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Cofins/PIS-Pasep -

Incidência não cumulativa


Procedimento Atualizado: Em face da
publicação da Medida Provisória nº
1.185/2023 (DOU 1 de 31.08.2023), este
procedimento foi atualizado. Tópicos
atualizados: 7.1 Exclusões da base de cálculo,
letra "o" (inclusão de Nota) 7.6 Beneficiárias
de subvenções governamentais (Nota 2)
Resumo: Este procedimento discorre sobre o
cálculo da contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins devido no regime de incidência não
cumulativa, abordando, entre outros
aspectos, a base de cálculo, a alíquota, as
deduções de créditos, bem como o prazo
para pagamento das contribuições devidas
nessa modalidade de tributação.
Sumário
1. QUADRO SINÓTICO

2. CONTRIBUINTES

2.1 Contribuintes sujeitos ao regime não


cumulativo

2.2 Contribuintes sujeitos ao regime


cumulativo

2.3 Não contribuintes

2.4 Contribuintes da Cofins

2.5 Contribuintes sujeitos ao regime não


cumulativo e regime cumulativo

3. FATO GERADOR

4. NÃO INCIDÊNCIA

4.1 Exportação

4.2 Querosene de aviação

4.3 Biodiesel

4.4 Itaipu Binacional

4.5 Crédito presumido de IPI


5. ISENÇÃO

5.1 Empresas públicas e sociedades de


economia mista

5.2 Estaleiros navais

5.3 Mercadorias ou serviços em


embarcações e aeronaves de tráfego
internacional

5.4 Loja franca

5.5 Transporte internacional e frete

5.6 Doações recebidas por instituições


financeiras públicas

5.7 Itaipu Binacional

5.8 Prouni

5.9 Máquinas, Equipamentos e Materiais


(Brasil/Ucrânia)

5.10 Serviços de telecomunicações

5.11 Venda a varejo de componentes e


equipamentos de rede, terminais e
transceptores

6. SUSPENSÃO DA COFINS E DA
CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS-PASEP

7. BASE DE CÁLCULO

7.1 Exclusões da base de cálculo

7.2 Exclusão do ICMS da base de cálculo

7.3 Vale-pedágio - Empresas


transportadoras de carga

7.4 Sociedades cooperativas

7.5 Agências de publicidade e propaganda

7.6 Beneficiárias de subvenções


governamentais

7.7 Contratadas em parceria público-


privada

7.8 Contratos com a administração


pública

7.9 Fabricantes e importadores de


veículos

7.10 CCEE

7.11 Doações ou patrocínios - Lei Rouanet

7.12 Atualização do valor de estoques de


produtos agrícolas, animais e extrativos

7.13 Concessionárias ou permissionárias


de transporte público de passageiros

8. ALÍQUOTAS

8.1 Alíquotas diferenciadas


8.2 Alíquotas zero

8.3 Receitas financeiras

9. DESCONTO DE CRÉDITOS DA COFINS E


DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS-PASEP

9.1 Vedações ao desconto de créditos da


Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep

9.2 Deduções de créditos na apuração da


Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep

9.2.1 Definição de insumos

9.2.2 Exclusão do ICMS da base de cálculo


dos créditos das contribuições

9.3 Exportação

9.4 Não gera direito a crédito

9.5 Abrangência do direito ao desconto de


créditos da Cofins e da contribuição para o
PIS-Pasep

9.6 Determinação dos créditos da Cofins e


da contribuição para o PIS-Pasep

9.7 Desconto de créditos sobre as


aquisições de bens e serviços de pessoa
jurídica optante pelo Simples Nacional -
Admissibilidade

9.8 Manutenção dos créditos da Cofins e


da contribuição para o PIS-Pasep

9.9 Manutenção dos créditos da Cofins e


da contribuição para o PIS-Pas sobre
aquisições de Microempreendedor
Individual (MEI)

10. DEDUÇÃO DE CRÉDITO PRESUMIDO -


HIPÓTESES

10.1 Produtores de açúcares de cana

10.2 Pessoas jurídicas, inclusive


cooperativas, produtoras de vinho de uvas
frescas classificado no código 22.04 da NCM

10.3 Pessoas jurídicas fabricantes e


importadoras obrigados ao recolhimento da
taxa de selo de controle de relógios de pulso
e de bolso

10.4 Pessoa jurídica fabricante de


produtos destinados ao uso em hospitais,
clínicas, consultórios médicos e campanhas
de vacinação

11. FATURAMENTO MISTO (RECEITAS


SUJEITAS PARTE NO REGIME
CUMULATIVO E OUTRA PARTE NO NÃO
CUMULATIVO)

12. OPERAÇÕES COM IMÓVEIS - CUSTO


ORÇADO

13. CRÉDITO PRESUMIDO APURADO


SOBRE OS ESTOQUES
14. ZFM e ALC

15. REGIME DE SUBSTITUIÇÃO


TRIBUTÁRIA

16. COMPENSAÇÃO E RESSARCIMENTO


DE CRÉDITOS DO PIS-PASEP E DA COFINS

16.1 Formulário Digital Solicitação de


Ressarcimento

17. PAGAMENTO

18. TRATAMENTO DA CONTRAPARTIDA


DOS CRÉDITOS DO PIS-PASEP E DA
COFINS NÃO CUMULATIVOS
.
1. QUADRO SINÓTICO
Por meio da Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , a Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil (RFB) consolidou as normas
sobre a apuração, a cobrança, a fiscalização,
a arrecadação e a administração da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, no
mercado interno e na importação.
A consolidação das normas da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins, não se aplica:
a) ao Regime Especial Tributário do
Patrimônio de Afetação (RET - Lei nº
10.931/2004 ); e
b) ao Simples Nacional, exceto quanto às
disposições específicas previstas na Lei
Complementar nº 123/2006 .
Importante
(1) Para efeitos do disposto na Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , as
referências à Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos
Industrializados ( Tipi ) corresponde
àquela aprovada pelo Decreto nº
11.158/2022 , observando-se que
(Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022
, art. 3º ):
a) os códigos originários de leis e
decretos que fundamentam a elaboração
da Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , estão atualizados conforme
os respectivos códigos correspondentes
da Tipi aprovada pelo Decreto nº
11.158/2022 ; e
b) eventuais alterações futuras da Tipi
que acarretem modificação da
classificação fiscal dos produtos
mencionados na Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 não afetarão as
disposições a eles aplicadas com base
na classificação anterior.
(2) A consulta sobre classificação fiscal
de mercadorias no âmbito da RFB possui
rito próprio definido na Instrução
Normativa RFB nº 2.057/2021 , devendo
ser apresentada por meio do e-CAC e:
a) ser formulada obrigatoriamente no
formato digital, de acordo com o modelo
constante do Anexo Único; e
b) conter assinatura eletrônica avançada
ou qualificada, nos termos dos arts. 4º e
5º do Decreto nº 10.543/2020 .
A consulta formulada por interessado
que seja detentor de certificado digital
ou que esteja obrigado, por legislação
específica, à sua utilização deverá conter
assinatura eletrônica qualificada.
Enquanto não implementada a
funcionalidade de assinatura avançada
no e-CAC, a consulta formulada pelo
interessado que não seja detentor de
certificado digital ou que não esteja
obrigado, por legislação específica, à sua
utilização deve conter assinatura manual
digitalizada, acompanhada de cópia
digitalizada do documento original de
identificação do signatário.
Somente em caso de falha ou
indisponibilidade dos sistemas
informatizados da RFB que impeça a
transmissão de documentos por meio do
e-CAC, a entrega poderá ser feita,
excepcionalmente, em unidade da RFB,
em formato digital.
No caso de órgão público da
administração direta poderá apresentar
consulta pelo e-CAC ou formular a
consulta por escrito, de acordo com o
modelo constante do Anexo Único,
dirigida ao Coordenador-Geral de
Tributação (Cosit).
As soluções de consulta, a partir da data
de sua publicação têm efeito vinculante
no âmbito da RFB e respaldam o sujeito
passivo que as aplicar, ainda que não
seja o respectivo consulente, desde que
a mercadoria se enquadre nas
características descritas na ementa, sem
prejuízo da verificação de seu efetivo
enquadramento pela autoridade fiscal
em procedimento de fiscalização. Para
esse efeito, serão observados os atos
normativos, as soluções de consulta e de
divergência sobre a mercadoria
consultada proferidas pela Cosit, bem
como os atos e as decisões a que a
legislação atribua efeito vinculante.
A solução de consulta e a solução de
divergência terão o número, o assunto, a
ementa e os dispositivos legais:
a) publicados no Diário Oficial da União
(DOU);
b) divulgados no ambiente externo do
sistema Normas, disponível no endereço
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta,
e no ementário do sistema Atos
Decisórios, disponível no endereço
https://atosdecisorios.receita.fazenda.gov.br/consultaweb/index.jsf;
e
c) será também divulgado no sistema
Normas, disponível no endereço referido
na letra "b", o texto integral da solução
de consulta e da solução de divergência,
com exceção do número do processo
digital, dos dados cadastrais do
consulente, dos dados sigilosos da
mercadoria e de qualquer outra
informação que permita a identificação
do consulente e de outros sujeitos
passivos.
Vale ressaltar que, as descrições e os
códigos de classificação fiscal de
mercadorias na NCM são muito
importantes para definir a tributação da
contribuição para o PIS-Pasep, da
Cofins, bem como do IPI e do ICMS.
As pessoas jurídicas que
auferirem receitas,
Contribuintes independentemente de sua
denominação ou classificação
contábil, exceto as previstas
no subtópico 2.3
Estão sujeitas à Cofins e à
contribuição para o PIS-
Pasep na modalidade não
Sujeição ao cumulativa as pessoas
regime não jurídicas não submetidas ao
cumulativo regime cumulativo, dentre
elas as optantes pelo lucro
real, exceto as previstas no
subtópico 2.1
É o auferimento de receitas
pelas pessoas jurídicas, o que
Fato gerador ocorre quando as receitas
são consideradas realizadas.
Veja o tópico 3
É o total das receitas
auferidas no mês pela pessoa
Base de cálculo jurídica, independentemente
de sua denominação ou
classificação contábil. Veja o
tópico 7 .
Ressalvadas as hipóteses de
suspensão, isenção, alíquota
zero ou alíquotas
diferenciadas tratadas neste
Alíquotas texto, as alíquotas previstas
para o regime de incidência
não cumulativa são:
a) 1,65% para o PIS-Pasep; e
b) 7,6% para a Cofins.
Veja o tópico 8 .
Créditos Do valor das contribuições
apuradas no regime não
cumulativo a pessoa jurídica
poderá descontar créditos
calculados nas hipóteses
mencionadas no tópico 9 .
Na hipótese de a pessoa
jurídica sujeitar-se à
incidência não cumulativa da
contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins em relação
apenas a parte de suas
receitas, o crédito será
apurado exclusivamente em
relação aos custos, despesas
e encargos vinculados a
essas receitas.
O crédito será determinado, a
critério da pessoa jurídica,
Faturamento pelo método de:
a) apropriação direta,
misto inclusive em relação aos
custos, por meio de sistema
de contabilidade de custos
integrada e coordenada com
a escrituração; ou
b) rateio proporcional,
aplicando-se aos custos,
despesas e encargos comuns
a relação percentual
existente entre a receita
bruta sujeita à incidência não
cumulativa e a receita bruta
total, auferidas em cada mês.
Veja o tópico 11 .
Prazo de O PIS-Pasep e a Cofins
pagamento devem ser pagas até o 25º
dia do mês subsequente ao
de ocorrência do fato
gerador. Se o dia do
vencimento não for dia útil,
considerar-se-á antecipado o
prazo para o primeiro dia útil
que o anteceder.
Atenção: Em decorrência da
pandemia relacionada ao
Coronavírus foram
prorrogados os prazos de
recolhimento do PIS-Pasep e
da Cofins, relativas às
competências março e abril
de 2020. Veja sobre mais
sobre o assunto no tópico 17 .
O Darf para recolhimento das
contribuições deve ser
preenchido com os seguintes
Preenchimento código de receita (campo
do Darf 04):
a) 5856 para a Cofins; e
b) 6912 para a contribuição
ao PIS-Pasep.

.
2. CONTRIBUINTES
São contribuintes da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita
ou faturamento as pessoas jurídicas de direito
privado e as que lhes são equiparadas pela
legislação do Imposto sobre a Renda da
Pessoa Jurídica (IRPJ), inclusive:
a) as empresas públicas, as sociedades
de economia mista e suas subsidiárias, as
sociedades civis de profissões
legalmente regulamentadas, bem como
as sociedades cooperativas (Lei
Complementar nº 70/1991 , art. 1º ; Lei nº
9.715/1998 , art. 2º , I);
b) as empresas comerciais exportadoras,
em relação às operações na condição de
contribuinte - veja a nota a seguir; (Lei nº
9.363/1996 , art. 2º , § 6º; Lei nº
10.637/2002 , art. 7º , § 3º; Lei nº
10.833/2003 , art. 9º , § 3º);
 Nota
A empresa comercial exportadora que
houver adquirido mercadorias de outra
pessoa jurídica com o fim específico de
exportação para o exterior ficará sujeita
ao pagamento, na condição de
responsável, da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins que deixaram de ser
pagas pela empresa vendedora em razão
não incidência das referidas
contribuições, conforme disposto no
inciso III do art. 20 da Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , na
hipótese de no prazo de 180 dias,
contado da data da emissão da nota
fiscal pela vendedora, não comprovar o
embarque das mercadorias para o
exterior. A responsabilidade mencionada
não afasta a obrigação de pagamento
devido pela empresa comercial
exportadora, na condição de contribuinte,
da contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins incidentes sobre as vendas no
mercado interno das mercadorias
adquiridas e não exportadas.
c) as entidades submetidas aos regimes
de liquidação extrajudicial e de falência,
em relação às operações efetuadas
durante o período em que perdurarem os
procedimentos para a realização do seu
ativo e o pagamento do passivo (Lei nº
9.430/1996 , art. 60 ); e
d) as sociedades em conta de
participação, devendo o sócio ostensivo
efetuar o pagamento das contribuições
incidentes sobre a receita bruta do
empreendimento, não sendo permitida a
exclusão de valores devidos a sócios
participantes (Decreto-Lei nº 2.303/1986
, art. 7º ; e Lei nº 10.406/2002 , arts. 991
a 996 ).
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 ,
art. 13 ; Lei Complementar nº 70/1991 ,
art. 1º ; Lei nº 9.715/1998 , art. 2º , I; Lei
nº 9.718/1998 , art. 2º ; Lei nº
10.637/2002 , art. 4º ; e Lei nº
10.833/2003 , art. 5º ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 7º e
8º )
.

2.1 Contribuintes sujeitos ao regime não


cumulativo
São contribuintes da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins no regime de apuração não
cumulativa as pessoas jurídicas e
equiparadas, exceto aquelas enquadradas no
regime cumulativo, ou se tratar de entidade
imune a impostos (veja o subtópico 3.2).
Em decorrência da obrigatoriedade de
apuração do IRPJ com base no lucro real, as
pessoas jurídicas que exploram as atividades
de prestação cumulativa e contínua de
serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e
riscos, administração de contas a pagar e a
receber, compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou
de prestação de serviços (factoring) são
contribuintes da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins no regime de apuração não
cumulativa.
(Lei nº 10.637/2002 , arts. 1º a 6º ; Lei nº
10.833/2003 , arts. 1º a 8º ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 122 , 123
, 125 , 145 a 147 )
.

2.2 Contribuintes sujeitos ao regime


cumulativo
São contribuintes da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins no regime de apuração
cumulativa as pessoas jurídicas tributadas
pelo IRPJ com base no lucro presumido ou
arbitrado.
São também contribuintes da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins no regime de
apuração cumulativa:
a) bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas e as
agências de fomento referidas no art. 1º
da Medida Provisória nº 2.192-70/2001 ;
b) sociedades de crédito, financiamento e
investimento, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, as sociedades de
crédito imobiliário e as sociedades
corretoras, exceto as sociedades
corretoras de seguros (Decreto nº
6.306/2007 , art. 66 );
c) empresas de arrendamento mercantil;
d) cooperativas de crédito;
e) empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de
seguros privados e de crédito;
f) entidades de previdência
complementar privada, abertas e
fechadas, sendo irrelevante a forma de
sua constituição;
g) associações de poupança e
empréstimo;
h) pessoas jurídicas que tenham por
objeto a securitização de créditos.
i) operadoras de planos de assistência à
saúde;
j) empresas particulares que exploram
serviços de vigilância e de transporte de
valores (Lei nº 7.102/1983 ); e
k) sociedades cooperativas, exceto as de
produção agropecuária e as de consumo.
(Lei nº 9.718/1998 , art. 3º , §§ 6º, 8º e
9º; Lei nº 12.715/2012 , art. 70 ; Lei nº
8.212/1991 , art. 22 , § 1º; Lei nº
10.637/2002 , art. 8º , I; Lei nº
10.833/2003 , art. 10 , I e VI, e art. 15, V;
Lei nº 11.196/2005 , art. 43 ; Lei nº
12.350/2010 , art. 16 ; Lei nº
14.430/2022 ; Instrução Normativa RFB
nº 2.121/2022 , arts. 122 e 123 )
.

2.3 Não contribuintes


Não são contribuintes da contribuição para o
PIS-Pasep incidente sobre a receita ou o
faturamento as seguintes entidades:
a) templos de qualquer culto;
b) partidos políticos;
c) instituições de educação e de
assistência social a que se refere o art. 12
da Lei nº 9.532/1997 ;
d) instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural, científico e as
associações, a que se refere o art. 15 da
Lei nº 9.532/1997 ;
e) sindicatos, federações e
confederações;
f) serviços sociais autônomos, criados ou
autorizados por lei;
g) conselhos de fiscalização de
profissões regulamentadas;
h) fundações de direito privado e
fundações públicas instituídas ou
mantidas pelo Poder Público;
i) condomínios de proprietários de
imóveis residenciais ou comerciais; e
j) a Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB) e as Organizações
Estaduais de Cooperativas previstas no §
1º do art. 105 da Lei nº 5.764/1971 .
Importante
As entidades supramencionadas são
contribuintes da contribuição para o PIS-
Pasep incidente sobre a folha de salários
(PIS-Folha), na forma disciplinada pelos
arts. 300 a 305 da Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 .
Em regra geral, são isentas da Cofins as
receitas decorrentes das atividades
próprias, exceto as entidades
beneficentes de assistência social,
ressalvada a hipótese de entidades
beneficentes de assistência social
certificadas na forma da Lei nº
12.101/2009 , que atendam aos
requisitos do art. 29 da referida lei, as
quais farão jus a isenção do PIS-Pasep e
da Cofins sobre a totalidade de sua
receita.
Veja mais sobre o assunto no
procedimento: Cofins/PIS-Pasep -
Entidades sem fins lucrativos
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 ,
art. 13 ; Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , arts. 8º , 21 e 23 )
.

2.4 Contribuintes da Cofins


São contribuintes da Cofins incidente sobre
as receitas que não sejam decorrentes de
atividades próprias, no regime de apuração
não cumulativa:
a) instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural, científico e as
associações, a que se refere o art. 15 da
Lei nº 9.532/1997 ;
b) sindicatos, federações e
confederações, com exceção das
entidades sindicais dos trabalhadores;
c) serviços sociais autônomos, criados ou
autorizados por lei;
d) conselhos de fiscalização de
profissões regulamentadas;
e) fundações de direito privado; e
f) Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB) e as Organizações
Estaduais de Cooperativas previstas no §
1º e no caput do art. 105 da Lei nº
5.764/1971 .
As regras supramencionadas não se aplicam
às entidades beneficentes certificadas de
que trata o Importante do subtópico 2.3 .
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , arts.
13 e 14 , X; Lei nº 10.833/2003 , arts. 1º ,
caput e 10, IV; Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , arts. 21 , 23 e 146 )
.

