Você está na página 1de 14

Níveis de Asseguração dos Relatórios de Sustentabilidade: Uma Análise das 50 Maiores

Empresas do Brasil

DARA PATRÍCIA DOS SANTOS


Universidade Estadual de Londrina - UEL
ANA CAROLINA DOS SANTOS SILVA
Universidade Estadual de Londrina - UEL
ANA PAULA MESSIAS DA SILVA
Universidade Estadual de Londrina - UEL
LUCIANO GOMES DOS REIS
Universidade Estadual de Londrina - UEL

Resumo

O objetivo do presente artigo foi analisar como são divulgados os processos de asseguração
dos Relatórios de Sustentabilidade das 50 maiores empresas por faturamento do Brasil entre
os anos de 2014 e 2016. Justifica-se pela importância e o crescimento da divulgação de
relatórios de asseguração pelas organizações na atualidade, mesmo que essa atividade possua
caráter facultativo. Para cumprir os objetivos da pesquisa utilizou-se a metodologia descritiva,
qualitativa e documental. Os dados foram coletados e analisados mediante a técnica de análise
de conteúdo. Após a coleta e análise de dados verificou-se que, das 50 maiores empresas do
Brasil, 36 empresas divulgaram seus relatórios em 2014. Já no ano de 2015 houve a
publicação por parte de 35 empresas e em 2016 ocorreu a divulgação de relatórios de
sustentabilidade por 33 empresas. Foram divulgados pelas empresas da amostra um total de
104 relatórios durante o período abordado. Destas, 46% obtiveram asseguração, com maior
aderência no ano de 2014, com 50% de relatórios assegurados. Do total de relatórios
assegurados, 79% foram realizadas por empresas Big Four de Auditoria, com destaque a
KPMG, assegurando 55% dos relatórios assegurados da subamostra. Concluiu-se pelo
presente estudo que apesar da divulgação dos relatórios de sustentabilidade possuir caráter
facultativo, grande parte das empresas além de optarem pela divulgação, ainda asseguram
esses relatórios com o objetivo de demonstrar de maneira segura e transparente, sua
responsabilidade e compromisso para com seus acionistas, o meio ambiente e a sociedade.

Palavras chave: Asseguração, Relatório de Sustentabilidade, Big Four.

1
1. Introdução

No contexto empresarial brasileiro, acrescentar valor a organização é um requisito


muito valorizado por executivos. Quando este pressuposto é integrado ao controle interno,
como uma ferramenta das áreas administrativa, financeira e operacional, poderá favorecer o
crescimento do negócio, além de proporcionar um ambiente seguro para o processo de tomada
de decisão e fortalecer os métodos de revisão e auditoria.
Em conformidade com a NBC TA 200 (R1) – Objetivos Gerais do Auditor
Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, o
auditor tem papel significativo como auxiliar da administração de uma empresa, visto que esta
função, através de técnicas e procedimentos específicos, visa averiguar falhas nos processos,
advertir sobre a veracidade dos fatos encontrados, minimizar as não conformidades e atuar de
maneira preventiva para manter a eficiência operacional e financeira bem como, resguardar o
patrimônio.
Ao considerar a importância do trabalho de auditoria, especialmente para os usuários
externos às organizações, verifica-se que, na atualidade, além de realizar-se a auditoria das
Demonstrações Financeiras, algumas organizações realizam um processo semelhante à
auditoria independente, em relatórios divulgados de forma não obrigatória, como os
Relatórios de Sustentabilidade. Dessa forma, sua asseguração tende a evidenciar aos usuários
o desempenho ambiental, social e econômico da organização, desse modo, transmitindo seu
papel fundamental com a metodologia de avaliação, confiabilidade e transparência nas
informações apresentadas (Zaro, Pastre, &Alberton, 2015).
No Brasil, o processo de asseguração é regulado de acordo com as Normas Brasileiras
de Contabilidade — De Asseguração Contábil (NBC TO), especificamente a Emissão de
Relatório de Asseguração Relacionado com Sustentabilidade e Responsabilidade Social (NBC
CTO 01), emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). As organizações têm a
possibilidade de estruturar o relatório de asseguração de sua maneira, porém, um dos padrões
utilizados pelas empresas, reconhecido mundialmente, é o Global Reporting Initiative (GRI),
sendo considerado uma das bases para a elaboração dos relatórios de sustentabilidade, cuja
finalidade é propor o desenvolvimento e divulgar as procedências a serem realizadas. Existem
também outros modelos de avaliação, por exemplo, o Balanço Social Ibase, Código de
Conduta Global, dentre outros (CT IBRACON Nº XX/2012).
Internacionalmente, encontra-se em destaque as normas AA1000 e a International
Standard on Assurance Engagements (ISAE3000), desenvolvida pelo International Auditing
and Assurance Standards Board (IAASB), da International Federation of Accountants
(IFAC). Estas normas contém os padrões divulgados através do desenvolvimento para a
verificação dos relatórios de sustentabilidade, contendo os critérios e procedimentos a serem
realizados. (Brown, De Jong, & Levy, 2009; Alberton, Silveira, & Vicente, 2016).
O trabalho de asseguração difere-se de auditoria e revisão (NBC TO 3000). A
preparação do relatório é um ato facultativo, visto que sua demonstração não é obrigatória e
não poderá ser confundida com as notas explicativas, devendo ser classificada como
informação suplementar às demonstrações contábeis. Segundo Gomes (2012), o objetivo dos
Relatórios de Sustentabilidade é transmitir aos usuários e as partes interessadas de forma
transparente os valores e princípios corporativos, as práticas de gerenciamento e o
desempenho da organização. A autora ainda ressalta que tais relatórios são resultado de um
processo que visa identificar, mensurar e prestar contas sobre as ações das organizações tendo
em vista a sustentabilidade.
Diante o exposto, sobrevém neste estudo, responder o seguinte problema de pesquisa:
como são apresentados os processos de asseguração dos relatórios de sustentabilidade das 50
maiores empresas por faturamento do Brasil? O objetivo da pesquisa é analisar como são
2
divulgados os processos de asseguração dos Relatórios de Sustentabilidade das 50 maiores
empresas por faturamento do Brasil entre os anos de 2014 e 2016. Portanto, verificar quais
empresas divulgam ou não seus relatórios de sustentabilidade, identificando os responsáveis
pela sua asseguração, bem como, os níveis classificados da sua estrutura de acordo com as
diretrizes da Global Reporting Initiative.
Esta pesquisa justifica-se pela importância e o crescimento da divulgação de relatórios
de asseguração pelas organizações na atualidade, mesmo que essa atividade possua caráter
facultativo. Conforme ressalta o GRI (2012) […] “a organização publica um relatório de
sustentabilidade porque acredita que o relatório beneficiará a organização de alguma forma”.
Neste contexto, Carreira e Palma (2012) destaca que através desses relatórios, as
organizações têm a oportunidade de comunicarem a todas as suas partes interessadas qual tem
sido seu percurso e qual o caminho que pretendem seguir, considerando os impactos das suas
atividades em termos econômicos, ambientais e sociais.

