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Perguntas e Respostas – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA -4 (janeiro 2013)

1) Em quais situações o contribuinte deve destacar e recolher ICMS


substituição tributária?
O contribuinte goiano deve efetuar o destaque e o recolhimento do ICMS substituição
tributária nas seguintes hipóteses:

 na venda interna de mercadorias sujeitas à substituição tributária realizada por


empresa industrial ou atacadista com TARE (para ser considerado substituto)
destinada à comercialização (venda para outro contribuinte que vai revender);
 na operação interestadual realizada por empresa industrial, atacadista (com ou
sem TARE) ou varejista, optantes ou não pelo Simples Nacional, com
mercadorias sujeitas à substituição tributária e destinadas a comercialização ou
uso/consumo do adquirente contribuinte do ICMS. Nessa hipótese, o recolhimento
será efetuado através de GNRE favorecendo a UF de destino.

2) Como é feito o cálculo do ICMS devido por substituição tributária?


O valor do ICMS substituição, na venda realizada por contribuinte goiano, será calculado
nos termos do art. 51 do Anexo VIII do RCTE, conforme descrito abaixo:

 ICMS_ST = (BC_ST * Alíq_interna) – (ICMS_próprio)

 BC_ST = (BC + despesas) + MVA

ICMS_ST = ICMS devido por substituição tributária BC_ST = base de cálculo do ICMS
substituição tributária Alíq_interna = alíquota interna da UF de destino da mercadoria BC
= base de cálculo do ICMS próprio (normal) = valor da operação ICMS_próprio = ICMS
devido pelo remetente da mercadoria MVA = margem de valor agregado

Observações:
a) Integram a base de cálculo do ICMS_ST, o valor corresponde ao somatório das
despesas referentes a seguro, frete, embalagem ou acondicionamento, IPI e
demais tributos, custo de financiamento e outros encargos cobrados ou
transferíveis ao adquirente da mercadoria (art. 40, II, “b” do Anexo VIII do RCTE);
b) a MVA a ser considerada é o índice de valor agregado definido para a UF de destino
da mercadoria;
A título de exemplo, consideremos os seguintes cálculos:
 BC = 800,00  Alíq_interna = 17%  Despesas = 200,00
 MVA = 60%
 BC_ST = (800 + 200) + [(800 + 200)*60% ]= 1.000 + [1.000*(60/100)
]= 1.600

Obs.: o cálculo acima corresponde ao mesmo valor calculado da seguinte forma: BC_ST
= 1.000*1,6 = 1.600

 ICMS_ST = [1.600*17%] -[1000*17% ]= R$102,00 (cento e dois reais)

3) Quais os procedimentos específicos em relação à emissão de nota


fiscal e recolhimento de ICMS substituição tributária nas operações
internas realizadas por indústria ou atacadista signatário de TARE (para
ser considerado substituto)?

