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02/01/2023

Aula
Aula 3 2 1
AULA 4

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Conteúdo
• MÓDULO 01: - INTRODUÇÃO A TRIBUTAÇÃO E CTN (CONTRIBUENTE E • MÓDULO 12: - INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CUSTO INTEGRADO
OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS)
• MÓDULO 13: - GASTOS DEDUTÍVEIS, COST SHARING/ RATEIO DE
• MÓDULO 02: - IRPJ E CSL (OPERAÇÃO E RETIDO) DESPESAS

• MÓDULO 03: - RELATÓRIOS CONTÁBEIS / BALANÇO / PORTES DE • MÓDULO 14: - AJUSTES A VALOR JUSTO E VALOR A PRESENTE
EMPRESAS
• MÓDULO 15: - DEPRECIAÇÃO, IMPAIRMENT, ARRENDAMENTO:
• MÓDULO 04: - A RELAÇÃO FISCO X CONTABILIDADE: IFRS VERSUS NBC CONTÁBIL X IRPJ

• MÓDULO 05: - LEI N. 11.638/2007, LEI N. 12.973/2014 E IN RFB N. • MÓDULO 16: - JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO E REMUNERAÇÃO
1.700/2017 INDIRETA

• MÓDULO 06: - ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO CONTÁBIL • MÓDULO 17: - DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS / DIVIDENDOS

• MÓDULO 07: - APURAÇÃO E CÁLCULO DO LUCRO REAL TRIMESTRAL • MÓDULO 18: - TRIBUTOS SOBRE O LUCRO / DIFERENÇAS
TEMPORÁRIAS ENTRE A BASE FISCAL E BASE CONTÁBIL- IR
• MÓDULO 08: - APURAÇÃO E CÁLCULO DO LUCRO REAL ANUAL E DIFERIDO
ESTIMATIVA
• MÓDULO 19: - BASES DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: TRIBUTOS
• MÓDULO 09: - LALUR – ADICÕES E EXCLUSÕES DIRETOS

• MÓDULO 10: - COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS • MÓDULO 20: - IMPORTÂNCIA DO COMPLIANCE / CRUZAMENTOS
FISCAIS E SPED
• MÓDULO 11: - APURAÇÃO E CÁLCULO DO LUCRO PRESUMIDO E 3
ARBITRADO

Variáveis que Impactam as


Demonstrações Contábeis

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Quem deve adotar Escrituração Contábil

• 1. CFC (ITG 2.000)


• 2. NCC (art. 1.179)
• 3. Lei Societária (art. 177 da Lei n. 6404/76)
• 4. Regimes de Tributação
• 5. Distribuição de Lucros
• 6. Outras legislações
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Encerramento da Contabilidade
• 1. Início de cada ano
• 2. Comprovação e Manutenção de Documentos
• 3. Entrega Tempestiva de Documentos
• 4. Final de ano: “ajustes”
• 5. Conciliação de Saldos
• 6. Adequações: provisões, ajustes AVJ, AVP, Avaliação de
Investimentos

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Formalidade da Escrituração Contábil

• 1. Detalhamento (lançamentos)
• 2. Formalidades Externas (Registro ou SPED)
• 3. Responsabilidade pela Escrituração
• 4. Transcrição das Demonstrações no Diário
• 5. Princípios Contábeis: NBC TG Estrutura Conceitual (Fundamentação ,Obrigatoriedade e Infração)
• 6. Plano de Contas
• 7. Micro e Pequenas Empresas (TG 1000 e ITG 1000 / TG 1001 e 1002)
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Apuração do Resultado do Exercício


• O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é obtido mediante a aplicação da seguinte fórmula: CMV =
Estoque Inicial + Compras - Estoque Final

• Contabilmente, na determinação do CMV:


• a) transfere-se para a conta que registra o CMV o saldo da conta que registra o estoque do início do
período-base (mediante crédito nesta);
• b) transfere-se para a conta que registra o CMV o saldo da conta que registra as compras do início do
período-base (mediante crédito nesta);
• c) debita-se a conta de estoque e credita-se a conta que registra o CMV, ambas pelo valor do estoque
final, apurado em contagem física ao final do período-base.

