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IN RFB Nº 1700/2017

Dispõe sobre o imposto sobre a renda (IR/AdIR),


a contribuição social sobre o lucro líquido
(CSSL) e disciplina o tratamento tributário da
Contribuição para o PIS e para Cofins.

(Lei nº 9.430/1996)
(Lei nº 12.973/2014)
(Decreto nº 9.580/2018)

LUCRO PRESUMIDO
LUCRO ARBITRADO
LUCRO REAL

professor
J D
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CONTRIBUINTES

Art. 4º São contribuintes do IRPJ e da CSLL:

I - as pessoas jurídicas e as empresas individuais.


§ 1º As disposições deste artigo aplicam-se independentemente de estar a pessoa jurídica
regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, são
contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas.
§ 3º Sujeita-se à tributação aplicável às pessoas jurídicas o Fundo de Investimento Imobiliário
nas condições previstas no art. 2º da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999.
§ 4º O consórcio constituído na forma prevista nos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, e as pessoas jurídicas consorciadas deverão observar o disposto em legislação
específica.
§ 5º Salvo disposição em contrário, a expressão pessoa jurídica, quando empregada nesta
Instrução Normativa, compreende todos os contribuintes
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DA RECEITA BRUTA

Art. 26. A receita bruta compreende:

I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;


II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade não compreendidas nos incisos I a III.

§ 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de:


I - devoluções e vendas canceladas;
II - descontos concedidos incondicionalmente;
III - tributos sobre ela incidentes; e
IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput
do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações vinculadas à receita bruta.
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BASE DE CÁLCULO

Art. 27. A base de cálculo do IRPJ, segundo a legislação vigente, ocorre na data da ocorrência do
respectivo fato gerador, é o lucro real, lucro presumido ou lucro arbitrado, correspondente ao
período de apuração.

Art. 28. A base de cálculo da CSLL, determinada segundo a legislação vigente na data da
ocorrência do respectivo fato gerador, é o resultado ajustado, resultado presumido ou resultado
arbitrado, correspondente ao período de apuração.

Parágrafo único. As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de tributação com base no lucro real,
presumido ou arbitrado, conforme o caso, ficarão sujeitas ao mesmo critério para a determinação
da base de cálculo da CSLL, mantidos os ajustes e as alíquotas previstos na legislação para cada
tributo.
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DAS ALÍQUOTAS

Art. 29. A alíquota do IRPJ é de 15% ;

§ 1º A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20 mil reais
pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional à alíquota de 10%.

§ 2º O valor do adicional será recolhido integralmente, não sendo permitidas quaisquer deduções.

Art. 30. A alíquota da CSLL é de 9%,

A alíquota da CSLL é de 9% para as pessoas jurídicas em geral, e de 15%, no caso das pessoas jurídicas consideradas
instituições financeiras, de seguros privados e de capitalização.

A apuração da CSLL deve acompanhar a forma de tributação do lucro adotada para o IRPJ.

Estão sujeitas ao pagamento da CSLL as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País.
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DA RECEITA BRUTA

§ 2º Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos
serviços na condição de mero depositário.
§ 3º Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei
nº 6.404, de 1976, das operações previstas no caput deste artigo, observado o disposto no § 2º.
§ 4º Salvo disposição em contrário, a receita bruta será reconhecida no período de apuração em que for configurada a aquisição de sua disponibilidade econômica ou jurídica,
independentemente da avaliação quanto à probabilidade de não recebimento do valor pactuado ou contratado. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril
de 2019)
§ 5º Na hipótese da exportação de bens para o exterior, a receita bruta será determinada pela conversão, para reais, de seu valor expresso em moeda estrangeira à taxa de
câmbio fixada no boletim de abertura pelo Banco Central do Brasil, para compra, em vigor na data de embarque dos bens para o exterior, nos termos da legislação
tributária. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019)
§ 6º Se for adotado procedimento contábil do qual resulte valor de receita bruta ou momento de reconhecimento dessa receita diferente do estabelecido pela legislação
tributária, a pessoa jurídica deverá registrar a diferença mediante lançamento a débito ou a crédito em conta específica de ajuste da receita bruta, que será considerada no cálculo da
receita líquida a que se refere o § 1º. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019)
§ 7º A diferença de que trata o § 6º será apurada entre a receita bruta reconhecida e mensurada conforme determinado pela legislação tributária e a receita reconhecida e
mensurada de acordo com o procedimento contábil adotado pela pessoa jurídica. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019)
§ 8º A conta de ajuste da receita bruta será analítica e registrará os lançamentos em último nível, devendo ser criada de acordo com a origem da diferença verificada ou, de
forma alternativa, a pessoa jurídica poderá criar uma única conta, desde que mantenha detalhamento específico, por origem, dos valores nela registrados, que permita a identificação
da operação da qual seja decorrente. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019)
§ 9º Caso a diferença observada nos termos dos §§ 6º e 7º possua a natureza de dedução da receita bruta, conforme os incisos I, II, III ou IV do § 1º, ela deverá ser registrada
na conta representativa da respectiva dedução. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019)
§ 10 O disposto nos §§ 6º a 9º aplica-se inclusive: (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019)
I - às diferenças verificadas em adiantamentos recebidos de clientes nas operações de exportação de bens para o exterior; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
1881, de 03 de abril de 2019)
II - aos procedimentos contábeis relacionados nos itens 1 a 3 do Anexo IV da Instrução Normativa RFB nº 1.753, de 30 de outubro de 2017, incluído pela Instrução
Normativa RFB nº 1.771, de 20 de dezembro de 2017, relativos ao Pronunciamento Técnico nº 47 - Receita de Contrato com Cliente, divulgado em 22 de dezembro de 2016 pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 47). (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1881, de 03 de abril de 2019)
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PERÍODOS DE APURAÇÃO