2. Revisão da Literatura

2.1 Relatórios de sustentabilidade

Diversos estudos tratam sobre a temática de relatórios de sustentabilidade (Simnett,


Vanstraelen e Chua, 2009, Park e Brorson 2005, Perego e Kolk, 2012). Esses relatórios são
destinados a apoiar e facilitar a realização dos objetivos de uma empresa, abordando seus
riscos e oportunidades, questões de sustentabilidade de forma sistemática além de outros tipos
de informações ambientais, sociais e econômicas (Park e Brorson, 2005). Já Perrini (2005)
alega que a divulgação dos relatórios de sustentabilidade demonstra o desenvolvimento de
uma empresa socialmente responsável. Por outro lado, Gray (2010) alega que por não existir
um modelo padrão para a elaboração desse relatório, ele acaba sendo um relatório que não
causa impacto ao desenvolvimento sustentável.
De acordo com o GRI (2006), este documento deve divulgar como está o desempenho,
seus compromissos, estratégia e gestão da organização, fornecendo informações equilibradas
e sensatas de seus resultados benéficos bem como os adversos, obtidos em um determinado
período de tempo. O GRI ainda menciona que a elaboração de relatórios de sustentabilidade
visa medir, divulgar e prestar contas para stakeholders internos e externos do desempenho
organizacional tendo em vista o desenvolvimento sustentável.
As informações contidas nos relatórios de sustentabilidade que seguirão os princípios
definidos pelo GRI, deverão possuir o objetivo de que sejam utilizadas como ferramentas de
auto diagnóstico, sendo eles, materialidade, inclusão dos stakeholders, contexto de
sustentabilidade, abrangência, equilíbrio, comparabilidade, exatidão, periodicidade, clareza e
confiabilidade. Após a finalização do relatório de sustentabilidade, deverá ser realizada a
declaração do nível de aplicabilidade do GRI através da estrutura do conteúdo. Os critérios de
relatos apresentam três níveis de aplicação: C, B e A, de acordo com as informações
apresentadas (GRI, 2006).
Entretanto, uma organização poderá alegar um ponto a mais (+) nos níveis, resultando
em C+, B+ ou A+, com a verificação externa dos relatórios provenientes de consultorias
especializadas ou empresas de auditoria. Além disso, a organização por intermédio da
auditoria externa sobre a auto declaração do nível de aplicação, poderá disponibilizar o
relatório de sustentabilidade ao GRI para a emissão de declaração do Exame do Nível de
Aplicação. Na próxima seção, serão abordados os aspectos de asseguração vinculados aos
relatórios de sustentabilidade.

3
2.2 Asseguração dos relatórios de sustentabilidade (Assurance)

