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Sumário
Introdução
IV Base de cálculo
V Alíquotas
IX.2.2 Pessoas jurídicas localizadas nas áreas de atuação das extintas SUDENE e SUDAM
IX.2.2 Máquinas e equipamentos - Eficaz para aquisições de maio de 2008 a 2 de agosto de 2011
IX.2.2 Desconto integral no mês de aquisição - Eficaz de 23 de outubro de 2007 a 30 de junho de 2012
IX.2.5 Amortização
IX.3 Devoluções
IX.8 Aquisição de resíduos, aparas ou desperdícios de papel, cobre, alumínio, dentre outros
X Conceito de insumo
XII Créditos sobre o estoque existente na data de início da sistemática da Não-cumulatividade - Estoque de abertura
XII.1 Saída do Presumido ou Simples e ingresso no Lucro Real
XII.3 Apuração proporcional dos créditos na existência de receitas não abrangidas pela sistemática da não cumulatividade
XX Mudança na forma de apuração do imposto de renda e sua influência na apuração do PIS/PASEP e da COFINS "não
cumulativas"
Introdução
Nota:
As pessoas jurídicas que aufiram receitas da venda ou revenda de produtos incluídos em regimes
diferenciados de tributação (combustíveis, produtos farmacêuticos e cosméticos, máquinas e
veículos, autopeças, pneus novos de borracha, câmaras-de-ar de borracha, bebidas e embalagens
destinadas ao seu envasamento) além das normas gerais veiculadas neste Roteiro, devem observar
regras específicas de cada setor.
Até 2002, o PIS/PASEP e a COFINS, incidentes sobre o faturamento das empresas, eram apurados
somente na sistemática cumulativa, sendo vedado o desconto créditos.
Este cenário foi alterado com o advento da Medida Provisória nº 66/2002, convertida posteriormente
na Lei nº 10.637/2002, que introduziu a sistemática não-cumulativa do PIS/PASEP. A não
cumulatividade da COFINS veio em seguida, por meio da Medida Provisória nº 135/2003, convertida
na Lei 10.833/2003.
A nova sistemática de cálculo, todavia, ignorando o princípio da não cumulatividade, preferiu listar os
créditos passíveis de dedução das contribuições. Dessa forma, a cada apuração, o contribuinte
deverá analisar quais créditos poderá utilizar para deduzir do montante devido das contribuições.
Não são desprovidas, portanto, as inúmeras críticas que vêm recebendo a não-cumulatividade do
PIS/PASEP e da COFINS, desde a sua instituição.
Nota:
1. A partir de 1º.01.2015 começa a vigorar o novo regime especial introduzido pela Lei nº
12.973/2014, conversão da Medida Provisória nº 627/2013 . Entretanto, conforme estabelecem os
arts. 75 e 119, I da Lei nº 12.973/2014, a pessoa jurídica poderá optar pela aplicação antecipada das
disposições contidas nos seus arts. 1º e 2º e 4º a 70 a partir de 1º.01.2014, observando-se que a
opção será irretratável e acarretará a aplicação de todas as alterações trazidas pelos artigos
mencionados anteriormente e os efeitos das revogações previstas no art. 117, caput, I a VI e VIII e X
, serão também a partir de 1º.01.2014, na forma, no prazo e nas condições a serem editadas pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
2. Para efeito da adoção inicial da Lei nº 12.973/2014, as operações ocorridas até 31.12.2013, para
os optantes do novo regime especial, ou até 31.12.2014 para os não optantes, permanece a
neutralidade tributária (Regime Tributário de Transição - RTT), estabelecida nos arts. 15 e 16 da Lei
nº 11.941/2009, e a pessoa jurídica deverá proceder, nos períodos de apuração a partir de janeiro de
2014, para os optantes, ou a partir de janeiro de 2015, para os não optantes, aos respectivos ajustes
nas bases de cálculo do IRPJ, da CSLL, da contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins, observado
os seguintes procedimentos:
3. Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.469/2014, ficou, inicialmente, estabelecido que a opção
pela aplicação antecipada das disposições contidas na Lei nº 12.973/2014 deveria ser manifestada
na DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no mês de maio de 2014. Entretanto, com a
publicação da Instrução Normativa RFB nº 1.484/2014, a opção será feita na DCTF referente aos
fatos geradores ocorridos no mês de agosto de 2014.
A nova sistemática de cálculo das contribuições não aboliu definitivamente a sistemática cumulativa.
Dessa forma, como já mencionado, a par da cumulatividade passamos a conviver também com a
não cumulatividade.
A adoção dessa regra, todavia, não é suficiente, face às exceções existentes, que serão detalhadas
nos próximos subtópicos.
d) empresas particulares que explorem serviços de vigilância e transporte de valores na forma da Lei
nº 7.102/1983;
Nota:
Para maiores informações sobre o tratamento diferenciado à essas pessoas jurídicas consulte:
b) "A sujeição das sociedades corretoras de seguro ao regime não cumulativo do PIS/Pasep e da
Cofins e os impactos na EFD-Contribuições".
As receitas a seguir relacionadas, ainda que auferidas por pessoa jurídica tributada pelo lucro real,
não devem compor a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS "não cumulativos", embora
devam ser computadas na base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS normal ou do regime próprio
a que se sujeitam:
Nota:
b) relativas às operações de venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos
recebidos como parte do preço da venda de veículos novos ou usados, quando auferidas por
pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e
venda de veículos automotores;
g.1) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens móveis e
imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
g.2) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço
predeterminado, de bens ou serviços;
Nota:
Conforme o art. 109 da Lei nº 11.196/2005, para fins do disposto nas alíneas "b" e "c", o reajuste de
preços em função do custo de produção ou da variação de índice que reflita a variação ponderada
dos custos dos insumos utilizados, nos termos do inciso II do § 1º do art. 27 da Lei nº 9.069/1995,
não será considerado para fins da descaracterização do preço predeterminado.
Nota:
Para saber mais sobre a tributação das operações relativas a contratos firmados anteriormente a 31
de outubro de 2003, consulte a Instrução Normativa SRF nº 658/2006 (LGL 2006\4345) .
Nota:
Nota:
2. Observar os efeitos da adoção inicial e a forma de manifestação para aplicação antecipada das
disposições contidas na Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934), constante na nota do tópico I.
Nota:
3. A obrigatoriedade de tributação pelo regime cumulativo das receitas descritas no item "v (DOC
2012\189) " aplica-se apenas à contribuição ao PIS/PASEP, e não à COFINS.
Semelhante à sistemática cumulativa, o PIS/PASEP e a COFINS não cumulativos têm como fato
gerador o faturamento mensal da empresa, assim entendido o total das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
Nota:
A contribuição incidente na hipótese de contratos, com prazo de execução superior a 1 (um) ano, de
construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços a
serem produzidos, será calculada sobre a receita apurada de acordo com os critérios de
reconhecimento adotados pela legislação do imposto de renda, previstos para a espécie de
operação.
Em relação aos contratos anteriores a 31.10.2003, ver subtópico II.2 (DOC 2012\189) , que prevê a
incidência das contribuições no regime cumulativo.
IV Base de cálculo
A base de cálculo da contribuição é o valor do faturamento mensal da empresa, que abrange o total
das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou
classificação contábil.
Portanto, além das receitas próprias da atividade da pessoa jurídica ("faturamento" em sentido
estrito), deverão ainda ser adicionadas à base de cálculo as demais receitas auferidas, como é o
caso, por exemplo, das receitas oriundas do aluguel de imóveis pertencentes ao contribuinte.
É importante observar que a receita deve ser tomada sem o IPI, mas sem dedução do ICMS
destacado, que integra a receita bruta. Isso se justifica uma vez que o IPI é calculado por fora,
enquanto que o ICMS é calculado por dentro, ou seja, está dentro do valor correspondente à receita.
Nota:
Somente se considera receita aquilo que faz parte do preço. Nesse sentido o ICMS de operação
própria faz parte do preço (pois é calculado por dentro), e portanto é receita. Já o IPI não faz parte do
preço (pois é calculado por fora), e portanto, não é receita.
Ainda assim, destaca-se a existência de discussões judiciais visando a exclusão do ICMS da base
de cálculo das contribuições.
Nota:
É importante considerar que se o pleito é no sentido de excluir o ICMS da operação própria da base
de cálculo, o crédito também seria apurado desconsiderando o ICMS.
A partir 1º.1.2015 ou a contar de 1º.1.2014, o PIS/PASEP e a COFINS incidirá sobre o total das
receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou
classificação contábil.
O total das receitas compreenderá a receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598/1977
, e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica com os respectivos valores decorrentes
do ajuste a valor presente ( VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404/1976 ).
d) as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nas letras "a" a
"c".
Na receita bruta:
b) incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente
(VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404/1976), das operações previstas neste subtópico ,
observadas as disposições da não inclusão dos tributos não cumulativos cobrados (letra "a").
Nota:
Observar os efeitos da adoção inicial e a forma de manifestação para aplicação antecipada das
disposições contidas na Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934), constante na nota do tópico I.
Na modalidade não cumulativa as receitas devem ser consideradas por regime de competência, ou
seja, independentemente de sua realização. Dessa forma, mesmo sem reflexos no caixa da
empresa, as receitas auferidas no período de apuração devem ser consideradas para fins de cálculo
das contribuições.
