Você está na página 1de 144

descomplicando

o setor contábil
101 perguntas e
respostas
Ficha catalográfica:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


(CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Lima Filho, Marcos Antonio Monte de


Descomplicando o setor contábil : 101 perguntas e
respostas / Marcos Antonio Monte de Lima Filho,
Fellipe Matos Guerra. -- 1. ed. -- Fortaleza, CE :
Tributário online responde, 2021.

ISBN 978-65-994059-3-8

1. Contabilidade - Estudo e ensino I. Guerra,


Fellipe Matos. II. Título.

21-73523
CDD-657.07

Índices para catálogo sistemático:

1. Contabilidade : Estudo e ensino 657.07


Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
descomplicando
o setor contábil
101 perguntas e
respostas
PREFÁCIO
O mercado vem simplificando a operação contábil através da
tecnologia e automação dos processos, o que repercute em uma oferta
de serviços a preço mais baixo. Deste modo, o que se parece é que
este é um serviço simples. Entretanto, a Contabilidade é uma ciência
ampla e constituída de princípios, normas e legislações complexas.
Dominar e compreender as transações contábeis e suas nuances sobre
outros setores, como o fiscal e o departamento pessoal, por vezes, pode-
se traduzir em uma árdua tarefa, já que, além de complexa, a linguagem
contábil pode ser complicada. Tão verdade é que um profissional
contábil que compreenda os atos e fatos em sua completude é inabitual.
O Descomplicado o Setor Contábil – 101 perguntas e respostas,
cumpre com excelência a sua missão de facilitar o entendimento
do setor Contábil. Contemplando os principais questionamentos
desde o processo de abertura de uma empresa a escrituração e
definição de operações não usais, este material torna-se um guia
capaz de auxiliar aos mais diversos tipos de profissionais da área.
Tem-se convicção da contribuição dessa obra, primeiramente, pela
abrangência das dúvidas que são esclarecidas ao longo do livro, assim
como pela competência dos nobres professores que a fizeram

Catarina Amaral
Sumário

1 Fatos Contábeis do Início da Empresa


09
2 Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias,
Insumos e Outros Itens 19
3 Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais 33
Fatos Contábeis Investimentos em Participações

4 Permanentes em Sociedades Empresariais


59
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas

5 no Cartão de Crédito e Débito, Vendas por Duplicatas e


Operações com Factoring (Fomento Mercantil) 65
6 Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias 73
7 Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo
(Consumo de Água, Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.) 77
8 Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de
Mercadorias, Vendas de Produtos e Prestações de Serviços 83
9 Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento
87
10 Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária
103
11 Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos 111
12 Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações,
Custos das Mercadorias Vendidas e Outros Conceitos 123
Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das
Demonstrações Financeiras
Fatos Contábeis do Início da Empresa

Capítulo 1

FATOS CONTÁBEIS DO
INÍCIO DA EMPRESA

9
Fatos Contábeis do Início da Empresa

1. Os registos dos fatos contábeis


precisam respeitar quais regras?
Conforme o CPC 00 (R2) – Estrutura conceitual para relatório financeiro,
aprovado pela norma NBC TG Estrutura Conceitual, especificamente no
item 1.17, os registros contábeis deverão seguir o regime de competência,
ou seja, os fatos contábeis devem ser registrados contabilmente
independente dos seus pagamentos ou recebimentos.

As regras de procedimentos estão dispostas da seguinte forma:

a) Inicialmente pela lei 6.404/1976 e todas as alterações posteriores;

b) Normas Brasileiras de Contabilidade, cuja estrutura está regulamentada


pela Resolução CFC n° 1.328/2011;

c) Pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos


Contábeis;

d) Código de Ética Profissional do Contador;


e) Diversas outras normas técnicas secundárias;

10
Fatos Contábeis do Início da Empresa

2. Como elaborar o plano de contas


adequado para a empresa?
Embora a estrutura base não varie muito, a modelagem pode ser
personalizada por empresa. Isso porque é preciso atender as necessidades
de análises e suporte a tomada de decisão pelos gestores.

Logicamente, esse é um processo de construção que não termina nunca


e sempre vai se complementando. Por exemplo, é comum que uma
empresa inicie com um plano de contas simplificado e evolua de acordo
com sua maturidade de gestão.
Entretanto, é fundamental que o plano de contas atenda pelo menos
cinco grandes grupos:

a)Ativos: são todos os recursos econômicos presentes


controlados pelas entidades como resultado de eventos passados.
Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir
benefícios econômicos.

b)Passivos: obrigação presente da entidade de transferir um


recurso econômico como resultado de eventos passados.

c)Patrimônio Líquido: participação residual nos ativos da


entidade após a dedução de todos os seus passivos.

11
Fatos Contábeis do Início da Empresa

d)Receitas: são transferências de propriedades materiais


ou imateriais que necessariamente tenham aumentos nos ativos, ou
reduções nos passivos, que resultam em aumento no patrimônio líquido,
exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos sobre
o patrimônio.

e)Despesas: reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que


resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a
distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio.
Para a devida organização hierárquica das contas dispostas na estrutura,
contendo os quatro grandes grupos, é necessário entender a disposição
das contas entre SINTÉTICAS e ANALÍTICAS.

Dando sequência, dentro de cada um dos grupos acima são criadas


as Contas Sintéticas (ou contas agrupadoras), que, por sua vez, são
detalhadas em subcontas, também conhecidas como Contas Analíticas.

A complexidade ou não do plano dependerá diretamente do objetivo da


empresa e da complexidade de suas operações. A escolha por um plano
de contas simplificado ou completo também deve levar em consideração
as ferramentas e dados disponíveis. Isso porque não adianta ter uma
estrutura completa se não será possível fazer acompanhamento ou,
ainda, não poderá obter resultados e análises de forma rápida e fácil.

12
Fatos Contábeis do Início da Empresa

3. Como registrar o capital social na


abertura da empresa?
Para registrar o capital social, contabilmente, independente do tipo
societário da pessoa jurídica, ou seja, respeitando o ato constitutivo,
serão em dois momentos:

a)Subscrição do capital social: o fato ocorre no momento da assinatura


do ato constitutivo, na promessa dos sócios (seja pessoa física ou pessoa
jurídica) perante a empresa que está sendo constituída. Desta forma,
teremos o seguinte registro contábil:

Débito – (-) Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido)

Crédito – Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido)

b)Integralização do capital social: o fato ocorre no momento da


entrega, por parte dos sócios, do bem ou do direito a entidade. Desta
forma, teremos o seguinte registro contábil:

Débito – Caixa (Ativo Circulante) e/ou

Débito – Estoque (Ativo Circulante) e/ou

Débito – Imobilizado (Ativo Não Circulante) e/ou

Débito – Outros Bens/Direitos (Ativo Circulante e/ou Não


Circulante)

Crédito – (-) Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido)

13
Fatos Contábeis do Início da Empresa

4. Quando a empresa está em atividade,


e não existia escrituração contábil, como
fazer para iniciar os registros contábeis?
É necessário destacar a necessidade de elaborar o Balanço de Abertura,
que consiste objetivamente em registrar contabilmente os saldos iniciais
para não partir do “zero” patrimonialmente.

O registro contábil dos dados iniciais, quando a empresa nunca manteve


escrituração contábil será possível após levantar os seguintes dados:

a) Saldos bancários, caixa, fundos fixos e aplicações financeiras;

b) Contas a receber: duplicatas em aberto; cartões de crédito e cartões de


débito a receber e outros meios de pagamento a receber;

c) Estoque das mercadorias para revenda; estoque de insumos e produtos


acabados, nos casos de indústrias;

d) Relação dos bens tangíveis e intangíveis, contendo datas de aquisições, e


cálculo da depreciação contábil projetado;

e) Contas a pagar: fornecedores e outras duplicatas a pagar;

f) Tributos a pagar: simples nacional a pagar; PIS e COFINS a recolher; IRPJ e


CSLL a recolher; entre outros tributos a recolher;

g) Empréstimos e Financiamentos a pagar; contratos financeiros ativos;

14
Fatos Contábeis do Início da Empresa

É fundamental ressaltar que os saldos necessários serão os valores


relativamente a transição do mês/ano calendário imediatamente anterior
a implantação dos saldos. Exemplo: situação em que a empresa irá iniciar
os registros contábeis em 01/01/2020, logo o saldo necessário para
implantar será até a data do dia 31/12/2019, e assim sucessivamente.
Temos o seguinte cenário, registrando os valores correspondentes aos
devidos levantamentos:

Débito – Caixa (Ativo Circulante)

Débito – Contas a Receber (Ativo Circulante)

Débito – Estoque (Ativo Circulante)

Débito – Imobilizado (Ativo Não Circulante)

Débito – Outros Bens/Direitos (Ativo Circulante e/ou Não


Circulante)

Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante)

Crédito – Tributos a Recolher (Passivo Circulante)

Crédito – Empréstimo e/ou Financiamentos a Pagar (Passivo


Circulante e/ou Não Circulante)

Crédito – Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido)

Crédito/Débito – Lucros ou Prejuízos Acumulados

15
Fatos Contábeis do Início da Empresa

É importante destacar que não há registros em contas de resultado,


sobretudo quando o registro do balanço de abertura é feito no início
do exercício social, e logo não há saldos em contas de resultados. Agora,
caso seja feito a implantação dos saldos no curso do exercício social,
nesse caso será necessário levantar dados das contas de resultados:

• Faturamento até o mês/período da implantação;


• Custo da Mercadoria vendida até o mês/período da
implantação;

• Despesas gerais até o mês/período da implantação;

16
Fatos Contábeis do Início da Empresa

5. Como registrar contabilmente o


Adiantamento para Futuro Aumento de
Capital (AFAC)?
As alterações trazidas na Lei das S/As pela Lei nº 11.638/2007 e Lei nº
11.941/2009 não trataram especificamente dos adiantamentos para
Futuro Aumento de Capital Social (AFAC). Todavia, estes devem ser
tratados à luz do princípio da essência sobre a forma, assim, concluímos
que:

a) os adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados,


sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser
registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de Capital
Social. Conforme segue:

Débito – Caixa ou outra conta do Ativo (Ativo Circulante e/ou


Não Circulante)

Crédito – Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC)


(Patrimônio Líquido)

b) caso haja qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser


registrados no Passivo Não Circulante. Conforme segue:

Débito – Caixa ou outra conta do Ativo (Ativo Circulante e/ou


Não Circulante)

Crédito – Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC)


(Passivo Não Circulante)

17
Fatos Contábeis do Início da Empresa

18
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

Capítulo 2

FATOS CONTÁBEIS RELATIVOS AS


COMPRAS DE MERCADORIAS, INSUMOS
E OUTROS ITENS

19
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

6. Qual o conceito de custo de aquisição e


custo de transformação?
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição
e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

Conforme a Norma Brasileira de Contabilidade NBCTG 16 (R2), item 11:


o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante
o fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

Ainda conforme a mesma norma, temos no item 12, o seguinte: Os


custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção,
como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação
sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam
incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos
indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente
constantes independentemente do volume de produção, tais como a
depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas,
equipamentos e ativos de direito de uso utilizados no processo de
produção e o custo de gestão e de administração da fábrica. Os custos
indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente,
ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais
indiretos e certos tipos de mão de obra indireta.

20
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

7. Como registrar contabilmente as


compras das mercadorias para revenda e os
tributos decorrentes das aquisições, se a
empresa for optante pelo Simples Nacional?
Considerando que as empresas optantes pelo Simples Nacional não têm
direito a créditos tributários, na forma não cumulativa, por limitação
normativa, temos que:

• Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)


• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) e/ou
• Crédito – Caixa/Bancos (Ativo Circulante)

Agora, considerando o custo de aquisição, temos a incidência de diversos


tributos, sobretudo o ICMS, no caso, a maioria dos estados atribuem as
mercadorias adquiridas, geralmente de fora do estado, à incidência
do ICMS Substituição Tributária ou ICMS Antecipado, assim teremos o
seguinte registro contábil:

• Débito – ICMS ST ou Antecipado (Ativo Circulante – Estoque)


• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) e/ou
• Crédito – Caixa/Bancos (Ativo Circulante)

21
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

8. Como registrar contabilmente as


compras das mercadorias para revenda e os
tributos decorrentes das aquisições, se a
empresa for optante pelo Lucro Presumido?
Considerando que as empresas que apuram o IRPJ e CSLL pelo Lucro
Presumido, apuram PIS e COFINS, em regra, pela cumulatividade, temos
que:

• Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)


• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)
Desta forma, é notório que não há tributos a recuperar no processo de
compra das mercadorias e outros materiais, quanto a PIS e COFINS.