Da mesma maneira que o relatório de sustentabilidade, a asseguração independente


não tem obrigatoriedade de publicação. Contudo, a relevância da asseguração presente na
divulgação, demonstra-se imprescindível para validar as informações apresentadas com
transparência e confiabilidade, construindo um vínculo eficaz com os stakeholders da
organização (Perego e Kolk, 2012). Para Simnett et al. (2009) a confiança dos usuários
depositadas na entidade aumenta através do processo de asseguração.
O Global Reporting Initiative (2013) destaca as principais características para a
asseguração dos relatórios de sustentabilidade: a) as organizações deverão considerar a
escolha de profissionais com conhecimento em sustentabilidade e competência na divulgação
de asseguração; b) utilizar provedores de garantia externa, com o intuito de que o objetivo do
seu trabalho seja realizado de forma imparcial e independente; c) a fundamentação das
informações deverá ser evidente implementando-se de forma organizada; d) verificar em qual
nível encontra-se de acordo com as diretrizes do GRI; e) avaliar o conteúdo do relatório,
identificando se há uma apresentação do desenvolvimento da empresa considerando a clareza
das informações e; f) disponibilizar as conclusões ao público e declarar a relação do
responsável pela asseguração com o encarregado pelo relatório.
No Brasil, além de normas pertinentes à orientação de auditores independentes sobre a
realização dos trabalhos de asseguração, existem as Normas Brasileiras de Contabilidade —
De Asseguração Contábil (NBC TO) que estabelece o Trabalho de Asseguração Diferente de
Auditoria e Revisão (NBC TO 3000) e a Emissão de Relatório de Asseguração Relacionado
com Sustentabilidade e Responsabilidade Social (NBC CTO 01), aprovadas pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC). Essas normas são equivalentes as normas internacionais
emitidas pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB).
A NBC TO 3000 (2009) refere-se ao termo “Trabalho de Asseguração Razoável” para
trabalhos com o resultado de um nível de risco consideravelmente baixo. Com essa base será
possível à emissão de uma conclusão positiva. O “Trabalho de Asseguração Limitada” remete
a um trabalho com o nível de risco aceitável nas circunstâncias. Entretanto, seu nível ficará
superior em relação à Asseguração Razoável. Deste modo, a emissão da conclusão ficará
negativa. Verifica-se, então, que o auditor independente encontra-se desprovido de qualquer
informação sujeita à Asseguração Limitada com alterações relevantes.
No processo de asseguração, conforme a NBC TO 3000 (2009), também é necessário
depreender ao planejamento, execução e emissão. Portanto, no planejamento, será observado
o alcance, a ênfase, a época e a condução do trabalho, enquanto no período da execução, os
critérios e objetos estabelecidos dos trabalhos, deverão ser revisados constantemente, de modo
que, o resultado esteja enquadrado nos requisitos mínimos estipulados pela norma.
Os normativos da AA1000 Assurance Standard (AA1000AS), indicam dois tipos de
processos de assurance em sustentabilidade. O tipo 1, verifica a utilização dos três princípios
da Accountability, sendo eles, os princípios da inclusão, relevância e responsabilidade. O tipo
2 assemelha-se ao tipo 1, diferenciando-se pelo fato de analisar também a confiabilidade da
informação de desempenho sustentável. O nível de assurance poderá ser classificado em
elevado ou moderado, com a possibilidade em obter-se ambos os níveis no processo de
asseguração.

4
Quadro 1 – Características de Assurance Elevado ou Moderado.

Garantia de assurance elevado Garantia de assurance


moderado

A entidade responsável pelo A entidade responsável pelo


assurance alcança um nível de assurance alcança um nível de
assurance elevado quando assurance moderado quando
obtiver evidências suficientes obtiver evidências suficientes
para fundamentar a sua para fundamentar a sua
Objetivo declaração, sendo a margem de declaração, sendo a margem de
erro da sua conclusão muito erro da sua conclusão pouco
reduzida, mas não zero. Um reduzida, mas não muito
assurance de nível elevado reduzida ou zero. Um nível de
permite que os utilizadores assurance moderado permite
tenham um elevado nível de aumentar o nível de confiança
confiança nas informações que os utilizadores tenham em
divulgadas por uma organização relação às informações
relativamente ao assunto a que divulgadas por uma organização
aquela se refere. relativamente ao assunto a que
aquela se refere.

Não restritas Menos abrangentes

Quanto aos princípios: Quanto aos


Evidências de fontes e grupos princípios:Evidências de fontes
internos e externos, incluindo as e grupos internos; evidências
partes interessadas; evidências recolhidas sobretudo ao nível
recolhidas em todos os níveis da dos órgãos de gestão da
organização. organização.

Quanto à informação Quanto à informação


Características das evidências específica de específica de
desempenho:Recolha desempenho:Recolha
aprofundada e abrangente de limitadamente aprofundada de
evidências, incluindo a obtenção evidências, incluindo inquérito e
de elementos comprovativos procedimentos analíticos com
com amostras satisfatórias nos amostras limitadas nos níveis
níveis mais baixos da mais baixos da organização,
organização. A ênfase está na quando necessário. A ênfase
fiabilidade da informação. está na plausibilidade da
informação.

Quanto aos Quanto aos


princípios:Conclusão relativa à princípios:Conclusão relativa à
natureza e nível de adesão natureza e nível de adesão
baseada nas informações baseada nas informações
divulgadas pela organização. divulgadas pela organização,
nos procedimentos adoptados e
Declaração Quanto à informação no trabalho desenvolvido.
específica de
desempenho:Conclusão Quanto à informação
relativa à fiabilidade. específica de
desempenho:Conclusão
relativa à fiabilidade baseada
nos procedimentos adotados.

Fonte: AA1000AS - Assurance Standard, Accountability(2008).

