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CONTABILIDADE NO BRASIL

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Semana do Departamento Fiscal


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LUCRO PRESUMIDO

🔴 Base Legal

❖ RIR/2018, Art. 587 a 601


❖ IN 1700
❖ Lei nº 9.249, Art. 1º, Art. 9º, Art. 10, Art. 11, Art. 15 e 17, Art. 21, Art. 22, § 1º, Art. 27, 29 e 30
e Art. 36, inciso V
❖ Lei nº 9.430, Art. 1º, 4º, 5º, 7º e 8º, Art. 19, § 7º, Art. 22, § 3º, Art. 24 a 26, 51 a 54, 58, 70 e art.
88, inciso XXVI;
❖ Lei 10833
❖ Lei nº 12.973

🔴 Lucro Presumido

O Lucro Presumido nada mais é do que a aplicação, sobre a receita bruta de vendas de
mercadorias e/ou prestação de serviços, em cada trimestre, de determinados percentuais, fixados
em função da atividade da pessoa jurídica, adicionado de valores de algumas operações cujo
tratamento será de demais receita.

Os trimestres devem ser encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de


dezembro, de cada ano-calendário.

Base Legal: Lei n° 9.430/96; Arts. 1° e 26; Decreto n° 9580/2018; Art. 587 à 593

🔴 Código DARF

O pagamento será feito mediante a utilização do Documento de Arrecadação de Receitas Federais


(DARF), sob os seguintes códigos:

IRPJ - Lucro Presumido 2089

CSLL - Lucro Presumido 2372


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🔴 Valor inferior a 10,00

Apesar do Professor Arthur não ter tocado nesse ponto na Aula, esse detalhe é preciso ser
mencionado.

O imposto que no período de apuração, resultar em valor inferior a R$ 10,00, (vale para outros
tributos administrados pela RFB) deverá ser adicionado ao imposto ou contribuição de mesmo
código, correspondente aos períodos subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$
10,00, quando, então, será pago ou recolhido no prazo estabelecido na legislação para este último
período de apuração. Lei n° 9.430/96, art. 68

🔴 Prazo de Recolhimento

O prazo para o recolhimento do IRPJ (adicional) e da CSLL, incidentes sobre o lucro presumido, é
o último dia útil do mês subsequente ao encerramento do trimestre civil, sem qualquer acréscimo.
Lei n° 9.430/96, Art. 28 e 29.

🔴 Não Podem Optar pelo Lucro Presumido

I - Cuja receita total no ano-calendário anterior tenha excedido o limite de R$ 78.000.000,00


(setenta e oito milhões de reais) ou de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicado pelo número de meses de atividade no período, quando inferior a 12 (doze) meses;

II - Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de


desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento
e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades
de previdência privada aberta;

III - Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

IV - Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruem de benefícios fiscais relativos à isenção
ou redução do imposto;

V - Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de


estimativa, na forma prevista nos arts. 33 e 34;

VI - Que exploram as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria


creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação
de serviços (factoring); ou
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VII - Que exploram as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do


agronegócio.

🔴 Percentuais de Presunção

O Lucro Presumido será determinado mediante aplicação dos percentuais de presunção de que
tratam os artigos 33 e 34 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, sobre a receita bruta definida
pelo artigo 26 da mesma legislação, auferida em cada período de apuração trimestral, deduzida
das devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos.

Você poderá verificar os Percentuais de Presunção pela Planilha utilizada pelo Professor Arthur
no momento da Prática, também disponibilizada pra você

🔴 Receita Bruta Lucro Presumido

A receita bruta de que trata o artigo 26 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, compreende:

a) O produto da venda de bens nas operações de conta própria;


b) O preço da prestação de serviços em geral;
c) O resultado auferido nas operações de conta alheia; e
d) As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos
itens mencionados acima.

