto
com os saldos constantes do registro permanente de estoques e acerto das diferenças
constatadas.

• No registro permanente dos estoques, poderá ser adotado como critério de avaliação:

a) o do custo médio ponderado; ou b) o do custo das aquisições mais recentes (Peps ou


Fifo).
83

• Empresa que não mantém controle permanente de estoques

• Se a empresa não mantiver controle permanente de estoques, deve avaliar o


estoque de matérias-primas e de outros materiais existentes no encerramento do
exercício social ou do período de apuração do lucro real, quantificado mediante
contagem física, com base no preço das aquisições mais recentes constantes das
respectivas notas fiscais, líquidos do IPI e do ICMS, quando esses impostos forem
recuperáveis.

84

42
01/12/2023

Exemplo
• Admitiremos que na contagem física de determinada espécie de matéria-prima
foram encontradas 600 unidades; na última compra desse bem, efetuada antes
do encerramento do período de apuração do resultado, foram adquiridas 400
unidades, ao custo unitário de R$ 75,00, e na compra imediatamente anterior
foram adquiridas 500 unidades, ao custo unitário de R$ 60,00 (em ambos os
casos, já excluídos os impostos recuperáveis - IPI e/ou ICMS).

• Nesse caso, as 600 unidades inventariadas são avaliadas da seguinte forma:


• a) 400 unidades (total da última compra) a R$ 75,00 = R$ 30.000,00;
• b) 200 unidades (parte da penúltima compra) a R$ 60,00 = R$ 12.000,00;
• c) Custo total das 600 unidades = R$ 42.000,00.

85

• Caso as duas últimas aquisições tivessem somado uma quantidade inferior à inventariada,
teríamos de nos reportar, sucessivamente e pela ordem, às compras imediatamente anteriores,
tomando por base sempre o custo da aquisição (excluídos os impostos recuperáveis).

• Nesse caso, obtido o estoque final conforme mostrado e admitindo-se que no período foram
efetuadas compras de matérias-primas no valor de R$ 124.000,00 (líquidos do IPI e do ICMS
recuperáveis), e ainda que a empresa tenha registrado na conta "Estoque de Matérias-Primas"
um estoque inicial de R$ 18.000,00, a determinação do Custo das Matérias-primas Consumidas
(CMC), mediante aplicação da tradicional fórmula:

86

43
01/12/2023

Registro contábil recomendado para as compras


• Recomenda-se registrar as compras efetuadas durante o período-base em uma conta auxiliar, com
intitulação específica ("Compras de Matérias-Primas", por exemplo). Eventuais devoluções são
registradas a crédito dessa conta.

• Funcionamento da conta "Consumo de Matérias-Primas“

• Adotado o procedimento para registro das compras recomendado no subtópico anterior, no


encerramento do período de apuração apura-se o valor do material consumido na produção, na conta
"Consumo de Matérias-Primas", da seguinte forma:
• a) transferindo para essa conta:
• a.1) o valor do estoque inicial de matérias-primas;
• a.2) o valor das compras do período-base (líquido de devoluções);
• b) transferindo dessa conta para a de estoque, no Ativo Circulante, o valor do estoque final,
quantificado mediante contagem física e avaliado segundo as regras indicadas, conforme o caso.

• O saldo final da conta "Consumo de Matérias-Primas" será absorvido pela conta "Custo dos Produtos
Vendidos".

87

Procedimento similar adota-se em relação à apuração do


consumo de outros materiais (materiais auxiliares e
embalagens).
88

44
01/12/2023

CONTA "CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS"


• Esta é uma conta de resultado só utilizada na data do levantamento do balanço, da seguinte forma:

• a) transferem-se para ela:


• a.1) os saldos iniciais das contas de estoques de produtos acabados e em elaboração;
• a.2) os saldos das contas do subgrupo "Custos da Produção";
• b) transfere-se dela, para as contas próprias de estoques, o valor dos estoques finais de produtos
acabados e em elaboração.

• Após os lançamentos referidos em "a" e "b", os dos produtos vendidos no período-base são
absorvidos pela conta "Resultado do Exercício".

89

90

45
01/12/2023

CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS E EM ELABORAÇÃO


• As empresas industriais que não mantiverem o sistema de custo integrado e coordenado com a
contabilidade avaliam os estoques finais levantados em contagem física no final do período de apuração
do lucro real, com observância das regras previstas na legislação do Imposto de Renda, focalizadas nos
subtópicos seguintes.

• Produtos acabados
• Os produtos acabados são avaliados em 70% do maior preço de venda verificado no período, sem a
inclusão do IPI, quando for o caso, não sendo admitida a exclusão do ICMS do preço considerado.

• Exemplo
• Admita-se que no encerramento do balanço, por meio da contagem física do estoque, foi
constatada a existência de 250 unidades de produto acabado e que, no período abrangido pelo
balanço, o maior preço de venda praticado, líquido do IPI, foi de R$ 200,00 por unidade:
• a) custo unitário (R$ 200,00 ´ 70,00%) = R$ 140,00;
• b) total de estoque de produtos acabados = R$ 140,00 x 250 un. = R$ 35.000,00.
91

• Produtos em elaboração
• Quando a empresa tem sistema de custos integrado com a contabilidade, a avaliação do estoque
dos produtos em processo é feita com base nos custos absorvidos até a fase de produção na qual
o produto se encontra.
• A empresa que não mantiver sistema de custos integrado com a contabilidade, para a avaliação
dos estoques de produtos em elaboração na data do balanço, deve utilizar um dos seguintes
critérios:
• a) uma vez e meia o maior custo de aquisição das matérias-primas adquiridas no período-base
(excluídos o IPI e o ICMS, quando recuperáveis);
• b) 80% do valor-base para avaliação dos produtos acabados, determinado de acordo com o
critério exposto anteriormente.

• Exemplo
• Admitindo-se que na data de encerramento do balanço a empresa tenha a seguinte situação:
• a) quantidade de matéria-prima em processo de fabricação: 100 un.;
• b) maior custo de aquisição por unidade de matéria-prima: R$ 75,00;
• c) custo por unidade de produto acabado R$ 140,00.

92

46
01/12/2023

93

EXEMPLO PRÁTICO
• Dados para o exemplo
• Vejamos como ficam os lançamentos contábeis de apuração do custo dos produtos vendidos
durante o período-base.

• a) saldos existentes no início do período-base, nas seguintes contas de estoque (classificadas no


Ativo Circulante):
• a.1) Estoque de Produtos Acabados: R$ 22.000,00;
• a.2) Estoque de Produtos em Elaboração: R$ 8.000,00;
• a.3) Estoque de Matérias-Primas: R$ 18.000,00;

• b) compras efetuadas durante o período-base, registradas em conta própria, intitulada "Compras


de Matérias-Primas", cujo saldo final se encontra líquido de devoluções e do valor dos impostos
recuperáveis (IPI/ICMS);
• b.1) Compras de Matérias-Primas: R$ 124.000,00;
94

47
01/12/2023

• c) custos da produção pagos e/ou incorridos durante o período-base, que se encontram


registrados, destacadamente, nas seguintes contas de resultado:
• c.1) Salários: R$ 96.000,00;
• c.2) Contribuições Previdenciárias: R$ 24.000,00;
• c.3) Contribuições ao FGTS: R$ 7.680,00;
• c.4) Seguro contra Acidentes do Trabalho: R$ 1.920,00;
• c.5) Aluguéis: R$ 26.000,00;
• c.6) Manutenção e Reparos de Bens: R$ 12.000,00;
• c.7) Depreciações: R$ 16.000,00;
• c.8) Energia Elétrica: R$ 13.200,00;
• c.9) Seguro contra Incêndio: R$ 6.800,00;

• d) estoques finais, avaliados pelos critérios estabelecidos na legislação do Imposto de Renda:


• d.1) Produtos Acabados (calculados anteriormente): R$ 35.000,00;
• d.2) Produtos em Elaboração (calculados anteriormente): R$ 11.200,00;
• d.3) Matérias-Primas (calculados anteriormente): R$ 42.000,00.
95

Lançamentos contábeis
• Apuração do consumo e registro do estoque final de matérias-primas:
• 1) Pelo valor do estoque inicial e das compras do período
• D - Consumo de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 142.000,00
• C - Estoque de Matérias-Primas (Ativo Circulante) R$ 18.000,00
• C - Compras de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 124.000,00

• 2) Pelo valor do estoque final


• D - Estoque de Matérias-Primas (Ativo Circulante)
• C - Consumo de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 42.000,00

• Com esses lançamentos: a) encerra-se a conta "Compras de Matérias-Primas"; b) o saldo da conta


"Estoque de Matérias-Primas" (do Ativo Circulante) fica ajustado ao valor do estoque final; c) o saldo
remanescente na conta de resultado "Consumo de Matérias-Primas", no valor de R$ 100.000,00
(débitos de R$ 142.000,00, contra créditos de R$ 42.000,00), corresponde ao valor das matérias-
primas empregadas na produção durante o período-base.
96

48
01/12/2023

• Apuração do custo dos produtos vendidos e registro do estoque final de produtos acabados e em
elaboração:
• 3) Pelo valor do estoque inicial
• D - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado) R$ 333.600,00
• C - Estoque de Produtos Acabados (Ativo Circulante) R$ 22.000,00
• C - Estoque de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante) R$ 8.000,00
• C - Consumo de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 100.000,00
• C - Salários (Conta de Resultado) R$ 96.000,00
• C - Contribuições Previdenciárias (Conta de Resultado) R$ 24.000,00
• C - Contribuições ao FGTS (Conta de Resultado) R$ 7.680,00
• C - Seguros c/ Acidentes do Trabalho (Conta de Resultado) R$ 1.920,00
• C - Aluguéis (Conta de Resultado) R$ 26.000,00
• C - Manutenção e Reparo de Bens (Conta de Resultado) R$ 12.000,00
• C - Depreciações (Conta de Resultado) R$ 16.000,00
• C - Energia Elétrica (Conta de Resultado) R$ 13.200,00
• C - Seguro c/ Incêndio (Conta de Resultado) R$ 6.800,00
97

• 4) Pelo valor do estoque final e do estoque inicial


• D - Estoque de Produtos Acabados (Ativo Circulante) R$ 35.000,00
• D - Estoque de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante) R$ 11.200,00
• C - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado) R$ 46.200,00

• Com esses lançamentos:


• a) encerram-se os saldos das contas de registro dos custos da produção;
• b) os saldos das contas "Estoque de Produtos Acabados" e "Estoque de Produtos em Elaboração"
(do Ativo Circulante) ficam ajustados aos valores dos estoques finais; e
• c) o saldo remanescente na conta "Custo dos Produtos Vendidos", no valor de R$ 287.400,00
(débitos de R$ 333.600,00 contra créditos de R$ 46.200,00), representa o custo das vendas
realizadas no exercício a ser absorvido pela conta "Resultado do Exercício", conforme o
lançamento a seguir:

• 5) Pela absorção do custo das vendas pelo Resultado do Exercício


• D - Resultado do Exercício (Conta de Resultado)
• C - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado) R$ 287.400,00

98

49
01/12/2023

99

Providências para encerramento do balanço anual


• As principais providências para o encerramento do balanço em 31 de dezembro. Trata-se de um
conjunto de procedimentos específicos para encerramento do exercício social que, sem a pretensão de
esgotar o rol de providências que devem ser adotadas caso a caso, tem por objetivo servir como um
roteiro básico para o contabilista.
• BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
• O balancete de verificação tem por finalidade agrupar as contas e toma por base os saldos dessas
contas no Livro Razão. Por isso, ele também é chamado de "balancete de verificação do Razão". O
balancete é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em
determinada data. Os saldos das contas que integrarão o balancete são os que constam do Razão. Em
face do método das partidas dobradas, é óbvio que os saldos devedores e credores deverão ter o
mesmo valor total, ou seja, o total dos débitos menos o total dos créditos deve ser igual a zero.
• Resolução CFC nº 1.330/2011 , que aprovou a ITG 2000 – Escrituração Contábil e que, por sua vez, não
trouxe nenhuma disposição sobre o assunto.
• O balancete de verificação é, geralmente, elaborado para fins internos, ou seja, para utilização pela
própria empresa. Há casos, todavia, em que é elaborado para fins externos como, por exemplo, para
ser apresentado a bancos, fornecedores, etc. Nesse caso, o balancete deve conter o nome e a
assinatura do contabilista responsável, a sua categoria profissional e o seu número de registro no
Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Obviamente, nos sistemas de contabilidade por
processamento de dados, os programas trazem a "função balancete", que emite o relatório
automaticamente.
100

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Reconciliações
• É fundamental checar os saldos das contas constantes do balancete,
principalmente de algumas que, pela sua natureza e pelo volume de
movimentação, costumam apresentar divergências.

• Contas como Caixa, Bancos Conta Movimento, Clientes, Fornecedores, Tributos a


Recolher (e outras que, na prática, se revelarem mais suscetíveis a discrepâncias)
devem ser objeto de cotejo com os saldos efetivos para evitar distorções.

• A conta Fornecedores merece atenção especial, pois o saldo que figurará no


balanço deve estar integralmente de acordo com o saldo de obrigações da
espécie a pagar em 31 de dezembro.

• A existência do chamado "passivo fictício" implicará na autuação da entidade,


pela fiscalização, sob a presunção de "omissão de receitas".
101

CUIDADOS ESPECÍFICOS COM AS CONTAS CAIXA E BANCOS


CONTA MOVIMENTO
• Por ocasião do levantamento do balanço, as contas Caixa e Bancos Conta Movimento devem ser objeto
de algumas verificações específicas:

• a) por sua natureza, a conta Caixa deve sempre apresentar saldo devedor. Embora isso seja óbvio, nunca é
demais checar no balancete. De acordo com a legislação do Imposto de Renda ( RIR/2018 , art. 293 ),
caracteriza-se como omissão de receita, passível de autuação pelo Fisco (ressalvadas ao contribuinte a
prova da improcedência da presunção, a indicação, na escrituração, de saldo credor de caixa);

• b) os eventuais suprimentos de caixa também merecem muita atenção. Provada a omissão de receita por
indícios na escrituração da empresa ou qualquer outro elemento de prova, o Fisco pode arbitrá-la com
base no valor dos recursos de caixa fornecidos à empresa por administradores, sócios da sociedade não
anônima, titular de empresa individual, ou acionista controlador da companhia, se a efetividade da
entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente demonstradas ( RIR/2018 , art. 294 ).

• Para afastar a presunção de omissão de receitas nesta hipótese, devem ser comprovadas, por
documentos, tanto a efetividade da entrega dos recursos pelas pessoas citadas à empresa quanto a
origem dos respectivos valores; 102

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• c) outro aspecto que deve ser verificado é o chamado "saldo devedor no banco" (saldo negativo
pela utilização de conta garantida, cheque especial, etc.). Se, em 31 de dezembro, o Razão
Contábil da conta Bancos Conta Movimento registrar saldo credor, este deve ser classificado em
conta do Passivo Circulante por representar autêntico empréstimo concedido pelo banco à
empresa e, por isso, um Passivo;

• d) os chamados cheques pré-datados (cuja melhor denominação é "cheques pós-datados")


também merecem atenção. Como não são valores dos quais a empresa vá dispor a qualquer
tempo (mas apenas na data combinada), as importâncias recebidas nessa modalidade de
pagamento não devem ser classificadas no subgrupo do "Disponível", e, sim, em conta distinta do
"Ativo Circulante", em que permanecerão até o efetivo recebimento.
• Tratando-se de pagamentos feitos pela empresa com cheques pré-datados, o mais adequado é o
registro em conta do Passivo Circulante que melhor caracterizará a obrigação assumida.

103

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA
• Independentemente das observações já apresentadas, a conciliação bancária é sempre um
procedimento importante.

• Além de ser um controle interno eficiente para a empresa, independentemente de seu porte, a
conciliação tem como objetivo principal apurar e explicar as eventuais diferenças encontradas
entre o saldo apresentado pelo banco, por meio do extrato bancário, e aquele apurado pela
empresa, no mesmo período, por intermédio do Livro Razão.

• Dependendo do porte da empresa ou, mais especificamente, de sua movimentação bancária, a


conferência dos registros contábeis com os extratos pode ser diária ou semanal.

• É mais usual, contudo, fazê-la mensalmente.

• No entanto, por ocasião do levantamento do balanço, é imprescindível recorrer à conciliação para


ajustar adequadamente a conta Bancos.
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INVENTÁRIO DOS ESTOQUES


• Os estoques são bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou
utilização própria no curso normal de suas atividades.

• Eles representam um dos ativos mais importantes do Ativo Circulante e da posição financeira da
maioria das empresas industriais e comerciais.