Entretanto além das contribuições teremos o ICMS na operação, em várias


vertentes: ICMS Normal, ICMS Antecipado e ICMS Substituição Tributária,
todos os casos em decorrência das aquisições das mercadorias.

a) Em caso de ICMS Normal – não cumulatividade

• Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)


• Débito – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)
• Crédito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo
Circulante)

22
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

Vamos exemplificar um cenário:

A Empresa FL Comércio de Frutas LTDA adquiriu mercadorias para


revenda com o ICMS Recuperável, da seguinte forma:

• Valor total da nota fiscal = R$ 150.000,00


• ICMS da operação = R$ 21.000,00
• A prazo
Teremos o registro contábil:

• Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo


Circulante)... 150.000,00

• Débito – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)... 21.000,00


• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)... 150.000,00
• Crédito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo
Circulante)... 21.000,00

23
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

Logo teremos a seguinte estrutura no grupo do estoque:

• Estoque ................ 129.000,00


Estoque de Mercadorias para Revenda .......... 150.000,00

(-) ICMS s/ Compras ...................................... (21.000,00)

b) Em caso de ICMS pago antecipadamente, portanto, compondo a não


cumulatividade, será recuperável e replicará os registros contábeis no
item anterior.

c) Em caso de ICMS Substituição Tributária, no caso de aquisições de fora


do estado e recolhido para determinar o regime tributário no modelo de
Substituição Tributária, inicialmente poderemos imaginar a possibilidade
de registrar contabilmente em despesas tributárias, no entanto, seguindo
as normas contábeis tal tributo somente existe em decorrência da
aquisição das mercadorias, logo teremos o seguinte registro contábil:

• Débito – ICMS ST (Estoque – Mercadorias - Ativo Circulante)


• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)

24
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

9. Como registrar contabilmente as


compras das mercadorias para revenda
quanto a PIS e COFINS não cumulativo?
Considerando que as empresas que apuram o IRPJ e CSLL pelo Lucro
Presumido, apuram PIS

• Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)


• Débito – PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
• Débito – COFINS a Recuperar (Ativo Circulante)
• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)
• Crédito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo
Circulante)

• Crédito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo


Circulante)

25
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

Vamos exemplificar um cenário:

A Empresa FL Comércio de Frutas LTDA adquiriu mercadorias para


revenda com o PIS e COFINS Recuperáveis, da seguinte forma:

• Valor total da nota fiscal = R$ 200.000,00


• PIS recuperável = 3.300,00
• COFINS recuperável = 15.200,00
• A prazo
Teremos o registro contábil:

• Débito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo


Circulante)... 200.000,00

• Débito – PIS a Recuperar (Ativo Circulante) ... 3.300,00


• Débito – COFINS a Recuperar (Ativo Circulante) ... 15.200,00
• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ... 200.000,00
• Crédito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo
Circulante) ... 3.300,00

• Crédito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo


Circulante) ... 15.200,00

26
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

Logo teremos a seguinte estrutura no grupo do estoque:

• Estoque ................ 181.500,00


Estoque de Mercadorias para Revenda .......... 200.000,00

(-) PIS s/ Compras ...................................... (3.300,00)

(-) COFINS s/ Compras .............................. (15.200,00)

10. Como registrar contabilmente a


aquisição de materiais referente a uso e
consumo?
Considerando que materiais de uso e consumo são itens que
serão utilizados tanto no processo operacional como no processo
administrativo, temos que:

Débito – Materiais de Uso e Consumo (Despesas ou Custos)

Débito – ICMS Diferencial de Alíquota (Despesa Tributária)

Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)

Crédito – ICMS Diferencial de Alíquota a Recolher (Passivo Circulante)

Os materiais de uso e consumo não utilizados tanto no ambiente


administrativo (classificados como despesas operacionais) ou no
processo produtivo, por exemplo, em caso de prestadores de serviços
(classificados como custo do serviço prestado). Deverá ser observado a
aplicação dos materiais para a melhor classificação contábil.

27
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

11. Como classificar e identificar


contabilmente uma aquisição de itens que
não fazem parte do estoque?
Analisando o fato contábil, sobretudo, o documento de aquisição do item,
é necessário averiguar a aplicação do mesmo, geralmente é interessante
responder alguns questionamentos:

a) Qual a necessidade do item?

b) Valor do item?

c) Quanto tempo de vida útil?

d) Onde o item será aplicado especificamente?

A depender das respostas aos questionamentos, será necessário a


classificação contábil mais adequada, no entanto, há diversas variáveis
que precisam ser expostas.

Quanto a necessidade, deverá ser observado se os itens adquiridos,


que não fazem parte do estoque, serão necessários para a atividade
operacional ou administrativa.

Quanto ao valor do item, há regras fiscais envolvidas, principalmente,


para classificação contábil condicionada ao Regulamento do Imposto
de Renda, mas o processo coerente para fins contábeis é analisar a
essência sobre a forma da aquisição, portanto, classificar contabilmente,
independentemente do valor em questão.

28
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

Quanto ao tempo de vida útil é fundamental para não haver confusão da


classificação entre o consumo, de fato, ou seja, diretamente em contas de
resultado ou ativo.

E por fim, onde será aplicado especificamente determinará a classificação


contábil exata para a melhor compreensão da informação técnica e
gerencial. O não entendimento de onde será aplicado o item adquirido
poderá gerar informação equivocada e em uma análise horizontal ou
vertical poderá prejudicar tomada de decisões futuras.

Assim teremos o seguinte registro contábil:

• Débito – Diversas Contas Contábeis (Despesas Operacionais e/


ou Custos Envolvendo a operação)

• Débito – Tributos envolvidos (Despesa Tributária)


• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante)
• Crédito – Tributos envolvidos a recolher (Passivo Circulante)
Classificar a conta contábil mais adequada conforme o plano de contas
contábil da empresa.

29
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

12. Como registrar contabilmente o Custo


da Mercadoria Vendida (CMV)?
Reconhecer contabilmente é uma consequência da operação, bem
como está exposto no item 34 da NBCTG 16 (R2): quando os estoques
são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido
como despesa do período em que a respectiva receita é reconhecida. A
quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido
e todas as perdas de estoques devem ser reconhecidas como despesa
do período em que a redução ou a perda ocorrerem. A quantia de toda
reversão de redução de estoques, proveniente de aumento no valor
realizável líquido, deve ser registrada como redução do item em que for
reconhecida a despesa ou a perda, no período em que a reversão ocorrer.

Continua o item 35 da NBCTG 16 (R2): Alguns itens de estoques podem


ser transferidos para outras contas do ativo, como, por exemplo, estoques
usados como componentes de ativos imobilizados de construção própria.
Os estoques alocados ao custo de outro ativo deve ser reconhecidos
como despesa durante a vida útil e na proporção da baixa desse ativo.

30
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

O ideal, na prática, seria o reconhecimento conforme o desenvolvimento


das operações, no entanto, o registro é reconhecido comumente de
uma só vez, respeitando a lógica do inventário controlado pela empresa,
ainda, seguimos a clássica regra contábil do estoque:

Custo da Mercadoria Vendida = Estoque Inicial + Compras (-)


Estoque Final

Assim, o registro contábil será executado conforme determinação dos


valores na equação, e assim teremos o seguinte:

•Débito – Custo da Mercadoria Vendida (Conta de Resultado –


CMV) e/ou

• Débito – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado –


CPV) e/ou

• Débito – Custo do Serviço Vendido (Conta de Resultado – CSV)


• Crédito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)
Fundamental destacar que se o registro no estoque foi feito com contas
retificadoras, tal como apresentamos nas questões 8 e 9, teremos, ainda,
que efetuar a baixa os tributos sobre compras:

• Débito – (-) PIS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo


Circulante)

• Débito – (-) COFINS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo


Circulante)

• Débito – (-) ICMS s/ Compras (Estoque Mercadorias – Ativo


Circulante)

• Crédito – Estoque de Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante)


31
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

32
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Capítulo 3

FATOS CONTÁBEIS RELATIVOS AS


AQUISIÇÕES DE ATIVO IMOBILIZADO,
INTANGÍVEL E ATIVOS NATURAIS E
OUTROS ITENS
33
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

13. Como registrar contabilmente a


aquisição de um ativo imobilizado com
recuperação do ICMS, em 48 avos (CIAP –
Controle do ICMS sobre o Ativo Permanente)?
Inicialmente é necessário entender a definição do Ativo Imobilizado,
conforme a NBCTG 27 (R4), é o item tangível que:

a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de


mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para
fins administrativos; e

b) se espera utilizar por mais de um período.

É a definição básica no ambiente contábil, mas é possível distinguir de


definições tributárias conforme normativas tributárias, por exemplo:

a) em casos gerais, o ativo imobilizado é definido em dois critérios:



Valor superior a R$ 1.200,00 e/ou
• Vida útil superior a um ano;

b) em casos de Empresas optantes pelo Simples Nacional, temos


critérios mais específicos:

Valor superior a R$ 1.200,00 e/ou
• Vida útil superior a um ano e
• O bem não pode ser desincorporado antes do décimo
terceiro mês;

34
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Logo, para exemplificar teremos o seguinte fato:

A Empresa FL – Indústria adquiriu uma máquina para utilizar no processo


produtivo, em 01/10/2020, valor da aquisição de R$ 450.000,00, destaque
do ICMS de R$ 76.500,00, considerando que o ICMS é recuperável em 48
meses. Temos os seguintes registros contábeis:

• Débito – Equipamentos e Máquinas (Ativo Não Circulante –


Imobilizado) .......................................... R$ 373.500,00

• Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo


Circulante – Tributos Recuperáveis) ............ R$ 23.906,25

• Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não


Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 52.593,75

• Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ........ R$ 450.000,00

35
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

• O registro contábil respeita a definição do CUSTO de AQUISIÇÃO;


• O ICMS a Recuperar integrante do Ativo Circulante, foi calculado da
seguinte forma:

Valor do ICMS = R$ 76.500,00

Controle do CIAP em 48 meses, logo, teremos o seguinte:


76.500,00 / 48

Valor do ICMS Mensal = R$ 1.593,75

Quantidade de meses do curto prazo (Ativo Circulante), a partir


de Outubro/2020 até o término do exercício social seguinte,
conforme a NBC TG Estrutura Conceitual. Total de 15
meses para o Ativo Circulante.

Logo, o valor do ICMS a Recuperar relativo ao Ativo Circulante calculado


foi de R$ 23.906,25.

• O ICMS a Recuperar integrante do Ativo Não Circulante, foi calculado


da seguinte forma:

Quantidade de meses do longo prazo (Ativo Não Circulante)


será de 33 meses (a diferença entre 48 meses e 15 meses).

Logo, o valor do ICMS a Recuperar relativo ao Ativo Não


Circulante calculado foi de R$ 52.593,75.

36
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

14. Aquisição de bem do Ativo Imobilizado,


mediante pagamento com bem usado, como
registrar contabilmente?
A negociação comercial aqui tratada é caracterizada como uma “troca”,
com ou sem torna em dinheiro (complementação em dinheiro). Porém,
sob o ponto de vista contábil, o que temos, e assim deve ser contabilizado,
são 2 (duas) transações distintas entre si, quais sejam, uma operação de:

• venda de bem usado; e


• compra de bem novo.
Deverá registrar cada uma dessas operações separadamente, uma
representando a baixa do bem dado em troca, e outra representando a
entrada do bem recebido.

Suponhamos que a empresa MLFG Indústria e Comércio de Produtos


de Informática, empresa com sede Belo Horizonte/MG, adquiriu de
uma concessionária, também localizada nesse mesmo Município, um
caminhão novo no valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil
reais) para uso do seu departamento de logística, dando como parte do
pagamento outro caminhão usado pertencente a seu Ativo Imobilizado
(AI) avaliado nessa negociação pelo valor de R$ 130.000,00 (cento e trinta
mil reais).

37
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Suponhamos, também, que o valor do caminhão dado em


pagamento esteja registrado na contabilidade (valor de compra) da
empresa MLFG pelo valor de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais)
e a depreciação acumulada do mesmo seja de R$ 100.000,00 (cem mil
reais), assim, teremos a seguinte apuração do valor contábil do bem:

Ativo Imobilizado ................. 120.000,00

• Valor da Compra do bem .............. 220.000,00


• (-) Depreciação Acumulada do bem ...... (100.000,00)

Considerando essas informações hipotéticas, teríamos os seguintes


lançamentos contábeis a serem realizados pela empresa MLFG por
ocasião da aquisição de bem do Ativo Imobilizado (AI), mediante
pagamento com bem usado:

a) Registro contábil da baixa do custo de aquisição do bem


usado dado como pagamento:

• Débito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado


(Resultado).................................................. 220.000,00

• Crédito – Veículos (Ativo Imobilizado)...... 220.000,00

b) Registro contábil da baixa da depreciação acumulada do


bem usado dado como pagamento:

• Débito – (-) Depreciação Acumulada do Veículo (Ativo


Imobilizado)................................................100.000,00

• Crédito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado


(Resultado).................................................. 100.000,00

38
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

c) Pela aquisição do veículo adquirido novo, mediante


pagamento com bem usado:

• Débito – Veículo Novo


(Ativo Imobilizado).........................350.000,00
• Crédito – Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado
(Resultado).................................................. 130.000,00
• Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante) .............. 220.000,00

Assim, com tais registros contábeis temos os seguintes saldos:

• Veículos (antigo), citado no item “a, saldo zero.


• Depreciação acumulada (do veículo antigo), citado no item “b”, saldo
zero.
• Veículo Novo, citado no item “c”, saldo de R$ 350.000,00.
• Resultado da Alienação de Bens do Ativo Imobilizado, conta de
resultado, constante em todas as operações, o saldo final foi de R$
10.000,00.
• E por fim, o saldo final a pagar junto ao fornecedor ficou em R$
220.000,00.

39
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

15. Aquisição de máquinas e equipamentos


para o ativo imobilizado através
de Financiamento comum (FINAME e outros
oferecidos pelas instituições bancárias),
como registrar contabilmente?
De maneira introdutória é necessário entender o Fundo de Financiamento
para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais (FINAME).

A Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) é uma empresa


pública brasileira, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). Ela tem por objetivo abrir linhas de crédito
às empresas privadas nacionais, localizadas em qualquer região do país,
com o fim de financiar a produção e à comercialização de máquinas e/ou
equipamentos novos, produzidos no país, por empresas cadastradas na
Finame.

Vamos a prática com dados para materializar a utilização do recurso do


FINAME por parte das empresas brasileiras:

Suponhamos que a empresa MLFG Indústria e Comércio de Produtos


de Informática, empresa com sede Belo Horizonte/MG, adquiriu
Equipamentos para o Processamento industrial dos produtos de
informática. A aquisição ocorreu em 10/10/2020, valor total de R$
950.000,00, com ICMS destacado em documento fiscal e recuperável
de R$ 171.000,00, foi utilizado os recursos do FINAME, parcelado em
60 (sessenta) parcelas iguais, porém o contrato foi exposto da seguinte
forma:

40
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

• Valor da parcela será de R$ 25.000,00


• Desta forma, temos que mensalmente há encargos de R$ 9.166,66
• Considerando os dados temos a seguinte estrutura:
• Valor contratado R$ 950.000,00
• Valor que será pago totalmente R$ 1.500.000,00
• Encargos totais de R$ 550.000,00

O registro contábil será executado da seguinte forma:

Débito – Máquinas e Equipamentos (Ativo Imobilizado) ........


779.000,00

Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo


Circulante – Tributos Recuperáveis) ............ R$ 53.437,50

Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não


Circulante – Tributos Recuperáveis) .......... R$ 117.562,50

Débito – (-) Encargos s/ Financiamento – FINAME (Financiamentos


– Passivo Circulante) .................................... R$ 137.500,00

Débito – (-) Encargos s/ Financiamento – FINAME (Financiamentos


– Passivo Não Circulante) .................................... R$ 412.500,00

Crédito – Financiamento FINAME – Curto Prazo (Financiamentos –


Passivo Circulante) ........................................... R$ 375.000,00

Crédito – Financiamento FINAME – Longo Prazo (Financiamentos


– Passivo Circulante) ........................................... R$ 1.125.000,00

41
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Considerando o registro contábil acima, temos as seguintes observações


relevantes:

• Considerando a data da operação, dia 10/10/2020, temos que o


curto prazo, ou seja, operações circulantes, podem ser
consideradas por 15 (quinze) meses, sendo até o término do
exercício social seguinte.

• Logo, a quantidade de meses constantes no longo prazo será


considerada por consequência o restante dos meses.

• Quanto ao ICMS recuperável, tendo 48 (quarenta e oito) meses


para apropriação, o longo prazo será de 33 (trinta e três).

•Já quanto o FINAME, considerando 60 (sessenta) meses para


amortização, o longo prazo será de 45 (quarenta e cinco) meses.

A memória dos cálculos constantes nos registros contábeis, teremos:

• O valor do bem, em máquinas e equipamentos, foi registrado


em R$ 779.000,00, pois consideramos o conceito constante no
CPC 27 – Ativo Imobilizado: CUSTO DE AQUISIÇÃO, logo, é
necessário extrair o valor relativamente aos tributos
recuperáveis, assim, subtraímos o valor do ICMS de
R$171.000,00.

• O ICMS recuperável foi segregado em Circulante e Não


Circulante, pois a norma tributária não permite a apropriação
de tal tributo em uma única vez, assim, utilizamos das
considerações anteriores sobre as distribuições de
curto e longo prazo, desta forma:


Parcela mensal do ICMS = 171.000,00 / 48

Parcela mensal do ICMS = 3.562,50

Com tal, o ICMS Circulante será: 3.562,50 x 15 meses

ICMS Circulante = 53.437,50

Já o ICMS Não Circulante por consequência = 3.562,50
x 33 meses

ICMS Não Circulante = 117.562,50

42
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

• Quanto as parcelas do FINAME e encargos, temos o seguinte:

• Considerando que já foi exposto que o valor da parcela


do financiamento seria de R$ 25.000,00, temos que a
dívida total, em 60 parcelas mensais, um montante de R$
1.500.000,00;

• Logo, o financiamento registrado no circulante foi de


25.000,00 x 15 meses, totalizando em R$ 375.000,00;
• Assim, o financiamento registrado no não circulante foi
de 25.000,00 x 45 meses, totalizando em R$ 1.125.000,00;

• Quanto aos encargos da operação do FINAME, temos


que a parcela foi de R$ 9.166,66, assim, um montante
total de R$ 550.000,00;

• Logo, os encargos registrados no circulante foi de


9.166,66 x 15 meses, totalizado em R$ 137.500,00;

• Assim, os encargos registrados no não circulante foi de


9.166,66 x 45 meses, totalizando em R$ 412.500,00.

43
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Por fim, teremos a seguinte estrutura do Passivo, considerando o valor


presente, atribuindo a aplicação do CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, além
da NBC TG 12, fundamentada pela Resolução CFC 1.151/2009:

• Passivo Circulante
• Financiamentos – FINAME - Curto Prazo .........................237.500,00
• Financiamento – FINAME – Curto Prazo
............................ 375.000,00


(-) Encargo s/ Financiamento – FINAME – Curto Prazo
............................(137.500,00)

• Passivo Não Circulante


• Financiamentos – FINAME – Longo Prazo.............. ........ 712.500,00
• Financiamento – FINAME – Longo Prazo
.............................1.125.000,00


(-) Encargo s/ Financiamento – FINAME – Longo Prazo
............................. (412.500,00)

16. Como registrar contabilmente a


aquisição de um ativo imobilizado quando o
PIS e COFINS são recuperáveis na aquisição do
bem?
Nessa modalidade, a possibilidade de recuperabilidade das contribuições,
teremos o seguinte:

44
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Suponha que a Empresa FL – Indústria adquiriu uma máquina para


utilizar no processo produtivo, em 01/10/2020, valor da aquisição de
R$ 450.000,00, destaque do ICMS de R$ 76.500,00, considerando que
o ICMS é recuperável em 48 meses. Além do ICMS, teremos também,
agora, o PIS e COFINS, recuperáveis em igual período, no valor total de R$
41.625,00, sendo deste valor relativamente ao PIS = R$ 7.425,00 e COFINS
= 34.200,00. Temos os seguintes registros contábeis:

Débito – Equipamentos e Máquinas (Ativo Não Circulante – Imobilizado) ....


...................................... R$ 331.875,00

Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante –


Tributos Recuperáveis) ............ R$ 23.906,25

Débito – ICMS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante


– Tributos Recuperáveis) .......... R$ 52.593,75

Débito – PIS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante –


Tributos Recuperáveis) .......... R$ 2.320,31

Débito – PIS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante –


Tributos Recuperáveis) .......... R$ 5.104,69

Débito – COFINS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Circulante –


Tributos Recuperáveis) .......... R$ 10.687,50

Débito – COFINS a Recuperar sobre o Ativo Imobilizado (Ativo Não Circulante


– Tributos Recuperáveis) .......... R$ 23.512,50

Crédito – Fornecedor (Passivo Circulante) ........ R$ 450.000,00

45
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

17. Como registrar contabilmente a


aquisição de um software para gestão
integrada da empresa?
A aquisição de softwares para gestão integrada das empresas comu-
mente é com a compra efetiva da licença do programa e mensalmente
há pagamentos para manutenção e suporte do mesmo, então temos dois
momentos:

a) Registro contábil da aquisição da licença do software:


• Débito – Softwares para Uso Gerencial (Intangível - Ativo Não
Circulante)

• Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante)


b) Registro contábil da manutenção ou suporte mensalmente:
• Débito – Despesas com Softwares – Manutenção (Conta de
Resultado)

• Crédito – Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante)

46
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

18. Como registrar contabilmente a


plantação de árvores para vender o insumo
para a indústria de papel e celulose?
Os ativos que serão registrados não estão contemplados pelos CPC 29 –
Ativo Biológico, respeitando o não alcance constantes nos itens 1 a 5 do
pronunciamento.

Suponha que a empresa MLFG Indústria de Madeiras S.A tenha planta-


do 90.000 (noventa mil) árvores, ao custo de R$ 50.500,00 (cinquenta mil
e quinhentos reais), para vendê-las à uma indústria de papel e celulose
após sua extração.

Assim, teremos o seguinte registro contábil:

Débito – Recursos Florestais (Ativo Não Circulante)

Crédito – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)

47
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

19. Como registrar contabilmente


benfeitorias em bens de terceiros?

É fundamental esclarecer que benfeitoria é a obra útil realizada em pro-


priedade que aumente o seu valor ou, ainda, a obra realizada em bens
móveis ou imóveis com a intenção de conservá-lo, melhorá-lo ou embe-
lezá-lo, como, por exemplo, o aumento da área de um imóvel, agregado,
construído, com objetivo de ajustá-lo às necessidades de utilização da
empresa.

Regra geral, essas benfeitorias são feitas em bens, móveis ou imóveis, de


propriedade da própria empresa (ou entidades, com ou sem fins lucra-
tivos), porém, é muito comum as empresas utilizarem bens de proprie-
dade de terceiros para o desenvolvimento de suas atividades por meio
de contrato de locação, arrendamento ou comodato.

Ao longo do período de utilização do bem de propriedade de terceiros


poderá ser necessária à realização de benfeitorias por conta do locatário,
arrendatário ou comodatário, para as quais não haja a previsão de ressar-
cimento ou compensação por parte do proprietário do bem, ou, mesmo
havendo, seja o ressarcimento ou compensação apenas parcial.

Quando essas benfeitorias não alteraram nenhuma característica do bem


nem lhe atribua acréscimo de vida útil, normalmente são registradas
como despesa de manutenção e conservação.

Por sua vez, a realização de benfeitorias com valor relevante e vida útil
superior a 1 (um) ano, que se fossem realizadas em bens próprios seriam
agregadas ao custo do bem no “Ativo Imobilizado (AI)” ou fariam parte de
obras civis e benfeitorias, passando também a integrar o “Ativo Imobiliza-
do (AI)” da empresa, figurando na conta contábil “Benfeitorias em Bens
de Terceiros (AC)”.

Em resumo, as benfeitorias em bens de terceiros que ora analisaremos:

48
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

• são obras de valor relevante e vida útil superior a 1 (um) ano


realizadas em bens locados, arrendados ou recebidos em como
dato;

• integram o subgrupo “Ativo Imobilizado (AI)”, do grupo “Ativo


Não Circulante (ANC)”, do Balanço Patrimonial (BP) da empresa;

•não têm previsão de ressarcimento ou compensação pelo real


proprietário do bem.

É fundamental esclarecer que benfeitoria é a obra útil realizada em pro-


priedade que aumente o seu valor ou, ainda, a obra realizada em bens
móveis ou imóveis com a intenção de conservá-lo, melhorá-lo ou embe-
lezá-lo, como, por exemplo, o aumento da área de um imóvel, agregado,
construído, com o

Conforme dispõe o Parecer Normativo CST nº 104/1975, quando as ben-


feitorias atribuírem ao bem prazo de vida útil igual ou inferior a 1 (um)
ano ou se tratarem de despesas de conservação e reparos, tal como pin-
tura de imóvel, manutenção de máquina para deixá-la em condição de
uso, os custos correspondentes deverão ser contabilizados diretamente
como despesas operacionais, dedutíveis.

Já quando as benfeitorias atribuírem ao bem prazo de vida útil superior a


1 (um) ano, salvo disposições especiais, deverão ser registradas em conta
do subgrupo “Ativo Imobilizado (AI)” para ser depreciado ou amortizado,
conforme o caso.

No que se refere aos tipos de benfeitorias, prescreve o artigo 96 do Códi-


go Civil (CC/2002) que elas podem ser:

a) necessárias: benfeitorias necessárias são àquelas que se destinam


à conservação do bem ou que evitem que ele se deteriore, tais como:
i) reparos do telhado de um imóvel; ii) reparos no motor de um camin-
hão; iii) a substituição dos sistemas elétricos e hidráulico danificados de
um máquina; iv) etc. Portanto, esse tipo de benfeitoria tem característica
básica de manutenção ou conserto, simplesmente;

49
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

b) úteis: benfeitorias úteis são as obras que aumentam ou facilitam o


uso do bem, tais como: i) a construção de garagem em um imóvel; ii) a
instalação de grades protetoras numa máquina; iii) o fechamento de uma
varanda de um imóvel; iv) etc. Esse tipo de benfeitoria torna o bem mais
confortável, seguro, bem como ampliam sua utilidade;

c) voluptuárias: as benfeitorias voluptuárias são àquelas de mero de-


leite ou recreio, que não aumentam ou facilitam o uso habitual do bem
(não se enquadram nas letras “a” e “b”), ainda que o tornem mais agradáv-
el ou sejam de elevado valor, tais como as seguintes benfeitorias real-
izadas em imóveis: i) obras de jardinagem, de decoração ou alteração
meramente estética como cerca viva; ii) colocação de coluna romanas
no hall de entrada; iii) construção de lago para embelezamento do local;
iv) etc.

Registra-se que, conforme Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), salvo


expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias
introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem
como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o
exercício do direito de retenção pelo locatário.

As benfeitorias voluptuárias não serão indenizáveis, podendo ser levan-


tadas pelo locatário, finda a locação, desde que sua retirada não afete a
estrutura e a substância do imóvel.

