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Aula 01 - A Política de Investimento e a

Aplicação dos Recursos

Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem MOOC

Curso: Noções Básicas em Previdência Complementar

Livro: Aula 01 - A Política de Investimento e a Aplicação dos Recursos

Impresso por: Valdo Simões Filho

Data: terça, 23 fev 2021, 11:19


Sumário
1. Reflexão

2. Introdução

3. Objetivo das EFPC

4. Política de Investimentos

5. Normatização da Política de Investimentos

6. Diretrizes para os Investimentos

7. Regras Operacionais

8. Regras de Alocação de Recursos

9. Segmentos de Aplicação

10. Limites Individuais de Aplicação

11. Exemplos de Limites para Alocação de Recursos

12. Limites em Relação ao Total de Recursos

13. Existência de Regras Prudenciais

14. Final da Unidade 4


1. Reflexão

"Em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos"
(Shakespeare)
2. Introdução

Está começando a quarta unidade do curso de Noções Básicas em Previdência


Complementar.

Nesta aula, serão estudadas a política de investimento das EFPC e as modalidades de


investimentos em que podem ser aplicados os recursos financeiros.

Objetivos
Ao final desta Unidade, você será capaz de:

Indicar a necessidade das EFPC realizarem investimentos.


Destacar a política de investimento das EFPC.
Descrever as modalidades previstas de investimentos.

Conteúdo
Conheça os assuntos que serão abordados nesta Unidade:

A Política de investimento das EFPC.


Modalidades previstas de investimentos.
3. Objetivo das EFPC

Conforme visto anteriormente, uma das características do RPC é a utilização do regime de


capitalização na constituição das reservas formadas pela acumulação das contribuições e da
rentabilidade dos recursos investidos.

O objetivo das EFPC é alcançar a rentabilidade necessária para o pagamento dos benefícios e não
procurar necessariamente os investimentos de maior rentabilidade e risco.

As EFPC administram poupança previdenciária de longo


prazo e não visam lucros.
4. Política de Investimentos

Você sabe como é feita a política de investimento e a aplicação de recursos pela EFPC?

Essa política é elaborada anualmente pela Diretoria-Executiva para cada plano de benefício e aprovada pelo Conselho Deliberativo da
EFPC.

Na elaboração dessa política, são considerados alguns parâmetros: a modalidade de plano, o perfil da massa de participantes, os fluxos
de pagamentos futuros dos benefícios e as opções de investimentos disponíveis, considerando suas rentabilidades e riscos.
5. Normatização da Política de Investimentos
Os investimentos visam assegurar a solvência, a liquidez e o equilíbrio dos planos de benefícios, existindo regras prudenciais para as
modalidades de investimentos.

Desse modo, é possível evitar especulações e minimizar riscos, proporcionando mais tranquilidade aos participantes.

Os recursos são aplicados conforme as necessidades dos planos. Para isso é definida a Política de Investimento, observadas as diretrizes
estabelecidas na Resolução CMN 4.661, de 25 de maio de 2018.
6. Diretrizes para os Investimentos
As diretrizes estabelecidas na Resolução CMN nº 4.661/2018 visam à minimização de riscos por intermédio de algumas regras
prudenciais.

I - Operacionais
Procedimentos e atividades administrativas relacionadas aos investimentos.

II - De Alocação de Recursos
Diversificação das modalidades e definição dos limites gerais e individuais por segmentos de aplicação, por tipo de investimentos e por
percentuais de concentração.
7. Regras Operacionais
Objetivos
Designar administrador estatutário tecnicamente qualificado para ser responsável pelas aplicações, sendo necessário possuir
certificação em entidade de reconhecida capacidade técnica.
Realizar controles internos e avaliação de risco dos investimentos.
Ter serviço de custódia para guarda de títulos e liquidação das operações de compra e venda.
8. Regras de Alocação de Recursos
Objetivo
Estabelecer limites máximos para aplicação dos recursos em relação a cada plano de benefícios e ao total de recursos administrados pela
EFPC.