• Sua correta determinação, por ocasião do encerramento do exercício social, é essencial para a
apuração adequada do lucro líquido do exercício, para o suporte das exigências legais societárias
e fiscais e, sem dúvida, para atender às exigências dos auditores internos e externos.

• Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operações dessas companhias e


envolvem problemas de administração, controle, contabilização e principalmente de avaliação.

• Assim, devem ser analisados com uma atenção especial, antes do encerramento final, pelos
responsáveis pela Contabilidade Geral.

105

Determinação do custo dos estoques


• A determinação do custo dos estoques envolve tanto a teoria quanto a prática do cálculo do
custo.
• O custeio dos estoques apresenta algumas questões importantes, muitas vezes complexas e, às
vezes, altamente controversas, com referência à avaliação dos materiais consumidos na
produção e ao valor do estoque remanescente a ser consumido em períodos futuros.
• O assunto, geralmente, é apresentado como um problema de avaliação de estoques, mas os
problemas primários envolvidos são a determinação do custo dos vários materiais consumidos no
processo de produção e a sua transferência para a conta de produtos em processo e desta para a
conta de produtos acabados e, posteriormente, para a conta de custo dos produtos vendidos.

• Entre os procedimentos mais importantes que devem ser revistos na determinação dos custos
dos estoques, no processo normal de encerramento contábil e principalmente no encerramento
anual, destacamos os seguintes:
• a) rever o momento da contabilização de compras de itens do estoque, assim como o das vendas
a terceiros (este deve ser o da transmissão do direito de propriedade destes).
• Na determinação dos itens que integram ou não a conta de estoques, o importante não é sua
posse física, mas o direito de sua propriedade. Esse enfoque pressupõe que todas as transações
(que compreendem a aquisição, o recebimento e a estocagem interna ou externamente) devem
ser processadas dentro do período;
106

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• b) rever, por meio dos registros permanentes de todos os estoques, se os custos de cada espécie
de material em estoque são adequados e se existem fisicamente, excluindo os que estão
fisicamente na empresa, mas que são de propriedade de terceiros, seja por terem sido recebidos
em consignação, seja para beneficiamento ou armazenagem por qualquer outro motivo;

• c) rever os controles existentes dos itens que estão em trânsito (a caminho da empresa) na data
do balanço, adquiridos pela empresa, quando sob condições de compra Free On Board (FOB);

• d) rever os controles existentes dos itens remetidos para terceiros em consignação, normalmente
em poder de prováveis clientes ou outros consignatários, para armazenagem, beneficiamento,
embarque, aprovação e possível venda posterior, mas cujos direitos de propriedade permanecem
com a sociedade;

• e) rever os resultados dos inventários físicos realizados para contagem e inspeção de todos os
estoques existentes, bem como a avaliação destes. Entretanto, apesar da aparente simplicidade,
essa pode ser uma tarefa das mais árduas e demoradas, dependendo do volume e da natureza
dos estoques contados.

• Os riscos de variações significativos, nesse caso, são maiores quando a empresa não tem um
sistema de inventário rotativo (cíclico), mas apenas o inventário anual.
107

Avaliação dos estoques


• Diversos critérios de avaliação dos estoques podem ser adotados, os quais, entretanto, conduzem a
resultados diferentes.

• Os critérios são adotados segundo as peculiaridades da empresa, seu grau de controle e de


organização, permitindo aplicar o critério com economia de tempo e de trabalho ou demonstrar seus
resultados de forma que ela considera mais adequada ou mais representativa.

• Afastando-se um pouco da questão da aceitabilidade dos diversos critérios por parte das autoridades
fiscais, é importante observar que o critério de avaliação adotado deve ser uniforme no tempo, ou seja,
uma vez feita a opção por um deles, este deve ser conservado período após período para que os
resultados que vierem a ser apurados sejam comparativamente uniformes.

• Caso isso não ocorra, há o risco de se chegar a um resultado operacional inteiramente irreal por mérito
exclusivo da mudança do critério de avaliação dos estoques de um período para outro. Isso não quer
dizer que as mudanças sejam proibidas.

• Pelo contrário, elas são desejáveis quando concorrem para facilitar as operações ou para melhorar a
apresentação das demonstrações contábeis. Contudo, quando isso ocorrer, seus efeitos devem ser
quantificados e revelados por meio de nota explicativa
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• Como regra, nem todos os itens adquiridos se destinam à revenda ou ao consumo, nem todos os
produtos fabricados são vendidos ou consumidos, automaticamente, ao entrarem no estoque da
empresa, ou seja, eles permanecem em estoque no final do período e, assim, devem ser avaliados.

• O critério de avaliação utilizado influencia diretamente o custo dos produtos vendidos ou das matérias-
primas utilizadas na produção. Logo, o maior objetivo da avaliação é determinar custos adequados às
vendas, de modo que o lucro apropriado seja calculado.

• Qualquer variação durante esse processo de avaliação dos estoques repercute de imediato nos custos
operacionais e, consequentemente, no lucro final.
• Embora já exista um acordo geral quanto aos princípios que norteiam a determinação dos custos dos
materiais, diferentes conceitos e certas limitações práticas resultam em variações na execução desses
princípios, mesmo quando dizem respeito aos custos de aquisição facilmente identificados.
• Procurando evitar que as diferentes aplicações desses princípios afetem significativamente a apuração dos
resultados, a legislação societária e fiscal entra em cena determinando os métodos de avaliação e critérios
a serem utilizados para fins de custo dos estoques - isso porque, embora sejam avaliados os fatos
contábeis em termos monetários, a moeda não é um padrão uniforme para avaliação em períodos de
alteração de preço.

• Assim, para apurar o custo das mercadorias ou produtos vendidos, é necessário fazer um levantamento
daqueles que estão no estoque e darlhes valor, ou seja, avaliá-los conforme as regras dispostas nos arts.
304 a 310 do Regulamento do Imposto de Renda ( RIR/2018 )
109

Avaliação de estoques de matéria-prima,


mercadoria para revenda e material de consumo
• Os arts. 305 e 307 do RIR/2018 , aliados ao Parecer Normativo CST nº 6/1979 ,
estabelecem que as mercadorias para revenda, as matérias-primas utilizadas na
produção e os materiais de consumo próprio que se encontram no almoxarifado
devem ser avaliados por um dos três métodos descritos nos subtópicos seguintes.

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Avaliação pelo custo médio de aquisição


• É o método mais usado no Brasil e consiste em atribuir aos bens em estoque e, consequentemente,
aos bens vendidos ou utilizados na produção um valor unitário obtido pela média dos respectivos
custos de aquisição.

• Esse método é permitido somente para quem tem controle permanente dos estoques e o registro
permanente pode ser feito em livro, fichas ou formulários contínuos emitidos por computador.
Conforme o subitem 2.1 do Parecer Normativo CST nº 6/1979 , a avaliação a custo médio consiste
em avaliar o estoque a custo médio de aquisição, apurado em cada entrada de mercadoria ou
matéria-prima, ponderado pelas quantidades adicionais e pelas anteriores existentes.

• Por esse critério, cada entrada (a custo diferente do custo médio anterior) modifica o custo médio e
cada saída, enquanto mantém inalterado o custo médio, altera o fator de ponderação e,
consequentemente, altera também o custo médio calculado na entrada seguinte.
• Esse mesmo Parecer Normativo admite que as saídas sejam registradas unicamente no fim de cada
mês, desde que avaliadas ao custo médio, sem considerar o lançamento de baixa, verificado no mês.
Esse método, de baixa mensal dos estoques, é bem mais prático e reduz significativamente os
trabalhos administrativos.
111

Avaliação com base nos custos das aquisições mais recentes


• Esse método é obrigatório para quem não mantém registro permanente de estoques. Se a empresa não
mantiver tal registro, com apuração mensal dos estoques, terá de apurar os estoques no final do período com
base em contagem física, cujas quantidades serão valorizadas aos preços das compras mais recentes (Peps).

• Por esse método, as saídas do estoque são registradas pelos respectivos custos de aquisição, considerando-se,
em primeiro lugar, as aquisições mais antigas. Com isso, o estoque final fica avaliado pelo custo dos itens
adquiridos mais recentemente.

• Segundo o procedimento Peps, assume-se que os fatores de custo fluem em estrita ordem cronológica em
função da data de aquisição de cada unidade - a primeira unidade comprada é a primeira a ser utilizada.
Literalmente, admite-se que o fluxo se movimenta como uma fileira de soldados.
• Ele se baseia no princípio de que o custo deve ser carregado pelo valor efetivo do material consumido na
produção, pressupondo que os primeiros materiais a serem usados na produção são os mais antigos do
estoque. Essa forma alternativa de avaliação em relação à do custo médio, requerida pela legislação fiscal,
caracteriza que a empresa não tem um sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado, sendo
obrigada, como penalidade, a avaliar seus estoques de produtos em processo e acabados por critérios
totalmente arbitrários que distorcem não só os resultados, mas também a avaliação dos estoques.
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Avaliação com base no método do preço de venda a varejo


• Esse método originou-se da necessidade de controle para empresas comerciais com um
elevadíssimo número de itens de estoque à venda, como lojas de departamentos,
supermercados, magazines, etc.

• Trata-se de uma avaliação a valores de entrada (na linha do custo) pela média ponderada móvel,
apesar de os controles serem a preços de venda.

• O método do preço de venda a varejo é adotado quando a aplicação dos métodos tradicionais se
torna extremamente difícil, tendo em vista a impossibilidade de manter um controle permanente
dos estoques.

• Essa impossibilidade ocorre devido ao elevado número de diferentes itens transacionados, à


existência de vários pontos de estoque com os mesmos produtos, à dificuldade de valorização dos
estoques ao custo (decorrente do elevado número de compras), etc., inviabilizando, assim, uma
forma de controle mais rígida, sendo os custos de manutenção dos controles considerados
superiores aos benefícios oferecidos

113

• O método consiste na apuração do total do estoque a preço de venda por meio de contagem
física ou por meio de controles permanentes valorizados aos preços unitários de venda, que são
convertidos a valores de entrada mediante sua multiplicação por um quociente médio do custo
com relação aos preços de venda a varejo para o período corrente.

• Essa forma de controle e avaliação representa avaliar os estoques finais aos preços aproximados
de custo, pois dos estoques valorizados a preços de venda eliminam, por totais, a margem de
lucro, apurando, assim, os estoques finais a preço de custo.

• É importante observar que esse critério de avaliação, com base no preço de venda, subtraído da
margem de lucro, por motivos óbvios, não se aplica aos estoques de insumos da produção
(matérias-primas, etc.), para os quais, para efeitos fiscais, só cabe a avaliação pelo custo médio ou
pelo Peps.

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Custo-padrão versus custo real


• Custo-padrão ou standard é o método de custeio por meio do qual o custo de cada produto é
predeterminado, antes da produção, com base nas especificações do produto, nos elementos de
custo e nas condições previstas de produção.

• Assim, os estoques são apurados com base em custos unitários padrão e os custos de produção
reais são apurados e comparados com os padrões, registrando-se suas diferenças em contas de
variação.

• Tal técnica tem por objetivos fazer melhor análise das operações e possibilitar a identificação de
ineficiências e perdas visando à tomada de medidas corretivas para períodos seguintes.

• A apuração do custo com base no custo-padrão é mais usada por grandes empresas, com
operações de grande volume, com linhas de montagem de produtos que utilizam muitas peças,
componentes etc

115

• Trata-se de uma técnica que pode ser adotada sob diversas formas, parcial ou totalmente, e por
elementos de custo, sendo aceita para efeitos fiscais, desde que obedeçam às regras
estabelecidas no Parecer Normativo CST nº 6/1979 , item 3.5, conforme segue:

• a) inclua todos os elementos de custo constitutivos do custeio por absorção, ou seja, matéria-
prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação;
• b) os estoques fiquem avaliados ao que seria o custo real, mediante alocação da variação
correspondente entre o padrão e o real aos estoques em processo, de produtos acabados e aos
produtos vendidos;
• c) a distribuição das variações seja feita não só no final do exercício, mas também durante o ano,
em intervalos não superiores a um trimestre, exceto em casos em que o ciclo de produção seja
maior, o que não é comum nas empresas industriais;
• d) as variações de custo sejam identificadas por item final de estoque, ou seja, produto por
produto. Essa nos parece uma tarefa difícil para as empresas com grande diversidade de
produtos. Todavia, o objetivo é somente permitir a constatação de que não há distorções na
apuração do resultado decorrentes de uma forma indevida de apropriação das variações de custo
entre estoques e custo dos produtos vendidos.

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Contabilidade de custos integrada e coordenada


• De acordo com a legislação do Imposto de Renda (art. 306 do RIR/2018 ), somente as empresas
que tenham a já referida contabilidade de custos podem avaliar os estoques de produtos em
processo e acabados pelo custo de produção por ela apurado.

• Em resumo, de acordo com a interpretação fiscal, o sistema de contabilidade de custos integrado


e coordenado com o restante da escrituração é aquele:
• a) apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão de obra direta e
custos gerais de fabricação);
• b) que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-
primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;
• c) apoiado em livros auxiliares, fichas, formulários contínuos ou mapas de apropriação ou rateio,
tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração contábil;
• d) que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período-base de
apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos.

117

• Os estoques existentes na data de encerramento do período-base serão avaliados de acordo com


os critérios fixados no arts. 305 e 306 do RIR/2018 , combinado com o Parecer Normativo CST nº
6/1979 , quais sejam:
• a) matérias-primas:
• a.1) pelo custo médio de aquisição; ou a.2) pelo custo das aquisições mais recentes, conhecido
também como Peps;
• b) produtos acabados e em elaboração:
• b.1) pelo custo médio da produção; ou b.2) pelo custo das produções mais recentes, Peps.

• Tratando-se de produtos acabados, é admitida, ainda, a avaliação com base no preço de venda,
subtraída a margem de lucro bruto, conhecido como mark-up.

• Esse método de avaliação de estoques, como regra, é mais viável nas empresas comerciais que
tão somente revendem mercadorias.

• Para as empresas industriais que tenham sistema de custo integrado à contabilidade, o mais
viável é a avaliação pelo custo médio da produção apontado nos controles e nas planilhas
preparadas pelo departamento de custos.

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Registro permanente de estoques


• O registro permanente de estoques é exigido pela legislação de Imposto de Renda como
instrumento necessário de controle para apuração mensal dos estoques, conforme dispõe o
Parecer Normativo CST nº 6/1979 .

• O registro permanente nada mais representa do que fichas de estoque mantidas para cada item,
com seu movimento em quantidade, preço unitário e valor total.

• A manutenção de um controle adequado da movimentação em quantidade e valor dos estoques


é essencial não só para fins gerenciais e de controle interno, como também para espelhar
corretamente seus reflexos e resultados na contabilidade.

• Quanto a matérias-primas e contas similares de estoques de insumos da produção (como


embalagem, manutenção e almoxarifado), para empresas industriais e para os estoques de
mercadorias para revenda de empresas comerciais, é importante a manutenção de um registro
permanente desses estoques, item por item.

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• Conforme destacamos anteriormente, é fundamental enfatizar novamente que o registro


permanente de estoques pode ser feito em fichas, livro ou formulários contínuos, emitidos por
Sistema de Processamento Eletrônico de Dados.

• O Parecer Normativo citado esclarece, ainda, que os saldos do final do período, apurados no
registro permanente após os ajustes decorrentes do confronto com contagens físicas, serão
utilizados para transcrição no livro oficial obrigatório de Registro de Inventário.

• Se a empresa não mantiver tal registro permanente, com a apuração mensal dos estoques,
deverá apurá-los no final do período com base em contagem física, cujas quantidades serão
valorizadas pelos preços de compra mais recentes (Peps).

• Essa forma alternativa é também aceita para fins fiscais. Todavia, no caso de indústrias, esse fato
caracteriza que a empresa não tem um sistema de contabilidade de custos integrado e
coordenado, sendo obrigada, como penalidade, a avaliar seus estoques de produtos, em processo
e acabados, por critérios totalmente arbitrados de acordo com o que segue:
• a) produtos acabados: avaliados em 70% do maior preço de venda do ano; b) produtos em
processo: b.1) avaliados em 80% do valor dos produtos acabados, apurado como descrito na letra
"a"; b.2) avaliados em 150% do custo das matérias-primas, por seus maiores valores pagos no
ano.

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Inventário físico
• Um aspecto fundamental quanto aos estoques refere-se a uma correta determinação das quantidades
físicas destes na data do balanço. De fato, esse aspecto tem gerado distorções significativas nas
demonstrações financeiras de inúmeras empresas.

• De nada adianta um bom critério de avaliação e de custos se as quantidades estiverem erradas.

• A apuração quantitativa depende da existência de controles analíticos adequados e mantidos em dia e


agregados a um bom sistema de controles internos.