5
O planejamento do processo de assurance da AA1000AS (2008) requer o
desenvolvimento de um método claro e objetivo para verificação e avaliação das evidências
conforme a dimensão do trabalho a ser produzido. Sua execução deverá incluir a análise da
organização e o nível de utilização dos princípios da AA1000AS. Desse modo, deverá ser
realizada uma declaração a fim de garantir as informações contidas no relatório.
Podem existir diversos motivos que induzam as empresas a procurar um responsável
para assegurar seu relatório de sustentabilidade. Para Jones, Hillier e Comfort (2014), isso
ocorre pelo interesse dos stakeholders em saber como as empresas estão lidando com suas
responsabilidades sociais e ambientais. Já para Higgins et al. (2014), as organizações buscam
obter legitimidade devido as pressões institucionais.
De acordo com Gomes (2012), a norma International Standard on Assurance
Engagements (ISAE 3000) tem o objetivo de orientar os profissionais executores dos
trabalhos de asseguração conforme seus princípios e procedimentos essenciais para a
realização de auditorias não financeiras, como a Ambiental, Social, de Sustentabilidade,
Auditorias de Sistemas de Informação, Controle Interno e Procedimentos de Gestão
corporativa, Concessões, Contratos e Regulamentos.
Diante do exposto, mesmo que as empresas não sejam obrigadas a emitir os relatórios
de sustentabilidade assegurados, sua prática está direcionada a um ambiente de legitimação
das organizações. Existem diversos estudos anteriores relacionados à asseguração de
relatórios de sustentabilidade, cujo assunto será abordado no próximo tópico, com destaque
para os aspectos que diferenciam a presente pesquisa.

2.3 Estudos anteriores sobre asseguração de relatórios de sustentabilidade

A asseguração de relatórios de sustentabilidade tem sido a temática de estudo de


vários pesquisadores. Kolk e Perego (2010) realizaram uma pesquisa envolvendo 212
empresas listadas entre as 250 Fortune Global com o objetivo de investigar quais os fatores
determinantes para as empresas adotarem a asseguração de seus relatórios de sustentabilidade.
Foram analisados um total de 341 relatórios. Os resultados do estudo constataram que 1/3 dos
relatórios de sustentabilidade são assegurados. Aponta-se um aumento na emissão de
relatórios de sustentabilidade de 39,6% (84 relatórios em 1999) para 68,9% (146 relatórios em
2005). As declarações de garantia que acompanham esses relatórios aumentaram de 21,4%
em 1999 para 30,8% em 2005. Outra constatação desse estudo foi que a adoção de relatórios
de asseguração está significativamente influenciada pelo ambiente legal em que uma empresa
opera. Portanto, essa decisão depende do nível de conscientização sobre sustentabilidade
presente em determinado país.
Já Simnett, Vanstraelen e Chua, (2009) voltaram seu estudo para o mercado de
asseguração. Os autores mencionam que o trabalho de asseguração de relatórios de
sustentabilidade nem sempre é feito por empresas de auditoria. Foram analisados 2.113
relatórios de diversas empresas, em 31 países diferentes entre os anos de 2002 a 2004. Através
da análise dos resultados foi possível concluir que independente da escolha pela empresa que
irá assegurar seus relatórios, o motivo das organizações buscarem a asseguração de seus
relatórios de sustentabilidade está relacionado com o desejo de melhorar a credibilidade da
informação divulgada. Um outro resultado obtido foi que países nos quais há influência
significativa de stakeholders, são mais propensos a escolher empresas de auditoria para
assegurar seus relatórios.
Zaro, Pastre e Alberton (2015) analisaram quais os critérios que norteiam os auditores
na emissão dos relatórios de asseguração constantes nos relatórios de sustentabilidade das
empresas que compõe a carteira do ISE. Foram analisadas 26 empresas classificadas quanto
6
ao nível de governança corporativa que divulgaram seus relatórios de sustentabilidade. Desse
total 69% das empresas adotaram a pratica de asseguração, onde 71% se submeteram a
auditoria independente. Verificou-se que as empresas que emitem seus relatórios de
asseguração e declaração de garantia utilizaram-se das normas NBC TO 3000, seguida da
AA1000AS. Os autores ainda concluíram que o aumento da divulgação de relatórios de
sustentabilidade pelas empresas, demonstra sua preocupação em assegurar a suas partes
interessadas sua transparência e confirmar sua responsabilidade socioambiental.
Domenico, Tormem e Mazzioni (2017) realizaram uma pesquisa envolvendo 93
empresas listadas na BM&FBovespa no ano de 2014 com o objetivo de analisar o nível de
disclosure nos relatórios de sustentabilidade em conformidade com o Global Reporting
Initiative (GRI). Em seus resultados, os autores observaram que há um nível baixo de
evidenciação pelas empresas, de informações que compreendem os grupos de indicadores do
GRI. Do total da amostra, cerca de 30% das empresas, atendem até 50 itens dos 150 que o
relatório propõe. Os autores concluíram que mesmo com um aumento na divulgação dos
relatórios de sustentabilidade, as empresas ainda carecem de adaptações para atender aos
indicadores do GRI, melhorando a qualidade e elevando a transparência dos relatórios
divulgados.
Os estudos anteriores relacionados nessa seção, de Kolk e Perego (2010), Simnett,
Vanstraelen e Chua (2009), Zaro, Pastre e Alberton (2015) e Domenico, Tormem e Mazzioni
(2017), abordaram a temática de asseguração dos relatórios de sustentabilidade sobre diversos
enfoques. Esta pesquisa se diferencia dos estudos apresentados, pois abordará em quais níveis
estão classificados os relatórios de sustentabilidade assegurados divulgados entre os anos de
2014 e 2016 das 50 maiores empresas do Brasil. Também irá destacar quais empresas foram
responsáveis por sua asseguração e quais destas pertencem ao grupo das Big Four de
Auditoria, visualizando os aspectos de asseguração sob uma ótica diferenciada.