2.5 Contribuintes sujeitos ao regime não


cumulativo e regime cumulativo
As pessoas jurídicas sujeitas ao regime não
cumulativo que auferirem quaisquer das
receitas listadas a seguir, são contribuintes da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins no
regime de apuração cumulativa em relação a
essas receitas:
a) referentes ao contribuinte substituto,
decorrentes de operações com produtos
para os quais se tenha adotado a
substituição tributária das referidas
contribuições;
b) decorrentes da venda de veículos
usados, adquiridos para revenda, quando
auferidas por pessoas jurídicas que
tenham como objeto social, declarado em
seus atos constitutivos, a compra e
venda de veículos automotores;
 Nota
A pessoa jurídica simultaneamente sujeita
aos regimes cumulativo e não cumulativo
das contribuições para o PIS-Pasep e da
Cofins deve considerar como receita da
referida operação, integrante de sua
receita bruta total, a diferença entre o
valor da receita de venda do veículo e o
valor do seu custo de aquisição.
Consequentemente, essa diferença é o
montante a ser utilizado no cálculo dos
créditos vinculados aos custos, despesas
e encargos comuns aos regimes de
apuração cumulativa e não cumulativa
(Solução de Consulta Cosit nº 543/2017
e Solução de Consulta Cotri nº
99.017/2018 ).
c) decorrentes de prestação de serviços
de telecomunicações;
d) decorrentes de venda de jornais e
periódicos e de prestação de serviços
das empresas jornalísticas e de
radiodifusão sonora e de sons e imagens;
e) submetidas ao regime especial de
tributação de que trata o art. 724 da
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
quando auferidas por pessoas jurídicas
integrantes da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE), instituída pela Lei nº
10.848/2004 , sucessora do Mercado
Atacadista de Energia Elétrica (MAE),
instituído pela Lei nº 10.433/2002 ;
f) relativas a contratos firmados antes de
31.10.2003:
f.1) com prazo de duração superior a 01
ano, de administradoras de planos de
consórcios de bens móveis e imóveis,
regularmente autorizadas a funcionar
pelo Banco Central (Bacen);
f.2) com prazo superior a 01 ano, de
construção por empreitada ou de
fornecimento, a preço predeterminado,
de bens ou serviços;
f.3) de construção por empreitada ou de
fornecimento, a preço predeterminado,
de bens ou serviços contratados com
pessoa jurídica de direito público,
empresa pública, sociedade de economia
mista ou suas subsidiárias, bem como os
contratos posteriormente firmados
decorrentes de propostas apresentadas,
em processo licitatório, até aquela data;
g) decorrentes de prestação de serviços
de transporte coletivo rodoviário,
metroviário, ferroviário e aquaviário de
passageiros, inclusive as receitas de que
trata o art. 51 da Instrução Normativa RFB
nº 2.121/2022 ;
 Nota
As receitas decorrentes da prestação de
serviços de transporte coletivo
rodoviário, metroviário, ferroviário e
aquaviário de passageiros, inclusive na
modalidade de fretamento ou para fins
turísticos, submetem-se ao regime de
apuração cumulativa da contribuição para
o PIS-Pasep e da Cofins. Ato Declaratório
Interpretativo RFB nº 27/2008 .
h) decorrentes de prestação de serviço
de transporte coletivo de passageiros,
efetuado por empresas regulares de
linhas aéreas domésticas, e as
decorrentes da prestação de serviço de
transporte de pessoas por empresas de
táxi aéreo;
i) decorrentes de serviços:
i.1) prestados por hospital, pronto-socorro,
clínica médica, odontológica, de fisioterapia e
de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia
patológica, citológica ou de análises clínicas;
i.2) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e
radioterapia, quimioterapia e de banco de
sangue;
j) decorrentes de prestação de serviços
de educação infantil, ensinos
fundamental e médio e educação
superior;
j) decorrentes de vendas de mercadoria
nacional ou estrangeira a passageiros de
viagens internacionais, efetuadas por
lojas francas instaladas na zona primária
de portos ou aeroportos na forma do art.
15 do Decreto-Lei nº 1.455/1976 ;
k) auferidas por pessoas jurídicas,
decorrentes da edição de periódicos e de
informações neles contidas, que sejam
relativas aos assinantes dos serviços
públicos de telefonia;
l) decorrentes de prestação de serviços
com aeronaves de uso agrícola inscritas
no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);
m) decorrentes de prestação de serviços
das empresas de call center,
telemarketing, telecobrança e de
teleatendimento em geral;
n) decorrentes da execução por
administração, empreitada ou
subempreitada, de obras de construção
civil (Lei nº 11.434/2006 , art. 7º , Lei nº
11.945/2009 , art. 17 e Lei nº
12.375/2010 , art. 8º ; Lei nº
12.973/2014 , art. 55 ; Lei nº
13.043/2014 , art. 79 );
 Nota
Conforme esclarecido pela Solução de
Consulta Cosit nº 111/2020 , para fins de
enquadramento no conceito de "obras de
construção civil", deve ser observado o
seguinte:
a) regime não cumulativo: em regra
geral, os serviços de construção civil
submetem-se ao regime de apuração não
cumulativa da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins;
b) regime cumulativo: quando aplicadas
em obra de construção civil e vinculados
ao mesmo contrato de administração,
empreitada ou subempreitada dessa
última, suas receitas estão abrangidas
pelo inciso XX do art. 10 da Lei nº
10.833/2003 , devendo submetê-las,
portanto, ao regime de apuração
cumulativa. A vinculação de serviço de
construção civil a contrato de
administração, empreitada ou
subempreitada de obra de construção
civil estará comprovada quando nesse
contrato estiver estipulado que a pessoa
jurídica contratada é responsável pela
execução e entrega, por meios próprios
ou de terceiros, de tal prestação de
serviço.
Atenção: Os serviços de construção civil
como os de manutenção sujeitam-se à
não cumulatividade das contribuições em
tela. Para se submeterem ao regime de
apuração cumulativa das referidas
contribuições, é necessário que estejam
vinculadas a um mesmo contrato de
administração, empreitada ou
subempreitada de obra de construção
civil, sendo incondicional a execução
dessa obra.
o) relativas às atividades de revenda de
imóveis, desmembramento ou loteamento
de terrenos, incorporação imobiliária e
construção de prédio destinado à venda,
quando decorrentes de contratos de
longo prazo firmados antes de
31.10.2003;
p) auferidas por parques temáticos, e as
decorrentes de serviços de hotelaria e de
organização de feiras e eventos,
conforme a Portaria Interministerial nº
33/2005, dos Ministérios da Fazenda e
do Turismo;
q) decorrentes da prestação de serviços
postais e telegráficos pela Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (Lei nº
10.925/2004 , art. 5º );
r) decorrentes de prestação de serviços
públicos de concessionárias operadoras
de rodovias, incluídas as receitas
complementares, alternativas ou
acessórias (Lei nº 10.925/2004 , art. 5º
);
s) decorrentes da prestação de serviços
das agências de viagem e de viagens e
turismo (Lei nº 10.925/2004 , art. 5º );
t) auferidas por empresas de serviços de
informática, decorrentes das atividades
de desenvolvimento de software e o seu
licenciamento ou cessão de direito de
uso, bem como de análise, programação,
instalação, configuração, assessoria,
consultoria, suporte técnico e
manutenção ou atualização de software,
compreendidas ainda como softwares as
páginas eletrônicas (Lei nº 11.051/2004 ,
art. 25 );
 Nota
Essa receita não alcança a
comercialização, licenciamento ou cessão
de direito de uso de software importado
(Lei nº 10.833/2003 , art. 10 , § 2º).
u) decorrentes de operações de
comercialização de pedra britada, de
areia para construção civil e de areia de
brita (incluído pela Lei nº 12.766/2012 ,
com vigência a partir de 1º.01.2013);
v) decorrentes da alienação de
participações societárias (incluído pela
Medida Provisória nº 651/2014 ,
convertida na Lei nº 13.043/2014 , com
vigência a partir de 1º.01.2015).
 Nota
Na hipótese dessas receitas, a apuração
pelo regime cumulativo em relação à
contribuição o PIS-Pasep passou a
vigorar desde 25.07.2012 (Lei nº
12.693/2012 , art. 6º , que acrescentou o
inciso XII ao art. 8º da Lei nº
10.637/2002 ). Entretanto, em relação a
Cofins a vigência ocorreu somente a
partir de 1º.01.2013 (Lei nº 12.766/2012 ,
arts. 3º e 13 ; Lei nº 10.833/2003 , art.
10 , XXIX).
(Lei nº 10.637/2002 , art. 8º , VII, VIII e
XI; Lei nº 10.833/2003 , arts. 10 , VII a
XXVI e 15, V; Lei nº 11.434/2006 ;
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
arts. 124 e 126 )
.
3. FATO GERADOR
O fato gerador da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins no regime de apuração não
cumulativa, é o auferimento de receitas pelas
pessoas jurídicas, o que ocorre quando as
receitas são consideradas realizadas. A
receita é considerada realizada e, portanto,
passível de registro pela contabilidade,
quando produtos ou serviços produzidos ou
prestados pela entidade são transferidos para
outra entidade ou pessoa física com a
anuência destas e mediante pagamento ou
compromisso de pagamento especificado
perante a entidade produtora.
No que diz respeito à prestação de serviços,
no regime de competência, a receita é
considerada realizada e, portanto, auferida
quando um serviço é prestado com a
anuência do tomador e com o compromisso
contratual deste de pagar o preço acertado,
sendo irrelevante, nesse caso, a ocorrência
de sua efetiva quitação.
Não integram a base de cálculo da Cofins e
da contribuição para o PIS-Pasep, no regime
de apuração não cumulativa, as receitas
referentes às vendas canceladas.
No que diz respeito à prestação de serviços,
vendas canceladas correspondem à anulação
de valores registrados como receita bruta de
serviços, fato que ocorre quando o
contratante não concorda com o valor
cobrado (no todo ou em parte), seja porque
os serviços não foram prestados de acordo
com o contrato, seja porque os serviços
prestados, sem a sua anuência, não foram
contratados, ou seja porque o valor cobrado
não tem previsão contratual. Nesse caso, a
contratada não é detentora do direito de
receber pagamento (no todo ou em parte)
pelos serviços prestados.
Consequentemente, ainda que ela registre
esses valores como receita, eles não passam
a assumir tal condição, já que não se
consideram como receitas realizadas e, por
conseguinte, como receitas auferidas.
 Nota
A Solução de Consulta Cosit nº 311/2014
esclareceu que os ganhos registrados em
favor de distribuidora de gás natural, em um
dado período de apuração da Cofins,
decorrentes de vendas efetuadas em
cumprimento da cláusula Take or Pay, sem a
correspondente entrega do produto ao
comprador, no transcurso do aludido período
de apuração, devem ser reconhecidos como
receitas abrangidas no âmbito de incidência
dessa contribuição:
a) no momento em que se der a entrega
posterior do produto (na hipótese em que o
gás não demandado pelo comprador
configura crédito em seu favor, a ser utilizado
em momento futuro); ou
b) no momento em que registrado o ganho,
independentemente do implemento de
condição futura (na hipótese em que o gás
não demandado pelo comprador não
configura crédito em seu favor, para utilização
futura).
(Lei nº 10.637/2002 , art. 1º ; Lei nº
10.833/2003 , art. 1º ; Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , art. 6º , I; Soluções de
Consulta Cosit nºs 111 e 114/2014)
.
4. NÃO INCIDÊNCIA
.

4.1 Exportação
A contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins
não incidem sobre as receitas decorrentes
das seguintes operações:
a) exportação de mercadorias para o
exterior;
b) prestação de serviços para pessoa
física ou jurídica domiciliada no exterior,
cujo pagamento represente ingresso de
divisas (veja a Nota 4);
c) vendas a empresa comercial
exportadora com o fim específico de
exportação.
 Notas
(1) De acordo com a Lei nº 11.371/2006 ,
art. 10 , independe o efetivo ingresso de
divisas, para que a receita do serviço
prestado a pessoa física ou jurídica
residente ou domiciliado no exterior, seja
isenta da Cofins e do PIS-Pasep.
(2) A empresa comercial exportadora que
houver adquirido mercadorias de outra
pessoa jurídica, com o fim específico de
exportação para o exterior que, no prazo
de 180 dias contados da data da emissão
da nota fiscal pela vendedora, não
comprovar o seu embarque para o
exterior, ficará sujeita ao pagamento de
todos os impostos e contribuições que
deixaram de ser pagos pela empresa
vendedora, acrescidos de juros de mora e
multa, de mora ou de ofício, calculados
na forma da legislação que rege a
cobrança do tributo não pago (Lei nº
10.637/2002 , art. 7º e Lei nº
10.833/2003 , art. 9º ). Considera-se
vencido o prazo para o pagamento na
data em que a empresa vendedora
deveria fazê-lo, caso a venda houvesse
sido efetuada para o mercado interno,
observado que:
a) no pagamento dos referidos tributos, a
empresa comercial exportadora não
poderá deduzir do montante devido,
nenhum valor a título de crédito de
Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), contribuição para o PIS-Pasep ou
Cofins, decorrente da aquisição das
mercadorias e serviços objeto da
incidência;
b) a empresa deverá pagar, também, os
impostos e as contribuições devidos nas
vendas para o mercado interno, caso
tenha alienado ou utilizado as
mercadorias.
(3) A Secretaria da Receita Federal do
Brasil (RFB) instituiu o regime especial de
ressarcimento de créditos da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins, apurados em decorrência da
exportação de mercadorias para o
exterior, da prestação de serviços para
pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior, cujo pagamento
represente ingresso de divisas, bem
como da venda a empresa comercial
exportadora com o fim específico de
exportação. Por esse regime, a RFB
deverá, no prazo máximo de 30 dias,
contados da data do Pedido de
Ressarcimento dos créditos
mencionados, efetuar o pagamento de
50% do valor pleiteado por pessoa
jurídica que atenda as condições
estabelecidas na Portaria MF nº
348/2010 , alterada pelas Portarias MF
nºs 594/2010, 260/2011 e 131/2012, e na
Instrução Normativa RFB nº 1.060/2010 .
(4) O item 120 do Parecer Normativo
Cosit/RFB nº 1/2018 estabelece que:
a) considera-se exportação de serviços a
operação realizada entre aquele que,
enquanto prestador, atua a partir do
mercado doméstico, com seus meios
disponíveis em território nacional, para
atender a uma demanda a ser satisfeita
em um outro mercado, no exterior, em
favor de um tomador que atua, enquanto
tal, naquele outro mercado, ressalvada a
existência de definição legal distinta
aplicável ao caso concreto e os casos em
que a legislação dispuser em contrário;
b) o prestador de serviços, enquanto tal,
atua a partir do mercado doméstico
quando inicia a prestação em território
nacional por meio de atos preparatórios
anteriores à realização material do
serviço, relacionados com o
planejamento, a identificação da
expertise indispensável ou a mobilização
de recursos materiais e intelectuais
necessários ao fornecimento;
c) o tomador de serviços, enquanto tal,
atua no mercado externo quando sua
demanda pela prestação ocorre no
exterior, devendo ser satisfeita fora do
território nacional;
d) se o tomador de serviços, enquanto
tal, atua no mercado externo e os
serviços são executados em um imóvel
ou em um bem incorporado a um imóvel,
a demanda se considera atendida no
território onde se situa o imóvel;
e) se o tomador de serviços, enquanto
tal, atua no mercado externo e os
serviços são executados em um bem
móvel não incorporado a um imóvel, uma
vez demonstrado que aquele bem será
utilizado apenas no exterior, a demanda
se considera atendida no território ou nos
territórios onde esse bem deverá ser
utilizado;
f) se o tomador de serviços, enquanto tal,
atua no mercado externo e os serviços
são executados em um bem móvel sem
conexão necessária com determinado
território ou são executados sem
referimento a qualquer bem físico, a
demanda:
f.1) quando uma parte relevante da
prestação deva se realizar
necessariamente em determinado local
com a presença física do prestador, se
considera atendida naquele local;
f.2) quando, embora dispensada a
presença física do prestador, for
necessária sua presença indireta (por
subcontratação) ou virtual (pelo acesso
compulsório a serviços eletrônicos locais
sem os quais se tornaria obrigatória sua
presença física direta ou indireta), se
considera atendida onde sua presença
indireta ou virtual for indispensável; e
f.3) não havendo qualquer elemento de
conexão territorial relacionado com o
resultado da prestação, se considera
atendida no local onde o tomador tem
sua residência ou domicílio.
( CF/1988 , art. 149 ; Medida Provisória
nº 2.158-35, de 2001, art. 14, II, III, VIII e X
e § 1º; Lei nº 10.637/2002 , art. 5º , I, II e
III; Lei nº 10.833/2003 , art. 6º , I, II e III;
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
art. 20 , I a III)
.

4.2 Querosene de aviação


Não incidem a contribuição para o PIS-Pasep
e a Cofins sobre a receita de venda de
querosene de aviação:
a) a distribuidora, efetuada por
importador ou produtor, quando o
produto for destinado a consumo por
aeronave em tráfego internacional, na
forma dos arts. 349 a 352 da Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 ; e
b) quando auferidas por pessoa jurídica
não enquadrada na condição de
importadora ou produtora.
(Lei nº 10.560/2002 , arts. 2º e 3º ; Lei
nº 11.787/2008 , art. 3º ; Lei nº
10.865/2004 , art. 22 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 20 ,
IV e V, 349 a 352)
.

4.3 Biodiesel
A contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins
não incidem sobre as receitas de venda de
biodiesel, quando auferidas por pessoa
jurídica não enquadrada na condição de
importadora ou produtora.
(Lei nº 11.116/2005 , art. 3º ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 20 , VI)
.

4.4 Itaipu Binacional


Não incidem a contribuição para o PIS-Pasep
e a Cofins sobre a receita de venda de
materiais e equipamentos, bem como da
prestação de serviços decorrentes dessas
operações, efetuadas diretamente a Itaipu
Binacional.
(Decreto nº 72.707/1973 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 20 , VII)
.

4.5 Crédito presumido de IPI


A contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins
não incidem sobre a receita correspondente
aos créditos presumidos de IPI apurados
pelas empresas habilitadas ao Inovar-Auto de
que trata o art. 41 da Lei nº 12.715/2012 .
(Lei nº 12.715/2012 , art. 41 , § 7º)
.
5. ISENÇÃO
.

5.1 Empresas públicas e sociedades de


economia mista
São isentas da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins as receitas dos recursos
recebidos pelas empresas públicas e
sociedades de economia mista, a título de
repasse, oriundos do Orçamento Geral da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 14
, I, IV a VII e § 1º; Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 22 , I)
.

5.2 Estaleiros navais


As receitas auferidas pelos estaleiros navais
brasileiros nas atividades de construção,
conservação, modernização, conversão e
reparo de embarcações pré-registradas ou
registradas no Registro Especial Brasileiro
(REB), instituído pela Lei nº 9.432/1997 , são
isentas da contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins.
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 14
, VI e § 1º; Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 22 , II)
.

5.3 Mercadorias ou serviços em


embarcações e aeronaves de tráfego
internacional
São isentas da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins as receitas decorrentes do
fornecimento de mercadorias ou serviços
para uso ou consumo de bordo em
embarcações e aeronaves em tráfego
internacional, quando o pagamento
representar ingresso de divisas.
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 14
, IV e § 1º; Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 22 , III)
.
5.4 Loja franca
São isentas da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins as receitas:
a) auferidas pelo estabelecimento
industrial ou equiparado decorrente da
venda de produto nacional à loja franca
de que trata a Portaria MF nº 112/2008 ,
com o fim específico de comercialização;
b) auferidas pelas pessoas jurídicas
permissionárias de Lojas Francas
decorrente da venda de mercadoria
nacional ou estrangeira a passageiros de
viagens internacionais, na saída do país,
somente quando o pagamento da
mercadoria represente ingresso de
divisas.
( CF/1988 , art. 149 , § 2º, Medida
Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 14 , II e
§ 1º; Lei nº 10.637/2002 , art. 5º , I; Lei
nº 10.833/2003 , art. 6º , I; Portaria MF
nº 112/2008 , art. 10 , § 4º; Decreto-Lei
nº 1.455/1976 , art. 15 , § 3º; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 22 , IV
e V)
.

5.5 Transporte internacional e frete


São isentas da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins as receitas decorrentes:
a) do transporte internacional de cargas
ou passageiros, quando contratado por
pessoa física ou jurídica, residente ou
domiciliada no País;
b) de frete de mercadorias transportadas
entre o País e o exterior pelas
embarcações registradas no REB, de que
trata o art. 11 da Lei nº 9.432/1997 .
 Nota
As isenções previstas nesse subtópico
não alcançam as receitas decorrentes de
transporte para pontos localizados na
Amazônia Ocidental ou em ALC.
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 ,
art. 14 , V e VI e §§ 1º e 2º; Lei nº
10.833/2003 , art. 24 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 22 , VI
e VII)
.

5.6 Doações recebidas por instituições


financeiras públicas
São isentas da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins as receitas decorrentes de
doações em espécie recebidas por
instituições financeiras públicas controladas
pela União e destinadas a ações de
prevenção, monitoramento e combate ao
desmatamento, inclusive programas de
remuneração por serviços ambientais, e de
promoção da conservação e do uso
sustentável dos biomas brasileiros, nos
termos do art. 678 da Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 .
(Lei nº 11.828/2008 , art. 1º ; Lei nº
12.810/2013 , art. 14 ; Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , art. 22 , VIII)
.

5.7 Itaipu Binacional


São isentas da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins as receitas decorrentes da venda
de energia elétrica pela Itaipu Binacional.
(Lei nº 10.925/2004 , art. 14 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 22 , IX)
.

5.8 Prouni
São isentas da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins as receitas decorrentes da
realização de atividades de ensino superior,
proveniente de cursos de graduação ou
cursos sequenciais de formação específica,
pelas instituições privadas de ensino superior,
com fins lucrativos ou sem fins lucrativos, que
aderirem ao Programa Universidade para
Todos (Prouni), no período de vigência do
termo de adesão, nos termos da Instrução
Normativa RFB nº 1.394/2013 .
(Lei nº 11.096/2005 , arts. 1º , caput e 8º, III e
IV e § 1º; Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 22 , X)
.

5.9 Máquinas, Equipamentos e Materiais


(Brasil/Ucrânia)
Estão isentas da Contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins as receitas decorrentes de
vendas, para a Alcântara Cyclone Space
(ACS), de máquinas, equipamentos e
materiais a serem utilizados nos serviços de
lançamento.
A retenção na fonte, a título de Contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins:
a) não se aplica aos pagamentos
efetuados a fornecedores nacionais de
máquinas, equipamentos e materiais a
serem utilizados pela ACS nos serviços
de lançamento;
b) aplica-se aos pagamentos efetuados a
fornecedores nacionais de quaisquer
serviços e outros bens que não sejam
máquinas, equipamentos e materiais a
serem utilizados pela ACS nos serviços
de lançamento.
(Ato Declaratório Interpretativo RFB nº
33/2010 )
.

5.10 Serviços de telecomunicações


Os serviços de telecomunicações prestados
por meio das subfaixas de radiofrequência de
451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a 468
MHz, assim como por meio de estações
terrenas satelitais de pequeno porte que
contribuam com os objetivos de implantação
do PNBL, ficam isentos de tributos federais
incidentes sobre o seu faturamento até
31.12.2018, nos termos definidos em
regulamento.
(Lei nº 12.715/2012 , art. 35 )
.