• Esses aspectos, logicamente, são importantes não só para fins contábeis, mas também, e principalmente,
para fins gerenciais. Os controles quantitativos e em valor dos estoques devem ser mantidos em
consonância com o fluxo dos custos apurados e com a existência física desses mesmos estoques.

• O sistema de controle de estoque permanente é a chave da rotina do controle de estoque. Todavia, o


controle básico necessita de uma conferência de avaliação dentro de determinados intervalos de tempo
para efeito de segurança. Apesar da existência, em muitas empresas, de um cuidadoso procedimento de
controle, algumas diferenças entre a quantidade de material em mãos e a quantidade mostrada nos
registros permanentes de estoque sempre aparecem. Para determinar esses erros dentro do sistema de
controle de estoques permanente, é necessário, periodicamente, contar os materiais em mãos e compará-
los com os registros contábeis, isto é, com as fichas de registro permanente de estoque.

121

• O planejamento do trabalho dessas contagens pode ser efetuado de duas formas, conforme segue:

• a) ao final de um período contábil, em geral 1 ano, toda a produção é paralisada e os empregados são
designados ao trabalho de contagem de todos os materiais em mãos. A empresa não reiniciará as
operações de venda até que todo o material seja contado;
• b) um procedimento mais simples e racional, também popular, é o da contagem contínua ou cíclica.
Dentro desse plano, somente alguns materiais são contados a cada dia.

• Desenvolve-se um programa de contagem de modo que todos os materiais sejam contados, pelo
menos, uma vez por ano.

• Os materiais mais importantes, ou mesmo os sujeitos a roubo, são contados mais frequentemente.

• Algumas empresas preferem manter alguns funcionários treinados especificamente para a função de
contagem cíclica. Esse procedimento evita horas extras e elimina possíveis erros que podem ocorrer
devido à falta de treinamento do pessoal no caso da contagem anual.

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• O intervalo entre as contagens físicas varia conforme o tipo de empresa, o grau de controle interno e
a política gerencial quanto à frequência dos relatórios de ajustes de contagem. Contagens semanais,
bissemanais, mensais e trimestrais são comuns.

• Ocasionalmente, podemos encontrar até contagens diárias de itens de valor significativo ou com
possibilidade de roubo. Nas empresas em que o sistema de contagem contínua é mantido associado
com o controle permanente de estoques, os resultados, sem dúvida, têm sido considerados
satisfatórios como formas de atestar a existência dos estoques físico e contábil.

• Entre as várias causas dessas diferenças, podem ser citadas as seguintes:


• a) deficiência no preenchimento dos documentos de movimentação durante o fluxo do material;
• b) deficiência do recebimento e da entrega do material;
• c) perda resultante do processamento natural ou por deficiência de armazenagem;
• d) perda resultante da não emissão dos documentos de materiais danificados durante o processo de
produção. Desde que os estoques de muitas empresas representem um grande investimento, qualquer
descuido poderá gerar perda de dinheiro em um montante significativo.

• Daí a responsabilidade do pessoal da contabilidade em manter uma atenção especial para verificar
como as contagens ou as diferenças são processadas. Por fim, é imprescindível lembrar que o
inventário físico (anual ou cíclico) não é um substituto do controle contábil, mas, sim, um controle
complementar com a finalidade de testar os registros quantitativos e contábeis. A tomada regular de
inventários físicos é uma das exigências para a certificação das demonstrações financeiras feitas pelas
empresas de auditoria externa.
123

Provisão para redução ao valor de mercado


• Um dos itens importantes a serem revistos, especialmente durante o processo de encerramento
anual, é o da necessidade de contabilizar uma provisão para redução do estoque ao valor de
mercado. Essa revisão implica desenvolver uma análise detalhada de todos os itens em estoque,
principalmente de produtos acabados, e verificar se o seu custo não supera o valor de futura
realização.
• Uma vez determinada a necessidade dessa provisão, efetua-se um lançamento contábil credor, de
redução desse custo ao valor de mercado, em uma conta especial. A boa técnica contábil
determina que o cálculo deve ser feito item a item de determinada conta de estoque, o que nos
obriga à provisão da diferença entre o custo e o valor de mercado de cada um dos itens cujo valor
de realização líquido seja inferior ao custo de aquisição.
• Mesmo que, na soma, o valor de custo da conta selecionada seja menor que o valor de mercado,
há necessidade de se efetuar a provisão por conta daqueles cuja situação é inversa. Essa conta
credora de estoques, que deve ser classificada como redução do grupo de Estoques, destina-se
especificamente a registrar o valor dos itens de estoques que estiverem a um custo superior ao
valor de mercado.
• O valor dessa provisão constituída, registrada como Custo Operacional ou Custo dos Produtos
Vendidos, deve ser adicionado ao lucro líquido para fins de determinação do lucro real e da base
de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro - CSL (art. 13 , I, da Lei nº 9.249/1995 ,
incorporado ao art. 310 , IV, do RIR/2018 ).
124

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• Essa provisão implica uma alteração do princípio fundamental do custo e, na realidade, a redução ao
valor de mercado não se aplica tão somente aos estoques. Ela é válida também para os demais ativos
circulantes e, com algumas adaptações, tem aplicação no Ativo Realizável a Longo Prazo.

• A razão básica da necessidade de reduzir o montante de algum item do estoque, quando o seu valor de
mercado é inferior, constitui uma regra fundamental da Contabilidade, que é a de não se permitir, no
Ativo, nenhum item no estoque de valor maior do que, de fato, vale economicamente para a empresa.

• Assim, não se pode deixar um estoque avaliado por quanto custou sua aquisição ou sua fabricação se
esse montante não será recuperado por sua comercialização. É importante observar que a utilização
dessa regra de custo ou mercado - dos dois o menor -, bem como a aplicação item a item, relaciona-se
diretamente com a convenção fundamental da Contabilidade, que é a da Materialidade e Relevância.

• Essa convenção determina que, para os valores significativos, a aplicação dos princípios fundamentais e
de todas as regras exigidas para uma boa contabilização seja rigorosamente obedecida.

• Nos casos em que o valor envolvido é muito pequeno, pode-se deixar de utilizar as regras básicas, ou
seja, estas poderão ser desconsideradas, desde que isso não afete o Ativo ou o resultado de forma
significativa.
125

Provisão para perdas em estoques


• Outro item a ser revisto, especialmente durante o processo de encerramento anual, é a
necessidade de contabilizar uma provisão para possíveis perdas que não se relacionam com o
item anterior.
• Quando, nos estoques, estiverem incluídos itens obsoletos, defeituosos, morosos e danificados, e
uma provisão ao valor de mercado não for praticável, deve-se, então, constituir uma provisão
para reconhecer essa perda.
• São obsoletos os estoques não usados na produção normal por estarem danificados ou fora de
especificações ou por serem relativos às linhas de produção etc. Estoques morosos são os itens
existentes em quantidades excessivas em relação ao uso ou à venda normal previstos, exceto
quando esse volume tenha sido adquirido voluntariamente por motivo de garantia de preço ou
segurança do processo industrial, devendo, nesse caso, ser classificados no Realizável a Longo
Prazo.
• Os estoques obsoletos ou morosos devem ser avaliados por seu valor líquido realizável, o qual,
em alguns casos, pode ser o valor estimado da venda para terceiros nas condições em que se
encontram ou venda como sucata.
• No caso de estoques obsoletos ou morosos, novamente torna-se muito difícil, na prática, o
cálculo da perda item a item, podendo-se efetuar alternativamente uma provisão baseada em um
percentual adequado à finalidade e aplicado sobre o valor total em que tais estoques estão
contabilizados. Essa provisão para perdas de estoque, como ocorre com a provisão para redução
ao valor de mercado, requerida pela legislação societária, não é dedutível para fins fiscais.
126

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Livro Registro de Inventário


• O livro Registro de Inventário se destina ao arrolamento das mercadorias, dos produtos
manufaturados, das matérias-primas, dos produtos em fabricação e dos bens em almoxarifado
existentes na data do balanço patrimonial ( RIR/2018 , arts. 275 e 276 ).

• Não existe um modelo prescrito para o Livro Registro de Inventário exigido para fins da legislação do
Imposto de Renda, podendo a pessoa jurídica:
• a) criar modelo próprio que satisfaça às necessidades do seu negócio;
• b) adotar livro exigido por outra lei fiscal;
• c) substituir o livro por série de fichas numeradas; ou
• d) adotar sistema de escrituração por meio de processamento eletrônico de dados.

• As empresas não obrigadas à EFD-ICMS/IPI podem utilizar o Livro Registro de Inventário, Modelo 7, de
que trata o Convênio Sinief/1970, exigido pelas legislações do IPI e do ICMS.
• Todavia, para que seja viável manter escrituração que satisfaça, concomitantemente, às legislações do
IPI/ICMS e do Imposto de Renda, é indispensável que sejam feitas, no livro Modelo 7, as adaptações
necessárias para torná-lo apto a atender aos requisitos de cada legislação.

127

ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO


• Por ocasião do levantamento do balanço, especial atenção deve ser dada aos encargos de depreciação,
amortização e exaustão (contas de resultado), assim como aos respectivos valores acumulados.
• Se a empresa adota o critério de cálculo e contabilização mensal desses encargos (que é, por sinal, a
forma mais adequada), em 31 de dezembro cabe não apenas registrar a quota do mês, mas também
analisar os valores registrados ao longo do ano e checar se o total confere, de fato, com o montante
admitido para o período. Isso evitará registros a menor (reconhecimento de despesa a menos) ou a
maior (excesso de encargo, passível de glosa).

• A depreciação é o meio pelo qual se registra, contabilmente, a diminuição do valor de bens do


Imobilizado resultante do desgaste pelo uso, pela ação da natureza ou pela obsolescência normal.
• Nas empresas industriais, a manutenção de sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado
com o restante da escrituração exige que os encargos de depreciação dos bens empregados na
produção sejam contabilizados mensalmente. Sob o aspecto fiscal, as pessoas jurídicas não
enquadradas nessa hipótese:
• a) caso submetidas à apuração trimestral do lucro real, podem contabilizar o encargo mensalmente ou
no encerramento de cada trimestre de apuração do lucro real; b) caso tenham optado pelo pagamento
mensal do Imposto de Renda por estimativa, podem contabilizar o encargo:
• b.1) mensalmente (o que é sempre a melhor alternativa gerencial);
• b.2) no encerramento do período de apuração do lucro real, em 31 de dezembro ou por ocasião de
incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades; ou
• b.3) por ocasião do levantamento de balanços ou balancetes de suspensão ou redução do pagamento
do imposto mensal. 128

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01/12/2023

• Amortização
• Os encargos de amortização demonstram a redução do valor dos bens intangíveis ou incorpóreos em
virtude do exercício normal de seu direito de uso.
• De acordo com a legislação do Imposto de Renda ( RIR/2018 , art. 330 ), as pessoas jurídicas tributadas
com base no lucro real podem apropriar, como custo da produção ou despesa operacional, a título de
amortização, importância correspondente à recuperação de capitais (classificados no Intangível)
aplicados, com o objetivo de manutenção das atividades da empresa, em:
• a) bens imateriais, entendidos como tais os direitos de propriedade industrial ou comercial (marcas e
patentes), direitos autorais, etc., com prazo de fruição limitado;
• b) bens materiais cujo prazo de utilização, por disposição legal ou contratual, tenham duração inferior
ao seu prazo de vida útil.
• A exemplo do que ocorre com os encargos de depreciação, as empresas industriais que mantêm
sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração devem
registrar mensalmente os encargos de amortização dos bens empregados na produção. Por outro lado,
para efeitos fiscais, as pessoas jurídicas não enquadradas nessa hipótese:
• I - caso submetidas à apuração trimestral do lucro real, podem contabilizar o encargo mensalmente ou
no encerramento de cada trimestre de apuração do lucro real;
• II - caso tenham optado pelo pagamento mensal do Imposto de Renda por estimativa, podem
contabilizar o encargo: a) mensalmente (melhor alternativa gerencial); b) no encerramento do período
de apuração do lucro real, em 31 de dezembro, ou por ocasião de incorporação, fusão, cisão ou
encerramento de atividades; ou c) por ocasião do levantamento de balanços ou balancetes de
suspensão ou redução do pagamento do imposto mensal.

129

• Exaustão
• As pessoas jurídicas podem computar, como custo ou encargo, em cada período de apuração
(trimestral ou anual), a importância correspondente à diminuição do valor de recursos minerais e
florestais resultantes da sua exploração.

• As quotas de exaustão devem ser determinadas com base:


• a) no custo de aquisição ou prospecção dos recursos minerais explorados;
• b) no valor das florestas, tratando-se de recursos florestais para corte;
• c) no valor constante no contrato, tratando-se de florestas objeto de direitos contratuais de
exploração por prazo indeterminado. Para fins fiscais, esses encargos devem ser contabilizados:
• I - no caso das pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do lucro real, mensalmente ou
no encerramento de cada trimestre de apuração do lucro real;
• II - em se tratando de pessoa jurídica optante pelo pagamento mensal do Imposto de Renda por
estimativa:
• a) mensalmente; b) no encerramento do período de apuração do lucro real, em 31 de dezembro,
ou por ocasião de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades; ou c) por ocasião do
levantamento de balanços ou balancetes de suspensão ou redução do pagamento do imposto
mensal.

130

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REGISTRO DE DESPESAS INCORRIDAS E NÃO PAGAS


• Como procedimento de rotina mensal e, sobretudo, por ocasião do encerramento do balanço, deve-
se ter especial cuidado com o registro adequado de despesas gerais incorridas e não pagas, como:
• a) salários a pagar e respectivos encargos sociais a cargo da empresa; b) aluguéis e arrendamento
mercantil a pagar; c) contas de consumo em geral (água, luz, telefone etc.) a serem pagas.
• Importa salientar que, embora as férias e o 13º salário representem, em geral, autênticas despesas
incorridas, costumam ser tratadas, na prática, como "provisões". Isso, contudo, em nada altera a
natureza básica do registro, que é o reconhecimento da despesa a crédito de conta que registre a
obrigação de pagar.
• PROVISÕES
• Conforme definição constante do item 10 do Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes (aprovado pela Resolução CFC nº 1.180/2009 , e pela Resolução
CVM nº 72/2022 ) provisão é um passivo de prazo ou de valores incertos.
• Portanto, não devem ser tratadas como provisão os passivos derivados de apropriações por
competência (accruals), que, na verdade, constituem obrigações a pagar por bens ou serviços
fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com
o fornecedor, incluindo valores devidos a empregados).
• Embora, algumas vezes, seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é,
geralmente, muito menor do que nas provisões. 131

• Na prática, temos, entre outras, as seguintes provisões:

• a) provisão para garantias de produtos, mercadorias e serviços;


• b) provisão para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis;
• c) provisão para danos ambientais causados pela entidade;
• d) provisão para compensações ou penalidades por quebra de contratos;
• e) provisão para benefícios a empregados; e
• f) provisão para contratos de construção.

• Existem, atualmente, sérias restrições fiscais quanto à dedutibilidade das provisões, para efeito
de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSL

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Provisões dedutíveis
• Na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSL da pessoa jurídica somente são
dedutíveis, como custo ou despesa operacional, as seguintes provisões (Lei nº 9.249/1995 , art.
13 ; Lei nº 10.753/2003 , arts. 8º e 9º ; Lei nº 10.833/2003 , arts. 85 e 93 , VI):

• a) para pagamento de férias de empregados e respectivos encargos sociais;


• b) para pagamento do 13º salário dos empregados, correspondente ao valor resultante da
multiplicação de um doze avos (1/12) da remuneração (acrescida dos encargos sociais cujo ônus
cabe à empresa) pelo número de meses relativos ao período de apuração;
• c) técnicas das companhias de seguro e de capitalização e das entidades de previdência privada,
inclusive as importâncias destinadas a completar as provisões técnicas para garantia das
operações dessas pessoas jurídicas, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas
aplicável;
• d) para perda de estoques de livros (exclusivamente para empresas que exerçam as atividades de
editor, de distribuidor e de livreiro - veja sobre o assunto o procedimento: Editores, distribuidores
e livreiros - Provisão para perdas de estoques de livros ).