• Importa salientar que o uso da fórmula do CMV, nos moldes supramencionados, somente se aplica para
empresas que não mantêm controle permanente de estoque.
• Nas que o mantêm, a cada venda registra-se imediatamente: a) a débito, o custo da mercadoria vendida
(pelo valor desta em estoque); b) a crédito, a respectiva baixa no estoque, o que significa que o estoque
final é determinado contabilmente (isso, todavia, não dispensa a contagem física em 31 de dezembro).8

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ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO

Para apurar o resultado do exercício (lucro ou


prejuízo do período), vamos, primeiramente,
transferir as contas de resultado que constam do
balancete para a conta que vai apontar o resultado.

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Empresa industrial que não mantém Contabilidade de Custos -


Avaliação e contabilização dos estoques
• Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), é exigida a discriminação do lucro bruto que,
na empresa industrial, corresponde à diferença entre a receita líquida de vendas e o custo dos
produtos vendidos.

• Por essa razão, a empresa industrial, ainda que não mantenha contabilidade de custos, precisa
segregar em sua contabilidade geral os gastos identificados como custo da produção (matéria-
prima, mão de obra e gastos gerais de fabricação), registrando-os em contas próprias, destacadas
das demais contas de resultado.

• Por ocasião do encerramento do exercício social ou do período de apuração do lucro real, os


saldos das contas de registro dos custos da produção serão absorvidos pela conta de apuração do
custo dos produtos vendidos
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CONTAS DE CUSTOS DA PRODUÇÃO


• Custos da Produção/ Consumo de Matérias-Primas/ Consumo de
Outros Materiais/ Salários/ Contribuições Previdenciárias/
Contribuições ao FGTS/ Seguro contra Acidentes do Trabalho/ Outros
Gastos com o Pessoal/ Aluguéis Manutenção e Reparo de Bens/
Depreciações/ Seguro contra Incêndio/ Energia Elétrica/ Outros
Gastos da Produção

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CONSUMO DE MATÉRIAS-PRIMAS E DE OUTROS MATERIAIS


• Empresa que mantém controle permanente de estoques

• Se a empresa mantiver controle permanente de estoques, o valor das matérias-primas e de outros


materiais consumidos na produção será aquele determinado com base no registro permanente dos
estoques, que corresponde ao total apurado na coluna "Saídas" das fichas de estoque, desde que a
empresa adote o critério de lançar eventuais devoluções ao fornecedor, como estorno, na própria
coluna "Entradas" (em negativo).

• Todavia, na data do levantamento do balanço de encerramento do período de apuração do lucro


real, é necessário o levantamento físico dos estoques existentes para confronto com os saldos
constantes do registro permanente de estoques e acerto das diferenças constatadas.

• No registro permanente dos estoques, poderá ser adotado como critério de avaliação:

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a) o do custo médio ponderado; ou b) o do custo das aquisições mais recentes (Peps ou Fifo).

• Empresa que não mantém controle permanente de estoques

• Se a empresa não mantiver controle permanente de estoques, deve avaliar o


estoque de matérias-primas e de outros materiais existentes no encerramento do
exercício social ou do período de apuração do lucro real, quantificado mediante
contagem física, com base no preço das aquisições mais recentes constantes das
respectivas notas fiscais, líquidos do IPI e do ICMS, quando esses impostos forem
recuperáveis.

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Exemplo
• Admitiremos que na contagem física de determinada espécie de matéria-prima
foram encontradas 600 unidades; na última compra desse bem, efetuada antes
do encerramento do período de apuração do resultado, foram adquiridas 400
unidades, ao custo unitário de R$ 75,00, e na compra imediatamente anterior
foram adquiridas 500 unidades, ao custo unitário de R$ 60,00 (em ambos os
casos, já excluídos os impostos recuperáveis - IPI e/ou ICMS).

