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Boletim informativo da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso - Edição Nº 7 - fevereiro /2024
O Estado de Mato Grosso, com o objetivo de adequar a legislação tributária mato-grossense às práticas de
mercado, estabeleceu a integração dos meios de pagamento eletrônicos (cartão de crédito, débito, Pix ou
outro instrumento de pagamento eletrônico) com os Documentos Fiscais eletrônicos (NFC-e, NFC-e) por meio,
dentre outros, do Decreto nº 599/2023, Portaria nº 262/2023, conforme indicado no Portal da Legislação e do
Conhecimento.
A Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso em obediência aos comandos da Lei nº 12.358/2023
e do Decreto nº 762/2024 adotou desde 01/03/2024 a taxa de juros Selic como indexador no cálculo dos
recolhimentos de valores em atraso de impostos, taxas, fundos ou quaisquer valores geridos pelos Sistemas
Conta Corrente e IPVA, como informado no Portal da Legislação e do Conhecimento.
Tratamento tributário dos créditos de ICMS nas transferências entre estabelecimentos do mesmo titular
Este boletim é um documento interativo, que permite acessar o conteúdo completo das orientações publicadas no Portal da
Legislação e do Conhecimento clicando nos respectivos links. 01
EMENTAS CONSULTAS TRIBUTÁRIAS
Aos prestadores de serviço de transporte é possível o crédito fiscal de ICMS relativo às aquisições
de combustível (óleo diesel) para ser utilizado exclusivamente nos serviços de transportes (1)
intermunicipal ou interestadual que se iniciem em Mato Grosso ou (2) que iniciem no exterior e se
encerrem em território mato-grossense, desde que o prestador não usufrua tratamento que comine
a renúncia de créditos, e atenda as condições previstas no RICMS para tal.
Na NF-e emitida pelo posto revendedor varejista de combustível, que é o documento fiscal hábil
para que o adquirente realize o crédito do ICMS relativo à aquisição de óleo diesel, constarão as
informações necessárias para que o adquirente obtenha o valor do ICMS anteriormente cobrado
pelo regime de tributação monofásica.
Nas operações realizadas em moeda estrangeira, o valor a ser indicado na Nota Fiscal
corresponde àquele multiplicado pela taxa de câmbio do dia da ocorrência do fato gerador, ou seja,
da operação de saída da mercadoria do estabelecimento.
Na hipótese de ocorrer variação cambial negativa, não há previsão na legislação para emissão de
nota fiscal para regularização de tal situação. De forma que, nesse caso, a regularização deverá
ser apenas contábil. Já, se a variação for positiva, poderá ser emitida nota fiscal complementar,
nos termos do inciso I do artigo 350 do RICMS.
O montante do IPI não integra a base de cálculo do ICMS quando a operação atender os seguintes
requisitos:
1) que tanto o remetente como o destinatário sejam contribuintes do ICMS;
2) que o destinatário comercialize ou industrialize os produtos adquiridos; e
3) que a operação configure fato gerador tanto do IPI como do ICMS.
A receita bruta auferida, conforme definido no § 1°, inciso III, do Anexo XVIII do RICMS/2014,
compreende os valores decorrentes do fornecimento ou saída de alimentação e de bebidas e os
serviços prestados, incluídas as sujeitas ao regime de antecipação ou de substituição tributária e
excluídos os valores relativos a descontos incondicionais concedidos, vendas canceladas e
operações ou prestações fora do campo de incidência do ICMS.
O artigo 2° do Anexo XVII do RICMS trata de benefícios fiscais conferidos aos atacadistas e/ou
varejistas, desde que observadas as condições estabelecidas no próprio Anexo XVII, além
daquelas previstas na legislação tributária mato-grossense.
É vedada a utilização do crédito outorgado, previsto na alínea "a" do inciso II do caput do artigo 2°
do Anexo XVII do RICMS, pelo atacadista que receber ou adquirir, em transferência, mercadorias
de estabelecimento pertencente ao mesmo grupo econômico de que faça parte ou de outro
estabelecimento pertencente ao mesmo titular.