5.11 Venda a varejo de componentes e


equipamentos de rede, terminais e
transceptores
Fica isenta de tributos federais, até
31.12.2018, a receita bruta de venda a varejo
dos componentes e equipamentos de rede,
terminais e transceptores definidos em
regulamento que sejam dedicados aos
serviços de telecomunicações prestados por
meio das subfaixas de radiofrequência de 451
MHz a 458 MHz e de 461 MHz a 468 MHz,
assim como por meio de estações terrenas
satelitais de pequeno porte que contribuam
com os objetivos de implantação do PNBL.
(Lei nº 12.715/2012 , art. 37 )
.
6. SUSPENSÃO DA COFINS E DA
CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS-PASEP
Relacionamos no quadro a seguir, os
principais benefícios fiscais, aos quais se
aplicam suspensão da exigência da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins:
Industrialização por Instrução
encomenda de veículos - Normativa 2.121/2022
RFB
encomendante sediado no nº, arts. 24 , I e
exterior 437
Instrução
Venda de produtos Normativa RFB
agropecuários e respectivos nº 2.121/2022
créditos presumidos , arts. 24 , II e
558 a 573
Venda de matérias-primas, Instrução
produtos intermediários e Normativa RFB
materiais de embalagens à nº 2.121/2022
pessoa jurídica , arts. 24 , III e
preponderantemente 606
Instrução
Veículos e carro blindados de Normativa
2.121/2022
RFB
combate e material de defesa nº, arts. 24 , V e
621
Zona de Processamento de Instrução
Exportação (ZPE) Normativa RFB
nº 2.121/2022
, arts. 24 , VII e
622
Regime Tributário para Instrução
Incentivo à Modernização e à Normativa RFB
2.121/2022
Ampliação da Estrutura nº, arts. 24 , VI e
Portuária (Reporto) 626
Regime Especial de Instrução
Tributação para Plataforma Normativa RFB
de Exportação de Serviços nº 2.121/2022
de Tecnologia da Informação , arts. 24 , VIII
(Repes) e IX e 627
Regime Especial de Instrução
Aquisição de Bens de Capital Normativa RFB
2.121/2022
para Empresas Exportadoras nº, arts. 24 , X e
(Recap) 628
Regime Especial de Instrução
Incentivos para o Normativa RFB
Desenvolvimento da nº 2.121/2022
Infraestrutura (Reidi) , arts. 24 , XI a
XIII e 646
Procedimentos para
habilitação ao Regime de Instrução
Entrega de Embalagens no Normativa RFB
Mercado Interno em razão da nº 2.121/2022
Comercialização a Empresa , arts. 24 , XIV
sediada no Exterior e 666
(Remicex)
Aquisições de máquinas e
equipamentos para a Lei nº
produção de papéis 11.196/2005 ,
destinados à impressão de art. 55 , I
jornais e periódicos
Instrução
Navegação de cabotagem e Normativa 2.121/2022
RFB
de apoio portuário e marítimo nº, arts. 24 , VII e
361
Venda ou importação de Instrução
Acetona Normativa RFB
nº 2.121/2022
, arts. 24 , XVI
e 450
Instrução
Venda de desperdícios, Normativa RFB
resíduos ou aparas nº 2.121/2022
, arts. 24 , XVII
Beneficiário do regime Lei nº
aduaneiro especial de 11.945/2009 ,
drawback art. 12 §1º I e
III
Cofins/PIS-Pasep - Regime
Especial de Incentivos Lei nº
Tributários para a Indústria 12.249/2010 ,
Aeronáutica Brasileira - art. 30 , 31 , I
Retaero
Cofins/PIS-Pasep - Instrução
Suspensão - Regime Especial Normativa
2.121/2022
RFB
Tributário para a Indústria de nº, arts. 24 , XXI
Defesa (Retid) e XXII e 687
Cofins/PIS-Pasep - Lei nº
Cofins/PIS-Pasep - 12.431/2011 ,
Renuclear art. 16 ª,I
Cofins/PIS-Pasep - Instrução
Suspensão - Programa Normativa RFB
Cinema Perto de Você e nº 2.121/2022
Recine , arts. 24 ,
XXIIII e 686
Cofins/PIS-Pasep -
Suspensão e crédito Lei nº
presumido - Venda e
aquisição de laranjas para 12.794;2013,
utilização na fabricação de art. 14
sucos
Instrução
Cofins/PIS-Pasep - Repetro, Normativa RFB
Repetro-Sped e Repetro- nº 2.121/2022
Industrialização , arts. 24 , XVI,
XVII e XVIII
Venda de cana-de-açúcar
Doações a instituições
financeiras públicas
controladas pela União,
destinadas a ações de
prevenção, monitoramento e
combate ao desmatamento e
de promoção da conservação
e do uso sustentável das
florestas brasileiras
Aquisição de mercadorias
empregadas ou consumidas
na industrialização ou
elaboração de produtos
destinados à exportação
Instrução
Operador de transporte Normativa RFB
multimodal nº 2.121/2022
, art. 607
Cofins/PIS-Pasep - Instrução
Suspensão e Alíquota zero - Normativa RFB
Venda de animais vivos da nº 2.121/2022
espécie bovina e de carnes , art. 567
Cofins/PIS-Pasep -
Suspensão e Alíquota zero - Instrução
Venda de insumos de origem Normativa RFB
nº 2.121/2022
vegetal, preparações e , arts. 562 e
animais vivos para
produtores de suínos e aves 563
Cofins/Pis-Pasep - Regime
especial de incentivos para o
desenvolvimento de
infraestrutura da indústria
petrolífera nas regiões norte,
nordeste e centro-oeste -
Repenec
Incentivos Fiscais - Regime
especial de tributação para
construção, ampliação,
reforma ou modernização de
estádios de futebol (Recom) -
Suspensão das contribuições
para o PIS-Pasep e da Cofins
PIS-Pasep/Cofins - Sistema
de Validação e Autenticação
de Arquivos Digitais (SVA)
Cofins/PIS-Pasep -
Suspensão das contribuições
para o PIS-Pasep e da Cofins
na importação - Regime
aduaneiro especial para
importação de petróleo bruto
e seus derivados, para fins
de exportação no mesmo
estado em que foram
importados (Repex)
Cofins/PIS-Pasep -
Suspensão - Regime Especial
de Tributação do Programa
Nacional de Banda Larga para
Implantação de Redes de
Telecomunicações (REPNBL-
Redes)
Cofins/PIS-Pasep -
Suspensão - Regime especial
de incentivo à infraestrutura
da indústria de fertilizantes
(Reif)
Cofins/PIS-Pasep -
Suspensão e crédito
presumido - Vendas de soja,
óleo de soja, margarina e
biodiesel
Cofins/PIS-Pasep -
Suspensão - Regime
Aduaneiro Especial de
Entreposto Industrial sob
Controle Informatizado
(Recof)
.
7. BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins é no regime não cumulativo
é a totalidade das receitas,
independentemente de sua denominação ou
classificação contábil.
O total das receitas compreende a receita
bruta decorrentes do produto da venda de
bens nas operações de conta própria, do
preço da prestação de serviços em geral, do
resultado auferido nas operações de conta
alheia, das receitas da atividade ou objeto
principal da pessoa jurídica não
compreendidas anteriormente, bem como
todas as demais receitas auferidas pela
pessoa jurídica com os seus respectivos
valores decorrentes do ajuste a valor
presente.
 Notas
(1) Nas operações realizadas em mercados
futuros, considera-se receita auferida o
resultado positivo dos ajustes diários
ocorridos no mês.
(2) As operadoras de planos de assistência à
saúde podem deduzir, para fins de
determinação da base de cálculo da Cofins e
da contribuição para o PIS-Pasep (Lei nº
9.718/1998 , art. 3º , §§ 9º a 9º-B; Lei nº
12.873/2013 ; Lei nº 12.995/2014 ):
a) as corresponsabilidades cedidas;
b) a parcela das contraprestações pecuniárias
destinada à constituição de provisões
técnicas; e
c) o valor das indenizações correspondentes
aos eventos ocorridos, efetivamente pago,
deduzido das importâncias recebidas a título
de transferência de responsabilidades.
Para efeito de interpretação da base de
cálculo:
a) o valor referente às indenizações
correspondentes aos eventos ocorridos de
que trata a letra "c", entende-se o total dos
custos assistenciais decorrentes da utilização
pelos beneficiários da cobertura oferecida
pelos planos de saúde, incluindo-se neste
total os custos de beneficiários da própria
operadora e os beneficiários de outra
operadora atendidos a título de transferência
de responsabilidade assumida;
b) não são considerados receita bruta das
administradoras de benefícios os valores
devidos a outras operadoras de planos de
assistência à saúde.
(3) As administradoras de benefícios são
consideradas espécie de operadoras de
planos de assistência à saúde e, portanto,
estão sujeitas ao regime de apuração
cumulativa, sendo sua tributação efetuada
nos termos nos termos dos §§ 9º a 9º-B do
art. 3º da Lei nº 9.718/1998 (Solução de
Consulta Cosit nº 116/2018 ).
(4) As pessoas jurídicas operadoras de planos
de assistência à saúde e as administradoras
de benefícios devem aplicar a alíquota de
0,65% para o PIS-Pasep e de 4% para a
Cofins (Lei nº 9.718/1998 , art. 8º-A ; Lei nº
12.873/2013 ).
(5) A Lei nº 12.715/2012 , art. 70 , estabelece
que a partir de 1º.01.2013, para fins de
incidência de tributos federais, inclusive
contribuições previdenciárias, ficam
submetidas às regras de tributação aplicáveis
aos bancos de desenvolvimento as agências
de fomento referidas no art. 1º da Medida
Provisória nº 2.192-70/2001 , observando-se
que as agências de fomento poderão,
opcionalmente, submeter-se a essas regras a
partir de 1º.01.2012.
(Lei nº 10.637/2002 , art. 1º , caput e § 2º;
Lei nº 12.973/2014 , arts. 54 e 55 ; Lei nº
10.833/2003 , art. 1º , caput e § 2º; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 25 )
.

7.1 Exclusões da base de cálculo


Não integram a base de cálculo das
contribuições:
a) os valores referentes ao IPI, ao ICMS
quando cobrado pelo vendedor dos bens
ou prestador dos serviços na condição de
substituto tributário;
b) as receitas imunes, isentas e não
alcançadas pela incidência das
contribuições;
c) vendas canceladas;
d) descontos incondicionais concedidos;
e) reversões de provisões, que não
representem ingresso de novas receitas;
f) recuperações de créditos baixados
como perda, que não representem
ingresso de novas receitas;
g) as receitas decorrentes da venda de
bens do ativo não circulante, classificado
como investimento, imobilizado ou
intangível;
h) venda de bens classificados no ativo
não circulante que tenha sido computada
como receita;
i) receitas auferidas pela pessoa jurídica
revendedora, na revenda de mercadorias
em relação às quais a contribuição seja
exigida da empresa vendedora, na
condição de substituta tributária;
j) receita decorrente da transferência
onerosa a outros contribuintes do ICMS
de créditos de ICMS originados de
operações de exportação, conforme o
disposto no inciso II do § 1º do art. 25 da
Lei Complementar nº 87/1996 ;
k) receita reconhecida pela construção,
recuperação, ampliação ou melhoramento
da infraestrutura, cuja contrapartida seja
ativo intangível representativo de direito
de exploração, no caso de contratos de
concessão de serviços públicos;
l) resultado positivo da avaliação de
investimentos pelo valor do patrimônio
líquido e os lucros e dividendos derivados
de participações societárias, que tenham
sido computados como receita;
m) financeiras decorrentes do ajuste a
valor presente de que trata o inciso VIII
do caput do art. 183 da Lei nº
6.404/1976 , referentes a receitas
excluídas da base de cálculo da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins;
n) relativas aos ganhos decorrentes de
avaliação do ativo e passivo com base no
valor justo;
o) de subvenções para investimento,
inclusive mediante isenção ou redução de
impostos, concedidas como estímulo à
implantação ou expansão de
empreendimentos econômicos e de
doações feitas pelo poder público;
 Nota
A partir de 1º.01.2024, em face da
revogação do inciso X do § 3º do art. 1º
da Lei nº 10.637/2002 e do inciso IX do §
3º do art. 1º da Lei nº 10.833/2003 , pelo
art. 15 , incisos II e III da Medida
Provisória nº 1.185/2023 ,
respectivamente, o valor das subvenções
para investimento, inclusive mediante
isenção ou redução de impostos,
concedidas como estímulo à implantação
ou expansão de empreendimentos
econômicos e de doações feitas pelo
poder público, não poderão ser excluídas
da base de cálculo da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins.
p) relativas ao valor do imposto que
deixar de ser pago em virtude das
isenções e reduções de que tratam as
alíneas "a", "b", "c" e "e" do § 1º do art. 19
do Decreto-Lei nº 1.598/1977 ;
r) relativas ao prêmio na emissão de
debêntures;
s) o valor da contrapartida do benefício
fiscal do Programa Rota 2030 -
Mobilidade e Logística, de que trata o art.
11 da Lei nº 13.755/2018 , reconhecido
no resultado operacional (Lei nº
13.755/2018 , art. 11 , § 8º; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 25 ).
t) ICMS destacado no documento fiscal,
sendo que, não poderão ser excluídos os
montantes de ICMS destacados em
documentos fiscais referentes a receitas
de vendas efetuadas com suspensão,
isenção, alíquota zero ou não sujeitas à
incidência das contribuições.... (Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 26 ,
XII e paragrafo único)
 Notas
(1) A Solução de Consulta Cosit nº
21/2013 esclareceu que a receita oriunda
da redução de multa de mora e juros de
mora decorrente da fruição do benefício
previsto no art. 1º , § 3º, inciso I, da Lei nº
11.941/2009 (redução para débitos
pagos à vista) pode ser excluída do lucro
líquido, para efeito de apuração do lucro
real e da Contribuição Social sobre o
Lucro (CSL), nos termos do art. 4º,
parágrafo único, da mencionada Lei.
Em razão de as multas de ofício serem
indedutíveis na apuração do lucro real e
da CSL, a receita oriunda da redução de
multa de ofício decorrente da fruição do
aludido benefício não é computada no
lucro real e na base de cálculo da CSL,
pois ela não terá sido deduzida em
períodos de apuração anteriores.
É inócuo, neste ponto, o comando do art.
4º , parágrafo único, da Lei nº
11.941/2009 .
A receita oriunda da redução de multas
(de mora e de ofício) e juros de mora
decorrente da fruição do benefício
previsto no art. 1º , § 3º, inciso I, da Lei nº
11.941/2009 também não integra a base
de cálculo da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins.
(2) No caso de contrato de concessão de
serviços públicos, a receita decorrente da
construção, recuperação, reforma,
ampliação ou melhoramento da
infraestrutura, cuja contrapartida seja
ativo financeiro representativo de direito
contratual incondicional de receber caixa
ou outro ativo financeiro, integrará a base
de cálculo da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins, à medida do efetivo
recebimento.
(3) As cooperativas de radiotáxi, bem
como aquelas cujos cooperados se
dediquem a serviços relacionados a
atividades culturais, de música, de
cinema, de letras, de artes cênicas
(teatro, dança, circo) e de artes plásticas,
poderão excluir da base de cálculo da
contribuição para PIS-Pasep e Cofins (Lei
nº 10.833/2003 , art. 30-A, incluído pela
Lei nº 12.973/2014 , art. 113 ):
a) os valores repassados aos associados
pessoas físicas decorrentes de serviços
por eles prestados em nome da
cooperativa;
b) as receitas de vendas de bens,
mercadorias e serviços a associados,
quando adquiridos de pessoas físicas não
associadas; e
c) as receitas financeiras decorrentes de
repasses de empréstimos a associados,
contraídos de instituições financeiras, até
o limite dos encargos a estas devidos.
Na hipótese de utilização de uma ou mais
das exclusões referidas, a cooperativa
ficará também sujeita à incidência da
contribuição para o PIS-Pasep sobre a
folha de salários, determinada em
conformidade com o disposto no art. 13
da Medida Provisória nº 2.158-35/2001 .
(6) Por falta de amparo legal para a sua
exclusão, a subvenção recebida do Poder
Público, em função de redução de ICMS,
constitui receita tributável que deve
integrar a base de cálculo da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins sujeita ao
regime de apuração não cumulativa
(Solução de Consulta Cosit nº 336/2014).
(Decreto-lei nº 1.598/1977 , art. 12 ; Lei
nº 12.973/2014 , arts. 2º e 16 ; Lei nº
10.637/2002 , art. 1º , § 3º; Lei nº
10.833/2003 , art. 1º , § 3º; Lei nº
10.865/2004 , art. 21 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 25 a
27 )
.

7.2 Exclusão do ICMS da base de cálculo


Para fins de cumprimento das decisões
judiciais transitadas em julgado que versem
sobre a exclusão do ICMS da base de cálculo
da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins,
devem ser observadas as orientações
constantes nos procedimentos:
a) Cofins/PIS-Pasep - Exclusão do ICMS
da base de cálculo das contribuições -
Aspectos tributários ;
b) Exclusão do ICMS da base de cálculo
da Cofins e do PIS-Pasep - Aspectos
contábeis .
(Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
art. 26 , parágrafo único)
.

7.3 Vale-pedágio - Empresas


transportadoras de carga
Os valores recebidos a título de vale-pedágio,
pelas empresas transportadoras de carga,
podem ser excluídos da base de cálculo da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins,
desde que tais valores sejam destacados em
campo específico no documento
comprobatório do transporte.
Veja mais sobre o assunto no procedimento:
Cofins/PIS-Pasep - Vale-pedágio
(Lei nº 10.209/2001 , art. 2º ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 28 )
.

7.4 Sociedades cooperativas


As sociedades cooperativas, além do
disposto nos subtópicos 7.1 e 7.2, podem
excluir da base de cálculo da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins os valores de
que tratam os arts. 316 a 318 da Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 .
Para as cooperativas de produção
agropecuária e de consumo, aplicam-se
também as exclusões previstas nas letras "n"
a "p" do subtópico 7.1.
Veja mais sobre o assunto no procedimento:
Cofins/PIS-Pasep - Cooperativas em geral
.

7.5 Agências de publicidade e propaganda


As agências de publicidade e propaganda
podem excluir da base de cálculo da Cofins e
do PIS-Pasep as importâncias pagas
diretamente ou repassadas a empresas de
rádio, televisão, jornais e revistas. Nessa
hipótese, é vedado à agência de publicidade
e propaganda submetida ao regime de
apuração não cumulativa da contribuição para
o PIS-Pasep e da Cofins, o aproveitamento de
créditos em relação às parcelas excluídas da
base de cálculo dessas contribuições.
Fica atribuída à pessoa jurídica pagadora e à
beneficiária, responsabilidade solidária pela
comprovação da efetiva realização dos
serviços.
(Lei nº 10.925/2004 , art. 13 ; Lei nº
7.450/1985 , art. 53 , parágrafo único;
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , art.
30 )
.

7.6 Beneficiárias de subvenções


governamentais
As subvenções governamentais a seguir, não
serão computadas para fins de determinação
da base de cálculo da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins, desde que tenham
atendido aos requisitos estabelecidos na
legislação específica e realizadas as
contrapartidas assumidas pela empresa
beneficiária:
a) incentivo a pesquisa e o
desenvolvimento de produtos, serviços e
processos inovadores em empresas
brasileiras e em entidades brasileiras de
direito privado sem fins lucrativos,
mediante a concessão de recursos
financeiros, humanos, materiais ou de
infraestrutura a serem ajustados em
instrumentos específicos e destinados a
apoiar atividades de pesquisa,
desenvolvimento e inovação, para
atender às prioridades das políticas
industrial e tecnológica nacional, de que
trata o art. 19 da Lei nº 10.973/2004 ;
b) subvenção do valor da remuneração
de pesquisadores, titulados como
mestres ou doutores, empregados em
atividades de inovação tecnológica em
empresas localizadas no território
brasileiro, até o limite de 60% para as
pessoas jurídicas nas áreas de atuação
das extintas Sudene e Sudam; e até 40%,
nas demais regiões, conforme o art. 21 da
Lei nº 11.196/2005 (veja Nota 2).
 Notas
(1) O emprego dos recursos decorrentes
das subvenções governamentais não
dará direito à apuração de créditos da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins. Além disso, os créditos das
referidas contribuições decorrentes de
despesas e custos incorridos
anteriormente ao recebimento da
subvenção deverão ser estornados.
(2) A partir de 1º.01.2024, em face da
revogação do inciso X do § 3º do art. 1º
da Lei nº 10.637/2002 e do inciso IX do §
3º do art. 1º da Lei nº 10.833/2003 , pelo
art. 15 , incisos II e III da Medida
Provisória nº 1.185/2023 ,
respectivamente, o valor das subvenções
para investimento, inclusive mediante
isenção ou redução de impostos,
concedidas como estímulo à implantação
ou expansão de empreendimentos
econômicos e de doações feitas pelo
poder público, não poderão ser excluídas
da base de cálculo da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins.
(Lei nº 10.973/2004 , art. 19 ; Lei nº
11.196/2005 , art. 21 ; Lei nº
10.833/2003 , § 3º, IX; Lei nº
10.637/2002 , art. 1º , § 3º, X; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 27 , II
e parágrafo único)
.

7.7 Contratadas em parceria público-privada


O contrato de parceria público-privada
poderá prever o pagamento ao parceiro
privado de remuneração variável vinculada ao
seu desempenho, conforme metas e padrões
de qualidade e disponibilidade definidos no
contrato, observando-se que poderá, ainda,
prever o aporte de recursos em favor do
parceiro privado, autorizado por lei específica,
para a construção ou aquisição de bens
reversíveis, nos termos dos incisos X e XI do
caput do art. 18 da Lei nº 8.987/1995 .
O valor do aporte de recursos realizado
poderá ser excluído da determinação da base
de cálculo da contribuição para o PIS-Pasep e
da Cofins, devendo ser computada na
proporção em que o custo para a construção
ou aquisição de bens for realizado, inclusive
mediante depreciação ou extinção da
concessão, nos termos do art. 35 da Lei nº
8.987/1995 , observando-se que:
a) até 31.12.2013, para os optantes
conforme o art. 75 da Lei nº 12.973/2014
, e até 31.12.2014, para os não optantes, a
parcela excluída deverá ser computada
na determinação do lucro líquido para fins
de apuração do lucro real, da base de
cálculo da CSL e da base de cálculo da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins, na proporção em que o custo para
a realização de obras e aquisição de bens
for realizado, inclusive mediante
depreciação ou extinção da concessão;
b) desde 1º.01.2014, para os optantes
conforme o art. 75 da Lei nº 12.973/2014
, e de 1º.01.2015, para os não optantes, a
parcela excluída deverá ser computada
na determinação do lucro líquido para fins
de apuração do lucro real, da base de
cálculo da CSL e da base de cálculo da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins em cada período de apuração
durante o prazo restante do contrato,
considerado a partir do início da
prestação dos serviços públicos. Nessa
hipótese, o valor a ser adicionado em
cada período de apuração deve ser o
valor da parcela excluída dividida pela
quantidade de períodos de apuração
contidos no prazo restante do contrato.
Sobre o assunto, veja procedimento Direito
Empresarial - Sociedade de Propósito
Específico (SPE) no âmbito das Parcerias
Público-Privadas (PPPs) .
(Lei nº 11.079/2004 , art. 6º , §§ 1º a 4º; Lei
nº 12.766/2012 , art. 1º ; Lei nº 13.043/2014 ,
art. 71 ; Instrução Normativa RFB nº
1.342/2013 ; Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 32 )
.

7.8 Contratos com a administração pública


Na hipótese de construção por empreitada ou
de fornecimento a preço predeterminado de
bens ou serviços à pessoa jurídica de direito
público, empresa pública, sociedade de
economia mista ou suas subsidiárias, a
pessoa jurídica contratada pode excluir da
base de cálculo do mês do auferimento da
receita o valor da parcela ainda não recebida.
(Lei nº 10.833/2003 , art. 7º ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 768 , § 1º)
.

7.9 Fabricantes e importadores de veículos


Poderão ser excluídos da base de cálculo das
contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins
os valores recebidos pelo fabricante ou
importador nas vendas diretas ao consumidor
final dos veículos classificados nas posições
87.03 e 87.04 da Tipi , por conta e ordem dos
concessionários de que trata a Lei nº
6.729/1979 , a estes devidos pela
intermediação ou entrega dos veículos, e o
ICMS incidente sobre esses valores, nos
termos estabelecidos nos respectivos
contratos de concessão. Não poderão ser
excluídos dessa base de cálculo os valores de
que trata o subtópico 5.2 e serão limitadas a
9% do valor total da operação.
As contribuições terão alíquota zero sobre a
receita auferida pela concessionária na
operação de que trata este subtópico.
Importante
Em relação as receitas decorrentes das
comissões de venda (intermediação ou
entrega) de veículos novos, classificados nas
posições 87.03 e 87.04 da TIPI , auferidas
pelos concessionários de veículos estão
reduzidas a zero as alíquotas da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins.
(Lei nº 10.485/2002 , arts. 2º , § 2º, II, e 6º;
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts.
70 , 421 e 424 )
.