A título de exemplo, suponhamos que a empresa fictícia MLFG Indústria


e Comércio de Eletrônicos Ltda., empresa com sede no Município de Belo
Horizonte/MG, alugou um imóvel pelo prazo contratual de 5 (cinco) anos
para instalação de uma filial (unidade fabril), mas que, para poder efe-
tivamente utilizar o mesmo em suas atividades operacionais necessita
instalar um galpão extra para o setor administrativo que ficará agregado
definitivamente ao imóvel.

50
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

No que se refere às informações da obra, temos os seguintes dados:

• Dados da benfeitoria: o galpão foi construído nos primeiros 6


(seis) meses de aluguel, tendo vida útil superior ao prazo de
utilização restante;

• Valor gasto com a benfeitoria: R$ 130.000,00 (cento e trinta


mil reais);

• Valor do ressarcimento: R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais),


dedutíveis/compensáveis/ressarcíveis do valor das 48 (quarenta
e oito) últimas prestações do aluguel, em parcelas iguais e
sucessivas;

• Valor do aluguel: 60 (sessenta) mensalidades de R$ 3.500,00


(três mil e quinhentos reais) cada;

• Dados das primeiras mensalidades: as 12 (doze) primeiras


mensalidades seriam no valor de R$ 3.500,00
(três mil e quinhentos reais) cada.

Durante a construção do galpão, a MLFG registrou os gastos incorridos


na conta “Imobilizado em Andamento (AI)”, no subgrupo “Ativo Imobiliza-
do (AI)”. Assim, após a conclusão da obra, o custo da construção deverá
ser transferido para a conta definitiva do “Ativo Imobilizado (AI)”, relativa-
mente à parcela não ressarcível, ou “Realizável a Longo Prazo (RLP)”, rela-
tivamente à parcela ressarcível.

51
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

a) Registro contábil dos gastos incorridos na construção de um


galpão em propriedade de terceiros:

Débito – Imobilizado em Andamento (Ativo Imobilizado)


.................130.000,00

Crédito – Fornecedores (Passivo Circulante)


................. 130.000,00

b) Registro contábil dos gastos incorridos na construção de um


galpão em propriedade de terceiros:

• Débito – Benfeitorias em Bens de Terceiros – Galpão


(Ativo Imobilizado) ......................... 91.000,00

• Débito – Benfeitorias em Bens de Terceiros – Galpão (Ativo Não


Circulante – Realizável a Longo Prazo) .............................39.000,00

• Crédito – Imobilizado em Andamento (Ativo Imobilizado)


............................................................. 130.000,00

Atenção para as observações:

• Valor correspondente aos R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais) que serão
ressarcidos pelo locador, ou seja, 30% (trinta por cento) de R$ 130.000,00
(cento e trinta mil reais).

• À medida que for se aproximando a época do ressarcimento, deverá


ser transferido parcelas do “Realizável a Longo Prazo (RLP)” para o “Ativo
Circulante (AC)”, observando-se a seguinte regra:

a) no grupo “Ativo Circulante (AC)” deverá figurar as parcelas


ressarcivéis ATÉ o término do exercício seguinte;

b) no subgrupo Realizável a Longo Prazo (RLP), do grupo “Ativo Não


Circulante (ANC)”, deverá figurar as parcelas ressarcíveis APÓS o térmi
no do exercício seguinte.

52
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

20. Como registrar contabilmente os


valores relativamente a DEPRECIAÇÃO,
AMORTIZAÇÃO E/OU EXAUSTÃO dos bens?
Sergio Iudicibus conceitua a depreciação, em vários momentos, como
sendo:

“(...) a depreciação é simplesmente a diferença entre o valor de mercado do


equipamento no fim e no início do período.”

Iudicibus, continua:

“(...) Na prática e, mais ainda, dentro dos princípios atuais, conquanto se pos-
sa discutir a depreciação à luz de várias abordagens (inclusive linearmente
à metodologia de fluxos descontados), é a amortização do custo “racional”
utilizado. Não se trata, assim, de um processo valorativo, mas meramente
alocativo de custos passados para despesa deos períodos futuros... de forma
sistemática e racional... Entretanto, podemos talvez assegurar muito mais a
sistematicidade do que a racionalidade.”

53
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

A depreciação é, sem dúvida, uma questão matemática e por isso ressal-


tamos os grupos dos métodos existentes na literatura contábil:

• método de quotas constantes;


• métodos de quotas variáveis;
• métodos de quotas crescentes;
• métodos de quotas decrescentes;

O método de quotas constantes, o mais conhecido na prática, e matem-


aticamente alocado como linha reta, repousa nas seguintes premissas
principais:

• depreciação é função do tempo, e não do uso;


• não se leva em conta o fator custo de capital;
• a eficiência do equipamento é constante durante os anos.

Conforme o item 45 do CPC 27 – Ativo Imobilizado, um componente sig-


nificativo de um item do ativo imobilizado pode ter a vida útil e o método de
depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método de depreciação
de outro componente significativo do mesmo item. Esses componentes po-
dem ser agrupados no cálculo da despesa de depreciação. Aplicável tanto
para depreciação, como para amortização, bem como para exaustão.

54
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Agora vamos a exemplos práticos de contabilizações, no entanto, an-


tes de iniciarmos a materialização do assunto é necessário destacar
que podemos ter dois modelos de registros e impactos: SOCIETÁRIO e
TRIBUTÁRIO.

No contexto SOCIETÁRIO podemos adotar os métodos expostos acima


e, sobretudo, a vida útil de cada bem considerando um estudo específ-
ico de função do tempo, eficiência e outros critérios relevantes para a
existência material e imaterial dos bens. Com tal, poderemos mensurar
a taxa de depreciação com base em métodos matemáticos e realidade
dos fatos.

Já no contexto TRIBUTÁRIO não podemos, necessariamente, adotar os


métodos acima, pois é necessário seguir taxas e tempo de vida útil con-
forme norma publicada pela Receita Federal do Brasil, há mais de 20 anos
desatualizada. Claro, é possível adotar os métodos expostos no contexto
societário, sim, desde que haja autorização prévia pela Receita Federal do
Brasil, ou seja, não deixa de ser censurada pelo fisco. Portanto, na prática
podemos obter o seguinte cenário:

Bem Vida Útil – Vida Útil – Taxa de Taxa de Registro


Fiscal Societária Depreciação Depreciação Contábil
Fiscal Contábil será?
Veículo de 4 anos8 anos 25% a.a. 12,5% a.a. O registro
Transporte (com estudos contábil será
específicos feito conforme
executados por taxa de
especialistas)
depreciação
contábil.

55
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Agora sim, vamos a prática:

Suponha que a Empresa MLFG Indústria de Produtos de Informática pos-


sui em seu ativo imobilizado os seguintes bens:

a) Veículo de Transporte
• O custo do bem foi de R$ 250.000,00;
• A vida útil fiscal, conforme a norma tributária, é de 4 anos, por
tanto a taxa de depreciação será de 25% a.a.;

• Logo, o valor da depreciação mensal, no contexto tributário


será de: (250.000 x 25% a.a.)/12 = 5.208,33;

• Já no contexto societário, a vida útil será de 8 anos, e,


portanto, a taxa de depreciação será de 12,5% a.a.;

• Então, no contexto societário, o valor da depreciação mensal


será de: (250.000 x 12,5% a.a.)/12 = 2.604,16;

b) Máquinas para o Processo industrial


• O custo do bem foi de R$ 400.000,00;
• A vida útil fiscal, conforme a norma tributária, é de 10 anos,
portanto a taxa de depreciação será de 10% a.a.;

• Logo, o valor da depreciação mensal, no contexto tributário


será de: (400.000 x 10% a.a.)/12 = 3.333,33;

• Já no contexto societário, a vida útil será de 16 anos, e,


portanto, a taxa de depreciação será de 6,25% a.a.;

• Então, no contexto societário, o valor da depreciação mensal


será de: (400.000 x 6,25% a.a.)/12 = 2.083,33;

56
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

Agora vamos a contabilização mensal relativamente a depreciação, e as


considerações das diferenças entre as taxas efetivamente no registro:

i. Registro contábil da depreciação, no contexto societário:

• Débito – Despesa/Custo com Depreciação/Amortização/Ex


austão ............................................................................................ 4.687,49

• Débito – PIS a Recuperar .................................... “valor a definir


conforme regra tributária”

• Débito – COFINS a Recuperar ............................ “valor a definir


conforme regra tributária”

• Crédito – (-) Depreciação Acumulada de Veículos


(Ativo Imobilizado – Não Circulante) ..................................... 2.604,16

• Crédito – (-) Depreciação Acumulada de Máquinas e


Equipamentos (Ativo Imobilizado – Não Circulante)
............................. 2.083,33

ii. Caso a empresa apure o IRPJ e CSLL pelo Lucro Real, logo
teremos o seguinte:

• Considerando que a despesa reconhecida foi somente relativa-


mente ao contexto societário, temos uma diferença que precisa ser
reconhecida, ainda, para que seja computado no lucro real;

• Reconhecido contabilmente, acima, foi de R$ 4.687,49;


• Fiscalmente é permitido a dedutibilidade de R$ 8.541,66;
• Logo, a diferença não precisa ser contabilizada, mas registra
da no Livro de Apuração do Lucro Real, especificamente na
Escrituração Contábil Fiscal (projeto SPED – Sistema Público de
Escrituração Digital), no montante de R$ 3.854,17, como exclusão
ao lucro, imprimindo assim, inserção de despesa fiscal na apuração
do lucro real.

57
Fatos Contábeis Relativos as Aquisições de Ativo
Imobilizado, Intangível e Ativos Naturais

58
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

Capítulo 4

FATOS CONTÁBEIS INVESTIMENTOS


EM PARTICIPAÇÕES PERMANENTES EM
SOCIEDADES EMPRESARIAIS

59
Fatos Contábeis Investimentos em Participações
Permanentes em Sociedades Empresariais

21. Como registrar contabilmente


investimentos feitos em uma outra empresa,
caracterizando participação societária na
condição de Controladora?
A participação em outras sociedades nas quais se detenham o controle
será especificamente registrado em contas do grupo de INVESTIMENTOS.
Exceto sociedades de propósito específico. Vale ressaltar que as partic-
ipações societárias serão avaliadas, na adoção inicial, conforme regra
vigente na Lei nº 6.404/1976 (art. 64, Lei nº 12.973/2014), não gerando
ocorrências de controle em subcontas de adoção inicial para todas as
parcelas integrantes do custo de aquisição (art. 173, §2º, Instrução Nor-
mativa SRF nº 1515/2014).

Assim, teremos o seguinte registro contábil:

• Débito – Participações Permanentes em Controladas – No País


(Ativo Não Circulante – Investimentos)

• Crédito – Caixa e/ou Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante)

60
Fatos Contábeis Investimentos em Participações
Permanentes em Sociedades Empresariais

22. Como registrar contabilmente


investimentos feitos em uma outra empresa,
caracterizando participação societária na
condição de Coligada?
A participação em outras sociedades nas quais se detenham o controle
será especificamente registrado em contas do grupo de INVESTIMENTOS.
Exceto sociedades de propósito específico. Vale ressaltar que as partic-
ipações societárias serão avaliadas, na adoção inicial, conforme regra
vigente na Lei nº 6.404/1976 (art. 64, Lei nº 12.973/2014), não gerando
ocorrências de controle em subcontas de adoção inicial para todas as
parcelas integrantes do custo de aquisição (art. 173, §2º, Instrução Nor-
mativa SRF nº 1515/2014).

Assim, teremos o seguinte registro contábil:

• Débito – Participações Permanentes em Coligadas – No País


(Ativo Não Circulante – Investimentos)

• Crédito – Caixa e/ou Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante)

61
Fatos Contábeis Investimentos em Participações
Permanentes em Sociedades Empresariais

23. Quando há lucros ou prejuízos nos


investimentos feitos, sejam nas condições de
COLIGADAS ou CONTROLADAS, como registrar
contabilmente?
A participação societária em outras empresas, podem gerar resultados
positivos ou negativos, e podem ser avaliadas por dois métodos:

• método do custo;
• método de equivalência patrimonial

Assim, teremos o seguinte registro contábil:

a) quando houver ganho de capital na participação societária, pelo


método de equivalência patrimonial:

Débito – (+) Ganho na Alienação de Participações Permanentes


em Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos)

Crédito – Resultados Positivos em Participações Societárias Avalia


das pelo Método de Equivalência Patrimonial (Conta de Resultado
– Outras Receitas Descontinuadas)

62
Fatos Contábeis Investimentos em Participações
Permanentes em Sociedades Empresariais

b)quando houver ganho de capital na participação societária, pelo


método de custo:

Débito – (+) Ganho na Alienação de Participações Perma


nentes em Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante
– Investimentos)

Crédito – Lucros e Dividendos Derivados de Participações Soci-


etárias Avaliadas pelo Custos de Aquisição (Conta de Resultado –
Outras Receitas Descontinuadas)

c) quando houver prejuízo na participação societária, pelo método de


equivalência patrimonial:

Débito – Resultados Negativos em Participações Societárias


Avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial
(Conta de Resultado – Outras Despesas Descontinuadas)

Crédito – (-) Perda na Alienação de Participações Permanentes em


Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos)

d) quando houver prejuízo na participação societária, pelo método de


custo:
Débito – Prejuízos Derivados de Participações Societárias
Avaliadas pelo Custos de Aquisição (Conta de Resultado – Outras
Despesas Descontinuadas)

Crédito – (-) Perda na Alienação de Participações Permanentes em


Sociedade Empresariais (Ativo Não Circulante – Investimentos)

63
Fatos Contábeis Relativos as Compras de Mercadorias, Insumos e Outros Itens

64
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito,
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)

Capítulo 5

FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE AS


OPERAÇÕES DE VENDAS NO CARTÃO
DE CRÉDITO E DÉBITO, VENDAS POR
DUPLICATAS E OPERAÇÕES COM
FACTORING (FOMENTO MERCANTIL)
65
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito,
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)

24. Venda realizada através de cartão


de crédito e débito, como registrar
contabilmente?
• Débito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber
• Crédito – Receita da Revenda de Mercadorias/ Venda de
Produtos /Prestação de Serviços

A realização da venda através de cartão de crédito ou débito acontece


conforme disponibilização do vendedor como uma forma de recebi-
mento, como se fosse uma duplicata, ou até mesmo um boleto, assim o
controle do recebimento acontecerá através de recurso destinado pela
operadora financeira, desta forma necessitará de um extrato para tal pro-
cedimento e esse, necessariamente, será conciliado.

