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Imposto de renda 2024

Aprenda e ganhe dinheiro

APOSTILA COMPLETA

MINDS TREINAMENTOS
sumário
Módulo 1 – Legislação
 Legislação do Imposto de Renda
 Regras de Obrigatoriedade
 Renda Tributação Normal
 Renda Isenta
 Bens e Direitos
 Atividade Rural
 Renda Variável
 Residente no Brasil
 Ganho de Capital Tributável
 O que acontece na prática
 Prazo Apresentação (Entrega)
 CONCEITO: Origem e Aplicação (Entrada e Saída de Recursos)
 Cálculo do Imposto Mensal
 Cálculo da Alíquota Efetiva
 Calculo do Imposto Anual - Ajuste entre as rendas mensal e anual
 Cálculo Anual - 2 Rendas na Faixa Isenta
 Cálculo Anual - 2 Tipos de Rendas Assalaria e Autônomo
 Cálculo Anual - Despesas Dedutíveis Anuais
 Cálculo Anual - Desconto Simplificado
 Simulação do Calculo - Site Receita Federal
 Parcela Isenta acima de 65 anos
 Tributação Para Profissionais de Serviços de Transportes (Motoristas)
 Imposto Complementar (Mensalão)
 Cruzamento de Informações
sumário
 Multa Por Atraso na Entrega da Declaração
 Despesas Dedutíveis - Legislação
 Dependentes
 Pensão Alimentícia
 Instrução
 Despesas Médicas
 Código de Acesso
 Agendamento Receita Federal
 Conceito de Ano Calendário e Exercício
 Relação de Documentos IRPF
sumário
Módulo 2 – Declaração na Prática
 Download do programa 2024
 Cadastro
 Retificação
 Comprovante de Rendimentos
 Comprovante Rendimento Aposentadoria - INSS
 Beneficiário de Pensão Alimentícia (Quem Recebe)
 Declaração de Espólio
 Conceito de Patrimônio
 Conceito de Origens e Aplicação - Despesas e Patrimônio
 Calculo da Evolução Patrimonial
 Como Declarar Bem Financiado
 Declaração do Contribuinte com 2 rendas
 Despesas Dedutíveis - Pagamento Pensão Alimentícia
 Pagamento de Aluguel
 Como Declarar Saque FGTS e Seguro Desemprego
 Doações
 SICALC - Cálculo de Impostos Federais em Atraso
 Declaração da Pessoa Física e do MEI
 Informe de Rendimentos: Banco Itaú
 Plano de Saúde
 Como Tirar a Segunda Via da Declaração IRPF Através do E-CAC
 Como Declarar Recebimento de Pensão Alimentícia
 Previdência Privada | PGBL e VGBL
 Declaração Pré-Preenchida - Acesso GOV.BR
 FIES
 Consulta ao Processamento
sumário
Módulo 3 – Carnê Leão
 O que é Carne Leão
 Carne Leão - Plano de Contas
 Carne Leão - Programa Carnê Leão
 Carne Leão - Escrituração das Despesas
 Carne Leão Demonstrativo de Apuração
 Carne Leão - Apuração

Módulo 4 – Ganho de Capital


 Ganho de Capital Introdução
 Ganho de Capital - Alienação de Bens
 Ganho de Capital - Alienação Imóvel Único
 Ganho de Capital - Isenção Imóveis Residenciais
 Ganho de Capital - Fatores de Redução

Módulo 5 – Produtor Rural


 Produtor Rural Conceitos Iniciais
 Produto Rural - Legislação
 Produtor Rural- Nota Fiscal
 Receitas - Produtor Rural
 Produtor Rural - Despesas

Módulo 6 – Malha Fina


 O que fazer para não cair na malha fiscal
MÓDULO 1 -
LEGISLAÇÃO
Aula – Legislação do Imposto de Renda

Nós temos diversas leis que tratam do imposto de renda pessoa física, mas
devemos atentarmos a apenas 2:

1 - Decreto do Imposto de Renda 9.580. Ver decreto

2 - As normas da receita federal. Ver site das normas

O decreto do imposto de renda consolida toda a legislação do imposto de


renda até 31/12/2016.
Aula – Regras de Obrigatoriedade

Existem 7 regras da obrigatoriedade.

1º REGRA: Renda tributável acima de R$28.559,70

a) salários e pró-labore;

b) resgate de previdência privada;

c) prestação de serviços de autônomos;

d) rendimentos recebidos do exterior;

e) distribuição de lucros acima do permitido.

2º REGRA: Renda isenta acima de R$40.000,00

a) Bolsas de estudo e de pesquisa;

b) Recebimento de apólices e prêmios de seguro;

c) Indenizações por rescisão de contrato de trabalho e por acidente de


trabalho;

d) FGTS;

e) Ganho de capital (isento);

f) Lucros e dividendos recebidos;

g) Pensão, proventos de aposentadoria ou reforma por moléstia grave ou


aposentadoria ou reforma por acidente em serviço;

h) Doações e heranças;
i) Parcela não tributável correspondente à atividade rural;

j) IR de anos-calendário anteriores compensado judicialmente neste ano-


calendário;

k) 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moeda


estrangeira por servidores de autarquias ou repartições do governo
brasileiro situadas no exterior, convertidos em reais;

l) Incorporação de reservas ao capital/bonificações em ações;

m) Meação e dissolução da sociedade conjugal e da unidade familiar;

n) Rendimento bruto, até o máximo de 90%, da prestação de serviços


decorrente do transporte de carga e com trator, máquina de
terraplenagem, colheitadeira e assemelhados;

o) Rendimento bruto, até o máximo de 40%, da prestação de serviços


decorrente do transporte de passageiros;

p) Restituição do imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores.

3º REGRA: Quem possui o total de bens acima de R$300.000,00

Soma de todos os bens incluindo direitos como saldo em conta bancária,


investimentos e empréstimos.

4º REGRA: Renda bruta de atividade rural acima de R$142.798,50

Produtor rural é aquele que tem plantação ou cria animais e faz a


comercialização, fundamental ter imóvel para exercer a atividade e ter a inscrição
de produtor rural na receita federal (NIRF). Esse imóvel pode ser próprio ou
alugado.

Outro motivo da obrigatoriedade é se ele teve prejuízo no ano e pretende


compensar aos lucros dos anos posteriores.
5º REGRA: Quem realizou operações de alienação em bolsas de valores, deve
declarar em caso de valor acima de R$ 40.000 ou com apuração de ganhos
líquidos sujeitas à incidência do imposto;

O contribuinte não é obrigado a entregar a declaração somente pelo motivo


que adquiriu ações e FIIs na declaração deste ano (2024).

Por outro lado, se o contribuinte VENDER acima de R$40 mil reais, estará
obrigado a declarar o Imposto de Renda.

6º REGRA: No ano que passou a condição de residente no Brasil

Pode ser brasileiro ou estrangeiro.

7º REGRA: Teve Ganho de Capital (tributável)

Ganho de capital na venda de bens ou direitos sujeitos ao pagamento de


imposto de renda.
Renda Tributação Normal

1 - Renda tributável acima de R$28.559,70

Se o contribuinte obteve uma renda acima desse valor, ele será obrigada a
declarar o IR.

Mas antes de entrar nesse assunto, vamos primeiro entender o que é Renda:

É qualquer ganho financeiro que o contribuinte tenha, seja em bens ou


direitos.

Exemplo: se a pessoa ganhar na loteria, uma herança, dinheiro, ou até ganhar


uma moto... todos esses são exemplos de renda que o contribuinte pode ter.

Por outro lado, o que seria uma renda tributável?

É qualquer ganho financeiro sujeito a tributação (pagar imposto).

Ou seja, incide imposto sobre essa renda do contribuinte.

Qualquer ganho financeiro, seja do trabalho ou através de outros ganhos, será


tributado pelo Governo.

Você irá aprender que existem 4 tipos de renda. E a renda tributável é o que
chamamos de tributação normal.

Existem alguns tipos de tributação mensal com ajuste anual que você precisa
conhecer:

1. Salário
2. Aluguel
3. Prestação de Serviços
4. Aposentadoria (incluindo Previdência Privada)
5. Pensão
6. Rendimentos do Exterior
7. Comercialização

Se a soma de um ou mais tipos de renda ultrapassar os R$28.559,70 - o


contribuinte será obrigado a entregar a declaração.

Isso significa que se o contribuinte recebeu R$28.000 de salário no ano, ele


não será obrigado a declarar.

Mas se ele recebe aluguel ou tem outra forma de renda, que ao somar com
esses R$28.000 (salario) ultrapasse o valor limite de R$28.559,70, ele será obrigado
a declarar o IRPF 2024.
Renda Isenta

2 - O contribuinte que recebe renda isenta acima


de R$40.000 é obrigado a entregar a declaração.

Mas o que é renda isenta?

São alguns tipos de ganhos financeiros que a Legislação Brasileira isentou a


tributação (não irá pagar imposto sobre ele).

Em outras palavras, significa que o não cobrará impostos para alguns tipos de
renda específicos.

Mas se o contribuinte receber mais de R$40.000 durante o ano, será


necessário entregar a declaração de IR.

Aqui estão alguns tipos de ganhos financeiros isentos de tributação:

1. Rendimento de Caderneta Poupança


2. Seguro
3. Lucros e Dividendos
4. Indenização Trabalhista
5. FGTS
6. Parcela da aposentadoria para pessoas acima de 65 anos
7. Doações e Heranças
8...

Obs: existem muitos outros tipos de renda isenta, mas não são tão comuns no
dia-a-dia, então não iremos abordar aqui. Mas todos estão na legislação e vale a
pena você conferir no art. 35 do decreto 9.580/18.

Se a soma de um ou mais tipos de renda isenta ultrapassar os R$40.000 - o


contribuinte será obrigado a entregar a declaração do IRPF 2024.
Então quando alguém te pergunta: "será que eu sou obrigado a entregar a
declaração esse ano?"

A resposta não pode ser dada logo de imediato. É necessário fazer um


questionário com o cliente para avaliar se ele se encaixa em alguma das regras de
obrigatoriedade do imposto de renda.

E caso sim... terá que entregar a declaração.

Você precisa checar item por item e identificar se existe alguma regra que o
seu cliente se encaixe.
Bens e Direitos

3 - Contribuinte que possui a soma dos bens e


direitos acima de R$300.000.

Não significa que o contribuinte irá pagar imposto, mas ele é obrigada a
apresentar esses bens para a Receita Federal por meio da declaração anual.

Mas o que são bens?

São bens que tem valor financeiro.

O contribuinte é obrigado a informar na declaração de imposto de renda todos


os bens acima de R$5.000.

Alguns exemplos de bens são: casa, apartamento, terreno, moto, celular, etc.

E ainda estão inclusos nesses bens qualquer bem considerado "bobo" mas que
vale acima de R$5.000,00.

Por exemplo, um quadro de algum artista renomado, caso o cliente tenha, e


comprou por mais de R$5.000 terá que ser declarado.

Quem iria imaginar a necessidade de declarar um celular (Iphone) de


R$6.000?

Pois bem, isso é solicitado na declaração e agora você já sabe.

Mas o que são direitos?

"São direitos que você tem com outra pessoa (física ou jurídica) que tem valor
financeiro."

Para ilustrar melhor, imagine que você depositou um dinheiro na conta


corrente do banco.

O dinheiro é seu, mas está na posse do banco, pois eles estão guardando o seu
dinheiro.
Você tem o direito de ir na agência bancária a qualquer momento e sacar o
dinheiro, mas quem está com ele é o banco.

O dinheiro é um bem, mas está na posse do banco.

Se não está com você e está com o banco, então você tem um direito com o
banco.

Outros exemplos de direitos são:

1. Conta Poupança/ Aplicação Financeira


2. Empréstimos
3. Ações/ Quotas de Empresas
4. Criptoativos

Em outras palavras, direito é quando você não possui o bem em mãos, mas
possui um título que tem um valor financeiro do tipo "essa pessoa/instituição
precisa te pagar esse valor".

Se a soma de um ou mais tipos de bens + direitos ultrapassar os R$300.000 - o


contribuinte será obrigado a entregar a declaração.

Existe muita dúvida sobre a declaração de bens financiados e eu já gostaria de


dar uma breve explicação sobre isso nessa aula.

Quando você financia uma moto que vale R$10.000, por exemplo, mas você só
pagou parte desse valor equivalente à R$2.000, você só tem em posse R$2.000
dessa moto.

Isso significa que na hora de preencher a ficha de Bens e Direitos na


declaração, você só irá declarar o valor que está na sua posse (R$2.000),
independente do valor total do bem.

A confusão que muitas pessoas cometem é querer declarar o valor cheio/total


do bem, mesmo não tendo a posse completa dele, e isso é um erro.

Você declara apenas o Custo de Aquisição, e não o que ele vale no mercado.

Isso serve também para uma casa que você pode ter comprado por R$100.000
há alguns bons anos atrás.
Por mais que o terreno ao longo dos anos tenha se valorizado, você só vai
declarar o custo que você teve ao adquirir essa casa.

Para tornar essa aula mais didática, irei te fazer uma pergunta e você pode
marcar 1 minuto para tentar responder:

Considerando somente essa terceira regra da obrigatoriedade da declaração


para fazer sua análise, se uma pessoa financia uma casa de R$500.000 e paga
somente o equivalente a R$50.000, ela será obrigada a entregar a declaração?

>>

Se você respondeu que não, você está correto.

Se você respondeu que sim, eu sugiro que volte e assista essa aula para tentar
entender como funcionam os Bens e Direitos.

Esse contribuinte não será obrigado a entregar a declaração porque obviamente


sua "posse" de Bens e Direitos é somente de R$50.000, não ultrapassando o valor
limite de R$300.000.

Veja que, apesar do financiamento ser de R$500.000, nós só iremos declarar


aquilo que está na posse do cliente.

Obs: seu cliente já pode estar morando nessa casa, ser o "dono", mas a posse
dele é equivalente apenas ao custo de aquisição (R$50.000).
Atividade Rural

4 - Renda de atividade rural acima de R$142.798,50

Se o contribuinte que atua na atividade rural e receber anualmente uma renda


do valor acima, será obrigado a declarar o imposto de renda.

Mas o que é considerado uma atividade rural?

São atividades como plantação ou criação de animais que tenha um ganho


financeiro na venda.

A pessoa que faz a plantação, colheita, venda e recebe por isso, está
exercendo atividade rural.

Assim como aquela que cria animais e obtém ganho financeiro na venda
deles.

Para caracterizar a atividade rural, o produtor rural precisa ter um imóvel rural
ou tenha alugado.

Esse contribuinte precisa ter o número de inscrição na Receita Federal para


que esteja no sistema a comprovação de que esse contribuinte exerce a atividade
rural naquele imóvel.

A atividade rural é uma das poucas (se não for a única) atividades cuja
tributação da renda é anual.

Existe outra condição na entrega da declaração mesmo quando o contribuinte


tenha renda inferior a R$ 142.798,50 – é quando ele quer compensar o prejuízo do
ano atual para o ano seguinte, nesse caso ele precisara entregar a declaração.
Renda Variável

5 - Quem realizou operações de alienação em bolsas de valores,


deve declarar em caso de valor acima de R$ 40.000 ou com
apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto;

Para entender o que é renda variável, é importante que você compreenda


primeiro o que é renda fixa:

Renda fixa é quando gera juros sobre o investimento, sem risco de perder o
valor investido.