133

Provisões indedutíveis
• Em face das restrições mencionadas, são indedutíveis, para fins de apuração do lucro real e da
base de cálculo da CSL, as contrapartidas (registradas a débito de conta de resultado) da
constituição de quaisquer outras provisões, ainda que exigidas pelas normas contábeis e pela Lei
das S/A, como:
• a) provisão para créditos de liquidação duvidosa;
• b) provisão para ajuste do custo de ativos ao valor de mercado;
• c) provisão para perdas prováveis na realização de investimentos em outras sociedades;
• d) provisão para contingências fiscais e trabalhistas.
• Deve ser observado, ainda, que, para as empresas tributadas com base no lucro real:
• a) por serem indedutíveis, os valores debitados em conta de resultado, em contrapartida à
constituição das provisões anteriormente referidas, deverão ser adicionados ao lucro líquido, para
fins de apuração do lucro real (no e-Lalur) e da base de cálculo da CSL (no eLacs);
• b) no período de apuração em que os gastos provisionados forem efetivamente realizados, o valor
correspondente à parcela da provisão (que foi adicionado ao lucro líquido por ocasião da sua
constituição), utilizada para suportar os gastos (dedutíveis) realizados, poderá ser excluído do
lucro líquido para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSL;
• c) idêntico procedimento (exclusão do lucro líquido) aplica-se caso o valor da provisão indedutível
seja revertido a crédito de conta de resultado, em período de apuração posterior. 134

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A provisão para créditos de liquidação duvidosa e o atual sistema de dedução de


perdas no recebimento de créditos
• Até o ano-calendário de 1996, eram dedutíveis como despesa, para fins de apuração do lucro real
e da base de cálculo da CSL, as importâncias necessárias à formação de provisão para créditos de
liquidação duvidosa, observados certos limites e condições.

• Contudo, a partir do ano-calendário de 1997, para efeito de apuração do lucro real e da base de
cálculo da CSL, aquela sistemática de provisão constituída com base em percentual aplicável
sobre o total dos créditos a receber foi substituída pelo regime de dedução direta de perdas
ocorridas no recebimento de créditos.

• Logo, atualmente, caso a pessoa jurídica opte por constituir a referida provisão, o respectivo valor
deverá ser adicionado ao lucro líquido para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da
CSL.

135

Provisão para o Imposto de Renda e para a


Contribuição Social sobre o Lucro
• As provisões para o Imposto de Renda e para a CSL não são dedutíveis para fins de determinação
do lucro real e de apuração da base de cálculo da CSL.

• Esses tributos são indedutíveis mesmo que, por ocasião do encerramento do período de
apuração, as suas bases de cálculo já estejam definitivamente determinadas e já se conheça o
montante efetivamente devido.

• As provisões para o Imposto de Renda e para a CSL recebem duas classificações contábeis,
conforme o caso (art. 180 da Lei nº 6.404/1976 , com a redação dada pelo art. 37 da Lei nº
11.941/2009 ):
• a) provisão cujo montante deva ser pago no ano-calendário subsequente: classifica-se no Passivo
Circulante; e
• b) provisão sobre eventuais lucros diferidos: classifica-se no Passivo Não Circulante.

136

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01/12/2023

JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO


• As pessoas jurídicas pelo Imposto de Renda com base no lucro real podem
considerar dedutíveis, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo
da CSL, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou
acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas
do patrimônio líquido e limitados a variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP).

• Para esse efeito, devem ser consideradas exclusivamente as seguintes contas do


patrimônio líquido:
• a) capital social;
• b) reservas de capital;
• c) reservas de lucros;
• d) ações em tesouraria;
• e) prejuízos acumulados.
137

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBRIGATÓRIAS - QUADRO RESUMO

138

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01/12/2023

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A DRE completa, exigida por lei, fornece maiores minúcias para a tomada de
decisão: grupos de despesas, vários tipos de lucro, destaque dos impostos
etc.

139 139

CAMINHO PARA O LUCRO OPERACIONAI

RECEITA BRUTA $$$$$$$$


(-) Deduções ($$$$$$$)
________
$$$$$$$$
RECEITA LÍQUIDA
($$$$$$$)
(-) CUSTO DAS VENDAS ________
$$$$$$$$
LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS ($$$$$$)
•De Vendas ($$$$$$)
•Administrativas ($$$$$$)
•Outras Despesas ou Receitas Operacionais _______
$$$$$$$
LUCRO OPERACIONAL

140 140

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LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA

Lucro Operacional
(+/-) Resultado Financeiro Líquido
(-) Outras Despesas
(+) Outras Receitas
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras


receitas e as outras despesas; (Redação dada pela
Lei nº 11.941, de 2009)

141 141

LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA

Lucro Antes do Imposto de Renda


(-) Imposto de Renda/CSLL .
(=) Lucro Líquido

142 142

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DESPESAS

Dedutíveis e Indedutíveis

143

Conceito

• Do ponto de vista contábil e fiscal, despesa é uma espécie de mutação


patrimonial diminutiva: e, pode ser custos, despesas, encargos, perdas,
provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do
lucro líquido.

• Alínea “a”, § 2º. Do art. 6º. do Decreto-lei no. 1.598/1977.

144

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01/12/2023

Critério Gerais de Dedutibilidade

• Todo dispêndio necessário para manter em funcionamento a fonte


produtora dos rendimentos, é dedutível. Conforme art. 299 do
RIR/1.999 (matriz legal o art. 47 da Lei no. 4.506/1964. (art 311 e 312
RIR/2018)

• As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo


de transações, operações ou atividades da empresa.

145

Posição do Fisco
• Parecer Normativo CST no. 32/1981: um gasto é necessário
quando essencial a qualquer transação ou operação exigida
pela exploração das atividades, principais ou acessórias, que
estejam vinculadas com as fontes produtoras dos
rendimentos.

146

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01/12/2023

Casos Especiais
• Os incisos II e III do art. 13 da Lei no. 9.249/1.995, que proíbe a dedutibilidade de
despesas, mesmo que normais e usuais, de arrendamento mercantil e despesas
de depreciação de bens móveis e imóveis, exceto se intrinsecamente
relacionados com a produção ou a comercialização dos bens ou serviços.

• Vale ressaltar que exigem situações bastante específicas, e sugerimos analisar


decisões do CARF e também pareceres da RFB.

• Por fim, os pagamentos por mera liberalidade que não entram no conceito de
despesas necessárias à atividade da empresa, conforme já visto, não são
dedutíveis do Lucro Real.

147

IRPJ - Lucro real - Estimativa mensal - Cálculo do


saldo a pagar ou a compensar em 31 de dezembro
• OBRIGATORIEDADE DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
• As pessoas jurídicas que no ano-calendário de 2021 optaram pelo pagamento mensal do imposto
calculado por estimativa ou com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução ficaram
obrigadas à apuração anual do lucro real, em 31.12.2021, para efeito de cálculo do imposto anual
e determinação do saldo a pagar ou a ser compensado ou restituído, mesmo que já não
estivessem obrigadas à apuração do lucro real por outro motivo.
• (Lei nº 9.430/1996 , art. 2º , § 3º; Lei nº 9.718/1998 , art. 14 , V; e RIR/2018 , arts. 218 e 257 , V).

• APURAÇÃO DO LUCRO REAL


• A apuração do lucro real deve ser precedida da apuração do lucro líquido, contabilmente, com
observância das disposições das leis comerciais. No Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), serão
feitos os ajustes tratados nos subtópicos seguintes.
• ( RIR/2018 , arts. 258 e 277 )

148

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Adições ao lucro líquido


• Valores debitados ao resultado contábil, mas não dedutíveis do lucro real
• Na determinação do lucro real, devem ser adicionados ao lucro líquido custos, despesas,
encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na
apuração do resultado que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, não sejam
dedutíveis, tais como ( RIR/2018 , art. 260 , I e parágrafo único):

• 1) pagamentos efetuados a sociedade civil de prestação de serviços profissionais


relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada, quando a beneficiária for
controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes ou
controladores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo
cônjuge ou parente de primeiro grau - (pai/mãe, filho(a), sogro(a), genro ou nora) das
referidas pessoas;

• 2) depreciação de bem que tenha sido objeto de depreciação acelerada a título de


incentivo fiscal, contabilizada a partir do momento em que a soma da depreciação
acumulada normal, registrada na escrituração comercial, com a depreciação acumulada
incentivada, registrada no Lalur, atingir 100% do custo de aquisição do bem;
149

• 3) perdas incorridas em operações financeiras iniciadas e encerradas no mesmo dia (day trade),
realizadas em mercado de renda fixa ou variável, exceto as apuradas por instituição financeira, sociedade
de seguro, de previdência privada aberta e de capitalização, sociedade corretora de títulos, valores
mobiliários e câmbio, sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários e sociedade de
arrendamento mercantil, em operações day trade realizadas nos mercados de renda fixa, de renda
variável e de câmbio ( RIR/2018 , art. 855 );

• 4) Contribuição Social sobre o Lucro (CSL);

• 5) contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde e benefícios
complementares assemelhados aos da Previdência Social, instituídos em favor de empregados e
dirigentes da pessoa jurídica (observado o limite referido no número 6);

• 6) parcela da soma das despesas com contribuições para entidades de previdência privada e com
contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi de que trata a Lei nº
9.477/1997 ), cujo ônus seja da pessoa jurídica, que exceder ao limite de 20% do total dos salários dos
empregados e da remuneração dos dirigentes da empresa, vinculados ao referido plano ( RIR/2018 , art.
373 , §§ 1º e 2º);

• 7) doações, exceto as efetuadas em favor de:


• 7.1) projetos de natureza cultural previamente aprovados pelo Ministério da Cidadania (Lei nº
13.844/2019 , art. 23 , XIV), com base no art. 26 da Lei nº 8.313/1991 , ou seja, projetos que dão direito a
deduzir incentivo fiscal (diretamente do Imposto de Renda devido) de valor até 40% das doações e até
30% dos patrocínios ( RIR/2018 , arts. 385 e 539 ); 150

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• O valor das doações feitas em favor de projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura,
com base na Lei nº 8.313/1991 , art. 18 , com a redação dada pela Lei nº 9.874/1999 , ou seja,
projetos que dão direito a deduzir incentivo fiscal (diretamente do imposto devido) de até 100%
do valor das doações, não é dedutível como despesa operacional e deverá, portanto, ser
adicionado ao lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real ( RIR/2018 art. 538 , § 2º).
• 7.2) instituições de ensino e pesquisa sem finalidade lucrativa, até o limite de 1,5% do lucro
operacional da doadora, e doações a entidades civis sem fins lucrativos que prestem serviços
gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e de seus dependentes ou da
comunidade em que atuem, até o limite de 2% do lucro operacional da doadora, desde que
observados, além desses limites, os demais requisitos previstos no RIR/2018 , art. 377 ;
• 8) perdas apuradas em operações realizadas nos mercados de renda variável e de swap, que
excederem os ganhos auferidos em operações dessa mesma natureza, exceto perdas incorridas
em (Lei nº 8.981/1995 , art. 77 , III; Lei nº 9.249/1995 , art. 12 ; Instrução Normativa RFB nº
1.585/2015 , art. 70 , § 5º, e art. 33 , § 7º):
• 8.1) operações de cobertura (hedge); e
• 8.2) operações de renda variável realizadas em bolsa, no mercado de balcão organizado,
autorizado pelo órgão competente, ou por fundos de investimento, para a carteira própria de
instituição financeira, sociedade de seguro, de previdência privada aberta e de capitalização,
sociedade corretora de títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedade distribuidora de títulos e
valores mobiliários ou sociedade de arrendamento mercantil;

151

• 9) depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros,


contraprestações de arrendamento mercantil e aluguel de bens, móveis ou imóveis, não
relacionados intrinsecamente com a produção ou com a comercialização dos bens e serviços (Lei
nº 9.249/1995 , art. 13 , II e III);
• 10) resultado negativo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de investimentos
(participações societárias) em sociedades coligadas ou controladas ( RIR/2018 , art. 426 );
• 11) amortização de ágio pago na aquisição de participações societárias sujeitas à avaliação pela
equivalência patrimonial, cujo valor deve ser registrado na Parte "B" do Lalur para ser
computado no lucro real do período de apuração em que ocorrer a alienação ou a liquidação do
investimento ( RIR/2018 , art. 507 );
• 12) contrapartida da constituição ou do reforço de qualquer provisão, com exceção das seguintes
provisões ( RIR/2018 , arts. 339 a 344 ):
• 12.1) para férias e 13º salário de empregados; 12.2) para reservas técnicas das companhias de
seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é
exigida pela legislação especial a elas aplicável; 12.3) para perdas de estoques de livros de que
trata a Lei nº 10.753/2003 , art. 8º , alterada pela Lei nº 10.833/2003 ;

152

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• 13) multas por:


• 13.1) infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória (multas de mora) e as impostas por
infrações de que não resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributo ( RIR/2018 , art. 352 , § 5º);
13.2) transgressões a normas de natureza não tributária, tais como as previstas em leis administrativas
(de trânsito, de vigilância sanitária, de controle de poluição ambiental, de controle de pesos e medidas
etc.), trabalhistas etc. (Parecer Normativo CST nº 61/1979 );
• 14) tributos e contribuições cuja exigibilidade esteja suspensa em virtude de ( RIR/2018 , art. 352 , §
1º):
• 14.1) depósito do seu montante integral; 14.2) reclamações ou recursos em processo tributário
administrativo; ou 14.3) concessão de medida liminar em mandado de segurança;
• 15) prejuízo na alienação ou baixa de investimentos adquiridos mediante incentivo fiscal de dedução
do Imposto de Renda ( RIR/2018 , art. 510 );
• 16) remuneração indireta de administradores, diretores, gerentes e seus assessores (fringe benefits),
quando não identificados e individualizados os beneficiários, bem como o Imposto de Renda na fonte
incidente sobre essa remuneração ( RIR/2018 , art. 369 , § 3º);
• 17) despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, exceto quando enquadradas
como remuneração indireta das pessoas referidas no número 16, com a identificação dos beneficiários
( RIR/2018 , art. 260 , parágrafo único, IV);
• 18) gratificações e participações no resultado ou nos lucros atribuídas a dirigentes ou administradores
e participações nos lucros atribuídas a partes beneficiárias emitidas pela empresa (no caso de S/A) e a
técnicos estrangeiros, domiciliados ou residentes no exterior, para a execução de serviços
especializados, em caráter provisório ( RIR/2018 , arts. 315 e 527 ); 153

• 19) prejuízos e perdas em operações realizadas no exterior, exceto prejuízo em


operações a termo ou de futuro realizadas diretamente pela empresa brasileira em
bolsas no exterior, caracterizadas como de cobertura - hedge, ( RIR/2018 , arts. 446 , §
7º, e 466);
• 20) parcela do custo de bens, serviços e direitos adquiridos, no exterior, de pessoas
físicas ou jurídicas vinculadas a empresa adquirente ou residentes ou domiciliadas em
país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a 20% ("paraíso
fiscal"), que exceder o valor apurado de acordo com as regras de preços de transferência
( RIR/2018 , arts. 242 , 253 e 254 , com a alteração da Lei nº 9.959/2000 , art. 2º ;
Instrução Normativa RFB nº 1.312/2012 , art. 52 );
• 21) parcela da depreciação ou da amortização de bens e direitos adquiridos, no exterior,
das pessoas referidas no número 20, calculada sobre a parcela do custo de aquisição dos
bens que exceder o valor determinado de acordo com as regras de preços de
transferência ( RIR/2018 , arts. 242 , § 9º, e 254; Instrução Normativa RFB nº 1.312/2012
);

154

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• 22) parcela dos juros pagos às pessoas referidas no número 20, no caso de mútuo contratado desde
1º.01.2013, que exceda ao valor calculado com base nas taxas a seguir, acrescida de margem percentual
a título de spread, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Fazenda com base na média de
mercado, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros ( RIR/2018 , arts. 252 a
254 ; Instrução Normativa RFB nº 1.312/2012 , art. 38-A , caput e § 8º, incluído pela Instrução Normativa
RFB nº 1.322/2013 ):
• 22.1) de mercado dos títulos soberanos da República Federativa do Brasil emitidos no mercado externo
em dólares dos Estados Unidos da América, na hipótese de operações em dólares dos Estados Unidos da
América com taxa prefixada;
• 22.2) de mercado dos títulos soberanos da República Federativa do Brasil emitidos no mercado externo
em reais, na hipótese de operações em reais no exterior com taxa prefixada; e
• 22.3) Libor pelo prazo de 6 meses, nos demais casos;
• 23) brindes;
• 24) juros remuneratórios do capital próprio que excederem os limites de dedutibilidade ou tiverem sido
contabilizados sem observância das condições estabelecidas na legislação;
• 25) perdas decorrentes de créditos não liquidados que tiverem sido computadas no resultado sem
observância dos limites e das condições estabelecidos na legislação;
• 26) encargos financeiros incidentes sobre débitos vencidos e não pagos, incorridos a partir da data da
citação inicial em ação de cobrança ajuizada pela empresa credora ( RIR/2018 , art. 349 , § 3º);
• 27) resultado negativo apurado em sociedade em conta de participação (Instrução Normativa SRF nº
179/1987 );
155

• 28) prejuízo por desfalque, apropriação indébita ou furto praticados por empregados ou terceiros, se não tiver
sido instaurado inquérito administrativo nos termos da legislação trabalhista ou apresentado queixa perante a
autoridade policial ( RIR/2018 , art. 376 );
• 29) juros pagos ou creditados, relativos a empréstimos:
• 29.1) no período de 1º.01 a 12.03.2000, incidentes sobre o valor equivalente aos lucros não disponibilizados
por empresas (Lei nº 9.532/1997 , art. 1º , § 3º, com a redação dada pelo art. 3º c/c o art. 12 da Lei nº
9.959/2000 ):
• 29.1.1) coligadas ou controladas domiciliadas no exterior, quando estas forem as beneficiárias do pagamento
ou crédito;
• 29.1.2) controladas domiciliadas no exterior, independentemente do beneficiário;
• 29.2) desde 13.03.2000, a empresa controlada ou coligada, independentemente do local de seu domicílio,
incidentes sobre valor equivalente aos lucros não disponibilizados por empresas controladas domiciliadas no
exterior (Lei nº 9.532/1997 , art. 1º , § 3º, com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art.
34 );
• 30) amortização do valor registrado em conta do Ativo Diferido, referente ao resultado negativo líquido
decorrente do ajuste dos valores em reais de obrigações e créditos, efetuado em virtude de variação nas taxas
de câmbio ocorrida no 1º trimestre do ano-calendário de 1999 (Lei nº 9.816/1999 );
• 31) prejuízos havidos em virtude de alienação de ações, títulos ou quotas de capital, com deságio superior a
10% dos respectivos valores de aquisição, salvo se a venda tiver sido realizada em bolsa de valores ou, onde
esta não existir, tiver sido efetuada através de leilão público, com divulgação do respectivo edital, na forma da
lei, durante 3 dias no período de um mês ( RIR/2018 , art. 443 ), observando-se que:
• 31.1) essas normas não se aplicam às sociedades de investimentos fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil
nem à alienação de participações societárias permanentes; 31.2) as perdas ocorridas em operações de renda
variável submetem-se a regime próprio e, portanto, também não lhes são aplicáveis essas normas.