Não cabe nesta sistemática a adoção do regime de caixa, admitida em relação às contribuições
apuradas pela cumulatividade.
Não integram a base de cálculo, ou seja, poderão ser excluídas na apuração das contribuições, as
receitas:
Nota:
1. Sobre operações sujeitas à alíquota 0 (zero), consulte nossa tabela: “ Contribuição para o
PIS/PASEP e COFINS - Produtos e serviços sujeitos à alíquota zero (MIX 2013\124)”.
2. Sobre operações beneficiadas por isenção ou suspensão das contribuições sociais, consulte o
Roteiro Federal " PIS/PASEP e COFINS - Benefícios fiscais - Roteiro de Procedimentos (DOC
2012\675) ".
Nota:
d) referentes a:
d.2) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem
ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de
aquisição que tenham sido computados como receita.
Nota:
A dedução também é permitida para o ICMS que não seja destacado no documento fiscal que
acobertar as saídas internas e interestaduais dos produtos para Estados signatários, como determina
o aludido Protocolo, desde que a legislação interna do Estado signatário estipule expressamente o
percentual relativo à condição de contribuinte e o relativo à condição de substituto tributário.
Nota:
2. Destaca-se a existência de discussões judiciais que pretendem excluir o ICMS da base de cálculo
das contribuições.
3. O ICMS relativo à substituição tributária poderá ser excluído pelo substituto tributário para fins de
cálculo de PIS e de COFINS (o ICMS decorrente de operação própria, contudo, deve ser
considerado para cálculo das contribuições).
c) referentes a:
c.2) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem
ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido
computados como receita;
d) de que trata o inciso IV do caput do art. 187 da Lei no 6.404/1976, decorrentes da venda de bens
do ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ou intangível;
f) financeiras decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da
Lei nº 6.404/1976, referentes a receitas excluídas da base de cálculo da do PIS/PASEP;
g) relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de ativo e passivo com base no valor justo;
j) relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das isenções e reduções de que
tratam as alíneas "a", "b", "c" e "e" do § 1º do art. 19 do Decreto-Lei no 1.598/1977 ; e
Nota:
Dentre as isenções e reduções referidas na letra "j", podemos citar as que se referem aos
empreendimentos industriais ou agrícolas que se instalarem, modernizarem, ampliarem ou
diversificarem, nas áreas de atuação da SUDAM ou da SUDENE, até o exercício de 1982; as
pessoas jurídicas que mantiveram empreendimentos econômicos na área atuação da
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, e por esta considerados de interesse para o
desenvolvimento da região, e aos hotéis e outros empreendimentos turísticos definidos pelo Poder
Executivo, em construção, ou que foram constituídos, conforme projetos aprovados até 31.12.1985
pelo Conselho Nacional de Turismo (CNTur).
Nota:
Observar os efeitos da adoção inicial e a forma de manifestação para aplicação antecipada das
disposições contidas na Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934), constante na nota do tópico I.
Fundamentação: art. 1º, §§ 3º da Lei nº 10.637/2002 ; art. 1º, § 3º da Lei nº 10.833/2003 , alterado
pela Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934).
Factoring
O Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 25/2003 (LGL 2003\3396) , esclareceu que não há
incidência da COFINS e do PIS/PASEP sobre os valores recuperados a título de tributo pago
indevidamente.
Os juros incidentes sobre o indébito tributário recuperado é receita nova e, sobre ela, incidem a
COFINS e PIS/PASEP.
A receita decorrente dos juros de mora devidos sobre o indébito reconhecido judicialmente deve
compor as bases tributáveis da COFINS e do PIS/PASEP, observado o seguinte:
a) se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito já definir o valor a ser restituído, é, no
seu trânsito em julgado, que passam a ser receita tributável os juros de mora incorridos até aquela
data e, a partir dali, os juros incorridos em cada mês deverão ser reconhecidos como receita
tributável do respectivo mês;
b) se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito não definir o valor a ser restituído, é, no
trânsito em julgado da sentença dos embargos à execução fundamentados em excesso de execução
( art. 741, inciso V, do Código de Processo Civil (LGL 1973\159) ), que passam a ser receita
tributável os juros de mora incorridos até aquela data e, a partir dali, os juros incorridos em cada mês
deverão ser reconhecidos pelo regime de competência como receita tributável do respectivo mês;
c) se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito não definir o valor a ser restituído e a
Fazenda Pública não apresentar embargos à execução, os juros de mora sobre o indébito passam a
ser receita tributável na data da expedição do precatório.
Fundamentação: ato Declaratório Interpretativo SRF nº 25/2003 (LGL 2003\3396)
O resultado positivo ou negativo será constituído pela soma algébrica dos ajustes, no caso das
operações a futuro sujeitas a essa especificação, e pelo rendimento, ganho ou perda, apurado na
operação, nos demais casos.
Este tratamento aplica-se, no caso de operações realizadas no mercado de balcão, somente àquelas
registradas nos termos da legislação vigente.
Neste tópico trataremos de duas situações que ocorrem usualmente nas operações comerciais entre
as empresas, podendo gerar dúvida quanto ao momento de reconhecimento das receitas para fins
de tributação.
A tradição, por sua vez, caracteriza-se pela entrega efetiva (física) do bem objeto do contrato de
compra e venda, ao adquirente.
Há situações, entretanto, em que o bem é colocado à disposição do comprador, mas por pacto entre
as partes permanece em poder do vendedor - trata-se da venda para entrega futura.
Nesse caso, o produto já está disponível em estoque, mas por conveniência do próprio comprador
ainda não foi entregue.
As operações relativas à denominada venda para entrega futura de produto caracterizam-se pelos
seguintes aspectos:
Em geral, nas operações de venda para entrega futura, poderá ser emitida nota fiscal, para simples
faturamento e por ocasião da efetiva saída global ou parcial da mercadoria, o vendedor emitirá nota
fiscal em nome do adquirente, indicando, além dos demais requisitos exigidos, como natureza da
operação: "Remessa - Entrega Futura", bem como os dados da nota fiscal relativa ao simples
faturamento (número, data e valor da operação).
Ressalte-se que para o reconhecimento da receita de venda de mercadorias ou produtos deve ser
observado se a empresa vendedora possui ou não a mercadoria ou o produto, objeto da compra e
venda em seu estoque.
b) por conveniência das partes a entrega não se deu no momento do faturamento, mas será feita em
momento posterior;
c) o reconhecimento da receita para fins de tributação deve ser feita no momento do faturamento, e
não por ocasião da entrega da mercadoria.
B) Faturamento antecipado
O faturamento antecipado ocorre quando o faturamento é realizado em momento onde o bem objeto
da operação ainda não está disponível fisicamente para o comprador.
Nesse caso, a receita somente deve ser reconhecida no período de apuração em que o bem for
produzido ou for adquirido, no caso de revenda, ficando disponível para o comprador.
Ou seja, não há que se falar em tributação pelas contribuições antes da disponibilização física do
bem para o adquirente.
Em suma, nesse caso, quando não há a mercadoria/produto à disposição (no estoque) não cabe o
reconhecimento como receita, inclusive para fins tributários.
Para a pessoa jurídica que recebe essas bonificações, é importante considerar sua natureza, a fim
de evitar a incidência das contribuições para o PIS/PASEP e COFINS.
Há aquela bonificação que é recebida juntamente ou de forma vinculada a uma operação de compra.
Nesse caso, pode-se tratá-la como a chamada "dúzia de treze", onde o valor da bonificação acaba
por diminuir o custo unitário de cada produto recebido, não gerando receita quem recebe os
produtos.
Esse mesmo tipo de bonificação pode ser considerado como desconto incondicional, desde que
constem da nota fiscal e não dependam de evento posterior à emissão do documento. Nessa
hipótese, também não há que se falar de incidência das contribuições.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 1º, § 3º, V, "a", da Lei nº 10.833, de 2003; Parecer CST/SIPR nº
1.386/82.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 1º, § 3º, V, "a", da Lei nº 10.637, de 2002; Parecer CST/SIPR nº
1.386/82.
Nota:
Vide tópico IX.1.3 (DOC 2012\189) , específico sobre bonificação no que se refere a créditos da não
cumulatividade.
V Alíquotas
Sobre a base de cálculo das contribuições, determinada na forma do tópico IV (DOC 2012\189) ,
serão aplicadas as alíquotas de:
a) 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP;
Nota:
As pessoas jurídicas que aufiram receitas da venda ou revenda de produtos incluídos em regimes
diferenciados de tributação (combustíveis, veículos, autopeças, medicamentos, cosméticos e
bebidas, inclusive suas embalagens) devem observar alíquotas específicas, constantes dos Roteiros
próprios de cada setor.
V.1 Alíquota zero
Há na legislação, de forma esparsa, diversas receitas amparadas pela alíquota zero no que se refere
à tributação de PIS e de COFINS.
Essa redução à alíquota zero é válida, inclusive para as pessoas jurídicas que tenham apenas parte
de suas receitas submetidas à incidência não-cumulativa das contribuições, mas não é aplicável para
a receita financeira decorrente de juros sobre o capital próprio recebidos, que devem ser acrescidos
à base de cálculo.
Nota:
Por meio do Decreto nº 8.426/2015 (LGL\2015\2294), publicado no DOU Ed. Extra de 1º.4.2015,
foram restabelecidas para 0,65% e 4%, respectivamente, as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS
incidentes sobre receitas financeiras, a partir de 1º.7.2015.