7.10 CCEE
Podem efetuar exclusões na determinação da
base de cálculo da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins:
a) as pessoas jurídicas integrantes da
Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), optantes por regime
especial de tributação MAE (Lei nº
10.637/2002 , art. 47 ; Lei nº
10.848/2004 , art. 5º , § 4º; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 726 );
e
b) as pessoas jurídicas geradoras de
energia elétrica integrantes da CCEE,
optantes por regime especial de
tributação, nos termos do art. 661 (Lei nº
10.637/2002 , art. 47 , § 5º; e Lei nº
10.848/2004 , art. 5º , § 4º; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 727 ).
 Nota
A CCEE sucedeu o Mercado Atacadista
de Energia Elétrica - MAE (Lei nº
10.848/2004 , art. 5º )
.

7.11 Doações ou patrocínios - Lei Rouanet


Os doadores ou os patrocinadores podem
excluir da base de cálculo do PIS-Pasep e da
Cofins, as receitas correspondentes a
doações e patrocínios, realizados sob a forma
de prestação de serviços ou de fornecimento
de material de consumo para projetos
culturais, amparados pela Lei Rouanet (Lei nº
8.313/1991 ), computados a preços de
mercado para fins de dedução do Imposto de
Renda.
(Lei nº 8.313/1991 ; Instrução Normativa RFB
nº 2.121/2022 , art. 38 , X)
.

7.12 Atualização do valor de estoques de


produtos agrícolas, animais e extrativos
Também podem ser excluídos da base de
cálculo do PIS-Pasep e da Cofins, as receitas
reconhecidas como contrapartida do aumento
do ativo, em decorrência da atualização do
valor dos estoques de produtos agrícolas,
animais e extrativos, tanto em virtude do
registro no estoque de crias nascidas no
período, como pela avaliação do estoque a
preço de mercado.
(Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , art.
38 , XI)
.

7.13 Concessionárias ou permissionárias de


transporte público de passageiros
As empresas concessionárias ou
permissionárias de serviço público de
transporte urbano de passageiros,
subordinadas ao sistema de compensação
tarifária, podem excluir da base de cálculo do
PIS-Pasep e da Cofins, o valor recebido que
deva ser repassado a outras empresas do
mesmo ramo, por meio de fundo de
compensação criado ou aprovado pelo Poder
Público Concedente ou Permissório.
(Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , art.
38 , XII)
.
8. ALÍQUOTAS
Ressalvadas as disposições específicas, no
regime de apuração não cumulativa, serão
aplicadas as seguintes alíquotas sobre a base
de cálculo apurada:
a) 1,65% para o PIS-Pasep; e
b) 7,6% para a Cofins.
(Leis nº 10.637/2002, art. 2º; Lei nº
10.833/2003 , art. 2º ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 59 ,
II e 150)
.

8.1 Alíquotas diferenciadas


Os produtores ou importadores nas vendas
de combustíveis, produtos farmacêuticos, de
perfumaria, máquinas e veículos, autopeças,
pneus e câmaras de ar, querosene de
aviação, bebidas, álcool, papel e papel imune
de que trata o § 1º e 1º A do art. 2º das Leis
nº 10.637/2002 e Lei nº 10.833/2003 , estão
sujeitas às alíquotas diferenciadas que podem
ser em percentual ou por valores:
Na venda de combustíveis
sobre a receita bruta serão
aplicadas as alíquotas,
dependendo se a pessoa
jurídica optou ou não pelo
regime especial (Lei nº
9.718/1998 , Lei nº
10.336/2001 , Lei nº
10.560/2002 , Lei nº
10.865/2004 , Lei nº
11.116/2005 , Lei nº
11.196/2005 e Lei nº
Combustíveis 11.727/2008 ; Decreto nº
5.059/2004 ; Decreto nº
10.638/2021 )
Sobre o assunto, veja os
procedimentos:
Cofins/PIS-Pasep -
Combustíveis - Alíquotas
diferenciadas
PIS/Cofins - Incidência da
Cofins e da contribuição ao
PIS-Pasep sobre a venda e
importação de álcool - Novas
disposições
Cofins/PIS-Pasep - Biodiesel
Álcool Na venda de álcool devem ser
calculadas mediante a
aplicação das alíquotas
previstas na Lei nº
9.718/1998 , art. 5º , I; Lei nº
11.727/2008 , art. 7º ; Lei nº
10.637/2002 , art. 2º , § 1º-A;
Lei nº 11.727/2008 , art. 14 ;
Lei nº 10.833/2003 , art. 2º ,
§ 1º-A; Lei nº 11.727/2008 ,
art. 15 )
Sobre o assunto, veja o
procedimento:
Cofins/PIS-Pasep - Venda e
importação de álcool
Na venda de produtos
farmacêuticos e de
perfumaria serão aplicadas as
alíquotas previstas na Lei nº
10.147/2000 , alterada pela
Lei nº 13.043/2014 e a
Produtos Instrução Normativa RFB nº
Farmacêuticos 2.453
121/2022 , arts. 60 , 452 ,
e 481 :
e de
Perfumaria Sobre o assunto, veja os
procedimentos:
Cofins/PIS-Pasep -
Medicamentos e perfumaria
- Alíquotas diferenciadas
PIS/Cofins - Tributação das
receitas auferidas pelas
farmácias e drogarias
Máquinas, Na venda de máquinas,
Veículos, veículos, autopeças e
autopeças e pneumáticos serão aplicadas
pneumáticos as alíquotas, conforme dispõe
a Lei nº 10.485/2002 e a
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , arts. 60 e 416 ,
417 , 427 , 428 , 438 e 439 :
Sobre o assunto, veja os
procedimentos:
Cofins/PIS-Pasep -
Autopeças - Alíquotas
diferenciadas
Cofins/PIS-Pasep -
Comercialização de pneus e
câmaras-de-ar de borracha
Na venda de água,
refrigerante, cerveja e
preparações compostas serão
aplicadas as alíquotas
específicas, conforme dispõe
a Lei nº 13.097/2015 ,
alterada pela Lei nº
13.137/2015 e a Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022
, arts. 490 a 492 :
Sobre o assunto, veja os
Bebidas procedimentos:
Cofins/PIS-Pasep -
Importação e
comercialização de bebidas
- Regras no período de
1º.01.2009 a 30.04.2015
Cofins/PIS-Pasep -
Tributação de Bebidas Frias -
Regras aplicáveis desde de
1º.05.2015
Cofins/PIS-Pasep - Bebidas -
Alíquotas diferenciadas
(Vigente até 31.12.2008)
Papel Imune Sobre a receita bruta
decorrente da venda de papel
imune a impostos ( CF/1988 ,
art. 150 , inciso VI, alínea "d")
quando destinados à
impressão de periódicos, fica
sujeito às alíquotas previstas
na Lei nº 10.637/2002 , art.
2º , § 2º e Lei nº
10.833/2003 , art. 2º , § 2º e
a Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 753
a) 0,8% para o PIS-Pasep;
b) 3,2% para a Cofins.
Sobre o assunto, veja o
procedimento:
Cofins/PIS-Pasep - Papel
imune destinado à impressão
de periódicos e jornais -
Alíquotas diferenciadas
Para aplicar as alíquotas
citadas, a pessoa jurídica
deverá observar o disposto
nos arts. 1º e 2º da Lei nº
11.945/2009 , que trata do
Regime Especial.
Zona Franca Sobre a receita bruta auferida
de Manaus por pessoa jurídica industrial
(ZFM) estabelecida na ZFM,
decorrente da venda de
produção própria, consoante
projeto aprovado pela
SUFRAMA, fica sujeito às
alíquotas previstas na Lei nº
10.637/2002 , art. 2º , § 4º e
Lei nº 10.833/2003 , art. 2º ,
§ 5º e a Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , arts. 454
e 455 :
Sobre o assunto, veja os
procedimentos:
Empresas estabelecidas na
Zona Franca de Manaus -
Incidência da Contribuição ao
PIS-Pasep e da Cofins
Cofins/PIS-Pasep - Zona
Franca de Manaus -
Substituição tributária da
contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins
O disposto neste tópico
também se aplica à receita
bruta auferida por pessoa
jurídica industrial
estabelecida nas Áreas de
Livre Comércio de que tratam
as Leis nºs 7.965/1989
(Tabatinga/AM), 8.210/1991
(Boa Vista e Bonfim/RR) ,
8.256/1991 (Macapá e
Santana/AP), o art. 11 da Lei
nº 8.387/1991 , e a Lei nº
8.857/1994 (Brasiléia e
Cruzeiros do Sul/AC),
conforme Lei nº 11.945/2009
. A exigência relativa ao
projeto aprovado não se
aplica às Pessoas Jurídicas
comerciais estabelecidas nas
áreas de livre comércio.
Sobre o assunto, veja o
procedimento:
Cofins/PIS-Pasep - Zona
Franca de Manaus (ZFM) e
Área de Livre Comércio
(ALC)
Na hipótese de a pessoa
jurídica situada na ZFM
apenas transferir os produtos
para outro estabelecimento
da mesma pessoa jurídica
localizada fora da ZFM, não
se aplicam as disposições da
Lei n° 10.637/2002 , art. 2º ,
§ 4º e da Lei nº 10.833/2003
, art. 2º, § 5º.
.

8.2 Alíquotas zero


Óleo diesel e Os coeficientes de redução da
GLP contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins previstos para o
importador ou fabricante de
óleo diesel e suas correntes e
de GLP, optante pelo regime
especial, foram reduzidos,
ficando fixados em (Decreto
nº 5.059/2004 ; Decreto nº
10.638/2021 ):
a) um inteiro para o gás
liquefeito de petróleo (GLP),
quando destinado ao uso
doméstico e envasado em
recipientes de até 13 kg;
b) um inteiro para o óleo
diesel e suas correntes, até
30.04.2021.
Dessa forma, as alíquotas da
contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins, com a utilização
dos coeficientes
determinados nas letras "a" e
"b" supra, ficam reduzidas,
respectivamente, para:
a) R$ 0,00 por tonelada de
GLP, quando destinado ao uso
doméstico e envasado em
recipientes de até 13
quilogramas (desde
1º.03.2021);
b) R$ 0,00 por metro cúbico
de óleo diesel e suas
correntes (no período de 1º.03
a 30.04.2021).
Sobre o assunto, veja o
procedimento:
Cofins/PIS-Pasep -
Combustíveis - Alíquotas
diferenciadas
Setor São reduzidas a zero as
agropecuário alíquotas do PIS-Pasep e da
Cofins, incidentes sobre a
receita bruta auferida nas
vendas, no mercado interno,
conforme Lei nº 10.925/2004
, art. 1º e Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , arts. 65 e
605 :
a) adubos ou fertilizantes
(sobre o assunto, veja
procedimento Adubos e
fertilizantes ):
b) defensivos agropecuários
(sobre o assunto, veja
procedimento Defensivos
agropecuários );
c) sementes e mudas (sobre o
assunto, veja procedimento
Sementes e mudas );
d) corretivo de solo de origem
mineral (sobre o assunto, veja
procedimento Corretivos de
solo de origem mineral );
e) feijões comuns, arroz
descascado, arroz
semibranqueado ou
branqueado e farinha (sobre o
assunto, veja procedimento
Feijões comuns, arroz
descascado, arroz
semibranqueado ou
branqueado e farinhas );
f) inoculantes agrícolas
produzidos a partir de
bactérias fixadoras de
nitrogênio (sobre o assunto,
veja procedimento
Inoculantes agrícolas
produzidos a partir de
bactérias fixadoras de
nitrogênio );
g) vacinas para medicina
veterinária (sobre o assunto,
veja procedimento Vacinas
para medicina veterinária );
h) farinha, grumos e sêmolas,
grãos esmagados ou em
flocos, de milho (sobre o
assunto, veja procedimento
Farinha, grumos e sêmolas,
grãos esmagados ou em
flocos, de milho );
i) pintos de 1 dia (sobre o
assunto, veja procedimento
Pintos de 1 (um) dia );
j) leite e soro de leite (sobre o
assunto, veja procedimento
Leite e soro de leite );
k) queijos tipo mozarela,
minas, prato, queijo de coalho,
ricota, requeijão, queijo
provolone, queijo parmesão e
queijo fresco não maturado
(redação dada pela Lei nº
12.655/2012 ) (sobre o
assunto, veja procedimento
Queijos );
l) soro de leite fluido a ser
empregado na
industrialização de produtos
destinados ao consumo
humano (incluído pela Lei nº
11.488/2007 );
m) farinha de trigo
classificada no código
1101.00.10 da TIPI (art. 1º ,
XIV, da Lei nº 10.925/2004 e
o art. 15 , I da Lei nº
12.839/2013 ) (sobre o
assunto, veja procedimento
Venda no mercado interno ou
importação de farinha de
trigo, trigo, pão comum e
massas alimentícias );
n) trigo classificado na
posição 10.01 da TIPI (art. 1º ,
XV, da Lei nº 10.925/2004 e o
art. 15 , I da Lei nº
12.839/2013 );
o) pré-misturas próprias para
fabricação de pão comum e
pão comum classificados,
respectivamente, nos códigos
1901.20.00 Ex 01 e 1905.90.90
Ex 01 da TIPI (art. 1º , XVI, da
Lei nº 10.925/2004 e o art.
15 , I da Lei nº 12.839/2013 ).
p) massas alimentícias
classificadas na posição 19.02
da TIPI (art. 1º , XVIII, da Lei
nº 10.925/2004 e o art. 15 , I
da Lei nº 12.839/2013 ).
(Lei nº 10.925/2004 , art. 1º ;
Lei nº 12.655/2012 , art. 2º ;
Lei nº 12.839/2013 , art. 1º ;
Decreto nº 5.630/2005 ;
Decreto nº 6.461/2008 )
Produtos Estão reduzidas a zero as
químicos alíquotas da contribuição para
o PIS-Pasep e da Cofins,
somente no regime de
apuração não cumulativa,
incidentes sobre a receita
decorrente da venda no
mercado interno, de produtos
químicos.
Cofins/PIS-Pasep - Alíquota
zero - Produtos químicos )
Redução (art. Segue relação dos produtos
28 da Lei nº cuja receita bruta decorrente
10.865/2004 ) da venda no mercado interno
foram contemplados com a
redução a zero da alíquota da
Cofins e da contribuição para
o PIS-Pasep, nos termos do
art. 28 da Lei nº 10.865/2004
, e alterações posteriores:
a) papel destinado à
impressão de jornais e
periódicos (sobre o assunto,
veja procedimento Papel
destinados a impressão de
jornais e periódicos);
b) produtos hortícolas, frutas
e ovos (sobre o assunto, veja
procedimento Produtos
hortícolas, frutas e ovos );
c) aeronaves e suas partes e
peças (sobre o assunto, veja
procedimento Aeronaves e
suas partes e peças ) -
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 71 ;
d) semens e embriões (sobre
o assunto, veja procedimento
Semens e embriões );
e) livros (sobre o assunto, veja
procedimento Livros) -
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , arts. 68 , 751 ;
f) veículos e embarcações
escolares (sobre o assunto,
veja procedimento Veículos e
embarcações escolares ) -
Lei nº 10.865/2004 , art. 28 ,
VIII e IX; Lei nº 11.727/2008 ,
art. 6º ; Decreto nº
6.644/2008 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022
, art. 69 ;
g) importações de materiais e
equipamentos para
embarcações (sobre o
assunto, veja procedimento
importação de materiais e
equipamentos para
embarcações ) - Lei nº
10.865/2004 , art. 28 , X; Lei
nº 11.774/2008 , art. 3º ;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 74 ;
h) veículos e carros blindados
de combate e material de
defesa (sobre o assunto veja
procedimento Veículos e
carro blindados de combate
e material de defesa ) - Lei nº
10.865/2004 , art. 28 , XI e
XII; Lei nº 11.727/2008 , art.
26 ; Instrução Normativa RFB
nº 2.121/2022 , art. 73 ;
i) medidores de vazão (sobre
o assunto, veja procedimento
Medidores de vazão ) - Lei nº
10.865/2004 , art. 28 , XIII;
Lei nº 12.995/2014 , art. 14 ;
j) aparelhos ortopédicos e
equipamentos para
portadores de deficiência
física (sobre o assunto, veja
procedimento PIS/Cofins -
Alíquota zero - Aparelhos
ortopédicos e equipamentos
para portadores de
deficiência física ) - Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022
, art. 76 ;
k) produtos classificados no
Ex 01 do código 8503.00.90
da TIPI (incluído pela Lei nº
13.169/2015 ).
Redução a Ficam reduzidas a zero as
zero (Lei nº alíquotas da contribuição para
12.839/2013 - o PIS-Pasep e da Cofins
cesta básica) incidentes na importação e
sobre a receita bruta de
venda no mercado interno de:
a) carnes bovina, suína, ovina,
caprina e de aves e produtos
de origem animal
classificados nos seguintes
códigos da TIPI:
a.1) 02.01, 02.02, 0206.10.00,
0206.2, 0210.20.00,
0506.90.00, 0510.00.10 e
1502.10.1;
a.2) 02.03, 0206.30.00,
0206.4, 02.07, 02.09 e 0210.1
e carne de frango classificada
no código 0210.99.00; e
a.3) 02.04 e miudezas
comestíveis de ovinos e
caprinos classificadas no
código 0206.80.00;
Sobre o assunto, veja
procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Suspensão e
Alíquota zero - Venda de
animais vivos da espécie
bovina e de carnes .
Sobre o assunto, veja
procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Suspensão e alíquota
zero - Venda de produtos
suínos e aviculários e de
determinados insumos
relacionados .
b) peixes e outros produtos
classificados nos seguintes
códigos da TIPI:
b.1) 03.02, exceto 0302.90.00;
e
b.2) 03.03 e 03.04;
c) café classificado nos
códigos 09.01 e 2101.1 da TIPI;
Sobre o assunto, veja
procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Alíquota zero -
Venda de café ;
d) açúcar classificado no
código 1701.14.00 e
1701.99.00 da TIPI;
e) óleo de soja classificado na
posição 15.07 da TIPI e outros
óleos vegetais classificados
nas posições 15.08 a 15.14 da
TIPI;
f) manteiga classificada no
código 0405.10.00 da TIPI;
g) margarina classificada no
código 1517.10.00;
h) medicamentos, produtos
de perfumaria, de toucador e
de higiene pessoal (Lei nº
10.147/2000 , art. 2º ; Lei nº
12.839/2013 , arts. 1º e 3º ):
h.1) classificados nas
posições 30.01, 30.03, exceto
no código 3003.90.56, 30.04,
exceto no código 3004.90.46
e 3303.00 a 33.07, exceto na
posição 33.06, nos itens
3002.10.1, 3002.10.2,
3002.10.3, 3002.20.1,
3002.20.2, 3006.30.1 e
3006.30.2 e nos códigos
3002.90.20, 3002.90.92,
3002.90.99, 3005.10.10,
3006.60.00, 3401.11.90,
exceto 3401.11.90 Ex 01,
3401.20.10 e 9603.21.00,
todos da TIPI , pelas pessoas
jurídicas não enquadradas na
condição de industrial ou de
importador;
h.2) sabões de toucador
classificados no código
3401.11.90 Ex 01 da TIPI;
h.3) produtos para higiene
bucal ou dentária
classificados na posição
33.06 da TIPI; e
h.4) papel higiênico
classificado no código
4818.10.00 da TIPI .
Sobre o assunto, veja
procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Medicamentos e
perfumaria - Alíquotas
diferenciadas
Redução a Ficam reduzidas a zero as
zero (Lei nº alíquotas da contribuição para
12.860/2013 - o PIS-Pasep e da Cofins
transporte incidentes sobre a receita
público decorrente da prestação de
coletivo serviços de transporte público
municipal de coletivo municipal de
passageiros) passageiros, por meio
rodoviário, metroviário,
ferroviário e aquaviário.
A desoneração na forma
mencionada alcança também
as receitas decorrentes da
prestação dos serviços nele
referidos no território de
região metropolitana
regularmente constituída e da
prestação dos seguintes
serviços:
a) transporte público coletivo
intermunicipal de caráter
urbano: serviço de transporte
público coletivo entre
Municípios que tenham
contiguidade nos seus
perímetros urbanos;
b) transporte público coletivo
interestadual de caráter
urbano: serviço de transporte
público coletivo entre
Municípios de diferentes
Estados que mantenham
contiguidade nos seus
perímetros urbanos; e
c) transporte público coletivo
internacional de caráter
urbano: serviço de transporte
coletivo entre Municípios
localizados em regiões de
fronteira cujas cidades são
definidas como cidades
gêmeas.
(Lei nº 12.860/2013 , art. 1º ;
Lei nº 13.043/2014 , art. 81 ;
Lei nº 12.587/2012 , art. 4º ,
XI a XIII)
Ficam reduzidas a zero as
alíquotas da contribuição para
o PIS-Pasep e da Cofins
incidentes sobre (Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022
, art. 70 e 100 ):
a) a receita decorrente da
venda de equipamentos ou
materiais destinados a uso
médico, hospitalar, clínico ou
laboratorial, quando
Redução a adquiridos (vigência desde
zero (Lei nº 14. 11.2014):
13.043/2014 - a.Distrito
1) pela União, Estados,
Federal ou Municípios,
venda de bem como
equipamentos autarquias epelas suas
fundações
ou materiais instituídas e mantidas
destinados a poder público; ou pelo
uso médico, a.2) por entidades
hospitalar, beneficentes de assistência
clínico ou social que atendam ao
laboratorial) disposto na Lei nº
12.101/2009 ;
b) as receitas e ganhos
líquidos mensais auferidos
pelos fundos garantidores
constituídos nos termos da
Lei nº 11.079/2004 , Lei nº
11.786/2008 , Lei nº
11.977/2009 , Lei nº
12.087/2009, e Lei nº
12.712/2012 (desde
1º.01.2015).
PATVD Sobre o assunto, veja
procedimento Programa de
Apoio ao Desenvolvimento
Tecnológico da Indústria de
Equipamentos para TV
Digital (PATVD)
Sobre o assunto, veja
procedimento Programa de
apoio ao desenvolvimento
tecnológico da indústria de
PADIS semicondutores (Padis) -
(Lei nº 11.484/2007 , arts. 3º
, I e § 1º e 4º, I e § 1º; Lei nº
12.249/2010 , art. 20 ;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , arts. 81 e 665 ).
Outras São reduzidas a zero as
hipóteses de alíquotas do PIS-Pasep e da
redução a zero Cofins, incidentes sobre a
receita bruta auferida nas
vendas, no mercado interno
de:
a) produtos químicos (sobre o
assunto, veja procedimento
Produtos químicos );
b) matérias-primas, produtos
intermediários e materiais de
embalagem, produzidos na
Zona Franca de Manaus
(ZFM) para emprego em
processo de industrialização
por estabelecimento industrial
ali instalado e consoante
projeto aprovado pelo
Conselho de Administração
da Suframa, de acordo com o
art. 10 da Instrução Normativa
SRF nº 546/2005 ;
c) gás natural canalizado e
carvão mineral (sobre o
assunto, veja procedimento
Gás natural e carvão mineral)
- Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 67 ;
d) bebidas (sobre o assunto,
veja procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Alíquota zero -
Bebidas;
e) usina termonucleares
(sobre o assunto, veja
procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Usina
termonucleares - Alíquota
zero da contribuição ao Pis-
Pasep-Importação e da
Cofins-Importação ;
f) transporte ferroviário (sobre
o assunto, veja procedimento
Transporte ferroviário -
Sistema de Trens de Alta
Velocidade (TAV) - Alíquota
zero das contribuições para
o PIS-Pasep e da Cofins - Lei
nº 10.865/2004 , art. 28 , XX,
Lei nº 12.350/2010 , art. 51 ;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 77 ;
g) programa de inclusão
digital de microcomputadores
(sobre o assunto, veja
procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Programa de
inclusão digital de
microcomputadores -
Alíquota zero ;
h) aparelhos ortopédicos
(sobre o assunto, veja
procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Alíquota zero -
Aparelhos Ortopédicos ;
i) aquisição e importação de
mercadoria equivalente à
empregada ou consumida na
industrialização de produto
exportado (sobre o assunto,
veja procedimento Comércio
exterior - Alíquota zero das
contribuições para o PIS-
Pasep e da Cofins, inclusive
na hipótese de importação,
sobre a aquisição e
importação de mercadoria
equivalente à empregada ou
consumida na industrialização
de produto exportado;
j) indústria cinematográfica -
Programa Cinema Perto de
Você (sobre o assunto, veja
procedimento Indústria
Cinematográfica - Programa
Cinema Perto de Você -
Alíquota zero da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins
para Projetores e suas partes
e acessórios - (Lei nº
10.865/2004 , art. 28 , XXI;
Lei nº 12.599/2012 , art. 16 ;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 80 ).
k) Drawback
Integrado/Intermediário
Isenção (sobre o assunto, veja
procedimento Cofins/PIS-
Pasep - Alíquota zero -
Drawback
Integrado/Intermediário
Isenção - (Lei nº
12.350/2010 , art. 31 ;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 85 );
l) de mercadorias destinadas
ao consumo ou à
industrialização na Zona
Franca de Manaus, por
pessoa jurídica estabelecida
fora da ZFM (Lei nº
10.996/2004 , art. 2º ).
Entendem-se como vendas de
mercadorias de consumo na
ZFM as que tenham como
destinatárias pessoas
jurídicas que as venham
utilizar diretamente ou para
comercialização por atacado
ou a varejo (Lei nº
10.996/2004 , art. 2º ;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , arts. 82 e 546 )
- Cofins/PIS-Pasep - Zona
Franca de Manaus (ZFM) e
Área de Livre Comércio
(ALC) ;
m) gasolinas, exceto gasolina
de aviação, óleo diesel, GLP e
querosene de aviação
auferida por distribuidores e
comerciantes varejistas (Lei
nº 10.560/2002 , art. 2º e MP
nº 2.158-35/2001 , art. 42 )
n) comerciante atacadista ou
varejista, com a venda dos
produtos relacionados na Lei
nº 10.485/2002 , Anexos I e II
(autopeças e outros produtos)
e das máquinas e veículos
classificados nos códigos
84.29, 8432.40.00,
84.32.80.00, 8433.20,
8433.30.00, 8433.40.00,
8433.5, 87.01 a 87.06 da TIPI ,
exceto quando auferida por
empresa comercial atacadista
adquirente dos produtos
resultantes da industrialização
por encomenda.
o) alcool , inclusive para fins
carburantes, a partir de
01.10.2008, quando auferida
(Lei nº 9.718/1998 , art. 5º , §
1º; Lei nº 11.727/2008 ):
o.1) por distribuidor, no caso
de venda de álcool anidro
adicionado à gasolina;
o.2) por comerciante varejista,
em qualquer caso;
o.3) nas operações realizadas
em bolsa de mercadoria e
futuros, exceto quando ocorra
liquidação física do contrato;
p) valores pagos ou
creditados pelos Estados,
Distrito Federal e Municípios
relativos ao ICMS e ao ISS, no
âmbito de programas de
concessão de crédito
voltados ao estímulo à
solicitação de documento
fiscal na aquisição de
mercadorias e serviços (Lei nº
11.945/2009 , art. 5º ;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 79 ).
q) comercialização de
matérias-primas, produtos
intermediários e materiais de
embalagem, produzidos na
ZFM para emprego em
processo de industrialização
por estabelecimento industrial
ali instalado e consoante
projeto aprovado pelo
Conselho de Administração
da Suframa (Lei nº
10.637/2002 , art. 5º-A ; Lei
nº 10.865/2004 , art. 37 ).
r) valores efetivamente
recebidos exclusivamente a
título da (Lei nº 12.865/2013 ,
art. 4º ):
r.1) subvenção extraordinária
aos produtores fornecedores
independentes de cana-de-
açúcar afetados por
condições climáticas adversas
referente à safra 2011/2012 na
região nordeste;
r.2) subvenção econômica às
unidades industriais
produtoras de etanol
combustível que desenvolvam
suas atividades na região
nordeste, referente à
produção da safra 2011/2012;
s) a energia elétrica ativa
fornecida pela distribuidora à
unidade consumidora, na
quantidade correspondente à
soma da energia elétrica ativa
injetada na rede de
distribuição pela mesma
unidade consumidora com os
créditos de energia ativa
originados na própria unidade
consumidora no mesmo mês,
em meses anteriores ou em
outra unidade consumidora do
mesmo titular, nos termos do
Sistema de Compensação de
Energia Elétrica para
microgeração e minigeração
distribuída, conforme
regulamentação da Agência
Nacional de Energia Elétrica -
Aneel (Lei nº 13.169/2015 ,
art. 8º ; Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , art. 68 );
t) comissões de venda
(intermediação ou entrega) de
veículos novos, classificados
nas posições 87.03 e 87.04 da
TIPI , auferidas pelos
concessionários de veículos
estão reduzidas a zero as
alíquotas da contribuição para
o PIS-Pasep e da Cofins (Lei
nº 10.485/2002 , arts. 2º , §
2º, II, e 6º; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022
, arts. 70 , 421 e 424 );
u) venda no mercado interno
de bens relacionados em ato
do Poder
Executivo para aplicação nas
Unidades Modulares de
Saúde de que trata o
Convênio ICMS nº 114/2009 ,
quando adquiridos por órgãos
da Administração Pública
direta federal, estadual,
distrital e municipal (Lei nº
10.865/2004 , art. 28 , XVIII;
Lei nº 12.249/2010 , art. 79 ;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 77 ;
v) a receita bruta no mercado
interno de projetores para
exibição cinematográfica,
classificados no código
9007.20 da Tipi , e suas
partes e acessórios,
classificados no código
9007.9 da TIPI (Lei nº
10.865/2004 , art. 28 , inciso
XXI, com redação dada pela
Lei nº 12.599, de 2012, art.
16);
x) indenização
correspondente à parcela dos
investimentos vinculados a
bens reversíveis (Lei nº
12.783/2013 , art. 8º , §§ 2º e
4º, e 15, §§ 1º, 2º e 9º;
Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 , art. 98 );
w) receitas decorrentes da
venda de partes de
aerogeradores classificados
no Ex 01 do código
8503.00.90 da TIPI , exceto
pás eólicas. utilizados
exclusiva ou principalmente
em aerogeradores
classificados no código
8502.31.00 da Tipi (Lei nº
10.865/2004 , art. 28 ,
XXXVII; Lei nº 13.169/2015 ,
art. 15 ; Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , art. 102 ).