156

78
01/12/2023

Valores não computados no resultado que devem


ser adicionados ao lucro real
• Na determinação do lucro real de 2021 devem ser também adicionados ao lucro líquido os
resultados, os rendimentos, as receitas e quaisquer outros valores não creditados ao resultado
que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, devem ser computados no lucro real (
RIR/2018 , art. 260 , II), tais como:
• a) reserva de reavaliação que deva ser computada na apuração do lucro real do ano de 2021,
observando-se que: a.1) no caso de reavaliação de bens que permaneceram no Ativo da empresa,
deve ser computada no lucro real a parcela da reserva equivalente ao montante do aumento do
valor dos bens reavaliados que tenha sido realizado em virtude de alienação sob qualquer forma
ou mediante depreciação, amortização, exaustão ou baixa por perecimento ( RIR/2018 , art. 516 ,
e Lei nº 9.959/2000 , art. 4º ); a.2) no caso de reavaliação de bens incorporados ao patrimônio de
outra pessoa jurídica, na subscrição em bens de capital social ou de valores mobiliários emitidos
por companhia, a reserva de reavaliação respectiva deverá ser computada na determinação do
lucro real ( RIR/2018 , art. 517 , e Lei nº 9.959/2000 , art. 4º ): a.2.1) na alienação ou na liquidação
da participação societária ou dos valores mobiliários, pelo montante realizado; a.2.2) em cada
período de apuração, em montante igual à parte de lucros, dividendos, juros ou participações
recebidos, que corresponder à participação societária ou aos valores mobiliários adquiridos com
o aumento do valor dos bens reavaliados; ou a.2.3) proporcionalmente ao valor realizado no
período de apuração em que a pessoa jurídica que tiver recebido os bens reavaliados realizá-los
157
mediante alienação, depreciação, amortização, exaustão ou baixa por perecimento;

• b) parcela da reserva especial relativa à correção monetária facultativa de bens do Ativo Não
Circulante (antigo Ativo Permanente), referente a 31.01.1991, proporcional à realização dos bens
que tenham sido objeto dessa correção, mediante alienação, depreciação, amortização, exaustão
ou baixa a qualquer título (disposição do antigo RIR/1999 , art. 460 );
• c) parcela do lucro decorrente de contratos com entidades governamentais que tenha sido
excluído do lucro real em período de apuração anterior, proporcional ao valor das receitas desses
contratos recebidas ( RIR/2018 , art. 480 );
• d) lucros auferidos no exterior por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas, que
tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurídica domiciliada no Brasil, considerando-se
disponibilizados os lucros ( RIR/2018 , art. 446 , §§ 2º a 4º, e Lei nº 9.532/1997 , art. 1º , § 7º, com
a redação dada pela Lei nº 9.959/2000 , art. 3º ):
• d.1) no caso de filial ou sucursal: na data do balanço em que tiverem sido apurados; d.2) no caso
de controlada ou coligada: d.2.1) na data em que ocorrer pagamento ou crédito do lucro (veja a
Nota 1 após "d.2.3"); d.2.2) na hipótese de contratação de mútuo, se a mutuante, coligada ou
controlada, possuir lucros ou reservas de lucros; d.2.3) na hipótese de adiantamento de recursos
pela coligada ou controlada, por conta de venda futura, cuja liquidação, pela remessa do bem ou
serviço vendido, ocorra em prazo superior ao ciclo de produção do bem ou serviço

158

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Exclusões do lucro líquido


• Valores creditados ao resultado, mas não tributáveis

• Na determinação do lucro real de 2021 poderão ser excluídos do lucro líquido os rendimentos, as
receitas, os resultados e quaisquer outros valores computados a crédito de conta de resultado
que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, não são computados no lucro real (
RIR/2018 , art. 261, II), tais como:

• a) resultado positivo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de participações societárias em


sociedades coligadas ou controladas, caracterizadas como investimento ( RIR/2018 , art. 426 );

• b) amortização de deságio obtido na aquisição de participações societárias permanentes,


avaliadas pela equivalência patrimonial, cujo valor deve ser registrado em conta de controle na
Parte "B" do Lalur, para ser computado no lucro real do período de apuração em que ocorrer a
alienação ou a baixa do investimento ( RIR/2018 , art. 507 );

159

• c) lucros e dividendos recebidos de participações societárias não sujeitas à avaliação pela


equivalência patrimonial ( RIR/2018 , art. 415 , § 1º, e art. 418 );

• d) parcela do lucro de empreitada ou fornecimento de bens ou serviços contratados com pessoa


jurídica de direito público ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia
mista ou sua subsidiária, proporcional ao valor das receitas desses contratos computadas no
resultado e não recebidas na data do balanço de encerramento do mesmo período de apuração,
observadas as condições estabelecidas na legislação ( RIR/2018 , art. 480 );

• e) resultado positivo das atividades econômicas de proveito comum, sem fins lucrativos, realizadas
pelas sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislação específica, exceto
cooperativas de consumo que tenham por objeto a compra e o fornecimento de bens aos
consumidores (associados ou não), não se aplicando essa exceção às cooperativas mistas ( RIR/2018 ,
arts. 193, 194 e 195 , e Ato Declaratório Normativo Cosit nº 4/1999 );

160

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01/12/2023

• f) perdas em operações nos mercados de renda variável e de swap que tenham sido adicionadas ao
lucro líquido de período de apuração anterior por terem excedido aos ganhos auferidos em
operações da mesma natureza, até o limite da diferença positiva entre ganhos e perdas decorrentes
de operações dessas mesmas espécies, computados no período de apuração ( RIR/2018 , art. 261,
parágrafo único, inciso IV);

• g) encargos financeiros incidentes sobre créditos vencidos e não recebidos, auferidos depois de
decorridos 2 meses do vencimento do crédito, desde que observadas as condições estabelecidas na
legislação - RIR/2018 , art. 349;

• h) ganho de capital auferido na alienação de bens do Ativo Não Circulante (antigo Ativo Permanente)
realizada (venda a longo prazo), cujo preço deva ser recebido, no todo ou em parte, após o término
do ano-calendário subsequente ao da contratação, se houver opção pelo diferimento da tributação (
RIR/2018 , art. 503 ).

161

Valores não computados no resultado que podem ser excluídos


do lucro real
• Na determinação do lucro real, podem ser excluídos os valores cuja dedução seja autorizada pela
legislação do Imposto de Renda e que, pela sua natureza, não tenham sido computados na apuração
do resultado ( RIR/2018 , art. 261, I), tais como:

• a) depreciação acelerada incentivada ( RIR/2018 , art. 324 , § 1º);

• b) encargos financeiros adicionados ao lucro líquido na determinação do lucro real de período de


apuração anterior, caso o débito tenha sido liquidado no período de apuração ( RIR/2018 , art. 349 ,
§ 4º);

• c) valores aplicados no ano-calendário de apuração na aquisição primária de Certificados de


Investimento em projetos de produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras,
previamente aprovados pelo Ministério da Cultura, desde que os referidos certificados tenham sido
emitidos e colocados no mercado com observância das normas estabelecidas pela CVM ( RIR/2018 ,
art. 372 ); contabilmente, esses valores devem ser registrados em conta do Ativo Não Circulante
(antigo Ativo Permanente), subgrupo Investimentos;
162

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01/12/2023

• d) valor adicionado ao lucro líquido e registrado na Parte "B" do Lalur em período de apuração
anterior, relativo à amortização de ágio pago na aquisição de participações societárias
permanentes, avaliadas pela equivalência patrimonial, que tenham sido alienadas ou liquidadas
no ano-calendário de apuração (art. 507 , II, do RIR/2018 );

• e) provisões indedutíveis adicionadas ao lucro líquido na determinação do lucro real de período


de apuração anterior que, no período de apuração competente, tenham sido utilizadas para
absorver despesas dedutíveis realizadas, ou tenham sido revertidas a crédito de conta de
resultado ( RIR/2018 , art. 258 , § 2º);

• f) valor controlado na Parte "B" do Lalur, corrigido monetariamente até 31.12.1995, relativo a
tributos e contribuições adicionados ao lucro real dos anos-calendário de 1993 e 1994, que
tenham sido efetivamente pagos (Lei nº 8.541/1992 , art. 7º , § 1º).

163

Compensação de prejuízos fiscais


• Os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores poderão ser compensados com o lucro real
apurado no ano-calendário, respeitado o limite máximo de 30% do lucro real RIR/2018 , arts. 580 e 581 )
e as demais condições pertinentes à compensação de prejuízos fiscais previstas na legislação.

• (Lei nº 12.973/2014 , arts. 43 , 70 e 177, VI):


• a) os prejuízos decorrentes da alienação de bens e direitos do ativo imobilizado, investimentos e
intangível, ainda que reclassificados para o Ativo Circulante com intenção de venda, somente poderão
ser compensados com lucros de mesma natureza, observado o limite supramencionado. Entretanto, o
mesmo não se aplica em relação às perdas decorrentes de baixa de bens ou direitos em virtude de
terem se tornado imprestáveis, obsoletos ou caído em desuso, ainda que posteriormente venham a ser
alienados como sucata;
• b) a partir de 1º.01.2014 ou a partir de 1º.01.2015, conforme o caso, deixará de ser aplicável a
obrigatoriedade de compensação dos prejuízos não operacionais, apurados pelas pessoas jurídicas,
somente podem ser compensados com lucros de mesma natureza; b) eventual saldo de prejuízos não
operacionais mencionados na letra "b", existente em 31.12.2013, ou em 31.12.2014, conforme o caso,
somente poderá ser compensado com os lucros a que se refere letra "a", observado o limite de 30%.

164

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01/12/2023

CÁLCULO DO IMPOSTO E DO ADICIONAL DEVIDOS SOBRE O LUCRO REAL


• O imposto devido sobre o lucro real anual é calculado à alíquota de 15%,
incidente sobre o total do lucro real, mais o adicional de 10%, incidente sobre a
parcela do lucro real que ultrapassar o limite anual de R$ 240.000,00 (Lei nº
9.249/1995 , art. 3º ; RIR/2018 , arts. 623 e 624 ).

• No caso de apuração em período inferior a 12 meses (início de atividades), o


adicional incide sobre a parcela do lucro real que ultrapassar o limite
proporcional, correspondente ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo
número de meses do período de apuração.

165

DEDUÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS


• Do imposto devido sobre o lucro real podem ser deduzidos os seguintes incentivos fiscais,
observados os limites e as condições pertinentes ( RIR/2018 , art. 228 ):

• a) redução de 75% Imposto de Renda e adicionais calculado com base no lucro da exploração de
empreendimentos incentivados (empreendimentos localizados nas áreas de atuação da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - Sudene - e Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia - Sudam) dos setores da economia que venham a ser considerados
prioritários para o desenvolvimento regional (Medida Provisória nº 2.199-14/2001 , art. 1º ; Lei nº
13.799/2019 );

• b) depósito de 30% do imposto (que é de 15%) devido sobre o lucro da exploração de


empreendimentos dos setores da economia que venham a ser considerados, em ato do poder
executivo, prioritários para o desenvolvimento regional nas áreas da Sudene ou da Sudam, para
reinvestimento acrescido de 50% de recursos próprios;

166

83
01/12/2023

• c) demais incentivos cuja dedução é permitida no imposto devido à alíquota de 15%, observados os limites admissíveis, a saber:
• c.1) Programa de Alimentação do Trabalhador: 15% das despesas de custeio do PAT, líquidas da parcela cobrada dos trabalhadores, limitada
isoladamente a 4% do imposto devido à alíquota de 15% ( RIR/2018 , arts. 641 e 642 ; Lei nº 9.249/1995 , art. 30 ; Portaria MF nº 312/1995 ;
Decreto nº 10.854/2021 , arts. 172 , 186 e 188 , II);
• c.2) os valores despendidos no ano-calendário a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos
previamente aprovados pelo Ministério do Esporte: até 1% do imposto. A partir de 1º.01.2023 a dedução fica limitada a 2% do imposto
devido, sem considerar o adicional do imposto de renda (Lei nº 11.438/2006 , alterada pela Lei nº 14.439/2022 );
• c.3) investimentos feitos no ano-calendário na aquisição primária de Certificados de Investimento em projetos de produção de obras
audiovisuais cinematográficas brasileiras (previamente aprovados pelo Ministério da Cultura) emitidos de acordo com as normas da Comissão
de Valores Mobiliários: até 3% do imposto ( RIR/2018 , art. 546 , § 3º);
• c.4) doações e patrocínios culturais em favor de projetos previamente aprovados pelo Ministério da Cultura: até 4% do imposto ( RIR/2018 ,
art. 475 , § 2º, e art. 476 , § 1º);
• c.5) doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente: até 1% do imposto, vedada a dedução da doação como despesa
operacional ( RIR/2018 , art. 649 );
• c.6) Programa Empresa Cidadã: o total da remuneração da empregada e do empregado pago no período de prorrogação de sua
licençamaternidade e de sua licença-paternidade, vedada a dedução como despesa operacional (Lei nº 11.770/2008 ; Lei nº 13.257/2016 ;
Decreto nº 10.854/2021 ; Instrução Normativa RFB nº 991/2010 ; Instrução Normativa RFB nº 1.292/2012 );
• c.7) as doações e contribuições feitas aos Fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais cuja soma fica limitada a 1% do imposto,
vedada a dedução da doação como despesa operacional;
• c.8) Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência
(Pronas/PCD): a partir do ano-calendário de 2013 até o ano-calendário de 2021 (exercício de 2022), os valores correspondentes às doações e
aos patrocínios diretamente efetuados em prol de ações e serviços vinculados ao Pronon e o Pronas/PCD, de que tratam os arts. 1º a 3º da Lei
nº 12.715/2012 , previamente aprovados pelo Ministério da Saúde e desenvolvidos pelas instituições destinatárias, poderão ser deduzidos até
1% do Imposto de Renda devido em cada período de apuração trimestral ou anual com relação ao Pronon, e a 1% do imposto devido em cada
período de apuração trimestral ou anual com relação ao Pronas/PCD, vedada a dedução como despesa operacional (Lei nº 12.715/2012 ; Lei
nº 12.844/2013 , art. 28 ; Lei nº 13.169/2015 ; Decreto nº 7.988/2013 );
• c.9) Desporto: nos anos-calendário de 2007 a 2023, inclusive, poderão ser deduzidos do imposto de renda devido, em cada período de
apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica tributada com base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou doação,
no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério da Cidadania, limitado a 2% do imposto
devido (Lei nº 11.438/2006 , art. 1º , alterado pela Lei nº 14.439/2022 );

167

• c.10) Fundo Nacional do Idoso: desde 1º.01.2011, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto de renda
devido, em cada período de apuração, o total das doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou
Municipais do Idoso devidamente comprovadas, vedada a dedução como despesa operacional. A dedução
do incentivo ao Fundo Nacional do Idoso, somada à dedução relativa às doações efetuadas aos Fundos dos
Direitos da Criança e do Adolescente não poderá ultrapassar 1% do imposto devido (Lei nº 12.213/2010 , art.
3º ).
• c.11) Fundo de Apoio para Ações Voltadas à Reciclagem (Favorecicle) e Fundos de Investimentos para
Projetos de Reciclagem (ProRecicle).Os contribuintes poderão deduzir do imposto de renda devido a quantia
efetivamente despendida no apoio direto aos projetos:
• I) relativamente à pessoa física, limitada a 6% (seis por cento) do imposto de renda devido apurado na
Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, em conjunto com as deduções de
que tratam o art. 22 da Lei nº 9.532/1997 , e o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 11.438/2006 ;
• II) relativamente à pessoa jurídica, limitada a 1% (um por cento) do imposto devido em cada período de
apuração trimestral ou anual, em conjunto com as deduções de que trata o inciso I do § 1º do art. 1º da Lei
nº 11.438/2006 , observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº 9.249/1995 . (Lei nº 14.260/2021 (DOU
de 09.12.2021) veto derrubado no DOU de 05.08.2022)

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84
01/12/2023

COMPENSAÇÃO DE IMPOSTO PAGO OU RETIDO NA FONTE


• Do imposto calculado com base no lucro real anual podem ser deduzidos (Lei nº 9.430/1996 , art.
2º , § 4º, III e IV; RIR/2018 , art. 228 , III e IV): a) o imposto pago mensalmente, devido nos meses
de janeiro a dezembro do ano calendário de apuração, calculado por estimativa ou com base em
balanços ou balancetes de suspensão ou redução, considerando-se como imposto pago inclusive:

• a.1) a parcela do imposto mensal devido que houver sido utilizada para compensar os valores
referidos nas letras "b" e "c" adiante;
• a.2) a parcela do imposto mensal que tiver sido recolhida a favor dos fundos Finor, Finam ou
Funres, até o limite admitido para aplicação nesses fundos .