Você investe em renda fixa quando coloca o seu dinheiro em uma aplicação
que irá te gerar algum rendimento com o tempo. Sendo essa aplicação ligada a
algum índice (SELIC, CDB, entre outros) que garante esse juros.

Em outras palavras, você não corre risco de perder o seu dinheiro e ele está
aplicado em algo parecido com a poupança.

E o que seria a renda variável?

Renda variável é quando o seu retorno não é previsível podendo comprometer


o valor investido.

Você investe o seu dinheiro e pode tanto ganhar, quanto perder.

Existem apenas 2 tipos de renda variável:

1. Ações
2. Fundos de Investimentos

As ações são cotas de empresas negociadas na Bolsa de Valores que o


contribuinte pode comprar.

Existem as Operações Comuns onde o contribuinte pode comprar ações e


ficar com elas para o resto da vida. E existem as Operações DayTrade, na qual o
contribuinte compra e vende ações no mesmo dia.
Os fundos de investimentos são fundos criados para obter renda. Quem
gerencia esse fundo, entende muito bem sobre o negócio.

Esse fundo faz o investimento em um negócio para obter ganhos financeiros, e


o contribuinte receberá sua parte proporcionalmente à quanto investiu.

Ambas podem ser negociadas na bolsa de valores B3.

A 5° regra mudou para este ano de 2024.

Essa regra nos anos anteriores era bem diferente do que está valendo
atualmente.

Ela vale para quem investe em renda variável, ou seja, vale para quem investe
na Bolsa de Valores.

Para saber se o investimento do seu cliente é renda variável, basta fazer a


seguinte pergunta:

"O valor foi negociado ou passou pela B3 (Bolsa de Valores)?"

- Se sim, está enquadrado na 5° regra.


- Se não, não está enquadrado nesta regra.

O contribuinte não é obrigado a declarar se somente fez COMPRAS de ações e


FIIs na declaração deste ano (2024).

Por outro lado, se o contribuinte VENDER acima de R$40 mil reais dentro do
ano, estará obrigado a declarar o Imposto de Renda.

Caso tenha vendido qualquer valor, mas obteve lucro e ele foi tributável
(exemplo fundo de investimento) ... então vai precisar declarar.

No caso em que são vendidas ações com valor menor de R$20.000,00 por mês,
com obtenção de lucro (que será isento)... não será obrigado a declarar o imposto de
renda.

No caso em que são vendidas ações com valor acima de R$40.000,00 por mês,
mesmo com obtenção de lucro (que será isento)... estará obrigado a declarar o
imposto de renda!
No caso em que são vendidas ações e o contribuinte teve prejuízo, não é
obrigado a declarar o IRPF.

Se ainda tiver dúvidas, assista a vídeo-aula e veja o Mapa Mental desenvolvido


para melhor entendimento.
Residente no Brasil

6 - Contribuinte que passou a condição de residente


no Brasil.

A regra consiste basicamente que o contribuinte brasileiro, ou não, que passou


a residir no Brasil (tirou o CPF), será obrigado a entregar a declaração referente ao
ano do retorno.

Importante: essas regras de obrigatoriedade são válidas apenas para o ano.

Significa que são aplicadas de 01/01/2023 até 31/12/2023. Então a cada ano
você irá analisar novamente as regras e verificar também se houve alguma
alteração.

Inclusive, verificar se seu cliente ficou obrigado a entregar por conta de


alguma outra regra.
Ganho de Capital Tributável

7 - Contribuinte que teve ganho de capital tributável.

Quando houver lucro na venda de algum bem e esse lucro for tributável, o
contribuinte será obrigado a entregar a declaração.

Se existir lucro sobre a venda de bem, esse lucro é chamado de ganho de


capital.

Esse ganho precisa ser avaliado através da legislação do imposto de renda


para verificar se é tributável ou não.

Se houver lucro e ele for tributável, automaticamente o contribuinte será


obrigado a declarar.

O que você precisa entender basicamente é: se houver ganhos/lucro na venda


de um bem, verifique se ele é tributável ou não.
Aula – O que acontece na prática

Após destrincharmos as 7 regras da obrigatoriedade, chegou o momento de


entender o que acontece na prática mas que não estão nas regras da declaração.

Uma das coisas que acontece é você atender uma pessoa física que não está
obrigada a entregar a declaração.

Essa pessoa, por exemplo, teve apenas o rendimento de R$15.000 no ano,


nada mais.

Não vendeu bens, não investiu na bolsa, não fez nada que se encaixava nas
regras de obrigatoriedade...

No informe de rendimentos da empresa que ela trabalha, houve o desconto de


R$5 retido do imposto de renda.

Atenção: isso que eu vou te falar, não está escrito em lugar nenhum! Eu
descobri através da minha experiência prática fazendo declarações por muitos
anos.

Na minha análise, qualquer valor retido no imposto de renda feito pela


empresa, fará o contribuinte estar obrigado a entregar a declaração.

Isso se deve ao fato de que, se ela não entregar, poderá ter o CPF bloqueado
em alguns anos.

Não há uma explicação certeira, mas minha hipótese é: como os sistemas do


governo fazem o cruzamento de dados com algumas instituições (bancos, receita
federal, cartório, etc.) essa retenção do imposto acende um alerta dizendo que esse
contribuinte é obrigado a declarar.

Portanto, mesmo a pessoa não sendo obrigada, é necessário entregar a


declaração de imposto de renda.

Mesmo que seja em atraso, é preciso entregar a declaração.

E não se preocupe, não haverá multa a pagar. Porque a Receita Federal vai
entender que seu cliente não era mesmo obrigado.
Prazo de Apresentação (entrega)

Considere o prazo de apresentação da declaração de Imposto de Renda 2024


sendo de:

01/03/2024 até 31/05/2024

No final do mês de Fevereiro a Receita Federal apresentará uma Instrução


Normativa com os prazos oficiais.
Conceito entre Origem e Aplicação (entrada e saída de
recursos)

Toda origem de um recurso é proveniente de uma renda, seja ela isenta ou


tributável.

Já vimos alguns tipos de rendas tributáveis como salário, pró-labore,


prestação de serviços como autônomo, recebimento de aluguéis e rendimento do
exterior.

E já vimos alguns tipos de rendas isentas como FGTS, doação, herança,


prêmio de seguro.

Com essa origem podemos fazer aplicação desse recurso, como: comprar uma
casa, um carro, pagar as contas de casa.

A Receita Federal fiscaliza os dois lados da conta... A Receita Federal quer


saber de onde veio o dinheiro e quer saber para onde vai o dinheiro.

Portanto, não existe Aplicação sem uma Origem.

ORIGEM APLICAÇÃO
Aula – Cálculo do Imposto Mensal

O primeiro passo para fazer o cálculo do imposto de renda mensal é encontrar


a base de cálculo.

Para encontrarmos a base de cálculo temos que deduzir alguns tipos de


despesas permitidas da renda bruta, como:

INSS
Dependente
Pensão Alimentícia

Exemplo: O contribuinte tem um salário (renda bruta) de R$5.000,00 e tem


dois filhos, então para encontrarmos a base de cálculo é:

Salário R$ 5.000,00
(-) INSS R$ 518,82
(-) Dependentes R$ 379,18
Base de Cálculo R$ 4.102,00
O segundo passo é saber qual a faixa da tabela do imposto de renda para
fazermos o cálculo.

De acordo com o Art. 1 X da lei 11.482/07 a tabela do imposto de renda para


o mês de maio do ano-calendário de 2023 até o mês de janeiro do ano-calendário
de 2024 é essa:
TABELA PROGRESSIVA DO IR – MENSAL
FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF
1° Faixa Até R$2.112,00 - R$ -
De R$2.112,01 até
2° Faixa 7,50% R$ 158,40
R$2.826,65

De R$2.826,66 até
3° Faixa 15,00% R$ 370,40
R$3.751,05

De R$3.751,06 até
4° Faixa 22,50% R$ 651,73
R$4.664,68

5° Faixa Acima de R$4.664,68 27,50% R$ 884,96


Veja que o valor da base de cálculo do nosso exemplo está na quarta faixa,
onde temos a alíquota de 22,50% de imposto e R$636,13 de parcela a deduzir do
imposto.

Vamos apurar o imposto:

Base de Cálculo R$ 4.102,00


Alíquota do Imposto 22,50%
Imposto R$ 922,95
(-) Parcela a Deduzir R$ 651,73
Imposto a Recolher R$ 271,22

Parece até aquelas regrinhas de matemática da 5º série, depois que você fizer
algumas vezes esse tipo de cálculo manual irá ficar surpreso como é simples.

Tabela do imposto de renda a partir do mês de fevereiro do ano-calendário


de 2024:

TABELA PROGRESSIVA DO IR – MENSAL


FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF
1° Faixa Até R$2.259,20 - R$ -
De R$2.259,21 até
2° Faixa 7,50% R$ 169,44
R$2.826,65

De R$2.826,66 até
3° Faixa 15,00% R$ 381,44
R$3.751,05

De R$3.751,06 até
4° Faixa 22,50% R$ 662,77
R$4.664,68

5° Faixa Acima de R$4.664,68 27,50% R$ 896,00


Aula – Cálculo da Alíquota Efetivo

Vamos entender como funciona a alíquota efetiva.

Para calcular o imposto efetivo, basta pegar o imposto a ser pago (conhecido
no tópico anterior) e dividir pelo salário, ou a renda bruta tributável.

No caso acima, o valor do salário foi de R$5.000, logo a conta ficaria:

R$ 271,22
5,42%
Esse valor é muito inferior ao da quarta faixa da tabela, 22,50% de alíquota de
imposto. R$5.000,00

Importante citar que as deduções sempre diminuem a alíquota efetiva.

E quanto maior a renda, mais próximos serão esses valores.

Apenas para exemplificar, uma renda de R$ 20.000 estaria na quinta faixa


com a alíquota de 27,50% e a alíquota efetiva seria de 21,30%.
Cálculo do Imposto Anual – Ajuste entre a Renda
Mensal e Anual
O cálculo do imposto anual é importante para ajustar os valores dos impostos
pagos mês a mês.

Ele tem o objetivo de ajustar qualquer diferença entre o que foi pago e o valor
devido anualmente.

TABELA PROGRESSIVA DO IR – ANUAL - ANO CALENDÁRIO 2023


FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF
1° Faixa Até R$24.511,92 - R$ -
De R$24.511,93 até
2° Faixa 7,50% R$ 1.838,39
R$33.919,80

De R$33.919,81 até
3° Faixa 15,00% R$ 4382,38
R$45.012,60

De R$45.012,61 até
4° Faixa 22,50% R$ 7.758,32
R$55.976,16

5° Faixa Acima de R$55.976,16 27,50% R$ 10.557,13

Como exemplo de uma situação em que esse cálculo é útil e pode ser
compreendido, consideramos um funcionário que não trabalhou todos os meses do
ano.

Se esse funcionário tiver ganho R$5.000 por mês durante 3 meses, o valor
total do ganho será de R$15.000.

Valor menor ao de R$22.847,77 - primeira faixa do imposto de renda anual,


nesta situação não há imposto devido.

Porém, como a lei afirma que o pagamento deve ser mensal, ele deve sim
pagar o imposto em relação aos meses trabalhado.

O ajuste serve para alinhar as oscilações de renda dos meses durante o ano
calendário.
Cálculo Anual – 2 rendas na Faixa Isenta

Um caso típico dessa situação são os professores, que possuem 2 rendas.

Pode acontecer de ambas as rendas separadas não atingirem o valor mínimo


para o pagamento do imposto.

Mas quando somadas ultrapassam o valor mínimo, sendo assim obrigatório o


pagamento do imposto.

Nesse caso, ele deve seguir a tabela de base de cálculo normalmente.

E ainda, como o valor ganho de apenas uma fonte de renda é menor do que os
R$ 22.847,77 (primeira faixa do imposto de renda anual), não é obrigatório o
recolhimento.

Como cabe ao contribuinte fazer o recolhimento, ele deve ser o responsável


pelo pagamento na declaração de ajuste do imposto de renda - DAA.

Uma explicação simples pode fazer toda a diferença para esse tipo de
contribuinte, que poderá se sentir confuso a respeito da obrigatoriedade ou não do
pagamento desse imposto.
2 Tipos de Renda: Assalariado e Autônomo

Se você pretende vender seus serviços de declaração de imposto de renda,


provavelmente pode aparecer 2 tipos de clientes para você:

O AUTÔNOMO

Quer comprar um carro e precisa de


um financiamento do banco.
O banco solicitou a declaração de imposto de renda desse
contribuinte, porém ele não nunca declarou.

O ASSALARIADO
Este também precisa apresentar sua declaração de imposto de renda
para o banco, mas a renda é insuficiente para o financiamento que ela
deseja.

Você pode ajudar o assalariado declarando uma renda à mais que "não existe",
somente para ajudar essa pessoa a aumentar a renda final e conseguir o
financiamento.

No caso do autônomo, você pode demonstrar os cálculos para ele na planilha


em Excel e expor todos os impostos que ele será obrigado a pagar, por estar
fazendo a declaração pela primeira vez e também por não ter preenchido o carnê
leão durante o ano-calendário.

Em ambas as situações, o seu cliente


terá que pagar mais imposto e é a sua
obrigação apresentar isso para ele!

Obs: não vá preenchendo logo a declaração, faça uma demonstração na


planilha. Nem sempre o cliente está disposto a pagar os impostos que serão
gerados, e você não pode perder tempo fazendo algo que a pessoa não vai aceitar
depois.
Atenção
Se você não quiser ter problemas futuros, faça apenas aquilo que está na lei
e que você sabe que é correto!

Cuidado ao fazer tudo que o cliente pede, isso pode te prejudicar no futuro.
Cálculo Anual - Despesas Dedutíveis Anuais

Você já aprendeu a fazer o calculo de imposto mensal, porem, no calculo


mensal não usamos todas as despesas dedutíveis permitidas.

No calculo mensal poderá usar apenas 3 tipos de despesas: INSS,


Dependentes e Pensão Alimentícia.

Agora você irá conhecer os outros tipos de despesas dedutíveis existente para
o Cálculo do Imposto Anual.

Despesas dedutíveis que podem ser usadas apenas no calculo anual:

Dedução por Dependentes

Despesas com Instrução (creche, escola e faculdade)

Despesas Médicas e Plano de Saúde

Previdência Privada - PGBL (até 12% sobre a renda)

Todas essas despesas reduzem consideravelmente a base de cálculo do


contribuinte, e por esse motivo é importante você inseri-las no preenchimento da
declaração.

Essas despesas servem para reajustar a base de cálculo do imposto anual,


ajustar a faixa de alíquota, e finalmente alterar o imposto a pagar.

Após a apuração pode até gerar imposto a restituir, já que houveram muitas
despesas no ano e elas serão deduzidas do imposto.
Aula – Cálculo Anual: Desconto Simplificado

Existe uma grande diferença entre a Declaração Completa e a Declaração


Simplificada, e cada uma se dispõe de diferentes deduções para o cálculo do
imposto. Confira:

Declaração Completa Declaração Simplificada


Não utiliza nenhuma despesa dedutível, mas
É quando você utiliza todas as despesas
usa um benefício fiscal de desconto
dedutíveis para calcular o imposto.
simplificado de 20% para calcular o imposto.