3. Procedimentos Metodológicos

Sob a perspectiva metodológica, a presente pesquisa qualifica-se por ser de natureza


descritiva, qualitativa e documental. Em relação aos métodos de pesquisa utilizados, este
trabalho caracteriza-se por objetivos, como descritiva, tende a analisar e descrever os níveis
de asseguração dos relatórios de sustentabilidade das 50 maiores empresas do Brasil entre os
anos de 2014 e 2016. Segundo Gil (2010), a pesquisa descritiva tem por finalidade a descrição
das características de determinada população. Triviños (2008) ainda nos diz que essa pesquisa
é utilizada para obter dados sobre algo que já foi definido como problema a ser analisado,
sendo assim, seu objetivo é descrever os fatos ocorridos na realidade.
A análise do trabalho acadêmico enquadra-se na forma qualitativa, que de acordo com
Otani e Fialho (2011), pesquisas qualitativas têm como principais características a
interpretação de fenômenos e comportamentos e a atribuição de seus significados. Martins e
Theóphilo (2007) mencionam que através do método qualitativo é possível estabelecer
análises que irão descrever, explicar e interpretar acontecimentos.
Quanto aos procedimentos, considera-se pesquisa documental. Segundo Beuren
(2014), essa tipologia possibilita organizar informações, introduzir uma nova importância e
adequar-se como fonte de pesquisa. Seu caráter é secundário, pois serão utilizados os
relatórios de sustentabilidade publicados pelas empresas selecionadas.
Como população a ser pesquisada foram selecionadas as 50 maiores empresas por
faturamento do Brasil, tendo como base a classificação da edição “Melhores e Maiores”
divulgada pela revista Exame em 2017. A coleta de dados foi obtida através de pesquisa via

7
web, no endereço eletrônico das empresas, com o objetivo de localizar seus relatórios de
sustentabilidade publicados no período de 2014 a 2016.
Segundo Gonçalves (2014), esse é o momento em que o pesquisador irá ter os dados
coletados através de técnicas aplicadas na pesquisa, voltados para a obtenção de instrumentos
necessários sobre o assunto da investigação para alcançar o objetivo dessa fase. Considerando
o período de tempo, obtivemos uma amostra de 104 Relatórios de Sustentabilidade.

Quadro 2 – Categorias de análise


Categorias Autor (ano)

1. Divulgação dos relatórios de sustentabilidade Calixto (2013); Carreira e Palma (2012).

2. Modelo de relatório divulgado Alberton, Silveira e Vicente (2016);


Brown, de Jong e Levi (2009);
Carvalho e Siqueira (2007).

3. Asseguração dos relatórios Gomes (2012);


Zaro, Pastre e Alberton (2015).

4. Empresas que realizaram a asseguração Lugoboni, et al (2015);


Velozo et al. (2013).

Fonte: Elaborada pelos autores.

Para o diagnóstico dos dados foi utilizada a análise de conteúdo. Conforme Bardin
(2011), esta técnica é um conjunto de instrumentos metodológicos que consiste na
explicitação e sistematização de conteúdos diversificados. Martins e Theóphilo (2007)
mencionam que esta análise [...] “busca a essência de um texto nos detalhes das informações,
dados e evidências disponíveis”. Foram aplicadas no trabalho as três etapas fundamentais de
análise de conteúdo descritas pelos referidos autores, sendo elas: pré-análise, descrição
analítica e interpretação inferencial.
Na pré-análise, os relatórios de sustentabilidade foram coletados e separados por
empresa e por ano de publicação. Na sequência, no preocesso de descrição analítica, as
empresas foram enquadradas nas devidas categorias de análise apontando-se quais são as que
divulgam ou não seus relatórios de sustentabilidade. Deste modo, através de leitura detalhada
foram identificados quais os relatórios assegurados e não assegurados. Em caso de resposta
positiva, foram examinados em quais níveis de asseguração estavam classificados de acordo
com o GRI. Posteriormente, foram selecionados os relatórios que continham o processo de
asseguração pelas empresas pertencentes ao grupo das Big Four de Auditoria.
Na etapa de interpretação inferencial, foram utilizadas planilhas eletrônicas nas quais
foram tabuladas as informações relacionadas à divulgação dos relatórios concedidos pelas
empresas, sua asseguração e nível internacional.

8
4. Análise e Apresentação dos Resultados

O instrumento de análise desta pesquisa foram os Relatórios de Sustentabilidade das


50 maiores empresas por faturamento do Brasil, entre os anos de 2014 a 2016. Foram
utilizados alguns passos para a realização da coleta desses dados, sendo eles: analisar como
são divulgados os processos de asseguração desses relatórios; verificar quais empresas
divulga ou não seus relatórios de sustentabilidade; identificar os responsáveis pela sua
asseguração e, apontar os níveis em que estão classificados de acordo com o GRI.
Primeiramente, fez-se a seleção das empresas que divulgavam seus Relatórios de
Sustentabilidade com base na Revista Exame – Maiores e Melhores. Quanto aos objetivos
desta pesquisa, foram consideradas as 50 maiores empresas por faturamento do Brasil,
totalizando uma população hipotética de 150 relatórios a serem analisadas. Em seguida, houve
a busca eletrônica em cada empresa por meio de palavras-chave, sendo estas palavras:
Relatórios de Sustentabilidade; GRI; Global Reporting Initiative; asseguração e verificação
externa. Para finalizar, analisou-se o conteúdo dos relatórios identificando se o mesmo
correspondia ao objetivo desta pesquisa, ou seja, se divulgavam ou não seus Relatórios de
Sustentabilidade e se possuíam asseguração. Para a elaboração das análises, foi examinada
uma amostra de 104 Relatórios de Sustentabilidade publicados entre os anos de 2014 a 2016
pelas 50 maiores empresas do Brasil.
A primeira análise realizada refere-se à divulgação desses relatórios. Os resultados
obtidos estão indicados no quadro 1 a seguir:

Quadro 1 – Divulgação dos Relatórios de Sustentabilidade (RS) por ano.