Art. 31. As bases de cálculo do IRPJ e da CSLL serão determinadas em períodos de apuração
trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário, de acordo com as regras previstas na legislação de regência e as normas desta Instrução
Normativa.
§ 1º Nos casos de incorporação, fusão ou cisão a apuração das bases de cálculo será efetuada na data do
evento, observado o disposto no art. 239.
§ 2º Na extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação, a apuração das bases de cálculo
será efetuada na data desse evento, observado o disposto no art. 240.
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PERÍODOS DE APURAÇÃO

Art. 31...
§ 3º Alternativamente ao disposto no caput, o período de apuração será anual para as pessoas jurídicas
sujeitas à tributação com base no lucro real que adotarem a opção pelo pagamento por estimativa previsto no
Título VI deste Livro.
§ 4º As pessoas jurídicas que optarem pelo pagamento do IRPJ e da CSLL por estimativa a que se
refere o Título VI deste Livro deverão apurar o lucro real e o resultado ajustado em 31 de dezembro de cada
ano, exceto nas hipóteses mencionadas nos §§ 1º e 2º, quando a apuração deverá ser realizada na data desses
eventos.
§ 5º Aplica-se o disposto no § 4º ainda que a pessoa jurídica tenha arbitrado o lucro e o resultado em
qualquer trimestre do ano-calendário.
§ 6º Nas hipóteses previstas nos §§ 4º e 5º a apuração do lucro real e do resultado ajustado abrangerá
todo o período de 1º de janeiro do ano-calendário, ou da data de início de atividades, até 31 de dezembro ou
até a data dos eventos referidos nos §§ 1º e 2º, excetuando-se os trimestres em que a pessoa jurídica esteve
submetida ao lucro e resultado arbitrados.
§ 7º A periodicidade de apuração e pagamento adotada pela pessoa jurídica para o IRPJ determina a
periodicidade de apuração e pagamento da CSLL.
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PAGAMENTO POR ESTIMATIVA/BASES DE CÁLCULO

Art. 32. À opção da pessoa jurídica, o IRPJ e a CSLL poderão ser pagos sobre base
de cálculo estimada, observado o disposto no § 4º do art. 31.

Art. 33. A base de cálculo do IRPJ, em cada mês, será determinada mediante a
aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta definida pelo art. 26,
auferida na atividade, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos
incondicionais concedidos.
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LUCRO PRESUMIDO

Art. 214. As pessoas jurídicas não § 4º Não poderão optar pelo regime de
enquadradas nas disposições contidas no tributação com base no lucro presumido as
art. 59, cuja receita total no ano-calendário pessoas jurídicas resultantes de evento de
anterior tenha sido igual ou inferior a incorporação ou fusão enquadradas nas
setenta e oito milhões de reais ou a seis disposições contidas no art. 59, ainda que
milhões e quinhentos mil reais multiplicado qualquer incorporada ou fusionada fizesse
pelo número de meses de atividade no ano- jus ao referido regime antes da ocorrência
calendário anterior, quando for inferior a do evento, não se lhes aplicando o disposto
doze meses, poderão optar pelo regime de no art. 4º da Lei nº 9.964, de 10 de abril de
tributação com base no lucro presumido. 2000.