• Nesse caso, as 600 unidades inventariadas são avaliadas da seguinte forma:


• a) 400 unidades (total da última compra) a R$ 75,00 = R$ 30.000,00;
• b) 200 unidades (parte da penúltima compra) a R$ 60,00 = R$ 12.000,00;
• c) Custo total das 600 unidades = R$ 42.000,00. 15

• Caso as duas últimas aquisições tivessem somado uma quantidade inferior à inventariada, teríamos de nos
reportar, sucessivamente e pela ordem, às compras imediatamente anteriores, tomando por base sempre o
custo da aquisição (excluídos os impostos recuperáveis).

• Nesse caso, obtido o estoque final conforme mostrado e admitindo-se que no período foram efetuadas
compras de matérias-primas no valor de R$ 124.000,00 (líquidos do IPI e do ICMS recuperáveis), e ainda que
a empresa tenha registrado na conta "Estoque de Matérias-Primas" um estoque inicial de R$ 18.000,00, a
determinação do Custo das Matérias-primas Consumidas (CMC), mediante aplicação da tradicional fórmula:

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Registro contábil recomendado para as compras


• Recomenda-se registrar as compras efetuadas durante o período-base em uma conta auxiliar, com
intitulação específica ("Compras de Matérias-Primas", por exemplo). Eventuais devoluções são registradas
a crédito dessa conta.

• Funcionamento da conta "Consumo de Matérias-Primas“

• Adotado o procedimento para registro das compras recomendado no subtópico anterior, no encerramento
do período de apuração apura-se o valor do material consumido na produção, na conta "Consumo de
Matérias-Primas", da seguinte forma:
• a) transferindo para essa conta:
• a.1) o valor do estoque inicial de matérias-primas;
• a.2) o valor das compras do período-base (líquido de devoluções);
• b) transferindo dessa conta para a de estoque, no Ativo Circulante, o valor do estoque final, quantificado
mediante contagem física e avaliado segundo as regras indicadas, conforme o caso.

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• O saldo final da conta "Consumo de Matérias-Primas" será absorvido pela conta "Custo dos Produtos
Vendidos".

Procedimento similar adota-se em relação à apuração do consumo de outros materiais (materiais auxiliares e embalagens).
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CONTA "CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS"


• Esta é uma conta de resultado só utilizada na data do levantamento do balanço, da seguinte forma:

• a) transferem-se para ela:


• a.1) os saldos iniciais das contas de estoques de produtos acabados e em elaboração;
• a.2) os saldos das contas do subgrupo "Custos da Produção";
• b) transfere-se dela, para as contas próprias de estoques, o valor dos estoques finais de produtos
acabados e em elaboração.

• Após os lançamentos referidos em "a" e "b", os dos produtos vendidos no período-base são
absorvidos pela conta "Resultado do Exercício".

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CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS E EM ELABORAÇÃO


• As empresas industriais que não mantiverem o sistema de custo integrado e coordenado com a
contabilidade avaliam os estoques finais levantados em contagem física no final do período de apuração
do lucro real, com observância das regras previstas na legislação do Imposto de Renda, focalizadas nos
subtópicos seguintes.

• Produtos acabados
• Os produtos acabados são avaliados em 70% do maior preço de venda verificado no período, sem a
inclusão do IPI, quando for o caso, não sendo admitida a exclusão do ICMS do preço considerado.

• Exemplo
• Admita-se que no encerramento do balanço, por meio da contagem física do estoque, foi
constatada a existência de 250 unidades de produto acabado e que, no período abrangido pelo
balanço, o maior preço de venda praticado, líquido do IPI, foi de R$ 200,00 por unidade:
• a) custo unitário (R$ 200,00 ´ 70,00%) = R$ 140,00;
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• b) total de estoque de produtos acabados = R$ 140,00 x 250 un. = R$ 35.000,00.

• Produtos em elaboração
• Quando a empresa tem sistema de custos integrado com a contabilidade, a avaliação do estoque dos
produtos em processo é feita com base nos custos absorvidos até a fase de produção na qual o produto se
encontra.
• A empresa que não mantiver sistema de custos integrado com a contabilidade, para a avaliação dos
estoques de produtos em elaboração na data do balanço, deve utilizar um dos seguintes critérios:
• a) uma vez e meia o maior custo de aquisição das matérias-primas adquiridas no período-base (excluídos o
IPI e o ICMS, quando recuperáveis);
• b) 80% do valor-base para avaliação dos produtos acabados, determinado de acordo com o critério exposto
anteriormente.