Um contribuinte que não tem dependentes, que não tem despesas


médicas, que não tem plano de saúde, e não paga pensão alimentícia, é
preferível utilizar o desconto simplificado para pagar menos imposto na
declaração de IRPF.

A legislação dá um benefício fiscal onde podemos usar as despesas


dedutíveis (dedução legal) ou o desconto simplificado.

Por isso, é muito comum um contribuinte que só tem o informe de


rendimento, a melhor opção tributária dele na declaração será por desconto
simplificado.

Dessa forma, ele não vai restituir todo o valor que pagou, mas vai
conseguir recuperar uma parte.

E para fazer esse cálculo, é necessário usar a tabela progressiva anual e


utilizar os 20% do Desconto Simplificado do Salário Anual deste
contribuinte, ficando assim:

Homem de 30 anos
que recebe um
salário anual de Desconto Base de Cálculo
R$60.000,00 Simplificado de R$48.000
20%
Utilize a tabela do imposto de renda anual e analise em qual faixa esse
contribuinte está inserido, e neste caso é a 4º faixa:

TABELA PROGRESSIVA DO IR - ANUAL


FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF
De R$45.012,61 até
4° Faixa 22,50% R$ 7.758,32
R$55.976,16

Então para realizar o cálculo é necessário multiplicar a base de cálculo


desse contribuinte (R$48.000) com a alíquota da 4º faixa (22,50%), ficando
dessa forma:

R$48.000 x 22,50% = R$10.800


Subtraia do resultado desse cálculo (R$10.800) a Parcela a Deduzir do
IRPF (R$7.758,32), sendo assim:

R$10.800 – R$7.758,32 = R$3.041,68


O contribuinte terá um imposto a pagar de R$3.041,68 anualmente neste
exemplo.

Atenção: o desconto simplificado tem um limite de R$16.754,34 a ser


deduzido no rendimento do cliente.

Nesse valor é o mesmo que uma pessoa com uma renda de R$83.771,72
poderia obter.

Acima dessa renda o valor do desconto simplificado fica limitado a R$


16.754,34 e não pelo 20% desconto.
Interessante saber

No caso de ter despesas dedutíveis maior que R$ 16.754,34,


é recomendado fazer uma declaração completa.

E para facilitar a vida de quem declara, no próprio programa de


declaração do imposto de renda já
é exibido qual opção é a mais vantajosa para o cliente.
Simulação do Cálculo no Site da Receita Federal

Para descobrir facilmente o percentual de imposto que iremos pagar sobre a


nossa renda, o melhor local para fazer uma simulação é no Site da Receita Federal,
usando o Simulador do Cálculo da Alíquota Efetiva.

Através desse programa é possível saber de antemão o valor a ser pago e se os


cálculos que você fez usando a sua planilha estão coerentes.

Clique aqui para acessar o Simulador

https://www27.receita.fazenda.gov.br/simulador-irpf/

Existe a opção de realizar simulações tanto mensal quanto anual dentro da


plataforma da Receita Federal.

Basta clicar em uma dessas barras acima do simulador para selecionar qual
opção você deseja:
Parcela Isenta acima de 65 anos
Após completar os 65 anos de idade, o contribuinte recebe um benefício fiscal
muito importante do Governo.

É possível incluir uma parcela isenta para deduzir da base de cálculo do


imposto de renda.

Esse benefício fiscal serve apenas para aposentados.

O valor da parcela isenta coincidentemente é o mesmo valor que a 1º Faixa da


Tabela Progressiva do IR Mensal, sendo portanto
Para 2023 Para 2024

R$ 2.112,00 R$ 2.259,20
Dito isso, é permitido usá-lo para diminuir o valor da base de cálculo do
contribuinte.

O valor máximo dessa dedução anualmente incluindo o 13º salário, em outras


palavras, o teto, é este valor:
Para 2023 Para 2024
R$26.623,92 R$ 29.222,40
Essa dedução é bem simples quando o contribuinte tem apenas uma fonte de
renda.

Mas se ele possui mais de uma fonte de renda, pode se tornar complexo o
calculo...

Isso se deve ao fato de que só é possível usar apenas uma vez essa isenção!

Se o contribuinte tiver duas fontes de renda, só poderá deduzir os R$2.112,00


do salário de uma delas.

A explicação para isso é que o Governo concede o benefício fiscal por


contribuinte, e não por empresa.
O maior erro que as pessoas cometiam era de preencher na declaração essa
parcela de isenção nas duas fonte de renda.

Felizmente o programa da declaração já identifica e já informa que só é possível


utilizar apenas uma vez o valor da isenção.

Mas como ele só vale uma vez por contribuinte, é necessário indicar novamente
esse valor na ficha de rendimentos recebidos de pessoa jurídica – esse rendimento é
tributável

Para entender melhor como funciona a dedução por várias fontes pagadoras,
acesse a Jurisprudência abaixo sobre o Imposto de Renda para maiores de 65 anos:

Clique aqui para acessar a Jurisprudência


https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=IMPOSTO+DE+RENDA+ISEN%C3%87%C3%83O+MAIOR+65+ANOS
Tributação Para Profissionais de Serviços de
Transportes (Motoristas)
Conforme consta no Decreto do Regulamento do Imposto de Renda
9.580/2018 no Art. 39, é descrito que:

São tributáveis os rendimentos de serviços de transporte em 10% tanto para


quem trabalha com máquinas agrícolas (produtor rural), quanto para quem trabalha
com transporte de cargas.

De tal forma que para os condutores de passageiros o percentual é de 60%.

Em outras palavras, se um motorista de transporte de passageiros faturou


R$10.000 no mês, a declaração de imposto de renda tributável será de R$6.000.

Todas as deduções, como dependentes e contribuição do imposto do INSS


será feito em cima desse valor de R$6.000.

Quais veículos/condutores fazem transporte de passageiros?

Van ou perua escolar


Van de transporte ou viagem escolar
Motorista de Aplicativos

Todos eles têm em comum o uso de veículo próprio para realizar as suas
atividades.

A lei considera que estes motoristas já possuem grandes despesas todos os


meses. Seja com combustível, pedágio, manutenção do veículo, reparos, entre outros.

Portanto, eles já tem garantido a isenção de 40% do valor do imposto.

E como esse motorista é autônomo, é obrigatório fazer o próprio recolhimento


do imposto usando o Carnê Leão.
No caso de transporte de carga, a isenção do imposto é mais benéfica ainda!

Por exemplo, se o motorista receber R$ 15.000 ao mês, o valor a ser


considerado como base do imposto de renda será de 10% desse valor (R$ 1.500,00).

A lei considera que este motorista possui maior custos, quando comparados aos
outros.

Como você pode perceber, o valor final (R$1.500,00) fica na 1º Faixa da Tabela
(R$2.112,00) que este contribuinte terá imposto a pagar.

Nesse caso, somente com uma renda a partir de R$24.511,92 ele seria obrigado
a recolher o imposto de renda.

O recolhimento para esses contribuintes, como já dito, deve ser feito através
do Carnê Leão, e preenchido na declaração do imposto de renda na ficha de
Trabalho Não Assalariado.

É importante citar que o acréscimo de patrimônio, como bens e direitos, só é


aceito a partir do imposto devidamente tributável.

Caso queira acrescentar mais que esse valor de patrimônio, deve ser tributável
um valor maior.
Imposto Complementar (Mensalão)
O Imposto Complementar é um recolhimento facultativo que pode ser
efetuado pelo contribuinte para antecipar o pagamento do imposto de renda devido
na Declaração de Ajuste Anual, no caso de recebimento de duas ou mais fontes
pagadoras.

Em outras palavras, é uma opção mais tranquila de pagar os impostos. Onde o


contribuinte pode pagar mensalmente o imposto referente à renda que tem a cada
mês.

Nesse caso, um DARF é gerado para os pagamentos em parcela como forma


de imposto complementar.

Essa forma de antecipação do imposto é muito utilizado e até sugerido para


aquelas pessoas que acham pesado pagar o imposto cheio na Declaração de Ajuste
Anual.

Na tabela (disponível para download dentro do curso), é possível simular o


valor dos pagamentos feitos de forma mensal ou anual, para ajudar o cliente a
analisar qual forma de pagamento será a melhor para sua condição financeira.

É importante frisar que não existe benefício fiscal em recolher esse imposto
antecipadamente.

Então as vezes o melhor a se fazer é guardar o valor do imposto todos os


meses na poupança, ou investi-lo em algum fundo de investimento e sacá-lo no dia
que for necessário pagar o imposto no valor cheio.

Pelo menos você teve durante o ano, mesmo que baixo, algum rendimento
desse dinheiro guardado, ao invés de só entrega-lo para o Governo todos os meses.
Cruzamento de Informações
Aqui iremos abordar o Cruzamentos de informações fiscais entre a Receita
Federal e a pessoa física.

De antemão, a maneira mais simples de não cair na Malha Fina é preencher


na Declaração IRPF 2024 o que a Receita Federal já sabe sobre você!

Você sabia que a Receita Federal às vezes tem mais informações suas do que
você acha que ela tem?

Isso se deve ao fato de que ela recebe informações de diversas fontes de


dados, e pode facilmente saber todo seu histórico de vida.

O que acontece é:

O contribuinte (pessoa física) informa os dados da declaração de imposto de


renda de ajuste anual, uma vez por ano.

A Receita Federal possui um dos melhores sistemas e servidores para


processar esses dados, já que são armazenadas informações de milhões de
contribuintes.

E de uns tempos para cá, depois da redução do uso de papel e formas manuais
para armazenar esses dados, ficou cada vez mais fácil fazer o cruzamento das
informações da pessoa pelos meios digitais.

Hoje em dia, 80% do trabalho do contador é direcionado praticamente para


gerar informações do contribuinte para o Governo.

O Governo quer saber através do acesso a todos esses dados se o contribuinte


(PF ou PJ) está:

mentindo
sonegando imposto
omitindo informações
etc...
E tudo isso quem faz não são os Auditores Fiscais, mas sim o T-REX, que é o
nome do servidor que processa todas essas informações.

T-REX

Uma coisa importante que todas as pessoas devem saber é que qualquer
movimentação financeira, principalmente feita em bancos, o T-REX ficará
sabendo.

Por mais que você não informe na declaração, o Governo já sabe que existe
uma renda ou uma movimentação, ele só não sabe da onde veio aquele dinheiro.

Então é necessário ficar atento à movimentações altas, principalmente em


cartão de crédito, quando a quantia é desproporcional/exorbitante ao valor que
você declara receber todos os meses.

Todas essas instituições fornecem os dados do contribuinte para a Receita


Federal:

Bancos
Detrans
Adm. Cartões
Imobiliárias
Hospitais, Clínicas e Planos de Saúde
Cartórios
e Empresas em Geral
E todos esses dados são processadas pelo T-REX e encaminhadas para órgãos
do Governo, como:

COAF
Ministério Público
Polícia Federal
Juízes
Estados e Municípios

Então, quando um contribuinte é "pego" fazendo grandes movimentações de


dinheiro, sem declarar, ou algum órgão precisa das informações dele para
fiscalizar, está tudo disponível para o acesso. Literalmente tudo!

Mostre para o seu cliente a realidade do sistema do Governo e faça apenas


aquilo que é certo. Do contrário, existe a possibilidade de cair na malha fina.
Multa por Atraso na Entrega da Declaração

O prazo para entrega da Declaração do ultimo ano foi até o dia 31 de Maio,
como você já aprendeu até aqui.

Todos os contribuintes que entregam a declaração após esse prazo precisa


pagar uma Multa por Atraso na Entrega.

O valor mínimo da multa é de R$165,74, e o valor


máximo é de 20% do valor do imposto devido.

Para calcular o valor da multa, é somado 1% do valor do imposto devido a


cada mês de atraso na entrega.

Ou seja, se a declaração for entregue 3 meses após Abril, será cobrado 3% do


imposto devido.

O que você precisa ficar atento é que para contribuintes que possuem
46
rendimentos elevados, o imposto devido pode ser alto também, e a multa
ultrapassar o valor mínimo.

Quando esse contribuinte demora muito tempo para entregar, vai se somando
1% a ser cobrado à mais desse imposto devido em cada mês.

Lembre-se, o valor mínimo é de R$165,74, mas não significa que é um valor


fixo de multa!

Veja o exemplo de um contribuinte que tem uma renda de R$50.000,00 e seu


imposto devido deu R$8.610,23 (considere apenas como um exemplo):

Se ele entregar a declaração após 3 meses, esse será o valor da multa:

Dessa forma fica R$8.610,23 x 3%


mais fácil entender que o=mínimo
R$258,30
a se pagar é R$165,74,
mas é possível ultrapassar o valor de multa a ser pago quando o contribuinte tem
um imposto devido elevado.
É importante lembrar que essa multa é aplicada independente se há valores a
serem restituídos pela receita para a contribuinte.

E para fazer o pagamento da multa, o DARF é gerado automaticamente após a


entrega, com o prazo para o pagamento de 30 dias.

Caso não seja pago até o vencimento, um novo DARF pode ser gerado,
acrescido de juros.
Despesas Dedutíveis: Legislação
As despesas dedutíveis do imposto de renda podem ser encontradas no artigo
66 até o artigo 75 do Decreto nº 9.580/2018 do Regulamento do Imposto de
Renda.

No Capítulo II desse decreto, é possível encontrar quais são as deduções


mensais do rendimento tributável.

Em outras palavras, quais são as despesas dedutíveis para encontrar a base de


cálculo do imposto de renda.

Na primeira sessão do Decreto, nós temos as Contribuições Previdenciárias,


tanto as públicas quanto as privadas.

Na sessão II estão as Despesas Escrituradas no Livro-caixa, que servem para


donos de cartório, trabalhador não assalariado e leiloeiros.

Na sessão III nós temos as Despesas por Dependentes, que a nível de


curiosidade, desde 2015 não é atualizado o valor devido sobre cada dependente,
que até o presente momento é de R$189,59.

E na sessão IV nós temos a Pensão Alimentícia.

Por outro lado, no Capítulo III, temos falando sobre as despesas dedutíveis
anuais, que são:

Despesas Médicas
Despesas com Instrução
a as Despesas Com Fundo De Aposentadoria Programada Individual (FAPI)

Confira cada um dessas despesas dedutíveis, acessando o link abaixo:

Clique aqui para acessar o Decreto


http://planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm
Além de compreender as regras de obrigatoriedade é muito importante que
você conheça as despesas dedutíveis.

São essas despesas que fazem o seu cliente pagar menos imposto.

Para preencher o básico da declaração de imposto de renda é preciso saber:

A legislação;
Quem é obrigado ou não a declarar;
Fazer os cálculos;
E o que pode ser deduzido do imposto;

Nessa aula você vai entender quais são as despesas dedutíveis e como separá-
las corretamente.

Primeiramente, existem 2 quadrantes que dividem as despesas dedutíveis:

Mensal
- Pensão Alimentícia
- Dependentes Anual
- Previdência Social
- Instrução
- Médicas
- Livro Caixa
As despesas mensais são deduzidas no mês -do
Previdência Privada
cálculo. Por exemplo as
despesas de um funcionário registrado.

Quando o contribuinte vai fazer a declaração de imposto de renda, aí sim são


incluídas as despesas anuais.