A exceção a essa nova regra é em relação às alíquotas aplicáveis aos juros sobre o capital próprio
que permanecem de 1,65% para o PIS/PASEP e de 7,6% para a COFINS.
Entretanto, ficam mantidas em zero as alíquotas das contribuições incidentes sobre as receitas
financeiras decorrentes de:
a) variações monetárias, em função da taxa de câmbio, de: a.1) operações de exportação de bens e
serviços para o exterior; a.2) obrigações contraídas pela pessoa jurídica, inclusive empréstimos e
financiamentos;
Nota:
Por meio do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 8/2015 (LGL\2015\9408) , foi esclarecido que para
fins de aplicação da alíquota zero do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as receitas
financeiras decorrentes de variações monetárias, em função da taxa de câmbio, de operações de
exportação de bens e serviços para o exterior, devem ser consideradas as variações cambiais
ocorridas até a data do recebimento pelo exportador dos recursos decorrentes da exportação.
A aplicação da alíquota zero não alcança as variações cambiais ocorridas após a data de
recebimento pelo exportador dos recursos decorrentes da exportação.
Por fim, o referido ato determinou que ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em
Soluções de Consulta ou em Soluções de Divergência emitidas antes da publicação do presente ato,
independentemente de comunicação aos consulentes.
Nota:
Vale ressaltar que as alíquotas das contribuições, incidentes sobre as receitas financeiras auferidas
pelas pessoas jurídicas, tributadas no regime cumulativo permanecem fora do campo de incidência,
tendo em vista a revogação, expressa, do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998 pela Lei nº
11.941/2009 (LGL\2009\2056).
Estará revogado, a partir da mesma data, o Decreto nº 5.442/2005 (LGL\2005\1239), que reduziu a
zero as alíquotas das contribuições, nos termos do subtópico V.1.1. (DOC 2012\189)
Para ver os produtos e serviços beneficiados, e seus fundamentos legais, veja nossa tabela:
Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS - Produtos e serviços sujeitos à alíquota zero
De acordo com a Lei nº 11.196/2005 (arts. 56 a 59), com alterações feitas pela Medida Provisória nº
836/2018 e Lei nº 12.859/2013 (LGL 2013\8662) a partir de 1º.03.2006 até 31.8.2018 e a partir de
10.10.2018, o PIS/PASEP e a COFINS devidos pelo produtor ou importador de nafta petroquímica,
incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda desse produto às centrais petroquímicas, serão
calculados, respectivamente, com base nas alíquotas de:
a) 0,18% e 0,82%, para os fatos geradores ocorridos nos anos de 2013, 2014 e 2015;
Nota:
A MP também revogava as letras "c" e "d" deste tópico, que preveem as alíquotas aplicadas para
cálculo PIS/PASEP e da COFINS para os fatos geradores ocorridos em 2017 e a partir de 2018.
Nota:
Mais informações sobre a tributação dessas operações podem ser acessadas no Comentário:
PIS/PASEP e COFINS - Nafta petroquímica - Tributação (DOC 2011\403).
Para saber detalhes sobre as operações benefiadas por isenção e não incidência do PIS e da
COFINS, consulte o tópico II (DOC\2012\675) do Roteiro Federal " PIS/PASEP e COFINS -
Benefícios fiscais - Roteiro de Procedimentos (DOC\2012\675) ", que consolida os benefícios fiscais
aplicáveis no âmbito do PIS/PASEP e da COFINS.
Há casos em que a legislação determina a suspensão das contribuições. Essas hipóteses estão
relacionadas no tópico III (DOC\2012\675) do Roteiro Federal " PIS/PASEP e COFINS - Benefícios
fiscais - Roteiro de Procedimentos (DOC\2012\675) ", que consolida os benefícios fiscais aplicáveis
no âmbito do PIS/PASEP e da COFINS.
Exemplo 1:
Empresa comercial
Cálculo do PIS
Cálculo da COFINS
10.000 X 7,6% = R$ 760,00
Nota:
Como as receitas decorrentes de venda do ativo permanente não fazem parte da base de cálculo,
não consideramos a venda do veículo para calcular as contribuições.
Exemplo 2:
Cálculo do PIS:
Base de cálculo
PIS = R$ 1.485,00
Cálculo da COFINS:
Base de cálculo
COFINS = R$ 6.840,00
Neste cálculo excluímos da receita total os valores decorrentes de exportação e o valor do ICMS
cobrado na condição de substituto tributário (que devem ser excluídos também). O valor decorrente
da venda de ativo permanente não foi considerado (por também não sofrer a incidência das
contribuições).
Tendo em vista que as contribuições foram apuradas na sistemática não-cumulativa, dos valores
acima poderão ser deduzidos créditos determinados na forma apresentada a seguir.
Nota:
As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não incidência do PIS/PASEP e
da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações
( art. 17 da Lei nº 11.033/2004).
Nota:
Nota:
c) o pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº 10.485/2002, devido pelo fabricante ou importador, ao
concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04
da TIPI; e
Nota:
1. Os produtos adquiridos para revenda que não geram direito a crédito, porque estão incluídos na
incidência monofásica da contribuição, são:
a) gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de aviação, óleo diesel e suas correntes e gás
liquefeito de petróleo (GLP) derivado de petróleo e gás natural ( art. 4º da Lei nº 9.718/98);
c) máquinas e veículos classificados nos códigos 73.09, 7310.29, 7612.90.12, 8424.81, 84.29,
8430.69.90, 84.32, 84.33, 84.34, 84.35, 84.36, 84.37, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05, 87.06 e
8716.20.00, da TIPI ( art. 1º da Lei nº 10.485/2002);
e) produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de
borracha), da TIPI ( art. 5º da Lei nº 10.485/2002);
h) água, refrigerante, cerveja e preparações compostas classificados nos códigos 22.01, 22.02,
22.03 e 2106.90.10 Ex 02, todos da TIPI ( art. 58-A da Lei nº 10.833/2003); e
Na apropriação dos créditos, a pessoa jurídica deverá observar ainda os seguintes princípios que
decorrem da regra geral:
a) só geram direito a crédito os dispêndios com aquisições internas de mercadorias e serviços junto
a outra pessoa jurídica, domiciliada no país;
Nota:
1. As importações que geram direito a crédito obedecem às regras constantes no art. 15 da Lei nº
10.865/2004, valendo ressaltar que em seu §1-A, consta a previsão de que o adicional de 1% não
pode integrar a alíquota do crédito.
2. O crédito sobre os bens importados, regra geral, é tomado mediante a aplicação das alíquotas de
2,1%(PIS) e 9,65% (COFINS), sobre o valor que serviu de base de cálculo das contribuições,
acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição. Nos
casos de importação de serviço, os créditos são apurados mediante aplicação das alíquota de 1,65%
(PIS) e 7,6% (COFINS). Ver Roteiro PIS/Pasep e COFINS (DOC 2012\124) na Importação.
Do valor das contribuições a pagar apurado pela aplicação das alíquotas sobre a base de cálculo, a
pessoa jurídica pode descontar créditos, determinados mediante a aplicação das seguintes alíquotas
sobre a base de cálculo dos créditos:
a) de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e
1. Na hipótese de contratos com prazo de execução superior a 1 (um) ano, de construção por
empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços a serem produzidos, o
crédito a ser descontado na sistemática da "não cumulatividade" somente poderá ser utilizado na
proporção das receitas reconhecidas.
3. A partir de 1º.01.2015 ou a contar de 1º.01.2014, nos cálculo do crédito, poderão ser considerados
os valores decorrentes do ajuste a valor presente ( art. 184, III da Lei no 6.404/1976 ), nos termos do
art. 3º, § 17 da Lei nº 10.637/2002 e do art. 3º, § 25 da Lei nº 10.833/2003 , inseridos pela Lei nº
12.973/2014 (LGL 2014\3934).
4. Observar os efeitos da adoção inicial e a forma de manifestação para aplicação antecipada das
disposições contidas na Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934), constante na nota do tópico I.
A base de cálculo dos créditos é encontrada pela soma dos seguintes valores:
a) de bens para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos sujeitos à incidência
monofásica e à substituição tributária;
Nota:
2. Em relação ao PIS, aplicam-se as disposições do item "b.2" somente para aquisições efetuadas a
partir de 1º de janeiro de 2003 ( art. 16, parágrafo único, da Lei nº 10.833/03).
3. Não gera direito ao crédito o valor da mão-de-obra paga a pessoa física, empregado ou não.
4. O IPI incidente na aquisição, quando recuperável, não integra o custo dos bens.
5. O ICMS integra o custo dos bens e das mercadorias, exceto quando cobrado pelo vendedor na
condição de substituto tributário.
6. Integram o custo de aquisição dos bens e das mercadorias o seguro e o frete pagos na aquisição,
quando suportados pelo comprador.
Exemplo
Considerando que no mês foram adquiridos R$ 10.000,00 de mercadorias para revenda, o valor a
ser descontado de créditos será:
a) com energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica;
Nota:
1. Em relação ao PIS só gera direito a crédito a energia elétrica consumida a partir de 1º de fevereiro
de 2003.