I. nas operações internas, quando o destinatário for contribuinte do ICMS:

a) a nota fiscal será emitida com destaque do ICMS normal e do ICMS retido, utilizando-
se o CFOP 5.401 (indústria) ou 5.403 (atacadista) e com CST 10 – (Tributada e com
cobrança do ICMS por substituição tributária) ou 70 -(Com redução de base de
cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária), conforme o caso;
b) devem ser observadas as restrições e condicionantes relativas à aplicação da
redução da base de cálculo do ICMS próprio, prevista no art. 8º, VIII do Anexo IX do
RCTE, conforme disposto na I. N. 899/08-GSF;
c) caso o remetente seja optante pelo Simples Nacional, a nota fiscal:
 não terá o destaque do ICMS próprio, mas o cálculo do ICMS substituição tributária
será efetuado da mesma forma, seguindo o disposto no art. 28 da Resolução nº
94/2011-CGSN e utilizando-se o MVA para operação interna, conforme determinado
no art. 40, § 3º do Anexo VIII do RCTE;
 no campo “Situação Tributária” será utilizado o CSOSN 201 – (Tributada pelo
Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por
substituição tributária), quando o destinatário for contribuinte não optante pelo
Simples Nacional ou 202 – (Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de
crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária), quando o destinatário
for contribuinte optante pelo Simples Nacional;
d) o ICMS_ST deve ser recolhido mensalmente em DARE (site www.sefaz.go.gov.br,
opção “Serviço/ Pagamento de Tributos/DARE/Contribuinte Cadastrado), no prazo
previsto no Protocolo ou Convênio que instituiu o regime de substituição tributária
para cada espécie de mercadoria);
e) o prazo para recolhimento pode ser conferido no site www.sefaz.go.gov.br, opção “Ca
lendário Fiscal” (banner na página principal);
f) o DARE deverá ser preenchido em nome do substituto tributário, utilizando-se o
código de receita 124 (substituição tributária pela operação posterior) e código de
apuração 300 (mensal);
g) no preenchimento do PGDAS, o optante pelo Simples Nacional, deverá informar o
faturamento correspondente a essas vendas como receita de venda de mercadorias
não sujeitas à substituição tributária (art. 28, II da Resolução nº 94/2011-CGSN);
h) no arquivo do SINTEGRA, o optante pelo Simples Nacional, deve apresentar, além
dos demais registros obrigatórios (ver Anexo I da IN 932/08-GSF), o Registro Tipo
53 – Substituição Tributária;
i) na Escrituração Fiscal Digital – EFD, o contribuinte não optante pelo Simples
Nacional deve informar, obrigatoriamente, os registros E200; E210 e E250 e,
conforme o caso, os registros E220; E230 e E240;
j) lembrando apenas que a indústria e o atacadista devem utilizar a nota fiscal
eletrônica – modelo 55;

II. nas operações internas, quando o destinatário não for contribuinte do ICMS:

a) na venda para consumidor final em operação interna, seja pessoa física ou jurídica,
contribuinte ou não do ICMS, não se aplica o regime de substituição tributária,
devendo ser destacado apenas o ICMS próprio, utilizando-se o CFOP 5.101
(indústria) ou 5.102 (atacadista) e com CST 00 – (Tributada integralmente) ou ou
outro previsto no Anexo V do RCTE, conforme seja operação isenta, não tributada
ou com redução da base de cálculo;;
b) caso o remetente seja optante pelo Simples Nacional, a nota fiscal não conterá
nenhum destaque do ICMS (próprio ou de substituição) e será preenchida com o
CSOSN 102 – (Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito);

Observação: o regime de substituição tributária também não se aplica nas hipóteses


previstas no § 6º do art. 32 do Anexo VIII do RCTE;

4) Quais os procedimentos específicos em relação à emissão de nota


fiscal e recolhimento de ICMS substituição tributária nas operações
interestaduais realizadas por indústria ou atacadista signatário de TARE
(para ser considerado substituto)?

I. nas operações interestaduais, quando o destinatário for contribuinte


do ICMS:

a) a nota fiscal será emitida com destaque do ICMS normal e do ICMS retido,
utilizando-se o CFOP 6.401 (indústria) ou 6.403 (atacadista) e com CST 10 –
(Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária);
b) devem ser observadas as restrições e condicionantes relativas à aplicação do
crédito outorgado, previsto no art. 11, III do Anexo IX do RCTE, conforme disposto
na I. N. 899/08-GSF;
c) caso o remetente seja optante pelo Simples Nacional, a nota fiscal:
 não terá o destaque do ICMS próprio, mas o cálculo do ICMS substituição
tributária será efetuado da mesma forma, seguindo o disposto no art. 28 da
Resolução nº 94/2011-CGSN e utilizando-se o MVA para operação interna da
UF de destino, conforme determinado no art. 40, § 3º do Anexo VIII do RCTE;
 no campo “Situação Tributária” será utilizado o CSOSN 201 – (Tributada pelo
Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por
substituição tributária), quando o destinatário for contribuinte não optante pelo
Simples Nacional ou 202 – (Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de
crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária), quando o
destinatário for contribuinte optante pelo Simples Nacional;
d) o ICMS_ST deve ser recolhido através de GNRE (sugerimos sempre emitir a partir
do site da SEFAZ de destino da mercadoria), devendo ser preenchida em nome do
substituto tributário (remetente da mercadoria) e indicando como “UF favorecida” a
UF de destino da mercadoria;
e) nos casos em que o remetente não possuir inscrição de substituto tributário perante
a Unidade da Federação de destino da mercadoria, o recolhimento será realizado
por GNRE a cada NFe emitida (por operação -código da receita 100099);
f) nos casos em que o remetente possuir inscrição de substituto tributário perante a
Unidade da Federação de destino da mercadoria, o recolhimento será realizado por
GNRE, mensalmente (por apuração -código da receita 100048), no prazo
previsto no Protocolo ou Convênio que instituiu o regime de substituição tributária
para cada espécie de mercadoria;
g) no preenchimento do PGDAS, o optante pelo Simples Nacional, deverá informar o
faturamento correspondente a essas vendas como receita de venda de
mercadorias não sujeitas à substituição tributária (art. 28, II da Resolução nº
94/2011-CGSN);
h) no arquivo do SINTEGRA, o optante pelo Simples Nacional, deve apresentar, além
dos demais registros obrigatórios (ver Anexo I da IN 932/08-GSF), o Registro Tipo
53 – Substituição Tributária;
i) na Escrituração Fiscal Digital – EFD, o contribuinte não optante pelo Simples
Nacional deve informar, para cada UF que figure como destinatária de mercadorias
no período, obrigatoriamente, os registros E200; E210 e E250 e, conforme o caso,
os registros E220; E230 e E240;
j) na venda interestadual destinada ao uso ou consumo do destinatário
(contribuinte) o valor do ICMS_ST será calculado sem somar a MVA (Margem de
Valor Agregado) ao valor da base de cálculo do ICMS_ST (mas devem ser
somadas as demais despesas), ou seja será destacado o ICMS_ST “pelo
diferencial de alíquotas”;

II. nas operações interestaduais, quando o destinatário não for


contribuinte do ICMS:
a) na venda para consumidor final em operação interestadual, seja pessoa física ou
jurídica não contribuinte do ICMS, não se aplica o regime de substituição
tributária, devendo ser destacado apenas o ICMS próprio, utilizando-se o CFOP
6.107 (indústria) ou 6.108 (atacadista) e com CST 00 – (Tributada integralmente)
ou outro previsto no Anexo V do RCTE, conforme seja operação isenta, não
tributada ou com redução da base de cálculo;
b) caso o remetente seja optante pelo Simples Nacional, a nota fiscal não conterá
nenhum destaque do ICMS (próprio ou de substituição);

Observação: o regime de substituição tributária também não se aplica nas hipóteses


previstas no § 6º do art. 32 do Anexo VIII do RCTE e será preenchida com o CSOSN 102
– (Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito);

5) Qual MVA o contribuinte deve considerar para calcular o ICMS


substituição tributária na venda de materiais de construção civil e
materiais elétricos destinados contribuinte do ICMS estabelecido no
Estado de Goiás?
Os contribuintes localizados em UFs signatárias dos Protocolos 82/11 e 85/11 (materiais
de construção) e 83/11 e 84/11 (materiais elétricos) devem aplicar, na venda a
contribuinte goiano, os percentuais previstos no Decreto 7.528/11 (site
www.sefaz.go.gov.br, opção “Legislação/Tributária/Consulta/Decretos Estaduais”),
conforme abaixo detalhado:

 Remetentes localizados em Goiás (operação interna), devem considerar os


percentuais de MVA, de acordo com a descrição da mercadoria, indicados na coluna
correspondente à alíquota interna de 17% (primeira coluna);