• Exemplo
• Admitindo-se que na data de encerramento do balanço a empresa tenha a seguinte situação:
• a) quantidade de matéria-prima em processo de fabricação: 100 un.;
• b) maior custo de aquisição por unidade de matéria-prima: R$ 75,00;
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• c) custo por unidade de produto acabado R$ 140,00.

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EXEMPLO PRÁTICO
• Dados para o exemplo
• Vejamos como ficam os lançamentos contábeis de apuração do custo dos produtos vendidos durante o período-
base.

• a) saldos existentes no início do período-base, nas seguintes contas de estoque (classificadas no Ativo
Circulante):
• a.1) Estoque de Produtos Acabados: R$ 22.000,00;
• a.2) Estoque de Produtos em Elaboração: R$ 8.000,00;
• a.3) Estoque de Matérias-Primas: R$ 18.000,00;

• b) compras efetuadas durante o período-base, registradas em conta própria, intitulada "Compras de Matérias-
Primas", cujo saldo final se encontra líquido de devoluções e do valor dos impostos recuperáveis (IPI/ICMS);
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• b.1) Compras de Matérias-Primas: R$ 124.000,00;

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• c) custos da produção pagos e/ou incorridos durante o período-base, que se encontram registrados,
destacadamente, nas seguintes contas de resultado:
• c.1) Salários: R$ 96.000,00;
• c.2) Contribuições Previdenciárias: R$ 24.000,00;
• c.3) Contribuições ao FGTS: R$ 7.680,00;
• c.4) Seguro contra Acidentes do Trabalho: R$ 1.920,00;
• c.5) Aluguéis: R$ 26.000,00;
• c.6) Manutenção e Reparos de Bens: R$ 12.000,00;
• c.7) Depreciações: R$ 16.000,00;
• c.8) Energia Elétrica: R$ 13.200,00;
• c.9) Seguro contra Incêndio: R$ 6.800,00;

• d) estoques finais, avaliados pelos critérios estabelecidos na legislação do Imposto de Renda:


• d.1) Produtos Acabados (calculados anteriormente): R$ 35.000,00;
• d.2) Produtos em Elaboração (calculados anteriormente): R$ 11.200,00; 25
• d.3) Matérias-Primas (calculados anteriormente): R$ 42.000,00.

Lançamentos contábeis
• Apuração do consumo e registro do estoque final de matérias-primas:
• 1) Pelo valor do estoque inicial e das compras do período
• D - Consumo de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 142.000,00
• C - Estoque de Matérias-Primas (Ativo Circulante) R$ 18.000,00
• C - Compras de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 124.000,00

• 2) Pelo valor do estoque final


• D - Estoque de Matérias-Primas (Ativo Circulante)
• C - Consumo de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 42.000,00

• Com esses lançamentos: a) encerra-se a conta "Compras de Matérias-Primas"; b) o saldo da conta "Estoque
de Matérias-Primas" (do Ativo Circulante) fica ajustado ao valor do estoque final; c) o saldo remanescente na
conta de resultado "Consumo de Matérias-Primas", no valor de R$ 100.000,00 (débitos de R$ 142.000,00,
contra créditos de R$ 42.000,00), corresponde ao valor das matérias-primas empregadas na produção 26
durante o período-base.