O estabelecimento comercial que fez a opção pelo benefício aplicável aos atacadistas, mas que
não atende todos os requisitos exigidos, pode utilizar o crédito outorgado previsto para o setor
varejista no inciso I do caput do artigo 2° do Anexo XVII do RICMS, conforme previsto § 8º do
artigo 6º do Anexo XVII.I
Os bens e mercadorias sujeitos ao regime de substituição tributária: (a) são aqueles arrolados no
artigo 1° do Apêndice do Anexo X do RICMS; (b) estão agrupados em segmentos (tabela), em
razão das características assemelhadas de
conteúdo ou em virtude de sua destinação. A aplicação do regime somente ocorre àqueles
vinculados ao respectivo segmento e cuja descrição no aludido Apêndice os compreenda.
Para apuração da base de cálculo do ICMS/ST nos termos do inciso II do artigo 6° do Anexo X do
RICMS, (utilização do preço final a consumidor sugerido pelo remetente, fabricante ou importador),
é necessário que seja observado o disposto nos §§5° e 6° do artigo 460 do RICMS, ou seja, a
tabela de preços sugeridos deverá ser previamente remetida à SEFAZ, por meio eletrônico.
1.São isentas as saídas internas ou interestaduais das hortifrutícolas, em estado natural, listadas
no artigo 4° do Anexo IV do RICMS, exceto quando destinadas à industrialização.
1.1. Não há isenção do ICMS para as saídas internas ou interestaduais de batata, cebola e das
seguintes frutas frescas nacionais: ameixa, amêndoa, avelã, banana, castanha, figo, maçã, melão,
morango, nectarina, noz, pera, pêssego e uva.
1.2. Será concedido crédito presumido equivalente ao valor que resultar da aplicação do percentual
de 7% ou 12% sobre o valor da respectiva operação, nos termos do artigo 7°-A do Anexo VI do
RICMS, na hipótese de aquisição interestadual, com isenção do ICMS, dos seguintes produtos:
batata, cebola e das seguintes frutas frescas nacionais: ameixa, amêndoa, avelã, banana,
castanha, figo, maçã, melão, morango, nectarina, noz, pera, pêssego e uva. Caso o contribuinte
seja optante pelo crédito outorgado de trata o Anexo XVII do RICMS, o percentual máximo do
crédito presumido a ser fruído não poderá ser superior a 7%.
2 - Caberá ao estabelecimento industrial mato-grossense, ao efetuar venda interna de produto de
sua fabricação sujeito à substituição tributária, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do
ICMS/ST, ainda que o adquirente seja estabelecimento comercial atacadista credenciado como
substituto tributário na operação interna (artigo 4°, § 1°-A, do Anexo X do RICMS).
Na aquisição de mercadorias neste Estado, efetuada por consumidores finais não contribuintes do
ICMS, estabelecidos em outras unidades da Federação, quando entregues diretamente ao
comprador mediante "venda no balcão" (presencialmente), com o consumo também realizado neste
Estado, a alíquota do ICMS aplicável é a interna e o imposto será integralmente recolhido ao
Estado de Mato Grosso.
Nas operações realizadas fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículos, nos termos do
artigo 599 do RICMS, o ICMS deve ser recolhido antecipadamente pelo regime de substituição
tributária apenas se as mercadorias estiverem elencadas no Artigo 1º do Apêndice do Anexo X do
RICMS/MT.
A remessa de mercadoria para exposição é contemplada com isenção do ICMS, desde que retorne
ao estabelecimento de origem no prazo de 60 dias, nos termos do artigo 77 do Anexo IV do
RICMS.