 Remetentes localizados em UF da Região Sul ou Sudeste, exceto Espírito Santo,


devem considerar os percentuais de MVA, de acordo com a descrição da mercadoria,
indicados na coluna correspondente à alíquota interestadual da origem de 7% (terceira
coluna);
 Remetentes localizados em UF da Região Norte, Nordeste, Centro Oeste e
Espírito Santo, devem considerar os percentuais de MVA, de acordo com a descrição
da mercadoria, indicados na coluna correspondente à alíquota interestadual da origem
de 12% (terceira coluna);

Observação:
a) -no caso em que a empresa remetente for optante pelo Simples Nacional, será
observada a regra descrita no art. 40, § 3º do Anexo VIII do RCTE (abaixo
transcrito), quanto ao MVA a ser utilizado para o cálculo do ICMS_ST:

3º-A. Em se tratando de contribuinte optante pelo Simples


Nacional, que recolhe o ICMS nos termos da Lei
Complementar n.º 123/06, na condição de substituto
tributário, para efeito da base de cálculo da substituição
tributária nas operações interestaduais, deve ser aplicada
sempre o percentual de margem de valor agregado previsto
para as operações internas em Convênio ou Protocolo ou
em ato da Administração Tributária (Convênio ICMS 35/11,
cláusula primeira).
§ 3º-B. O disposto no § 3º-A aplica-se inclusive às operações
interestaduais promovidas por contribuinte optante pelo
Simples Nacional, em que o adquirente da mercadoria,
optante ou não pelo regime do Simples Nacional, seja o
responsável pelo recolhimento do imposto devido por
substituição tributária (Convênio ICMS 35/11, cláusula
segunda).

6) Onde verificar quais as Unidades da Federação são signatárias dos


Protocolos 82/11 e 85/11 (materiais de construção) e 83/11 e 84/11
(materiais elétricos)?
Diretamente nos referidos protocolos (no site http://www.fazenda.gov.br/confaz/,
acessar a opção “Legislação/Protocolos/ICMS/2011), ou no art. 34 do Anexo VIII do
RCTE.
Observação:
a) Devem ser observadas também as exceções previstas no art. 32, § 6º , X do
Anexo VIII do RCTE, relativas a não aplicação da substituição tributária de
operações destinadas a determinadas Unidades da Federação.

7) Como o contribuinte goiano deve efetuar a venda de mercadorias


sujeitas à substituição tributária por força de protocolos, quando o
destinatário (contribuinte) está sediado em UF não signatária do referido
protocolo?
Nesse caso, o contribuinte goiano, industrial ou atacadista com TARE, efetuará a venda
apenas com destaque do ICMS próprio (caso não seja optante pelo Simples Nacional).
No caso de contribuinte substituído, o mesmo deverá também se debitar do ICMS normal
(próprio), porém, terá direito a apropriar crédito do ICMS normal (da operação de
aquisição) e do ICMS retido anteriormente, conforme previsto no art. 45 e 46 do Anexo
VIII do RCTE.
Caso o remetente seja optante pelo Simples Nacional, não haverá débito de ICMS e terá
direito apenas do crédito relativo ao ICMS retido.

Observação: Devem ser observadas também as exceções previstas no art. 32, § 6º , X


do Anexo VIII do RCTE, relativas a não aplicação da substituição tributária de operações
destinadas a determinadas Unidades da Federação.

8) Qual procedimento adotar quando da aquisição de mercadorias


sujeitas ao regime de substituição tributária em que o remetente está
sediado em UF não signatária do Protocolo ou Convênio que instituiu o
regime de substituição tributária?
Nesse caso, o contribuinte goiano, mesmo sendo substituído, será o responsável pelo
recolhimento do ICMS_ST, seja ele optante ou não pelo Simples Nacional, devendo
efetuar o cálculo com os mesmos parâmetros definidos para o seu fornecedor, caso este
estivesse sediado em UF signatária do Convênio ou Protocolo.
O pagamento será feito através de DARE, no prazo estipulado para o substituo natural
(ver “Calendário Fiscal” no site www.sefaz.go.gov.br) , conforme previsto no art. 53,
Parágrafo único, inciso II do Anexo VIII do RCTE. O DARE deverá ser preenchido em
nome do destinatário da mercadoria, utilizando-se o código de receita 124 (substituição
tributária pela operação posterior) e código de apuração 300 (mensal).
Orientações para escrituração na EFD:
- Não informar no Registro C100 os campos referentes ao ICMS ST da nota fiscal de
aquisição.
- Informar no registro C197, que é vinculado (filho) ao registro C100, o valor devido do
ICMS ST, no campo COD_AJ, o código de ajuste de débito especial da ST –
GO71100004. Ver o detalhamento completo dos registros no Guia Prático da EFD de
Goiás.