Nas próximas paginas você vai entender como funciona cada despesa e como
preencher as informações no programa do IR.
Dependentes
Primeira coisa que você precisa saber é que os dependentes se encaixam nas
despesas dedutíveis mensais.

Isso significa que você só pode deduzir R$189,59 por dependente por mês,
que dá um total de R$2.275,08 anual.

O limite de dedução por cada dependente é de R$2.275,08 por ano. Você pode
ter quantos dependentes quiser, não existe limite de dependentes na sua declaração.

Contudo, não é qualquer pessoa que pode ser dependente na sua declaração!

A legislação define que somente essas pessoas podem ser dependentes:

>> Cônjuge/Companheiro

Lei 9.250/95 - Art. 35

I. o cônjuge (casado);
II. o companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por mais
de cinco anos, ou por período menos se da união resultou filho;

Existe ainda uma lei do código civil que está acima de legislação do imposto
de renda:

Lei 10.406/02 - Art. 1.723

A união estável é configurada com a convivência pública, contínua e


duradoura entre duas pessoas (homem e mulher ou pessoas do mesmo sexo), com
o objetivo de constituir família, independente do tempo que estão morando juntos.

Reconhecido judicialmente - precisa apenas ter testemunhas.

Atenção: se você tem um companheiro(a) e essa pessoa possui


renda, não é vantajoso colocá-la como dependente na sua
declaração.
Quando você coloca um dependente para a sua declaração, você é obrigado a
declarar a renda dessa pessoa lá. E isso pode gerar mais prejuízo do que vantagens
para seu imposto de renda.

>> Filhos/Enteados

O filho pode ser dependente até os 21 anos de idade.

Pode também ser dependente se tiver entre 21-24 anos de idade e estiver
estudando na faculdade ou curso técnico.

Além disso, pode ser dependente o filho/enteado de qualquer idade que seja
incapacitado físico/mentalmente ou que esteja incapacitado para o trabalho.

Se o seu filho/enteado tem, por exemplo, 14 anos de idade e já trabalha


ganhando mais de R$2.275,08, não é vantajoso lança-lo como dependente.

Lembre-se que qualquer dependente que tenha renda irá aumentar o saldo do
imposto de renda.

>> Pais/Avós/Bisavós

Não existe limite de idade, você pode colocá-los como dependentes na sua
declaração.

Geralmente essas pessoas possuem renda, então quando for registrá-los como
dependentes, é necessário informar a renda.

Mas existe um limite de renda para poder incluir essas pessoas!

Eles só podem ter rendimento menor que R$ 2.112,00 (para o ano de 2023) e
R$ 2.259,20 (para o ano de 2024) por mês, que dá o total de R$24.511,92 para
2023 e R$ 26.963,20 para 2024.

Exemplo: Se seu pai ganha R$3.000 por mês, por exemplo, você não poderá
incluí-lo como dependente.

Mas existe uma parcela de renda isenta para contribuintes acima de 65 anos
de idade. Então se seu pai/avô/bisavô ganha R$1.500 e tem acima de 65 anos, vale
a pena colocá-lo como dependente.
Não existirá tributação sobre a renda que eles ganham, por exemplo.

>> Outros dependentes financeiros

Qualquer outro tipo de dependente só pode ser declarado com a guarda


judicial.

Se você tem um irmão deficiente, por exemplo, e não há ninguém responsável


por ele... você pode declará-lo como dependente, desde que tenha a guarda judicial
dele.

Pode ser sua sobrinha, prima, irmão... só poderá ser dependente se você tiver
a guarda judicial.

Se você não tiver, não será possível deduzir.

Após ter a guarda judicial dessa pessoa, você segue as regras de


Filho/Enteado para registrá-lo como dependente no seu IR.

Quem pode ser dependente?

VIVE JUNTO HÁ MAIS DE 5 ANOS OU POSSUI


CÔNJUGUE/COMPANHEIRO
FILHOS COM A PESSOA.

ATÉ 21 ANOS

FILHOS/ENTEADO INCAPACITADO QUALQUER IDADE

MAIORES DE 21 E
ESTUDANDO
MENORES DE 24

R$1.903,98/mês
RENDIMENTOS
PAIS/AVÓS/BISAVÓS
MENORES QUE
R$22.847,76/ano

OUTROS DEPENDENTES SOMENTE COM A GUARDA JUDICIAL


FINANCEIROS
Pensão Alimentícia
Nesta aula você vai aprender tudo sobre pensão alimentícia e até tirar algumas
dúvidas que poderá surgir lá na frente.

Antes de entender o que é a pensão alimentícia, você precisa entender quem é


o beneficiário.

O beneficiário da pensão alimentícia é o filho. E na maioria dos casos é o pai


pagando para os filhos.

Mas existem também os casos onde o marido paga a pensão para a ex-
cônjuge.

Para deduzir esses pagamentos do imposto de renda, é necessário ter uma


escritura pública no cartório.

É um documento certificado no cartório para comprovar que esse pagamento


de pensão é realizado mensalmente e poderá ser deduzido do imposto de renda ao
final do ano.

Esse documento é muito importante para a pessoa que paga a pensão


alimentícia. Porque ele serve também como um comprovante de pagamento.

Se seu cliente faz o pagamento da pensão alimentícia e não existe uma


escritura pública justificando isso, não será possível deduzir do imposto de renda.

Atenção: é muito importante também guardar todos os comprovantes desses


pagamentos.

Porque se algum dia a declaração cair na malha fina, será necessário


comprovar que o contribuinte fez todos esses pagamentos.

Existe ainda um outra forma de pensão alimentícia que é quando o casal não
entra em um acordo para a pensão alimentícia.
Nesse caso, o juiz irá decidir qual o valor ideal para pagamento dessa pensão
alimentícia.
Após a decisão do juiz, é gerado um documento chamado Decisão Judicial e
ele servirá para obrigar a pessoa a pagar determinado valor para os filhos
mensalmente.
Além disso, existe um terceiro caso onde os filhos ficam com a mãe, sendo
ela a guardiã dessas crianças.

Mesmo que o ex casal tenha um acordo em comum de boca-a-boca, é


necessário ter a escritura pública.

Sem essa assinatura do juiz, não será possível deduzir nenhum valor pago no
seu imposto de renda.

Atenção: aqui que está o grande problema de quem vai preencher essas
informações na declaração de IR...

O pai paga a pensão alimentícia para os filhos, mas quem recebe é a mãe.

Então, como declarar isso?


Na declaração ele vai declarar que os beneficiários são os filhos. Mesmo
tendo pago para a mãe, ele irá registrar que o pagamento foi para o CPF dos filhos.

Existe também o caso onde o casal entra em comum acordo sobre o valor a
ser pago de pensão alimentícia. Nessa situação, basta levar ao juiz e aguardar o
Acordo Homologado Judicialmente.

Obs: você só vai declarar essas informações de pensão alimentícia no IR, se


houver os recibos de pagamento e o acordo assinado pelo juiz.

Não existe valor mínimo e nem máximo para pagamento de pensão


alimentícia. Esses valores são relacionados com a renda da pessoa e é determinado
pelo juiz. Se ela ganha muito, provavelmente pagará muito.

A pensão alimentícia é dedutível do imposto de renda para quem paga.


Despesas com Instrução
Despesas com Instrução se referem às despesas com educação.

O Governo Federal valoriza os gastos que o contribuinte tem com os estudos.

Mas não é qualquer tipo de despesa com o ensino, existem algumas


instituições e estágios que são permitidos pela lei.

As despesas com instrução servem apenas para o ensino regular!

Se uma criança vai iniciar os estudos, por exemplo, ela inicia na creche.

Em seguida, irá para a escola; depois faculdade ou ensino técnico capacitivo.

Para conseguir deduzir as despesas com instrução de um filho na declaração


de IR, é necessário declará-lo como dependente.

Existe um limite para essas despesas com instrução de R$3.561,50 tanto para
o dependente quanto para o próprio contribuinte da declaração do IR.

Não importa se você pagou muito mais que isso durante o ano, só é possível
deduzir o valor citado acima.

Mesmo se o contribuinte fizer 2-3 faculdades ao mesmo tempo, só poderá


deduzir o valor de 1.

Mas se ele fizer 1 faculdade e o filho fizer outra, poderá deduzir as duas.
Tanto a dele quanto a do dependente.

FIES: existe o Programa de Financiamento Estudantil que permite que o


contribuinte estude na faculdade e pague pelos estudos depois.
Esse valor a ser pago depois que a faculdade foi concluída
não pode ser dedutível do imposto de renda.

Isso porque você só pode deduzir despesas com instrução enquanto está
estudando, no ano em questão.

Portanto, antes de contratar um financiamento estudantil, fique atento aos


planos que eles oferecem para pagar durante ou depois dos estudos.

Atenção: curso de inglês não é dedutível do imposto de renda, assim como os


materiais escolares.
Despesas Médicas
Quais são as despesas médicas?

1. Consultas médicas de qualquer especialidade

Qualquer consulta paga que você tiver com médicos, pode ser dedutível no
imposto de renda.

Médicos são as pessoas que possuem CRM. Se o profissional que te atender


não possuir CRM, não será possível deduzir.

2. Exames laboratoriais e radiológicos

3. Despesas hospitalares

Tudo é dedutível desde que esteja na nota fiscal do hospital. Pode ser o que
for! Basta estar na nota fiscal do hospital.

Pode até ser algo que não é dedutível, mas se estiver na nota fiscal do
hospital, será dedutível!

4. Aparelhos/próteses (ortopédicos e dentários)

5. Plano de saúde

Não tem segredo. Todo plano de saúde e plano odontológico é dedutível do


imposto de renda.

6. Cirurgias plásticas reparadoras

Silicone não é dedutível do imposto de renda. Mas cirurgias reparadoras que


ajudem na saúde física/mental do contribuinte, são dedutíveis.

Nesta aula está disponibilizado uma planilha para você acompanhar mais
facilmente o raciocínio sobre todas as despesas médicas.

Desde já vou adiantar algumas despesas que NÃO são dedutíveis, como:
nutricionista e biomédico. Para identificar todos os outros, consulte a planilha
DISPONIVEL NO CURSO.
Código de Acesso
O e-CAC é o Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal. Através dele é
possível fazer diversas coisas que envolvem a Declaração de Imposto de Renda.

Para você acessar essa plataforma, você precisa de uma senha chamada Código
de Acesso.

Se você deseja entrar no e-CAC, geralmente significa que você tem alguma
pendência para resolver. Então, tecnicamente, você já entregou alguma declaração.

E para gerar esse código de acesso, o contribuinte tem que ter entregue no
mínimo 2 declarações, sendo uma delas entregue no ano-calendário.

Porque para gerar essa senha, você precisa do recibo de uma dessas
declarações.

Se o contribuinte nunca entregou uma declaração, ele não tem o código de


acesso assim como não tem nenhuma pendência no e-CAC.

Para gerar o código de acesso, tenha o recibo da declaração em mãos e clique


no botão abaixo:

Queroclique
Para acessar o e-CAC, gerarnoo botão
código de acesso
abaixo:

https://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ssl/atbhe/codacesso.app/PFCodAcesso.aspx

É importante lembrar que não é possível acessar todas as opções no e-CAC


Quero acessar o e-CAC
somente com o código de acesso.
https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login
Para algumas funções como "Imprimir Declaração" ou "Cópia da Declaração" é
necessário ter o Certificado Digital.
Aula – Agendamento Receita Federal
O agendamento serve para você conseguir pegar pessoalmente na Receita
Federal a cópia das últimas declarações do contribuinte.

O responsável por fazer a declaração (você) deve ir na Receita Federal com a


procuração que lhe confere a autorização para administrar interesses em nome de
outra pessoa, nesse caso o contribuinte (cliente).

Obs: se você for fazer sua própria declaração, não é necessário a procuração.

Você irá preencher todos os campos solicitados pelo agendamento com os seus
dados como representante e os do seu cliente.

Assim como também definir qual serviço você deseja agendar: Demonstrativo
e Cópia da Declaração ou Cópia do Recibo de Entrega.

Lembre-se: a Receita só irá atender referente ao agendamento do serviço que


você fez. Não adianta chegar lá e querer outras coisas.

Assim que você concluir o agendamento, o comprovante será emitido e você


pode imprimir para apresentá-lo no dia em questão.

Clique aqui para fazer seu agendamento


https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/saga/agendamento/RegrasAgendamento.aspx
Aula – Conceito de Ano Calendário e Exercício
O ano-calendário é referente ao ano em que o contribuinte está recebendo a sua
renda, referente a aquisição de bens, patrimônio, despesas e etc.

O ano-exercício é o ano em que se apresenta todas essas informações para o


Fisco.

Então, se estamos falando sobre o exercício no ano de 2024, tudo que ocorreu
do dia 01/01/2023 até o dia 31/12/2023 deve ser informado na Declaração de
Imposto de Renda 2024.

Em resumo, o que você precisa analisar é:

Se você tem um bem, à partir do dia 01/01, você precisa colocá-lo como Saldo
Anterior.

Se no dia 31/12 você ainda possuir esse bem, você precisa colocá-lo no Saldo
Final. Se não possuir, coloque zero.

Se você nunca declarou um bem, não declare ele em um único ano, como por
exemplo um carro. Porque você não adquiriu ele da noite pro dia.

Então se houver um bem a ser declarado esse ano, mas você já o possuía
anteriormente, o correto a se fazer é declarar o Saldo Anterior desse bem e retificar
nas declarações anteriores colocando o saldo de cada ano.

E para te ajudar nisso, é interessante que seja feito um acompanhamento dos


cálculos na planilha em Excel.
Relação de Documentos IRPF
Se o cliente fez as declarações dos anos anteriores, esse é o principal
documento que você precisa para fazer a declaração de imposto de renda dele.

Agora, se o contribuinte nunca tiver entregado a declaração de imposto de


renda, você precisa solicitar todos os documentos que estão descritos no arquivo em
PDF "Relação de Documentos“ do Curso IRPF, sendo eles referentes aos:

Dados Pessoais
Renda
Patrimônio
e Despesas Dedutíveis

Você também precisa solicitar todos os informes de rendimento que ele recebeu
referente ao ano-calendário.

E não se esqueça de perguntar também se ele fez algum investimento em renda


variável, pois precisa ser declarado.

Fazer esse questionamento com seu cliente é muito importante, para que nada
"passe batido" e fique sem declarar, gerando pendências no futuro.
MÓDULO 2 –
DECLARAÇÃO NA
PRÁTICA
Aula – Download do Programa
Você irá digitar "download IRPF 2024" no Google.

O primeiro link que aparecer na tela é o que você precisa clicar para ter
acesso ao Portal do Governo e baixar o programa da declaração.

A minha maior preocupação é que você entre em algum site errado e baixe
um vírus no seu computador. Então veja se a URL inicia com o “gov.br”, pois esse
é o portal oficial do governo.

Para fazer o download, basta clicar no botão verde "Baixar programa". Em


seguida é só instalar no computador.

2024
2023

Clique no botão abaixo para acessar o site da Receita Federal e baixar o


programa de Declaração do Imposto de Renda 2024:

Fazer o download do Programa IRPF 2024


https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/download/pgd/dirpf
Cadastro
O primeiro passo para iniciar o preenchimento da declaração corretamente é
realizar o Cadastro do Contribuinte no Programa IRPF 2024.