66
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito,
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)

25. Como será contabilizado o recebimento


dos recursos das vendas realizadas através
de cartões de créditos e débitos? ?
• Débito – Bancos conta movimento
• Débito – Tarifas Bancárias/Cartões de Créditos-Débitos
(Despesas Financeiras)

• Crédito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber


Geralmente orientamos que a operação de recebimento deverá ser
registrada por lote de recebimentos, e a conciliação deverá ser feita
através de composições de saldos, ou seja, uma aglomeração de valores
relativas as vendas recebidas em um registro somente de recebimento.

26. Como será contabilizado a TARIFA


das vendas realizadas através de cartões
de crédito e débitos, INDEPENDENTE do
recebimento??
• Débito – Tarifas Bancárias/Cartões de Créditos-Débitos
(Despesas Financeiras)

• Crédito – Cartões de Créditos ou Débitos a Receber


O registro contábil reduz o valor a receber, e não extraí valores do
disponível líquido, BANCOS DIRETAMENTE, pois somente efetivará o
não recebimento ou propriamente o “pagamento”, quando o recurso
efetivamente não for recebido.

67
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito,
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)

27. Contabilização das operações de


desconto de duplicatas no valor de
R$ 20.000,00, sendo que os encargos
respectivos foram de R$ 1.000,00; como
ocorrerão?

a) Pelo registro contábil do desconto creditado em conta corrente:


• Débito – Bancos Conta Movimento
• Crédito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)
• Valor R$ 20.000,00
b) Pelo registro contábil do débito bancário, relativo a juros e encar-
gos sobre a operação de desconto de duplicatas:

• Débito – (-) Encargos Financeiros a Apropriar (Passivo Circulante)


• Crédito – Bancos Conta Movimento
• Valor R$ 1.000,00

c) Pelo registro contábil da liquidação da duplicata descontada pelo


cliente:

• Débito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)


• Crédito – Duplicatas a receber (Ativo Circulante)
• Valor R$ 20.000,00

68
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito,
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)

28. Qual o motivo de registrar as


duplicatas descontadas no passivo
circulante?
A operação de desconto de uma duplicata é uma operação financei-
ra onde a empresa, detentora de um crédito (“Duplicatas a Receber”, “Cli-
entes” etc) antecipa seu recebimento junto ao banco, que cobra juros por
essa operação.

A empresa assume responsabilidade solidária em relação a esta duplica-


ta descontada. Ou seja, caso o cliente não realize o pagamento das dupli-
catas junto ao banco a empresa será cobrada solidariamente.

A classificação da conta “Duplicatas Descontadas” sofreu alteração após


a Lei 11.941/09. Antes era classificada como Retificadora das contas “Du-
plicatas a Receber” do Ativo Circulante. Agora é classificada no Passivo
Exigível, visto que se trata de verdadeiro financiamento bancário.

29. Caso o cliente não liquidar a duplicata


que antes foi debitada pelo banco, na re-
spectiva operação de duplicatas antecipa-
das, como será o registro contábil?
• Débito – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)
• Crédito – Banco Conta Movimento
Basicamente acontecerá a devolução do recurso, em tese, do recurso re-
cebido.

69
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito,
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)

30. Como será apresentado a estrutura


patrimonial do grupo de contas de
Duplicatas Descontadas?
Passivo Circulante ..................................................80.000,00

Duplicatas Descontadas................................... 100.000,00

(-) Encargos Financeiros a Apropriar............... (20.000,00)

Basicamente os valores serão apresentados conforme contratos de duplica-


tas descontadas, e assim constituídos conforme cada operação, porém no
geral, será desta forma.

31. Como funcionará a movimentação dos


encargos financeiros a apropriar?
Os encargos financeiros pagos antecipadamente, como é o caso de des-
conto de duplicatas, devem ser apropriados pelo período a que compe-
tirem.

Desta forma teremos:

Exemplo:

Juros debitados em desconto de duplicata de R$ 290,00, relativa ao perío-


do de 29 dias. O desconto foi efetuado em 20.11 e a duplicata vencerá em
19.12:

Nota: nos cálculos de rateio de encargos financeiros, considera-se o dia


da operação e exclui-se o dia do vencimento.

70
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito,
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)

Lançamento por ocasião do desconto:

D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante)

C – Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante)

Valor: R$ 290,00

No balancete de 30.11, se apropriará a despesa financeira proporcional,


relativa ao período de 20.11 a 30.11:

Despesa financeira relativa a 11 dias de novembro:

R$ 290,00 dividido por 29, vezes 11, igual a R$ 110,00.

Despesa financeira a transcorrer de 01.12 a 19.12 (18 dias, porque no cál-


culo de rateio exclui-se o dia do vencimento do título):

R$ 290,00 – R$ 110,00 = R$ 180,00.

Contabilização relativa à transferência da despesa financeira incorrida


em novembro:

D – Juros sobre Desconto de Duplicatas (Conta de Resultado)

C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante)

Valor: R$ 110,00

Em dezembro, faz-se lançamento semelhante, só que com o valor do sal-


do dos encargos a apropriar (R$ 180,00).

71
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Vendas no Cartão de Crédito e Débito,
Vendas por Duplicatas e Operações com Factoring (Fomento Mercantil)

72
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

Capítulo 6

FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE


AS OPERAÇÕES DE SERVIÇOS
TOMADOS/PRESTADOS COM
RETENÇÕESTRIBUTÁRIAS
73
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

32. Qual a dica inicial para entender os


registros contábeis dos serviços, sejam
tomados ou prestados?
Geralmente costumamos ensinar com a seguinte dica:

• Todos os serviços TOMADOS, os tributos retidos deverão ser


RECOLHIDOS;

• Todos os serviços PRESTADOS, os tributos retidos deverão


ser COMPENSADOS;

33. Como será o registro contábil do SERVIÇO


TOMADO com tributos retidos?
• Débito – Serviços Tomados de Pessoa Jurídicas (Despesas)
• Crédito – Banco Conta Movimento/Fornecedores
• Crédito – ISS a Recolher
• Crédito – IRRF a Recolher
• Crédito – CSRF a Recolher
• Crédito – Outros Tributos Retidos a Recolher

74
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

De forma simples, os serviços tomados, no momento da retenção tribu-


tária irão gerar uma obrigação, e assim, os valores pagos efetivamente
serão menores do que o valor da efetiva despesa, pois a diferença será
repassada para o governo, seja em qualquer esfera municipal ou federal.

34. Como será o registro contábil do SERVIÇO


PRESTADO com tributos retidos?
• Débito – Bancos Conta Movimento/Clientes
• Débito – ISS a Compensar
• Débito – IRRF a Recuperar
• Débito – PIS Retido a Recuperar
• Débito – COFINS Retido a Recuperar
• Débito – CSLL Retida a Recuperar
• Crédito – Receita da Prestação de Serviços
De forma simples, os serviços prestados, no momento da retenção
tributária irão gerar um direito, e assim, os valores expostos de tributos a
recuperar serão efetivamente compensados no processo de recolhimen-
to periódico.

75
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

76
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água,
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)

Capítulo 7

FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE AS


FATURAS DE CONSUMO (CONSUMO DE
ÁGUA, TELEFONE, INTERNET, ENERGIA
ELÉTRICA ETC.)
77
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água,
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)

35. Como registrar contabilmente o


consumo de água?
• Débito – Despesa com Consumo de Água (parte relativamente a
gastos administrativos)

• Débito – Custo com Consumo de Água (parte relativamente a


gastos do processo produtivo)

• Crédito – Consumo de Água a Pagar

36. Como registrar contabilmente o


consumo de telefone?
• Débito – Despesa com Consumo de Telefone (parte relativa
mente a gastos administrativos)

• Débito – Custo com Consumo de Telefone (parte relativamente


a gastos do processo produtivo)

• Crédito – Consumo de Telefone a Pagar

78
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água,
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)

37. Como registrar contabilmente o


consumo de internet?

• Débito – Despesa com Consumo de Internet


(parte relativamente a gastos administrativos)

• Débito – Custo com Consumo de Internet (parte relativamente a


gastos do processo produtivo)

• Crédito – Consumo de Internet a Pagar

79
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água,
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)

38. Como registrar contabilmente


o consumo de energia elétrica para
empresas que podem recuperar os tributos
envolvidos?
• Débito – Despesa com Consumo de Energia Elétrica
(parte relativamente a gastos administrativos)

• Débito – Custo com Consumo de Energia Elétrica


(parte relativamente a gastos do processo produtivo)

• Débito – Tributos a Recuperar (PIS, COFINS e ICMS) –


(Ativo Circulante)

• Crédito – Consumo de Energia Elétrica a Pagar

Desta forma, podemos notar que há o envolvimento do direito da recu-


peração do tributo em virtude da norma fiscal/tributária, assim, os va-
lores a reconhecer na despesa ou no custo serão valores a menor do que
o efetivamente consumido, pois a diferença será compensada, através de
tributos embutidos no consumo, diretamente na apuração fiscal periód-
ica.

80
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água,
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)

39. Como registrar contabilmente o


consumo de energia elétrica para empresas
que não podem recuperar os tributos
envolvidos?
• Débito – Despesa com Consumo de Energia Elétrica
(parte relativamente a gastos administrativos)

• Débito – Custo com Consumo de Energia Elétrica


(parte relativamente a gastos do processo produtivo)

• Crédito – Consumo de Energia Elétrica a Pagar

81
Fatos Contábeis Relativamente as Faturas de Consumo (Consumo de Água,
Telefone, Internet, Energia Elétrica etc.)

82
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

Capítulo 8

FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE


AS RECEITAS DAS REVENDAS DE
MERCADORIAS, VENDAS DE PRODUTOS
E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
83
Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de Mercadorias, Vendas de
Produtos e Prestações de Serviços

40. Como registrar contabilmente as


revendas de mercadorias?

• Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento


• Crédito – Receita da Revenda de Mercadorias

Não iremos apresentar os registros de custos das mercadorias vendidas


nesse tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos so-
bre as vendas.

Somente em tópicos posteriores.

41. Como registrar contabilmente as


vendas de produtos industrializados?

• Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento


• Crédito – Receita da Venda de Produtos Produzidos

Não iremos apresentar os registros de custos dos produtos vendidos nesse


tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos sobre as
vendas.

Somente em tópicos posteriores.

84
Fatos Contábeis Relativamente as Receitas das Revendas de Mercadorias, Vendas de
Produtos e Prestações de Serviços

42. Como registrar contabilmente as


prestações de serviços?
• Débito – Cliente/Bancos Conta Movimento
• Crédito – Receita da Prestação de Serviços

Não iremos apresentar os registros de custos das mercadorias vendidas


nesse tópico e não serão apresentados os registros contábeis de tributos so-
bre as vendas.

Somente em tópicos posteriores.

85
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

86
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

Capítulo 9

FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE A


FOLHA DE PAGAMENTO

87
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

43. O registro contábil do adiantamento da


folha de pagamento, como será?

• Débito – Adiantamento de salários (Ativo Circulante)


• Crédito – Banco Conta Movimento

Lembrando que o adiantamento é efetuado, muitas vezes, de forma quin-


zenal, ou até o dia 20 de cada mês, a depender da política da empresa ou
da categoria, e caso o empregado opte por tal procedimento.

44. Porque registrar contabilmente


as PROVISÕES DE NATUREZA TRABALHISTAS,
relativamente a FÉRIAS e DÉCIMO TERCEIRO
SALÁRIOS, se ainda não foram efetivamente
concretizados?
O item 10 da NBCTG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativo Con-
tingentes, bem como o mesmo item do CPC 25, com a mesma nomen-
clatura da norma citada, informa o seguinte:

(...)

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.

(...)

88
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

O item 11, da mesma norma, continua:

As provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pa-
gar e passivos derivados de apropriações por competência (accruals) porque
há incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para
a sua liquidação. Por contraste:

(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços
fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acor-
dados com o fornecedor; e

(b) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são


passivos a pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não
tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o fornecedor,
incluindo valores devidos a empregados (por exemplo, valores relacionados
com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja necessário estimar
o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do
que nas provisões.

Os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são fre-


quentemente divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as
provisões são divulgadas separadamente.

Desta forma, entendemos que as Férias e Décimo Terceiros respeitam tais


critérios, além do item 14, 15, 16 e 17 da mesma norma, e assim devem ser
reconhecidas mensalmente, mesmo não havendo gozo das férias e até
mesmo o pagamento efetivo do décimo terceiro salário, porém o recon-
hecimento paulatino, tempestivo, e evolutivo do processo de reconheci-
mento da obrigação da empresa e direito do empregado, é fato.