§ 6º A pessoa jurídica que optar pela


apuração e pagamento do IRPJ com base no
lucro presumido determinará a base de
cálculo da CSLL com base no resultado
presumido.
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LUCRO PRESUMIDO

 O imposto será A receita líquida será a


determinada por meio da receita bruta diminuída de:
 Toda pessoa jurídica  o produto da venda de
poderá optar pela aplicação do percentual
bens nas operações de  devoluções;
tributação com base sobre a receita bruta,
conta própria;
no lucro presumido auferida no período de
apuração, deduzida das  vendas canceladas;
exceto, as obrigadas  o preço da prestação de
ao lucro real. devoluções e das vendas
serviços em geral;  Descontos
canceladas e dos
descontos incondicionais incondicionalmente;
 A opção será  o resultado auferido
manifestada com o concedidos.
nas operações de conta  tributos sobre ela
pagamento da alheia; e
 Na receita não se incluem incidentes; e
primeira quota
correspondente ao os tributos não
 Outras receitas da  valores decorrentes do
primeiro período de cumulativos cobrados do
atividade ou do objeto ajuste a valor presente, de
apuração. contratante pelo vendedor
principal da pessoa que trata, das operações
na condição de mero
jurídica . vinculadas à receita bruta.
depositário.
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LUCRO PRESUMIDO

 DEDUÇÃO
• ATIVIDADE
 A pessoa jurídica poderá
DIVERSIFICADA
deduzir do imposto sobre a
renda devido no período de
 No caso de a pessoa jurídica
apuração, o imposto pago
explorar atividades
ou retido na fonte sobre as
diversificadas deverá ser
receitas que integraram a
aplicado especificamente,
base de cálculo, vedada
para cada uma delas, o
qualquer dedução a título de
respectivo percentual previsto
incentivo fiscal
na legislação, devendo as
receitas serem apuradas
separadamente.
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LUCRO PRESUMIDO
• OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA

 escrituração contábil nos termos


• LIVRO-CAIXA da legislação comercial;
 Livro Registro de Inventário, do
 A pessoa jurídica que, no qual deverão constar registrados
decorrer do ano-calendário, os estoques existentes no
mantiver livro-caixa, no qual término do ano-calendário; e
deverá estar escriturada toda a  em boa guarda e ordem,
movimentação financeira, enquanto não decorrido o prazo
inclusive bancária não estará decadencial e não prescritas
obrigada a escrituração contábil eventuais ações que lhes sejam
nos termos da legislação pertinentes, os livros de
comercial escrituração obrigatórios por
legislação fiscal específica e os
documentos e os demais papéis
que serviram de base para
escrituração comercial e fiscal.
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LUCRO PRESUMIDO
ATIVIDADES PERCENTUAIS
Venda de mercadorias ou produtos; Industrialização; Transporte de cargas; Atividades imobiliárias, hospitalares e Rural 8%

Serviços profissionais: Sociedades Simples, médicos, dentistas, advogados, 32%

Contadores, auditores, engenheiros, consultores, economistas, etc.

Intermediação de negócios

Serviços de transporte (exceto o de cargas) e Serviços gerais com receita bruta até R$ 120.000/ano 16%

Revenda a varejo de combustíveis e gás natural; 1,6%

Ganho de capital, rendimentos auferidos em aplicações financeiras 100%


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LUCRO PRESUMIDO

A lógica: O planejamento tributário para o lucro presumido exige uma série de verificações do tipo:
 Previsão de faturamento;
 Valor das receitas bruta e líquida;
 Valor da despesas;
 Previsão de despesas pessoais;
 Ponto de Equilíbrio;
 etc.

OBSERVAÇÃO: Se por um lado o lucro presumido pode ser vantajoso, em face das alíquotas
simplificadas, é também possível que nos meses de prejuízos a empresa pague imposto sem ter lucro,
além da impossibilidade de abatimento de créditos fiscais na base de cálculo.
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LUCRO PRESUMIDO

Considerando a Norma que define a base de


cálculo do IR e do Ad e define a base de
cálculo da CSLL aos optantes pelo lucro
ESTUDO presumido e, ainda os DADOS para o trimestre
PENSAR

na atividade mercantil:
VAMOS

CASO
DE

 RECEITA r$ 8.587.893,45;
 CMV r$ 6.074.986,67 e
 DESPESAS r$ 998.785,45.