2. Até 14 de junho de 2007, esse crédito somente abrangia a energia elétrica. A energia térmica
(inclusive sob a forma de vapor) passou a constituir direito de crédito a partir de 15.06.2007, em
decorrência da Lei nº 11.488/2007(LGL\2007\2671).
3. Este crédito abrange toda energia consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica, inclusive
no setor administrativo.
b) com aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos à pessoa jurídica, utilizados nas
atividades da empresa;
Nota:
Nota:
2. Por meio do Decreto nº 8.426/2015 (LGL\2015\2294), ficam restabelecidas para 0,65% e 4%,
respectivamente, as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre receitas financeiras,
inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas
sujeitas ao regime de apuração não-cumulativo das referidas contribuições, a partir de 1º.7.2015,
revogando-se a partir da mesma data, o Decreto nº 5.442/2005 (LGL\2005\1239).
Referida disposição aplica-se inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de suas
receitas submetidas à não cumulatividade do PIS/PASEP e da COFINS.
3. Por meio do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 8/2015 (LGL\2015\9408) , foi esclarecido que
para fins de aplicação da alíquota zero do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as receitas
financeiras decorrentes de variações monetárias, em função da taxa de câmbio, de operações de
exportação de bens e serviços para o exterior, devem ser consideradas as variações cambiais
ocorridas até a data do recebimento pelo exportador dos recursos decorrentes da exportação.
A aplicação da alíquota zero não alcança as variações cambiais ocorridas após a data de
recebimento pelo exportador dos recursos decorrentes da exportação.
Por fim, o referido ato determinou que ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em
Soluções de Consulta ou em Soluções de Divergência emitidas antes da publicação do presente ato,
independentemente de comunicação aos consulentes.
Nota:
Nota:
2. O ADI SRF nº 2/2005 (LGL 2005\3177) , esclareceu que os valores dos gastos com seguros, nas
operações de vendas de produtos ou mercadorias, ainda que pagos ou creditados a pessoas
jurídicas domiciliadas no País, por falta de previsão legal, não geram direito a crédito a ser
descontado dos valores do PIS/PASEP e da COFINS devidos pela vendedora.
Nota:
1. O crédito previsto na letra "f" foi introduzido pela Lei nº 11.898/2009(LGL\2009\2014), com
vigência a partir de 09.01.2009.
2. O crédito da letra "f" é exclusivo de pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de
serviços de limpeza, conservação e manutenção. As demais pessoas jurídicas não poderão
descontar créditos em relação a tais custos e despesas.
g) bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados
a venda ou na prestação de serviços, não se aplicando em relação ao ativo intangível referido na
letra "d" do subtópico IX.2 ( art. 3º, XI, § 21 da Lei nº 10.637/2002 e art. 3º, XI, § 30 da Lei nº
10.833/2003 ).
Nota:
1. Os créditos referidos na letra "g" poderão ser descontados a partir de 1º.01.2015 ou a contar de
1º.01.2014, nos termos da Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934).
2. Observar os efeitos da adoção inicial e a forma de manifestação para aplicação antecipada das
disposições contidas na Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934), constante na nota do tópico I.
Exemplo
b) Aluguel: R$ 5.000,00
IX.1.3 Bonificação
Pode ocorrer que por ocasião da compra de mercadorias para revenda, o adquirente seja
beneficiado por uma bonificação recebida em produtos. Tal bonificação se refere, normalmente, a um
acréscimo no número de produtos recebidos, ou seja, a "dúzia de treze".
Nesse caso, considerando que a bonificação recebida está vinculada a uma compra efetiva, e
considerando ainda, que na contabilização dessas mercadorias adquiridas o procedimento será o de
redução de custo unitário (ou seja, pelo preço de 12, será dado entrada em 13 produtos), para a
tomada de créditos de PIS/PASEP e COFINS, o procedimento será o normal: do valor dos produtos,
há o direito ao crédito normalmente, já com a redução unitária de cada produto. Assim, o valor do
crédito não se alterará.
Contudo, sendo o caso de recebimento de bonificação desvinculada de qualquer compra efetiva, não
haverá direito ao crédito. Nesse sentido, transcrevemos a seguinte decisão em processo de consulta:
Estas mercadorias também não compõem a receita bruta, base de cálculo da contribuição.
(Processo de Consulta nº 118/07 - SRRF / 9a. Região Fiscal)
Este mesmo procedimento deverá ser adotado em relação aos bens utilizados como insumo.
A apuração de créditos com base nos encargos mensais de depreciação aplica-se a todos os bens
que geram créditos, e a apuração com base no valor de aquisição ou fabricação, conhecido por
"depreciação acelerada incentivada", é específica a determinados bens. O objetivo desta última
forma de cálculo é incentivar a aquisição de determinados bens, uma vez que o prazo de utilização
dos créditos neste caso é inferior àquele feito com base na depreciação mensal.
Em qualquer uma das modalidades, todavia, o valor a ser apurado será sempre o mesmo. A
diferença reside no prazo em que os créditos poderão ser descontados. Basicamente, temos os
seguintes prazos:
a) depreciação mensal;
b) 48 meses;
c) 24 meses;
Antes da análise das especificidades de cada modalidade, serão verificadas as regras gerais
aplicáveis.
Nota:
Com exceção das edificações e benfeitorias, todas as demais hipóteses que permitem a apuração de
créditos em relação aos bens do ativo imobilizado estão restritas aos adquiridos ou fabricados para
locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços.
Dessa forma, é possível inferir que os bens utilizados na área administrativa, por exemplo, não
permitem a apuração de créditos. Da mesma forma, não será admitido apurar créditos em relação à
atividade comercial.
No caso de edificações e benfeitorias, todavia, basta que o bem seja utilizado nas atividades da
empresa, ou seja, abrange os bens da área administrativa e da atividade comercial, inclusive.
Nota:
2. A partir de 1º.01.2015 ou a contar de 1º.01.2014, nos termos dos art. 3º das Leis nºs 10.637/2002
(LGL 2002\598) e 10.833/2003 (LGL 2003\670), alterados pela Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934),
foi estabelecido que:
a) as disposições deste subtópico não se aplicam no caso de bem objeto de arrendamento mercantil,
na pessoa jurídica arrendatária;
b) fica vedado o desconto de quaisquer créditos calculados em relação a:
b.1) encargos associados a empréstimos registrados como custo na forma da alínea "b" do § 1º do
art. 17 do Decreto-Lei no 1.598/1977 ;
c.1) os valores decorrentes do ajuste a valor presente ( art. 184, III da Lei nº 6.404/1976 ), poderão
ser considerados como parte integrante do custo ou valor de aquisição;
c.2) não serão computados os ganhos e perdas decorrentes de avaliação de ativo com base no valor
justo;
3. Observar os efeitos da adoção inicial e a forma de manifestação para aplicação antecipada das
disposições contidas na Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934), constante na nota do tópico I.
Fundamentação: art. 3º, VI e VII, §§ 18 a 21 da Lei nº 10.637/2002; art. 3º, VI e VII, §§ 26 a 29 da Lei
nº 10.833/2003; art. 15, V, §§ 13 e 14 da Lei nº 10.865/2004 , alterados pela Lei nº 12.973/2014 (LGL
2014\3934).
Nota:
Por meio do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 35/2011(LGL\2011\202), foi declarado que às
pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) é vedado o desconto de
créditos calculados em relação aos encargos de exaustão suportados, por falta de amparo legal.
A seguir serão analisadas essas regras, bem assim as normas posteriores não incorporadas à IN
SRF 457/2004 (LGL 2004\4862) .
Conforme alterações promovidas às Leis nºs 10.637/2002 (art. 3º, § 13) e 10.833/2003 (art. 3º, § 21)
, pelos artigos 43 e 45 da Lei nº 11.196/2005 , a partir de 1º.12.2005, não integram o valor das
máquinas, equipamentos e outros bens fabricados para incorporação ao ativo imobilizado, na forma
acima, os custos de que tratam os incisos do § 2º do artigo 3º das Leis nºs 10.637/2002 (LGL
2002\598) e 10.833/2003 (LGL 2003\670), a saber:
A) Depreciação normal
Podem ser aplicados os seguintes coeficientes de aceleração da depreciação em função dos turnos
de trabalho:
Nota:
2. É vedado tomar créditos sobre os encargos de depreciação acelerada incentivada, a que se refere
o art. 313 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR de 1999 e na hipótese de aquisição de bens
usados.