9) Qual procedimento adotar quando da aquisição de mercadorias


sujeitas ao regime de substituição tributária em que o remetente está
sediado em UF signatária do Protocolo ou Convênio que instituiu o
regime de substituição tributária, mas não realizou a retenção?
Nesse caso, o contribuinte goiano será o solidário em relação ao recolhimento do
ICMS_ST, devendo efetuar o cálculo com os mesmos parâmetros definidos para o seu
fornecedor, somando ao valor do ICMS_ST, os valores referentes aos acréscimos
legais contados a partir da data da saída do fornecedor (art. 35 do Anexo VIII do
RCTE). Verificar a data de saída constante na nota fiscal e em caso da mesma não ter
sido informada, considerar a data de emissão.
O pagamento será feito através de DARE, preenchido em nome do destinatário da
mercadoria, utilizando-se o código de receita 124 (substituição tributária pela operação
posterior) e código de apuração 040 (instantâneo).
Orientações para escrituração na EFD:
- Não informar no Registro C100 os campos referentes ao ICMS ST da nota fiscal de
aquisição.
- Informar no registro C197, que é vinculado (filho) ao registro C100, o valor devido do
ICMS ST, no campo COD_AJ, o código de ajuste de débito especial da ST –
GO71100002. Ver o detalhamento completo dos registros no Guia Prático da EFD de
Goiás.
10) Como será realizada a operação de venda interna de mercadorias
sujeitas ao regime de substituição tributária realizadas por empresa
varejista ou atacadista (sem TARE)?
Na operação interna de revenda de mercadorias sujeitas a substituição, o varejista ou o
atacadista (sem TARE) estarão na condição de substituído. Nesse caso, seja o
destinatário pessoa física ou jurídica, contribuinte ou não do ICMS, a nota fiscal será
emitida sem nenhum destaque de ICMS próprio ou ICMS retido.

Observações:
a) a nota fiscal será emitida sem destaque de ICMS próprio ou de ICMS substituição,
devendo constar no campo “Informações Complementares” a expressão
“IMPOSTO RETIDO NOS TERMOS DO ANEXO VIII DO RCTE”, conforme
estabelecido pelo art. 56 do Anexo VIII do RCTE;
b) se o varejista ou atacadista (sem TARE), que estiver realizando a venda, for
optante do Simples Nacional, deverá informar no PGDAS a receita desta operação
como “Receitas decorrentes da revenda de mercadorias sujeitas a substituição
tributária..”, conforme art. 28 da Resolução CGSN nº 94/11;
c) caso remetente não seja optante do Simples Nacional, deve utilizar o CFOP 5.405 e o
CST 60 -(ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária);
d) caso o remetente seja optante do Simples Nacional, deve utilizar o CFOP 5.405 e o
CSOSN 500 -(ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária).

11) A redução da base de cálculo prevista no art. 8º, VIII do Anexo IX do


RCTE, pode ser aplicada na venda interna de mercadorias sujeitas à
substituição tributária?

De forma geral, não. Devem ser observadas as restrições e condicionantes


estabelecidas nos art. 1º e 2º da IN 899/08-GSF (abaixo transcritos):

Art. 1º O benefício fiscal da redução da base de cálculo ou do crédito


outorgado previstos, respectivamente, nos arts. 8º, VIII, e
11, III, do
Anexo IX do Decreto nº 4.852, de 29 de dezembro de 1997,
não se
aplica à operação:
.........................................................................................................