🔴 Adicional de IRPJ

Conforme Art. 624 do Decreto 9580 a parcela do Lucro Presumido que exceder R$ 20.000,00 no
mês ou R$ 60.000,00 no Trimestre fica sujeita à incidência de adicional de imposto sobre a renda
à alíquota de 10%

Além disso existe a previsão da irredutibilidade do valor do adicional conforme estabelecido no


Art. 624 já que o mesmo será recolhido integralmente como receita da União, não havendo
possibilidades de deduções.

🔴 Outras Receitas Esquecidas ou Calculadas incorretamente no Lucro Presumido

A Lei n°12.973/2014, trouxe mudanças no conceito de receita bruta, que estava estabelecido no
Art. 12 do Decreto Lei 1598/77.
Sendo assim, outras receitas são aquelas não mencionadas no contrato social ou estatuto, que
não pertencem a atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, auferidas de forma não habitual,
pois, se houver habitualidade sofrerá tributação como receita operacional, além de incorrer na
necessidade de alteração do objeto social, com a inclusão da(s) atividade(s) geradora de tal receita.

Conforme explicado pelo Professor Arthur e constante no Art. 39 da IN 1700 devem ser acrescidos
às bases de cálculo do IRPJ (após a presunção)
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a) Os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em


sociedades coligadas e controladas e de participações societárias que permaneceram no
ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;

b) A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica,
deduzida dos encargos necessários à sua percepção;

c) Os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos; e

d) A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição
isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e
direitos entregues para a formação do referido patrimônio.

🔴 Lucro Presumido - Regime de Caixa

O Professor Arthur deu grande ênfase na diferença entre Competência e Caixa.

❖ Regime de Competência (momento que ocorre a venda ou prestação de serviços)

❖ Pelo regime de Caixa (momento que efetivamente é recebido o valor pelos serviços
prestados).

As pessoas jurídicas tributadas na forma do lucro presumido poderão adotar os seguintes regimes
para efeito de apuração do IRPJ, da CSLL, do PIS/Pasep e da COFINS (Instrução Normativa RFB n°
1.700/2017, artigos 215, § 9° e 223; Lei n° 9.718/98, artigo 13, § 2°):

Pelo regime de competência ou pelo regime de caixa

Em tempos de alta inadimplência, o regime de caixa constitui uma excelente vantagem, uma vez
que só ocorrerá a tributação no momento que o cliente efetuar o pagamento pelo serviço,
ajudando assim, no equilíbrio do fluxo de caixa.

A opção ao regime de caixa é anual, e exige alguns cuidados e controles na contabilidade,


conforme disposto no artigo 223 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017. Dentre eles,
destacamos que os recebimentos devem ser controlados em contas específicas, e no histórico de
cada lançamento deverá ser discriminada a nota fiscal a que corresponder o recebimento.

Neste caso, para adotar o regime de caixa no caso do lucro presumido, é primordial que a
sociedade mantenha um controle individualizado e detalhado dos seus registros de Contas a
Receber, refletindo-o na sua contabilidade, uma vez que estes passarão a ser o fato gerador dos
tributos, e consequentemente, serão a base de análise do Fisco quando de procedimento fiscal.

Importante lembrar que a empresa que tiver contabilidade (Professor Arthur deixou claro que
mesmo que a RFB não cobre a contabilidade, para o código civil, legislação societária e regras
contábeis continua obrigatório, menos MEI) deve fazer a contabilidade pelo regime de
Competência, independente da forma da tributação.
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🔴 Exemplo:

A empresa “SERVIÇOS LÁ VOU EU”, tributada na forma do lucro presumido e que adota o regime
caixa, realizou e recebeu sobre a prestação de serviço nas seguintes datas. Conforme quadro
abaixo, nem todas as notas serão agregadas no 2° trimestre.