Posições da
NCM
7304.1 8414.80.1 8432.80.00 8443.19 8471.60 8514.30.90 8907.90.00
7304.23.10 8414.80.29 8433.20 8443.39.10 8471.70 8514.40.00 8908.00.00
7304.29 8414.80.3 8433.30.00 8443.91.9 8471.80.00 8514.90.00 9006.10.00
7304.22.00 8414.80.90 8433.40.00 8444.00 84.74 8515.19.00 9016.00
7304.29.10 8414.90.39 8433.5 84.45 84.75 8515.2 9017.30
7305.1 8415.81.90 8433.60 84.46 8477.10 8515.3 9022.29.90
7305.20.00 8415.82.90 8434.10.00 84.47 8477.20 8515.80 90.24
7306.1 8415.83.00 8434.20 8448.11 8477.30 8515.90.00 9025.11.90
7306.2 84.16 8435.10.00 8449.00.10 8477.40 8531.20.00 9025.19.90
7309.00.10 84.17 8436.10.00 8449.00.20 8477.5 8532.10.00 9025.80.00
7309.00.90 8418.69.40 8436.2 8449.00.80 8477.80 85.35 9026.10
8207.30.00 8418.69.10 8436.80.00 8450.20.90 84.79 8536.50.90 9026.20
84.02 8418.69.20 8437.10.00 8451.10.00 8480.10.00 85.37 9026.80.00
8403.10 84.19 8437.80 8451.29 8480.30.00 8543.30.00 9026.90.90
8404.10 8420.10 84.38 8451.30.10 8480.4 86.02 9027.10.00
8404.20.00 8420.91.00 8439.10 8451.30.99 8480.50.00 8605.00.90 9027.20
8405.10.00 84.21 8439.20.00 8451.40 8480.60.00 8606.10.00 9027.30
8406.8 8422.20.00 8439.30 8451.50 8480.7 86.07 9027.80.91
8406.90.90 8422.30 8439.91.00 8451.80.00 84.81 8701.10.00 9027.50
8407.90.00 8422.40 8439.99.90 8452.2 85.01 8701.30.00 9027.80
8408.90 84.23 8440.10.1 84.53 8502.1 8701.90.10 9027.90.99
8409.91.20 84.24 8440.10.90 84.54 8502.20 8701.90.90 9028.20
8409.91.90 84.25 8441.10 84.55 8502.31.00 8704.10 9030.20.10
84.10 84.26 8441.20.00 84.56 8502.39.00 8705.10 9030.31.00
8411.81.00 84.27 8441.30 84.57 8502.40 8705.20.00 9030.32.00
8411.99.00 84.28 8441.40.00 84.58 8503.00.90 8705.30.00 9030.33.90
8412.10.00 84.29 8441.80.00 84.59 85.04 8705.40.00 9030.82.10
8412.2 8430.10.00 8442.30.10 84.60 8505.20.90 8705.90.90 9030.89.20
8412.3 8430.3 8442.30.20 84.61 8514.30.21 8906.90.00 9032.90.9
8412.80.00 8430.4 8442.30.90 84.62 8507.20.10 8709.19.00 9030.90.90
84.13 8430.50.00 8443.11 84.63 8507.30.19 8716.20.00 90.31
8414.10.00 8430.6 8443.12 84.64 8507.30.90 8901.20.00 9032.10
8414.30.19 8431.39.00 8443.13 84.65 8512.20.19 8901.30.00 9032.20.00
8414.30.99 8432.10.00 8443.14.00 84.67 8514.10.10 8901.90.00 9032.89.81
8414.40 8432.2 8443.15.00 84.68 8514.20.11 8902.00 9032.89.82
8414.59.10 8432.30 8443.16.00 8471.30 8514.30.11 8904.00.00 9032.89.83
8414.59.90 8432.40.00 8443.17 8471.41 8514.30.19 89.05 9032.89.90
Os créditos devem ser calculados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 1,65% para o
PIS/PSEP e de 7,6% para a COFINS sobre o valor:
b.1) 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição de máquinas e equipamentos destinados
ao ativo imobilizado; ou
b.2) 1/24 (um vinte e quatro avos) do valor de aquisição máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, acima relacionados, adquiridos a partir de 1º de outubro de 2004 e
empregados no processo industrial.
b.3) 1/12 (um doze avos) do valor de aquisição de máquinas e equipamentos novos, destinados à
produção de bens e serviços, adquiridos ou recebidos de maio de 2008 a 2 de agosto de 2011.
Observe-se que a opção de apurar créditos à taxa de 1/48 (um quarenta e oito avos) sobre o valor de
aquisição, referente máquinas e aos equipamentos incorporados ao ativo imobilizado e utilizados
para locação a terceiros, para produção de bens destinados à venda ou para prestação de serviços,
não alcança os veículos automotores, por falta de previsão legal, conforme determina o art. 1º do Ato
Declaratório Interpretativo nº 4/2015, publicado no DOU de 20.04.2015. É, entretanto, admitida a
apuração de créditos das referidas contribuições tão somente com base no encargo mensal de
depreciação, nos termos art. 3º, VI, c/c § 1º, III, da Lei nº 10.833/2003.
Nota:
No cálculo dos créditos não podem ser computados os valores decorrentes da reavaliação de
máquinas, equipamentos e edificações.
Na data da opção pelos créditos de "b1" ou "b2", em relação aos bens neles referidos, parcialmente
depreciados, as alíquotas devem ser aplicadas, conforme o caso, sobre a parcela correspondente a
1/48 ou 1/24 do seu valor residual.
Nota:
O critério adotado para a recuperação dos créditos decorrentes da aquisição de bens do ativo
imobilizado deve ser o mesmo para o PIS/PASEP e para a COFINS.
Exemplo
Considerando um bem adquirido por R$ 120.000,00, sujeito à taxa de depreciação de 10% ao ano, o
valor a ser descontado mensalmente de créditos será de:
1. Depreciação anual:
120.000 / 10 = R$ 12.000
2. Depreciação mensal:
12.000 / 12 = 1.000
3. Créditos Mensais:
Caso o bem admita depreciação acelerada incentivada em 24 meses, por exemplo, o valor dos
créditos será:
1. Depreciação mensal
120.000 / 24 = 5.000
2. Créditos Mensais:
Nota:
O valor dos créditos, em qualquer das modalidades, será o mesmo. A diferença está no prazo em
que esses créditos poderão ser descontados.
IX.2.2 Pessoas jurídicas localizadas nas áreas de atuação das extintas SUDENE e SUDAM
As pessoas jurídicas que tenham projeto aprovado para instalação, ampliação, modernização ou
diversificação, enquadrado em setores da economia considerados prioritários para o
desenvolvimento regional, em microrregiões menos desenvolvidas localizadas nas áreas de atuação
das extintas SUDENE e SUDAM, poderão descontar os créditos do PIS/PASEP e da COFINS
relativos à aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, destinados à
incorporação ao ativo imobilizado, no prazo de 12 meses.
Nota:
Nota:
O disposto neste tópico aplica-se aos vasilhames adquiridos a partir de 1º de maio de 2004.
Fundamentação: arts. 3º, § 16 e 15, II, da Lei nº 10.833/2003 , alterada pela Lei nº 13.097/2015
(LGL\2015\302); arts. 3º a 5º da Instrução Normativa SRF nº 457/2004.
Nota:
1. Essa forma de apropriação é válida somente para bens novos adquiridos ou recebidos a partir da
data de publicação da Medida Provisória 540/2011(LGL\2011\2851) (3 de agosto de 2011),
convertida na Lei nº 12.546/2011(LGL\2011\5153).
2. O regime de desconto de créditos no prazo de 12 (doze) meses continua aplicável aos bens novos
adquiridos ou recebidos a partir do mês de maio de 2008, até 2 de agosto de 2011.
a.3) nos códigos 84.29 ("Bulldozers", "angledozers", dentre outros), 84.32 (máquinas e aparelhos
para uso hortícola, dentre outros), 8433.20 (ceifeiras), 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01
(tratores), 87.02 (automóveis), 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06 (chassis com motor);
Em substituição à apuração dos créditos com base no valor dos encargos de depreciação, a Lei nº
11.488/2007(LGL 2007\2671) estabeleceu que as pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no
prazo de 24 meses, dos créditos do PIS/PASEP e da COFINS, na hipótese de edificações
incorporadas ao ativo imobilizado, adquiridas ou construídas para utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de serviços.
Nota:
O prazo de vida útil das edificações, para fins de depreciação, é de 25 anos ( Instrução Normativa
162/1998 (LGL 1998\1914) , Anexo II). Dessa forma, o presente benefício reduzirá esse prazo, para
fins de apuração dos créditos, a 2 anos.
Os créditos serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 1,65% (PIS/PASEP)
e 7,6% (COFINS), sobre o valor correspondente a 1/24 (um vinte e quatro avos) do custo de
aquisição ou de construção da edificação.
a) de terrenos;
Nota:
Diante o exposto, segue a regra geral de desconto dos créditos, sendo vedado, inclusive, em relação
à aquisição de bens de pessoa física.
Para os efeitos de aplicação do disposto acima, o valor das edificações deve estar destacado do
valor do custo de aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial. Os
valores dos custos com mão-de-obra e com aquisições de bens ou serviços não sujeitos ao
pagamento das contribuições também deverão ser contabilizados em subcontas distintas.
O presente benefício aplica-se somente aos créditos decorrentes de gastos incorridos a partir de 1º
de janeiro de 2007, efetuados na aquisição de edificações novas ou na construção de edificações.
O direito ao desconto de crédito aplicar-se-á a partir da data da conclusão da obra.
a.1) nos códigos 0801.3 (castanha de caju), 42.02 (Baús para viagem, malas e maletas), 50.04 a
50.07 (tecidos), 51.05 a 51.13 (lã, tecidos de pêlos, dentre outros), 52.03 a 52.12 (algodão, tecidos
de algodão), 53.06 a 53.11 (fios de linho, outros tecidos);
a.3) nos códigos 84.29 ("Bulldozers", "angledozers", dentre outros), 84.32 (máquinas e aparelhos
para uso hortícola, dentre outros), 8433.20 (ceifeiras), 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01
(tratores), 87.02 (automóveis), 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06 (chassis com motor); e
Os créditos serão determinados mediante aplicação dos percentuais de 1,65% e 7,6%, em relação
ao PIS/PASEP e à COFINS, respectivamente.