III -com mercadoria discriminada no Apêndice II do Anexo VIII do


Decreto nº 4.852, de 29 de dezembro de 1997;
..........................................................................................
...............

Parágrafo único. Não se aplica a vedação constante do


inciso III,
quanto à utilização (redação com vigência a partir de
31/05/09):
I -do crédito outorgado previsto no art. 11, III do Anexo IX
do RCTE
na operação com as mercadorias discriminadas nas
posições 2713
do inciso III-B, 2715.00.00 do item 5 do inciso VII e 2713 do
item 6 do
inciso VII, e nos incisos IX, X, XI, XIII e XIV, todos do
Apêndice II do
Anexo VIII do RCTE;
II -da redução da base de cálculo prevista no art. 8º, VIII do Anexo
IX do RCTE na operação com as mercadorias
discriminadas nas
posições 2713 do inciso III-B, 2715.00.00 do item 5 do
inciso VII e
2713 do item 6 do inciso VII e no inciso XIV, todos do Apêndice II do
Anexo VIII do RCTE.”

Observação: Redação dos incisos I e II do art. 1º da In 899/08-GSF com vigência a


partir de 31/05/11 (até versão de 14/02/2012 da legislação).

12) Como é feita a operação na venda interna de mercadorias sujeitas à


substituição tributária, feita por industrial, ou atacadista com TARE (para
ser considerado substituto), destinada a uma indústria ou a um
atacadista com TARE?

Na venda feita por um substituto para outro substituto não se aplica o regime de
substituição tributária, nos termos do § 6º do art. 32 do Anexo VIII do RCTE.

Observações:
a) na nota fiscal deve ser destacado apenas o ICMS próprio (caso o remetente não seja
optante pelo Simples Nacional), indicando o CST 00 – (Tributado Integralmente);
b) para o remetente optante pelo Simples Nacional, a tributação do ICMS da operação
própria será feita na sistemática do Simples Nacional;
c) no caso de venda de mercadoria destinada à industrialização ou comercialização,
utilizar o CSOSN 101 -(Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito);
d) no caso de venda de mercadoria destinada a uso/consumo do adquirente, utilizar o
CSOSN 102 -(Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito);
e) o CFOP a ser utilizado será o 5.101 (indústria) ou 5.102 (atacadista);
f) a indústria optante pelo Simples Nacional deve informar, no PGDAS, o valor da receita
obtida nessa operação como “Receitas decorrentes da venda de mercadorias por
elas industrializadas não sujeitas a substituição tributária, …”, conforme previsto no
art. 28, II da Resolução CGSN nº 94/11;

13) As empresas industriais estabelecidas em Goiás, devem fazer


inventário de mercadorias inseridas no regime de substituição tributária?

Não. O art. 80 do Anexo VIII do RCTE estabelece que a obrigatoriedade de levantar


estoque nesse caso recai sobre o atacadista, o distribuidor e o varejista, ou seja as
empresas que serão substituídas em relação às referidas mercadorias. O substituto
tributário não faz recolhimento sobre o inventário, pois irá se debitar do ICMS próprio e
destacar ICMS substituição quando der saída na mercadoria.

Observação: para detalhamento sobre o ICMS substituição tributária relativa ao


estoque (atacadistas e varejistas) de mercadorias inseridas nesse regime, ver “Perguntas
e Respostas” específica no site www.sefaz.go.gov.br -Perguntas e Respostas –
Substituição Tributária – Estoque”;

14) No caso de operações com aparelhos celulares devem ser aplicadas


as regras previstas no Convênio 135/06 ou nos Protocolos ICMS 83/11 e
84/11?

Relativamente às mercadorias constantes do Apêndice II, inciso XVIII (material elétrico),


do Anexo VIII, do Decreto nº 4.852/97, embora o código de classificação na NCM 8517,
não excepcione as posições 8517.12.31, 8517.12.13 e 8517.12.19, no que se refere aos
aparelhos de telefonia móvel, prevalece o regime de substituição tributária inserido
pelo inciso XIII (Convênio 135/06), do Anexo em comento, com suas respectivas
margens de valor agregado;

15) Como calcular a base de cálculo do ICMS devido por substituição


tributária, nos casos em que haja mercadorias com margens de valor
agregado distintas ou sujeitas a regime de tributação distintos (regime
normal e regime de substituição tributária) e seja necessário somar o
valor das despesas acessórias?