• Supondo-se que a soma do imposto mensal devido nos meses de janeiro a dezembro (líquido de incentivos
fiscais) seja de R$ 180.000,00 e que houve retenção do imposto na fonte de R$ 36.000,00, dos quais foram
compensados R$ 28.000,00 nos pagamentos mensais, restando a compensar R$ 8.000,00, teríamos:
• a) imposto mensal pago a deduzir do imposto anual: R$ 180.000,00 (R$ 152.000,00 efetivamente pagos a
título de imposto mensal mais R$ 28.000,00 de IRRF que foram compensados nos pagamentos mensais); b)
saldo de IRRF a deduzir do imposto anual: R$ 8.000,00 (R$ 36.000,00 menos os R$ 28.000,00 que foram
compensados nos pagamentos do imposto mensal).

169

EXEMPLO
• Admita-se a hipótese de uma empresa submetida à apuração anual do lucro real
em 2021:
• a) cujo imposto mensal devido nos meses de janeiro a dezembro de 2021,
calculado por estimativa, pago nos meses de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022,
some R$ 190.000,00;
• b) que sofreu retenção do IRRF sobre rendimentos de aplicações financeiras e
sobre juros remuneratórios do capital próprio (não compensados nos
pagamentos mensais) no valor de R$ 18.200,00;
• c) que apurou lucro real anual em 31.12.2021 no valor de R$ 980.000,00 e não
tem prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores a compensar;
• d) que tem direito à dedução do incentivo fiscal do PAT, no valor de R$ 20.000,00
(sem considerar o limite em virtude do imposto devido).

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01/12/2023

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PAGAMENTO DO SALDO DO IMPOSTO APURADO


• O saldo positivo do imposto apurado em 31.12.2021 deve ser pago, em quota única, até
31.03.2022, acrescido de juros equivalentes à taxa Selic para títulos federais acumulada
mensalmente, a partir de 1º.02.2022 até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do
pagamento.
• Portanto, se for pago em fevereiro (até 25.02.2022), esse saldo será acrescido apenas de 1% de
juros.
• Observe-se que o prazo até 31.03.2022 não se aplica ao pagamento do imposto mensal devido
em dezembro de 2021, com vencimento em 31.01.2022, o qual, se for pago após essa data, será
acrescido de multa e juros de mora. (Lei nº 9.430/1996 , art. 6º ; RIR/2018 , arts. 921 e 922 ).

• Preenchimento do Darf
• Entidades financeiras - 2390
• Outras pessoas jurídicas sujeitas à apuração do lucro real - 2430
• Demais pessoas jurídicas (empresas não obrigadas à apuração do lucro real que se submeteram a
essa forma de tributação por opção) - 2456

172

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01/12/2023

LANÇAMENTO DE OFÍCIO NO CASO DE NÃO PAGAMENTO DO IMPOSTO


MENSAL
• Se verificada pelo Fisco, após o término do ano-calendário, a falta ou a insuficiência de
pagamento do imposto mensal por estimativa que não se apoiar em apuração do lucro real do
período em curso (no Lalur), com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução
levantado com observância das leis comercial e fiscal e transcrito no Diário, serão cobrados da
empresa, mediante lançamento de ofício:
• a) de 75% sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de
pagamento ou recolhimento; e
• b) multa de 50%, exigida isoladamente, sobre o valor do pagamento mensal que deixar de ser
efetuado, ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa para a
Contribuição Social sobre o Lucro, no ano-calendário correspondente.

• A não escrituração do livro Diário e do Lalur até a data fixada para o pagamento do imposto do
respectivo mês (último dia útil do mês subsequente) implicará a desconsideração do balanço ou
do balancete de suspensão ou redução, caso em que a empresa fica sujeita à multa de ofício
sobre o valor indevidamente suspenso ou reduzido.
• (Lei nº 9.430/1996 , art. 44 ; RIR/2018 , art. 998 ; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , arts.
52 , § 4º, e 53)
173

Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real trimestral - Ajustes para efeito
da legislação societária (balanço de 31 de dezembro)
• As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real devem pagar o Imposto de Renda Pessoa
Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSL):
• a) com base nos resultados efetivamente apurados em balanços/balancetes trimestrais encerrados
nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário; ou
• b) calculados por estimativa, hipótese em que a empresa fica sujeita ao levantamento do balanço
somente no encerramento do anocalendário (não obstante, possa utilizar-se da faculdade de
levantar balanços/balancetes de suspensão ou redução da estimativa).

• Logo, as pessoas jurídicas não optantes pela estimativa mensal ficam obrigadas ao levantamento de
balanços/balancetes trimestrais como forma de apurar a base de cálculo do imposto e da
contribuição.
• Entretanto, para fins societários, o exercício social permanece com duração de 1 ano (encerrando-
se, normalmente, em 31 de dezembro), o que torna necessário fazer alguns ajustes na
contabilidade com a finalidade de compatibilizar os resultados apurados trimestralmente, para fins
fiscais, com aquele que deve ser apurado anualmente, em atendimento à legislação societária.
• (Lei nº 6.404/1976 , art. 175 ; Lei nº 9.430/1996 , arts. 1º e 2º )

174

87
01/12/2023

RESULTADOS TRIMESTRAIS
• Os resultados trimestrais apurados para fins de determinação da base de cálculo
do Imposto de Renda e da CSL podem ser alocados:

• a) em conta transitória do Patrimônio Líquido (tendo como contrapartida a conta


de Apuração do Resultado do Exercício), se a empresa optar pelo encerramento
trimestral das Contas de Resultado; ou

• b) em Conta de Resultado, também transitória, se a empresa optar pelo


encerramento das Contas de Resultado somente por ocasião do encerramento do
ano-calendário.

175

ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO


• Embora caiba à pessoa jurídica adotar procedimentos que permitam ao Fisco
constatar a veracidade do resultado apurado, a elaboração de
balanços/balancetes trimestrais não representa obrigatoriedade de
encerramento das contas de resultado a cada trimestre.

• APURAÇÃO DOS RESULTADOS TRIMESTRAIS

• Se a empresa optar por encerrar as contas de resultado a cada trimestre, os


resultados trimestrais serão apurados normalmente e registrados em conta
transitória do Patrimônio Líquido. Posteriormente, por ocasião do balanço anual,
tais valores serão transferidos para a conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados

176

88
01/12/2023

Observação
• Lembra-se que, no encerramento do exercício social, a conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados" não
deve apresentar saldo positivo. Eventual saldo positivo remanescente nesta conta deve ser destinado
para "Reserva de Lucros", nos termos da Lei nº 6.404/1976 , arts. 194 a 197 , ou distribuído como
dividendo.

• O único inconveniente, nesse caso, será para fins de elaboração da Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE) societária, que deve evidenciar o resultado apurado durante todo o ano.

• Assim, será necessário elaborar uma demonstração que consolide os resultados trimestrais.

• A pessoa jurídica deve adotar procedimentos que permitam evidenciar com clareza os resultados
trimestrais apurados no decorrer do ano-calendário.

• Para a empresa que optar pelo não encerramento das Contas de Resultado por ocasião dos
balanços/balancetes trimestrais, uma maneira prática de apurar os resultados de cada trimestre é
subtrair dos saldos acumulados das contas de receitas e despesas, em cada período-base trimestral, o
saldo das referidas contas no balanço/balancete anterior.

177

RESULTADO ANUAL PARA FINS SOCIETÁRIOS


• Tratando-se de empresa que encerre as contas trimestralmente, a DRE, para fins
societários, será elaborada somando-se os valores constantes das demonstrações
trimestrais, elaboradas para fins fiscais.

• Desse modo, o lucro anual apurado para atendimento à legislação societária


corresponderá à soma dos resultados trimestrais apurados para fins fiscais.

178

89
01/12/2023

179

O lucro líquido do período (R$ 1.793.771,54) é o resultado do exercício pela legislação societária.

A empresa deveria, então, transferir os saldos das contas transitórias do Patrimônio Líquido,
representativas dos resultados trimestrais apurados no decorrer do ano-calendário, para a conta de
Lucros ou Prejuízos Acumulados

• D - Lucro Apurado no 1º Trimestre de 20X1 (Conta Transitória) R$ 369.222,31


• D - Lucro Apurado no 2º Trimestre de 20X1 (Conta Transitória) R$ 425.955,22
• D - Lucro Apurado no 3º Trimestre de 20X1 (Conta Transitória) R$ 487.481,22
• D - Lucro Apurado no 4º Trimestre de 20X1 (Conta Transitória) R$ 511.112,79
• C - Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) R$ 1.793.771,54

180

90
01/12/2023

DFC – Demonstração
dos Fluxos de Caixa
NBC TG 3 (R3)

Estudos de Casos FIPECAFI – Prof Bruno Saloti

181 181

• Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez,


que são mantidas com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto
prazo e não para investimento ou outros fins.

• Portanto, um investimento normalmente qualifica-se como equivalente de caixa


apenas quando possui vencimento de curto prazo, de cerca de três meses ou
menos da data de aquisição.

182 182

91
01/12/2023

• Fluxo de Caixa

• As entradas e saídas devem ser classificadas nos seguintes grupos:

• Atividades operacionais
• Atividades de investimentos
• Atividades de financiamento

183 183

Estudo de Caso no. 1

184

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185

186

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187

Estudo de Caso no. 2

188

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189

190

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01/12/2023

191

DFC - Ajustes de variações nos ativos e passivos

192

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01/12/2023

193

01/12/2023 08:48 194 194

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01/12/2023

EXEMPLO – Prof. Ariovaldo Santos

1. Compra à vista de mercadorias no valor total de R$ 3.850 (IPI de 10% e ICMS de 18%, ou seja, valor das compras líquidas é de R$
2.870);

2. Venda de 70% dos estoques no valor de R$ 7.700 (ICMS de 18%, ou seja, o valor das vendas líquidas é de R$ 6.314);

3. Pagamento à vista de mão-de-obra no valor de R$ 900. Vamos considerar que desse total, R$ 146 são as contribuições devidas ao
INSS e R$ 754 são salários, 13o, férias etc.

4. Pagamento de juros (despesas bancárias) no valor de R$ 230;

5. Recebimento de receitas financeiras no valor de R$ 170;


6. Depreciação de 12% de móveis e utensílios;

7. Imposto de renda e contribuição social: 33% do lucro líquido. 195

EXEMPLO

196 196

98
01/12/2023

EXEMPLO

197 197

Notas explicativas

As notas explicativas devem:

Apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis


e das políticas contábeis específicas.

Divulgar a informação requerida pelas normas, interpretações e comunicados técnicos


que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e

Prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.

198

99
01/12/2023

Prazo para Encerramento das Demonstrações

• Art. 132 Lei das S.A. e Art. 1.078 do Código Civil


• - A contabilidade deve estar encerrada até 31/03

• Contrato Social
• - Aprovação das demonstrações até 30/04

• SPED
• - Entrega ECD até 31/05
• - Entrega ECF até 31/07

199 199

Validade e eficácia dos instrumentos de


escrituração
• As regras para a validade e eficácia dos instrumentos de escrituração dos
empresários, sociedades empresárias, leiloeiros e tradutores públicos e
intérpretes comerciais, com base nas disposições constantes da Instrução
Normativa DREI nº 82/2021.

• Em relação às regras e aos procedimentos fiscais relativos à Escrituração Contábil


Digital (ECD), a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) se manifestou sobre
o assunto por meio da Instrução Normativa RFB nº 2.003/2021 .

• A dispensa de escrituração digital está prevista no art. 78-A do Decreto nº


1.800/1996 , incluído pelo art. 1º do Decreto nº 8.683/2016 .
200

100
01/12/2023

AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS CONTÁBEIS


• Serão submetidos à autenticação da Junta Comercial os termos de abertura e de
encerramento de qualquer instrumento de escrituração que o interessado julgue
conveniente adotar, segundo a natureza e o volume de seus negócios, inclusive,
livros não obrigatórios.

• A autenticação da Escrituração Contábil Digital (ECD), por meio do Sistema


Público de Escrituração Digital (SPED), desobriga qualquer outra autenticação,
nos termos do § 2º do art. 78-A do Decreto nº 1.800/1996 .

• O balanço patrimonial contido em livro contábil poderá, a critério exclusivo do


interessado, ser arquivado no âmbito das Juntas Comerciais, devendo a análise se
ater às formalidades legais e extrínsecas do documento.

201

NBC TG 06 (R3) – ARRENDAMENTOS


(Alterado pela Revisão NBC 04)
Procedimentos contábeis a serem observados pela arrendatária para o registro das
operações de arrendamento(s), conforme disciplinado pelo Pronunciamento Técnico
CPC 06 (R2) -Operações de Arrendamento(s), cujas disposições entrarão em vigor a
contar de 1º.01.2019, e foram recepcionadas, no âmbito do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), por meio da NBC TG 06 (R3) - Operações de Arrendamento(s) e,
no âmbito da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da Deliberação CVM
nº 787/2017 .

ELIMINANDO OS CONCEITOS DE ARRENDAMENTOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS.

CRIA-SE: DIREITO DE USO DE UM ATIVO

202

101
01/12/2023

APLICAÇÃO DA NORMA

As disposições do CPC 06 (R2) são aplicáveis a todos os arrendamentos, inclusive os relacionados a ativos de
direito de uso em subarrendamento, exceto para:

a) arrendamentos para explorar ou usar minerais, petróleo, gás natural e recursos não renováveis similares;
b) arrendamentos de ativos biológicos dentro do alcance do CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola
mantidos por arrendatário;
c) acordos de concessão de serviço dentro do alcance da ICPC 01 - Contratos de Concessão;
d) licenças de propriedade intelectual concedidas por arrendador dentro do alcance do CPC 47 - Receita de
Contrato com Cliente ; e
e) direitos detidos por arrendatário previstos em contratos de licenciamento dentro do alcance do CPC 04 -
Ativo Intangível , para itens como: filmes, gravações de vídeo, reproduções, manuscritos, patentes e direitos
autorais (veja Nota a seguir).

Nota
O arrendatário pode, mas não é obrigado, a aplicar as disposições do CPC 06 (R2) a arrendamentos de ativos
intangíveis que não sejam os mencionados na letra "e".

203

Dispensa de reconhecimento

O arrendatário está dispensado de reconhecer:

a) os arrendamentos de curto prazo, assim considerados aqueles que, na data de início, possuem prazo de 12
meses ou menos, observando-se que o arrendamento que contém opção de compra não se qualifica como
de curto prazo; e

b) os arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo valor .

Se o arrendatário decidir por não reconhecer os referidos arrendamentos, ele deve reconhecer os
pagamentos associados a esses arrendamentos como despesa em base linear ao longo do prazo do contrato,
ou em outra base sistemática, se essa base representar melhor o padrão do benefício do arrendatário.