E antes de iniciar o cadastro, é necessário importar a Declaração de Imposto


de Renda do ano anterior dentro do programa (caso haja).

Você poder fazer o cadastro do contribuinte dentro do programa, na primeira


ficha chamada Identificação do Contribuinte.

Nessa ficha, você irá inserir todas as informações referentes ao contribuinte,


como: CPF, endereço, título de eleitor, data nascimento, etc...

No campo "Houve alteração de dados cadastrais?" você marca sim ou não


para a situação da pessoa ter mudado alguma documentação de acordo com seu
estado civil (solteiro, casado, divorciado, etc).

Outro ponto importante é verificar se o endereço do contribuinte está


atualizado para o local atual que ele vive.

Solicite o máximo de informações possíveis do seu contribuinte!

Na aula sobre Relação de Documentos, Módulo de Conceitos Básicos,


contém um arquivo com Checklist de documentos para você solicitar ao seu
cliente.

Fique atento apenas a parte de "Ocupação principal" onde você precisa


selecionar a atividade desse profissional.

É importante ressaltar que existem profissões como a de Médico, sendo


principalmente profissional liberal, onde até o recibo que ele emite é dedutível do
imposto de renda.

Então o programa já envia um alerta amarelo para a Receita Federal.


Isso se deve ao fato de que algumas profissões são mais fiscalizadas do que
outras.

E se você não encontrar especificamente a ocupação profissional do


contribuinte, selecione a mais próxima.

Afinal de contas, o programa não tem todas as atividades de trabalho do


mundo.

Obs: faça o possível para não marcar a opção "outras ocupações".


Retificação
É possível fazer a retificação/alteração na Declaração antes
de transmiti-la, caso tenha faltado declarar algo ou precise fazer ajustes em alguma
informação.

Mas a grande dúvida é: como fazer a retificação de uma declaração e depois


transmiti-la corretamente?

É necessário acessar o Recibo de Entrega da Declaração Original do


contribuinte.

Na segunda página desse documento, é possível encontrar o Número do Recibo


da Declaração.

E é através dele que você consegue fazer ajustes e retificar a declaração


original.

Veja um exemplo prático:

Digamos que você esqueceu de declarar um carro que possui. Você deve seguir
esse passo a passo para retificar sua declaração:

1. Copiar o número do recibo;


2. Selecionar no programa IR a opção "Declaração Retificadora", dentro da
Ficha Identificação do Contribuinte;
3. Inserir o número do recibo no campo que o solicita;
4. Ir na ficha de Bens e direitos e declarar o carro.

Vale ressaltar que a declaração retificadora substitui todas as informações da


declaração anterior, ou seja, você altera, acrescenta ou remove o que precisa ser
ajustado e pronto.

Não mexa nas outras informações, pois elas continuaram cadastradas.

Ao concluir os ajustes, basta clicar em Transmitir Declaração e estará tudo


concluído.
Comprovante de Rendimentos

O Comprovante de Rendimentos é um comprovante que declara toda renda


paga ao contribuinte e o imposto que foi retido.

Quem é que retém imposto?

Somente as empresas, pessoas jurídicas.

O motivo para ser as empresas à fazer esse serviço e que é mais fácil para a
Receita Federal fiscalizar 1 milhão de empresas, do que fiscalizar 200 milhões de
contribuintes.

É mais fácil centralizar a cobrança de impostos do que fazer fragmentado para


cada contribuinte.

Portanto, toda empresa é obrigada a entregar no mês de Fevereiro do ano


seguinte o Informe de Rendimentos para esse contribuinte que prestou serviço para
ela.

Por curiosidade, na parte do Informe de Rendimento tem o campo "Natureza do


Rendimento” que mostra se a pessoa que prestou o serviço é autônoma, assalariado
ou é um aluguel.

Sendo esses 3 supracitados os mais conhecidos, existem muitas outras


naturezas de rendimento, que você pode conhecer acessando o material dessa aula
no curso.

Fique atento que o informe de rendimento precisa ser do ano-calendário 2023 e


exercício 2024, para você não fazer a declaração do ano errado!

E para preencher os informes de rendimento na declaração é muito simples,


basta ver os números que estão no documento e inserir em cada ficha no programa
da declaração IRPF 2024.
Comprovante de Rendimentos: Aposentadoria INSS

Existem muitos contribuintes que são aposentados e não receberam seus


informes de rendimento da aposentadoria em casa.

Dito isso, é necessário acessar o site do INSS pela internet para imprimi-lo.

Porém alguns aposentados, por conta da idade, têm dificuldade com os


mecanismos digitais.

Nessa situação, é importante que você saiba como gerar esse comprovante de
rendimento para seus clientes aposentados.

E para gerá-lo, basta acessar o site da Previdência Social, informar o Número


do Benefício, a Data de Nascimento, o Nome do Beneficiário, o CPF e fazer a
autenticação do reCAPTCHA.

Gerar informe de rendimentos INSS


https://extratoir.inss.gov.br/irpf01/pages/consultarExtratoIR.xhtml

Feito todos os passos anteriores, agora é só imprimir o documento gerado!


Declaração de Espólio
A declaração de Espólio é feita quando o contribuinte já faleceu, ele possui
bens e direitos e esses bens irão para os herdeiros.

A primeira coisa a ser feita é levantar o inventário dele, para ser feito o formal
de partilha e dividir entre os herdeiros.

E existem duas formas de fazer isso:

Partilha por Escritura Pública

Feito no cartório, quando todos os herdeiros estão de acordo e o falecido não


deixou nenhum testamento.

Partilha por Decisão Judicial

O juiz quem determina a partilha dos bens. É feito principalmente quando o


falecido deixou um testamento ou quando o herdeiro é menor de idade ou incapaz.

A declaração de espólio tem 3 fases: a inicial, a intermediária e a final:

Na fase inicial, que é a do ano de falecimento do contribuinte, você irá declarar


o imposto de renda dele normalmente.

Porém, na ficha de Identificação do Contribuinte você irá inserir o código 81,


que se refere ao Espólio.

E após fazer isso, automaticamente abrirá uma nova ficha para ser preenchida
na declaração, a ficha de Espólio.

Dentro dessa ficha, é possível encontrar o campo do Inventariante, que seria a


pessoa responsável todos os anos por fornecer as informações do contribuinte
falecido, geralmente sendo a meeira (esposa).

Digamos ainda que este formal da partilha demore anos para sair, então é
necessário repetir essa declaração todo ano, informando os dados do contribuinte
como se ele estivesse vivo, mas lembrando de inserir o código 81 de espólio.
Depois da primeira declaração transmitida após o falecimento, é necessário
emitir as declarações depois da inicial e antes da partilha.

Somente no ano que sai o formal de partilha que é feito a declaração final de
espólio.

Fique atento porque quando essa declaração final é feita, o CPF do contribuinte
é cancelado. Então é de extrema importância que o formal de partilha já esteja nas
mãos dos herdeiros.

Se o formal de partilha sair até o dia 28 de Fevereiro de 2024, entrega-se a


declaração de espólio referente a esse ano.

Se esse documento sai à partir de 1 de Março, você entrega a declaração no ano


seguinte.
Conceito de Patrimônio
Patrimônio é o conjunto de bens e direitos que o contribuinte tem, menos todas
as obrigações que ele possui.

O patrimônio líquido é encontrado quando se faz a somatória de todo dinheiro


e bens que o contribuinte possui e subtrai-se as dívidas. O que sobra desse cálculo é
o patrimônio líquido.

Para encontrar o patrimônio líquido de uma pessoa, basta avaliar quais são os
bens (casa, carro, moto, etc.) e direitos que ele tem (bitcoins, aplicações financeiras,
investimentos, etc.), depois subtrair de todas as despesas/obrigações (empréstimos,
etc.).

Esse conceito serve para você conseguir entender o que é a Evolução


Patrimonial do contribuinte, ao preencher a declaração.
Conceito de Origens e Aplicação - Despesas e
Patrimônio
Ainda em relação ao patrimônio, é importante conhecer os conceitos de renda
tributável, renda isenta, renda de tributação exclusiva, e despesas.

Renda tributável pode ser definida como qualquer forma de receber um valor
financeiro através do trabalho ou de um capital, podendo ser:

Salário
Serviços Autônomos
Previdência Privada - PGBL
Recebimento de Aluguel

Renda Isenta é toda renda cujo Governo decidiu não cobrar impostos, sendo
eles:

Rendimento de poupança
ex.: início do ano tinha R$100 guardado, ao final do ano R$110, o Governo não irá
cobrar imposto sobre os R$10.

Parcela Isenta +65 anos


ex.: independente de quanto o contribuinte ganha, será subtraido R$1903,58 do
imposto devido.

Apólico de seguros
ex.: todo dinheiro recebido de seguro do carro é isento.

Recebimentos de doações e heranças


ex: qualquer doação ou herança recebida tem imposto isento para o receptor.

Entre outros...

Renda Tributária Exclusiva ou Definitiva, diferentemente da Renda tributária,


não solicita imposto a pagar e nem a restituir.

Na Tributação Exclusiva, o contribuinte paga o imposto e não precisa mais se


preocupar com ele. Porque não haverá nada à mais para pagar e nem para restituir.
Como acontece com a:
Renda 13º Salário
Renda de Aplicação Financeira

De uma maneira breve, a renda é a origem dos ganhos.

Com as rendas o contribuinte gasta (despesa) ou investe (patrimônio).

As despesas são os gastos que se faz com essa renda, como:

Viagens
Alimentação
Escola
Etc...

Patrimônio é um bem ou direito que tem valor e você adquire ou investe seu
dinheiro, como:

Carro
Casa
Ações
Consórcios
Poupança
etc...

As aplicações em despesas não são necessárias declarar, mas dependendo de


quais gastos você teve (despesas médicas, despesas com instrução, etc...) é
conveniente você declarar para receber benefícios fiscais.

Por outro lado, é obrigatório declarar as aplicações em patrimônio.

Todos os bens que não estejam listados na relação do IRPF e seja acima de
R$5.000,00 devem ser declarados. Veja o exemplo a seguir:
Caneta BIC Azul Caneta Tinteiro Meisterstück Great
R$2,99 R$20.800,00

NÃO PRECISA DECLARAR PRECISA DECLARAR

Em relação a contas bancárias, é preciso declarar quando o valor for superior a


R$140,00, incluindo poupanças e contas correntes.

É importante também saber que a origem da compra de um bem não precisa ter
como renda da origem no momento da compra, podendo assim serem retificadas as
declarações anteriores para justificar a compra.
Cálculo da Evolução Patrimonial
Aprender a fazer o cálculo da evolução patrimonial é muito importante para
evitar cair na malha.

Para isso, disponibilizamos uma planilha já pronta para realizar o cálculo


dentro da plataforma do curso.

Você irá preencher os campos da planilha com as informações de Dívida e


Ônus do contribuinte, inserindo o saldo inicial do patrimônio no dia 01/01/2023 e o
saldo final no dia 31/12/2023.

É possível obter essas informações também com as informações das


declarações anteriores.

Na aba de Deduções, na planilha, você irá preencher todas as despesas no ano,


os impostos sobre a renda pago, os pagamentos efetuados, e outros pagamentos.

Na aba de Renda, na planilha, você irá preencher o total de rendimentos


tributáveis, os rendimentos tributáveis isentos, os rendimentos exclusivos, os
rendimentos líquidos de renda variável, e outros rendimentos.

Após ter seguido esses passos, basta abrir a aba de Resultado para checar se a
situação da Evolução Patrimonial deu Positivo ou Descoberto.

De maneira prática, o que você precisa fazer é manter a Evolução Patrimonial


no positivo.

Pois isso demonstra que o contribuinte teve renda, investiu em patrimônios e


sobrou um valor aceitável para gastar nas despesas durante o ano.

Quando neste cálculo dá Descoberto, significa que a sua evolução patrimonial


foi maior do que a sua renda anual. E por isso, a Receita Federal irá acender um
alerta na sua declaração, podendo cair até na malha fina.

Afinal de contas, como você adquiriu tantas coisas, sem ter renda suficiente
para isso?

E ainda mais, nem teve despesas mensais para sua sobrevivência.


É importante citar que não existe um valor mínimo que seja considerado ideal
para as despesas, pois variam de acordo com o estilo de vida de cada contribuinte e
localidade onde mora.

Portanto, é muito importante que você faça essa simulação na planilha antes de
enviar a declaração, para evitar cair na malha fina.
Como Declarar Bem Financiado

Para que você possa entender melhor como funciona a declaração de um bem,
entenda a situação muito comum que acontece com diversos contribuintes:

O vendedor possui o bem, mas o contribuinte não tem dinheiro suficiente para
comprá-lo.

Por outro lado, existe o banco que possui o dinheiro e pode financiar esse bem
para ele.

Dessa forma, o banco irá pagar pelo bem, conceder a posse para o contribuinte,
e este irá pagando o financiamento aos poucos para o banco.

O banco não dá dinheiro para o comprador, mas sim para o vendedor.

Dito isso, existem uma grande diferença entre empréstimo e financiamento.

Porque no financiamento, por mais que o contribuinte tenha a posse do bem,


ele não é o dono dele.

Portanto, ele não pode vender esse bem. Afinal de contas, o proprietário é o
banco.

Para o contribuinte ser o dono do bem, ele precisa quitar a sua dívida com o
banco.

E é por esse motivo que não é declarado o financiamento no imposto de renda,


pois o comprador ainda não é o dono do bem.

*O mesmo vale para consórcios.

Para declarar um bem financiado após sua aquisição, é preciso indicar o valor
proporcional ao pagamento que foi efetuado.

Em outras palavras, você irá declarar sobre o que você já pagou daquele bem.
Se o valor de aquisição do bem é de R$75.000,00 e você pagou 6 parcelas de
R$1.250,00 no ano-calendário (totalizando R$7.500,00)...

Você irá declarar somente sobre esses 10% de propriedade que tem sobre esse
bem, que é referente ao valor que pagou.

Lembre-se de fornecer informações no campo de Discriminação, descrevendo


detalhadamente tudo sobre a aquisição desse bem (parcelas, banco, forma de
financiamento, quantidade de parcelas ao todo, etc.).

Quanto mais informação melhor!


Declaração do Contribuinte com 2 Rendas

No caso de um contribuinte com duas rendas, é preciso sempre se atentar ao


correto preenchimento dos dados na declaração.

Na maioria dos holerites, existem dois campos: os vencimentos (rendimentos) e


os descontos.

A maioria dos rendimentos são tributáveis e é necessário somá-los para saber o


total do salário desse contribuinte.

Depois de encontrar esse valor, é preciso descontar o INSS para encontrar a


Base de Cálculo do imposto de renda.

De maneira simples, geralmente já vem especificado a base de cálculo no final


do holerite.

O detalhe importante a ser levado em consideração quanto ao contribuinte tem


2 rendas, é que elas separadamente podem cada uma se encaixar na 1º faixa da
tabela do IR, sendo portanto o imposto isento.

Porém, quando essas rendas são somadas juntas, o contribuinte é obrigado a


pagar imposto. Visto que a base de cálculo fica acima da 1º faixa da tabela.