Nas prestações internas no Estado de Mato Grosso realizada por empresa transportadora inscrita
como contribuinte do ICMS em outro Estado e não inscrita em Mato Grosso fica obrigada ao
recolhimento do imposto a cada prestação, ou seja, antes do início transporte, conforme disposto
nos incisos III e IV do artigo 132 do RICMS, bem como no artigo 1°, inciso XIX, alínea b, da
Portaria n° 137/2021-SEFAZ.
Os contribuintes optantes pelo Simples Nacional, cuja tributação é feita pelo referido regime
diferenciado e favorecido, de que trata a Lei Complementar (federal) n° 123/2006, não fazem jus ao
diferimento do ICMS, previsto no artigo 37 do Anexo VII do RICMS/MT, ainda que credenciados
nesta SEFAZ/MT e enquadrados na CNAE principal 4930-2/02.
Na aquisição interestadual de bens ou mercadorias para uso, consumo ou ativo imobilizado por
contribuinte do imposto, é devido o ICMS a título de diferencial de alíquotas.
Nos termos do artigo 72, inciso IX e § 5°-A, inciso II, do RICMS, conforme redação dada pelo
Decreto n° 649/2023, com efeitos a partir de 1°/01/2024, a base de cálculo para apuração do ICMS
devido a título de diferencial de alíquotas, por contribuinte mato-grossense, é o valor da operação
ou prestação neste Estado, devendo, para estabelecer a base de cálculo, ser utilizada a alíquota
prevista para a operação ou prestação interna neste Estado.
A aplicação do regime somente ocorre aos bens e mercadorias classificados nas subposições da
NCM/SH indicadas no Apêndice do Anexo X do RICMS, cuja descrição os compreenda e desde
que vinculados ao segmento correspondente.
O regime de substituição tributária não se aplica às operações que destinem bens e mercadorias a
estabelecimento industrial para emprego em processo de industrialização como matéria-prima,
produto intermediário ou material de embalagem, desde que este estabelecimento não comercialize
o mesmo bem ou mercadoria.
Para configurar a incidência do "ICMS diferencial de alíquotas", basta que o adquirente seja
consumidor final das mercadorias ou bens adquiridos em operações interestaduais.
Ainda que o contribuinte seja optante pelo Simples Nacional, nas aquisições interestaduais de
insumos para manipulação de medicamentos, sujeita ao ISS, deve se recolher o ICMS a título de
diferencial de alíquotas. Hipóteses em que as entradas interestaduais dos respectivos insumos
serão escrituradas no CFOP 2.128 – compra para utilização na prestação de serviço sujeita ao
ISSQN.
A isenção prevista no artigo 5° do Anexo IV do RICMS se aplica, até 20/07/2027, nas operações
internas com peixes criados em cativeiro localizado no território mato-grossense, frescos,
refrigerados ou congelados, bem como de suas carnes e partes in natura, manufaturadas,
semiprocessadas ou industrializadas, utilizadas na alimentação humana.
O contribuinte pode optar pela benesse que lhe seja mais vantajosa, desde que atenda as
condições estabelecidas, entre elas, o credenciamento específico e, na hipótese do benefício
previsto no artigo 6° do Anexo VI do RICMS, o recolhimento ao FUS.
O produto café moído está contemplado com o benefício fiscal previsto no artigo 1° do Anexo V do
RICMS/MT.
Com a edição da Resolução CONDEPRODEMAT nº 32/2019, o produto café, passou a ser
abrangido também pelo benefício fiscal do PRODEIC.
Nos termos do artigo 13, § 5°, do Decreto 288/2019, atendidos os requisitos, formas e condições
correspondentes, o contribuinte beneficiário de programa de desenvolvimento tem a faculdade de
optar pelo benefício que for mais vantajoso a cada operação.
34/2024 ICMS – OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA – EFD (ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL – GIA (DA GUIA DE
INFORMAÇÃO E APURAÇÃO DO ICMS).