A escolha de arrendamentos de curto prazo deve ser feita por classe de ativo subjacente ao qual se refere o
direito de uso. Para esse efeito, uma classe de ativo subjacente é o agrupamento de ativos de natureza e uso
similares nas operações da entidade. A escolha de arrendamentos para os quais o ativo subjacente é de baixo
valor pode ser feita na base de arrendamento por arrendamento.

(Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) , itens 5, 6 e 8 e Apêndice "A")


204

102
01/12/2023

ARRENDAMENTO
D. Direito de uso de um ativo
C. Passivo de Arrendamento xxx (VF – AVP)

DESPESAS
D. Despesas de Arrendamento
C. Banco ou Caixa xxxx (valor mensal)

205

Como avaliar se um ativo subjacente é de baixo valor


A avaliação sobre se o ativo subjacente é de baixo valor deve ser realizada em base absoluta. Os
arrendamentos de ativos de baixo valor qualificam-se para o tratamento contábil , independentemente de
serem materiais para o arrendatário.

A avaliação não é afetada pelo porte, pela natureza ou pelas circunstâncias do arrendatário.
Consequentemente, espera-se que diferentes arrendatários cheguem às mesmas conclusões sobre se o ativo
subjacente específico é ou não de baixo valor.

O ativo subjacente pode ser considerado de baixo valor somente se:

a) o arrendatário puder beneficiar-se do uso do ativo subjacente por si só ou juntamente com outros
recursos que estiverem imediatamente disponíveis ao arrendatário; e

b) o ativo subjacente não for altamente dependente de outros ativos ou não estiver altamente inter-
relacionado a outros ativos.

206

103
01/12/2023

Por outro lado, o arrendamento do ativo subjacente não se qualifica como de baixo valor se a natureza do
ativo é tal que, quando novo, o ativo não é normalmente de baixo valor.

Por exemplo, arrendamentos de veículos não se qualificariam como arrendamentos de ativos de baixo valor
porque o veículo novo normalmente não seria de baixo valor.

Do mesmo modo, se o arrendatário subarrendar o ativo, ou espera subarrendá-lo ativo, o arrendamento


principal não se qualifica como arredamento de ativo de baixo valor. Exemplos de ativos subjacentes de
baixo valor podem incluir computadores pessoais, tablets, pequenos itens de mobiliário de escritório e
telefones.

Nota
A IFRS 16 não define claramente o que é arrendamento de pequeno valor, mas nas justificativas da definição
tinha em mente que os bens, quando novos, e com valor até U$ 5.000,00 são considerados de pequeno
valor.

207

Alteração de arrendamento de curto prazo


Se o arrendatário optar por contabilizar arrendamentos de curto prazo segundo as regras
do subitem 2.1, ele deve considerar o arrendamento como uma nova operação:

a) se houver alteração do arrendamento; ou

b) se houver qualquer alteração no prazo do arrendamento (por exemplo, o


arrendatário exercer uma opção não incluída anteriormente em sua determinação do
prazo do arrendamento).

(Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) , item 7)

208

104
01/12/2023

IDENTIFICAÇÃO DO ARRENDAMENTO

Para avaliar se o contrato transfere o direito de controlar o uso de ativo por um período
de tempo, a entidade deve avaliar se, durante todo o período de uso, ela possui:

a) o direito de obter substancialmente todos os benefícios econômicos do uso dos ativos


identificados; e

b) o direito de direcionar o uso dos ativos identificados.

Se a entidade tem o direito de controlar o uso de ativo identificado somente durante


parte do prazo do contrato, o contrato contém arrendamento para essa parte do prazo.

(Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) , Apêndice "B", itens "B9" e "B10")

209

Direito de obter benefícios econômicos do uso do ativo


Para controlar o uso do ativo identificado, a entidade é obrigada a possuir o direito de obter,
substancialmente, todos os benefícios econômicos do uso do ativo durante todo o período de uso
(por exemplo, ao ter o uso exclusivo do ativo durante todo esse período).

A entidade pode obter benefícios econômicos do uso do ativo direta ou indiretamente de diversas
maneiras, tais como pelo uso, pela posse ou pelo subarrendamento do ativo. Os benefícios
econômicos do uso do ativo incluem sua produção (output) principal e subprodutos (incluindo
potenciais fluxos de caixa resultantes desses itens) e outros benefícios econômicos decorrentes do
uso do ativo, que poderiam ser realizados a partir de transação comercial com terceiro.

Ao avaliar o direito de obter, substancialmente, todos os benefícios econômicos de uso do ativo, a


entidade deve considerar os benefícios econômicos que resultam do uso do ativo dentro do alcance
definido do direito do consumidor de usar o ativo.

210

105
01/12/2023

Por exemplo:

a) se o contrato limita o uso do veículo automotor somente em território específico


durante o período de uso, a entidade deve considerar somente os benefícios
econômicos do uso do veículo automotor dentro desse território e, não, além dele;

b) se o contrato especifica que o cliente pode dirigir o veículo automotor somente até
determinada distância durante o período de uso, a entidade deve considerar somente
os benefícios econômicos do uso do veículo automotor para a distância permitida e,
não, além dela.

Se o contrato exige que o cliente pague ao fornecedor, ou à outra parte, parcela dos
fluxos de caixa resultantes do uso do ativo como contraprestação, esses fluxos de caixa
devem ser considerados como sendo parte dos benefícios econômicos que o cliente
obtém do uso do ativo.

211

Por exemplo, se o cliente é obrigado a pagar ao fornecedor uma porcentagem das


vendas pelo uso do espaço de varejo como contraprestação por esse uso, essa
obrigação não impede que o cliente tenha o direito de obter, substancialmente, todos
os benefícios econômicos do uso do espaço de varejo.

Isso porque os fluxos de caixa resultantes dessas vendas devem ser considerados como
sendo benefícios econômicos que o cliente obtém pelo uso do espaço de varejo, parte
dos quais ele, então, paga ao fornecedor como contraprestação pelo direito de uso
desse espaço.

212

106
01/12/2023

Direito de direcionar o uso do ativo

A entidade tem o direito de direcionar o uso do ativo identificado durante todo o


período de uso somente se:

a) ela tiver o direito de direcionar como e para que finalidade o ativo deve ser utilizado
durante todo o período de uso; ou
b) as decisões relevantes sobre como e para qual finalidade o ativo é usado são
predeterminadas e:
b.1) a entidade tem o direito de operar o ativo (ou de orientar outros para operá-lo)
durante todo o período de uso, sem que o fornecedor tenha o direito de alterar essas
instruções operacionais; ou
b.2) a entidade projetou o ativo (ou aspectos específicos deste), de modo que ela
predetermina como e para qual finalidade o ativo deve ser usado durante todo o
período de uso.

(Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) , Apêndice "B", item "B24")


213

Fluxograma para identificar se o contrato é ou contém um arrendamento

214

107
01/12/2023

Mensuração inicial do ativo de direito de uso

Na data de início do arrendamento, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de


uso ao custo, o qual deve compreender:

a) o valor da mensuração inicial do passivo de arrendamento,


b) quaisquer pagamentos efetuados até a data de início do arrendamento, menos
quaisquer incentivos de arrendamento recebidos;
c) quaisquer custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário; e
d) a estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem e
remoção do ativo subjacente, restaurando o local em que está localizado ou restaurando o
ativo subjacente à condição requerida pelos termos e condições do arrendamento, salvo
se esses custos forem incorridos para produzir estoques. O arrendatário incorre na
obrigação por esses custos seja na data de início ou como consequência de ter usado o
ativo subjacente durante um período específico.

215

Mensuração inicial do passivo de arrendamento

Na data de início do arrendamento, o arrendatário deve mensurar o passivo de arrendamento ao valor


presente dos pagamentos do arrendamento não efetuados nessa data. Os pagamentos do arrendamento
devem ser descontados, utilizando a taxa de juros implícita no arrendamento, se essa taxa puder ser
determinada imediatamente; caso contrário, o arrendatário deve utilizar a taxa incremental sobre
empréstimo do arrendatário.

Na data de início do arrendamento, os pagamentos do arrendamento incluídos na mensuração do passivo


de arrendamento compreendem os seguintes pagamentos, para o direito de utilizar o ativo subjacente
durante o prazo do arrendamento, os quais não são efetuados na data de início:
a) pagamentos fixos, menos quaisquer incentivos de arrendamento a receber;
b) pagamentos variáveis de arrendamento, que dependem de índice ou de taxa, inicialmente mensurados
utilizando o índice ou a taxa da data de início ;
c) valores que se espera que sejam pagos pelo arrendatário, de acordo com as garantias de valor residual;
d) o preço de exercício da opção de compra se o arrendatário estiver razoavelmente certo de exercer essa
opção; e
e) pagamentos de multas por rescisão do arrendamento, se o prazo do contrato refletir o arrendatário
exercendo a opção de rescindir o arrendamento.
216

108
01/12/2023

Mensuração subsequente do ativo de direito uso

Após a data de início do arrendamento, o arrendatário deve mensurar o ativo de


direito de uso, utilizando o método de custo, exceto se utilizar um dos métodos de
mensuração alternativos descritos no subitem 4.3.1.

Para aplicar o método de custo, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso
ao custo:

a) menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas acumuladas por redução


ao valor recuperável; e
b) corrigido por qualquer remensuração do passivo de arrendamento.

217

O arrendatário deve depreciar o ativo de direito de uso aplicando o Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo
Imobilizado , observando-se que:

a) se o arrendamento transferir a propriedade do ativo subjacente ao arrendatário no fim do prazo do


arrendamento, ou se o custo do ativo de direito de uso refletir que o arrendatário exercerá a opção de
compra, o arrendatário deve depreciar o ativo de direito de uso desde a data de início até o fim da vida útil
do ativo subjacente;
b) de outro modo, o arrendatário deve depreciar o ativo de direito de uso desde a data de início até o que
ocorrer primeiro entre o fim da vida útil do ativo de direito de uso ou o fim do prazo de arrendamento.

O arrendatário deve, ainda, aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de
Ativos para determinar se o ativo de direito de uso apresenta problemas de redução ao valor recuperável e
contabilizar qualquer perda por redução ao valor recuperável identificada.

(Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) , itens 29 a 33)

218

109
01/12/2023

• DEPRECIAÇÃO:

• Imobilizado (uso) – deprecia / despesa financeira e impairment

• Propriedade para Investimento (renda) – não deprecia / despesa


financeira e impairment

219

Métodos alternativos de mensuração subsequente do ativo de direito de uso

Se o arrendatário aplicar o método de valor justo previsto no CPC 28 - Propriedade


para Investimento à sua propriedade para investimento, ele também deve aplicar
esse método aos ativos de direito de uso que atendem à definição de propriedade para
investimento prevista na referida norma.

Se ativos de direito de uso referem-se à classe do ativo imobilizado à qual o


arrendatário aplica o método de reavaliação previsto no Pronunciamento Técnico CPC -
27 - Ativo Imobilizado , se permitido por lei, ele pode decidir aplicar esse método de
reavaliação a todos os ativos de direito de uso, que se referem a essa classe do
imobilizado.

(Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) , itens 34 e 35)

220

110
01/12/2023

Mensuração subsequente do passivo de arrendamento

Após a data de início do arrendamento, o arrendatário deve mensurar o passivo de arrendamento:


a) aumentando o valor contábil para refletir os juros sobre o passivo de arrendamento;
b) reduzindo o valor contábil para refletir os pagamentos do arrendamento efetuados; e
c) remensurando o valor contábil para refletir qualquer reavaliação ou modificações do arrendamento.

Os juros sobre o passivo de arrendamento em cada período, durante o prazo do arrendamento, deve ser o
valor que produz a taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo de
arrendamento.

Após a data de início, o arrendatário deve reconhecer no resultado, salvo se os custos forem incluídos no
valor contábil de outro ativo mediante utilização de outros pronunciamentos aplicáveis:
a) juros sobre o passivo de arrendamento; e
b) pagamentos variáveis de arrendamento não incluídos na mensuração do passivo de arrendamento no
período em que ocorre o evento ou a condição que gera esses pagamentos.

(Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) , itens 36 a 38)

221

Modificação do arrendamento

O arrendatário deve contabilizar a modificação do arrendamento como um arrendamento separado se:

a) a modificação aumentar o alcance do arrendamento ao acrescentar o direito de utilizar um ou mais ativos


subjacentes; e
b) a contraprestação do arrendamento aumentar em valor compatível com o preço individual para o
aumento no alcance e quaisquer ajustes apropriados a esse preço individual para refletir as circunstâncias
do contrato específico.

Para a modificação do arrendamento que não seja contabilizada como arrendamento separado, na data de
vigência da modificação do arrendamento, o arrendatário deve:

a) alocar a contraprestação no contrato modificado;


b) determinar o prazo do arrendamento modificado; e
c) remensurar o passivo de arrendamento descontando os pagamentos de arrendamento revisados,
utilizando a taxa de desconto revisada.

222

111
01/12/2023

EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÃO

Admitamos determinada indústria que arrendasse uma máquina, em 30.01.20X1, uma máquina, nas
seguintes condições:

a) prazo do arrendamento: 36 meses;


b) valor das contraprestações mensais, a serem pagas no final de cada mês: R$ 3.000,00;
c) taxa de juros implícita no contrato: 1% ao mês;
d) valor residual a ser pago no final do 36 mês: R$ 10.000,00;
e) prazo de vida útil do: 10 anos.

Primeiramente, vamos trazer a valor presente o valor total das contraprestações mensais do
arrendamento, assim como do respectivo valor residual.

1) Pela formalização do arrendamento

223

224

112
01/12/2023

2) Pelo pagamento da 1ª contraprestação do arrendamento

3) Pela apropriação dos encargos financeiros incorridos no mês de fevereiro/20X1

225

4) Pela apropriação da quota mensal de depreciação da máquina arrendada

Arrendamento de pequeno valor

Conforme vimos no subitem 2.1, o item 6 do CPC 06 (R2) dispensa o reconhecimento de arrendamentos
para os quais o ativo subjacente é de baixo valor. Para esses casos, a mencionada norma estabelece que o
arrendatário deve reconhecer os pagamentos associados a esses arrendamentos como despesa em base
linear ao longo do prazo do arrendamento ou em outra base sistemática.

226

113
01/12/2023

Consideremos, a título de exemplo, que determinada empresa contratasse, em 02.01.20X2, o arrendamento de 10


computadores portáteis, nas seguintes condições:

a) prazo de vigência do contrato: 24 meses;


b) valor das contraprestações mensais: R$ 1.000,00;
c) valor residual a ser pago no final do contrato: R$ 2.000,00;
d) taxa de juros implícita no contrato: 1% ao mês;

Nesse caso, tendo em vista que o hipotético arrendamento atende aos requisitos para que se desobrigue o seu
reconhecimento, seria preciso apenas reconhecer mensalmente, como despesa, o valor das contraprestações,
conforme demonstrado a seguir:

227

NBC TG 06 (R3) OPERAÇÕES ATIVO


DE ARRENDAMENTO Não Circulante
Ativo de Direito de Uso
(-) Ajuste a Valor Presente (AVP)
(-) Depreciação
(-) Estimativa de Perda AVJ
D. ATIVO DE DIREITO DE (=) Valor Contábil
USO
PASSIVO
C. PASSIVO DE Circulante e Não Circulante
ARRENDAMENTO Passivo de Arrendamento
(-) Juros a Apropriar (AVP)

228

114
01/12/2023

Caso Leasing Financeiro

Maquina NF R$ 500.000,00
36 R$ 13.888,89

Juros
2% R$ 833,33

Depreciação
10% R$ 4.166,67

229 229

230 230

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DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS AOS SÓCIOS Presumido

• De acordo com a legislação fiscal, a pessoa jurídica tributada pelo


lucro presumido poderá distribuir a título de lucros ou dividendos,
sem incidência de imposto, o valor da base de cálculo do IRPJ,
diminuído de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita
a pessoa jurídica, ou seja, do Imposto de Renda, inclusive o adicional,
da CSLL, do PIS e da Cofins.

• Esta parcela poderá ser distribuída, sem incidência do imposto, após


o encerramento de cada trimestre do ano-calendário.

231

EMPRESA QUE MANTÉM ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

• Para as empresas que mantêm escrituração contábil, poderá ser distribuída, sem
incidência de imposto, parcela de lucros ou dividendos em valor superior ao
determinado no item anterior, desde que fique demonstrado, através de
escrituração contábil feita com observância da legislação comercial, que o lucro
efetivo é maior que o determinado segundo as normas de apuração do lucro
presumido.