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• Apuração do custo dos produtos vendidos e registro do estoque final de produtos acabados e em elaboração:
• 3) Pelo valor do estoque inicial
• D - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado) R$ 333.600,00
• C - Estoque de Produtos Acabados (Ativo Circulante) R$ 22.000,00
• C - Estoque de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante) R$ 8.000,00
• C - Consumo de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 100.000,00
• C - Salários (Conta de Resultado) R$ 96.000,00
• C - Contribuições Previdenciárias (Conta de Resultado) R$ 24.000,00
• C - Contribuições ao FGTS (Conta de Resultado) R$ 7.680,00
• C - Seguros c/ Acidentes do Trabalho (Conta de Resultado) R$ 1.920,00
• C - Aluguéis (Conta de Resultado) R$ 26.000,00
• C - Manutenção e Reparo de Bens (Conta de Resultado) R$ 12.000,00
• C - Depreciações (Conta de Resultado) R$ 16.000,00
• C - Energia Elétrica (Conta de Resultado) R$ 13.200,00
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• C - Seguro c/ Incêndio (Conta de Resultado) R$ 6.800,00

• 4) Pelo valor do estoque final e do estoque inicial


• D - Estoque de Produtos Acabados (Ativo Circulante) R$ 35.000,00
• D - Estoque de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante) R$ 11.200,00
• C - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado) R$ 46.200,00

• Com esses lançamentos:


• a) encerram-se os saldos das contas de registro dos custos da produção;
• b) os saldos das contas "Estoque de Produtos Acabados" e "Estoque de Produtos em Elaboração" (do Ativo
Circulante) ficam ajustados aos valores dos estoques finais; e
• c) o saldo remanescente na conta "Custo dos Produtos Vendidos", no valor de R$ 287.400,00 (débitos de R$
333.600,00 contra créditos de R$ 46.200,00), representa o custo das vendas realizadas no exercício a ser
absorvido pela conta "Resultado do Exercício", conforme o lançamento a seguir:

• 5) Pela absorção do custo das vendas pelo Resultado do Exercício


• D - Resultado do Exercício (Conta de Resultado)
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• C - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado) R$ 287.400,00

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Providências para encerramento do balanço anual


• As principais providências para o encerramento do balanço em 31 de dezembro. Trata-se de um conjunto de
procedimentos específicos para encerramento do exercício social que, sem a pretensão de esgotar o rol de
providências que devem ser adotadas caso a caso, tem por objetivo servir como um roteiro básico para o
contabilista.
• BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
• O balancete de verificação tem por finalidade agrupar as contas e toma por base os saldos dessas contas no
Livro Razão. Por isso, ele também é chamado de "balancete de verificação do Razão". O balancete é a relação
de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data. Os saldos das
contas que integrarão o balancete são os que constam do Razão. Em face do método das partidas dobradas, é
óbvio que os saldos devedores e credores deverão ter o mesmo valor total, ou seja, o total dos débitos menos o
total dos créditos deve ser igual a zero.
• Resolução CFC nº 1.330/2011 , que aprovou a ITG 2000 – Escrituração Contábil e que, por sua vez, não trouxe
nenhuma disposição sobre o assunto.
• O balancete de verificação é, geralmente, elaborado para fins internos, ou seja, para utilização pela própria
empresa. Há casos, todavia, em que é elaborado para fins externos como, por exemplo, para ser apresentado a
bancos, fornecedores, etc. Nesse caso, o balancete deve conter o nome e a assinatura do contabilista
responsável, a sua categoria profissional e o seu número de registro no Conselho Regional de Contabilidade
(CRC). Obviamente, nos sistemas de contabilidade por processamento de dados, os programas trazem a "função
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balancete", que emite o relatório automaticamente.

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Reconciliações
• É fundamental checar os saldos das contas constantes do balancete, principalmente de
algumas que, pela sua natureza e pelo volume de movimentação, costumam apresentar
divergências.

• Contas como Caixa, Bancos Conta Movimento, Clientes, Fornecedores, Tributos a Recolher
(e outras que, na prática, se revelarem mais suscetíveis a discrepâncias) devem ser objeto
de cotejo com os saldos efetivos para evitar distorções.

• A conta Fornecedores merece atenção especial, pois o saldo que figurará no balanço deve
estar integralmente de acordo com o saldo de obrigações da espécie a pagar em 31 de
dezembro.

• A existência do chamado "passivo fictício" implicará na autuação da entidade, 31pela


fiscalização, sob a presunção de "omissão de receitas".