 Notas
(1) De acordo com o Ato Declaratório
Interpretativo RFB nº 1/2013 , a Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB) esclareceu
que a redução a zero das alíquotas da
contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, da
contribuição para o PIS-Pasep-Importação e
da Cofins-Importação incidentes sobre a
receita decorrente da venda, no mercado
interno, e sobre a importação de produtos
que compõem a cesta básica, de que trata
esse subtópico (art. 1º da Medida Provisória
nº 609/2013 , convertida na Lei nº
12.839/2013 ), alcança as receitas de vendas
realizadas a partir do dia 08.03.2013,
inclusive, independentemente de eventual
registro de contribuições devidas
relativamente às operações realizadas. A
norma esclarece ainda que as devoluções
referentes a vendas realizadas até o dia
07.03.2013, geram direito ao desconto de
créditos para as pessoas jurídicas tributadas
no regime de apuração não cumulativa das
contribuições, desde que atendidas as
demais condições previstas na legislação.
Já as devoluções referentes a compras
realizadas até o dia 07.03.2013 implicam, por
sua vez, o estorno do respectivo crédito,
ainda que esta devolução ocorra depois
dessa data.
(2) A redução a zero das alíquotas da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins
prevista para venda de equipamentos ou
materiais destinados a uso médico, hospitalar,
clínico ou laboratorial aplica-se:
a) exclusivamente aos equipamentos ou
materiais listados pelo Poder Executivo;
b) inclusive na venda dos equipamentos ou
materiais por pessoa jurídica revendedora às
pessoas jurídicas mencionadas, hipótese em
que as reduções de alíquotas ficam
condicionadas à observância dos
procedimentos estabelecidos pelo Poder
Executivo.
A pessoa jurídica industrial, ou equiparada, e
a pessoa jurídica revendedora ficam
solidariamente responsáveis pelas
contribuições não pagas em decorrência de
aplicação irregular das reduções de alíquotas,
acrescidas de juros e de multa, na forma da
lei (Lei nº 13.043/2014 , arts. 70 e 97 ).
(3) Por força da Lei nº 12.024/2009 e a Lei nº
12.096/2009 , foi reduzida a zero a alíquota
da Cofins incidente sobre a receita bruta da
venda, no mercado interno, de motocicletas
de cilindrada inferior ou igual a 150 cm3,
efetuada por importadores e fabricantes, em
relação aos fatos geradores ocorridos nos
meses de abril a setembro de 2009 e de
janeiro a março de 2010 e somente nos
códigos lá especificados:
Sobre o assunto, veja procedimento Cofins -
Alíquota zero - Automotivo - Venda de
motocicletas de cilindrada inferior ou igual a
150 cm3 . Esta alíquota não se aplica às
receitas auferidas pela pessoa jurídica
revendedora, na revenda de mercadorias em
relação às quais a contribuição seja exigida
da empresa vendedora, na condição de
substituta tributária.
.

8.3 Receitas financeiras


A contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins
incidentes sobre as receitas financeiras,
inclusive decorrentes de operações
realizadas para fins de hedge, devem ser
apuradas mediante a aplicação das alíquotas,
respectivamente, de 0,65% e 4%.
Veja mais sobre o assunto no procedimento:
Cofins/PIS-Pasep - Incidência das
contribuições sobre receitas financeiras
 Nota
O art. 1º Decreto nº 11.322/2022 (divulgado
no DOU 1 - Edição Extra, do dia 30.12.2022)
havia alterado o Decreto nº 8.426/2015
reduzindo para 0,33% e 2%, respectivamente,
as alíquotas da contribuição para PIS-Pasep e
da Cofins incidentes sobre receitas
financeiras, inclusive decorrentes de
operações realizadas para fins de hedge,
auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao
regime de apuração não cumulativa das
referidas contribuições. Entretanto, o Decreto
nº 11.374/2023 (divulgado no DOU 1 - Edição
Extra, do dia 02.01.2023) revogou o Decreto
nº 11.322/2022 , e restabeleceu, com efeitos
a partir de 02.01.2023, as alíquotas das
referidas contribuições para 0,65% e 4%,
respectivamente.
(Lei nº 10.637/2002 art. 1º , § 1º; Lei nº
10.833/2003 , art. 1º , § 1º; Lei nº 10.865, de
2004, art. 27, § 2º; Lei nº 12.973/2014 , arts.
54 e 55 ; Decreto nº 8.426/2015 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 789 com
alteração trazida pela Instrução Normativa
RFB nº 2.152/2023 )
.
9. DESCONTO DE CRÉDITOS DA COFINS E
DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS-PASEP
A pessoa jurídica sujeita ao regime não
cumulativo da Cofins e da contribuição para o
PIS-Pasep pode descontar créditos das
referidas contribuições na forma mencionada
nos subtópicos a seguir.
.

9.1 Vedações ao desconto de créditos da


Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep
Não dão direito a crédito da Cofins e da
contribuição para o PIS-Pasep os valores:
a) de bens ou serviços não sujeitos ao
pagamento da Cofins e da contribuição
para o PIS-Pasep;
b) das aquisições para revenda:
b.1) de bens sujeitos à substituição tributária
da Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep
a que se referem os arts. 15 (veículos
classificados na posição 87.11 da Tipi ) e 16
(cigarros e cigarrilhas) da Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 ;
b.2) de bens sujeitos à tributação
concentrada a que se refere o art. 60 da
Instrução Normativa RFB nº 2.122/2022 ;
b.3) de álcool por distribuidores, e
comerciantes varejistas e transportadores-
revendedores-retalhistas;
c) de mão de obra paga a pessoa física.
(Lei nº 10.637/2002 , art. 3º , I, "a" e "b",
e § 2º, com redação dada pela Lei nº
11.787/2008 ,art. 4º ; Lei nº
10.833/2003 , art. 3º , inciso I, "a" e "b",
e § 2º, com redação dada pela Lei nº
11.787/2008 , art. 5º ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 160 )
.

9.2 Deduções de créditos na apuração da


Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep
Do valor das contribuições apuradas no
regime não cumulativo a pessoa jurídica pode
descontar créditos calculados em relação a:
a) bens adquiridos para revenda;
b) bens e serviços utilizados como
insumo na prestação de serviços e na
produção ou fabricação de bens ou
produtos destinados à venda, inclusive
combustíveis e lubrificantes, exceto em
relação ao pagamento de que trata a Lei
nº 10.485/2002 , art. 2º , devido pelo
fabricante ou importador, ao
concessionário, pela intermediação ou
entrega dos veículos classificados nas
posições 87.03 e 87.04 da Tipi (veja a
definição de insumos no subtópico 9.2.1
);
c) energia elétrica e energia térmica,
inclusive sob a forma de vapor,
consumidas nos estabelecimentos da
pessoa jurídica (Lei nº 11.488/2007 art.
18 );
d) aluguéis de prédios, máquinas e
equipamentos pagos a pessoa jurídica,
utilizados nas atividades da empresa;
e) valor das contraprestações de
operações de arrendamento mercantil de
pessoa jurídica, exceto de optante pelo
Simples Nacional;
f) encargos de depreciação e
amortização de máquinas, equipamentos
e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados
para locação a terceiros, ou para
utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de
serviços;
 Notas
(1) Alternativamente, o contribuinte pode
optar pela apropriação dos créditos
relativo à aquisição de máquinas e
equipamentos novos destinados ao ativo
imobilizado, de forma imediata. Nessa
hipótese, os créditos serão determinados
mediante a aplicação de 1,65% (PIS-
Pasep) e de 7,6% (Cofins), sobre o custo
de aquisição do bem (Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 169 ,
179 e 185 ).
(2) É vedada a utilização dos créditos na
hipótese de aquisição de bens usados
(Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
art. 180 , I).
g) encargos de depreciação e
amortização de edificações e benfeitorias
em imóveis próprios ou de terceiros
utilizados nas atividades da empresa,
adquiridas a partir de 1º.05.2004;
 Nota
Alternativamente, as pessoas jurídicas
poderão optar pelo desconto, no prazo
de 24 meses, dos créditos da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins, na hipótese de edificações
incorporadas ao ativo imobilizado,
adquiridas ou construídas para utilização
na produção de bens destinados à venda
ou na prestação de serviços. Nesse caso,
os créditos serão apurados mediante a
aplicação, a cada mês, de 1,65% (PIS-
Pasep) e de 7,6% (Cofins), sobre o valor
correspondente a 1/24 do custo de
aquisição ou de construção da edificação
(Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
arts. 169 , 179 e 187 ).
No custo de aquisição ou construção da
edificação não se inclui o valor de
terrenos, de mão de obra paga a pessoa
física e da aquisição de bens ou serviços
não sujeitos ao pagamento das
contribuições referidas em decorrência
de imunidade, não incidência, suspensão
ou alíquota zero da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins.
Tratando-se de bens parcialmente
depreciados, na data da opção, em
relação aos bens referidos, as alíquotas
de 1,65% (PIS-Pasep) e de 7,6% (Cofins),
devem ser aplicadas sobre a parcela
correspondente a 1/24 do seu valor
residual.
Considera-se efetuada a opção, de forma
irretratável, com o recolhimento das
contribuições apuradas na forma neles
prescritas.
h) encargos de depreciação e
amortização dos bens incorporados ao
ativo intangível, adquiridos para utilização
na produção de bens destinados a venda
ou na prestação de serviços (vigência a
partir de 1º.01.2015, ou a partir de
1º.01.2014, no caso de optantes da Lei nº
12.973/2014 , arts. 54 , 55 e 119);
i) bens recebidos em devolução, cuja
receita de venda tenha integrado
faturamento do mês ou de mês anterior,
tributada pela modalidade não
cumulativa;
j) armazenagem de mercadoria e frete na
operação de venda, nos casos das letras
"a" e "b", quando o ônus for suportado
pelo vendedor;
k) aquisição dos produtos sujeitos as
alíquotas diferenciadas de que trata o §
1º do art. 2º da Lei nº 10.833/2003 por
pessoas jurídicas produtoras ou
fabricantes desses produtos de outra
pessoa jurídica importadora, produtora ou
fabricante, para revenda no mercado
interno ou para exportação (Lei nº
11.727/2008 , art. 24 ):
k.1) o crédito será o valor das contribuições
devidos pelo vendedor em decorrência dessa
operação;
k.2) a vedação ao crédito prevista na alínea
"b" do inciso I do art. 3º das Lei nº.
10.637/2002, Lei nº 10.833/2003 , não se
aplica nessa hipótese;
l) vale-transporte, vale-refeição ou vale-
alimentação, fardamento ou uniforme
fornecidos aos empregados por pessoa
jurídica que explore as atividades de
prestação de serviços de limpeza,
conservação e manutenção (Lei nº
11.898/2009 , art. 24 ).
 Notas
(1) Caso a pessoa jurídica não aproveite o
crédito em determinado mês, poderá
aproveitá-lo nos meses subsequentes,
sem atualização monetária ou incidência
de juros.
(2) O valor dos créditos não constitui
receita bruta da pessoa jurídica, servindo
somente para dedução do valor devido
da contribuição.
(3) No caso de construção por
empreitada ou de fornecimento a preço
predeterminado de bens ou serviços,
contratados por pessoa jurídica de direito
público, empresa pública, sociedade de
economia mista ou suas subsidiárias, a
pessoa jurídica optante pelo regime
previsto na Lei nº 9.718/1998 , art. 7º
(diferimento da receita para fins de
tributação) somente poderá utilizar o
crédito a ser descontado, na proporção
das receitas efetivamente recebidas.
(4) A contribuição incidente na hipótese
de contratos, com prazo de execução
superior a um ano, de construção por
empreitada ou de fornecimento, a preço
predeterminado, de bens ou serviços a
serem produzidos será calculada sobre a
receita apurada de acordo com os
critérios de reconhecimento adotados
pela legislação do imposto de renda,
previstos para a espécie de operação. O
crédito a ser descontado somente poderá
ser utilizado na proporção das receitas
reconhecidas.
(5) No caso de devolução em períodos
anteriores, o crédito calculado sobre a
alíquota incidente na venda será
apropriado no mês do recebimento da
devolução.
(6) No cálculo do crédito da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins poderão ser
considerados os valores decorrentes do
ajuste a valor presente, observando-se
que (Lei nº 6.404/1976 , art. 184 , III; Lei
nº 10.637/2002 , art. 3º ; Lei nº
10.833/2003 , art. 3º ; Lei nº
12.973/2014 , arts. 54 , 55 e 119):
a) o disposto nas letras "f" e "g" acima
mencionados:
a.1) não se aplica no caso de bem objeto
de arrendamento mercantil, na pessoa
jurídica arrendatária;
a.2) fica vedado o desconto de quaisquer
créditos calculados em relação a:
a.2.1) encargos associados a
empréstimos registrados como custo, na
forma da alínea "b" do § 1o do art. 17 do
Decreto-Lei nº 1.598/1977 ; e
a.2.2) custos estimados de desmontagem
e remoção do imobilizado e de
restauração do local em que estiver
situado;
b) no cálculo dos créditos a que se refere
a letra "a", não serão computados os
ganhos e perdas decorrentes de
avaliação de ativo com base no valor
justo;
c) na execução de contratos de
concessão de serviços públicos, os
créditos gerados pelos serviços de
construção, recuperação, reforma,
ampliação ou melhoramento de
infraestrutura, quando a receita
correspondente tiver contrapartida em
ativo intangível, representativo de direito
de exploração, ou em ativo financeiro,
somente poderão ser aproveitados, no
caso do ativo intangível, à medida que
este for amortizado e, no caso do ativo
financeiro, na proporção de seu
recebimento, excetuado, para ambos os
casos, o crédito previsto na letra "f";
d) o disposto na letra "l" não se aplica ao
ativo intangível referido no § 22 do art. 3º
da Lei nº 10.637/2002 e no § 21 do art.
3º da Lei nº 10.833/2003 .
(7) Conforme esclarecido pela Solução de
Divergência Cosit nº 3/2011 , e pelo Ato
Declaratório Interpretativo RFB nº
35/2011 , por falta de amparo legal, as
pessoas jurídicas sujeitas ao regime de
apuração não cumulativa da Cofins e da
Contribuição para o PIS-Pasep não
podem descontar créditos calculados em
relação aos encargos de exaustão
suportados.
(8) Conforme esclarecido pela Solução de
Divergência Cosit nº 2/2011, por não
integrarem o conceito de insumo utilizado
na produção de bens destinados à venda
e nem se referirem à operação de venda
de mercadorias, as despesas efetuadas
com fretes contratados para o transporte
de produtos acabados ou em elaboração
entre estabelecimentos industriais e
destes para os estabelecimentos
comerciais da mesma pessoa jurídica não
geram direito à apuração de créditos a
serem descontados da contribuição para
o PIS-Pasep e da Cofins devidas no
regime de incidência não cumulativa das
contribuições.
(9) De acordo com a Solução de
Divergência Cosit nº 9/2011, os valores
das despesas realizadas com a aquisição
de equipamentos de proteção individual
(EPI) tais como: respiradores; óculos;
luvas; botas; aventais; capas; calças e
camisas de brim e etc., utilizados por
empregados na execução dos serviços
prestados de dedetização, desratização e
lavação de carpetes e forrações, não
geram direito à apuração de créditos a
serem descontados da Cofins, porque
não se enquadram na categoria de
insumos aplicados ou consumidos
diretamente nos serviços prestados. Os
gastos realizados com a aquisição de
produtos aplicados ou consumidos
diretamente nos serviços prestados de
dedetização, desratização e na lavação
de carpetes e forrações contratados com
fornecimento de materiais, dentre outros:
inseticidas; raticidas; removedores;
sabões; vassouras; escovas; polidores e
etc., desde que adquiridos de pessoa
jurídica domiciliada no Brasil ou
importados, se enquadram no conceito
de insumos aplicados ou consumidos
diretamente nos serviços prestados,
gerando, portanto, direito à apuração de
créditos a serem descontados da
contribuição ao PIS/PASEP e da Cofins.
(10) De acordo com a Solução de
Divergência Cosit nº 10/2011
, as despesas realizadas com serviços de
telefonia para a execução de serviços
contratados, por mais necessários que
sejam, não geram direito à apuração de
créditos a serem descontados da
Contribuição ao PIS/Pasep e da Cofins,
por não se enquadrarem na definição
legal de insumos aplicados ou
consumidos diretamente nos serviços
prestados.
(11) Conforme esclarecido pelo Ato
Declaratório Interpretativo RFB nº
36/2011 , por falta de previsão legal, o
pagamento de taxas de administração
para pessoas jurídicas administradoras
de cartões de crédito ou débito não gera
direito ao desconto de créditos da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins devidos no regime de incidência
não cumulativa das contribuições.
(12) Conforme esclarecido pela Solução
de Divergência Cosit nº 14/2011 , por
absoluta falta de amparo legal, os valores
pagos em decorrência de contratos de
cessão de direitos autorais, ainda que
necessários para a edição e produção de
livros, não geram direito à apuração de
créditos a serem descontados da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins porque não se enquadram na
definição de insumos utilizados na
fabricação ou produção de bens
destinados a venda.
(13) Por meio da Solução de Divergência
Cosit nº 21/2011, a Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB) esclareceu que os
direitos de crédito da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins, devidos no regime
de incidência não cumulativa das
contribuições, previstos,
respectivamente, no art. 3º da Lei nº
10.637/2002 e no art. 3º da Lei nº
10.833/2003 , estão sujeitos ao prazo
prescricional referido no art. 1º do
Decreto nº 20.910/1932 , ou seja,
prescrevem em 5 anos contados da data
do ato ou fato do qual se originarem .Os
fatos geradores desses direitos
creditórios têm natureza complexiva e
aperfeiçoam-se no último dia do mês da
apuração. Assim, o termo de início para
contagem do prazo prescricional relativo
aos direitos creditórios das referidas
contribuições é o 1º dia do mês
subsequente ao de sua apuração.
(14) Por meio do Ato Declaratório
Interpretativo RFB nº 1/2013 , a
Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB) esclareceu que a redução a zero
das alíquotas da contribuição para o PIS-
Pasep, da Cofins, da contribuição para o
PIS-Pasep-Importação e da Cofins-
Importação incidentes sobre a receita
decorrente da venda, no mercado
interno, e sobre a importação de
produtos que compõem a cesta básica,
de que trata o art. 1º da Medida
Provisória nº 609/2013 (convertida na
Lei nº 12.839/2013 ), alcança as receitas
de vendas realizadas a partir do dia
08.03.2013, inclusive,
independentemente de eventual registro
de contribuições devidas relativamente
às operações realizadas.
A norma esclarece ainda que as
devoluções referentes a vendas
realizadas até o dia 07.03.2013, geram
direito ao desconto de créditos para as
pessoas jurídicas tributadas no regime de
apuração não cumulativa das
contribuições, desde que atendidas as
demais condições previstas na legislação.
Já as devoluções referentes a compras
realizadas até o dia 07.03.2013 implicam,
por sua vez, o estorno do respectivo
crédito, ainda que esta devolução ocorra
depois dessa data.
(15) No regime de apuração não
cumulativa da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins, as despesas com a
aquisição de serviços, de materiais ou de
peças, aplicados ou consumidos na
manutenção de moldes utilizados na
produção ou na fabricação de bens ou de
produtos destinados à venda, geram
créditos, desde que tais materiais ou
peças não acrescentem vida útil superior
a 1 ano aos referidos moldes, atendidos
os demais requisitos da legislação de
regência ( Solução de Divergência Cosit
nº 15/2013).
(16) Os valores pagos por locação de
veículo não ensejam a constituição de
créditos a serem descontados da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins apurados em regime não
cumulativo, porquanto tais despesas não
estão expressamente relacionadas no art.
3º da Lei nº 10.637/2002 nem no art. 3º
da Lei nº 10.833/2003 e também não se
enquadram em qualquer das hipóteses de
creditamento previstas naqueles
dispositivos legais (Solução de Consulta
Cosit nº 1/2014).
(17) esclareceu que a locação de
caminhões para utilização na entrega de
mercadorias revendidas pela pessoa
jurídica não se equipara a frete na
operação de venda, para efeito de
desconto de créditos da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins, nos termos
dos arts. 3º , IX, e 15, II, da Lei nº
10.833/2003 , e do art. 3º , IX, da Lei nº
10.833/2003 . A (Solução de Consulta
Cosit nº 69/2014 ) .
(18) É vedada a apuração de créditos da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins em relação aos dispêndios com
armazenagem de mercadoria e com frete
suportados pelo vendedor na operação
de venda de produtos sujeitos à cobrança
concentrada ou monofásica das
contribuições, inclusive gasolinas e suas
correntes, exceto gasolina de aviação;
óleo diesel e suas correntes; querosene
de aviação; gás liquefeito de petróleo
(GLP) derivado de petróleo e gás natural
(Solução de Divergência Cosit nº 5/2016).
(Lei nº 10.833/2003 , art. 3º ; Lei nº
10.637/2002 , art. 3º ; Lei nº
11.488/2007 , art. 6º ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 161 ,
166 , 169 , 179 a 187 )
.