232

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EMPRESAS COM DÉBITOS FISCAIS

• As pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito, não garantido, para com a União e suas
autarquias de Previdência e Assistência Social, por falta de recolhimento de imposto, taxa ou
contribuição, no prazo legal, não poderão distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas,
dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotistas, bem como a seus diretores e
demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos.

• A inobservância dessa proibição importa multa que será imposta:

• a) às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações ou remunerações, em


montante igual a 50% das quantias distribuídas ou pagas indevidamente;

• b) aos diretores e demais membros da administração superior que receberem as importâncias


indevidas, em montante igual a 50% destas. A multa, a que se referem as letras “a” e “b”, fica
limitada, respectivamente, a 50% do valor total do débito não garantido da pessoa jurídica.

233

Lucro Arbitrado
• O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo
do Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo
próprio contribuinte, se conhecida a receita bruta, quando este deixa
de cumprir obrigações acessórias relativas à apuração do lucro real
ou presumido.

234

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HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO

• FALTA DE ESCRITURAÇÃO
• ESCRITURAÇÃO COM FALHAS
• RECUSA DA APRESENTAÇÃO DE LIVROS OU DOCUMENTOS
• OPÇÃO INDEVIDA PELO LUCRO PRESUMIDO
• REPRESENTANTE DE PESSOA JURÍDICA ESTRANGEIRA
• LIVRO RAZÃO
• LIVROS OU REGISTROS AUXILIARES

235

• DAS HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO

• Art. 226. O IRPJ devido será exigido a cada trimestre, no decorrer do ano-calendário, com base nos
critérios do lucro arbitrado, quando:

• I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma
das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela
legislação fiscal;

• II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou


contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
• a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária; ou b) determinar o lucro real;

236

118
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• III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração


comercial e fiscal, ou o livro Caixa, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 225;

• IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido;

• V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de cumprir o disposto no § 1º


do art. 201;

• VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro
Razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no
Diário;

• VII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária as informações


necessárias para gerar o FCONT por meio do Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados para
o FCONT de que trata a Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009, no caso de pessoas
jurídicas sujeitas ao RTT e tributadas com base no lucro real; ou

• VIII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a ECF.

237

Omissão de Receitas

• Procedimentos adotados pelo Fisco para efeito de caracterização e


tributação de receitas omitidas pelas pessoas jurídicas, de acordo
com os dispositivos da legislação vigente e em consonância com a
Jurisprudência Administrativa.

238

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CARACTERIZAÇÃO DA OMISSÃO DE RECEITA


• Caracteriza-se como omissão no registro de receita, a ocorrência de:

• a) indicação, na escrituração, de saldo credor de Caixa;

• b) falta de escrituração de pagamentos efetuados;

• c) manutenção, no Passivo, de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja


comprovada.

• Em qualquer dessas hipóteses, será ressalvada ao contribuinte a prova da


improcedência da presunção.

239

COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS
Tratamento Fiscal
Prejuízo Contábil
Prejuízo Fiscal

240

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01/12/2023

Tratamento Fiscal
• A pessoa jurídica tributada com base no lucro real, conforme dispõe a
legislação vigente do Imposto de Renda, pode compensar o prejuízo
fiscal verificado em um período de apuração com o lucro real
apurado em períodos de apuração subsequentes.

• Esse tratamento também é aplicado, inclusive, às perdas não


operacionais não absorvidas por lucros da mesma natureza no próprio
período da operação.

241

COMPENSAÇÃO DOS PREJUÍZOS FISCAIS

• A compensação de prejuízos fiscais poderá ser total ou parcial, em um


ou mais períodos de apuração, à opção do contribuinte, observado o
limite mencionado abaixo.

• LIMITE DE COMPENSAÇÃO

• Por força das Leis 8.981 e 9.065/95, o lucro líquido ajustado pelas
adições e exclusões previstas na legislação não pode ser reduzido, para
efeito da compensação de prejuízos fiscais, em mais de 30%.

242

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MUDANÇA DO REGIME DE TRIBUTAÇÃO

• A apuração ou compensação de prejuízos fiscais somente poderá ser realizada


no período de apuração em que a empresa for tributada pelo lucro real.

• Portanto, nos anos-calendário em que a pessoa jurídica se enquadrar no lucro


presumido, arbitrado ou Simples Nacional, não há que cogitar na apuração ou
compensação de prejuízos fiscais.

• O contribuinte poderá, no período de apuração em que retornar à tributação


com base no lucro real, compensar o prejuízo fiscal constante na parte B do e-
Lalur, observada a legislação vigente à época da compensação.

243

Lucro real apurado em balanços de suspensão ou redução

• Se a empresa optar por suspender ou reduzir o pagamento mensal do imposto,


poderá compensar o saldo de prejuízos fiscais existente no encerramento do ano-
calendário anterior com o lucro real apurado nos balanços/ balancetes
levantados de janeiro a dezembro e, ainda, com o lucro real apurado no ajuste
anual procedido em 31 de dezembro.

244

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01/12/2023

Perda do direito
• A pessoa jurídica somente poderá compensar seus próprios
prejuízos fiscais se entre a data da apuração do prejuízo e a de sua
compensação NÃO houver ocorrido CUMULATIVAMENTE,
modificação:

• a) de seu controle societário;

• b) do ramo de atividade.

245

Prejuízos Fiscais Não Operacionais

• Se a empresa apurar, simultaneamente, resultado não operacional


negativo e prejuízo fiscal, deverá controlar os prejuízos operacionais e
não operacionais de forma individualizada por espécie, na parte B do
e-Lalur.

246

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01/12/2023

247

248

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01/12/2023

Crimes contra a ordem tributária


• O não cumprimento de obrigações tributária pode
caracterizar crime contra a ordem tributária, se a conduta
que deu causa à infração amoldar-se aos preceitos dos arts.
1º. e 2º. da Lei no. 8.137/1.990.

249

Crimes
• Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e
qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)

• I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;


• II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer
natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
• III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à
operação tributável;
• IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
• V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda
de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a
legislação.

• Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.


• Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá
ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

250

125
01/12/2023

Continuação
• Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)

• I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude,
para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
• II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou
cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
• III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a
parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
• IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto
liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
• V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da
obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda
Pública.

• Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

251

Escrituração: contábil e fiscal

IFRS X IRPJ

252

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01/12/2023

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

• Código Civil – Lei n. 10.406/2002

• Art. 1.179

• Art. 1.188

• Art. 1.191

253

Base Legal da Escrituração Contábil

• Lei n. 6.404/1976
• Art. 177 a 182

• Lei n. 11.638/2007 – IFRS / NBC


• NBC TG 00
• NBC TG 26

• Notas Explicativas (Full Compliance)

• CONTABILIDADE PARA FINS GERAIS


254

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01/12/2023

IRPJ -Tributação Federal


• 1. Decreto no. 1.598/1977 – RIR/2018 – Decreto no. 9.580

• 2. Lei no. 12.973/2014

• 3. Arbitramento do Lucro
• A) arts. 602 e 603 do RIR/2018

• 4. Lucro Real – RIR/2018 – arts. 258 e 259

255

Lucros
• 1. IN RFB – ISENÇÃO (Lei no. 9.249/1.995)
• A. IN 1.397/2013 – ART 28
• B. IN 1.700/2017 (ART 238 e paragráfos 3º. E 4º.)

• 2. PARECER CAT PGFN No. 202/2013 – Lucro Distribuível

• 3. RTT lucros na forma de 2007

• 4. Lei no. 12.973/2014 art. 12 e RIR/2018 arts 311 e 725

• 5. Débitos Tributários: art. 1018 do RIR/2018


• Lei no. 4357/1964 com alterações Lei no. 11.051/2004
256

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ECD - JUNTA COMERCIAL E CARTÓRIO

• Termo de Autenticação – Recibo no SPED


• Dispensa de qualquer outro registro

• REGISTRO
• A. Decreto 1800/96
• B. Decreto 8683/2016
• C. Decreto 9555/2018
• D IN RBF no. 1774/2017 e 1856/2019
• E. ADE – COFIS no. 64/2019

• RETIFICAÇÃO 1 ANO – MOTIVOS NBC TG 23 – CFC

257

SPED ECD - Dados Gerais


• 1. Obrigados TODOS
• Exceto
• a. Simples (com exceção daquelas com aporte de investidor anjo)
• b. Imunes e Isentas (R. $ 4,8 milhões)
• c. Presumido (Lv Caixa)

• Quem distribuir lucros superiores aos limites fiscais

• 2. Entrega em 2020: 31/07/20202 – IN RFB n. 1.950 de 12/5

258

129
01/12/2023

ECD
• 3. Manual de Orientação de Leiautes no. 8 ADE n. 64/2019

• 4. Não Obrigados (Facultativo) – Sem Penalidades / prazo


• Atender ao art. 1.179 do CC

• 5. Versão do programa ECD – 06/07/2020 7.0.5

259

ECD - Regras
• A) Manual de leiautes da RFB – ADE

• B) CTG/2001 R3 – antigo CT no. 4 ambos do CFC


• Art 2º. NBC para atendimento ao SPED

• C) ITG 2000 R1 do CFC – Regras de Escrituração – art. 3º. NBC

• CFC E RFB: ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA

• Atribuições do CFC a) alínea f do art 6º. Do DL 9295/46 e b) ALTERADO pela Lei no.
12.249/2010,

260

130
01/12/2023

ECF - Dados

• LUCRO FISCAL / REAL e demais Regimes (IRPJ e CSLL)

• Presumido, ESFL, Informações Econômicas, Remuneração Dirigentes (DIPJ)

• Ajustes: Adições, Exclusões e Compensações (LALUR) e Antigo FCONT

• IN No. 1.700/2017 (Lei n. 12973/2014)

• ADIÇÕES – ANEXO I – ART. 62

• EXCLUSÕES – ANEXO II – ART. 63


261

Bloco Q - Demonstrativo do Livro Caixa


● Apresenta o demonstrativo do livro caixa para os casos previstos na legislação.

● O Bloco Q (Livro Caixa) substituiu o antigo Registro P020 e foi facultativo para o
ano-calendário de 2015.

● Esse bloco deverá estar preenchido para as pessoas jurídicas optantes pela
sistemática do lucro presumido que se utilizem da prerrogativa prevista no
parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981/1995 , e cuja receita bruta no ano seja
superior a R$ 1.200.000,00, ou proporcionalmente ao período a que se refere.

131
01/12/2023

Estudo de Caso:
contabilidade IFRS x contabilidade fiscal

264

132
01/12/2023

IFRS X IRPJ (ECD X ECF): LALUR

Estudo Caso Prático

uso de estimativas com


aplicação dos CPCs
Estudo de caso prático: o caso prático apresentado a seguir; parte-se
da posição patrimonial inicial de uma empresa, sugere-se o registro de
eventos econômicos posteriores com aplicação de estimativas
contábeis.

O modelo sugerido apresenta os cálculos das referidas estimadas e, em


seguida levanta-se a demonstração de resultados do período a posição
financeira atualizada, por meio do levantamento de um novo balanço
patrimonial. Por fim, é discutido, no modelo, os efeitos comparativos
entre o resultado contábil e o fiscal.

Fonte: Torres, Adilson. ABRACICON


266

133
01/12/2023

BALANÇO PATRIMONIAL (ANO 1) Valores em R$ BALANÇO PATRIMONIAL (ANO 1) Valores em R$

ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 24.700,00 Fornecedores 833.900,00

Bancos conta Movimento 370.000,00 Impostos a pagar 346.000,00

Contas a receber de clientes 825.000,00 Contas a pagar 123.400,00

(-) Estimativa de Perda em CLD (7.800,00) Empréstimos bancários 901.366,00

Estoques de mercadorias 1.789.500,00 Soma 2.204.666,00

Soma 3.001.400,00 Não Circulante

Não Circulante Patrimônio Líquido

Imobilizado Capital Social 657.000,00

Veículos 128.300,00 Reservas de Lucros 803.034,00

Móveis e Utensílios 535.000,00 Ajustes IFRS 0,00

(-) Depreciação acumulada 0,00 Outros 0,00

Soma 663.300,00 Soma 1.460.034,00

TOTAL DO ATIVO 3.664.700,00 TOTAL DO PASSIVO e PL 267


3.664.700,00

Premissas do Caso

• 1. Os ativos imobilizados foram adquiridos em 31.12. X1;

• 2. A estimativa de uso do veículo é de 8 anos e dos móveis utensílios é de


15 anos, o fisco determina que a taxa de depreciação de veículos é 20% a.
a., e de móveis e utensílios é de 10% a. a.

• 3. Os valores residuais estimados, para o final da vida útil dos imobilizados,


são os seguintes, veículos: R$ 35.000,00 e Móveis: R$ 124.000,00;

• 4. No final do primeiro ano foi mensurado o maior valor recuperável para


os veículos em R$ 80.000,00.
268

134
01/12/2023

• 5. A empresa vendeu 25% dos estoques de mercadorias, em 31/12/X2 no valor de R$


600.000,00 em 12 parcelas mensais de R$ 50.000,00 “sem juros”, todavia a taxa de desconto
estimada é de 4% ao mês;

• 6. No contas a receber, por meio de análises e estimativas, no encerramento do exercício, foi


detectado que o índice de inadimplência deve ficar no patamar de 5% do saldo pendente de
recebimento, que estava em aberto no início do período,

• 7. O estoque a preço de mercado é R$ 1.300.000,00.

• Questão proposta: com base nesses eventos, e com o uso de estimativas, foram elaborados os
respectivos registros contábeis, e levantamento da DRE – Demonstração do Resultado do
Exercício e o Balanço Patrimonial no final do Ano 2. E, por fim o valor do lucro tributável do
período.

269

270

135
01/12/2023

RFB – Comunicado Sobre Malha


Fiscal Pessoa Jurídica: Falta de
Escrituração de Receitas no SPED

271

● A Receita Federal do Brasil inicia neste ano operações de malha fiscal


junto aos contribuintes pessoas jurídicas sujeitos às escriturações do
Sistema Público de Escrituração Digital - Sped, mediante análise de
dados e cruzamento de informações prestadas pela própria pessoa
jurídica e por terceiros, objetivando a regularização espontânea das
divergências identificadas.

● A primeira operação terá como parâmetro os valores representativos de


receitas a serem informados na Escrituração Contábil Fiscal – ECF
referente ao exercício de 2019, ano-calendário 2018, das empresas
optantes pela apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ
com base no Lucro Presumido.

136
01/12/2023

● Serão relacionadas na operação todas as ECF referentes ao período acima descrito


que apresentarem valores representativos de receitas inferiores às receitas
constantes nas Notas Fiscais Eletrônicas, EFD-ICMS/IPI, EFD-Contribuições e
Decred do período em referência.

● Adicionalmente, os valores informados na e-Financeira também serão objeto do


cruzamento de dados para a verificação de inconsistências.

● Será concedido ao contribuinte o prazo para efetuar a autorregularização,


mediante retificação da ECF e da Declaração de Débitos e Créditos Tributários
Federais-DCTF, evitando, assim, o procedimento de lançamento ofício pela Receita
Federal, mediante a exigência das diferenças apuradas, com acréscimo de multas de
ofício.

● O primeiro lote de comunicação alcançará as pessoas jurídicas jurisdicionadas na


Delegacia da Receita Federal em Guarulhos/SP. Em seguida, a operação será
expandida para todo o território nacional.

ALTERAÇÕES NA LEI CONTÁBIL


Lei no. 6.404/1.976
Lei no. 11.638/2.007
Lei no. 11.941/2.009
Lei no. 12.973/2.014

274

137
01/12/2023

BIBLIOGRAFIA

•ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. ALMEIDA, Rafael Jachelli. REGULAMENTAÇÃO FISCAL DAS


NORMAS CONTÁBEIS DO IFRS E CPC: Lei n. 12.973/2014. São Paulo: Atlas, 2015.
• ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. IMPOSTO DE RENDA DAS EMPRESAS. 11ª. Ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
•COAD. Curso Prático IRPJ: volumes 01 a 10. Rio de Janeiro: COAD, 2015.
• HIGUCHI, Hiromi. IMPOSTO DE RENDA DAS EMPRESAS. 41ª. Ed. São Paulo: IR Publicações,
2016.
•PLANALTO. RIR/2018.
•RFB. IN 1.700/2017.
•SANTOS, Cleônimo dos. MANUAL DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. 2ª. Ed. São Paulo, IOB
SAGE, 2014.

275

BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. NOVAS MUDANÇÃS CONTÁBEIS NAS IFRS – IFRS 9
– IFRS – 15 e IFRS 16. São Paulo: Atlas, 2016.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileira de Contabilidade.


NBC TG GERAL.
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/. Acesso
22/02/2022.

IOBOLINE. https://www.iobonline.com.br/index/login. Acesso 25/02/2022.

276

138
01/12/2023

OBRIGADO!!

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