Veja os exemplos abaixo:

Por Planos de Benefícios Pelo total de recursos administrados pela EFPC

Segmentos de aplicação Concentração por emissor

Por tipo de investimento (limite individual)


Concentração por investimento
Por emissor de títulos e calores mobiliários
9. Segmentos de Aplicação
Em relação aos Segmentos de Aplicação, veja abaixo os limites máximos de alocação de recursos previstos na Resolução CMN nº
4.661/2018.

Segmentos de aplicação e percentual máximo:

Segmentos de aplicação Percentual máximo

Renda Fixa 100%

Renda Variável 70%

Investimentos estruturados 20%

Imobiliário 20%

Operações com participantes 15%

Investimentos no exterior 10%


10. Limites Individuais de Aplicação
Título da Dívida Pública Mobiliária Federal - máx. 100%.
Ativos financeiros de renda fixa (instituições bancárias ou sociedades de capital
aberto) - máx 80%.
Cotas de fundos de investimento (mercado secundário) - máx. 80%.
Títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais - máx. 20%.

Renda Fixa Obrigações de organismos multilaterais emitidas no País - máx. 20%.


Ativos financeiros de renda fixa de emissão de instituições financeiras não
bancárias e de cooperativas de crédito - máx. 20%.
Debêntures emitidas por sociedade por ações de capital fechado - máx. 20%.
Cotas de classe de fundos de investimento em direitos creditórios - máx. 20%.
Cédulas de produto rural (CPR) - máx. 20%.

Ativos negociadas em segmento especial da bolsa de valores - máx. 70%.


Ativos não negociados em segmento especial da bolsa de valores - máx. 50%.

Renda Variável Brazilian Depositary Receipts (BDR) classificados como nível II e III – máx.
10%.
Certificados representativos de ouro físico - máx. 3%.

Investimentos Cotas de fundos de investimento (FIP, FIM e FICFIM) - máx. 15%.

Estruturados Certificados de operações estruturadas (COE) - máx. 10%.

Cotas de fundos de investimentos: dívida externa.


Cotas de fundos de índice do exterior negociadas em Bolsa de Valores.
Cotas de fundos de investimento constituídos sob a forma de condomínio aberto.
Investimentos no Brazilian Depositary Receipts (BDR) classificado como nível I.
Exterior  Ativos no exterior pertencentes às carteiras dos fundos constituídos no Brasil

É vedado à EFPC aplicar no exterior por meio de carteira própria ou administrada.

Cotas de fundos de investimento imobiliário, (FII e FICFII).


Imobiliário Certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
Cédulas de crédito imobiliário (CCI).

Operações com Empréstimos consignados para os participantes;

participantes Financiamentos imobiliários.


11. Exemplos de Limites para Alocação de Recursos
Por Planos de Benefícios
I - Por emissor de títulos e valores mobiliários:

Tesouro Nacional - máx. 100%.


Instituição Financeira - máx. 20%.
Demais emissores - máx. 10%.
12. Limites em Relação ao Total de Recursos
Exemplos de limites em relação ao total dos recursos administrados
pela EFPC

I - Concentração por emissor

Capital total ou volante de uma mesma companhia aberta - máx. 25%.


Patrimônio líquido de uma mesma instituição financeira - máx. 25%.
Patrimônio líquido de um fundo de investimento - máx. 25%.

II - Concentração por investimento

Aplicação na mesma série de títulos ou valores mobiliários - máx. 25%


13. Existência de Regras Prudenciais
Como se pôde perceber, a política de investimento elaborada pelas EFPC possui a finalidade de cumprir com as obrigações dos planos
de benefícios, sendo pautada nos princípios de segurança, prudência, solvência e liquidez.

Dessa forma, a existência de regras prudenciais para a aplicação dos recursos proporciona segurança e tranquilidade ao trabalhador que
opta por um plano de previdência complementar.

Chegamos ao término da Unidade 4. Na próxima Unidade você conhecerá as vantagens para os participantes, patrocinadores e
instituidores de um plano de benefícios.
14. Final da Unidade 4

Estamos quase chegando ao final do Curso.


Siga à próxima Unidade. Caso tenha alguma dúvida, retorne à leitura do conteúdo.

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