9.2.1 Definição de insumos


Consideram-se insumos os bens ou serviços
considerados essenciais ou relevantes, que
integram o processo de produção ou
fabricação de bens destinados à venda ou de
prestação de serviços, inclusive:
a) bens ou serviços que, mesmo
utilizados após a finalização do processo
de produção, de fabricação ou de
prestação de serviços, tenham sua
utilização decorrente de imposição legal;
b) bens ou serviços considerados
essenciais ou relevantes, que integram o
processo de produção ou fabricação de
bens ou de prestação de serviços e que
sejam considerados insumos na produção
ou fabricação de bens destinados à
venda ou na prestação de serviços;
c) combustíveis e lubrificantes
consumidos em máquinas, equipamentos
ou veículos responsáveis por qualquer
etapa do processo de produção ou
fabricação de bens ou de prestação de
serviços;
d) bens ou serviços aplicados no
desenvolvimento interno de ativos
imobilizados sujeitos à exaustão e
utilizados no processo de produção, de
fabricação ou de prestação de serviços;
e) bens e serviços aplicados na fase de
desenvolvimento de ativo intangível que
resulte em:
e.1) insumo utilizado no processo de
produção ou fabricação de bens destinados à
venda ou de prestação de serviços; ou
e.2) bem destinado à venda ou em serviço
prestado a terceiros;
f) embalagens de apresentação utilizadas
nos bens destinados à venda;
g) serviços de manutenção necessários
ao funcionamento de máquinas e
equipamentos utilizados no processo de
produção ou fabricação de bens
destinados à venda ou de prestação de
serviços;
h) bens de reposição necessários ao
funcionamento de máquinas e
equipamentos utilizados no processo de
produção ou fabricação de bens
destinados à venda ou de prestação de
serviços;
i) serviços de transporte de produtos em
elaboração realizados em ou entre
estabelecimentos da pessoa jurídica; e
j) bens ou serviços especificamente
exigidos pela legislação para viabilizar a
atividade de produção de bens ou de
prestação de serviços por parte da mão
de obra empregada nessas atividades,
como no caso dos equipamentos de
proteção individual (EPI).
Não são considerados insumos , entre
outros:
a) bens incluídos no ativo imobilizado;
b) embalagens utilizadas no transporte
do produto acabado;
c) bens e serviços utilizados na pesquisa
e prospecção de minas, jazidas e poços
de recursos minerais e energéticos;
d) bens e serviços aplicados na fase de
desenvolvimento de ativo intangível que
não chegue a ser concluído ou que seja
concluído e explorado em áreas diversas
da produção ou fabricação de bens e da
prestação de serviços;
e) serviços de transporte de produtos
acabados realizados em ou entre
estabelecimentos da pessoa jurídica;
f) despesas destinadas a viabilizar a
atividade da mão-de-obra empregada no
processo de produção ou fabricação de
bens ou de prestação de serviços, tais
como alimentação, vestimenta,
transporte, cursos, plano de seguro e
seguro de vida, ressalvado o disposto no
inciso VI do art. 191 da Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 ;
g) bens e serviços utilizados, aplicados
ou consumidos em operações comerciais;
e
h) bens e serviços utilizados, aplicados
ou consumidos nas atividades
administrativas, contábeis e jurídicas da
pessoa jurídica.
Para esse efeito, considera-se:
a) serviço: qualquer atividade prestada
por pessoa jurídica a outra pessoa
jurídica mediante retribuição; e
b) bem não só produtos e mercadorias,
mas também os intangíveis.
 Nota
O Parecer Normativo RFB nº 5/2018 já
havia reconhecido que para efeito do
creditamento da Cofins e da contribuição
para o PIS-Pasep no regime não
cumulativo, a definição restritiva da
compreensão de insumo, proposta na
Instruções Normativas SRF nºs 247/2002
e 404/2004 (ora revogadas pela
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ),
efetivamente desrespeita o comando
contido no art. 3º , II, da Lei nº
10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003 ,
que contém rol exemplificativo.
O referido normativo esclareceu que o
conceito de insumo deve ser aferido à luz
dos critérios da essencialidade ou
relevância, vale dizer, considerando-se a
imprescindibilidade ou a importância de
determinado item - bem ou serviço - para
o desenvolvimento da atividade
econômica desempenhada pelo
contribuinte.
Um Recurso Especial representativo da
controvérsia parcialmente conhecido e,
nesta extensão, foi parcialmente provido,
para determinar o retorno dos autos à
instância de origem, a fim de que se
aprecie, em cotejo com o objeto social da
empresa, a possibilidade de dedução dos
créditos relativos a custo e despesas
com: água, combustíveis e lubrificantes,
materiais e exames laboratoriais,
materiais de limpeza e equipamentos de
proteção individual (EPI).
Sob o rito do art. 543-C do CPC/1973
(arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 ),
assentam-se as seguintes teses:
a) é ilegal a disciplina de creditamento
prevista nas Instruções Normativas da
SRF nºs 247/2002 e 404/2004,
porquanto compromete a eficácia do
sistema de não cumulatividade da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins, tal como definido nas Leis nºs
10.637/2002 e 10.833/2003; e
b) o conceito de insumo deve ser aferido
à luz dos critérios de essencialidade ou
relevância, ou seja, considerando-se a
imprescindibilidade ou a importância de
determinado item -bem ou serviço - para
o desenvolvimento da atividade
econômica desempenhada pelo
Contribuinte.
.

9.2.2 Exclusão do ICMS da base de cálculo


dos créditos das contribuições
Por força do disposto no inciso III do § 2º do
art. 3º da Lei nº 10.637/2002 e no inciso XIII
do § 3º do art. 1º da Lei nº 10.833/2003 ,
incluídos pelos arts. 1º e 2º da Medida
Provisória nº 1.159/2023 , a qual a Lei nº
14.592/2023 determinou a revogação e a
convalidação dos referidos dispositivos, os
quais tratavam que o valor do Imposto sobre
Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação (ICMS) incidente sobre a
aquisição de insumos não integra a base de
cálculo dos créditos das contribuições.
Logo, a partir de 1º.05.2023, o ICMS deve
ser excluído da base de cálculo dos créditos
das referidas contribuições.
 Nota
(1) O Ato Declaratório CN nº 23/2023
prorrogou, pelo período de 60 dias, a vigência
da Medida Provisória nº 1.159/2023 .
(2) O Ato Declaratório CN nº 40/2023 faz
saber que a Medida Provisória nº 1.159/2023
teve seu prazo de vigência encerrado no dia
1º.06.2023. Cabe observar, entretanto, que
essas mesmas disposições foram reprisadas
pela Lei nº 14.592/2023 , cujos arts. 6º e 7º,
incluíram o inciso III ao § 2º do art. 3º da Lei
nº 10.637/2002 e o inciso XIII do § 3º do art.
1º da Lei nº 10.833/2003 , respectivamente.
.

9.3 Exportação
As pessoas jurídicas vendedoras a seguir,
poderão utilizar os créditos apurados em
relação a custos, despesas e encargos
vinculados à receita de exportação,
observados os critérios de apuração do
crédito previstos para o regime não
cumulativo:
a) de exportação de mercadorias para o
exterior;
b) de serviços prestados a pessoa física
ou jurídica residente ou domiciliada no
exterior, cujo pagamento represente
ingresso de divisas;
c) de venda a Empresa Comercial
Exportadora com o fim específico de
exportação.
Os créditos apurados na forma desse
subtópico poderão ser utilizados para:
a) desconto do valor da contribuição a
recolher, decorrente das demais
operações no mercado interno; ou
b) compensação com débitos próprios,
vencidos ou vincendos, relativos a
tributos administrados pela RFB,
observada a Instrução Normativa RFB nº
2.055/2021 .
A pessoa jurídica que, até o final de cada
trimestre do ano civil, não conseguir utilizar o
crédito por qualquer das formas mencionadas
poderá solicitar o seu ressarcimento em
dinheiro, observada a Instrução Normativa
RFB nº 2.055/2021 .
No entanto, o direito de utilizar o crédito não
beneficia a empresa comercial exportadora
que tenha adquirido mercadorias com o fim
específico de exportação, ficando vedada,
nesta hipótese, a apuração de créditos
vinculados à receita de exportação.
(Lei nº 10.637/2002 , arts. 5º e 7º , Lei nº
10.833/2003 , art. 6º ; Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , arts. 20 e 245 )
.

9.4 Não gera direito a crédito


O crédito não pode ser aproveitado em
relação à:
a) mão de obra paga a pessoa física;
b) aquisição de bens ou serviços não
sujeitos ao pagamento da contribuição,
inclusive no caso de isenção, esse último
quando revendidos ou utilizados como
insumo em produtos ou serviços sujeitos
à alíquota zero, isentos ou não
alcançados pela contribuição;
c) sobre os gastos com desembaraço
aduaneiro na importação de mercadorias.
 Notas
(1) O crédito relativo a bens adquiridos
para revenda ou utilizados como insumos
na prestação de serviços e na produção
ou fabricação de bens ou produtos
destinados à venda, que tenham sido
furtados ou roubados, inutilizados ou
deteriorados, destruídos em sinistro ou,
ainda, empregados em outros produtos
que tenham tido a mesma destinação,
deverá ser estornado (Lei nº
10.833/2003 , art. 3º , § 13, com redação
dada pela Lei nº 10.865/2004 , art. 21 ;
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
art. 175 ).
(2) Desde 31.07.2004, é vedado o
aproveitamento de crédito relativo a
aluguel e contraprestação de
arrendamento mercantil de bens que já
tenham integrado o patrimônio da pessoa
jurídica.
(3) Desde 1º.03.2006, de acordo com a
Lei nº 11.196/2005 , art. 47 , fica vedada
a utilização do crédito de que tratam o
inciso II do caput do art. 3º da Lei nº
10.637/2002 , e o inciso II do caput do
art. 3º da Lei nº 10.833/2003 , nas
aquisições de desperdícios, resíduos ou
aparas de plástico, papel ou cartão, vidro,
ferro ou aço, cobre, níquel, alumínio,
chumbo, zinco e estanho, classificados
respectivamente nas posições 39.15,
47.07, 70.01, 72.04, 74.04, 75.03, 76.02,
78.02, 79.02 e 80.02 da Tipi , e demais
desperdícios e resíduos metálicos do
Capítulo 81 da Tipi .
(4) Para efeito do cálculo da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins, o
pagamento das "taxas de administração"
para as administradoras de cartões de
crédito e débito não gera direito à
apuração de créditos, por ausência da
previsão legal, em consonância com o
disposto na Lei nº 10.637/2002 , art. 3º ;
Lei nº 10.833/2003 , art.3º (em suas
redações originais e nas atualizadas até a
Lei nº 11.196/2005 ); Instrução Normativa
SRF nº 404/2004 , art. 8º ; e Instrução
Normativa SRF nº 247/2002 , art. 66
(Solução de Divergência Cosit nº 4/2010).
(5) Conforme esclarecido pela Solução de
Divergência Cosit nº 9/2010 , que revisa
as disposições constantes da Solução de
Divergência Cosit nº 5/2008
, com o advento da Lei nº 10.865/2004 ,
que deu nova redação ao art. 3º da Lei nº
10.637/2002 , desde 1º.08.2004, deixou
de ser admitido o desconto de créditos
relativos à contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins, decorrentes de aquisições
de insumos utilizados na produção ou
fabricação de produtos destinados à
venda, sem o pagamento das
mencionadas contribuições, exceto no
caso de insumos isentos quando a saída
é tributada.
(6) De acordo com a Solução de Consulta
Cosit nº 134/2015 , é vedada a utilização
de créditos da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins apurados na forma do
art. 3º das Leis nºs 10.637/2002 e
10.833/2003, para desconto de débitos
das referidas contribuições apurados na
forma do regime de apuração cumulativa.
Os referidos créditos da não
cumulatividade das contribuições
acumulados em razão de prejuízo na
operação de revenda de produtos não
podem ser compensados com outros
tributos ou ressarcidos em dinheiro.
Portanto, os créditos decorrentes da
aquisição para revenda de aparelhos de
telefone celular, atividade sujeita ao
regime de apuração não cumulativa das
contribuições, não poderão ser
descontados dos débitos apurados em
relação a receitas decorrentes da
prestação de serviços de
telecomunicações, atividade sujeita ao
regime de apuração cumulativa.
Se tais créditos forem acumulados em
razão de prejuízo na operação de revenda
dos produtos, não poderão ser
compensados com outros tributos ou
ressarcidos em dinheiro.
(Lei nº 10.833/2003 , art. 3º , § 2º e Lei
10.637/2002 , art. 3º , § 2º; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 199 ;
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº
4/2012 ; Solução de Divergência Cosit nº
7/2012 )
.

9.5 Abrangência do direito ao desconto de


créditos da Cofins e da contribuição para o
PIS-Pasep
O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente,
em relação:
a) aos bens e serviços adquiridos de
pessoa jurídica domiciliada no País;
b) aos custos e despesas incorridos,
pagos ou creditados à pessoa jurídica
domiciliada no País.
Considera-se aquisição, para fins da
apuração do crédito a versão de bens e
direitos nele referidos, em decorrência de
fusão, incorporação e cisão de pessoa
jurídica domiciliada no País. aplica-se
somente nas hipóteses em que seria admitido
o desconto do crédito pela pessoa jurídica
fusionada, incorporada ou cindida.
(Lei nº 10.865/2004 , art. 30 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 167 e
168 )
.