89
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

45. O registro contábil da provisão de


natureza trabalhista das férias, como será?
• Débito – Despesa com Férias
• Débito – Custo com Férias
• Crédito – Férias (Passivo Circulante – Provisões de Natureza
Trabalhista)

O registro contábil das provisões de natureza trabalhista é realizado em


respeito a alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual,
tais como:

Competência

Prudência

Tempestividade

Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta


de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo.

90
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

46. O registro contábil do INSS sobre


a provisão de natureza trabalhista das
férias, como será?
Débito – Despesa com INSS

Débito – Custo com INSS

Crédito – INSS sobre Férias (Passivo Circulante –


Provisões de Natureza Trabalhista)

O registro contábil do INSS sobre Férias, classificado no mesmo grupo de


contas das provisões de natureza trabalhista, é realizado em respeito a
alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como:

Competência

Prudência

Tempestividade

Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta


de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo.

91
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

47. O registro contábil do FGTS sobre


a provisão de natureza trabalhista das
férias, como será?
• Débito – Despesa com FGTS
• Débito – Custo com FGTS
• Crédito – FGTS sobre Férias (Passivo Circulante – Provisões de
Natureza Trabalhista)

O registro contábil do FGTS sobre Férias, classificado no mesmo grupo


de contas das provisões de natureza trabalhista, é realizado em respeito
a alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como:

Competência

Prudência

Tempestividade

Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta


de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo.

92
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

48. O registro contábil da provisão de


natureza trabalhista do décimo terceiro
salário, como será?
Débito – Despesa com Décimo Terceiro Salário

Débito – Custo com Décimo Terceiro Salário

Crédito – Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante – Provisões


de Natureza Trabalhista)

O registro contábil do Décimo Terceiro Salário, classificado no mesmo


grupo de contas das provisões de natureza trabalhista das férias, é re-
alizado em respeito a alguns itens normativos da NBCTG 00 – Estrutura
Conceitual, tais como:

Competência

Prudência

Tempestividade

Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta


de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo.

93
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

49. O registro contábil do INSS sobre


provisão de natureza trabalhista do décimo
terceiro salário, como será?
• Débito – Despesa com INSS
• Débito – Custo com INSS
• Crédito – INSS sobre Décimo Terceiro Salário
(Passivo Circulante – Provisões de Natureza Trabalhista)

O registro contábil do INSS sobre Décimo Terceiro Salário, classificado no


mesmo grupo de contas das Provisões de Natureza Trabalhistas do Déci-
mo Terceiro Salário, é realizado em respeito a alguns itens normativos da
NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como:

Competência

Prudência

Tempestividade

Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta


de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo.

94
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

50. O registro contábil do FGTS sobre


provisão de natureza trabalhista do décimo
terceiro salário, como será?
• Débito – Despesa com FGTS
• Débito – Custo com FGTS
• Crédito – FGTS sobre Décimo Terceiro Salário
(Passivo Circulante – Provisões de Natureza Trabalhista)

O registro contábil do FGTS sobre Décimo Terceiro Salário, classificado no


mesmo grupo de contas das Provisões de Natureza Trabalhistas do Déci-
mo Terceiro Salário, é realizado em respeito a alguns itens normativos da
NBCTG 00 – Estrutura Conceitual, tais como:

Competência

Prudência

Tempestividade

Muita atenção na conta onde estamos CREDITANDO, não é uma conta


de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com possibilidade real de
ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e prazo.

95
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

51. Como será feito o registro contábil da


folha de pagamento?
Naturalmente o registro contábil dependerá o processo de registro da
folha de pagamento, no ambiente do processo operacional do Dep. Pes-
soal, no entanto, em regra, entendemos que o mais interessante para
aprender é através do registro contábil de quarta fórmula, que segue:

O, não é uma conta de EFETIVA obrigação, mas sim um PROVISÃO, com


possibilidade real de ocorrer, mas ainda não há concretização de valor e
prazo.

• Débito – Despesa com Ordenados e Salários


• Débito – Custo com Ordenados e Salários
• Débito – Salário Família (Ativo Circulante)
• Crédito – INSS Recolher
• Crédito – IRRF a Recolher
• Crédito – Contribuições Confederativas ou Associativismo a
Recolher

• Crédito – Adiantamento de Salários (Ativo Circulante)


• Crédito – Salários a Pagar
Destaco o registro contábil do SALÁRIO FAMÍLIA que há muitas dúvidas em
relação ao registro direto em conta própria, no entanto, é necessário entend-
er a essência da existência de tal, haja vista que é possível quando se pagar
diretamente na folha de pagamento, o desconto efetivo na apuração do
INSS, e assim, essa possibilidade de compensar em tal, caracteriza o SALÁRIO
FAMILIA em direito absoluto, sobretudo contábil, e tão logo o registro se con-
cretiza, de fato, em ATIVO CIRCULANTE, para posteriormente, o saldo, em
tese, zerar.

96
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

52. Como será feito o registro contábil do


FGTS sobre a Folha de Pagamento?
• Débito – Despesa com FGTS
• Débito – Custo com FGTS
• Crédito – FGTS a Recolher

53. Como será feito o registro contábil do


adiantamento do Décimo Terceiro Salário?
Alguns chamam o adiantamento do décimo terceiro salário, de primeira
parcela do décimo, e esse é meramente um adiantamento, e deverá ser
registrado contabilmente da seguinte forma:

• Débito – Adiantamento do Décimo Terceiros Salário


• Crédito – Bancos Conta Movimento

97
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

54. Como será feito o registro contábil do


Décimo Terceiro Salário, efetivamente?
O registro contábil do Décimo Terceiro Salário efetivo, diferentemente
das Provisões de Natureza Trabalhista que devem ser executados durante
o período de aquisição do direito do empregado, e, portanto, a constitu-
ição de uma obrigação da empresa. Esse é o momento em que há de fato
a necessidade de concretizar a possibilidade (provisões) em OBRIGAÇÃO
de FATO.

• Débito – Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante – Provisões


de Natureza Trabalhista)

• Crédito – INSS a Recolher (Atenção NÃO é o INSS sobre DÉCIMO),


é o INSS descontado dos funcionários

• Crédito – IRRF a Recolher


• Crédito – Adiantamento do Décimo Terceiro Salário
• Crédito – Décimo Terceiro Salários a Pagar

98
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

55. Como será feito o registro contábil do


Décimo Terceiro Salário, efetivamente?
O registro contábil do FGTS sobre o Décimo Terceiro Salário efetivo, dif-
erentemente das Provisões de Natureza Trabalhista que devem ser ex-
ecutados durante o período de aquisição do direito do empregado, e,
portanto, a constituição de uma obrigação da empresa. Esse é o mo-
mento em que há de fato a necessidade de concretizar a possibilidade
(provisões) em OBRIGAÇÃO de FATO.

• Débito – FGTS sobre o Décimo Terceiro Salário


(Passivo Circulante – Provisões de Natureza Trabalhista)

• Crédito – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)

56. Como será feito o registro contábil


do INSS sobre o Décimo Terceiro Salário,
efetivamente?
O registro contábil do INSS sobre o Décimo Terceiro Salário efetivo, dif-
erentemente das Provisões de Natureza Trabalhista que devem ser ex-
ecutados durante o período de aquisição do direito do empregado, e,
portanto, a constituição de uma obrigação da empresa. Esse é o mo-
mento em que há de fato a necessidade de concretizar a possibilidade
(provisões) em OBRIGAÇÃO de FATO.

Débito – INSS sobre o Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante – Provisões


de Natureza Trabalhista)

Crédito – INSS a Recolher (Passivo Circulante)

99
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

57. Como será feito o registro contábil


das férias efetivamente gozadas pelo
funcionário?
Inicialmente é necessário registrar, em regra, o adiantamento das férias,
que ocorre dois dias antes do gozo efetivo:

• Débito – Adiantamento das Férias (Ativo Circulante)


• Crédito – Caixa ou Bancos Conta Movimento

Posteriormente, é necessário registrar o gozo efetivo das férias, desta


forma: Débito – Férias (Passivo Circulante – Provisões de Natureza Tra-
balhista)

• Crédito – INSS a Recolher (Passivo Circulante)


• Crédito – IRRF a Recolher (Passivo Circulante)
• Crédito - Adiantamento das Férias (Ativo Circulante)

É importante salientar que o INSS e o IRRF dispostos acima são valores


efetivamente pagos pelos funcionários que gozam as férias, e não pela
empresa, essas rubricas representam o simples repasse da empresa para
o governo.

100
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

58. Como será feito o registro contábil


pró-labore que é pago aos sócios?
• Débito – Pró-labore (Despesa Administrativa ou Custo do
Processo)

• Crédito – INSS a Recolher (Passivo Circulante)


• Crédito – IRRF a Recolher (Passivo Circulante)
• Crédito – Pró-labore a Pagar

59. Como será feito o registro contábil


do serviço tomado de autônomos, conhecido
também como RPA (Recibo de Pagamento a
Autônomos)?
• Débito – Serviços Tomados de Pessoas Físicas Sem Vínculos Em
pregatícios (Despesa Administrativa ou Custos)

• Crédito – INSS a Recolher (Passivo Circulante)


• Crédito – IRRF a Recolher (Passivo Circulante)
• Crédito – ISS a Recolher (Passivo Circulante)
• Crédito – Fornecedor/Caixa/Bancos Conta Movimento

101
Fatos Contábeis Relativamente a Folha de Pagamento

102
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

Capítulo 10

FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE A


CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

103
Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária

60. O que é conciliação bancária?


Conciliação bancária é a comparação do seu controle financeiro interno
com tudo o que entrou e saiu da sua conta e está lançado no extrato
bancário do mesmo período. Essencial para a saúde financeira da empre-
sa, saber com certeza quanto de saldo dispõe ajuda em várias tomadas
de decisão. Além disso, permite identificar fraudes, lançamentos errados,
valores não compensados e até compras canceladas.

De uma maneira bem resumida, conciliação bancária é comparar o ex-


trato da conta corrente da sua empresa com seu controle financeiro
interno.

61. Qual a diferença entre conciliação


bancária e fluxo de caixa?
Muitos empreendedores confundem os conceitos, o que, de fato, são dis-
tintos.

O fluxo de caixa é o registro de tudo que uma empresa paga e recebe.

Esse controle é essencial para fazer o comparativo entre os valores que


entram e os que saem, a fim de identificar como está a saúde financeira
de um negócio, ou seja, se está dando lucro ou prejuízo.

O ideal é que o registro da movimentação no fluxo de caixa seja feito di-


ariamente para evitar que algum valor se perca por não ter sido lançado.

104
Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária

Por exemplo, se sua empresa recebeu R$ 200 pela venda de um produto


e, no mesmo dia, pagou R$ 100 para um fornecedor, ambos os valores
devem ser registrados.

Ainda que, analisando grosseiramente, nesse exemplo seja possível ver


que há um saldo positivo de R$ 100, fazer isso mentalmente, ao longo
dos dias, é quase impossível.

Por isso, é bem importante que você conte com algum recurso que ajude
na composição do seu fluxo de caixa.

Muitos empreendedores começam com planilhas no Excel. No entanto,


conforme o volume de transações vai aumentando, ferramentas de au-
tomação para controle de caixa são mais indicadas.

Seja qual for a solução que utiliza no momento, saber como fazer o fluxo
de caixa sem complicação é essencial.

Já a conciliação bancária, como já explicado no item anterior, conciliação


bancária é a comparação do seu controle interno com os valores lança-
dos no seu extrato bancário.

Relacionado ao fluxo de caixa, é justamente tratar todos os valores lança-


dos nesse controle e verificar se realmente constam na sua conta.

Por exemplo, no dia 10 deste mês você anotou a venda de um produto no


valor de R$ 350. Ao fazer a conciliação bancária você irá verificar se, neste
dia ou próximo a ele, esse valor realmente caiu na sua conta.

Isso é aplicado se pagou algo. Ou seja, no dia 25 houve o pagamento do


boleto de um fornecedor no valor de R$ 500. Essa movimentação está
anotada no seu fluxo de caixa, mas precisa ter saído da sua conta.

Para constatar isso, é fundamental fazer a conciliação bancária.

105
Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária

62. Como fazer a conciliação bancária?


A conciliação contábil é um termo que muitas empresas utilizam para se
referir à conciliação bancária.

No entanto, ainda que tenham o mesmo propósito (comparar lançamen-


tos), podem ser usadas para funções distintas.

Assim, a conciliação contábil pode ser aplicada para comparações es-


pecíficas da contabilidade de uma empresa e não de movimentações
diárias, por exemplo, tributos, impostos, folhas de pagamento etc.

A conciliação contábil é utilizada para a apuração de cada conta


contábil de uma empresa. Com isso, é possível:

• evitar problemas tributários;


• contribuir para o balanço patrimonial;
• assegurar que os valores declarados estão corretos.

A maneira mais indicada de se fazer uma conciliação contábil é:

• ter um bom controle financeiro, por meio de


acompanhamento de relatórios e planilhas;

• listar todas as contas bancárias utilizadas pela empresa;


• ter um período de análise definido e cumpri-lo, que pode ser
por mês, por trimestre, por semestre ou uma vez ao ano;

• corrigir divergências apresentadas na conciliação, seja entran


do em contato como banco, ou solicitando ajuda do seu
escritório de contabilidade;

• enviar a análise ao seu contador para que seja utilizada caso


106
Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária

63. De quanto em quanto tempo deve ser


feito a conciliação bancária?
O mais indicado é que o fluxo de caixa seja alimentado todos os dias.
Já a conciliação bancária pode ter um período maior, mesmo porque,
dependendo da transação realizada, é preciso alguns dias para a com-
pensação.