Descrição 2014 (%) 2015 (%) 2016 (%) Total Total (%)
Divulgaram o RS 36 72% 35 66% 33 66% 104 69%
Sub-Total 36 72% 35 66% 33 66% 104 69%
Não publicaram o RS 9 18% 10 24% 12 24% 31 21%
Controladas 5 10% 5 10% 5 10% 15 10%
Total 150 100%
Fonte: Elaborado pelos autores.

De acordo com as informações apresentadas no Quadro 1, verifica-se que foram


divulgados o total de 104 Relatórios de Sustentabilidade, ou seja, 69% do total da população.
É importante destacar que 10% da população são controladas de outras empresas que
integram as 50 empresas analisadas, havendo assim uma limitação de pesquisa onde as
mesmas não foram incluídas na amostra analítica. Desse modo, totaliza-se 32 empresas que
não divulgaram seus Relatórios de Sustentabilidade durante o período abordado, isto é, 9
empresas em 2014, 10 em 2015 e 12 empresas em 2016. O aumento de relatórios não
divulgados refere-se a JBS Foods, que apesar de ser uma empresa controlada, divulgou seu
Relatório de Sustentabilidade separadamente em 2014; a Claro e o Carrefour que não
divulgaram seus relatórios em 2016.
Através de análises de conteúdo dos relatórios divulgados, foram identificados quais
possuíam o processo de asseguração realizado por auditorias externas e independentes. Os
resultados estão demonstrados no quadro 2 a seguir:

9
Quadro 2 – Relatórios assegurados.

Descrição 2014 (%) 2015 (%) 2016 (%) Total Total (%)
Relatórios assegurados 17 47% 15 43% 16 48% 48 46%
Sub-Total 17 47% 15 43% 16 48% 48 46%
Asseguração feita pelas Big Four 12 71% 13 87% 13 81% 38 79%
Asseguração feita por outras empresas 5 29% 2 13% 3 19% 10 21%
Total 48 100%
Fonte: Elaborada pelas autoras.

Observa-se, no quadro 2, que dos 104 relatórios divulgados pelas empresas, 46%
foram assegurados durantes os três anos, havendo maior aderência dessa prática no ano de
2014 com 50% de relatórios com asseguração. Das empresas contratadas para esse trabalho,
79% são realizadas por Big Four e 21% é elaborada por outras empresas de auditoria, sendo
elas a Bureau Veritas Certification, SGS Nederland B.V. e Korean Chamber of Commerce &
Industry (KCCI). Para um total de 79% de assegurações feita pelas Big Four, a empresa de
auditoria que mais se destacou foi a KPMG, realizando 55% do processo de asseguração das
empresas da sub-amostra de empresas auditadas por Big Four, onde os resultados podem ser
observados no Quadro 3 a seguir:

Quadro 3 – Asseguração de empresas Big Four.

Descrição 2014 (%) 2015 (%) 2016 (%) Total Total (%)
Relatórios assegurados 12 32% 13 34% 13 34% 38 100%
Sub-Total 12 32% 13 34% 13 34% 38 100%
Deloitte 1 8% 2 15% 2 15% 5 13%
Ernst & Young 1 8% 2 15% 3 23% 6 16%
KPMG 7 58% 8 62% 6 46% 21 55%
PWC 3 25% 1 8% 2 15% 6 16%
Total 38 100%
Fonte: Elaborada pelos autores.

Em relação às outras empresas de consultoria ambiental ou sustentável que asseguram


os Relatórios de Sustentabilidade no total de 21%, a empresa que mais se destacou foi a
Bureau Veritas Certification, realizando 60% do trabalho de asseguração das empresas que
não eram auditadas por Big Four. Os resultados podem ser observados no Quadro 4 a seguir:

Quadro 4 - Asseguração de empresas de consultoria ambiental ou sustentável.


Descrição 2014 (%) 2015 (%) 2016 (%) Total Total (%)
Relatórios assegurados 5 29% 2 13% 3 19% 10 100%
Sub-Total 5 29% 2 13% 3 19% 10 100%
Bureau VeritasCertification 3 60% 1 50% 2 66,67% 6 60%
SGS Nederland B.V. 1 20% 1 50% - - 2 20%
Korean Chamber of Commerce & 1 20% - - 1 33,33% 2 20%
Industry (KCCI)
Total 10 100%
Fonte: Elaborada pelos autores.

10
Após a verificação de quais relatórios são assegurados e quais os responsáveis por sua
asseguração, foram identificados em quais níveis de diretrizes do GRI estão classificados os
relatórios divulgados. Os resultados estão demonstrados no quadro 5 a seguir:

Quadro 5 – Níveis de acordo com o GRI.


Descrição 2014 (%) 2015 (%) 2016 (%) Total Total (%)
Relatórios nível G3 7 19% - - - - 7 7%

Relatórios nível G4 23 64% 26 74% 27 82% 76 73%

Total 83 80%
Fonte: Elaborada pelos autores.