CUIDADOS ESPECÍFICOS COM AS CONTAS CAIXA E BANCOS CONTA MOVIMENTO

• Por ocasião do levantamento do balanço, as contas Caixa e Bancos Conta Movimento devem ser objeto
de algumas verificações específicas:

• a) por sua natureza, a conta Caixa deve sempre apresentar saldo devedor. Embora isso seja óbvio, nunca é
demais checar no balancete. De acordo com a legislação do Imposto de Renda ( RIR/2018 , art. 293 ),
caracteriza-se como omissão de receita, passível de autuação pelo Fisco (ressalvadas ao contribuinte a
prova da improcedência da presunção, a indicação, na escrituração, de saldo credor de caixa);

• b) os eventuais suprimentos de caixa também merecem muita atenção. Provada a omissão de receita por
indícios na escrituração da empresa ou qualquer outro elemento de prova, o Fisco pode arbitrá-la com
base no valor dos recursos de caixa fornecidos à empresa por administradores, sócios da sociedade não
anônima, titular de empresa individual, ou acionista controlador da companhia, se a efetividade da
entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente demonstradas ( RIR/2018 , art. 294 ).

• Para afastar a presunção de omissão de receitas nesta hipótese, devem ser comprovadas, por
documentos, tanto a efetividade da entrega dos recursos pelas pessoas citadas à empresa quanto
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origem dos respectivos valores;

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• c) outro aspecto que deve ser verificado é o chamado "saldo devedor no banco" (saldo negativo pela
utilização de conta garantida, cheque especial, etc.). Se, em 31 de dezembro, o Razão Contábil da conta
Bancos Conta Movimento registrar saldo credor, este deve ser classificado em conta do Passivo Circulante
por representar autêntico empréstimo concedido pelo banco à empresa e, por isso, um Passivo;

• d) os chamados cheques pré-datados (cuja melhor denominação é "cheques pós-datados") também


merecem atenção. Como não são valores dos quais a empresa vá dispor a qualquer tempo (mas apenas na
data combinada), as importâncias recebidas nessa modalidade de pagamento não devem ser classificadas
no subgrupo do "Disponível", e, sim, em conta distinta do "Ativo Circulante", em que permanecerão até o
efetivo recebimento.

• Tratando-se de pagamentos feitos pela empresa com cheques pré-datados, o mais adequado é o registro
em conta do Passivo Circulante que melhor caracterizará a obrigação assumida.

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CONCILIAÇÃO BANCÁRIA
• Independentemente das observações já apresentadas, a conciliação bancária é sempre um procedimento
importante.

• Além de ser um controle interno eficiente para a empresa, independentemente de seu porte, a conciliação
tem como objetivo principal apurar e explicar as eventuais diferenças encontradas entre o saldo apresentado
pelo banco, por meio do extrato bancário, e aquele apurado pela empresa, no mesmo período, por
intermédio do Livro Razão.

• Dependendo do porte da empresa ou, mais especificamente, de sua movimentação bancária, a conferência
dos registros contábeis com os extratos pode ser diária ou semanal.

• É mais usual, contudo, fazê-la mensalmente.

• No entanto, por ocasião do levantamento do balanço, é imprescindível recorrer à conciliação para34ajustar


adequadamente a conta Bancos.

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INVENTÁRIO DOS ESTOQUES


• Os estoques são bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização
própria no curso normal de suas atividades.

• Eles representam um dos ativos mais importantes do Ativo Circulante e da posição financeira da maioria
das empresas industriais e comerciais.

• Sua correta determinação, por ocasião do encerramento do exercício social, é essencial para a apuração
adequada do lucro líquido do exercício, para o suporte das exigências legais societárias e fiscais e, sem
dúvida, para atender às exigências dos auditores internos e externos.

• Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operações dessas companhias e envolvem
problemas de administração, controle, contabilização e principalmente de avaliação.

• Assim, devem ser analisados com uma atenção especial, antes do encerramento final, pelos responsáveis
pela Contabilidade Geral. Maiores detalhes serão apresentados na aula n. 12. 35

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


A DRE completa, exigida por lei, fornece maiores minúcias para a tomada de decisão:
grupos de despesas, vários tipos de lucro, destaque dos impostos etc.

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