Vejamos o exemplo de um professor que possui 2 fontes de rendas, ou seja,


trabalha em 2 escolas:

No holerite da Escola 1, a base de cálculo do contribuinte ficou sendo


R$1.812,40. E após os cálculos não houve imposto a pagar.

No holerite da Escola 2, a base de cálculo do contribuinte ficou sendo


R$690,56. E após os cálculos não houve imposto a pagar.

Porém, ao unirmos os dois salários, a base de cálculo desse contribuinte ficou


sendo de R$2.692,55, que é equivalente à 2º faixa da tabela do IR.

Portanto, agora esse contribuinte terá que pagar imposto!

E caso as empresas não façam esse recolhimento, cabe ao contribuinte fazer o


pagamento do imposto via mensalão.
Despesas Dedutíveis: Pagamento da Pensão Alimentícia

A primeira coisa a considerar antes de fazer o preenchimento do alimentado na


declaração é que:

Quem recebe pensão alimentícia não pode ser dependente!

Para preencher na declaração, basta acessar a ficha de Alimentados e inserir se


a Residência é no Brasil ou no Exterior.

Em seguida, informar o CPF do alimentado, a data de nascimento e o nome.

Após seguir esses passos, vá para a ficha de Pagamentos Efetuados e insira o


código 30 para alimentado residente no Brasil ou código 31 para residente no
exterior.

Para finalizar, insira o nome do alimentado, o CPF, o valor pago e a parcela não
dedutível/valor reembolsado.
Pagamento de Aluguel
O pagamento de aluguel não é uma despesa dedutível, mas mesmo assim é
obrigatório informar o pagamento do aluguel recebido.

Simplesmente porque está na lei e nós precisamos segui-la!

A pessoa que está alugando o imóvel (locatário) e realizando esse pagamento,


precisa obrigatoriamente informa-lo no Carnê Leão mensalmente.

Na prática, muitos locatários sonegam imposto e a Receita Federal sabe disso.

Mas para declarar no imposto de renda, basta acessar a ficha de Pagamentos


Efetuados, selecionar o código 70 de Aluguéis de imóveis, inserir o CPF do locador,
o nome do locador e o valor pago.

Lembre-se: isso é uma obrigação fiscal. O locatário precisa declarar, assim


como o locador também!

Se um declarar e o outro não, a Receita Federal irá cobrar multas de 70% do


valor do imposto para o locador e 20% para o locatário.
Como Declarar Saque FGTS e Seguro Desemprego

Muitos clientes na época de fazer a declaração não possuem mais os


documentos com os valores de saques do FGTS e do Seguro Desemprego.

Então é muito importante que você saiba acessar o Portal da Caixa para pegar
essas informações.

Para fazer isso você precisa de alguns dados do contribuinte como CPF e
senha, portanto faça juntamente com ele.

Após se cadastrar, você será direcionado para uma nova página com o acesso
liberado.

No menu superior existe a opção "Seguro Desemprego" e deve-se clicar em


Consulte o Benefício.

Em seguida, selecione o requerimento que você deseja consultar e clique em


imprimir.

Dando sequência, abra o Programa do IR e clique na ficha de Rendimentos


Isentos e Não Tributáveis, selecionando posteriormente o código 26 de Outros.

Para finalizar, informe também o Tipo de Beneficiário, o Beneficiário, o CNPJ


da Fonte Pagadora (07526983000143), Nome da Fonte Pagadora, Descrição e Valor.

Agora, para fazer a declaração do FGTS, acesse novamente o Portal da Caixa e


clique no menu superior em FGTS, selecionando Extrato Completo.

Por fim, imprima o documento e faça o mesmo processo orientado


anteriormente.

Porém, inserindo o código 04 de FGTS e colocando o CNPJ da Caixa


Econômica Federal (00360305000104).
Doações
As doações dedutíveis do imposto de renda não são para qualquer instituição de
caridade!

Por outro lado, essas doações podem ser abatidas diretamente


no seu Imposto.

Por exemplo, se o contribuinte tem R$100 de imposto, você poderá reduzir até
6% desse imposto e abater esse valor do imposto a ser pago na declaração.

As doações podem ser feitas durante o ano-calendário.

Como estamos no ano de 2024, então poderiam ser feitas no ano-calendário


2023 até 6% do valor do imposto.

Neste exemplo, se o contribuinte deve R$100 de imposto, ele pode fazer uma
doação de até R$6.

Existem 2 tipos de doações:

Doações Efetuadas - doações realizadas durante o ano-calendário (de janeiro a


dezembro).

Doações Diretamente na Declaração – doações que você faz durante o


preenchimento.

O único detalhe é que essas doações não podem ser feitas para qualquer
instituição de caridade...

Somente as instituições controladas pelo Governo podem receber esse aporte.

Veja alguns exemplos de instituições que estão aptas a receberem doação:

40 - Estatuto da Criança e do Adolescente


41 - Incentivo à cultura
42 - Incentivo à atividade audiovisual
43 - Incentivo ao desporto
44- Conselho do Idoso
46 - Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com
Deficiência
47 - Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica
80 - Doações em espécie
81 - Doações em bens e direitos
99 - Outras

Depois que você escolhe a instituição que receberá a doação, é necessário


inserir:

1. o código;
2. o CNPJ;
3. o nome do fundo;
4. e o valor a ser pago.

É interessante que você entre em contato com a instituição para verificar como
deve ser feito o pagamento para ela, antes de preencher a declaração de imposto de
renda.

A boa notícia é que essas doações são dedutíveis da Declaração IRPF!

O QUE ACONTECE

O Governo pega o imposto que a gente paga e decide por si próprio para onde será
destinado.

O QUE VOCÊ MUDA

Através das doações, você tem a oportunidade de direcionar 6% do imposto que você
tem a pagar para alguma instituição de caridade.

Ou seja, através das doações você consegue saber para onde seu dinheiro está
indo!

Atenção: Você não vai pagar menos imposto, você só vai saber para onde ele
vai!

Os benefícios de realizar as doações é que se houver restituição, o contribuinte


irá receber mais.

Assim como se eu tiver que pagar imposto, irá pagar menos.


Atenção: As doações só são dedutíveis diretamente do imposto de renda, se a
opção pela tributação for por deduções legais.

Se a opção do contribuinte for por desconto simplificado, não importa o quanto


você doe, esse valor não será descontado do seu imposto a pagar.

Se você possui um cliente que opta todos os anos por deduções legais, é
interessante você informá-lo que essas doações o beneficiam.

Mas lembre-se de fazer os cálculos para não ultrapassar os 6%!

Para fazer Doações Diretamente na Declaração, só é possível escolher duas


opções de instituição:

o Estatuto Da Criança e do Adolescente


e do Idoso.

E se limita a apenas 3% do valor a ser deduzido do imposto.

Para preencher basta inserir o tipo de fundo e o valor.

A data de pagamento da doação (emitida pelo DARF) é até o último dia do


prazo da entrega da declaração.

Se o contribuinte pagar durante o ano-calendário, ele pode doar de 3% a 6%.

Agora se ele não pagou nada durante o ano-calendário, tem como doar
diretamente na declaração somente os 3%.
Declaração da Pessoa Física Do MEI

A primeira coisa a se fazer antes de considerar preencher a declaração de IR, é


definir que a pessoa física é diferente do MEI.

Segundo a resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de 2018, no artigo


106, o MEI não é obrigado a emitir a escrituração de livros fiscais.

Para distribuição de lucros, sem esses livros fiscais, é necessário aplicar 8%


para comércio e 32% para prestação de serviços.

O limite de faturamento anual do MEI é de R$81.000,00.

Fique atento, pois não é o faturamento da personalidade do MEI (pessoa física)!

Ao fazer a distribuição de lucros é necessário inserir a renda do MEI até o


limite de faturamento como Renda Isenta.

Para isso, acesse a ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis, insira o


código 09 de Lucro e Dividendos Recebidos, selecione o Tipo de Rendimento, o
Nome do Beneficiário, o CNPJ da Fonte Pagadora e o Valor.

Para finalizar, revise a aula de Evolução Patrimonial para checar se o cálculo


final do contribuinte irá ficar Positivo ou Descoberto.
Informe de Rendimentos: Banco Itaú

Preencher o Informe de Rendimentos do Banco Itaú na declaração IR é muito


simples e, eu diria, até bem intuitivo.

No informe de rendimentos do contribuinte vai constar diversas fontes


pagadoras e vários tópicos referentes à cada rendimento que obteve desse banco.

Para preencher corretamente na declaração, basta verificar o título de cada


tópico e inserir as informações dentro de sua respectiva ficha do programa IR.

Os saldos inicial e final são declarados na ficha de Bens e Direitos. E os


rendimentos são declarados na ficha em que o tópico está informando.

Veja o seguinte exemplo prático:

No informe de rendimentos mostrado em aula, o tópico 3 se refere ao Saldo em


Contas Correntes e em Prêmios Acumulados em VGBL, portanto devem ser
declarados na ficha de Bens e Direitos.

Insira o código 61, informe o CNPJ da fonte pagadora, discrimine informações


sobre a conta no banco, e insira os valores de saldo inicial (31/12/2019) e final
(31/12/2023).

Funciona da mesma forma para preencher os outros saldos, mas é preciso ficar
atento aos códigos. Para poupança, por exemplo, o código é 41.

Outra coisa importante é que é preciso declarar os juros que se obteve com cada
bem e direito.

Para declarar o juros (rendimentos) da poupança, por exemplo, entre na ficha de


Rendimentos Isentos e Não Tributáveis, insira o código 12, coloque o nome da fonte
pagadora, e o valor que se obteve.

Após fazer todos esses passos, você terá concluído o preenchimento do informe
na declaração!
Plano de Saúde

Todos os planos de saúde apresentam as mesmas informações:

nome da operadora que oferece o plano de saúde;


o CNPJ;
o ANS;
a declaração dizendo que o usuário fez os pagamentos;
e as informações do contribuinte abaixo.

Para declarar o Plano de Saúde no Programa IR, acesse a ficha de Pagamentos


Efetuados, insira o código 26 de “Planos de Saúde no Brasil”, informe o CNPJ da
operadora, o nome, e o valor pago.

Se você quiser declarar o plano de saúde de algum dependente, primeiro você


deve declarar que possui esse dependente na ficha de Dependentes.

Em seguida, retornar na ficha de Pagamentos Efetuados para refazer o mesmo


processo que fizemos anteriormente, porém se referindo à esse dependente.
Como Tirar a Segunda Via da Declaração IRPF Através do
e-CAC
Para você conseguir emitir a última declaração de imposto de renda do cliente
através do e-CAC, é necessário possuir o Código de Acesso.

Para saber como obter o Código, retorne para a aula 1.20 - Código de Acesso do
Módulo 1 deste curso (pág. 30).

Tendo o código de acesso em mãos, você irá acessar o Portal do e-CAC pelo
computador e irá preencher os campos:

CPF
Código de Acesso
e Senha

Se o seu cliente já tiver cadastro no portal, você entra na plataforma somente


preenchendo essas informações.

Mas caso ele não tenha o cadastro, você precisa clicar no botão ao lado "Entrar
com GOV.BR" e cadastrar esse contribuinte.

Após conseguir acessar o e-CAC, você verá um menu na lateral esquerda com a
opção "Processos Digitais".

Clicando nessa opção, você será direcionado para outra página e deverá clicar
em "Abrir Dossiê de Atendimento".

Dentro dessa opção, você irá selecionar no campo Área de Concentração de


Serviços o nome "Cópia de Documentos".
E abaixo, em serviços, irá selecionar "Obter cópia da última declaração IRPF
entregue".

Em seguida, clique em "Abrir Dossiê de Atendimento".

Após 24 horas, você retorna para a página inicial de acesso do portal e clica em
"Meus Processos”, selecionando a opção "Inativos".

Para concluir, selecione o dossiê de atendimento que você fez anteriormente e


clique para baixar a última declaração de imposto de renda.
Como Declarar Recebimento de Pensão Alimentícia

Quem recebe a pensão alimentícia precisa declará-la no imposto de renda.

A pensão para quem recebe é uma renda isenta. Então para informá-la, acesse a
ficha de "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis".

Nesse ano de 2024, foi criado um novo código: 28 - Pensão Alimentícia.

Você irá selecionar esse código, selecionar o beneficiário (titular ou


dependente), colocar o CPF do Alimentante (quem pagou a pensão alimentícia),
nome do alimentante e o valor total pago de Janeiro a Dezembro.

Obs: só é preciso declarar caso exista um Acordo Judicial, assinado pelo Juiz.
Se for pensão alimentícia somente acordada no boca-a-boca, NÃO COLOQUE!

Lembre-se que acordo verbal não tem validade para Imposto de Renda.

Extra: na Aula 1 de Tira Dúvidas do Imposto de Renda tem 1 hora de conteúdo


tirando dúvidas sobre Pensão Alimentícia. Assista para saber mais sobre esse novo
tipo de lançamento no IRPF 2024.
Previdência Privada | PGBL e VGBL
A Previdência Privada VGBL é indicada para quem faz a opção de tributação
pelo desconto simplificado ou não faz a declaração.

Para preencher o Plano VGBL, basta ter o Informe de Rendimentos em mãos e


seguir os passos abaixo:

Acesse a ficha de Bens e Direitos;


Clique em "NOVO“;
No campo Código, insira o número 97 - Vida Gerador de Benefício Livre;

Insira o CNPJ da fonte pagadora;


Insira todas as informações importantes no campo "Discriminação“;

Observação: preste muita atenção no momento de discriminar sobre a


previdência privada, verificando se inseriu a nomenclatura VGBL corretamente.

Insira o saldo em 01/01/2023 e em 31/12/2023;

Se esse contribuinte tiver tido algum rendimento, estará especificado no Tópico


Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva.

E para declara-los no IR, basta acessar a ficha correspondente com o mesmo


nome, dar um "NOVO" e inserir o código 12 - Outros.

Em seguida, insira o Beneficiário, o CNPJ e o nome da Fonte Pagadora,


descreva a situação e o valor.

E após seguir esses passos, você já terá declarado seu Plano de Previdência
Privada VGBL!

Já o Plano de Previdência Privada PGBL é preenchido de forma diferente do


anterior.

Isso se deve ao fato de que esse Plano é indicado para quem faz a declaração
pela opção de tributação por deduções legais.
Para declarar o Plano PGBL, é necessário:

Acessar a ficha de “Pagamentos Efetuados”;


Clicar em "NOVO“;
Selecionar o Código 86 - Previdência Complementar;
Inserir o CNPJ e o nome da sociedade seguradora;
e informar o valor pago.

Atenção: os planos de previdência privada são dedutíveis no imposto de renda,


mas possuem um limite de 12% sobre o valor da renda.

Então, por exemplo, se um contribuinte possuir R$56.100,42 de renda tributável


e quiser saber quanto poderá investir seu dinheiro em previdência privada, basta
fazer o cálculo abaixo:

R$56.100,42 x 12% = R$6.732,05

Portanto, o valor que esse contribuinte pode aplicar em plano de previdência é


de R$6.732,05.

Sendo assim, somente esse valor será deduzido do imposto. O que ultrapassar,
não será deduzido.

Para fazer o Resgate do PGBL, você precisa acessar a ficha de “Rendimentos


Recebidos de Pessoa Jurídica”, e lançar as informações seguindo os passos abaixo:

Inserir o CNPJ e o nome da fonte pagadora, inserir os rendimentos recebidos, e


o imposto retido na fonte.