Pede-se:
a) Carga tributária;
b) Ponto de equilíbrio
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LUCRO ARBITRADO

• OBRIGATORIEDADE • ESCRITURAÇÃO IMPRESTÁVEL PARA

 o contribuinte tributado pelo lucro real, não  Deficiência para identificar a efetiva movimentação
mantiver escrituração na forma das leis financeira, inclusive bancária; ou
comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as  Irregularidade na determinar o lucro real;
demonstrações financeiras exigidas pela  o contribuinte deixar de apresentar à autoridade
legislação fiscal; tributária os livros e os documentos da escrituração
 o contribuinte não escriturar ou deixar de comercial e fiscal, ou o livro-caixa ;
apresentar à autoridade tributária os livros ou os  o contribuinte optar indevidamente pela tributação
registros auxiliares de que trata o art. 602. com base no lucro presumido;
 a escrituração a que o contribuinte estiver  o contribuinte não mantiver, em boa ordem e de
obrigado revelar evidentes indícios de fraudes ou acordo com as normas contábeis recomendadas,
contiver vícios, erros ou deficiências que a livro-razão e livro diário.
tornem imprestável
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LUCRO ARBITRADO

• CONHECIDA A RECEITA BRUTA • NÃO CONHECIDA A RECEITA BRUTA

 Será determinado por meio da aplicação dos  3. Será determinado por meio de procedimento
percentuais estabelecidos no PRESUMIDO DE OFÍCIO nos termos do artigo 608;
acrescidos de 20% pelo próprio
CONTRIBUINTE;

 Quando a pessoa jurídica não tiver receita


bruta conhecida, o arbitramento só pode ser
efetuado pelo Fisco, nos termos do RIR.
ATIVIDADES PERCENTUAL DE ARBITRAMENTO %
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LUCRO ARBITRADO
Fabricação própria 9,6%
Revenda de mercadorias 9,6%
Industrialização p/ encomenda 9,6% Exemplo:
Transporte de cargas 9,6%
Serviços hospitalares 9,6% LA = (Lucro presumido + 20%)
Revenda de combustíveis 1,92%
Atividade rural 19,2%
Serv. Transporte/ exceto cargas 19,2% LA = (8% x 1,2) = 9,6%
Administração de consórcios 38,4%
Hotelaria e estacionamento 38,4%
Serv. Profissionais habilitados 38,4%
Representante comercial 38,4%
Administração e Locação de imóveis 38,4%
Corretagem em geral 38,4%
Serviços da construção civil 38,4%
Factoring 38,4%
Bancos, instituições financeiras e assemelhados 45,0%
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LUCRO REAL

• CONCEITO DE LUCRO REAL • OBRIGATÓRIO

 É o lucro líquido do período de apuração ajustado


pelas adições, exclusões ou compensações  Empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões;
autorizadas.  Empresas do Setor Financeiro;
 Empresas obtiveram no lucros no estrangeiro;
 O lucro real será precedida da apuração do lucro  Empresas que exploram direitos de crédito;
líquido de cada período;  Empresas com benefícios fiscais.

• IMPORTANTE

 Os valores que, por competirem a outro período de


apuração, forem, para efeito de determinação do
lucro real, adicionados ao lucro líquido do período
de apuração, ou dele excluídos, serão excluídos do
lucro líquido ou a ele adicionados, respectivamente.
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LUCRO REAL

• Adições • Excluídos

Ao LR serão adicionados ao lucro líquido do Ao LR serão excluídos do lucro líquido:


período de apuração:
 os valores cuja dedução seja autorizada;
 os custos, as despesas, os encargos, as
perdas, as provisões, as participações e  os resultados, os rendimentos, as receitas e outros valores
quaisquer outros valores deduzidos na incluídos na apuração do lucro líquido que, não sejam
apuração do lucro líquido que não sejam computados no lucro real; etc.
dedutíveis na determinação do lucro real; e

 os resultados, os rendimentos, as receitas e • Compensação


quaisquer outros valores não incluídos na
apuração do lucro líquido que devam ser Ao LR serão compensados o prejuízo fiscal apurado em períodos
computados na determinação do lucro real; anteriores, limitada a compensação a 30% do lucro líquido ajustado
etc. pelas adições e exclusões.
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LUCRO REAL

• A lógica

 Se é uma tributação Justa;