Os contribuintes inscritos em Mato Grosso, via de regra, estão obrigados a Escrituração Fiscal
Digital – EFD, conforme disposto nos artigos 426 a 440 do RICMS.
Na NF-e emitida pelo fornecedor de combustível, que é o documento fiscal hábil para que o
adquirente realize o crédito do ICMS relativo à aquisição de óleo diesel, constarão as informações
necessárias para que o adquirente obtenha o valor do ICMS anteriormente cobrado pelo regime de
tributação monofásica.
Na NF-e emitida pelo posto revendedor varejista de combustível, que é o documento fiscal hábil
para que o adquirente realize o crédito do ICMS relativo à aquisição de óleo diesel, constarão as
informações necessárias para que o adquirente obtenha o valor do ICMS anteriormente cobrado
pelo regime de tributação monofásica.
Nas vendas internas de bebidas e outros produtos adquiridos de terceiros, sujeitos ao regime de
substituição tributária e destinados exclusivamente para revenda, é necessário incluir na Nota
Fiscal o CFOP "5.405.
Quando os valores pagos a título de "royalties" guardarem relação direta com a operação
mercantil, inclusive com destaque na Nota Fiscal, integrando o valor da operação, estes devem
compor a base de cálculo do ICMS.
Regra geral, não está obrigada a emissão de Nota Fiscal a empresa que desenvolva atividade
econômica que não configure hipótese de incidência de ICMS.
Não está obrigada a emitir Nota Fiscal para acobertar o transporte de balança, de um local para
outro, utilizada para pesagem de animais, a empresa não cadastrada como contribuinte do ICMS e
que não desenvolva atividade afeta ao ICMS, bastando apenas estar de posse da nota fiscal de
aquisição do bem para comprovação da propriedade.
Caso não possua a Nota Fiscal de aquisição do bem, ou qualquer outro documento que possa
comprovar a propriedade, sugere-se a emissão de Nota Fiscal Avulsa junto à Agência Fazendária
da SEFAZ para apresentação ao Fisco, caso seja necessário.
Fármacos e medicamentos de uso humano estão sujeitos ao regime de substituição tributária por
força do ”caput” do artigo 1° do Anexo X do RICMS c/c a tabela XIV do artigo 1° do Apêndice do
mesmo Anexo.
Caso o estabelecimento varejista opte pelo PMPF, este deve ser utilizado para efeito de definição
de base de cálculo e não o PMC.
Não havendo PMC fixado para o medicamento ou PMPF, a base de cálculo do ICMS/ST deverá ser
apurada considerando o disposto no inciso III do artigo 6° do Anexo X do RICMS, sendo aplicável
ao cálculo os percentuais de MVA previstos na Portaria n° 195/2019- SEFAZ.
Quando diferido, o ICMS-importação será apurado e recolhido de uma só vez por ocasião da saída
subsequente, respeitado o regime de tributação a que essa operação de saída estiver submetida,
nos termos do artigo 6° do Decreto nº 317/2019.
Nas saídas internas de veículos automotor novo, classificados nas subposições 8701.23.00,
8701.21.00, 8701.22.00 e 8701.24.00 da NCM/SH (tratores rodoviários para semirreboques),
poderá ser aplicada a redução de base de cálculo prevista no artigo 22 do Anexo V do RICMS,
desde que atendidas às condições prescritas na norma.
Nas saídas internas de veículos automotor usados, com classificação fiscal NCM 8701.23.00,
8701.21.00, 8701.22.00 e 8701.24.00 (tratores rodoviários para semirreboques) poderá ser
aplicada a redução de base de cálculo prevista no inciso I do artigo 54 do Anexo V do RICMS,
desde que atendidas às condições prescritas na norma.
O trator (com NCM 8701.2) não é considerado máquina agrícola tampouco implemento agrícola,
portanto, não está contemplado pelo benefício previsto no inciso IV do artigo 54 do Anexo V do
RICMS, que prevê redução da base de cálculo a 0% (zero por cento).