Assim, a conciliação bancária pode ser feita quinzenalmente, mensal-


mente, trimestralmente, semestralmente ou mesmo anualmente (ainda
que esse período não seja o mais indicado).

Quanto a pessoa responsável por fazer a conciliação bancária, vai de-


pender muito do porte da empresa.

Por exemplo, se acabou de abrir empresa e está no início das suas ativ-
idades, é bem provável que esse controle tenha que ser feito por você.

Já empresas com mais tempo de funcionamento, e/ou que demandem


de funcionários específicos para cuidar da parte financeira, o empreende-
dor pode delegar essa tarefa.

107
Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária

64. Como realizar o registro


contábil de cheques que foram emitidos
para pagamentos e ainda não foram
compensados?
• Débito – Cheques a Compensar (Ativo Circulante)
• Crédito – Cheques a Compensar (Passivo Circulante)

Não é possível efetuar a baixa da obrigação junto ao fornecedor, haja vis-


ta que ainda não houve a compensação do cheque em questão, logo, o
registro diretamente em contas “transitórias”.

65. Como realizar o registro contábil


do cheque que foi efetuado o pagamento e,
agora, foi compensado?

• Débito – Fornecedor (Passivo Circulante)


• Débito – Cheque a Compensar (Passivo Circulante)
• Crédito – Cheques a Compensar (Ativo Circulante)
• Crédito – Bancos Conta Movimento

108
Fatos Contábeis Relativamente a Conciliação Bancária

Agora efetuamos a baixa do fornecedor com base na movimentação


bancária que foi efetivamente lastreada.

66. Como realizar o registro contábil das


tarifas bancárias?
• Débito – Tarifas Bancárias (Despesas Financeiras)
• Crédito – Bancos Conta Movimento
Efetuamos o pagamento das taxas sendo diretamente descontadas em
movimentação bancária, portanto, em regra não há documentos fiscais
comprobatórios, mas sim, apenas, o extrato da movimentação financeira.

109
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

110
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

Capítulo 11

FATOS CONTÁBEIS RELATIVAMENTE A


EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

111
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

67. O que é um empréstimo bancário?


O termo empréstimo é popularmente conhecido como um “contrato”
pelo qual uma pessoa entrega a outra pessoa um objeto, que deve ser
devolvido ao primeiro em certo prazo de mercado. É comum a utilização
do termo “empréstimo” para designar outras operações, como financia-
mento e crédito. No entanto, tais termos não são equivalentes. Enquanto
no empréstimo o valor é dado sem destinação específica, no financia-
mento existe vinculação entre o valor concedido e sua utilização. Já o
crédito, que também não tem destinação específica, é utilizado para a
satisfação de uma necessidade a curto prazo, geralmente concedido em
conta ou através de cartão de crédito, onde se tem um montante fixo dis-
ponível para uso. O empréstimo, por sua vez, não tem valor fixo, e pode
ser concedido de acordo com o pedido do cliente e sua possibilidade
de pagamento. necessário, por exemplo, em situações judiciais.

68. Qual o conceito de juros?


Juros é o rendimento que se obtém quando se empresta dinheiro por um
determinado período. Os juros são para o credor (aquele que tem algo a
receber) uma compensação pelo tempo que ficará sem utilizar o dinheiro
emprestado.

Por outro lado, quem faz um empréstimo em dinheiro ou faz uma com-
pra a crédito, geralmente terá que pagar um acréscimo pela utilização
do dinheiro ou pelo parcelamento da totalidade do valor do bem. A esse
acréscimo também se dá o nome de juro.

Para determinar o valor dos juros são definidas taxas percentuais (taxas
de juros) fixadas pelo credor.

112
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

As taxas de juros são calculadas de acordo com alguns fatores como, a


inflação em vigor, com o que foi acordado no contrato ou com o risco do
empréstimo para o credor.

As taxas podem ser maiores ou menores numa relação proporcional ao


tamanho do risco.

No Brasil, os bancos utilizam uma taxa de referência básica, criada em


1979 pelo Banco Central do Brasil, chamada Taxa Selic (Sistema Especial
de Liquidação e Custódia). Essa taxa também é utilizada na delimitação
das taxas de juros para o comércio.

No mercado financeiro, existem diversas modalidades de juros: juros sim-


ples, juros compostos, juros nominais, juros de mora, juros reais, juros ro-
tativos, juros sobre o capital próprio, entre outras.

69. Contabilmente qual a estrutura do


grupo de contas (no circulante), seja do em-
préstimo, seja do financiamento?

113
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

70. Contabilmente qual a estrutura do


grupo de contas (no não circulante), seja do
empréstimo, seja do financiamento?

71. Contabilmente qual a estrutura do


grupo de contas (no não circulante), seja do
empréstimo, seja do financiamento?
• Débito – Bancos Conta Movimento
• Débito – (-) Juros s/ Empréstimo
(Curto Prazo – Passivo Circulante)

• Débito – (-) Juros s/ Empréstimo


(Longo Prazo – Passivo Não Circulante)

• Crédito – Empréstimo XXXYYY -


(Curto Prazo – Passivo Circulante)

• Crédito – Empréstimo XXXYYY -


(Longo Prazo – Passivo Não Circulante)

114
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

Ressalto que os valores precisam ser muito observados, pois teremos o


seguinte:

Bancos Conta Movimento = valor que efetivamente entrou na


conta corrente;

• (-) Juros s/ Empréstimo (Curto Prazo – Passivo Circulante) = valor


relativamente aos juros e demais encargos financeiros que se refer
em ao curto prazo;

• (-) Juros s/ Empréstimo (Longo Prazo – Passivo Não Circulante) =


valor relativamente aos juros e demais encargos financeiros que se
referem ao longo prazo;

• Empréstimo XXXYYY - (Curto Prazo – Passivo Circulante) = nesta


conta será registrado o valor total da obrigação (incluindo juros e
encargos) que se referem ao curto prazo;

• Empréstimo XXXYYY - (Longo Prazo – Passivo Não Circulante) =


nesta conta será registrado o valor total da obrigação (incluindo
juros e encargos) que se referem ao longo prazo;

115
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

72. Respeitando a estrutura apresentada


anteriormente, como será o registro
contábil dos fatos relacionados as
obrigações com financiamentos de bens do
ativo imobilizado?

• Débito – Ativo Imobilizado


• Débito – (-) Juros s/ Financiamento (Curto Prazo – Passivo
Circulante)

• Débito – (-) Juros s/ Financiamento (Longo Prazo – Passivo Não


Circulante)

• Crédito – Financiamento XXXYYY - (Curto Prazo –


Passivo Circulante)

• Crédito – Financiamento XXXYYY - (Longo Prazo – Passivo Não


Circulante)

116
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

Ressalto que os valores precisam ser muito observados, pois teremos o


seguinte:

• Ativo Imobilizado = valor que efetivamente foi relacionado ao


custo de aquisição do bem;

• (-) Juros s/ Financiamento (Curto Prazo – Passivo Circulante)


= valor relativamente aos juros e demais encargos financeiros que
se referem ao curto prazo;

• (-) Juros s/ Financiamento (Longo Prazo – Passivo Não


Circulante) = valor relativamente aos juros e demais encargos
financeiros que se referem ao longo prazo;

• Financiamento XXXYYY - (Curto Prazo – Passivo Circulante) =


nesta conta será registrado o valor total da obrigação (incluindo
juros e encargos) que se referem ao curto prazo;

• Financiamento XXXYYY - (Longo Prazo – Passivo Não Circulante)


= nesta conta será registrado o valor total da obrigação (incluindo
juros e encargos) que se referem ao longo prazo;

117
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

73. Na estrutura patrimonial, como


deve ser controlado as obrigações
junto a empréstimos e financiamentos,
individualmente ou todos consolidados nas
mesmas contas do grupo patrimonial?
Entendemos que grupos individuais por contratos sejam mais interessante
para conciliação e entendimento de terceiros na estrutura patrimonial, não
há regras estabelecidas, mas a indicação segue o procedimento operacional
prático para uma ótima delimitação em caso de leitura das demonstrações
contábeis envolvidas. Além da inclusão detalhada em notas explicativas
para ficar, ainda mais, esclarecedora a informação contábil.

74. Qual o conceito de Curto Prazo


destinado a obrigações?
A classificação dos direitos e obrigações em curto e longo prazo na
contabilidade deve obedecer aos preceitos da Lei nº 6.404/1976, bem
como das Normas Brasileiras de Contabilidade.

O art. 179 da Lei das S/As em seu parágrafo único determina que:

“Na companhia em que o clico operacional da empresa tiver duração maior


que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por
base o prazo desse ciclo.”

118
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

Entende-se por ciclo operacional, na empresa industrial ou comercial, o


período que vai desde a aquisição das matérias-primas ou mercadorias
até o recebimento do valor das vendas.

Nas empresas industriais, o ciclo econômico da produção compreende:


aquisição da matéria-prima, pagamento dos salários e financiamento da
empresa durante o período de produção, mais o prazo até o recebimento
da importância da venda dos produtos.

Em regra geral, a maioria das empresas tem adotado como exercício


o período de um ano, já que o ciclo operacional delas normalmente é
inferior a esse prazo. Quando o ciclo operacional normal da empresa não
puder se identificável, presume-se que sua duração seja de 12 meses.

Logo, podemos atribuir, em regra geral que o CURTO PRAZO será do


início do ciclo operacional até o término do Ciclo Operacional seguinte.

75. Qual o conceito de Longo Prazo


destinado a obrigações?
O Ciclo Operacional de Longo Prazo somente ocorrerá nas entidades
onde o processo produtivo é demorado, como por exemplo: construção
civil pesada, construção naval, construção de equipamentos de grande
porte etc.

Este prazo não poderá ser diferente para o Ativo e para o Passivo. O
importante é ressaltar que o período usual de um ano relativo ao exercício
social, para fins de classificação contábil entre curto e longo prazo, conta
da data do encerramento do Balanço atual até 12 meses seguintes, ou
seja, a data do próximo encerramento do Balanço.

Logo, podemos atribuir, em regra geral que o LONGO PRAZO será do


início do ciclo operacional após o TÉRMINO do CURTO PRAZO.

119
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

76. Qual o conceito de Ajuste a Valor


Presente?

A contabilidade sempre teve por base os documentos fiscais que dão


base às operações, registrando as receitas em contrapartida aos ativos a
receber pelo valor transcrito do referido documento.

No entanto, com o advento da Lei 11.638/2007, foi introduzida a


necessidade de realizar os ajustes a valor presente na escrituração
contábil para demonstrar o valor real da operação na data de emissão do
demonstrativo financeiro.

A determinação da apuração do Ajuste a Valor Presente - AVP envolve


elementos do ativo e do passivo de longo prazo e todos os demais
elementos patrimoniais de curto prazo, caso tais ajustes tenham efeito
relevante nas demonstrações levantadas, em obediência ao previsto nos
artigos 183, VII e 184, III da Lei 6.404/1976 com redação dada pela Lei
11.638/2007.

Ainda foi publicada a Deliberação CVM 564/2008, que aprova o


Pronunciamento Técnico CPC nº 12 do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, que trata de Ajuste a Valor Presente.

120
Fatos Contábeis Relativamente a Empréstimos e
Financiamentos

77. Qual a diferença entre Ajuste a Valor


Presente e Ajuste a Valor Justo?
É necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor
presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por
isso, valor presente e valor justo não são sinônimos.

Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado,
ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras
do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma
transação compulsória.

Valor presente (present value) - é a estimativa do valor corrente de um


fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. Tal fluxo
de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos.

É cada vez mais comum que as entidades alonguem seus prazos de


pagamento, e desta forma, o ajuste a valor presente objetiva trazer para
o valor atual, os direitos e as obrigações da empresa que serão realizados
ou exigidos em uma data futura.

Desta forma, fundamentalmente, para se determinar o valor presente


de um fluxo de caixa, é necessário o conhecimento de diversos fatores
relevantes que interferirão na sua avaliação, como o prazo de recebimento
(ou pagamento) e taxa de juros (ou desconto) aplicável.

121
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

122
Fatos Contábeis Relativamente as Operações de Serviços
Tomados/Prestados com Retenções Tributárias

Capítulo 12

DEFINIÇÕES RELATIVAMENTE A DEPRECIAÇÃO,


AMORTIZAÇÕES, CUSTOS DAS MERCADORIAS
VENDIDAS E OUTROS CONCEITOS NECESSÁRIOS
PARA A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E ANÁLISE DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

123
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

78. Qual o conceito de Ativo Imobilizado?


Conforme a NBCTG 27 e o CPC 27, Ativo Imobilizado é o item tangível
que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou


serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período.

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos


destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com
essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a
ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

79. Qual o conceito de Valor Recuperável?


Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos de
venda de um ativo e seu valor em uso.