A apropriação deste crédito será extinta a partir de 1º de julho de 2012, conforme previsão contida no
artigo 51, inciso I da Lei nº 12.546/2011, que revoga o art. 1º da Lei nº 11.529/2007 a partir desta
data.
IX.2.5 Amortização
No caso de gastos com edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, cujo contrato estabeleça
período definido de utilização do imóvel, não há o que se falar em depreciação. Neste caso devem
ser aplicadas as regras de amortização.
Dessa forma, sobre o valor dos gastos será aplicada taxa anual de amortização fixada com base no
número de anos restantes de existência do direito ( Art. 327, I, do RIR/99). Sobre o resultado dessa
equação serão aplicadas as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS.
Essa indagação era pertinente, pois a legislação não trazia nenhuma especificação, levando a crer
que o desconto era admissível em relação a todos os bens e direitos, independentemente da data de
sua aquisição.
Para por fim a essa discussão, a Lei nº 10.865, em seu artigo 31, vedou, a partir 31.07.2004, o
desconto de créditos em relação à depreciação ou amortização de bens e direitos de ativos
imobilizados adquiridos até 30.04.2004.
Além da vedação, essa disposição nos trouxe duas conseqüências: a primeira, sobre a
admissibilidade do desconto de créditos em relação aos bens e direitos adquiridos a partir de
1º.05.2004; a segunda, que o crédito também era admissível em relação ao período de dúvida. Tão
admissível, que o legislador, ao vetá-los e conseqüentemente aumentar a carga tributária, respeitou
a anterioridade nonagesimal.
a) até 30.07.2004, o desconto de créditos abrangeu todos os bens e direitos de ativos imobilizados,
independentemente da data de sua aquisição;
Conforme determina o art. 9º da Instrução Normativa SRF nº 457/2004, as pessoas jurídicas devem
manter, durante o prazo de 10 anos, em boa guarda, à disposição da Receita Federal, os registros
contábeis ou planilhas que permitam a comprovação da utilização dos créditos sobre as
depreciações.
Na hipótese de o contribuinte não adotar o mesmo critério de apuração de créditos das contribuições
para todos os bens do seu ativo imobilizado, deverá manter registros contábeis ou planilhas em
separado para cada critério.
IX.3 Devoluções
O crédito também poderá ser calculado sobre o valor dos bens recebidos em devolução, no mês,
cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido
tributada na sistemática da "não cumulatividade". O valor do crédito será calculado mediante
aplicação da alíquota incidente na venda, e será apropriado no mês do recebimento da devolução.
Nota:
O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses subseqüentes.
Nota:
O direito ao crédito também alcançava as perdas nas operações de hedge realizadas nos mercados
financeiros ou de liquidação futura de taxas de juros, de preços de título ou valor mobiliário, de
mercadoria, de taxa de câmbio e de índices, desde que objetivassem a proteção de negócios
relacionados com a atividade operacional da empresa.
O direito a esse crédito, tratado no art. 84 da Lei nº 10.833/2003, foi revogado pelo art. 35 da Lei nº
11.051/2004. Veja a Instrução Normativa SRF nº 404/2004 (LGL 2004\3409) que disciplinava o
assunto.
Nota:
Ver novo tratamento dado aos ganhos nos mercados de liquidação futura, a partir de 30.12.2004,
pelo art. 32 da Lei nº 11.051/2004.
Entretanto, enquanto perdurar a redução a zero nas operações com papel imune, não haverá direito
a crédito em sua aquisição.
Nota:
O registro vincula uma série de dispositivos da legislação tributária havendo ainda previsão de
penalidade pelo não cumprimento dessa obrigação acessória.
Nota:
IX.8 Aquisição de resíduos, aparas ou desperdícios de papel, cobre, alumínio, dentre outros
Por outro lado, desde 1º.03.2006, como já foi mencionado, a incidência do PIS/PASEP e da COFINS
passou a ser suspensa no caso de venda de desperdícios, resíduos ou aparas tratados acima, para
pessoa jurídica que apure o imposto de renda com base no lucro real ( Art. 48 da Lei nº
11.196/2005).
Nota:
A redação referente a esse assunto, de acordo com a MP 252(LGL\2005\2847), com vigência entre
1º/10/2005 e 13/10/2005, tratava somente de sucatas de alumínio. Na conversão na Lei
11.196(LGL\2005\2739), foram incluídos desperdícios, resíduos ou aparas de plástico, de papel ou
cartão, de vidro, de ferro ou aço, de cobre, de níquel, de chumbo, de zinco, de estanho e demais
desperdícios e resíduos metálicos do Capítulo 81 da TIPI.
Esta previsão foi mantida no período de vigência da Medida Provisória nº 836/2018, que se iniciou
em 1º.9.2018, revogando os arts. 56 a 57-B da Lei nº 11.196/2005, bem como os § 15, § 16 e § 23
do art. 8º da Lei nº 10.865/2004. Contudo, por meio do Ato Declaratório do Presidente da Mesa do
Congresso Nacional nº 61/2018, sua vigência foi declarada encerrada em 10.10.2018.
Nota:
Nos termos da Lei nº 12.859/2013, essa disposição aplica-se também às aquisições dos produtos
cujas vendas são de:
a) 0,18% e 0,82%, para os fatos geradores ocorridos nos anos de 2013, 2014 e 2015;
Nota:
A Medida Provisória nº 694/2015 (LGL 2015\7731), publicada na Ed. Extra de 30.9.2015, determinou
que, a partir de 1º.1.2016, na importação de nafta petroquímica as alíquotas do
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação seriam respectivamente de: 1,11% e 5,02%, para
os fatos geradores ocorridos no ano de 2016.
A MP também revogava as letras "c" e "d" deste tópico, que preveem as alíquotas do
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação para os fatos geradores ocorridos em 2017 e a
partir de 2018.
O crédito decorrente da aquisição dos referidos produtos que a pessoa jurídica não conseguir utilizar
até o final de cada trimestre-calendário poderá ser:
Nota:
O saldo de créditos apurados pelas indústrias petroquímicas, existente em 8.05.2013, poderá, nos
termos e prazos fixados em regulamento:
a) ser compensado com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados
pela RFB, observada a legislação específica aplicável à matéria; ou
Nota:
O art. 57-B da Lei 11.196/2005), foi revogado pela Medida Provisória nº 694/2015 (LGL 2015\7731) ,
produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.
Contudo, referida MP teve seu prazo de vigência encerrado no dia 8.3.2016. Porém referido artigo foi
revogado novamente pela Medida Provisória nº 836/2018, que, por sua vez teve seu período de
vigência encerrado em 10.10.2018.
O crédito presumido será estabelecido com parâmetro nas oscilações de preço do etanol no
mercado.
Vale mencionar que o crédito presumido decorrente da aquisição dos produtos mencionados no
subtópico IX.9, que a pessoa jurídica não conseguir utilizar até o final de cada trimestre-calendário
poderá ser:
Diante de tal vedação, ficou a dúvida se poderia haver desconto de créditos do PIS/PASEP e da
COFINS em relação às aquisições de contribuintes optantes pelo Simples Nacional, haja vista que
tais tributos estão inseridos no regime unificado.
Neste caso, é vedado o aproveitamento do crédito em relação às parcelas excluídas ( Art. 13 da Lei
nº 10.925/2004).
As pessoas jurídicas que adquirirem, a partir de 1º.04.2006, no mercado interno, para incorporação
ao seu ativo imobilizado, equipamentos de controle de produção, inclusive medidores de vazão
condutivímetros, aparelhos para controle, registro, gravação e transmissão dos quantitativos
medidos, poderão deduzir do PIS/PASEP e da COFINS apurados em cada período créditos
presumidos relativos ao ressarcimento do custo de sua aquisição, nos termos e condições fixados
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, inclusive quanto às especificações técnicas desses
equipamentos.
Os créditos presumidos serão calculados com base no valor de aquisição do bem e apropriados no
mesmo prazo em que se der a aquisição ou financiamento, proporcionalmente a cada mês,
multiplicando-se, para efeito de rateio entre as contribuições:
a) pelo fator de 0,177, no caso do crédito do PIS/PASEP; e
Destaca-se que os créditos somente poderão ser utilizados no desconto do valor do PIS/PASEP e da
COFINS apurados no regime de incidência não-cumulativa, ou seja, os contribuintes do regime
cumulativo não poderão se beneficiar de tais créditos presumidos.
Nota:
Os créditos presumidos:
a) serão apropriados no prazo mínimo de 1 (um) ano, contado a partir de 24.06.2008, data da
publicação da Lei nº 11.727/2008 (LGL\2008\2950), na hipótese de aquisições efetuadas
anteriormente a essa data; e
b) não poderão ser utilizados concomitantemente com os créditos calculados na forma do inciso VI
do caput do artigo 3º das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003 ou do artigo 2º da Lei nº 11.051/2004
(desconto de créditos com base na depreciação ou no custo de aquisição do bem).
Nota:
O art. 58-R da Lei. nº 10.833/2003 foi revogado pelo art. 169, III, "b", da Lei nº 13.097/2015, com
efeitos a partir de 1º.5.2015.