Através dos dados demonstrados no quadro 5, verifica-se que dos 104 relatórios
divulgados 80% foram classificados de acordo com os níveis de diretrizes do GRI durante os
três anos analisados, sendo 7% no nível G3 e 73% no nível G4. Observa-se também que
apenas no ano de 2014 houve a classificação dos relatórios pelo nível G3. É importante
ressaltar que os relatórios elaborados no nível G3 em 2014 aderiram ao nível G4 nos anos
seguintes.
Tais resultados estão de acordo com o estudo realizado por Zaro, Pastre e Alberton
(2015), que chegaram ao resultado de que 77% das empresas possuem o relatório elaborado
em conformidade do GRI. Os autores ainda mencionam que esses resultados demonstram o
interesse por parte das empresas em possuir um relatório aprovado pelo órgão regulador.
Verificou-se, desta forma, que para as 50 maiores empresas por faturamento no Brasil
a divulgação de relatórios de sustentabilidade, que não possui obrigatoriedade legal,
apresenta-se como um procedimento realizado de forma contínua, por 66% das empresas
pesquisadas, e destas, 46% realizaram o processo de asseguração, o que nos permite inferir a
existência de um potencial para expansão do processo de asseguração, que se manteve
constante no período analisado.

5. Conclusão

Desenvolveu-se esta pesquisa com a finalidade de demonstrar de que maneira são


apresentados os processos de asseguração dos relatórios de sustentabilidade. O principal
objetivo foi analisar a divulgação dos processos de asseguração dos Relatórios de
Sustentabilidade das 50 maiores empresas por faturamento do Brasil entre os anos de 2014 e
2016. Para os objetivos secundários, analisou-se quais os níveis em que se classificavam os
relatórios divulgados e quais foram os responsáveis por seu processo de asseguração. Desse
modo, a pesquisa caracterizou-se de forma descritiva, com análise documental e qualitativa.
O presente estudo teve como amostra 104 Relatórios de Sustentabilidade. Os
resultados apontados permitiram analisar que 31 empresas não divulgaram seus relatórios e 15
empresas são controladas. Para um total de 104 relatórios divulgados, 46% possuem
asseguração. Em relação as empresas responsáveis pela asseguração desses relatórios, 79%
referem-se as Big Four, com destaque a KPMG, responsável por 55% do total dos processos
realizados e, 21% referem-se a outras empresas de auditoria, tendo como destaque a Bureau
VeritasCertification.
Por fim, foram analisados os níveis do GRI em que os relatórios foram elaborados.
Verificou-se que 80% dos relatórios divulgados foram elaborados de acordo com as diretrizes
do GRI. Desse total 7% foram elaborados no nível G3, entretanto, aderiram ao modelo mais
atualizado nos anos seguintes com o nível G4.

11
Com base na análise realizada conclui-se que apesar da divulgação dos relatórios de
sustentabilidade possuir caráter facultativo, grande parte das empresas além de optarem pela
divulgação, ainda asseguram esses relatórios com o objetivo de demonstrar de maneira segura
e transparente, sua responsabilidade e compromisso para com os acionistas, o meio ambiente
e a sociedade.
Espera-se através dos resultados obtidos, transmitir maior interesse às organizações
em divulgar seus relatórios de sustentabilidade e auxiliar os gestores em selecionar a empresa
de auditoria responsável para o trabalho de asseguração dos relatórios.
Como sugestão para pesquisas futuras, recomenda-se aprofundar o estudo dos aspectos
que influenciam as empresas na divulgação dos relatórios de sustentabilidade e quais os
fatores que podem incentivar o processo de asseguração de tais relatórios, bem como ampliar
a amostra analisada e o período abordado, visando-se identificar padrões de comportamento
por parte das empresas que atuam no país.

REFERÊNCIAS

Accontability. AA1000AS Assurance Standard (2008). Disponível em:


<http://www.accountability.org/standards/>. Acesso em: 1 nov. 2017.

Augusto, C. A.; Souza, J. P.; Dellagnelo, E. H. L.; Cario, S. A. F.(2013). Pesquisa qualitativa:
rigor metodológico no tratamento da teoria dos custos de transação em artigos apresentados
nos congressos da Sober. (2007-2011). Rev. Econ. Sociol. Rural, Brasília, v.51, n.4.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. ed. Brasil: Edições 70 - Brasil.

Beuren, I. M. et al. (2014) Como elaborar trabalhos monográficos em Contabilidade: Teoria e


Prática. 3. ed. São Paulo: Atlas.

Brown, H. S.; De Jong, M.; Levy, D. L. (2009). Building institutions based on information
disclosure: lessons fromGRI’s sustainability reporting. JournalofCleanerProduction, v. 17
(6), 571- 580.

Calixto, L. A. (2013). divulgação de relatórios de sustentabilidade na América Latina: um


estudo comparativo. Revista de Administração, São Paulo, v. 48 (4), 828-842.

Carreira, F. A.; Palma, C. M. (2012). Análise comparativa dos relatórios de sustentabilidade


das empresas brasileiras, espanholas, portuguesas e andorra. Revista Universo Contábil,
Blumenau, v. 8 (4), 140-166, out./dez.

Carvalho, F. M., Siqueira, J. R. M. (2007). Análise da utilização dos indicadores essenciais da


Global ReportingInitiative nos Relatórios Sociais e empresas Latino-Americanas. Revista
Pensar Contábil, Rio de Janeiro, v. 9 (38).