Obs: os outros campos ficam em branco.

Após ter seguido todos esses passos, você terá declarado os aportes mensais e
os resgates, cada um no seu campo específico. Tudo que você precisa para declarar
os planos de previdência privada no IR!
Declaração pré-preenchida

Para ter acesso a determinados serviços é necessário ter uma conta Bronze,
Prata ou Ouro, no Portal do Governo. Sendo este último, o que permite maiores
recursos para o contribuinte acessar e fazer sua declaração de imposto de renda.

Para entrar no Portal do Governo, digite na pesquisa do Google "gov.br", entre


no site e em seguida clique no botão azul "Entrar com gov.br".

Na página seguinte, digite o CPF do contribuinte e a senha.

Quando você estiver logado na conta, passe o mouse sobre o perfil do


contribuinte e veja em qual nível ele está:

Se estiver abaixo no nível OURO, clique em "Segurança da conta" para cumprir


as tarefas e aumentar o nível da conta.

Muitas pessoas já têm o nível Ouro, mas caso o seu cliente não tenha, solicite
para que ele faça esse procedimento e aumente o nível da conta dele.

Para facilitar, envie esse vídeo para ele e peça para seguir o passo a passo:

https://youtu.be/9PY9PVdTkUY
Para você ter acesso à declaração de anos anteriores, entre no Portal do e-CAC
pelo login gov.br do contribuinte.

Clique no Menu "Meu Imposto de Renda" e selecione o ano que você quer
baixar a declaração.

Após fazer o download, você importa o arquivo dentro do programa IRPF 2024.

• Declaração Pré-preenchida

Entre no Programa IRPF e selecione a opção para iniciar "Nova" declaração.

Em seguida, clique na opção "Iniciar Declaração a partir da Pré-preenchida" >


"Declaração própria".

O programa irá te direcionar para o Portal do Governo e você precisa clicar em


"autorizar".

Quando você retornar ao Programa do IRPF, automaticamente ele irá importar a


declaração pré-preenchida.

O próximo passo é fazer a conferência de quais dados vieram na importação e


se estão corretos. Depois é só dar continuação no processo de preenchimento da
declaração do contribuinte.

Lembre-se de confirmar com o seu cliente se as informações que vieram estão


certas.
FIES

FIES é a sigla para Financiamento Estudantil.

Geralmente as pessoas que desejam fazer alguma faculdade mas não tem
recursos suficientes para pagar, costumam fazer um financiamento estudantil.

O FIES é um financiamento que o Governo promove para os estudantes


fazerem a faculdade. O Governo paga esses custos, e ao final da faculdade, o
estudante paga a dívida para o Governo.

De acordo com o Perguntão da Receita Federal, o FIES não é uma dívida. Então
o pagamento não pode ser lançado em Dívidas e Ônus.

O financiamento, por mais que seja com educação, funciona similar a compra
de um "bem financiado".

Durante o ano letivo, é possível lançar o financiamento do FIES na aba de


Pagamentos Efetuados, código 01, Despesas com Instrução.

Insira o CNPJ e nome da Faculdade.

Obs: só é possível deduzir esses pagamentos enquanto o contribuinte estiver


estudando. Quando acabar os anos letivos e ainda tiver a dívida do FIES para pagar,
não poderá mais ser dedutível nas despesas com instrução.
Consulta ao processamento
Tão importante quanto transmitir a declaração de imposto de renda é também
consultar se o processamento da declaração foi efetuado com sucesso.

ATENÇÃO: o seu trabalho só termina quando estiver tudo OK com o


processamento da declaração.

Para consultar o processamento da declaração, você vai acessar o Portal do e-


CAC pelo login do Gov.br do contribuinte.

Clique no menu "Meu Imposto de Renda" e verifique o ano de cada declaração


e o status de processado delas.

Se tiver com tudo ok, vai estar azul e com o nome "processado".

Se tiver alguma pendência, o título vai estar em vermelho. E ao clicar, você


poderá ver qual é a pendência e como resolvê-la.

Quando estiver tudo certinho com a declaração do seu cliente, mande a


documentação para ele e um print da tela mostrando que está tudo processado.
MÓDULO 3 –
CARNE LEÃO
O que é Carne Leão?
A palavra Carnê se refere à mensalidade ou algo pago todos os meses.

O termo Leão se refere ao imposto que deve ser pago para o Governo.

Ou seja, são impostos retirados da sua renda e que devem ser pagos
mensalmente para o Governo.

Atenção:
Muitas pessoas acham que podem pagar esses
impostos anualmente, mas não é aconselhável!

Como o próprio nome já diz, a obrigatoriedade desse pagamento é mensal.

Em outras palavras, a apuração e o pagamento do imposto é feita cada mês,


salve a exceção do produtor rural.

Veja os exemplos de 2 tipo de contribuintes a seguir, para entender melhor a


importância de pagar o carnê leão mensalmente:

CONTRIBUINTE 1 - ASSALARIADO

Todo mês é descontado o INSS e todo mês é descontado o imposto de renda


dele.

Querendo ou não, já recebe seu salário líquido, porque seus impostos já foram
descontados pela empresa na qual trabalha.
CONTRIBUINTE 2 - AUTÔNOMO

O contribuinte autônomo tem a “opção” de não pagar os impostos


mensalmente.

E na maioria dos casos ele escolhe/deseja não pagar por "n" motivos, seja por
que tem outras prioridades ou porque possui muitos compromissos (contas a
pagar) no mês.

Ou seja, ele vai deixando de lado suas obrigações ou vendo um jeitinho de


prolongar o tempo para fazer o pagamento dos impostos.

Veja o quanto a situação do


Contribuinte 2 pode ser complicada!

Como já foi dito anteriormente, o pagamento do Carnê Leão mensalmente é


obrigatório por lei e, além de tudo, esse contribuinte pode ser penalizado se essa
situação cair na malha fiscal.

A grande verdade é que a maioria dos contribuintes autônomos não pagam o


carnê leão mensalmente!

Podem até pagar um mês ou outro... mas sempre acabam deixando tudo para
resolver na Declaração do Imposto de Renda.

E o que é mais comum nisso tudo é aquela velha frase para o responsável pela
declaração desse contribuinte: "dá um jeitinho aí pra eu não pagar imposto."

Quem que não deseja se livrar dos impostos? Todo mundo, inclusive você.

Mas infelizmente para o contribuinte autônomo que não paga o carnê leão
corretamente, isso é bem difícil de ser escanteado na declaração.

Quem é obrigado a pagar o Carnê Leão?

Todo e qualquer contribuinte que não tenha vínculo empregatício com uma
fonte pagadora (uma empresa).
Se ele não tiver nenhum vínculo trabalhista com uma empresa, esse
contribuinte precisa pegar a renda dele e levar para o livro do Carnê Leão,
apurar o imposto e realizar o pagamento do mesmo.

Portanto, ele precisa conhecer as regras do carnê leão para saber usar
todos os benefícios fiscais.

Em outras palavras, todo contribuinte que não é assalariado e nem tenha


registro de carteira de trabalho, mas possua renda, é obrigado a apurar o
imposto de renda no carnê leão e também pagar.

Veja o seguinte exemplo para entender uma situação que esse tipo de
contribuinte pode estar envolvido:

CONTRIBUINTE AUTÔNOMO CONTRATADO PELA EMPRESA 1

O contribuinte não tem vínculo empregatício, nem é assalariado. Porém,


foi contratado por uma grande empresa (empresa 1) para realizar uma
prestação de serviços pontual.

A empresa irá fazer todo o procedimento fiscal nos moldes do Governo e


da legislação.

Essa empresa irá pagar R$2.500 pelo serviço prestado, inserindo-o na


folha de pagamento dela como contribuinte autônomo, irá descontar o INSS
dele e também descontar o imposto de renda.

Ao final do ano, mais precisamente em Fevereiro, essa empresa irá


entregar para ele o informe de rendimentos, onde especifica que ele é um
contribuinte autônomo e não é assalariado.

Portanto, na declaração do imposto de renda esse contribuinte não precisa


fazer a apuração do carnê leão referente à essa renda, porque a empresa já
havia descontado o imposto.

Agora veja a situação que acontece


em 90% das vezes:
CONTRIBUINTE AUTÔNOMO CONTRATADO PELA EMPRESA 2

O contribuinte presta um serviço para uma empresa (empresa 2) e a


pessoa jurídica não fez a dedução dos impostos desse serviço.

Por exemplo, o contribuinte autônomo foi nessa empresa e fez a


manutenção do ar-condicionado.

Mas a empresa (a maioria no Brasil) não possui infraestrutura suficiente


ou departamentos organizados para fazer a parte fiscal corretamente.

Sendo assim, não existe ninguém focado somente na parte administrativa


para realizar o pagamento desse prestador de serviços e descontar o imposto.

O resultado é que o contribuinte recebeu pelo serviço, mas não pagou o


imposto dele.

Qual é a solução para esses casos?

É necessário apurar o Carnê Leão desse serviço realizado e pagar o


imposto de renda.

O contribuinte precisa especificar no carnê que recebeu por esse serviço,


mas não declarar nem CPF e nem CNPJ.

Essa solução proposta para o contribuinte não está na lei. Não é


tecnicamente o certo a se fazer. Mas estamos no Brasil! As vezes a lei não
bate com a realidade.

Uma coisa é uma empresa grande que possui uma estrutura para fazer
corretamente os acertos para o prestador de serviços...

E outra é uma empresa pequena que só tem 1 pessoa para fazer tudo!

Portanto, o melhor a se fazer nesses casos é ir no Carnê Leão, declarar a


renda desse contribuinte, apurar o imposto e fazer o pagamento.
Você só inverte os papéis: ao invés da empresa descontar, é o contribuinte
que irá pagar o imposto.

Porque no fim das contas, o que a


Receita Federal quer é DINHEIRO!

Desde que o imposto seja pago e chegue até eles, está tudo certo.

Atenção: o problema é sonegar renda


e não pagar imposto, lembre-se disso!
Plano de Contas
O sistema de carnê leão é um dos mais simples disponibilizados pela
Receita Federal.

Ao abrir pela primeira vez, é possível importar os dados do ano anterior.

No carnê leão, é preciso informar a ocupação principal do contribuinte,


junto com o nome completo e os endereços.

Entre as profissões mais comuns, estão advogados, dentistas, professores e


jornalistas.

É importante se atentar às diferentes fontes de rendimento, sendo que a


renda maior deverá ser apontada como ocupação profissional.

Na aba de Plano de contas, é possível visualizar todas as possíveis despesas


dedutíveis e despesas não dedutíveis.

Cabe ao profissional que está gerando o carnê leão verificar se as despesas


são de fato dedutíveis, dependendo da rotina do contribuinte.

Também é possível incluir novos serviços não descritos pelo próprio


programa da Receita Federal.
Escrituração das Despesas
O autônomo é equiparado à uma empresa, só que ele é uma pessoa física
(ele não regularizou suas atividades e não abriu um CNPJ).

Talvez porque a atividade que ele exerce não permita (ex.: perito judicial,
dono de cartório, etc...) ou tenha outros motivos.

É fato que ele possui a mesma estrutura de uma empresa:

Receita Custo Despesa Lucro


(que seria o salário)

Então a legislação nos permite deduzir da renda dele todas as despesas que
ele teve, para só depois apurar o cálculo.

O autônomo tem o benefício fiscal de poder incluir nas despesas dele todo
tipo de despesa que ele teve para conseguir executar o serviço na qual foi
contratado.

Lembra do exemplo do prestador de serviço de manutenção de ar-


condicionado?

Neste caso, ele pode deduzir na declaração todos os custos que teve com
parafusos, tubulação, canos e equipamentos que teve que comprar para executar
seu serviço.

E para facilitar a sua vida, existe o programa citado anteriormente chamado


Carnê Leão que já faz todos esses cálculos para você.

Apesar da legislação conceder o benefício fiscal de poder deduzir do


imposto de renda as despesas que o contribuinte autônomo tem, nem tudo é
dedutível!

Isso se deve ao fato de que só pode ser deduzido despesas que tem ligação
direta com a atividade que o profissional exerce.

Se a despesa fugir um pouquinho dessa regra, ela não pode ser deduzida!
E para visualizar isso, veja este exemplo:

SITUAÇÃO 1 - MÉDICO

Um médico compra um terno para se vestir no seu ambiente de trabalho.

Porém esse terno não faz, de fato, parte da atividade que ele exerce. Então não
pode ser dedutível.

SITUAÇÃO 2 - ADVOGADO

Já um advogado, compra um terno para se vestir no seu ambiente de trabalho.

Porém, esse mesmo terno pode ser usado para outras finalidades, como:
frequentar uma festa, ir a uma casamento, ir a um evento, etc...

Então também não pode ser dedutível!

É um pouco complicado, mas a ideia é simples: qualquer despesa que você


precise pensar se é dedutível ou não, provavelmente não é dedutível.

ATENÇÃO:

E para definir esse critério, não existe uma tabela que define quais despesas são
dedutíveis ou não no Carnê Leão, então isso é totalmente interpretativo!

Por outro lado, despesas comuns como água, aluguel, luz, internet e outras,
são 100% dedutíveis.

Não importa o valor, essas despesas podem ser deduzidas no Carnê Leão.
Como fazer o lançamento no Carnê Leão?

Para fazer o lançamento é preciso descrever o item da compra, o número da


nota fiscal ou do recibo, e o nome da empresa.

Esse padrão não é obrigatório, mas é bem aceito pelos fiscais da Receita
Federal!

Lembre-se de guardar todos esses documentos que comprovem a compra,


como recibos e notas fiscais por pelo menos cinco anos.

No caso de gerar um grande número de carnê leão, fica mais fácil adotar um
padrão para que nada seja esquecido durante o preenchimento.

No caso de pagamento para autônomos, é preciso agora também informar o


CPF do prestador de serviço.

Após realizar os lançamentos, é possível visualizar um resumo do carnê leão.


Carnê Leão: Demonstrativo de Apuração

A empresa é responsável por recolher o imposto da prestação de serviço que


um contribuinte pessoa física fez para ela.

Sempre que houver a prestação de serviço a uma empresa, essa se torna


responsável por fazer a retenção do imposto.

Porém, quando a prestação de serviços é de uma pessoa física para outra, o


pagador é o responsável por fazer a retenção do imposto.

Tanto os serviços recebidos e executados pelo autônomo devem ser lançados


no livro-caixa/escriturário.

Todos os autônomos que prestam serviços para pessoas físicas são obrigados
a entregar o carnê leão, já os autônomos que prestam serviços para pessoas
jurídicas não são obrigados.

No caso do autônomo prestar serviços para ambos, não é necessário informar


os serviços prestados para as empresas.

Em todos os casos, é preciso se atentar se o valor está abaixo do valor mínimo


da tabela progressiva.
Carnê Leão: Apuração

O Carnê Leão um documento muito importante e por isso é aconselhável


salvar sempre uma cópia de segurança, no seu computador, de todas as
informações enviadas para a geração do carnê leão.

Ao enviar o carnê leão pelo programa, é indicado uma revisão ampla caso
algum campo necessário não tenha sido preenchido.

No final dos lançamentos, é importante imprimir o livro caixa, assim como


acontece com a contabilidade de empresas. Como forma também de sanar a
maioria das dúvidas, há um sistema de ajuda completo que auxilia seu correto
preenchimento disponível no programa da Receita Federal.