Nesse caso, os valores relativos a despesas, tais como seguro e frete, devem ser
rateados de forma proporcional ao valor dos itens para fins de composição da base de
cálculo do ICMS substituição tributária, conforme exemplo abaixo:
Exemplo:
(a) Valor das despesas:
-Seguro = R$ 500,00 ; -Frete = R$ 700,00  Valor
total de despesas (seguro+ frete) = R$ 1.200,00

(b) Valor da mercadoria proporcionalizado = {[Valor de cada mercadoria com IPI *


[(Valor total das despesas / Valor total das mercadorias] + Valor de cada mercadoria com
IPI }
(c) Valor da base de cálculo:

 BC_ICMS_ST = {Valor da mercadoria proporcionalizado + [MVA * (Valor da


mercadoria proporcionalizado)]}
-
(d) Valor das mercadorias:

Valor BC_ICMS_ST
Merca Tributaçã Valor da IPI Valor
proporcionalizado
doria o/MVA mercador mercador
(item) ia ia + IPI (b) (c)

A 10% 1.000 100 1.100 [1.100*(1.200/8.350) + [1.258,08 + (10%


*
1.100] = 1.258,08 1.258,08)] =
1.383,88
B 20% 2.000 150 2.150 [2.150*(1.200/8.350) + [2.458,98+ (20% *
2.150] = 2.458,98 2.458,98)] =
2.950,78
C 30% 3.000 0 3.000 [3.431,14+ (30% *
[3.000*(1.200/8.350) +
3.431,14)] =
3.000] = 3.431,14
4.460,48
D Tribut. 1.000 0 1.000 - -
Normal
E Tribut. 1.000 100 1.100 - -
Normal
Valor total das mercadorias acrescido 8.350
de IPI
1.200

Observações:
(a) a MVA é um valor em percentual e como tal, deve ser multiplicado pelo próprio valor ao qual
está sendo somado;
(b) as mercadorias D e E, no exemplo, não estão sujeitas ao regime de substituição tributária;
(c) para calcular o ICMS_ST, utilizar a fórmula:

 ICMS_ST = BC_ICMS_ST* Alíquota interna do destino – ICMS Próprio do


remetente
16) Como fazer o cálculo da Margem de Valor Ajustado – MVA para efeito
de apuração do ICMS devido por substituição tributária pela operação
posterior na venda interestadual de mercadoria importada, cuja saída
deva ocorrer com alíquota de 4% pela operação própria a partir de
01/01/2013, conforme Resolução nº 13 de 2012 do Senado Federal?

Na venda de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, feita por


contribuinte estabelecido em outra Unidade da Federação, destinada a revenda por
contribuinte goiano, a Margem de Valor Ajustado – MVA deve ser calculada utilizando-se
da fórmula do Protocolo ou Convênio que instituiu o regime de substituição tributária para
o referido produto.

Exemplo 1: para operações com autopeças importadas do exterior e


destinadas a Goiás, aplica-se a fórmula constante da cláusula segunda do Protocolo
ICMS 41/08, da seguinte forma:

 MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) x (1 – Alíquota interestadual)] / (1 –


Alíquota interna de Goiás)} – 1, onde:

• Margem de Valor Agregado Original_MVA original = 40% (ver Despacho


262/12 do Secretário Executivo do CONFAZ)
• Alíquota interestadual com produto importado = 4%
• Alíquota interna de Goiás = 17%
MVA ajustada = {[(1 + 40%) * (1 – 4%)] / (1 – 17%)} – 1
MVA ajustada = {[(1 + 0,40) * (1 – 0,04)] / (1 – 0,17)} – 1
MVA ajustada = {(1,40) * (0,96) / (0,83)} – 1
MVA ajustada = {(1,344) / (0,83)} – 1
MVA ajustada = {1,6193} – 1
MVA ajustada = 0,6193 = 61,93%