Descrição Valor Data do Serviço Data do


Recebimento
Nota 01 R$ 200.000,00 15.01.2023 20.02.2023
Nota 02 R$ 100.000,00 25.01.2023 25.02.2023
Nota 03 R$ 150.000,00 25.02.2023 20.05.2023
Nota 04 R$ 50.000,00 10.03.2023 21.06.2023
Nota 05 R$ 70.000,00 30.03.2023 24.07.2023

De acordo com a Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, sobre a receita de serviço sofrerá a
presunção de 32% na base de cálculo do IRPJ e CSLL, aplicando a alíquota de 15% IRPJ sujeito ao
adicional de 10% e alíquota de 9% da CSLL.

Valor devido pela Competência:


Aplicando a presunção sobre atividade exercida: R$ 570.000,00 x 32% = R$ 182.400,00
Partindo da base de cálculo, aplica-se a alíquota dos Impostos:

Descrição IRPJ CSLL


Base de Cálculo R$ 182.400,00 R$ 182.400,00

Base do Adicional do trimestre R$ 122.400,00 -

Alíquotas de 15% e 9% R$ 27.360,00 R$ 16.416,00

Adicional 10% R$ 12.240,00 -

Total R$ 39.600,00 R$ 16.416,00

Cálculo com Base no Livro Caixa:

Antes de mais nada existem Informações importantes para utilizar no Regime de Caixa:
1) Emitir documento fiscal idôneo, quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do
serviço; e
2) Indicar, no livro caixa, em registro individualizado, o documento fiscal a que corresponder cada
recebimento.
Partindo do exemplo, para efeito de apuração do 2° trimestre, teremos o seguinte cálculo: Valor
total da receita recebida:

Descrição Valor
Nota 01 R$ 200.000,00

Nota 02 R$ 100.000,00

Total Recebido R$ 300.000,00


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Aplicando a presunção sobre atividade exercida: R$ 300.000,00 x 32% = R$ 96.000,00


Partindo da base de cálculo, aplica-se a alíquota dos Impostos:

Descrição IRPJ CSLL


Base de Cálculo R$ 96.000,00 R$ 96.000,00

Base do Adicional do trimestre R$ 36.000,00 -

Alíquotas de 15% e 9% R$ 14.400,00 R$ 8.640,00

Adicional 10% R$ 3.600,00 -

Total R$ 18.000,00 R$ 8.640,00

DARF 2089 2372

🔴 Conceito de Produtos Monofásicos

A tributação monofásica é um tratamento tributário diferenciado do PIS/COFINS, incidentes sobre


a receita bruta decorrente da venda de grupo de produtos específicos, com a finalidade em
concentrar a tributação nas etapas de produção e importação, em via de regra, e
desonerando/desobrigados as etapas subsequentes.
A concentração da tributação ocorre com a aplicação de alíquotas maiores do no início da cadeia
e deixando de tributar as demais fases. Sendo assim, na tributação monofásica, o importador
e/ou o fabricante são responsáveis em recolher com alíquotas majoradas do PIS/COFINS,
desonerando então o restante da cadeia, como o comerciante atacadista/varejista.
No entanto, tem-se uma exceção a essa regra, para o álcool e as bebidas frias relacionadas no
artigo 14 da Lei n° 13.097/2015, em que o distribuidor e o atacadista, respectivamente, também
são responsáveis pelo recolhimento do PIS/Pasep e a COFINS.

🔴 Produtos Farmacêuticos

Para os produtos farmacêuticos, de perfumaria, toucador e higiene pessoal, a incidência


monofásica do PIS/Pasep e da COFINS será aplicada sobre (Lei n° 10.147/2000, artigo 1°, inciso I):

a) Produtos farmacêuticos classificados nas posições 30.01, 30.03, exceto no código


3003.90.56, 30.04, exceto no código 3004.90.46, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3,
3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 e nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92,
3002.90.99, 3005.10.10, 3006.60.00:

b) Produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, classificados nas posições


33.03 a 33.07, exceto na posição 33.06, e nos códigos 3401.11.90, exceto 3401.11.90 Ex 01,
3401.20.10 e 96.03.21.00.