80. Qual o conceito de Valor Residual?


Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com
a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o
ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

124
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

81. Qual o conceito de Vida Útil?


Vida útil é: (a) o período durante o qual a entidade espera utilizar o ativo;
ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes
que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

82. Qual o conceito de Depreciação e Valor


Depreciável?
Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o
custo, menos o seu valor residual. Depreciação é a alocação sistemática
do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Valor específico
para a entidade (valor em uso) é o valor presente dos fluxos de caixa que
a entidade espera (i) obter com o uso contínuo de um ativo e com a
alienação ao final da sua vida útil ou (ii) incorrer para a liquidação de um
passivo.

125
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

83. Como deve se proceder quanto ao custo


inicial de um ativo imobilizado?
Itens do ativo imobilizado podem ser adquiridos por razões de segurança
ou ambientais. A aquisição de tal ativo imobilizado, embora não
aumentando diretamente os futuros benefícios econômicos de qualquer
item específico já existente do ativo imobilizado, pode ser necessária
para que a entidade obtenha os benefícios econômicos futuros dos
seus outros ativos. Esses itens do ativo imobilizado qualificam-se para o
reconhecimento como ativo porque permitem à entidade obter benefícios
econômicos futuros dos ativos relacionados acima dos benefícios que
obteria caso não tivesse adquirido esses itens. Por exemplo, uma indústria
química pode instalar novos processos químicos de manuseamento a fim
de atender às exigências ambientais para a produção e armazenamento
de produtos químicos perigosos; os melhoramentos e as benfeitorias
nas instalações são reconhecidos como ativo porque, sem eles, a
entidade não estaria em condições de fabricar e vender tais produtos
químicos. Entretanto, o valor contábil resultante desse ativo e dos ativos
relacionados deve ter a redução ao valor recuperável revisada de acordo
com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável
de Ativos.

126
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

84. Quais os custos que compreendem o


ativo imobilizado?
• seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e
impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os
descontos comerciais e abatimentos;

• quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local


e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;

• a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item


e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item
é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado
período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse
período.

127
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

85. Qual o conceito de Estoques, conforme


a norma contábil?
Estoques são ativos: (a) mantidos para venda no curso normal dos
negócios; (b) em processo de produção para venda; ou (c) na forma de
materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no
processo de produção ou na prestação de serviços.

Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda,


incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por varejista para
revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também
compreendem produtos acabados e produtos em processo de produção
pela entidade e incluem matérias-primas e materiais, aguardando
utilização no processo de produção, tais como: componentes, embalagens
e material de consumo. Os custos incorridos para cumprir o contrato com
o cliente, que não resultam em estoques (ou ativos dentro do alcance de
outro pronunciamento), devem ser contabilizados de acordo com o CPC
47 – Receita de Contrato com Cliente.

128
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

86. O que compreende o custo do estoque?


O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição
e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto
ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

87. O que compreendem os custos de


transformação?
Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção,
como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação
sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam
incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos
indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente
constantes independentemente do volume de produção, tais como a
depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas,
equipamentos e ativos de direito de uso utilizados no processo de
produção e o custo de gestão e de administração da fábrica. Os custos
indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente,
ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais
indiretos e certos tipos de mão de obra indireta.

129
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

88. Quais os exemplos de itens não


incluídos no custo dos estoques e
reconhecidos como despesa do período em
que são incorridos?
• valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros
insumos de produção;

• gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao


processo produtivo entre uma e outra fase de produção;

• despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao


seu local e condição atuais; e

• despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e


serviços aos clientes.

89. Quando os custos são efetivamente


reconhecidos no resultado?
Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve
ser reconhecido como despesa do período em que a respectiva receita é
reconhecida. A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor
realizável líquido e todas as perdas de estoques devem ser reconhecidas
como despesa do período em que a redução ou a perda ocorrerem.
A quantia de toda reversão de redução de estoques, proveniente de
aumento no valor realizável líquido, deve ser registrada como redução
do item em que for reconhecida a despesa ou a perda, no período em
que a reversão ocorrer.

130
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

Alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas do


ativo, como, por exemplo, estoques usados como componentes de ativos
imobilizados de construção própria. Os estoques alocados ao custo de
outro ativo devem ser reconhecidos como despesa durante a vida útil e
na proporção da baixa desse ativo.

90. Qual a finalidade das Demonstrações


Contábeis?
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da
posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade.

O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação


acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos
de caixa da entidade que seja útil a muitos usuários em suas avaliações e
tomada de decisões econômicas.

As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados


da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades
na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer
a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação
da entidade acerca do seguinte:

131
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

(a) ativos;

(b) passivos;

(c) patrimônio líquido;

(d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;

(e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos


proprietários e distribuições a eles; e

(f) fluxos de caixa.

Essas informações, juntamente com outras informações constantes das


notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis a
prever os futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o
grau de certeza de sua geração.

132
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

91. Quais as demonstrações contábeis


existentes?
O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(a) balanço patrimonial ao final do período;

(b) demonstração do resultado do período;

(c) demonstração do resultado abrangente do período;

(d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do


período;

(e) demonstração dos fluxos de caixa do período;

(f) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis


significativas e outras informações elucidativas;

(g) demonstração do valor adicionado do período;

Lembrando que a EMPRESA pode usar outros títulos nas demonstrações


em vez daqueles usados em normas brasileiras de contabilidade, desde
que não as contrarie.

133
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

92. Como calcular o índice de liquidez


corrente, no ambiente contábil?
Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da
empresa frente a suas obrigações. Sendo de grande importância para a
administração da continuidade da empresa, as variações destes índices
devem ser motivos de estudos para os gestores.

As informações para o cálculo destes índices são retiradas unicamente


do Balanço Patrimonial, demonstração contábil que evidência a posição
patrimonial da entidade, devendo ser atualizadas constantemente para
uma correta análise. Atualmente estuda-se 4 índices de liquidez, e um
deles é o LIQUIDEZ CORRENTE:

Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da empresa


(caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo
(empréstimos, financiamentos, impostos, fornecedores, folha de
pagamento).

No Balanço estas informações são evidenciadas respectivamente


como Ativo Circulante e Passivo Circulante.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

134
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

93. Como calcular o índice de liquidez seca,


no ambiente contábil?
Similar a liquidez corrente a liquidez Seca exclui do cálculo acima os
estoques, por não apresentarem liquidez compatível com o grupo
patrimonial onde estão inseridos. O resultado deste índice será
invariavelmente menor ao de liquidez corrente, sendo cauteloso com
relação ao estoque para a liquidação de obrigações.

Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

94. Como calcular o índice de liquidez


imediata, no ambiente contábil?
Índice conservador, considera apenas caixa, saldos bancários e aplicações
financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações. Excluindo-se
além dos estoques as contas e valores a receber. Um índice de grande
importância para análise da situação a curto-prazo da empresa.

Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante

135
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

95. Como calcular o índice de liquidez geral,


no ambiente contábil?
Este índice leva em consideração a situação a longo prazo da empresa,
incluindo no cálculo os direitos e obrigações a longo prazo. Estes valores
também são obtidos no balanço patrimonial.

Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo


Circulante + Passivo Não Circulante)

96. Qual a importância dos índices de


endividamento, no ambiente contábil?
Estes índices revelam o grau de endividamento da empresa.

A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de


obtenção de recursos da empresa.

Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios


(Patrimônio Líquido) ou de Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a
Longo Prazo) e em que proporção.

Na Análise do Endividamento há necessidade de detectar as características


deste indicador:

136
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

1) Empresas que recorrem a dívidas como um complemento de Capitais


Próprios para realizar aplicações produtivas no seu Ativo (ampliação,
expansão, modernização etc.). Este endividamento é sadio, mesmo sendo
um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos
para saldar o compromisso assumido.

2) Empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas


que estão vencendo. Por não gerarem recursos para saldar os seus
compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo
este círculo vicioso, a empresa será uma séria candidata à insolvência e,
consequentemente, à falência.

137
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

97. Como calcular o Índice de Endividamento


Geral, no ambiente contábil?
Mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada por credores.

EG = Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo X 100 Ativo


total (ou Passivo Total)

• Para avaliar o risco da empresa = “quanto maior, pior”. Para a empresa


pode ocorrer que o endividamento lhe permita melhor ganho, porém,
associado ao maior ganho estará um maior risco.

• Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação


Capitais de Terceiros/Patrimônio Líquido menor a liberdade de decisões
financeiras da empresa ou maior a dependência a esses terceiros.

• Do ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a


empresa trabalhar com Capitais de Terceiros, se a remuneração paga a
esses capitais for menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação
nos negócios

138
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

98. Como calcular o Índice de Composição


do Endividamento, no ambiente contábil?
Este índice tem o objetivo de demonstrar a política adotada para captação
de recursos de terceiros. Pode-se identificar através desse índice se a
empresa concentra seu endividamento a curto ou longo prazo.

CE = Passivo Circulante Passivo Circulante X 100 Passivo Circulante +


Passivo Exigível a Longo Prazo

99. Como calcular o Índice Exigível a Longo


Prazo/Patrimônio Líquido, no ambiente
contábil?
Mede a relação exigível a longo prazo e patrimônio líquido.

ELP/PL = Exigível a longo prazo x 100 Patrimônio Líquido

Este número só é significativo frente à luz do negócio da empresa.


Empresas com grandes montantes de Ativos Imobilizados, Fluxos de
caixa estáveis, ou ambos tendem a ter este índice muito alto.

139
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

100. Quais as definições de Análise Vertical


e Horizontal das Demonstrações Contábeis?
Esses dois tipos de análises ajudam a interpretar de maneira significativa
todos os valores apresentados no conjunto de demonstrações
financeiras, como por exemplo, o balanço patrimonial e o Demonstrativo
de Resultados do Exercício (DRE).

As demonstrações financeiras ajudam a comparar empresas de


tamanhos diferentes, do mesmo setor ou não. Para os empreendedores
e investidores, essas comparações são importantes para determinar se o
empreendimento em questão é ou não um investimento atraente.

As análises horizontal e vertical são bem semelhantes, com os valores


relatados sendo convertidos em porcentagens. No entanto, as abordagens
diferem na base usada para calcular essas porcentagens.

140
Definições Relativamente a Depreciação, Amortizações, Custos das Mercadorias Vendidas e
Outros Conceitos Necessários para a Escrituração Contábil e Análise das Demonstrações Financeiras

De qualquer forma, os dois tipos de análises também contribuem para


manter o controle financeiro de um empreendimento, por isso, neste
artigo, você confere mais detalhes sobre as análises vertical e horizontal,
além de dicas de como realizá-las em sua empresa.

As análises vertical e horizontal contribuem para a simplificação no


entendimento das demonstrações financeiras, especialmente para
facilitar a comparação entre empresas de tamanhos diferentes, uma vez
que buscam entender a dinâmica da operação de um empreendimento.

Em um exemplo, se a empresa A possui R$ 3.000.000 em dívidas e a


empresa B possui R$ 30.000.000 em dívidas, o consenso diria que a
empresa A é menos arriscada que a empresa B.

Mas, na verdade, não temos como saber, porque não conhecemos as


posições de caixa das empresas A e B, quão lucrativas elas são, entre
outros indicadores financeiros que, quando analisados, podem mostrar
uma resposta diferente do que inicialmente imaginamos.

É aí que essas duas formas de análise ajudam, avaliando as demonstrações


de resultados e balanços de empresas de diferentes tamanhos, para que
seja possível uma comparação mais aprofundada.

141
É Possivel Adquirir Prática da Escrituração Contábil Sem Ter Experiência?

101
É possível adquirir prática da escrituração
contábil sem ter experiência?

Sim, totalmente possível, exatamente, com o curso Formação em Analista


Contábil, onde os Professores Marcos Lima, Fellipe Guerra e Catarina
Amaral, juntos, constituem um aglomerado de informações práticas que
conseguem entregar todos os registros contábeis de uma empresa, e
juntos, apresentarão débitos, créditos, fazer análises, elaborar balancetes,
balanços, e encerrar cada uma das Demonstrações Contábeis para todo
tipo de empresa, seja do Simples, Lucro Presumido ou Real… E até o fim
desse treinamento, você terá entendido como dominar na prática as
contabilizações de cada uma dessas operações.

Não é mais novidade para nenhum profissional que a formação de


Ciências Contábeis não é garantia nenhuma de um futuro promissor para
quem deseja seguir carreira.

E se você perguntasse, “mas Professores, vocês não estão sendo severos


demais com essa afirmação?” Eu diria que não… O fato é que os estudos
aplicados nas Faculdades e Cursos Técnicos ensinam a Contabilidade de
maneira muito teórica, e até mesmo a Teoria aplicada nesses estudos, é
insuficiente, pois é extremamente ultrapassada.

Se já é difícil se manter atualizado com as pautas sistemáticas hoje em


dia, você acha que vai conseguir se manter adaptado e atualizado com
base em especialistas do século passado? Entendemos que não!

142
É Possivel Adquirir Prática da Escrituração Contábil Sem Ter Experiência?

Entenda, não estamos descredibilizando nenhum teórico importante


para aquisição das Ciências Contábeis, até porque eles funcionam como
base para o entendimento desses estudos, no entanto, seus conceitos e
teorias aplicadas, precisam ser atualizadas à realidade moderna.

A falta dessa atualização tem tornado cada vez mais comum que
profissionais do Setor Contábil, entrem no mercado sem nenhum
conhecimento Prático sobre sua própria área de atuação, refletindo
consequentemente na empresa em que trabalha, e desse jeito, não tem
como atingir a qualificação exigida pelo mercado.

143
É Possivel Adquirir Prática da Escrituração Contábil Sem Ter Experiência?

144

Você também pode gostar