Congresso Nacional de Excelência e Gestão, XI, 2015, Rio de Janeiro Análise dos relatórios
de sustentabilidade das empresas de auditoria. Lugoboni, L; Ferreira T; Zittei M; Nascimento
J. (2015).

Conselho Federal de Contabilidade. Brasília. NBC TO 3000, 2009. Disponível em:


<http://cfc.org.br/>. Acesso em: 15 jun. 2017.

12
Conselho Federal de Contabilidade. Brasília. NBC TA 200 (R1) (2016) – Objetivos gerais do
Auditor Independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria.
Disponível em: <http://cfc.org.br/>. Acesso em: 07 set. 2017.

Conselho Federal de Contabilidade. Brasília. NBC TO (2012) – de asseguração contábil:


NBC TO 3000 e NBC TO 3402. Disponível em: <http://cfc.org.br/>. Acesso em: 24 set. 2017.

Domenico, D.; Tormem L.; Mazzioni. S. (2017). Nível de disclosure nos relatórios de
sustentabilidade em conformidade com o Global Reporting Initiative (GRI). Revista Ciência
Contábil, Florianópolis, v. 16, (49), 84-100.

Editora Abril (2017). Revista Exame: melhores & maiores. São Paulo, SP.

Fialho, F. A. P.; Otani, N. (2011). TCC: métodos e técnicas. 2. ed. Florianópolis: Visual
Books.

Gil, A. C. (2010). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas.

Global ReportingInitiative (2012). Relatórios de Sustentabilidade da GRI: quanto vale essa


jornada? Disponível em: <https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/Portuquese-
Starting-Points-2-G3.1.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2017.

Global Reporting Initiative (2016). Empowering sustainable decisions. Disponível em:


<https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/GRI-AnnualReport2015-2016.pdf>. Acesso
em: 20 jun. 2017.

Global Reporting Initiative (2013). The external assurance of sustainability reporting, 2013.
Disponível em: <https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/GRI-Assurance.pdf>
Acesso em: 31 out. 2017.

Global Reporting Initiative (2015). Diretrizes para relato de sustentabilidade. Disponível em:
https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/Brazilian-Portuguese-G4-Part-One.pdf.
Acesso em: 31 out. 2017.

Gomes, S. F. (2012). Auditoria aos Relatórios de Sustentabilidade das empresas portuguesas:


uma visão sobre o estado da arte e a percepção dos Revisores Oficiais de Contas. Leiria PR.
maio 2012. Disponível em:
<https://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/737/1/MCG_Sonia%20Gomes_Auditoria%20a
os%20relatorios%20de%20sustentabilidade%20das%20empresas%20portuguesas.pdf
>Acesso em: 23 out. 2017.

Gonçalves, H. A. (2014). Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. 2. ed. São Paulo:


Avercamp.

Gray, R. (2010). Is Accounting for sustainability actually accounting for a sustainability and
how would weknow? An exploration of narratives of organisations and the planet.
Accounting, Organizations and Society, v. 35 (1), 47-62.

Higgins, C., Stubbs, W.; Love, T. (2014). Walking the Talk (s): organisational narratives of
integrated reporting. Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 27 (7), 1090–1119.

13
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON. (2012). CT - Relatórios de
sustentabilidade emitidos por auditores independentes. Disponível em:
<http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detAudienciaPublica.php?cod=4>. Acesso
em: 15 jun. 2017.

Jones, P.; Hillier, D.; Comfort, D. (2014). Assurance of the leading UK food retailers'
corporate social responsibility/sustainability reports. Corporate Governance, v. 14 (1), 130–
138.

Kolk, A.; Perego, P. (2010). Determinants of the adoption of sustainability assurance


statements: an international investigation. Business Strategy and the Environment, v. 19 (3),
182–198.

Martins, G.A.; Theóphilo, C. R. (2007). Metodologia da investigação científica para ciências


sociais aplicadas. São Paulo: Atlas.

Perego, P.; Kolk, A. (2012). Multinationals’ accountability on sustainability: the evolution of


third party assurance of sustainability reports. Journal of Business Ethics, v. 110 (2) 173-190.

Perrini, F. (2005). Building a european portrait of corporate social responsibility reporting.


European Management Journal, v. 23 (6), 611-627.

Silveira, G. B.; Alberton, L.; Vicente E. F. R. (2016). O estado da arte da asseguração dos
relatórios de sustentabilidade: um estudo das empresas do índice de sustentabilidade 2016.
RGSA Revista de Gestão Socio-Ambiental. Disponível em:
<https://rgsa.emnuvens.com.br/rgsa/article/view/1260> Acesso em: 11 out. 2017.

Simnett, R.; Vastraelen, A.; Chua, W. F. (2009). Assurance on sustainability reports: an


international comparison. The Accounting Review, v. 84 (3), 937–967.

Triviños, A. N. S. (2008). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa


em educação. São Paulo: Atlas.

Velozo, E. J., Pinheiro, L. B., Santos, M. J. A., Cardozo, J. S. S. (2013). Concentração de


firmas de auditoria: atuação das Big Four no cenário empresarial brasileiro. Revista Pensar
Contábil, Rio de Janeiro, v. 15 (58), 55 – 61.

Zaro, E. S.; Pastre, F.; Alberton, L. (2015). Asseguração dos relatórios de sustentabilidade das
empresas que compõem a carteira do índice de sustentabilidade empresarial 2013. Revista de
Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, v. 20 (1), 47-63.

14

Você também pode gostar