 O uso dos Créditos do PIS e do Cofins;
 Quando apresentar resultados negativos não estará obrigada aos tributos sobre o lucro;
 Apuração trimestral assegura estabilidade e uniformes da contabilidade ao longo do ano;
 Se a variação financeira é muito grande (lucro e prejuízo) há compensação de prejuízos;
 A apuração anual, segue as mesmas regras para cálculo de alíquotas de IRPJ e CSLL acima;

• Desvantagem

 Complexidade das obrigações acessórias


 Necessidade de assessoria contábil adequada
 Requisitos de controle para a segurança de documentos e de transações.
PONTO DE EQUILÍBRIO
Vamos
Pensar

 lucro presumido, arbitrado e real são apurados a


cada trimestre do ano civil;  se retornar ao regime do lucro real, os saldos então
existentes podem ser utilizados na compensação de lucros
 é assegurada a tributação com base no lucro real futuros (IN/SRF nº 21/92);
ou presumido quanto aos trimestres não
submetidos ao arbitramento, desde que as  quando se utiliza do lucro real, consumirá de imediato parte
obrigações acessórias sejam observadas; ou todo o seu prejuízo fiscal;

 saldos de Prejuízos Fiscais não podem ser  adotar o lucro presumido ou arbitrado, postergará a
utilizados quando a empresa passa a optar pelo utilização dos prejuízos para períodos futuros;
lucro presumido ou pelo lucro arbitrado;
 este descompasso no tempo deve ser considerado no
planejamento tributário;
PONTO DE EQUILÍBRIO
Vamos
Pensar

 b) quando a margem de lucro superar o


 O ponto de equilíbrio tributário é a margem de lucro percentual de 12% sobre a receita bruta, para
presumido ou arbitrado em relação a margem da efeito de cálculo da contribuição social;
base no lucro real.
 c) se o lucro real superar a margem
 E que, o lucro arbitrado será menor que o lucro real: ponderada de (?) sobre a receita bruta,
considerando IR, AdIR e CSSL.
 a) quando o lucro real for superior a 8% ou 9,6%
sobre a receita bruta, levando em conta tão somente
o IR e Ad IR;
PONTO DE EQUILÍBRIO
Vamos
Pensar

O PE pode ser aplicado a diversas atividades porém, divido as incertezas quanto à opção pelo LR, LP e ou LA,
em face de situações em que a margem do lucro de um negócio depende de fatores externos ao controle da
empresa, do tipo:

 economia, O cálculo não leva em conta:


 mudança climática,
 mudança política, JSCP
 cotação do dólar que influencia o resultado incentivos fiscais,
 regiões ou países concorrentes, ganho de capital
 preço de um produto agrícola, demais receitas operacionais,
 fator de risco para ocorrência de lucros etc.
Assim, quando a CT atingir a margem de lucro
Exigem planejamento demonstrado, de (?) sobre a receita bruta, é melhor o emprego
do lucro PRESUMIDO.
ESTUDO DO PONTO DE EQUILÍBRIO

IN RFB Nº 1700/2017 LUCRO RPRESUMIDO


LUCRO PRESUMIDO IR = 8,00% x (15%+10%) = 2,0%
CSLL (12% x 9,0%) = 1,08%
ESTUDO DO PONTO CT = 3,08%
DE EQUILÍBRIO
LUCRO REAL
IR (r$ 114.121,33)X15% = 17.118,21
 Receita R$ 1.587.893,45
Ad IR (r$ 114.121,33-60.000,00)X10% = 5.412,13
 CMV r$ 974.986,67
CSL(r$ 114.121,33x9%) = 10.270.92
 DESPESAS r$ 498.785,45
TRIBUTOS = R$ 32.801,25

CT = (32.801,25/1.587.893,45)100= 2,06%

VAMOS Lógica do cálculo do PE:


PENSAR
CT (padrão) = (15+10+9) = 34% s/lucro

Lucro Real / Receita = 2,06%


Lucro Presumido = (2,0%+1,08%) = 3,8%
CÓDIGO TÍTULO DA CONTA VALOR DEVEDOR CREDOR
IN RFB Nº 1700/
Investimentos de Curto Prazo 2.724.000,34
2017
Outros Ativos Circulantes, Total 243.998,38 LUCRO
Ações em Tesouraria (adquiridas) 1.245.000,81 PRESUMIDO
Endividamento de Longo Prazo 984.000,46 LUCRO
Obrigações de Arrendamento Mercantil 3.073.000,73 ARBITRADO
Imposto de Renda Diferido 108.000,82 LUCRO REAL
Custos de tecnologia a pagar 47.997,52
Descontos incondicionais concedidos 378.000,00
Despesas antecipadas 103.668,82
Ativo mantido para venda 1.193.272,00
Contas a receber pela venda de controlada 233.905,00
Ativo de direito de uso 797.007,00
Risco sacado 81.512,00 ELABORAR E
Instrumentos financeiros derivativos 97.755,00 DEMONSTRAR
CT E PE:
Ajuste de avaliação patrimonial 101.798,54
Ações em tesouraria (emitidas/autorizadas) 59.153,16
a) LUCRO
Contas a pagar pela aquisição de controlada 1.987.634,12 PRESUMIDO;
Caixa 900.000,00 b) LUCRO
Custo Mercadoria Vendida 9.000.000,00 ARBITRADO ;
Custo produção tercerizada 295.829,59 c) LUCRO
Despesas c/doações a entidades sem fins lucrativos 1.200.000,00 REAL.
Vendas de mercadoria 14.398.960,00
CÓDIGO TÍTULO DA CONTA VALOR DEVEDOR CREDOR
IN RFB Nº 1700/
Venda de produção tercerizada 853.851,78
2017
Despesas com juros sobre o capital próprio 800.000,00 LUCRO
Remuneração do capital próprio a pagar 800.000,00 PRESUMIDO
Resultado positivo em participação "empresa B" 1.000.000,00 LUCRO
Resultado negativo em participação "empresa C" 1.600.000,00 ARBITRADO
Dividendos Recebidos 300.000,00 LUCRO REAL
Resultado em aplicação financeira 500.000,00
ICMS faturado 323.000,00
ICMS a recuperar 110.000,00
ICMS substituição tributária 250.000,00
PIS/COFINS substituição tributária a recolher 60.000,00
Juros ativos 200.000,00
Empréstimos contraídos 2.000.000,00 ELABORAR E
Mercadoria 5.800.000,00 DEMONSTRAR
Veículo 3.300.000,00 CT E PE:
Maquinas e Equipamentos 2.000.000,00
a) LUCRO
Edificações 1.410.000,00
PRESUMIDO;
Descontos condicionais obtidos 100.000,00 b) LUCRO
Ganho de capital 1.193.000,00 ARBITRADO ;
Fornecedores 4.180.000,00 c) LUCRO
IPI a recolher 69.000,00 REAL.
ICMS a recolher 234.000,00
CÓDIGO TÍTULO DA CONTA VALOR DEVEDOR CREDOR
IN RFB Nº 1700/
Duplicata a receber 1.158.022,19
2017
Comissões antecipadas 1.148.000,00 LUCRO
Pró-labore 360.000,00 PRESUMIDO
Encargos Sociais do Pró-labore 72.000,00 LUCRO
Ordenados e Salários 470.000,00 ARBITRADO
Encargos Sociais dos Ordenados 172.960,00 LUCRO REAL
Conservação de imóveis e maquinário 75.000,00
Combustíveis 290.000,00
Alugueis passivos 40.000,00
Alugueis ativos 210.000,00
Multa por infração fiscal 608.000,00
Prejuízo acumulado 1.398.000,00
Banco 998.000,00 ELABORAR E
Consumo de água e energia 80.000,00 DEMONSTRAR
Banco contrato capital de giro 4.000.000,00 CT E PE:
Banco contrato financiamento imobilizado 2.500.000,00
a) LUCRO
Alugueis a vencer 399.000,00
PRESUMIDO;
Capital social 2.980.000,00 b) LUCRO
Fretes e carretos 20.000,00 ARBITRADO ;
Reserva de capital 776.000,00 c) LUCRO
Multas por atraso na entrega de obrigação acessória 506.000,00 REAL.
CÓDIGO TÍTULO DA CONTA VALOR DEVEDOR CREDOR
Brindes e presentes 516.000,00
Pagamento a beneficiário não identificado 268.000,00
Desp. previsão para devedores duvidosos 109.000,00
Despesas apropriação em débito e desfalque 800.000,00
Depreciação acumulada 1.000.000,00
Depreciação 1.000.000,00
TOTAIS

IN RFB Nº 1700/2017:
(lucro presumido; lucro arbitrado e lucro real)
ELABORAR E DEMONSTRAR A CARGA TRIBUTÁRIA e PONTO DE EQUILÍBRIO:

a) LUCRO PRESUMIDO;
b) LUCRO ARBITRADO ;
c) LUCRO REAL.

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