Os créditos presumidos serão apropriados no próprio mês em que forem apurados, observados os
limites máximos de valores fixados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, multiplicando-se,
para efeito de rateio entre as contribuições:
O art. 58-R da Lei. nº 10.833/2003 foi revogado pelo art. 169, III, "b", da Lei nº 13.097/2015
(LGL\2015\302), com efeitos a partir de 1º.5.2015.
Um desses impactos referem-se aos bens oriundos de contratos de arrendamento mercantil, que
passaram, em alguns casos, a ser ativados pelo arrendatário ("adquirente"), na forma prevista na
Resolução CFC nº 1.304/2010(LGL\2008\3283).
Essa polêmica foi resolvida com a própria Medida Provisória nº 449(LGL\2008\3150), convertida,
como já mencionado, na Lei nº 11.941/2009(LGL\2009\2056), que instituiu o Regime Tributário de
Transição (RTT), cujo objetivo é anular, para fins fiscais, os efeitos das alterações introduzidas pela
Lei nº 11.638/2007(LGL\2007\2819) e pelos artigos 36 e 37 da própria Lei nº 11.941/2009.
Dessa forma, para cumprir com os requisitos da legislação societária e contábil, o contribuinte deverá
observar as novas regras referentes ao registro dos contratos de arrendamento mercantil,
especificados na Resolução CFC nº 1.304/2010(LGL\2008\3283), a qual determina, quando
presentes algumas condições, a ativação do bem no imobilizado.
Para anular os efeitos fiscais dessa mudança em relação ao critério de registro contábil, o
contribuinte poderá optar pelo Regime Tributário de Transição (RTT). Com isso, será possível o
desconto de créditos do PIS/PASEP e da COFINS em relação às contraprestações com
arrendamento mercantil.
Nota:
É importante sempre observar que a adoção do RTT irradia efeitos em relação ao IRPJ, à CSLL, ao
PIS/PASEP e à COFINS, nos termos do artigo 21 da Lei nº 11.941/2009.
Destaca-se, todavia, que o contribuinte não poderá descontar créditos sobre as despesas de
depreciação, de acordo com as novas práticas contábeis, e, ainda, sobre as despesas com
arrendamento mercantil, de acordo com a legislação tributária.
Ou seja, na hipótese de adoção do RTT, o contribuinte deverá apurar créditos sobre o valor das
contraprestações com arrendamento mercantil, ficando impedido de descontar créditos sobre os
valores relativos à depreciação desses bens arrendados.
Não sendo adotado o RTT, o cálculo dos créditos deverá seguir as regras aplicáveis aos demais
bens ativados, detalhadas no tópico IX.2 (DOC 2012\189) .
Nota:
1. A Lei nº 12.973/2014 (LGL 2014\3934) revogou, com efeitos a partir de 01.01.2015, as regras
aplicáveis ao RTT previstas na Lei nº 11.941/2009 (LGL 2009\2056), salvo se a pessoa jurídica optar
pela aplicação antecipada dessas disposições para o ano-calendário de 2014.
2. De acordo com as novas regras introduzidas pela referida lei, no caso de operação de
arrendamento mercantil não sujeita ao tratamento tributário previsto na Lei no 6.099/1974 (LGL
1974\11), em que haja transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do
ativo, o valor da contraprestação deverá ser computado na base de cálculo da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS pela pessoa jurídica arrendadora.
As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de tributação de que tratam as Leis nos 10.637/2002 (LGL
2002\598), e 10.833/2003 (LGL 2003\670) , poderão descontar créditos calculados sobre o valor do
custo de aquisição ou construção dos bens arrendados proporcionalmente ao valor de cada
contraprestação durante o período de vigência do contrato.
Muito se discutiu sobre a existência ou não de prazo para a utilização dos créditos decorrentes da
não cumulatividade das contribuições sociais. Para sanar a dúvida, alguns contribuintes ingressaram
com consultas formais perante a Receita Federal do Brasil para verificar o posicionamento da
administração tributária em relação ao assunto e, as decisões exaradas pelas Regiões Fiscais eram
divergentes.
Os fatos geradores dos direitos creditórios referidos no art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e no art. 3º
da Lei nº 10.833, de 2003, têm natureza complexiva e aperfeiçoam-se no último dia do mês da
apuração.
O termo de início para contagem do prazo prescricional relativo aos direitos creditórios referidos no
art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e no art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, é o primeiro dia do mês
subsequente ao de sua apuração;
Assim, a partir dessa decisão, que vincula a administração tributária, os créditos deverão ser
utilizados em 5 (cinco) anos contados a partir do primeiro do mês subsequente ao de sua apuração
e, findo esse prazo, os créditos remanescente não utilizados devem ser baixados contabilmente
como perda.
X Conceito de insumo
Esta é uma definição importante porque é decisiva para esclarecer quais os custos que geram direito
a crédito na sistemática do PIS/PASEP e da COFINS "não-cumulativos", principalmente para as
pessoas jurídicas prestadoras de serviço.
Após diversas alterações, o dispositivo que trata do desconto de créditos em relação a insumos está
assim redigido:
"Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados
em relação a:
(...)
a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no
ativo imobilizado; e
Nota:
O crédito na aquisição de bens ativáveis se dará pela depreciação, observadas as restrições tratadas
no tópico próprio.
Nota:
Não será possível o crédito quando os serviços contratados junto a terceiros, ainda que pessoas
jurídicas, se destinem a atividades-meio da pessoa jurídica contratante.
Pelo fato de a sistemática não traduzir uma verdadeira "não cumulatividade", como dito antes, tendo
a legislação adotado a técnica de listar os desembolsos que geram direito a crédito, muitas despesas
normais e usuais na atividade comercial, além das nominalmente citadas na legislação (energia
elétrica, aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, contraprestação de operações de
arrendamento mercantil e depreciação/amortização de edificações e benfeitorias em imóveis próprios
ou de terceiros), ficaram de fora da base de cálculo dos créditos.
Assim, numa interpretação conservadora, é possível afirmar que não geram direito a crédito, entre
outras, as seguintes despesas comerciais:
a) corretagens;
b) conservação de instalações; e
c) despesas postais.
Não é demasiado destacar que o direito ao crédito somente se aplica nas hipóteses em que
preenchidos todos os requisitos mencionados anteriormente. Dessa forma, não basta termos uma
simples despesa com aluguel de máquinas, é necessário que o bem seja utilizado nas atividades da
empresa.
b) pessoa jurídica transportadora, optante pelo Simples Federal, poderá descontar, da Cofins e do
PIS/PASEP devidos em cada período de apuração, crédito calculado sobre o valor dos pagamentos
efetuados por esses serviços.
O montante do crédito presumido será determinado mediante aplicação, sobre o valor dos
pagamentos aos subcontratados, de alíquota de 5,7% para a COFINS, e de 1,23% para o
PIS/PASEP.
Nota:
O montante de crédito presumido será igual ao resultado da aplicação do percentual de 0,65% para
o PIS/PASEP e de 3,0% para a COFINS sobre o valor do estoque.
Nota:
O crédito sobre o estoque será utilizado em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas, a partir de
1º de dezembro de 2002 para o PIS/PASEP e a partir de 1º de fevereiro de 2004 para a COFINS.
Exemplo:
Considerando que o valor dos estoques existentes em 1º.12.2002 fosse de R$ 120.000,00, o valor de
créditos do PIS a ser descontado seria:
Considerando que houvesse o mesmo valor de estoque em 1º.02.2004, o valor dos créditos a serem
descontados da COFINS seria:
120.000 x 3% = R$ 3.600,00
A pessoa jurídica que, tributada com base no lucro presumido ou optante pelo Simples Nacional (ou
pelo extinto Simples Federal), passar a ser tributada com base no lucro real, na hipótese de
sujeitar-se à incidência "não cumulativa" do PIS e da COFINS, terá direito ao aproveitamento do
crédito presumido, calculado sobre o estoque de abertura dos bens, quando adquiridos para revenda
ou utilizados como insumo na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de
serviços que geram direito ao aproveitamento de crédito, devidamente comprovado, na data da
mudança do regime de tributação.
A pessoa jurídica deverá realizar o inventário e valorar o estoque segundo os critérios adotados para
fins do imposto de renda, fazendo os devidos lançamentos contábeis, na data em que adotar o
regime de tributação com base no lucro real.
O crédito presumido assim apurado será utilizado em 12 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a
partir do primeiro mês de apuração das contribuições na sistemática da "Não-cumulatividade".
XII.3 Apuração proporcional dos créditos na existência de receitas não abrangidas pela
sistemática da não cumulatividade
Para tanto, a pessoa jurídica deverá alocar, a cada mês, separadamente para a modalidade de
incidência as parcelas dos custos respectivos.
a) apropriação direta, inclusive, em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade de
custos integrada e coordenada com a escrituração; ou
b) rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relação percentual
existente entre a receita bruta sujeita à incidência não cumulativa e a receita bruta total, auferidas em
cada mês.
Nota:
O método eleito pela pessoa jurídica será aplicado consistentemente por todo o ano-calendário.
Para tanto, aplicam-se ao caput deste artigo, no que couber, as disposições previstas nos §§ 8º e 9º
do art. 3º da Lei nº 10.637/2002, e nos §§ 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 10.833/2003, que tratam dos
métodos a serem utilizados para a segregação.
a) apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade de
custos integrada e coordenada com a escrituração; ou
b) rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relação percentual
existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e a receita bruta total, auferidas em
cada mês.