9.6 Determinação dos créditos da Cofins e


da contribuição para o PIS-Pasep
Os créditos básicos da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins no regime de apuração
não cumulativa, serão determinados mediante
a aplicação dos percentuais, de 1,65% e de
7,6%, respectivamente, no caso de:
a) bens para revenda e de bens utilizados
como insumos: sobre os valores das
aquisições efetuadas no mês;
b) aquisição de bens e direitos do Ativo
Imobilizado e Intangível: sobre os valores
dos encargos de depreciação ou
amortização incorridos no mês;
c) bens recebidos em devolução: os
valores dos bens recebidos em devolução
no mês, cuja receita de venda tenha
integrado a base de cálculo também
submetida ao regime de apuração não
cumulativa, do próprio mês ou de mês
anterior. No caso de devolução de vendas
efetuadas em períodos anteriores, o
crédito calculado mediante aplicação da
alíquota incidente na venda será
apropriado no mês do recebimento da
devolução;
d) demais casos: sobre os valores dos
custos e despesas incorridos no mês nas
demais hipóteses previstas no art. 191 da
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 .
 Notas
(1) As parcelas do valor de aquisição dos
itens não sujeitas ao pagamento da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins não geram direito a crédito, tais
como (Lei nº 10.637/2002 , art. 3º , § 2º,
inciso II, com redação dada pela Lei nº
10.865/2004 , art. 37 ; e Lei nº
10.833/2003 , art. 3º , § 2º, inciso II, com
redação dada pela Lei nº 10.865/2004 ,
art. 21 ; e Acórdão em Embargos de
Declaração no Recurso Extraordinário nº
574.706):
a) o ICMS a que se refere o inciso II do §
3º do art. 25 (ICMS-ST);
b) o IPI incidente na venda do bem pelo
fornecedor; e
c) o valor do seguro e do frete
suportados pelo comprador não sujeitos
ao pagamento das contribuições.
(2) No cálculo do crédito do PIS-Pasep e
da Cofins poderão ser consideradas as
parcelas redutoras decorrentes do ajuste
a valor presente de que trata o inciso III
do caput do art. 184 da Lei nº
6.404/1976 (Lei nº 10.637/2002 , art. 3º
, § 17; e Lei nº 10.833/2003 , art. 3º ,
§25).
(3) Deverão ser estornados os créditos
relativos aos bens adquiridos para
revenda que tenham sido furtados ou
roubados, inutilizados ou deteriorados,
destruídos em sinistro ou, ainda,
empregados em outros produtos que
tenham tido a mesma destinação.
(4) Na hipótese de aquisição, para
revenda, de papel imune a impostos de
que trata a Constituição Federal/1988 ,
art. 150 , VI, "d", da quando destinado à
impressão de periódicos, o crédito será
determinado mediante a aplicação da
alíquota de 3,2% para a Cofins e 0,8%
para o PIS-Pasep. Para aplicar essas
alíquotas, a pessoa jurídica deverá
observar o disposto nos arts. 1º e 2º da
Lei nº 11.945/2009 .
(5) Desde 1º.08.2004, é vedado o
desconto de créditos apurados na forma
mencionada na letra "c" desse subtópico,
relativos à depreciação ou amortização
de bens e direitos de Ativos Imobilizados
adquiridos até 30.04.2004, sendo
permitido o aproveitamento dos créditos
apurados sobre a depreciação e
amortização de bens e direitos de Ativos
Imobilizados adquiridos a partir de
1º.05.2004.
(6) Conforme a Lei nº 11.051/2004 , art.
2º , o contribuinte poderá optar pelo
desconto, no prazo de 2 anos, dos
créditos de Cofins e PIS-Pasep sobre a
aquisição de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos, novos,
relacionado no Decreto nº 6.006/2006
(conforme dispõe o Decreto nº
5.222/2004 e no Decreto nº 6.909/2009
, art. 3º ), adquiridos desde 1º.10.2004 e
incorporados ao Ativo Imobilizado para a
utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de
serviços.
(7) Na aquisição de mercadoria produzida
por pessoa jurídica estabelecida na Zona
Franca de Manaus e pessoas jurídicas
estabelecidas nas áreas de livre
comércio, consoante projeto aprovado
pelo Conselho de Administração da
Superintendência da Zona Franca de
Manaus - Suframa, o crédito da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins será determinado mediante a
aplicação das alíquotas de 1% e 4,6%,
respectivamente (Lei nº 10.637/2002 ,
art. 3º , § 12; e Lei nº 10.833/2003 , art.
3º § 17), ressalvados o disposto nos § 2º
do art. 3º e §§ 1º a 3º do art. 2º da Lei nº
10.833/2003 .
(8) Tratando-se de pessoa jurídica
estabelecida fora da Zona Franca de
Manaus e pessoas jurídicas estabelecidas
nas áreas de livre comércio, que apure o
Imposto de Renda com base no lucro real
e que tenha sua receita, total ou
parcialmente, excluída do regime de
incidência não-cumulativa, o crédito será
calculado mediante a aplicação das
alíquotas de 1,65%, relativamente à
contribuição para o PIS-Pasep e de 7,6%,
relativamente à Cofins (Lei nº
10.637/2002 , art. 3º , § 12; e Lei nº
10.833/2003 , art. 3º § 17).
(9) No caso de aquisição de mercadoria
revendida por pessoa jurídica comercial
estabelecida nas áreas de livro comércio
de que tratam os itens 7 e 8 desta nota, o
crédito será determinado mediante a
aplicação da alíquota de 3% para a Cofins
e de 0,65% para o PIS-Pasep ressalvados
o disposto nos § 2º do art. 3º e §§ 1º a 3º
do art. 2º da Lei nº 10.833/2003 .
(10) Conforme a Lei nº 12.507/2011 , art.
2º , a pessoa jurídica adquirente
localizada fora da Zona Franca de
Manaus (ZFM) que apure a Cofins e o
PIS-Pasep no regime da não
cumulatividade poderá descontar crédito
diferenciado da Cofins à alíquota de
5,60%, nas operações com máquinas
automáticas de processamento de dados,
portáteis, sem teclado, que tenham uma
unidade central de processamento com
entrada e saída de dados por meio de
uma tela sensível ao toque de área
superior a 140 cm² e inferior a 600 cm² e
que não possuam função de comando
remoto (tablet PC) classificadas na
subposição 8471.41 da Tipi , produzidas
no País conforme processo produtivo
básico estabelecido pelo Poder
Executivo. Ressalva-se, porém, o
disposto no subtópico 6.3, nos §§ 1º a 3º
do art. 2º da Lei nº 10.833/2003 e nos
§§ 1º a 3º do art. 2º da Lei nº
10.637/2002 (produtos com alíquotas
diferenciadas), condiciona, ainda, que a
aquisição dessa mercadoria seja
produzida por pessoa jurídica
estabelecida na ZFM, consoante projeto
aprovado pelo Conselho de
Administração da Superintendência da
Zona Franca de Manaus (Suframa).
(11) A empresa de serviço de transporte
rodoviário de carga que subcontratar
serviço de transporte de carga prestado
por:
a) pessoa física, transportador autônomo,
poderá descontar crédito calculado sobre
o valor dos pagamentos efetuados por
esses serviços;
b) pessoa jurídica transportadora,
optante pelo Simples Nacional, poderá
descontar em cada período de apuração,
crédito calculado sobre o valor dos
pagamentos efetuados por esses
serviços.
O crédito será calculado aplicando-se
75% das alíquotas de 7,6% e 1,65%:
a) Cofins - 5,7%;
b) PIS-Pasep - 1,24%.
(12) O crédito, na hipótese de devolução
dos produtos de que tratam os §§ 1º e 2º
do art. 2º da Lei nº 10.833/2003 , será
determinado mediante a aplicação das
alíquotas incidentes na venda sobre o
valor ou unidade de medida, conforme o
caso, dos produtos recebidos em
devolução no mês.
(13) Não integram o valor das máquinas,
equipamentos e outros bens fabricados
para incorporação ao ativo imobilizado na
forma do inciso VI do caput do art. 3º da
Lei nº 10.833/2003 os custos de que
tratam os incisos do § 2º da norma
citada.
(14) No período de 1º.05.2008 a
02.08.2011, com base no art. 1º da Lei nº
11.774/2008 , alterada pela Lei nº
12.546/2011 , art. 4º , § 3º, as pessoas
jurídicas poderão optar pelo desconto, no
prazo de 12 meses, dos créditos das
contribuições para o PIS-Pasep e da
Cofins de que tratam o inciso III do § 1º
do art. 3º da Lei nº 10.637/ 2002 e o
inciso III do § 1º do art. 3º da Lei nº
10.833/2003 , na hipótese de aquisição
de máquinas e equipamentos novos
destinados à produção de bens e
serviços. Referidos créditos serão
determinados mediante a aplicação, a
cada mês, das alíquotas de 1,65% e de
7,6%, respectivamente, sobre o valor
correspondente a 1/12 do custo de
aquisição do bem;
(15) Desde 03.08.2011, com base no art.
1º da Lei nº 11.774/2008 , alterada pela
Lei nº 12.546/2011 , art. 4º (resultante da
conversão em lei da Medida Provisória nº
540/2011 ), as pessoas jurídicas que
adquirirem no mercado interno ou de
importação de máquinas e equipamentos,
destinados à produção de bens e
prestação de serviços, poderão optar
pelo desconto dos créditos da
Contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins, mediante a aplicação, a cada mês,
da alíquota de 1,65%, relativamente à
contribuição para o PIS-Pasep, e de 7,6%,
relativamente à Cofins, sobre o valor
correspondente ao custo de aquisição do
bem, no caso de aquisição no mercado
interno, ou sobre o valor que serviu de
base de cálculo da contribuição para o
PIS-Pasep-Importação e da Cofins-
Importação, acrescido do valor do IPI
vinculado à importação, quando
integrante do custo de aquisição,
calculados da seguinte forma:
a) no prazo de 11 meses, no caso de
aquisições ocorridas em agosto de 2011;
b) no prazo de 10 meses, no caso de
aquisições ocorridas em setembro de
2011;
c) no prazo de 9 meses, no caso de
aquisições ocorridas em outubro de 2011;
d) no prazo de 8 meses, no caso de
aquisições ocorridas em novembro de
2011;
e) no prazo de 7 meses, no caso de
aquisições ocorridas em dezembro de
2011;
f) no prazo de 6 meses, no caso de
aquisições ocorridas em janeiro de 2012;
g) no prazo de 5 meses, no caso de
aquisições ocorridas em fevereiro de
2012;
h) no prazo de 4 meses, no caso de
aquisições ocorridas em março de 2012;
i) no prazo de 3 meses, no caso de
aquisições ocorridas em abril de 2012;
j) no prazo de 2 meses, no caso de
aquisições ocorridas em maio de 2012;
k) no prazo de 1 mês, no caso de
aquisições ocorridas em junho de 2012; e
l) imediatamente, no caso de aquisições
ocorridas desde julho de 2012. Porém,
observa-se que, desde 1º.05.2015, as
alíquotas da contribuição para o PIS-
Pasep-Importação e Cofins-Importação
passaram para 2,1% e 9,65%,
respectivamente, exceto nas hipóteses
de alíquotas diferenciadas (Lei nº
10.865/2004 , arts. 8º , I e 15, §§ 3º e 4º;
Lei nº 13.137/2015 , arts. 1º e 26 , I,
resultante da conversão da Medida
Provisória nº 668/2015 , art. 3º , I).
(16) A opção de calcular os créditos da
contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins em função da depreciação do
bem, à taxa de 1/48 por mês sobre o
valor de aquisição, nos termos do § 14 do
art. 3º, combinado com o art. 15 , II, da
Lei nº 10.833/2003 , aplica-se ao bem
integrante do Ativo Imobilizado enquanto
não alienado. No caso da alienação do
bem antes do aproveitamento das 48
parcelas do crédito das contribuições, é
vedada a utilização das parcelas
restantes. Foram modificadas, ainda, as
conclusões em contrário constantes em
Soluções de Consulta ou em Soluções de
Divergência emitidas antes da sua
publicação, independentemente de
comunicação aos consulentes (Ato
Declaratório Interpretativo RFB nº 3/2018
).
(Lei nº 10.637/2002 , art. 3º ; Lei nº
10.833/2003 , arts. 3º e 15 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , arts. 169
a 192 )
.

9.7 Desconto de créditos sobre as


aquisições de bens e serviços de pessoa
jurídica optante pelo Simples Nacional -
Admissibilidade
Conforme esclarecido pelo Ato Declaratório
Interpretativo RFB nº 15/2007 , as pessoas
jurídicas sujeitas ao regime de incidência não
cumulativa da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins poderão descontar créditos
calculados em relação às aquisições de bens
e serviços de pessoa jurídica optante pelo
Simples Nacional.
O referido Ato Declaratório Interpretativo pôs
fim à polêmica que existia sobre a
interpretação do art. 23 da Lei Complementar
nº 123/2006 , que estabelece que as
microempresas (MEs) e as empresas de
pequeno porte (EPPs) optantes pelo Simples
Nacional não fazem jus à apropriação nem
podem transferir créditos relativos a impostos
e contribuições abrangidos por esse regime, e
cuja interpretação literal conduzia à
conclusão de que as pessoas jurídicas
optantes pelo regime não cumulativo da
Cofins e do PIS-Pasep não poderiam
descontar créditos calculados em relação às
aquisições de bens e serviços de pessoa
jurídica optante pelo regime tributário
simplificado.
.

9.8 Manutenção dos créditos da Cofins e da


contribuição para o PIS-Pasep
As vendas efetuadas com suspensão,
isenção, alíquota zero ou não incidência da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins
não impedem a manutenção, pelo vendedor,
dos créditos vinculados a essas operações.
(Lei nº 11.033/2004 , art. 17 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 172 )
.

9.9 Manutenção dos créditos da Cofins e da


contribuição para o PIS-Pas sobre
aquisições de Microempreendedor
Individual (MEI)
Observadas as disposições da legislação
aplicável e segundo entendimento da
Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil (RFB), o MEI é equiparado a uma
pessoa jurídica, é uma modalidade de
microempresa (ME), e por força de um
tratamento isentivo que lhe é concedido pelo
art. 18-A , § 3º, VI da Lei Complementar nº
123/2006 , não paga Cofins, nem PIS-Pasep.
Embora a receita auferida pelo MEI com a
venda de bens ou com a prestação de
serviços seja isenta da Cofins e do PIS-
Pasep, tal fato não constitui absoluto
impeditivo para que a pessoa jurídica sujeita à
incidência não cumulativa das contribuições,
adquirente desses bens ou serviços,
aproveite os créditos vinculados a essa
aquisição. Se atendidos o disposto no art. 3º ,
§ 2º, II, da Lei nº 10.637/2002 , e o art. 3º da
Lei nº 10.833/2003 há uma possibilidade
para apropriação de créditos na aquisição de
bens e serviços isentos desde que na venda
do produto ou serviço em que tais bens e
serviços adquiridos foram utilizados como
insumo, haja a incidência das contribuições.
Portanto, para as pessoas jurídicas sujeitas
ao regime de apuração não cumulativa da
contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins, a
apropriação de créditos da contribuição:
a) é permitida nas hipóteses em que os
bens e os serviços adquiridos de pessoa
jurídica, enquadrada como MEI, são
utilizados como insumo na elaboração de
produtos ou na prestação de serviços
que sejam vendidos ou prestados em
operações sujeitas ao pagamento das
contribuições;
b) é vedada nas situações em que os
bens e os serviços adquiridos de pessoa
jurídica, enquadrada como MEI, são
revendidos (com incidência ou não da
contribuição nesta operação), ou
utilizados como insumo na elaboração de
produtos ou na prestação de serviços
que sejam vendidos ou prestados em
operações não sujeitas ao pagamento
das contribuições.
(Lei nº 10.637/2002 , art. 3º , II; Lei nº
10.833/2003 , art. 3º , II; Lei
Complementar nº 123/2006 , arts. 18-E e
art. 68 ; Lei nº 9.715/1998 , art. 2º ;
RIR/2018 , art. 162 , §1º; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 7º ;
Solução de Consulta Cosit nº 303/2019 )
.
10. DEDUÇÃO DE CRÉDITO PRESUMIDO -
HIPÓTESES
Cofins/PIS-
Pasep - Instrução
Suspensão
Produtores de Venda de - Normativa
mercadorias produtos RFB nº
de origem agropecuários 2.121/2022 ,
animal ou e respectivos arts. 206 ,
vegetal créditos 574 a 588 e
presumidos - 592
Tópico 2
Cofins/PIS-
Pasep -
Suspensão e Instrução
Alíquota zero - Normativa
RFB nº
Carnes Venda de
animais vivos 2.arts.
121/2022 ,
da espécie 580 577 a
bovina e de
carnes
Suínos e Cofins/PIS- Instrução
aviculários Pasep - Normativa
Suspensão e RFB nº
Alíquota zero - 2.121/2022 ,
Venda de arts. 584 a
insumos de 589
origem vegetal,
preparações e
animais vivos
para
produtores de
suínos e aves
Cofins/PIS- Instrução
Pasep - Normativa
Medicamentos Medicamentos RFB nº
e perfumaria - 2.121/2022 ,
Alíquotas arts. 213 ,
diferenciadas 460 a 4621
Cofins/PIS- Lei nº
Pasep - 13.097/2015 ,
Tributação de art. 31 ; Lei nº
Bebidas Bebidas Frias - 13.137/2015 ,
Regras art. 20 ;
aplicáveis Decreto nº
desde de 8.442/2015 ,
1º.05.2015 arts. 25 e 27
Instrução
Cofins/PIS- Normativa
Café Pasep - RFB nº
Alíquota zero - 2.121/2022 ,
Venda de café arts. 589 e
590
Instrução
Cofins/PIS- Normativa
Biodiesel Pasep - RFB nº
Biodiesel 2.121/2022 ,
art. 395
Cofins/PIS-
Pasep -
Suspensão na
venda e crédito Lei nº
Laranjas presumido na 12.794/2013 ,
aquisição de arts. 15 e 21 ,
laranjas para I
utilização na
fabricação de
sucos
Soja Cofins/PIS- Instrução
Pasep - Normativa
Suspensão e RFB nº
crédito 2.121/2022 ,
presumido - arts. 531 e
Vendas de soja, 532
óleo de soja,
margarina e
biodiesel
A pessoa
jurídica art. 3º , § 19, da Lei nº
tomadora de Lei nº 14.440/2022
serviços de 10.833/2003 , art. 18.
transporte
Instrução
Normativa
Estoque de Veja o Tópico RFB nº
abertura 13 2.121/2022 ,
arts. 204 e
205
Instrução
Normativa
Custo orçado art. 4º da Lei nº RFB nº
(atividade 10.833/2003 2.121/2022 ,
imobiliária) arts. 195 ,
196 e 781 a
785
.

10.1 Produtores de açúcares de cana


A pessoa jurídica produtora de mercadoria de
origem vegetal classificada no código
1701.11.00 (açúcares de cana) da
Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM),
com base na descrição do citado código
vigente na data de publicação da Lei nº
10.925/2004 , constante da Resolução
Camex nº 42/2001 , pode apurar o crédito
presumido estabelecido no art. 8º da
mencionada Lei, desde que observados os
demais requisitos para apuração do crédito,
ainda que a descrição do referido código
tenha sido alterada por ato infralegal
posterior à publicação da citada lei.
( Solução de Consulta Cosit nº 115/2014 ;
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , art.
574 , § 2º)
.

10.2 Pessoas jurídicas, inclusive


cooperativas, produtoras de vinho de uvas
frescas classificado no código 22.04 da
NCM
As pessoas jurídicas agroindustriais e as
sociedades cooperativas que exerçam
atividade agroindustrial, que produzam
mercadoria de origem vegetal, classificada no
código 22.04 (vinhos de uvas frescas,
incluídos os vinhos enriquecidos com álcool;
mostos de uvas, excluídos os da posição
20.09), podem deduzir da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins, devidas em cada
período de apuração, crédito presumido,
calculado sobre o valor dos bens referidos na
letra "b" do tópico 6.1, adquiridos de pessoa
física ou recebidos de cooperado pessoa
física.
O crédito será determinado mediante a
aplicação, sobre o valor das aquisições, de
alíquota correspondente a 35% das previstas
para o regime não cumulativo, ou seja, 0,58%
para o PIS-Pasep e 2,66% para a Cofins.
 Notas
(1) O direito ao crédito presumido só se aplica
aos bens adquiridos ou recebidos, no mesmo
período de apuração, de pessoa física ou
jurídica residente ou domiciliada no País. O
crédito não aproveitado em determinado mês
poderá sê-lo nos meses subsequentes.
(2) Relativamente ao crédito presumido, o
valor das aquisições não poderá ser superior
ao que vier a ser fixado, por espécie de bem,
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB).
(3) É vedado o aproveitamento de crédito
pela pessoa jurídica e pela cooperativa que
exerçam atividade agroindustrial, em relação
às receitas de vendas efetuadas com
suspensão às pessoas jurídicas produtoras de
vinhos de uvas frescas classificados no
código 22.04 da NCM.
(4) Fica suspensa a incidência das
contribuições para o PIS-Pasep e para a
Cofins na venda de produtos in natura de
origem vegetal, efetuada por pessoa jurídica
que exerça atividade rural e cooperativa de
produção agropecuária, para pessoa jurídica
tributada com base no lucro real, nos termos
e condições estabelecidos pela RFB.
(Lei nº 10.925/2004 , art. 15 ; Instrução
Normativa RFB nº 2.121/2022 , art. 574 , § 2º)
.

10.3 Pessoas jurídicas fabricantes e


importadoras obrigados ao recolhimento da
taxa de selo de controle de relógios de pulso
e de bolso
As pessoas jurídicas obrigadas pela RFB à
utilização do selo de controle e dos
equipamentos contadores de produção
poderão deduzir da contribuição para o PIS-
Pasep ou da Cofins devidas em cada período
de apuração, crédito presumido
correspondente à taxa de que trata o art. 13
da Lei nº 12.995/2014 , efetivamente paga no
mesmo período:
a) do selo de controle de que trata o art.
46 da Lei nº 4.502/1964 ; e
b) dos equipamentos contadores de
produção de que tratam os arts. 27 a 30
da Lei nº 11.488/2007 , e o art. 35 da Lei
nº 13.097/2015 .
(Lei nº 12.995/2014 , art. 13 , § 3º;
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
art. 212 )
.

10.4 Pessoa jurídica fabricante de produtos


destinados ao uso em hospitais, clínicas,
consultórios médicos e campanhas de
vacinação
No período de 1º a 14.07.2021, a pessoa
jurídica fabricante dos produtos destinados
ao uso em hospitais, clínicas, consultórios
médicos e campanhas de vacinação,
relacionados no Anexo da Medida Provisória
nº 1.034/2021 , convertida na Lei nº
14.183/2021 (veja na Nota 1 a seguir), pôde
deduzir, na apuração da contribuição para o
PIS-Pasep e da Cofins devidas em cada
período de apuração, crédito presumido
apurado por meio da aplicação do percentual
de 0,65% para o PIS-Pasep e de 3% para a
Cofins:
a) sobre o custo de aquisição, no caso de
insumos nacionais adquiridos para
fabricação dos produtos
supramencionados; e
b) sobre o valor aduaneiro dos insumos
por ela importados, no caso de insumos
importados para fabricação dos produtos
supramencionados.
Ressalta-se, porém, que o direito ao crédito
presumido na forma referida aplicou-se
somente aos insumos:
a) derivados de produtos da indústria
petroquímica que eram beneficiados pelo
Regime Especial da Indústria Química
(REIQ), de que tratam os § 15, § 16 e § 23
do art. 8º da Lei nº 10.865/2004 , e os
art. 56 ao art. 57-B da Lei nº 11.196/2005
, anteriormente à sua revogação (veja na
Nota 2 a seguir); e
b) adquiridos a partir da revogação do
REIQ.
 Notas
(1) A Lei nº 14.183/2021 é resultante do
Projeto de Lei de Conversão nº 12/2021
(Medida Provisória nº 1.034/2021 ). Na
conversão em lei não foi contemplado o
dispositivo originalmente previsto na
referida MP, na forma tratada neste
subtópico.
De acordo com o art. 62, § 12, da
Constituição Federal ( CF/1988 ),
aprovado projeto de lei de conversão
alterando o texto original da MP, esta
manter-se-á integralmente em vigor até
que seja sancionado ou vetado o projeto.
(2) A Lei nº 14.374/2022
(Originariamente Medida Provisória nº
1.095/2021 ) extinguiu, com efeitos a
partir de 1º.04.2022, as alíquotas
diferenciadas da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins, no mercado interno e
na importação, previstas para o REIQ,
relativa à nafta e a outros produtos
destinados a centrais petroquímicas, de
que tratam os dispositivos a seguir:
a) os § 15, § 16 e § 23 do art. 8º da Lei nº
10.865/2004 ;
b) o art. 56 ao art. 58 da Lei nº
11.196/2005 ;
c) o art. 31 da Lei nº 11.488/2007 , na
parte em que altera os § 15 e § 16 do art.
8º da Lei nº 10.865/2004 ;
d) o art. 53 da Lei nº 12.715/2012 , na
parte em que altera os § 15 e § 23 do art.
8º da Lei nº 10.865/2004 ;
e) o art. 5º da Lei nº 12.859/2013 ; e
f) o art. 3º da Lei nº 14.183/2021 .
Vale lembrar que anteriormente o REIQ
estava previsto para vigorar até
1º.01.2025.
( CF/1988 , art. 62 , § 12; Lei nº
14.374/2022 (Originariamente Medida
Provisória nº 1.095/2021 ))
.
11. FATURAMENTO MISTO (RECEITAS
SUJEITAS PARTE NO REGIME CUMULATIVO
E OUTRA PARTE NO NÃO CUMULATIVO)
Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à
incidência não cumulativa da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins em relação
apenas a parte de suas receitas, o crédito
será apurado exclusivamente em relação aos
custos, despesas e encargos vinculados a
essas receitas.
O crédito será determinado, a critério da
pessoa jurídica, pelo método de:
a) apropriação direta, inclusive em
relação aos custos, por meio de sistema
de contabilidade de custos integrada e
coordenada com a escrituração; ou
b) rateio proporcional, aplicando-se aos
custos, despesas e encargos comuns a
relação percentual existente entre a
receita bruta sujeita à incidência não
cumulativa e a receita bruta total,
auferidas em cada mês.
Se a empresa não possuir sistema de
contabilidade de custos integrada e
coordenada com a escrituração (letra "b"
acima), o crédito será determinado da
seguinte forma:
Receitas sujeitas ao
regime não x 100 = Percentual da
cumulativo receita sujeito ao regime
não cumulativo
Receita total