É importante sempre lembrar que o carnê leão é usado somente para


lançamentos de pessoas físicas. Os lançamentos por parte das pessoas físicas
devem ser retidos na fonte, como descrito nas normas da Receita Federal. É
essencial explicar essas peculiaridades do programa para os contribuintes, a fim
de evitar mal entendidos.

No caso do pagamento do INSS, o correto é lançar também os pagamentos


para serem dedutíveis. O mesmo vale para pagamentos de pensões, doações e
outras despesas dedutíveis.
MÓDULO 4 –
GANHO DE
CAPITAL
Ganho de Capital: Introdução
Ganho de Capital se refere à uma venda de um bem, no qual você obteve
lucro.

Um ganho de capital é alcançado quando se obtém um lucro através de


alguma operação, como venda, aluguel ou prestação de serviços.

Quando você tem um bem (ex.: carro), você vende ele e obtém lucro, você
teve um ganho de capital.

Também é possível conseguir um ganho de capital através da compra de


uma moeda, como o dólar, e depois vender por um preço superior.

Todo o ganho de capital é tributado em 15% pela Receita Federal, e é


classificado como Tributação Exclusiva.
Ganho de Capital: Alienação de Bens

Para a Receita Federal, é considerado isento qualquer ganho de capital até


R$35.000.

ALIENAÇÃO DE BENS

Isento Tributável

Até R$ 35.000 Tabela Progressiva

Por Mês Recolher Imposto


Mês Seguinte

TABELA PROGRESSIVA SOBRE GANHO DE CAPITAL

Até R$5.000.000 15%

Até 10.000.000 17,5%

Até R$30.000.000 20%

Acima de R$30.000.000 22,5%

Veja um exemplo prático de isenção:

CUSTO DE VALOR LUCRO / GANHO DE


BEM
AQUISIÇÃO ALIENAÇÃO CAPITAL

CARRO R$ 25.000 R$ 30.000 R$ 5.000

ISENTO
Veja um exemplo prático de rendimento de tributação definitiva:

CUSTO DE VALOR LUCRO / GANHO DE


BEM
AQUISIÇÃO ALIENAÇÃO CAPITAL

CARRO R$ 25.000 R$ 40.000 R$ 15.000

DESCRIÇÃO VALOR
Ganho Capital – Carro R$ 15.000
Imposto 15%
Valor a Recolher R$ 2.250,00
Ganho de Capital: Alienação Imóvel Único

Regra de Isenção do Ganho de Capital para um Único Imóvel:

Possuir um único imóvel

Alienação até R$440.000,00

Não realizou outra alienação nos 5 últimos anos


Acima de R$440.000,00

Faz tributação normal

TERRENO
O IMÓVEL PODE SER:
GALPÃO

COMERCIAL

INDUSTRIAL

RURAL

SITUAÇÃO 1
ALIENAÇÃO CUSTO LUCRO
CASA
R$ 300.000,00 R$ 200.000,00 R$ 100.000,00

LUCRO ISENTO

SITUAÇÃO 1
ALIENAÇÃO CUSTO LUCRO
CASA
R$ 500.000,00 R$ 450.000,00 R$ 50.000,00

LUCRO TRIBUTÁVEL DEFINITIVA


Ganho de Capital: Isenção Imóveis Residenciais

Regra de Isenção do Ganho de Capital para Imóveis Residenciais:

Na aquisição de outro imóvel residencial

Dentro de 180 dias

Não utilizou benefício fiscal nos últimos 5 anos


Pode ter vários imóveis

O contribuinte pode ter diversos imóveis

A isenção aplica-se apenas para imóvel residencial

Terrenos

Garagens

Não tem isenção

Galpão

Outros
Ganho de Capital: Fatores de Redução

O fator de redução pode variar entre 5% a 100%, e existem três fatores de


redução que hoje podem ser aplicados.

Vale ressaltar que são fatores de redução, e não de isenção dos impostos
devidos.

1° LEI 7.713/88 Art. 18 – 5% a 100%


LEI 11.196/05

2° FR1 – 01/96 até 11/05

3° FR2 – 12/05 até Data Alienação

1° LEI 7.713/88 Art. 18

ANO PERCENTUAL ANO PERCENTUAL


AQUISIÇÃO DE REDUÇÃO AQUISIÇÃO DE REDUÇÃO

1969 100% 1979 50%

1970 95% 1980 45%

1971 90% 1981 40%

1972 85% 1982 35%

1973 80% 1983 30%

1974 75% 1984 25%

1975 70% 1985 20%

1976 65% 1986 15%

1977 60% 1987 10%

1978 55% 1988 5%


Fatores de Redução – FR1

Aplica-se para imóveis adquiridos de janeiro/96 até 11/2005.

Fórmula para determinar o percentual de redução.

1

1,0060

M¹ - número de meses da data de aquisição até 11/2005

Fatores de Redução – FR2

Aplica-se para imóveis adquiridos à partir de 12/05 até a data


da alienação.

Fórmula para determinar o percentual de redução

1

1,0060

M¹ - número de meses da data 12/05


(data de aquisição até a data de alienação)

Alienação de Espólio
Imóvel 1980

Redução Lei 7713/88

FRI 1 30/06/19

FRI 2 R$ 100.000,00 R$ 500.000,00


MÓDULO 5 –
PRODUTOR RURAL
Produtor Rural: Conceitos Iniciais
O produtor rural tem várias peculiaridades em relação à declaração de
imposto de renda.

O produtor rural é definido como uma pessoa física que exerce uma
atividade rural em qualquer propriedade.

Eles atuam na agricultura, pecuária e pesca, em sua maioria.

O que diferencia um produtor rural das outras atividades da produção, é que


o produtor rural trabalha apenas com produtos in natura, ou seja, na sua forma
mais natural sem acrescentar nada e nem modificar as propriedades.

O artigo 50 da lei 9.250 de 1995, especifica detalhadamente as atividades


dos produtores rurais.

A lei indica que atividades realizadas após a produção natural da matéria


prima, como a comercialização dos insumos, não é considerada atividade rural.

As atividades de exploração do solo também não é considerada atividade


rural, e nem os serviços prestados diretamente a animais.

Por exemplo, a atividade que os veterinários exercem não são consideradas


atividades rurais.

Nem mesmo o turismo que tem como principal atividade conhecer


instalações em fazendas e campos.

A apuração do produtor rural é diferente dos outros tipos de contribuintes!

O produtor rural pode ter prejuízo e não só apenas lucro como os


assalariados.
Dessa forma, caso em algum ano o produtor rural tenha prejuízo em suas
atividades, ele pode considerar esse prejuízo nos próximos anos de declaração,
através da Tabela Progressiva do Imposto de Renda.

Também no caso do produtor rural também ser um assalariado, pode ser


usado esse prejuízo para abater em seus pagamentos para a declaração.

Mas para isso, é preciso fazer o Livro Caixa do Produtor.

Nesse caso, ele pode tributar de forma simplificada, tributando 20% da


renda bruta.

E ao optar pela tributação simplificada, não é possível compensar os


prejuízos dos anos anteriores.

O produtor rural é dispensado de fazer o livro caixa quando a renda bruta


for até R$56.000.

Mas mesmo não sendo obrigado a fazer o livro caixa, é preciso ter toda a
documentação dos insumos utilizados.

Para o produtor rural, o livro caixa não precisa ter obrigatoriedade de


registro, ao contrário do livro caixa gerados pelas empresas contábeis.
Produto Rural: Legislação
A Instrução Normativa nº 83, de 11/10/2001, trata sobre a tributação dos
resultados das atividades rurais.

Nessa instrução, é possível entender melhor as definições das atividades


enquadradas como rurais, inclusive a distinção dos produtos agrícolas com os
produtos industrializados.

Por exemplo, a transformação de derivados do leite, como requeijão e


manteiga, ainda é considerado atividade rural.

Também informa algumas atividades que não são atividades rurais.

Tenha essa instrução normativa com um guia para você checar sempre!
Produtor Rural: Nota Fiscal
O produtor rural deve sim preencher nota fiscal na venda de seus produtos.

Segundo instrução normativa nº 83, de 11/10/2001, os produtores rurais


devem fornecer a nota fiscal assim como aconteceria em qualquer outra
atividade de venda.

O produtor rural poderá emitir a nota fiscal a partir do mesmo meio dos
outros comerciantes.

Quase em todos municípios do Brasil, a emissão ocorre a partir do Portal da


Prefeitura do Município.

E em muitas cidades também já está disponível a possibilidade da nota


fiscal eletrônica.

É importante que o produtor rural sempre tenha em mãos os comprovantes


de compra, inclusive as notas fiscais dos insumos comprados.

Para a emissão, é preciso solicitar a autorização da Secretaria de Fazenda de


cada estado, que regulamenta a autorização desse tipo de nota fiscal.

Após esse credenciamento, é necessário o produtor rural obter um


certificado digital.

Após o credenciamento e a assinatura digital, é possível que o produtor


rural comece a emitir a nota fiscal.

Há muitos programas pagos que fazem a emissão, porém, o SEBRAE


disponibiliza um programa que faz muito bem essa função de forma gratuita.
Produtor Rural: Receitas
Diferente dos assalariados, os produtores rurais precisam fazer a apuração
somente de forma anual.

A receita bruta da atividade rural, basicamente, é a venda dos produtos


gerados na atividade rural.

Os produtores rurais geralmente recebem subsídio do Governo, e esse é


tratado também como receita.

Muitos produtores rurais também fazem permuta de seus produtos, e esses


também são considerados como receita.

Ao fazer permuta, os produtos recebidos devem ser considerados como


bens, e não é possível emitir nota fiscal dele, pois o produtor que recebeu esse
produto não é o produtor.

Muitos produtores rurais abrem cooperativas, tendo assim uma


integralização do capital com bens e direitos.

Ao integralizar o bem para essa nova empresa, os valores dos bens podem
ser considerados como receita.

E muitas vezes, os produtores rurais fazem seguros para seu plantio ou


criação.

Caso tenha sido acionado esse seguro, esse valor é considerado como
receita, ao contrário dos assalariados, cujos seguros são considerados como
valores não tributáveis.

A diferença se deve pela diferença do uso do valor - os produtores rurais


têm essa como principal atividade, já os assalariados não, esse valor apenas será
usado para reaver o bem perdido no caso.

As receitas na atividade rural podem ser vendidas a prazo, e deve considerar


os recebimentos das parcelas em suas contas.

E também podem ser vendidas para entrega futura, onde só se considera a


entrada dos valores quando há a entrega o produto.
Essa diferença se deve pela possível mudança dos valores até a entrega do
produto.

Falando de arrendamento de imóveis para os produtores rurais, se esse


arrendamento for somente como aluguel, esse valor deverá ser informado no
Carnê Leão como um aluguel simples.

Mas se for firmado uma parceria entre o produtor rural, onde o dono do
imóvel irá ganhar uma porcentagem da produção, esse contribuinte é
considerado como produtor rural simples.

Como um contrato de parceria cobra menos impostos, é importante analisar


se o caso do seu cliente seja realmente esse, e não um simples aluguel.
Produtor Rural: Despesas
As despesas do produtor rural possuem algumas regras específicas da sua
atividade.

As despesas de custeio e investimento são todos os valores usados para


conseguir exercer a atividade.

São consideradas as benfeitorias, a aquisição de bens, os valores pagos por


um serviço técnico especializado, entre outros.

É importante que todas as despesas estejam realmente relacionadas com as


atividades exercidas.

Os bens adquiridos do consórcio para produtores rurais, são consideradas


despesas no livro caixa, mas só devem ser lançados após a aquisição do bem.

No caso de financiamentos, as despesas devem ser lançadas no mês de


aquisição do bem.

Isso ocorre porque nesse momento ele já pode lançar integralmente a nota
fiscal do bem.

Porém, o valor do juros de cada parcela deve ser lançado a cada mês vigente
do contrato do financiamento, e esse também é considerado como despesa.

No caso de bens adquiridos a prazo, que não sejam financiamentos nem


consórcios, deve ter o lançamento no mês do pagamento.

Devem ser consideradas despesas todas as devoluções feitas pelos


produtores rurais, e essas devem ser lançadas no mês da devolução.
MÓDULO 6 –
MALHA FISCAL
O que fazer para não cair na Malha Fiscal

A maioria das pessoas caem na malha por dois tipos de imprecisões:

Por erros bobos


Esconder informações
Preencher informações erradas
Preencher os campos incorretamente

Na maior parte das vezes, os contribuintes caem somente por


preenchimentos equivocados, ou seja, que não possuem como objetivo
esconder informações.

E para evitar esses erros, é preciso atentar-se a alguns pontos importantes.

Em muitos casos, os próprios fiscais indicam o que deve ser alterado. E


quando não, eles podem até desconsiderar essas pequenas falhas.

Um dos maiores erros é esquecer de declarar o resgate do título de


previdência privada, independente do valor.

Mesmo sendo de pouco valor, é preciso informar na declaração do imposto


de renda!

Por isso, sempre pergunte aos seus clientes antes de entregar a declaração se
houve algum tipo de resgate.

Um erro que também acontece é preencher o mesmo dependente, tanto na


declaração da mãe quanto na do pai.

É importante saber que o dependente deve estar em somente uma


declaração.
E para evitar esse problema, basta conversar com os clientes que você irá
considerar o filho dele como dependente em apenas uma das declarações.

Também é importante considerar a renda do dependente, quando este


começa a trabalhar. E mesmo que seja um período curto, é necessário indicar
essa pouca renda.

Um terceiro erro muito comum diz respeito aos erros de digitação.

Para isso, é necessário comprar uma impressora e imprimir as informações


antes de realizar o envio, para que todos os pontos possam ser analisados antes
do envio.

Não podemos deixar de falar também sobre os vilões da receita federal!

Esse tipo de contribuinte, assim como todos nós, não gosta de pagar
impostos.

Mas o não gostar não desobriga o pagamento. Nesse caso, sempre vale a
pena lembrar o contribuinte que está cada vez mais moderno o Sistema de
Rastreio de Valores, por isso dificilmente a prestação de uma informação errada
passará despercebida.

Vale a pena também informar que existe um prazo de cinco anos para que a
Receita atue um contribuinte, e que não é porque uma declaração foi processada
ela não possa ser revista pelos fiscais.

Também existem muitos clientes que preferem fazer o pagamento somente


anual, e como muitas vezes esses valores são altos, por isso podem persuadir o
cliente a fazer lançamentos errados.

Como profissional, é importante sempre entender que a responsabilidade da


transmissão da declaração é do contribuinte.

Muitos profissionais liberais tentam informar as rendas falsas, colocando


sempre valores menores para diminuir o valor dos impostos.
Mas saiba que o lançamento de informações erradas de forma intencional é
um erro que quase nunca passa despercebido, por isso nunca vale a pena.

Também vale notar que essa prática é considerada Fraude Fiscal, e é um


crime muito grave!

E mesmo que não possa ser gerado inquérito, a multa geralmente é muito
maior do que o valor que seria pago se o lançamento fosse feito corretamente
desde o começo.

E para finalizar, uma última dica: não se esqueça de verificar as pendências


apontadas no programa da Receita Federal, sempre antes mesmo do envio.

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