Observação: quando o Estado de Goiás adotar o novo MVA original previsto no


Protocolo ICMS 61/12, o MVA ajustado para autopeças importadas destinadas a
Goiás será de:

MVA ajustada = {[(1 + 59,6%) * (1 – 4%)] / (1 – 17%)} – 1


MVA ajustada = 0,8460 = 84,60%

Exemplo 2: para operações com material elétrico importados do exterior


e destinado a Goiás, aplica-se a fórmula constante da cláusula segunda do Protocolo
ICMS 84/11, (tomando-se como exemplo o primeiro item da tabela constante do Anexo
Único do referido protocolo), da seguinte forma:
ANEXO ÚNICO

MVA (%)
ITEM NCM/SH DESCRIÇÃO
ORIGINAL

1. 8413.70.10 Eletrobombas submersíveis 31

 MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) * (1 – Alíquota interestadual)] / (1 –


Alíquota interna de Goiás)} – 1, onde:

• Margem de Valor Agregado Original_MVA original = 31% item 1 do Anexo


Único do Protocolo ICMS 84/11)
• Alíquota interestadual com produto importado = 4%
• Alíquota interna de Goiás = 17%
MVA ajustada = {[(1 + 31%) * (1 – 4%)] / (1 – 17%)} – 1
MVA ajustada = {[(1 + 0,31) * (1 – 0,04)] / (1 – 0,17)} – 1
MVA ajustada = {(1,31) * (0,96) / (0,83)} – 1
MVA ajustada = {(1,2576) / (0,83)} – 1
MVA ajustada = {1,5152} – 1
MVA ajustada = 0,5152 = 51,52%

Exemplo 3: para operações com tintas e vernizes importadas do exterior


e destinadas a Goiás, aplica-se a fórmula constante da cláusula terceira Convênio ICMS
74/94, da seguinte forma:

 MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) * (1 – Alíquota interestadual)] / (1 –


Alíquota interna de Goiás)} – 1, onde:

• Margem de Valor Agregado Original_MVA original = 35% (se produto


relacionado nos itens 1 a 9 do Anexo ao Convênio ICMS 74/94)
• Alíquota interestadual com produto importado = 4%
• Alíquota interna de Goiás = 17%
MVA ajustada = {[(1 + 35%) * (1 – 4%)] / (1 – 17%)} – 1
MVA ajustada = {[(1 + 0,35) * (1 – 0,04)] / (1 – 0,17)} – 1
MVA ajustada = {(1,35) * (0,96) / (0,83)} – 1
MVA ajustada = {(1,296) / (0,83)} – 1
MVA ajustada = {1,5614} – 1
MVA ajustada = 0,5614 = 56,14%

Exemplo 4: para operações com ração pet importada do exterior e


destinada a Goiás, aplica-se a mesma fórmula constante dos demais Protocolos e
Convênios do ICMS que prevêem o uso de MVA ajustada, da seguinte forma:

 MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) * (1 – Alíquota interestadual)] / (1 –


Alíquota interna de Goiás)} – 1, onde:

• Margem de Valor Agregado Original_MVA original = 46% (correspondente ao


percentual previsto para alíquota interna na cláusula segunda do Protocolo ICMS
26/04)
• Alíquota interestadual com produto importado = 4%
• Alíquota interna de Goiás = 17%
MVA ajustada = {[(1 + 46%) * (1 – 4%)] / (1 – 17%)} – 1
MVA ajustada = {[(1 + 0,46) * (1 – 0,04)] / (1 – 0,17)} – 1
MVA ajustada = {(1,46) * (0,96) / (0,83)} – 1
MVA ajustada = {(1,4016) / (0,83)} – 1
MVA ajustada = {1,6887} – 1
MVA ajustada = 0,6887 = 68,87%

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