🔴 Produtos de Uso Veterinário


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Os produtos de higiene pessoal estão sujeitos à sistemática de tributação concentrada


relativamente ao PIS/Pasep e à COFINS sobre a receita bruta do produtor ou importador,
conforme o artigo 1° da Lei n° 10.147/2000.

Porém cuidado com a finalidade, por exemplo no que se refere ao produto dentifrício (produto
para fazer a higiene dos dentes) para uso exclusivo em animais, não se caracteriza como produto
de higiene pessoal para fins da incidência monofásica do PIS/Pasep e da COFINS sobre a receita
bruta de vendas do produtor ou importador regulada pela Lei n° 10.147/2000, devendo ser
submetido à sistemática de apuração das referidas contribuições de acordo com a modalidade
de tributação adotado, cumulativo ou não cumulativo.

Esse é o entendimento exposto pela RFB através da Solução de Consulta COSIT n° 113/2019.

🔴 Máquinas, Veículos e Implementos Agrícolas

Será aplicada a tributação monofásica do PIS/Pasep e da COFINS sobre as máquinas e veículos


classificados nos seguintes códigos da TIPI 73.09, 7310.29, 7612.90.12, 8424.81,
84.29, 8430.69.90, 84.32, 84.33, 84.34, 84.35, 84.36, 84.37, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04,
87.05, 87.06 e 8716.20.00 (Lei n° 10.485/2002, artigo 1°).

Contudo cabe-se um esclarecimento particular especificamente em relação à NCM 8432.3


(semeadores, plantadores e transplantadores). Antes da Lei n° 12.973/2014 eram considerados
como produtos sujeitos a substituição tributária de PIS/Pasep e COFINS, conforme o artigo 43 da
Medida Provisória n° 2.158-35/2001.

No entanto, a Lei n° 12.973/2014, alterou o artigo 1° da Lei n° 10.485/2002 que incluiu a NCM
8432.3 (semeadores, plantadores e transplantadores) como produtos sujeitos à tributação
monofásica de PIS/Pasep e COFINS.

🔴 Autopeças

As autopeças que possuem incidência monofásica para o PIS/Pasep e COFINS são as citadas nos
Anexos I e II da Lei n° 10.485/2002.

Se pelas dimensões, finalidades e outras características, for possível excluir a possibilidade de uso
no setor automotivo, mesmo que o código de NCM conste dos Anexos I e II da Lei n° 10.485/2002,
não cabe a aplicação da sistemática de incidência concentrada prevista para o setor automotivo
(Solução de Consulta COSIT n° 55/2018, itens 26 a 30 do relatório complementar).

Desta forma, deverão ser aplicadas as alíquotas gerais de acordo com a sistemática de tributação
do vendedor, Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional.

Caso contrário, sendo aplicado o referido produto no setor automotivo, deve-se observar as
disposições contidas na Instrução Normativa RFB n° 1.911/2019.
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🔴 Pneus e Câmaras de Ar

As pessoas jurídicas fabricantes e as importadoras dos produtos classificados nas posições 40.11
(pneus novos de borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de borracha), da TIPI, ficam sujeitas ao
recolhimento do PIS/Pasep e da COFINS na incidência monofásica, ou seja, com alíquotas maiores
do que as usualmente aplicadas (Lei n° 10.485/2002, artigo 5°).

🔴 Bebidas Frias

São consideradas como bebidas frias e sujeitas à incidência monofásica de PIS/Pasep e COFINS,
os seguintes produtos (Lei n° 13.097/2015, artigo 14):

a) 2106.90.10 Ex 02;
b) 22.01, exceto os Ex 01 e Ex 02 do código 2201.10.00;
c) 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do código 2202.90.00; e
d) d) 22.03.

Em relação às posições 22.01 e 22.02 da TIPI, atinge exclusivamente água e refrigerantes, chás,
refrescos, cerveja sem álcool, repositores hidroeletrolíticos, bebidas energéticas e compostos
líquidos prontos para o consumo.

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