O método eleito pela pessoa jurídica deve ser


aplicado consistentemente por todo o ano-
calendário.
O método eleito para cálculo dos créditos da
Cofins não cumulativa deve ser igualmente
adotado na apuração do crédito relativo à
contribuição para o PIS-Pasep não
cumulativo, observadas as normas a serem
editadas pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil (RFB).
 Notas
(1) Para efeitos do rateio proporcional, as
receitas decorrentes da venda de produtos
sujeitos à incidência concentrada ou
monofásica da Cofins e da contribuição par o
PIS-Pasep podem ser incluídas no cálculo da
"relação percentual existente entre a receita
bruta sujeita à incidência não cumulativa e a
receita bruta total", ainda que tais receitas
estejam submetidas a suspensão, isenção,
alíquota zero ou não incidência das
contribuições, salvo disposições contrárias
estabelecidas pela legislação (Ato
Declaratório Interpretativo RFB nº 4/2016 ).
(2) O valor dos créditos apurado não constitui
receita bruta da pessoa jurídica, servindo
somente para dedução do valor devido da
contribuição.
(3) Ação Declaratória de Constitucionalidade
84/DF - DOU 1 de 04.04.2023 foi deferida a
medida cautelar, ad referendum do Plenário
do STF, "para suspender a eficácia das
decisões judiciais que, de forma expressa ou
tácita, tenham afastado a aplicação do
Decreto 11.374/2023 e, assim,
impossibilitando o recolhimento da
contribuição para o PIS/Cofins pelas alíquotas
reduzidas, respectivamente, até o exame de
mérito desta ação". Dessa forma,
permanecem as alíquotas de 0,65% e 4%,
para o PIS/Pasep e a Cofins, respectivamente,
sem necessitar aguardar a noventena
constitucional, mantida a eficácia do Decreto
nº 8.426/2015
(Lei nº 10.637/2002 , art. 3º , §§ 7º a 10; Lei
nº 10.833/2003 , art. 3º , §§ 7º a 10;
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 , art.
244 )
.
12. OPERAÇÕES COM IMÓVEIS - CUSTO
ORÇADO
A pessoa jurídica que adquirir imóvel para
venda ou promover empreendimento de
desmembramento ou loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária ou construção de
prédio destinado a venda utilizará o crédito
referente aos custos vinculados à unidade
construída ou em construção, a ser
descontado na forma do tópico 7 somente a
partir da efetivação da venda.
Para esse efeito, deverá ser observado que:
a) na hipótese de venda de unidade
imobiliária não concluída, a pessoa
jurídica poderá utilizar crédito presumido,
em relação ao custo orçado de que trata
a legislação do imposto de renda;
b) o crédito presumido será calculado
mediante a aplicação das alíquotas de
7,6% e de 1,65% sobre o valor do custo
orçado para conclusão da obra ou
melhoramento, ajustado pela exclusão
dos valores a serem pagos a pessoa
física, encargos trabalhistas, sociais e
previdenciários, e dos bens e serviços,
acrescidos dos tributos incidentes na
importação, adquiridos de pessoa física
ou jurídica residente ou domiciliada no
exterior;
c) o crédito a ser descontado e o crédito
presumido apurado deverão ser utilizados
na proporção da receita relativa à venda
da unidade imobiliária, à medida do
recebimento;
d) ocorrendo modificação do valor do
custo orçado, antes do término da obra
ou melhoramento, nas hipóteses
previstas na legislação do Imposto de
Renda, o novo valor orçado deverá ser
considerado para efeito do disposto nas
letras "b" e "c";
e) a pessoa jurídica que utilizar o crédito
presumido de que trata este item
determinará, na data da conclusão da
obra ou melhoramento, a diferença entre
o custo orçado e o efetivamente
realizado, apurados na forma da
legislação do Imposto de Renda, com os
ajustes previstos na letra "b":
e.1) se o custo realizado for inferior ao
custo orçado, em mais de 15% deste,
considerar-se-á como postergada a
contribuição incidente sobre a diferença;
e.2) se o custo realizado for inferior ao
custo orçado, em até 15% deste, a
contribuição incidente sobre a diferença
será devida a partir da data da conclusão,
sem acréscimos legais;
e.3) se o custo realizado for superior ao
custo orçado, a pessoa jurídica terá
direito ao crédito correspondente à
diferença, no período de apuração em
que ocorrer a conclusão, sem
acréscimos;
f) a diferença de custo a que se refere a
letra "e" será, no período de apuração em
que ocorrer a conclusão da obra ou
melhoramento, adicionada ou subtraída,
conforme o caso, no cálculo do crédito a
ser descontado neste período de
apuração, devendo ainda, em relação à
contribuição considerada postergada, de
acordo com a letra "e.1", ser recolhidos os
acréscimos referentes a juros de mora e
multa, de mora ou de ofício, calculados
na forma da legislação que rege a
cobrança da contribuição não paga;
g) se a venda de unidade imobiliária não
concluída ocorrer antes de iniciada a
apuração das contribuições no regime de
apuração não cumulativa, os valores
recebidos anteriormente a este momento
serão tributados no regime de apuração
cumulativa, enquanto os valores
recebidos posteriormente serão
tributados no regime de apuração não
cumulativa;
h) os créditos referentes a unidades
imobiliárias recebidas em devolução,
calculados com observância do disposto
neste item, serão estornados na data do
desfazimento do negócio.
As normas comentadas neste item não se
aplicam às vendas anteriores a 04.12.2001.
O aproveitamento de crédito na forma tratada
neste tópico não ensejará atualização
monetária ou incidência de juros sobre os
respectivos valores.
(Lei nº 10.833, de 2003, art. 4º, § 8º e art. 16
e Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022 ,
arts. 781 a 786 )
.
13. CRÉDITO PRESUMIDO APURADO SOBRE
OS ESTOQUES
A pessoa jurídica que, tributada com base no
lucro presumido ou optante pelo Simples
Nacional, de que trata a Lei Complementar nº
123/2006 , passar a ser tributada com base
no lucro real, na hipótese de sujeitar-se ao
regime de apuração não cumulativa da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins,
terá direito a desconto de créditos calculados
sobre o estoque de abertura dos bens
adquiridos para revenda e bens utilizados
como insumos, de que tratam os arts. 173 e
175 da Instrução Normativa RFB nº
2.121/2022 .
O disposto nesse subtópico aplica-se
somente quanto ao estoque:
a) existente na data da mudança do regime
de tributação adotado para fins do IRPJ; e
b) de bens adquiridos de pessoa jurídica
domiciliada no País.
Os bens recebidos em devolução, tributados
antes do início da aplicação do regime de
apuração não cumulativa das contribuições,
ou da mudança do regime de tributação na
forma supramencionada serão considerados
como integrantes do estoque de abertura,
devendo o crédito ser utilizado em 12
parcelas mensais, iguais e sucessivas a partir
do mês em que a pessoa jurídica ingressar no
regime de apuração não cumulativa das
contribuições.
O direito ao crédito aplica-se também aos
estoques de produtos acabados e em
elaboração.
O montante do crédito relativo ao estoque de
abertura é igual ao resultado da aplicação do
percentual de 0,65% em relação à
Contribuição para o PIS/Pasep, e de 3% em
relação à Cofins, sobre o valor do estoque.
Para esse efeito, a pessoa jurídica deverá
realizar o inventário e valorar o estoque
segundo os critérios adotados para fins do
Imposto de Renda, fazendo os devidos
lançamentos contábeis, na data em que
adotar o regime de tributação com base no
lucro real. Os valores do ICMS e do IPI,
quando recuperáveis, não integram o valor do
estoque a ser utilizado como base de cálculo
do crédito.
(Lei nº 10.637/2002 , art. 11 ; Lei nº
10.833/2003 , art. 12 ; Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , arts. 204 e 205 )
.
14. ZFM e ALC
As regras a serem aplicadas ao PIS-Pasep e à
Cofins incidentes sobre as receitas auferidas
por empresas estabelecidas na Zona Franca
de Manaus (ZFM) e Área de Livre Comércio
são tratadas no procedimento:
Cofins/PIS-Pasep - Zona Franca de Manaus
(ZFM) e Área de Livre Comércio (ALC)
.
15. REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Zona Franca de Manaus -
Zona Franca Substituição tributária da
de Manaus contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins
Cigarros e Tabagista - Cigarros e
cigarrilhas cigarrilhas
Venda de Substituição tributária na
veículos venda de veículos

.
16. COMPENSAÇÃO E RESSARCIMENTO DE
CRÉDITOS DO PIS-PASEP E DA COFINS
Os créditos da contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins apurados na forma do art. 3º da
Lei nº 10.637/2002 e do art. 3º da Lei nº
10.833/2003 , que não puderem ser
utilizados na dedução de débitos das
respectivas contribuições, poderão ser objeto
de ressarcimento, somente depois do
encerramento do trimestre-calendário, se
decorrentes de custos, despesas e encargos
vinculados:
a) às receitas resultantes das operações
de exportação de mercadorias para o
exterior, prestação de serviços a pessoa
física ou jurídica residente ou domiciliada
no exterior, cujo pagamento represente
ingresso de divisas, e vendas a empresa
comercial exportadora, com o fim
específico de exportação, observando-se
que a empresa comercial exportadora
que tenha adquirido mercadorias com o
fim específico de exportação é vedado
apurar créditos vinculados a essas
aquisições;
b) às vendas efetuadas com suspensão,
isenção, alíquota zero ou não incidência;
c) às receitas decorrentes da venda de
álcool, inclusive para fins carburantes,
nos termos do art. 1º da Lei nº
12.859/2013 ; ou
d) às receitas decorrentes da venda dos
produtos referidos no caput do art. 3º da
Lei nº 10.147/2000 , nos termos do seu §
4º.
Além das hipóteses mencionadas
anteriormente, cabe o pedido de
ressarcimento da contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins nos casos previstos nos
arts. 48 a 56 e 57 e 58 (Reintegra) da
Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021
serão efetuados mediante a utilização do
programa PER/Dcomp ou, na impossibilidade
de sua utilização, mediante formulário
acompanhado de documentação
comprobatória do direito creditório,
observando-se que cada pedido de
ressarcimento deverá referir-se a um único
trimestre-calendário e, ser efetuado pelo
saldo credor remanescente no trimestre-
calendário, líquido das utilizações por
desconto ou compensação.
Ressalta-se que o contribuinte que apurar
crédito na forma mencionada, inclusive o
crédito decorrente de decisão judicial
transitada em julgado, relativo a tributo
administrado pela RFB, passível de restituição
ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na
compensação de débitos próprios, vencidos
ou vincendos, relativos a tributos
administrados pela RFB. Nessa hipótese, a
compensação também será efetuada pelo
sujeito passivo mediante apresentação à RFB
da Declaração de Compensação gerada a
partir do programa PER/DCOMP ou, na
impossibilidade de sua utilização, mediante a
apresentação à RFB do formulário Declaração
de Compensação, ao qual deverão ser
anexados documentos comprobatórios do
direito creditório.
A compensação declarada à RFB extingue o
crédito tributário, sob condição resolutória da
ulterior homologação do procedimento.
 Notas
(1) O crédito presumido de Contribuição para
o PIS-Pasep e de Cofins, correspondente ao
estoque de abertura de que trata o art. 11 da
Lei nº 10.637/2002 , e o art. 12 da Lei nº
10.833/2003 , poderá ser utilizado na forma
prevista neste tópico (Instrução Normativa
RFB nº 2.055/2021 , art. 52 ).
(2) O Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil competente para decidir sobre a
restituição, o ressarcimento, o reembolso e a
compensação poderá condicionar o
reconhecimento do direito creditório
(Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021 , art.
156 ):
a) à apresentação de documentos
comprobatórios do referido direito, inclusive
arquivos magnéticos; e
b) à verificação da exatidão das informações
prestadas, mediante exame da escrituração
contábil e fiscal do interessado.
(3) Desde janeiro/2014, no caso de créditos
da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins,
o pedido de ressarcimento e a declaração de
compensação serão recepcionados pela RFB
somente depois da confirmação da
transmissão da EFD-Contribuições, na qual se
encontre demonstrado o direito creditório, de
acordo com o período de apuração.
(Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021 ,
arts. 43 a 58 e )
.

16.1 Formulário Digital Solicitação de


Ressarcimento
O Ato Declaratório Executivo Coaef nº 1/2017
instituiu o formulário digital Solicitação de
Ressarcimento para a apresentação de
informações pelos interessados em solicitar
ressarcimento de créditos da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins.
O formulário tem por objetivo facilitar a
solicitação, pelo interessado, do
procedimento especial de ressarcimento de
créditos da pessoa jurídica sujeita ao regime
de incidência não cumulativa da contribuição
para o PIS-Pasep e da Cofins, quando
decorrentes:
a) da exportação de mercadorias para o
exterior; da prestação de serviços para
pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior, cujo pagamento
represente ingresso de divisas; e das
vendas a empresa comercial exportadora
com o fim específico de exportação, na
forma prevista na Portaria MF nº
348/2010 . Essa modalidade de
procedimento especial de ressarcimento
de créditos das referidas contribuições
prevê que a RFB, no prazo de até 30 dias
contados da data do pedido de
ressarcimento, deverá efetuar a
antecipação de 50% do valor pleiteado
por pessoa jurídica, desde que atenda às
condições mencionadas na referida
norma;
b) dos créditos presumidos calculados
sobre a receita decorrente da venda no
mercado interno ou da exportação dos
produtos classificados nos códigos
1208.10.00, 15.07, 1517.10.00, 2304.00,
2309.10.00 e 3826.00.00 e de lecitina de
soja classificada no código 2923.20.00,
todos da TIPI , na forma prevista na
Portaria MF nº 348/2014 . Essa
modalidade de procedimento especial de
ressarcimento de créditos das referidas
contribuições prevê que a RFB deverá, no
prazo de até 60 dias contados da data do
pedido de ressarcimento, efetuar o
pagamento de 70% do valor pleiteado por
pessoa jurídica que atenda às seguintes
condições mencionadas na referida
norma.
O formulário digital deve ser utilizado para a
solicitação dos procedimentos especiais de
ressarcimento mencionadas nas letras "a" e
"b" e aplica-se a todos os pedidos de
ressarcimentos pendentes, ainda que o
interessado já tenha realizado a solicitação
por outro meio perante a Receita Federal do
Brasil (RFB), nos termos do § 11 do art. 2º da
Instrução Normativa RFB nº 1.060/2010 e no
§ 8º do art. 2º da Instrução Normativa RFB nº
1.497/2014 , que também dispõem sobre a
matéria.
.
17. PAGAMENTO
Desde 1º.11.2008, a contribuição para o PIS-
Pasep e da Cofins devem ser pagas até o 25º
dia do mês subsequente ao de ocorrência do
fato gerador. Se o dia do vencimento não for
dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo
para o primeiro dia útil que o anteceder, sob
os códigos de receita 5856 para a Cofins e
6912 para a contribuição ao PIS-Pasep
(Campo 04 do Darf). Em se tratando de
lançamento de ofício, os códigos de receita a
serem utilizados são 6656, para a
contribuição para o PIS-Pasep, e 5477, para a
Cofins.
 Notas
(1) Até 30.10.2008, o prazo de recolhimento
previsto para a contribuição para o PIS-Pasep
e da Cofins era até o último dia útil do
segundo decêndio subsequente ao mês de
ocorrência do fato gerador (dia 20 ou o último
dia útil anterior, se o dia 20 não for útil).
(2) O Ato Declaratório CN nº 4/2022 encerrou
em 10.02.2022, o prazo de vigência da
Medida Provisória nº 1.066/2021 , que
prorrogou o prazo de recolhimento da
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins,
das pessoas jurídicas distribuidoras de
energia elétrica, conforme descrito no quadro
adiante. Ressalta-se, no entanto, que a
prorrogação supramencionada não dispensa:
a) a retenção das contribuições devidas na
qualidade de responsável tributário; e
b) não prorroga o prazo de vencimento das
contribuições retidas.
Prazo Prazo
Competência
original prorrogado
Agosto/2021 24.09.2021 24.12.2021
Setembro/2021 25.10.2021
Outubro/2021 25.11.2021
(Lei nº 11.488/2007 , art. 6º ; Lei nº
11.933/2009 , art. 1º ; Instrução Normativa
RFB nº 2.121/2022 , art. 114 )
.
18. TRATAMENTO DA CONTRAPARTIDA DOS
CRÉDITOS DO PIS-PASEP E DA COFINS NÃO
CUMULATIVOS
Veja sobre o assunto o procedimento:
Tratamento da contrapartida dos créditos do
PIS e da Cofins não cumulativos .
Legislação Referenciada
Ato Declaratório CN nº 23/2023
Ato Declaratório CN nº 4/2022
Ato Declaratório CN nº 40/2023
Ato Declaratório Executivo Coaef nº 1/2017
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 1/2013
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº
15/2007
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº
27/2008
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 3/2018
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº
33/2010
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº
35/2011
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº
36/2011
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 4/2012
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 4/2016
CF/1988
Convênio ICMS nº 114/2009
Decreto nº 10.543/2020
Decreto nº 10.638/2021
Tabela de Incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados
Decreto nº 11.322/2022
Decreto nº 11.374/2023
Decreto nº 20.910/1932
Decreto nº 5.059/2004
Decreto nº 5.222/2004
Decreto nº 5.630/2005
Decreto nº 6.006/2006
Decreto nº 6.306/2007
Decreto nº 6.461/2008
Decreto nº 6.644/2008
Decreto nº 6.909/2009
Decreto nº 72.707/1973
Decreto nº 8.426/2015
Decreto nº 8.442/2015
RIR/2018
Decreto-Lei nº 1.455/1976
Decreto-Lei nº 1.598/1977
Decreto-Lei nº 2.303/1986
Instrução Normativa RFB nº 1.060/2010
Instrução Normativa RFB nº 1.342/2013
Instrução Normativa RFB nº 1.394/2013
Instrução Normativa RFB nº 1.497/2014
Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021
Instrução Normativa RFB nº 2.057/2021
Instrução Normativa RFB nº 2.121/2022
Instrução Normativa RFB nº 2.122/2022
Instrução Normativa RFB nº 2.152/2023
Instrução Normativa SRF nº 247/2002
Instrução Normativa SRF nº 404/2004
Instrução Normativa SRF nº 546/2005
Lei Complementar nº 123/2006
Lei Complementar nº 70/1991
Lei Complementar nº 87/1996
Lei nº 10.147/2000
Lei nº 10.209/2001
Lei nº 10.336/2001
Lei nº 10.406/2002
Lei nº 10.433/2002
Lei nº 10.485/2002
Lei nº 10.560/2002
Lei nº 10.637/2002
Lei nº 10.833/2003
Lei nº 10.848/2004
Lei nº 10.865/2004
Lei nº 10.925/2004
Lei nº 10.931/2004
Lei nº 10.973/2004
Lei nº 10.996/2004
Lei nº 11.033/2004
Lei nº 11.051/2004
Lei nº 11.079/2004
Lei nº 11.096/2005
Lei nº 11.116/2005
Lei nº 11.196/2005
Lei nº 11.371/2006
Lei nº 11.434/2006
Lei nº 11.484/2007
Lei nº 11.488/2007
Lei nº 11.727/2008
Lei nº 11.774/2008
Lei nº 11.786/2008
Lei nº 11.787/2008
Lei nº 11.828/2008
Lei nº 11.898/2009
Lei nº 11.933/2009
Lei nº 11.941/2009
Lei nº 11.945/2009
Lei nº 11.977/2009
Lei nº 12.024/2009
Lei nº 12.087/2009
Lei nº 12.096/2009
Lei nº 12.101/2009
Lei nº 12.249/2010
Lei nº 12.350/2010
Lei nº 12.375/2010
Lei nº 12.431/2011
Lei nº 12.507/2011
Lei nº 12.546/2011
Lei nº 12.587/2012
Lei nº 12.599/2012
Lei nº 12.655/2012
Lei nº 12.693/2012
Lei nº 12.712/2012
Lei nº 12.715/2012
Lei nº 12.766/2012
Lei nº 12.783/2013
Lei nº 12.794/2013
Lei nº 12.810/2013
Lei nº 12.839/2013
Lei nº 12.859/2013
Lei nº 12.860/2013
Lei nº 12.865/2013
Lei nº 12.873/2013
Lei nº 12.973/2014
Lei nº 12.995/2014
Lei nº 13.043/2014
Lei nº 13.097/2015
CPC/2015
Lei nº 13.137/2015
Lei nº 13.169/2015
Lei nº 13.755/2018
Lei nº 14.183/2021
Lei nº 14.374/2022
Lei nº 14.430/2022
Lei nº 14.440/2022
Lei nº 14.592/2023
Lei nº 4.502/1964
Lei nº 5.764/1971
CPC/1973
Lei nº 6.404/1976
Lei nº 6.729/1979
Lei nº 7.102/1983
Lei nº 7.450/1985
Lei nº 8.212/1991
Lei nº 8.313/1991
Lei nº 8.387/1991
Lei nº 8.857/1994
Lei nº 8.987/1995
Lei nº 9.363/1996
Lei nº 9.430/1996
Lei nº 9.432/1997
Lei nº 9.532/1997
Lei nº 9.715/1998
Lei nº 9.718/1998
Medida Provisória nº 1.034/2021
Medida Provisória nº 1.066/2021
Medida Provisória nº 1.095/2021
Medida Provisória nº 1.159/2023
Medida Provisória nº 1.185/2023
Medida Provisória nº 2.158-35/2001
Medida Provisória nº 2.192-70/2001
Medida Provisória nº 540/2011
Medida Provisória nº 609/2013
Medida Provisória nº 651/2014
Medida Provisória nº 668/2015
Parecer Normativo Cosit/RFB nº 1/2018
Parecer Normativo RFB nº 5/2018
Portaria MF nº 112/2008
Portaria MF nº 348/2010
Portaria MF nº 348/2014
Resolução Camex nº 42/2001
Solução de Consulta Cosit nº 111/2020
Solução de Consulta Cosit nº 116/2018
Solução de Consulta Cosit nº 303/2019
Solução de Consulta Cosit nº 543/2017
Solução de Consulta Cotri nº 99.017/2018

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