Nota:
O método eleito pela pessoa jurídica para determinação do crédito será aplicado consistentemente
por todo o ano-calendário tanto para o PIS/PASEP quanto para a COFINS.
A Instrução Normativa SRF nº 387/2004(LGL 2004\3135) exige que a pessoa jurídica sujeita à
sistemática da "não-cumulatividade" mantenha controle de todas operações que influenciem a
apuração do valor devido das contribuições e dos respectivos créditos a serem descontados,
deduzidos, compensados ou ressarcidos, especialmente quanto:
Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.052/2010 (LGL 2010\13082) foi instituída a Escrituração
Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS (EFD-PIS/COFINS) que é parte
integrante do SPED.
Devem também ser escriturados os valores retidos na fonte em cada período, outras deduções
utilizadas e, em relação às sociedades cooperativas, no caso de sua incidência concomitante com a
contribuição incidente sobre a receita bruta, a Contribuição para o PIS/Pasep sobre a Folha de
Salários.
Nota:
O valor dos créditos apurados não constitui receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para
dedução do valor devido da contribuição, não ensejando também atualização monetária ou
incidência de juros sobre os respectivos valores.
Para esclarecer essa questão foi publicado no DOU de 30 de março de 2007 o Ato Declaratório
Interpretativo SRF nº 3/2007(LGL\2007\143), que trata sobre os efeitos dos créditos no IRPJ e na
CSLL. Assim, segundo referido ADI, o valor dos créditos do PIS/PASEP e da COFINS, apurados no
regime não-cumulativo não constitui:
a) receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para dedução do valor devido das referidas
contribuições;
b) hipótese de exclusão do lucro líquido, para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Também foi ratificado que os créditos não poderão constituir-se simultaneamente em direito de
crédito e em custo de aquisição de insumos, mercadorias e ativos permanentes.
Como regra, os créditos do PIS/PASEP e da COFINS serão utilizados para abater o valor das
contribuições devidas em cada mês.
Exemplo:
Empresa comercial
Depreciação: R$ 300,00
Considerando os débitos apurados no exemplo 1 do tópico VIII (DOC 2012\189) , o montante devido
após as deduções será:
Nota:
Caso o valor excedente ainda seja superior às contribuições apuradas em meses seguintes, e esteja
vinculado a operações não tributadas, tais como exportação e beneficiadas por alíquota zero, haverá
possibilidade de ressarcimento e/ou compensação de tais créditos.
Para saber mais sobre o assunto, consulte Roteiro " Ressarcimento e Compensação de Créditos do
PIS/PASEP e da COFINS - Roteiro de Procedimentos (DOC 2012\126) ".
a) valores de PIS/PASEP e da COFINS retidos na fonte por outras pessoas jurídicas para as quais
prestou serviços sujeitos à retenção ou por órgãos públicos e estatais federais ou estaduais sobre os
recebimentos decorrentes de fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral, inclusive
obras;
Nota:
Para obter mais informações sobre compensação, consulte o Roteiro " Compensação de débitos
com créditos relativos a tributos federais e precatórios - Roteiro de Procedimentos".
Fundamentação: ADE CORAT 80/2003 (LGL 2003\3332) ; ADE CORAT 26/03 (LGL 2003\1224) .
As contribuições ao PIS/Pasep e a COFINS devem ser pagas de forma centralizada na matriz, até o
vigésimo quinto dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. Na prática, todo
dia 25.
Caso o dia do vencimento não seja dia útil, deve haver a antecipação do vencimento para dia útil
anterior.
Nota:
1. Até os fatos geradores ocorridos em setembro de 2008 (vencimento em outubro de 2008), o prazo
para recolhimento dessas contribuições correspondia ao último dia útil do segundo decêndio
subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. Na prática, todo dia 20.
2. Anteriormente a 22 de janeiro de 2007, esse prazo era até o último dia útil da primeira quinzena do
mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores.
Fundamentação: art. 10 da Lei nº 10.637/2002 e art. 11 da Lei nº 10.833/2003.
Em regra, como decorrência das contribuições para o PIS e a COFINS, o contribuinte deverá enviar
à Receita Federal do Brasil, as seguintes declarações/demonstrativo:
a) DCTF - onde informará o valor do débito já líquido das retenções sofridas, bem assim, a forma de
quitação do débito;
b) DACON - onde informará diversos valores que permitirão a averiguação da forma de cálculo das
contribuições.
c) EFD-PIS/COFINS - onde informará todas as suas receitas, as aquisições com direito aos créditos
da não cumulatividade, bem como a apuração das conribuições sociais. Para mais informações
sobre EFD-PIS/COFINS veja o Roteiro EFD-PIS/COFINS - Regras gerais e dúvidas de
preenchimento - Roteiro de Procedimentos.
a) pessoa jurídica ingressou no lucro real a partir de 1º de janeiro de 2003 ou de 2004, seja por
opção, por início de atividade, inclusive em decorrência de fusão ou cisão, ou por estar obrigada à
sua apuração;
b) pessoa jurídica, não legalmente obrigada ao lucro real, adotou essa forma de apuração em 2002
ou 2003, mas, a partir de 1º de janeiro de 2003 ou de 2004, adotou outra forma de apuração do
IRPJ, inclusive opção pelo Simples Federal ou pelo Simples Nacional ou passou a apurar o IRPJ
pelo lucro arbitrado, no curso do ano-calendário, ou no início do ano-calendário seguinte, por se
verificarem as hipóteses listadas no art. 530 do RIR/99;
c) pessoa jurídica que tenha seu lucro arbitrado pelo fisco e que, no período abrangido pelo
arbitramento, tenha se submetido à sistemática da "não-cumulatividade".
"A pessoa jurídica que, tributada com base no lucro presumido, passar a adotar o regime de
tributação com base no lucro real, terá, na hipótese de, em decorrência dessa opção, sujeitar-se à
incidência não-cumulativa da contribuição para o PIS/Pasep, direito a desconto correspondente ao
estoque de abertura dos bens e ao aproveitamento do crédito presumido na forma prevista neste
artigo."
A solução legal adotada é clara e deve ser aplicada de forma permanente, qualquer que seja a data
de ingresso no lucro real, a partir de janeiro de 2003 ou 2004, inclusive no caso de exclusão do
REFIS, sem possibilidade de opção pelo lucro presumido ou arbitrado.
Sem embargo de eventual disciplinamento que vier a ser dado pelo fisco, a nosso ver na mudança
do lucro real para o presumido ou arbitrado ou ainda na ocorrência de opção pelo Simples Federal
ou pelo Simples Nacional, hipóteses da letra "b", o contribuinte poderá manter o saldo de créditos
registrados em sua contabilidade, apurado até o último dia de apuração pelo regime não-cumulativo.
Tal saldo,obviamente, não poderá ser utilizado durante o período em que for tributado pelo Lucro
Presumido, Arbitrado ou Simples. Contudo, poderá voltar a ser utilizado quando de seu retorno ao
lucro real.
Atente-se que a manutenção do saldo de créditos conforme disposto acima, deverá considerar
efetivo controle dos estoques adquiridos no período em que o contribuinte não esteja no Lucro Real -
isso em decorrência dos estoques de abertura a que terá direito por ocasião da volta ao Lucro Real
(cuidado a ser tomado a fim de evitar o desconto de créditos sobre o mesmo valor de forma
concomitante).
Já, no caso de arbitramento do lucro tributável por ação do Fisco, hipótese da letra "c", entendemos
que caberá o "recálculo" do PIS devido no período do arbitramento (aplicando-se a alíquota de
0,65%, desconsiderando-se os créditos aproveitados no período).
A seguir, transcrevemos decisão em processo de consulta tratando sobre o assunto, emanada pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil:
Ementa: Distribuidor de Combustível. Direito à Crédito. O valor dos créditos, no caso de incidência
parcial das receitas sujeitas a cumulatividade e a não-cumulatividade, será determinado
exclusivamente em relação aos custos, despesas e encargos vinculados à receita não-cumulativa e
à parcela dos custos, despesas e encargos comuns, referentes à receita não-cumulativa,
determinada alternativamente pelo método da apropriação direta ou do rateio proporcional.
Dispositivos Legais: Lei Nº 10.833, de 2003, art. 3o, II e VI, e § 1o e 2o; Decreto Nº 3.000, de 1999,
art. 346; IN SRF Nº 404, de 2004, art. 8º.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Arts. 1º e 2º do Decreto Nº 5.630, de 2005; art.3º, §2º, II, da Lei Nº 10.637,
de 2002; art.17 da Lei Nº 11.033 de 2004.
Ementa: O destaque em nota fiscal do valor do ICMS cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador
de serviços na condição de substituto tributário é condição necessária para exclusão deste valor da
base de cálculo da Cofins . No caso de distribuidora de energia elétrica, o valor do ICMS incidente
sobre as operações de distribuição não pode ser excluído da base de cálculo da contribuição, visto
que nesta operação, o valor do ICMS engloba o imposto devido na condição de contribuinte e na
condição de responsável por substituição tributária.
Dispositivos Legais: Art. 3o, § 2o, I, da Lei no 9.718, de 1998, art. 3º, § 2º, I; Decreto nº 4.524, de
2002, art. 22, IV; e Parecer Normativo CST nº 77 de 1986.
Nota: