Você está na página 1de 61

ANDRE LAUREANO KÖHLER

1
2019

Sumário
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................5
1. TIPOS DE BENS E SERVIÇOS................................................................................................6
1.1 NATUREZA DOS BENS E EFEITOS DO COEFICIENTE DE PROCURA......................7
1.2 QUALIDADE COMO FATOR CLASSIFICATÓRIO DOS TIPOS DE BENS...................9
2. CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO........................................................................................11
3. CUSTOS E DESPESAS...........................................................................................................13
3.1 VARIÁVEIS E FIXOS.............................................................................................................14
3.2 A VARIAÇÃO DOS CUSTOS E DESPESAS.....................................................................15
3.3 FORMAÇÃO GRÁFICA DOS GASTOS.............................................................................19
4. PREÇO DE VENDA..................................................................................................................24
4.1 FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA......................................................................................25
4.2 FORMAÇÃO GRÁFICA DO PREÇO DE VENDA.............................................................29
4.3 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO...........................................................................................30
4.4 CONTRIBUIÇÃO PARA A TOMADA DE DECISÃO........................................................32
4.5 PONTO DE EQUILÍBRIO......................................................................................................35
4.5.1 TIPOS DE PONTOS DE EQUILÍBRIOS......................................................................37
4.5.2 PONTO DE EQUILÍBRIO PARA GERÊNCIA DECISÓRIA......................................38
4.5.3 FORMAÇÃO GRÁFICA DO PONTO DE EQUILÍBRIO.............................................39
4.6 MARGEM DE SEGURANÇA................................................................................................43
4.6.1 TOMADA DECISÓRIA COM BASE NA MARGEM DE SEGURANÇA...................44
4.7 MIX DE PRODUTOS..............................................................................................................48
4.8 FINALIDADE GERENCIAL...................................................................................................52

2
3
INTRODUÇÃO

Com as mudanças nas formas de gestão, se faz necessário o uso de novos


métodos de ensino nos quais tragam o teórico juntamente com a prática. No caso, o
trabalho integrador (TI) veio com esse objetivo, trazer a vivência por meio de um
relatório que exige conhecimento consistente.

No TI serão abordados temas relacionados à tipos de bens e serviços


explicando o que é e o que pode ser considerado; custos fixos e variáveis o que são
e quais são; despesas fixas e variáveis o que são e quais são; margem de
contribuição o que é e sua importância, ponto de equilíbrio o que é e sua
importância; margem de segurança o que é e sua importância; como é feita a
formação do preço de venda; o uso mark-up; quais são os regimes tributários;
vantagens e desvantagens relacionadas à sustentabilidade e ao meio ambiente;
decisão de comprar versus fabricar e como pode ser definida a rentabilidade dos
produtos. Todos os tópicos abordados estarão relacionados aos temas propostos,
ligados a sustentabilidade, legislação ambiental e gestão ambiental.

O objetivo do trabalho é identificar como os temas abordados funcionam


dentro da empresa e quais são métodos utilizados para sua definição dentro do
ambiente organizacional. A análise de como esses referenciais teóricos funcionam
dentro da empresa será feito por meio de estudo de caso, abordando e comparando
os mesmos com o que a empresa informa.

4
1. TIPOS DE BENS E SERVIÇOS
Os bens são tudo aquilo encontrado no mundo para uso humano, nos quais
aloca-se conforme a variabilidade das necessidades. Esse tópico abordará o
entendimento sobre o bem e as consequências dos consumidores sobre tais
recursos, denominando-se, assim, seu efeito natural influenciado pelas múltiplas
ações humanas.
Por entendimento dos economistas, a definição de bens destina-se a saciar
vontades humanas. Segundo Pinto, Fredes e Marinho (1980 p. 8), “Tudo aquilo que
serve para satisfazer uma necessidade tem o nome genérico de bem” ou conforme
afirma Rocha (1975, p. 30) “Chama-se bens toda coisa útil e própria para satisfazer
mediata ou imediatamente às necessidades dos homens”. Num ponto de vista
diferente, oferecido por Almeida e Toledo (1991, p. 22) “É o componente não
financeiro numa transação de venda e aluguel”
A origem dos bens tem como fonte aquilo que se referem Pinto, Fredes e
Marinho (1980 p. 8), “A fonte primeira donde provêm os bens é a natureza do
trabalho pelos homens [...]”.

Quando a classificação, os bens podem ser subdividos em múltiplas


variações, porém utilizará a distinção entre bens tangíveis e bens intangíveis, ou
definido por Rocha (1975) como bens e serviços; bens intermediários e bens finais,
referente a produção, por fim a diferença entre bens duráveis e bens imediatos.
Sendo todos eles alicerceados da fonte primária, denominada de bens econômicos
(PINTO, FREDES E MARINHO 1980).

Por uma perspectiva engenho produtiva oferecida por Almeida e Toledo


(1991) pud Kotler 1988, p. 23), “O produto genérico é dinâmico, evoluindo com as
necessidades e expectativas do consumidor”, essa afirmativa amplia a definição de
qualidade produtiva empresarial.

A definição dos tipos de produtos oferecidos, na visão de Kotler (1988), se


resume em de produto tangível, produto ampliado e produto genérico. Produto
tangível é o produto ou serviço oferecido, aquilo que é reconhecido como vendido,
produto ampliado, refere-se ao produto tangível, no qual oferece uma gama maior de

5
acessórios e instrumentos agregados ao produto; por fim, produto genérico entende-
se como o benefício adquirido do produto para o consumidor, também visto como
resolução do problema.

1.1 NATUREZA DOS BENS E EFEITOS DO COEFICIENTE DE PROCURA

Não obstante, o entendimento sobre a definição dos bens foi realizado, agora
é possível ver as naturezas do bem, entender os efeitos causados sobre eles, nos
quais, por sua natureza, são afetdas pelas ocorrências econômicas fortunas ou
infortunas gerando uma modificação da demanda pelos consumidores, intermédio
do coeficiente de procura, sendo diferenciado em três categorias: bens inferiores,
bens normais e bens neutros.

Nos trabalhos da escola marginalista, a ideia da satisfação individual,


decorrida pelo consumo de uma mercadoria, segue como um vínculo inverso, onde
uma unidade a mais seguira com um contento a menos do indivíduo. Essa teoria é
chamada de Lei da utilidade marginal e utilidade total, sendo conexas com o
desfastio e unidade do consumidor, respectivamente. Essa lei inversa é proporcional
às variações de cada, havendo uma relação com o que, é descrita como Lei da
utilidade marginal, assim defendida por Gremaud et al. (2011, p. 148), “[...] à medida
que aumenta o consumo de determinada mercadoria, a utilidade marginal dessa
mercadoria diminui” ou como descrita por Carden (2012) “[...] de se empregar uma
unidade adicional de uma oferta homogênea de bens ou serviços deve ser entendida
como o desejo adicional que pode ser satisfeito ao se empregar esta unidade
marginal”.

Com o passar do tempo, um bem vai se tornando inutilizável por causas


físicas ou por causas funcionais, isso tudo é enquadrado como depreciação.
Segundo Piovesana e Pagnani (1973), as causas envolvidas na depreciação são: as
causas físicas que estão relacionadas com deterioração elementares do bem,
tornando o bem sustável, por outro lado, as causas funcionais estão ligadas com a
funcionalidade obsoleta ou inadequação por falta de eficiência e eficácia. Essa é
uma característica natural dos bens, a troca natural de bens por outros, todos os
6
bens que têm uma vida útil auferem a morte dele, esse é o significado da
depreciação, como refere-se Iudícibus e Marion (2010), todos os ativos tem uma
data marcada para sua morte, por sua perda gradativa.

Normalmente a aquisição de um bem diminui a utilidade com a qual se


compra, isso é um fator natural dos bens. Não obstante, analisar o aumento ou
diminuição, até mesmo estabilidade, do consumo sobre os tipos de bens é
necessário para ampliar um entendimento mais completo sobre certas causas afetas
pela ação humana, conforme a natureza dos produtos.

O deslocamento da demanda, por razões externas das analisadas nos


gráficos de oferta e procura, é vista como coeficientes de procura: a renda, a
preferência e substituição. Essas três variáveis determinam as mudanças do
aumento, diminuição ou estabilidade do bem. Sendo mutável os valores desses
coeficientes perante o crescimento ou a queda deles. Segundo Wessels (2010), a
mudança dos preços no ponto de equilíbrio econômico é atingida quando a oferta é
afetada pelos custos de produção e a demanda alterada pela renda disponível do
consumidor, sendo determinado o preço apenas com o equilíbrio entre a demanda e
a oferta. Acrescentando a visão de Browne (1973), as mudanças causadas no
aumento da procura podem ser por motivos da elevação da renda ou na modificação
de preferências do consumidor.

As mudanças movidas pela ação humana podem causar o efeito substituto,


no qual afeta o custo do produto, logo, modificando o preço relativo do bem, tanto
quanto pode causar o efeito renda, modificando a renda relativa do consumidor
(WESSELS, 2010). A causa dos motivos são as alterações da procura, por meio do
coeficiente de procura, bens denominados de: normais, quando há o aumento da
renda, há também o aumento da procura; inferiores, por sua vez comumente
antagônico, ao aumento da renda, há a diminuição da demanda; aos bens neutros,
tendem sempre a permanecer estável à variações de renda ou mesmo ao efeito
substituição. (GREMAUD et al., 2011)

7
TABELA 1 - Os efeitos das variações dos coeficientes de procura.

Tipos de Efeito
Bens Mudança Substituição Efeito Renda Efeito Preferência

Aumento - + ?
Bem Normal
Diminui + - ?

Aumento + - ?
Bem Inferior
Diminui - + ?
Fonte: adaptado Wessels (2010)

A conexão entre o coeficiente de procura e os tipos de bens se mostra


presente quando a queda da renda implica no aumento da demanda por bens
inferiores, assim como o aumento do efeito substituto obriga a procura por bens
inferiores, conquanto o inverso acontece com os bens normais, com o aumento da
renda ou a queda dos custos, os bens normais tendem a crescer.

1.2 QUALIDADE COMO FATOR CLASSIFICATÓRIO DOS TIPOS DE BENS

Essa ascensão ou declínio da demanda dos bens normais ou inferiores, pode


considerar um fator comum entre todos os tipos de produtos para esse efeito: a
qualidade, podendo ser visto de forma relativa como um bem de luxo ou benefício
diferencial do produto, interpretado por Almeida e Toledo (1991, p. 22) “[...] a
qualidade de um produto deve ser avaliada pela satisfação de seu consumidor”.
Tendo uma correlação entre os tipos de bens, porém, não sendo uma lei ou regra
universal, ela pode ser aplicada para análises de certos casos. Estabelecer um fator
real sobre todos os motivos a levar o consumo de um ou de outro bem é complexo,
por ser uma variável intangível, principalmente por sua natureza subjetiva: a
preferencia do consumidor, sendo ampla a definição do motivo. Conforme afirma
Mankiw (2016, p.68), “Os economistas normalmente não tentam explicar os gostos

8
porque eles se baseiam em forças históricas e psicológicas que estão além do
campo de estudo da economia”.

A qualidade é o padrão para estabelecer a diferença entre os bens,


denominando a alta ou baixa demanda por fatores do coeficiente de procura.
Interpretando a frase do Martins, C. (2017, p. 52) “Ofereça algo melhor do que existe
por aí e que proporcione uma experiência positiva às pessoas. Elas tenderão a se
tornar fiéis à sua marca”, é perceptível encontrar a qualidade como descrição entres
os tipos de bens.

Sendo a qualidade um fator determinante da natureza mutável do bem, as


modificações dos coeficientes de procura são causadas de forma direta, inversa e
neutra (sendo os bens neutros relativos as necessidades imutáveis, não existindo
utilidade marginal a mais ou a menos, detendo-se a manter o excedente útil,
tornando o aumento ou a diminuição um desinteresse para o consumidor).
Correlacionando os bens normais como os de alta qualidade e os bens inferiores
como os de baixa qualidade. Essa definição pode ser integrada com o fato de
aumentar a renda, eleva a procura dos bens normais e diminui a demanda pelos
bens inferiores, enquanto a elevação dos custos de produção (inflação), causa uma
queda na procura dos bens normais e um aumento dos bens inferiores. Assimilar os
bens de qualidade como os bens normais, parte do principio que a qualidade é
inacessível a baixa renda, pelos elevados preços de aquisição, essa afirmação pode
ser conferida por Kasse (2009) “Ao ouvirmos o termo qualidade, imediatamente já
imaginamos os altos custos ou preços ‘salgados’ demais”.

Essa procura natural pelo produto natural pode enquadrá-lo como um bem de
qualidade, por simplesmente haver uma relação direta pelo aumenta da renda,
proporcionar o aumento do bem normal, ao mesmo tempo, a queda do custo relativo
em relação ao produto normal também aumenta a sua procura, interpretando a frase
de Almeida e Toledo (1991, p. 22), “[...] a qualidade de um produto deve ser avaliada
pela satisfação de seu consumidor”, mostra o que a qualidade realmente oferece ao
consumidor o desejo verdadeiro dele, proporcionando um diferencial dos serviços e
produtos permite agregar satisfação aos clientes e poder retê-los. (QUALIDADE...,
2015).
9
2. CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO

A contabilidade tange para a parte fiscal e gerencial, cada qual com destino
certo, sendo o custeio por absorção cumprir com obrigações fiscais e o custeio
variável com rota para auxiliar a tomada de decisão da empresa (BACKER e
JACOBSEN, 1973). O estudo dos custos para auxiliar o gerenciamento, como
Padoveze (2013) descreve, tem como enfoque separar os gastos variáveis dos
gastos fixos, para assim, apurar o desempenho dos gastos envolvidos na
constituição dos produtos e na formação da entidade. Dando à uma amostra mais
clara dos fatos, assim referem-se Backer e Jacobsen (1973, p. 42). “O custeio direto
evita o uso de taxas de custos gerais, que tendem a criar impressões de exatidão,
que geralmente não são justificáveis”

O objeto introdutório da DRE variável, como qualquer outra DRE, são as


vendas auferidas no mês, receita essa formada por um preço de venda, focado em
dissolver todos os gastos necessários conhecido entre o fator produtor e fator
existencial, segundo Crepaldi e Crepaldi (2014), as vendas subtrai todas as
exigências necessárias para a existência da entidade, assim complementa Crepaldi
e Crepaldi (2014, p. 375), “[...] determinante de sobrevivência da exploração da
atividade”

Entre os escritores, a principal estrutura condizente do custeio variável, é a


divisão dos gastos entre fixos e variáveis, por cada um se designar a uma área da
empresa, a fim de tomar conta da amplitude atingida pelos produtos, tendo uma
ideia mais certa dos efeitos dos bens sobre a empresa, assim afirma Ribeiro (2011,
p. 456), “[...] atribuição de custos aos produtos por meio do qual se reconhecem
como o custo de fabricação somente os gastos incorridos no processo [...]”.
Enquanto outra parte se destina a saber sobre a formação da empresa, designado a
entender todos os componentes que a constitui, exemplo dado por Crepaldi (2010,
p. 232), “Os custos fixos [...] existem independente da fabricação [...] podem ser
encarados como encargos necessários para que a empresa tenha condições de
produzir [...]”

10
Uma das principais características do custeio direto, além da separação entre
os gastos fixos e variáveis, é um item integrante denominado: margem de
contribuição. Ela divide os dois blocos entre os gastos variáveis dos gastos fixos. A
base segundo Dutra (2010, p. 244) é, “O custeio direto é baseado na margem de
contribuição, [...] diferença entre o total da receita e a soma de custos e despesas
variáveis [...]” enquanto o objetivo para Dutra (2010, p. 244) é “ [...] tornar bem mais
facilmente visível a potencialidade de cada produto para absorver custos fixos e
proporcionar o lucro”.

Tudo expresso em moeda, segundo Wessels (2010, p.158), “A moeda é um


ativo com o qual as pessoas compram e vendem bens [...] definida como meio de
troca”. Essa moeda expressa em valores forma os gastos passados sobre a
empresa e os ganhos recebidos, se analisado, compõe-se um gráfico, do confronto
entre receitas e gastos.

11
3. CUSTOS E DESPESAS

Antes das explicações sobre custos e despesas fixas e variáveis, é


necessário entender cada um e suas diferenças.

Os gastos abrangem vários aspectos da empresa, como afirma Martins, E.


(2010), os gastos é um conceito amplo, incorporando toda aquisição de bens e
serviços, sendo custos, despesas, investimentos e tutti quanti, todavia neste trabalho
utilizaremos a definição dada por Crepaldi (2010), sendo gastos reconhecidos como
custos e despesas. Para Padoveze (2013), existem gastos para o produto, alocando
todos os recursos utilizados para o produto, sendo os gastos para o período, o
consumo direcionado ao ganho de receitas, acontecendo esses dispêndios
periodicamente. Os gastos também podem ser subdivididos em gastos ativados e
gastos não-ativadas, os gastos ativados são transformados em bens de consumo,
como veículos ou matéria-prima, integrando-se ao ativo. Enquanto os gastos não-
ativos são recursos não são incorporados ao balanço, sendo apenas um custo ou
despesa, exemplos como salários com administrativo ou energia. (HORGREN,
2000)

Custo é todo dispêndio de recursos utilizados na fabricação de bens e


serviços, segundo Marion (2009) consumo dos gastos focados na produção. Por
outro lado, despesa se relaciona ao uso de bens e serviços fora da produção, assim
afirma Crepaldi (2010, p. 7), “[...] consumidos direta ou indiretamente para a
obtenção de receitas[...]”, essas outras áreas em que as despesas podem abranger
o administrativo, o comercial, o financeiro e o tributário (CREPALDI, 2010). A
diferença entre eles é o direcionamento dos recursos, se utilizados na produção,
será custo, e se alocados em outras áreas da entidade, será despesa, afirma
Padoveze (2013, p. 16), “Custos são gastos para se conseguir um produto
(adquirido ou fabricar), e despesas são gastos para vender esses produtos.”, porém
a diferença vai além disso, o custo tem como função medir a eficácia da produção,

12
refletindo no valor gasto pago por produto, conquanto as despesas tem como
propósito medir o desempenho da empresa na atividade de conseguir resultado.
(RIBEIRO, 2011)

3.1 VARIÁVEIS E FIXOS

Por questões similares e focados para a análise de gerência, os custos e


despesas, sendo fixos ou variáveis serão tratados mutualmente, analisando
questões específicas de cada um separadamente. A Classificação dos fixos e
variáveis estão correlacionados com a quantidade produzida, a necessidade disso
segundo Padoveze (2013, p. 49), “É importante esta classificação para [...] o
processo de tomada de decisão para possíveis novos cursos de ação”.

Tendo como observar a natureza complexa da definição dos gastos, como se


refere Dutra (2010, p. 20), “[...] verdadeira balbúrdia contábil [...]”, os dispêndios não
podem ser enquadrados num formato de fácil digestão racional, a realidade se
mostra complexa e relativa, conforme ditos por Backer e Jacobsen (1973, p. 1-2), “
Os custos raramente se enquadram nas categorias teoricamente nítidas de custos
completamente variáveis ou completamente fixos [...]”

Os custos e despesas fixas não variam conforme o aumento da produção ou


o não oscila mediante à elevação das vendas, tendem a manter-se em função da
quantidade produzida ou vendida, conforme afirmam Oliveira e Perez (2012), são
aqueles custos e despesas que permanecem constantes, ou como confere
Samuelson e Nordhaus (2004), ‘custos irreversíveis’, na qual devem ser pagas a fim
de manter a empresa, mesmo que ela não produza. Todavia, os custos e despesas
fixas podem oscilar em circunstância do aumento produtivo ou vendido, tendendo
elevar ou diminuir o custo ou despesa em relação com as condições, segundo
Martins, E. (2010, p. 254), “[...] fixos dentro de certos limites de oscilação da
atividade a que se referem, [...] mas não de forma exatamente proporcional
tendendo a subir em ‘degraus’”, ou como se refere Padoveze (2013, p. 50) “[...] tais
custos podem aumentar ou diminuir em virtude da capacidade ou do intervalo de
produção”.
13
Os custos e despesas fixas podem ser organizadas em três tipos genéricos,
assim definida por Backer e Jacobsen (1972). Custos fixos de capacidade: toda
formação da parte produtiva e lucrativa, relacionado com o imobilizado, exemplos
como terrenos, maquinários, patentes. Custos fixos operacionais: provém alimentar
todos os ativos permanentes, para manter a operação em processo, são esses
custos conhecidos como energia, impostos territoriais, supervisão. Custos fixos
programados: são conhecidos como dispêndios agendados, normalmente
temporários, tendo uma data para seu começo e fim, são exemplos os programas
publicitários ou treinamento do melhor desempenho na parte produtiva.

Os custos e despesas variáveis são comumente relacionados com a


quantidade produzida e quantidade vendida, respectivamente, assim como
descrevem Crepaldi (2010, p. 5), “[...] variam proporcionalmente ao volume
produzido” e Barbosa et al. (2010, p. 29) “[...] modicam de forma proporcional e
direta, em função da dimensão do trabalho”. Todavia a realidade mostra haver uma
desproporção com a quantidade produzida, assim diz Martins, E. (2010) com a
matéria-prima, havendo perdas na produção, pelo consumo não ser convergente na
mesma relação com o grau de produção, ou como a mão de obra direta, tendo um
atrito de eficácia de trabalho e o grau de crescimento, atingindo até certo ponto por
função do cansaço, ou como descreve Horgren (2000) sobre o trabalho operacional
do colaborador não poder variar o seu ganho por questões de inflexibilidade sindical.
Alguns exemplos, custos variáveis: matéria-prima, mão de obra direta. E despesas
variáveis: impostos incidentes sobre o faturamento, fretes para entrega de produtos,
comissões, honorários.

3.2 A VARIAÇÃO DOS CUSTOS E DESPESAS

A variabilidade dos custos usualmente analisa a quantidade produzida,


exemplo dado por Padoveze (2013, p.53), “A análise comportamental clássica [...] é
em relação ao volume de produção [...] Tomasse como base a quantidade de
produto final produzido [...]”, essa forma de estudar está focado apenas nas
formações produtivas, deixando de lado partes essenciais para um exame mais
detalhado de variações, em vez de estudar a relação produtiva, se verifica na
14
relação com as vendas, conforme diz Bertó (2013, p.26), “Na realidade, o foco
destes custos/despesas está mais relacionado com o volume vendido. Constituem
valores que se modificam em relação direta [...]”, esse método abrange além apenas
da formação do produto, analisa a formação de toda aquisição de receita, passando
para custos e despesas sobre o produto, entendendo todo dispêndio do processo
operacional, afirma Padoveze (2013), é utilizado para análise comportamental base
a alteração das quantidades vendidas sendo alocado todos os gastos referentes as
vendas, uma vez sendo todos os custos e despesas transferidas para a
demonstração de resultado.

Normalmente, a variação dos custos se relaciona com a quantidade


produzida, e as despesas com o volume de receitas, segundo Oliveira e Perez
(2012), os custos oscilam conforme a produção e as despesas proporcional ao
faturamento. Enquanto os custos e despesas fixas, são reconhecidos por não serem
voláteis a certas variáveis produtivas ou lucrativas, mas voltam-se a modificar com a
progressão do tempo, Backer e Jacobsen (1972, p.13) definem assim, “[...] tendem a
variar segundo o tempo [...]”.

Existem, no que se referem aos gastos, sendo eles, semifixos ou


semivariáveis, demonstrando a ideia que Backer e Jacobsen (1973) tiveram, não
existem custos perfeitamente fixos e nem custos perfeitamente variáveis. No
entendimento de Crepaldi (2010, p. 9)” É o custo que varia em função do volume de
produção ou venda, mas não exatamente nas mesmas proporções”.

Na perspectiva de Padoveze (2013) para solucionar o problema, enquadra-se


o uso de estatística para mensurar a variabilidade do produto, procurando medir a
relação da variação dos gastos pela variação da produção. Isso é denominado de
análise de tendência, demonstrando a variação perante a média entre as variáveis.
Cada fator oscilante é alcançado por intermédio da variável independente,
conhecida por ser os fatores produtivos; e pela variável dependente, intitulado de
gastos gerados pelo fator produtivo.

Seu cálculo é tangível ao passo que se utilizado a montagem da equação da


reta:
15
Fórmula:

Equação da reta.

Y =a+bX

Obtenção da Equação da Reta.

ΣΧ x ΣY
ΣΧ Y −
n
b=
ΣΧ 2
Σ ( Χ )−
2
n

a=Y −b X

ΣX ΣX
X= Y=
n n

Exemplo:

Seguinte fábrica tem uma produção e as máquinas tendem a falhar ou


quebrar, porém, os gastos não pareciam estar acompanhando a produção e muito
menos permaneciam fixos. Por causa desses fatores, a empresa se utilizou da
análise de tendência para examinar a natureza deste custo.

16
Tabela 2 - Relação da produção com os gastos

Gastos de com Manutenção


Meses (n) Produção (X) (Y)

R$
32
Setembro 200,00

R$
40
Outubro 100,00

R$
42
Novembro 600,00

R$
47
Dezembro 500,00

R$
50
Janeiro 900,00

R$
60
Fevereiro 700,00

Fonte: adaptado Padoveze (2013)

Aplicado as formas para examinar a equação da reta está se assimilando com


uma tendência.

Gráfico 1 – Equação da reta

17
Análise de Tendência
R$1,000.00
R$900.00
R$800.00
R$700.00
R$600.00
R$500.00
R$400.00
R$300.00
R$200.00
R$100.00
R$-
30 35 40 45 50 55 60 65

Análise de Tendência
R$1,000.00
R$900.00
R$800.00
R$700.00
R$600.00
R$500.00
R$400.00
R$300.00
R$200.00
R$100.00
R$-
30 35 40 45 50 55 60 65

Fonte: adaptado Padoveze (2013)

Para isso é utilizado a correlação de Pearson, se utiliza do quão


correlacionados estão as duas variáveis, analisa se uma dependência de uma com a
outra, para ver se uma realmente varia conforme a outra muda.

Fórmula:

ΣΧ x ΣY
Σ XY −
n
R=

√ Σ ( Χ )−
2 ΣΧ 2
n √
x Σ (Y )−
2 ΣY 2
n

18
Quanto mais elevado for o coeficiente de Pearson, mais variável é o gasto,
quanto menor o for, mais próximo de ser fixo. Na definição de Backer Jacobsen
(1973), os custos fixos e variáveis, não estão correlacionados com total exatidão, por
uma desconexão da realidade com o esperado. Contudo, para análise, é preciso
separar cada fator, no qual, interfere na produção de maneira individual, e logo após,
é feito esse estudo de correlação variável e fixo.

3.3 FORMAÇÃO GRÁFICA DOS GASTOS

Valores unitários, são utilizados para fins gerenciais, como acontece com os
gastos fixos e variáveis, tendo a quantidade produzida como fator divisório para os
custos, sendo que as despesas nada interfere na parte produtiva, e sim, nas
quantidades vendidas, relacionadas com a receita, assim Padoveze (2006) afirma, a
relação da produção é inerente as modificações nos custos, enquanto a relação de
venda está ligado com as despesas e suas variações unitárias. Por natureza, os
custos e despesas fixas, não tendendo a variar segundo as quantidades produzidas
ou vendidas, alterando os valores unitários, por causa de sua constância em valor
total não mutável por relações produtivas ou lucrativas, explicado por Crepaldi
(2010), os custos fixos se diluem em relação aos seus valores unitários, quando
aumenta ou diminui a produção. Enquanto os gastos variáveis estabelecem em
constância, por estar oscilando em conjunto com a quantidade, oscilante em relação
ao gasto total, assim demonstrado por Crepaldi (2010), os custos unitários dos
custos variáveis são fixos como uma constante, uma vez sendo relativo a
quantidade produzida com os custos variáveis.

Tabela 3 – Comportamento dos custos e custos unitários por unidade de produto

Gastos Variáveis Gastos Fixos

Valores Valores
Valores Totais Valores Totais
Unitários Unitários

Constante Oscilante Oscilante Constante

19
Fonte: adaptado Padoveze (2013)

Com base no valor unitário por produto, pelo custo fixo ser inconstante em
relação à quantidade, demonstrada por Padoveze (2013) no gráfico a cima, pode-se
presumir a imutável variação do gasto fixo, permanecendo constante, sem alteração
como usualmente acontece, podendo haver uma oscilação mínima. Porém, os
gastos variáveis seguem o caminho inverso, mutáveis com o passar da produção,
sendo necessários para formação do produto, exemplo oferecido por Barbosa et al.
(2010, p. 39), “O custo unitário é a taxa-padrão de cada tipo de recurso utilizado
para a execução do trabalho do projeto [...] Com o preço unitário [...] o gerente
poderá alocá-los como custos das atividades do projeto”

Contudo, mesmo com precaução, existe eventos importunos por elementos


inerentes ao erro, pois, como defendem Backer e Jacobsen (1972, p. 286), “Existem
sérias limitações de custo de produtos, sobretudo quando ao controle dos custos e
ao processo decisório”, levando a afirmações feitas por Souza e Clemente (2011)
ao demonstram que é preciso tomar cuidado com ganho por unidade, revelado pelo
diferença entre o custo unitário e o preço unitário, por não representar o verdadeiro
ganho, havendo dois fatores para tal: o custo de subatividade e o custo da
ineficiência. O custo de subatividade é a imprecisão no qual envolve o custo, por
decorrência de um algum gasto no qual deixou de ser incorporado ou foi incorporado
erroneamente; ao passo que o custo de ineficiência destaca a irrealidade da
alocação de recursos com a produção, mostrando a separação do esperado com o
real, segundo Souza e Clemente (2011, p. 255), “[...] é necessário avaliar se é
oportuno repassar integralmente os custos da ociosidade e da ineficiência para os
preços, para evitar a denominada espiral da morte”.

A formação das variantes monetárias, representa a tendência que os gastos


tendem a aumentar por fator produtivo ou valor auferido, isso representa,
respectivamente, a formação dos variáveis, divididos em custos variáveis e
despesas variáveis, no qual somados constitui o gasto variável, e ao mesmo tempo
os fixos, enquanto a somatória das despesas e custos fixos gera os gastos fixos. A
somatória dos gastos fixos com os gastos variáveis forma o gasto global.
(HERRMANN, 1974)

20
Segundo a as formas e nomenclaturas adaptadas de Herrmann (1974):

Fórmulas dos custos.

CF = VF

CV = CUV x QP

CG = CF + CV

- CF: Custo Fixo

- VF: Valor Fixo

- CV: Custo Variável

- CUV: Custo Unitário Variável

- QP: Quantidade Produzida

- CG: Custo Global

Fórmulas das despesas.

DF = VF

DV = DUV x QV

DG = DF + DV

- DF: Despesa Fixo

- VF: Valor Fixo

- DV: Despesa Variável

21
- DUV: Despesa Unitário Variável

- QP: Quantidade Vendida

- DG: Despesa Global

Fórmula dos gastos.

GF = CF + DF

GV = CV + DV

GG = GF + GV

- GF: Gasto Fixo

- GV: Gasto Variável

- GG: Gasto Global

A representatividade da somatória de todos os gastos, sejam fixos ou


variáveis, podem ser representados com o seguinte gráfico:

Gráfico 1 – Variação dos gastos da empresa

22
R$ 1,800.00

R$ 1,600.00

R$ 1,400.00

R$ 1,200.00

R$ 1,000.00

R$ 800.00

R$ 600.00

R$ 400.00

R$ 200.00

R$ 0.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Gastoss Fixos Gastos Variáveis Gastos Totais

R$ 1,800.00

R$ 1,600.00

R$ 1,400.00

R$ 1,200.00

R$ 1,000.00

R$ 800.00

R$ 600.00

R$ 400.00

R$ 200.00

R$ 0.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Gastoss Fixos Gastos Variáveis Gastos Totais

Fonte: adaptado Backer e Jacobsen (1972)

O objetivo para formação conceitual dos custos fixo e variáveis está destinado
a ajudar a tomada de decisão por aquilo que Backer e Jacobsen (1972, p. 144)
defendem, “[...] é útil à direção em estudos de pontos de equilíbrio, planejamento e
preparo orçamentário [...]”.

23
4. PREÇO DE VENDA

Os preços de venda é a forma que a empresa tem de passar compartilhar


seus bens, por meio de subsistência, trocando toda formação dos bens por valores
monetários, segundo Crepaldi (2010, p. 358), ”O que qualquer empresa vende de
fato é sua capacidade de agregar valor aos clientes”, seguindo uma segunda linha
optativa, direcionando todos os esforços da entidade para assim conquistar o lucro,
segundo Ribeiro (2011, p. 506), “[...] empresas são entidades econômicas que visam
o lucro”. O preço de venda é destinado com proposito de cobrir todos os gastos que
incidem sobre a entidade, assim afirma Ribeiro (2011, p. 472), “[...] a empresa
deverá ter como valores a serem recuperados os custos e as despesas reais [...] as
empresas buscam, sempre, é produzir com menor custo, com a máxima qualidade e
a maior lucratividade”.

A formação do preço de vendas insere vários aspectos de fator mutável sobre


a aceitação do produto com aquele preço, conforme afirma Martins (2010, p. 218),
“[...] é preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços de produtos
concorrentes, os preços dos produtos substitutos, a estratégia de marketing da
empresa etc”, para tal, é obrigatório esclarecer os objetivos da entidade para assim
formar às normas politicas da azienda, assim afirma Crepaldi (2010, p. 359), “É
importante estabelecer os objetivos ou as políticas de preços antes de tentar fixar
um preço para seus produtos”. As diretrizes estabelecidas são formadas por alguns
critérios. Para a formação do preço de venda, como se refere Padoveze (2006), os
dois fatores na qual afeta o produto: os gastos e o mercado. Todavia, o mercado
enquadra a linha de preços a ser decidida, a empresa então deve estabelecer uma
24
estratégia a fim de gerenciar melhor os custos envolvidos na operação, conforme
Souza e Clemente (2011, p. 255), “[...] o custo [...] e o preço de venda são variáveis
econômicas de naturezas diversas [...] os custos de produção têm origem nos
mercados [...], enquanto os preços dos produtos são formados nos mercados [...]”.
As empresas, para poder agir, necessita estar de acordo com o bloco econômico em
que se encontra, entendendo seu mercado e mostrando o objetivo principal do bem,
essa conquista normalmente está atrelado pelo valor que o produto se constitui,
segundo Crepaldi (2010), existem três grandes formas de se integrar ao mercado:
primeiro, estratégia de penetração, esse engenho tem como objetivo oferecer um
preço abaixo da linha de mercado, focando na quantidade, priorizando expandir a
fama do produto por meio da alta quantia vendida, em vez de um equilíbrio entre
quantidade e preço; segundo, estratégia de paridade, focado em equivaler seu preço
com a quantidade, procurando uma maior concorrência com o mercado constituinte;
terceiro, estratégia premium, utiliza-se do benefício oferecido pela empresa, focado
na qualidade do produto, numa qualidade acima da média ou em um luxo único
oferecido pela entidade, os seus preços são, normalmente, elevados em
comparação com todo o mercado. Pois, segundo Souza e Clemente (2011, p.
248),”[...] os agentes que ofertam produtos no mercado podem ser tomadores ou
formadores de preço”.

4.1 FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A fixação do preço de venda se constitui de alguns formatos, sempre


buscando a margem de lucro desejado, margem essa definida pela empresa,
seguindo a estratégia definida, estudando o mercado, a variedade de preços
comumente oferecidos, todavia, a decisão tomada equivale em comparar o mercado
o preço de mercado com o foco alvo do desejo do preço, segundo Padoveze (2013),
a formação do preço objetivo deve ser baseado com o mercado, para assim gerir os
gastos totais, a margem de lucro e seu objetivo em relação a quantidade versus
preço.

25
Existem variados modus de calcular o preço de venda, seguindo os livros de
Crepaldi (2010), Ribeiro (2011) e Padoveze (2013), este trabalho apresentará
algumas formas como:

Fixação por Composição: essa formação do preço é simples em sua


composição, não passando de sua composição básica do preço de venda, sendo
feita pelo custo, despesa e lucro, expressas em valores totais. Por necessidade, é
preciso informar o preço unitário do produto, para então ter como base de calculo, o
preço vendido por unidade, transformando todos os valores em unitários e
separando entre custos e despesas fixas e variáveis, junto com a margem de lucro
variável. Importante ressaltar que o preço unitário é a única oscilante em unidade
monetária. (RIBEIRO, 2011)

Fórmulas:

Preço de venda.

PV = C + D + L

Preço de venda unitário.

PV = CVU + CFU + DVU + DFU + MLU

- PV: Preço de venda

- C: Custo

- D: Despesa

- L: Lucro

- CVU: Custo Variável Unitário

- CFU: Custo Fixo Unitário

26
- DVU: Despesa Variável Unitário:

- DFU: Despesa Fixo Unitário

- MLU: Margem de Lucro Unitário

Fixação por Margem Desejada: Conforme se indica, a diferença do lucro e a


receita, por unidade, é o afrontamento do gasto por produto, sendo o lucro resultado
da receita, conforme se refere Crepaldi (2010, p. 361), “A margem de lucro é a
diferença entre o preço de venda e o custo por unidade [...] traduz o quanto a
empresa gera de receita adicional aos custos [...]”, a margem refere-se ao desejo da
empresa auferida no objetivo alvo da entidade, sempre expressa em índice com
relação ao custo.

Fórmulas:

Preço de venda por margem desejada.

PV = (1 + %M) * CVU

- PV: Preço de Venda

- %M: Índice da Margem

- C: Custo Variável Unitário

Fixação por Taxa de Marcação (Mark-Up): é a base para a formação do preço


de vendas, utilizando todos os gastos totais, explicado por Crepaldi (2010, p. 360),
“[...] é o valor acrescentado ao custo do produto para determinar o preço de venda
final”, e por Padoveze (2013, p. 331) “ [...] é uma metodologia para se calcular
preços de venda [...] com base no custo [...] de cada produto”. A forma de calcular a
taxa de marcação, é preciso separar todos os gastos e a margem de lucro, a base
de calculo é feita em cima do custo unitário variável, por ser o único componente
para a formação do produto relativo a produção. Enquanto todos os outros gastos
nada compõe a formação do produto, além de passiveis mutações, nas quais,
27
inseridas no preço venda, foge do verdadeiro valor sobre do produto. Os gastos
restantes juntos com a margem de contribuição, devem ser informados em índices e
calculados em índices, afim de compor o preço de venda, para poder, assim, pagar
todas as dividas e gerar lucro. Imprevistos surgem, como a inflação sobre certos
custos, ou aumento da tributação, tudo isso mudará toda formação do preço de
venda, desde a base de calculo (custos variáveis), desde os gastos restantes junto
com a margem de lucro. (RIBEIRO, 2011)

A margem de contribuição inferida no preço de venda deve ser baseada na


análise feita no mercado, logo, em comparação com o preço de venda em
perspectiva comercial, deve estar relacionado com o objetivo empresarial, entre as
três estratégias propostas por Crepaldi (2010). Logo, todos os índices estão
relacionados com o preço alvo, referindo todas as percentagens em relação àquele
preço.

Existem duas formas para calcular o Mark-Up, o modelo multiplicador e o


modelo divisor:

Fórmula:

Mark-up multiplicator (MKM).

MKM = 100 / [100 – (%CF + %DF + %DV + %ML)]

Preço de venda Unitário (PV) por mark-up multiplicador (MKM).

PV = MKM x CUV

Mark-up Divisor (MKD).

MKD = [100 – (%CF + %DF + %DV + %ML)] /100

Preço de venda Unitário (PV) por mark-up divisor (MKD).

PV = MKD / CUV
28
- %DF: índice das Despesas Fixa

- %CF: índice dos Custos Fixos

- %DV: índice das Despesas variáveis

- %ML: índice de Margem de Lucro

- PVU: Preço de Venda Unitário

- CUV: Custo variável

- MKM: Mark-Up Multiplicador

- MKD: Mark-Up Divisor


4.2 FORMAÇÃO GRÁFICA DO PREÇO DE VENDA

Com a formação do preço unitário, é possível fazer a relação básica para a


função reta da receita, composto entre a quantidade e preço de venda. A receita
está ligado ao dinheiro faturado pelas vendas, para Tiago (2018) os ganhos
auferidos está relacionado com as vendas de determinadas por certa quantidade
demandada, o fato notório é a necessidade da empresa em conformar-se com o
mercado inserido, logo, a demanda está limitada até certa quantidade de interesse
do cliente ao mesmo tempo que deve obedecer os preços formados pelo mercado.

Os preços são propensos a permanecer-se estáveis, como sugere Herrmann


(1974, p. 221), “De fato, admitindo que os preços de venda se mantenham fixos e
que não haja nenhum fator de perturbação dos demais elementos da formula [...]”,
não havendo mudança, mesmo pelo fato do aumento do custo. Porém, é visto ser
inviável a permanência do mesmo preço, causando assim, a mutação do seu valor a
fim de se estabelecer a sobrevivência da entidade, esse aumento transforma, não
apenas a empresa, mas todo no mercado, sendo assim, todo deslocamento causado
pela inflação pode mudar os valores vendidos, sendo avista a inflação como perda
de poder aquisitivo, para Mises (2008), “[...] inflação é o surgimento de uma

29
tendência geral de aumento em todos os preços [...], complementando a frase de
Mises, Mankiw (2013, p. 617) afirma, [...] a oferta e demanda [...] determinam o
preço [...] determinam o valor da moeda”.

Sendo os ganhos variados pelo preço de venda pela quantidade vendida, é


possível obter a função da receita:

Receita Total

RC = PV x QV

- RC: Receita

- PV: Preço de Venda

- QV: Quantidade Vendida

Acrescentando desde já, que a o preço de venda deve ser maior que os gasto
unitário variável (PV > CUV), para que a empresa tenha capacidade de pagar suas
dívidas.

Gráfico 3 – Variação do preço de venda

R$ 2,500.00

R$ 2,000.00

R$ 1,500.00

R$ 1,000.00

R$ 500.00

R$ 0.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Receita

30
R$ 2,500.00

R$ 2,000.00

R$ 1,500.00

R$ 1,000.00

R$ 500.00

R$ 0.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Receita

Fonte: adaptado Backer e Jacobsen (1972)

4.3 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Após a adquirir o preço de venda, é possível calcular a margem de


contribuição ela resigna dividir os gastos variáveis dos gastos fixos, exemplo
oferecido por Crepaldi (2010, p. 236), “[...] todos os custos e despesas variáveis [...]
são deduzidos da receita de vendas [...] resultando na margem de contribuição [...] A
margem de contribuição representa o valor que cobrira os custos e despesas fixos”
ou resumidamente apresentado por Perez, Oliveira e Costa (2012, p. 207) “[...]
‘sobra financeira’ [...]”. A Margem de contribuição tem como o objetivo já definida
anteriormente neste trabalho por Dutra (2010, p. 244), como “[...] tornar bem mais
facilmente visível a potencialidade de cada produto para absorver custos fixos e
proporcionar o lucro”. Indo além, a renda marginal capacita demonstrar o retorno
auferido pelo produto, por meio da verificação entre as receitas totais subtraídas dos
gastos variáveis, mostrando a rentabilidade do produto, como Ribeiro afirma (2011,
p. 469) “Na análise da rentabilidade de cada produto [...] cada produto [...]
evidenciará a capacidade que cada produto [...] tem para gerar recursos para a
empresa”, enquanto o afrontamento dos custos de estrutura contra a receita
marginal comprovara a rentabilidade da empresa, defendido assim por Souza e
Clemente (2011), abatendo a margem de contribuição com os gastos fixos, é

31
possível analisar o retorno da estrutura empresarial. Assim, é visto a posição
hierárquica da empresa, mostrando a fonte de ganhos, as vendas de produtos, e
logo, mostra a capacidade de venda do produto em poder pagar a empresa.

A renda marginal demonstra a diferença entre o preço de venda e os gastos


variáveis, explicado assim por Dutra (2010, p. 244), “O conceito de margem de
contribuição é associado à identificação do custo imediato ‘emergente’ quando se
inicia a atividade de venda”, sendo ambos, o preço de venda e o gastos variáveis,
respectivamente relativos as quantidades produzidas e vendidas, é possível
encontrar a margem de contribuição unitária, por ambos, receitas e gastos variáveis,
serem oscilados pela quantidade vendida, exemplo oferecido por Dutra (2010, p.
245), “[...] é o valor que cada unidade de determinado produto proporciona à
empresa e resulta da diferença entre seu preço e os recursos necessários para a
realização da venda [...]”.

É possível analisar, por base no lucro marginal, no qual, definido por Crepaldi
(2010), faz com que a empresa decida quais mercadorias merecem o maior foco, se
o custo benefício de consertar uma linha produtiva e contribui para determinar o
ponto de equilíbrio.

A forma de obter a contribuição marginal total e marginal, explicado por


Ribeiro (2011), é:

Fórmulas:

Margem de contribuição marginal.

MCU = RBU – GVU ou MCU = MCT / QV

Margem de contribuição total.

MCT = RBT – GVT ou MCT = MCU x QV

- MCU: Margem de Contribuição Unitária

32
- RBU: Receita Bruta Unitária

- GVU: Gastos Variáveis Unitários

- MCT: Margem de Contribuição Total

- RBT: Receita Bruta Total

- GVT: Gastos Variáveis Totais

- QV: Quantidade Vendida

A contribuição marginal, em sua forma unitária, transmite quanto, de fato, o


retorno por produto agrega a empresa, segundo Crepaldi (2010), pode-se concluir
que cada unidade vendida contribui para a formação da quitação das próximas
obrigações (Gastos fixos e o Lucro).

4.4 CONTRIBUIÇÃO PARA A TOMADA DE DECISÃO

A margem de contribuição ajuda a formar a tomada de decisão por meio de


alguns exames relativos a possíveis eventos e para análises produtivas.

Fatores externos e internos, muitas vezes contribuem para a dificuldade para


a continuidade da atividade operacional, exemplos como: escassez por matéria-
prima, ausência na mão de obra tutti quanti, esses casos são chamados de fator
limitativo, qualquer evento ou fato que tende a limitar a produção, assim define
Padoveze (2013, p. 309), “Uma série de variáveis, internas ou externas, pode afetar
o fluxo de caixa da empresa, impondo restrições á produção e às vendas dos
produtos”, nos quais procuram maximizar a produção em detrimento de diminuir os
produtos de menor retorno. (PADOVEZE, 2013)

A empresa nessa situação fica a mercê de produzir apenas as quantidades as


quais é possível tanger, sempre restrito a demanda do mercado, segundo Martins
(2008, p. 188), “[...] o mercado mostra-se disposto a lhe consumir essas quantidades
33
indicadas; e então ela começa a preparar a sua produção para atender à sua
demanda”.

O calculo feito pelo fator limitativo, segundo mostra nos livros de Padoveze
(2013) e Martins (2008):

Calcular o a margem de contribuição por fator limitativo:

FL = MCUP / FLUP

- FL: Fator Limitativo

- MCUP: Margem de Contribuição Unitária por Produto

- FLUP: Fator Limitativo Unitário por Produto

O FLUP, destina-se a quantidade de recursos para a produção de um único


produto. Após a divisão entre de cada produto, o bem encontrado com o maior fator
limitativo é escolhido, e produzido segundo a sua demanda.

Contribuição marginal é definido como a contribuição para formação do lucro,


margem de contribuição, para Santos (2011), o objetivo da contribuição marginal é
auferir a formação do lucro, na mesma ideia, é possível revelar a margem integrada
na formação do ganho.

Como Santos (2011) Defini: índice do custo marginal e índice do lucro


marginal. É nada mais que constar, em percentagem, a quantidade que o custo
retira da receita e o quanto resta para formação do lucro, sendo expressados, cada
um, pela forma unitária.

Fórmulas:

Índice do custo marginal.

%CM = 100 x (CMU – PV) / PV


34
Índice do lucro marginal.

%LM = 100 x (LMU – PV) / PV

Lucro marginal unitário.

LMU = PV - CMU

- %CM: Índice do Custo Marginal

- %LM: Índice do Lucro Marginal

- CMU: Custo Marginal Unitário

- LMU: Lucro Marginal Unitário

- PV: Preço de Venda

Os índices representam o quanto cada um contém, em porcentagem, o valor


do preço de venda.

A margem de contribuição também é utilizada para descobrir qual é o ponto


de equilíbrio, definido por Crepaldi (2010), é a equidade entre a receita e os gastos
globais.

Fórmula:

Ponto de equilíbrio.

PE = GF / MCU

- PE: Ponto de Equilíbrio

- GF: Gastos Fixos

35
- MCU: Margem de Contribuição Unitário

4.5 PONTO DE EQUILÍBRIO

Segundo as variações do preço de venda incluso com as variações dos


gastos globais, auferimos o anseio empresarial, o lucro, afinal, ele nada mais é do
que a subtração de todos os gastos na receita, formando, então, o rédito.
(MARTINS, 2010)

O ponto de equilíbrio nada mais é que o balanceamento entre os gastos e as


receitas, tornando assim o lucro igual a zero, o ponto de nivelamento para Dutra
(2010, p. 361), “[...] a empresa está produzindo somente o suficiente para gerar
receitas que se iguala ao custo, [...] apenas para remunerar seus fatores produção”,
e para Padoveze (2013, p. 297), “ [...] mostra o nível de atividade ou volume
operacional, [...] evidencia os parâmetros que mostram a capacidade mínima na qual
a empresa deve operar [...]”. O Ponto de ruptura é demonstrado na quantidade
demandada no qual a empresa precisa auferir, afim de não levar os malefícios do
prejuízo e nem os benefícios da lucratividade, conforme afirma Ribeiro (2011, p.
479), “[...] o ponto de equilíbrio tem por finalidade revelar o volume mínimo [...]” para
permanecer estável.

O ponto critico está focando no âmbito gerencial, o ponto de equilíbrio fornece


informações extras, ajudando à formar as decisões das entidades, segundo
Padoveze (2013, p. 300), “[...] um estudo do ponto de equilíbrio, procurando-se
evidenciar alguma situação procurada ou mesmo um calculo rápido, que mostre o
mínimo de atividade no qual a empresa deve atuar [...]”, alguns exemplos oferecidos
por Santos (2011) ajuda a identificar a contribuição do aprofundamento do ponto
neutro, o ponto de ruptura auxilia identificar a quantidade mínima de produção, para
atingir rendimento zero; estuda a oscilação do lucro ao mudar o preço de venda;
torna compreensível as mutações dos gastos de produção e de estrutura, no qual
mostra a variação das quantidades necessárias para atingir o lucro nulo e por fim,
mostra o foco da entidade em o quanto vender para adquirir o lucro esperado ou,
pelo menos, não atingir o prejuízo. Na visão de Bruni e Famá (2016, p. 188),
36
“Quanto mais próximo uma empresa estiver operando de seu ponto de equilíbrio,
mais arriscado é sua situação” e complementando com o comentário de Dutra
(2010, p. 363), “Não existe Ponto de Equilíbrio que se possa afirmar como ideal. Ele
deve ser o mais baixo possível, pois quanto menor ele for, maior será a segurança
parar que a empresa não entre na área de prejuízo”. Contudo, a analise econômica
deve ser essencial, se analisado as quantidades demandas do mercado em
comparação com o ponto de equilíbrio, e ver que o mercado esta aceitando a
mesma quantidade ou inferior ao ponto neutro, sendo assim, é melhor não começar
a operação em casos como esse. (BACKER E JACOBSEN, 1973)

Formação do ponto de equilíbrio, seguindo de forma adaptada os livros de


Padoveze (2013), Dutra (2010) e Crepaldi (2010):

O lucro é formado por:

L=R–G

L = PV x QV – (GUV x QV + GF)

A formação do ponto de equilíbrio.

0 = PV x QV – (GUV x QV + GF)

GF = (PV – GUV) x QV

QV = GF / (PV – GUV)

PE = GF / MCU

4.5.1 TIPOS DE PONTOS DE EQUILÍBRIOS

Na literatura de diversos autores de contabilidade, encontra-se uma variedade


de pontos de equilíbrio, alguns exemplos como:

37
Ponto de Equilíbrio Contábil ou Operacional: compõe-se de tudo que constitui,
na parte patrimonial da entidade, no que tange as obrigações e gastos incorridos
para a formação de lucro, seja elas pagas ou não, logo, é tudo no que tange sobre
os fatores de competência inferidos no período determinado, referidos aos gastos
fixos da entidade. Segundo Crepaldi (2010, p. 243), “[...] é obtido quando há volume
[...] suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas” ou como Padoveze
(2013, p, 301) afirma, “[...] a quantidade de vendas que deve ser efetuada para
cobrir todos os custos e despesas fixas.

Fórmula:

PE = GF / MCU

Ponto de Equilíbrio Econômico: aplica em sua formação básica de gastos


fixos a somatória da necessidade em obter-se, pelo menos, uma agregação do seu
valor investido para formação da entidade, com uma renda a mais através de juros
( J ). No que se refere Bruni e Famá (2016, p. 188) é “[...] a quantidade de vendas
[...] que a empresa deveria obter para poder cobrir a remuneração mínima do capital
próprio investido – consolidados em valores de mercado”, agregando com o
comentário de Padoveze (2013, p. 301), “[...] receita mínima que gera lucro zero,
mas que cobre todos os gastos operacionais, financeiros e os efeitos de inflação nos
ativos e passivos monetários”, em resumo “[...] em relação à taxa de atratividade que
o mercado financeiro oferece ao capital investido”. (CREPALDI, 2010, p. 244)

Fórmula:

PE = GF + J / MCU

Ponto de Equilíbrio Financeiro: consolida-se em dispensar todos gastos não


desembolsado pela empresa, contando apenas aqueles inferidos no período
dispendidos em recursos monetários, respeitando o regime de caixa, inclusos
apenas os pagos, descartados os gastos não desembolsáveis (GND). Como
afirmado por Bruni e Fáma (2016), representam apenas desembolsos financeiros, e
todos aqueles custos não enquadrados na retirada de caixa não se enquadra, e

38
assim atribui Padoveze (2013, p. 302), “É importante em situações de eventuais
reduções da capacidade de pagamento”. E por Crepaldi (2010, p. 245), “[...] o
quanto a empresa terá de vender para não ficar sem dinheiro [...]”.

Fórmula:

PE = GF + GND / MCU

4.5.2 PONTO DE EQUILÍBRIO PARA GERÊNCIA DECISÓRIA

Ponto de Equilíbrio Meta, proposta por Padoveze (2013, p. 300) se baseia em


“[...] da fórmula de cálculo ou com a introdução de valores mínimos de lucro que se
imagina colocar como meta”, meta essa desejada pela formação de uma
maximização dos lucros, por meio do balanceamento entre preço de venda e
demanda do produto, definido assim por Herrmann (1974, p. 224), “Entendermos por
elasticidade da produção os limites dentro dos quais ela pode ser reduzida ou
aumentada sem prejuízo da sua economicidade”, ou seja, absorve com toda
eficiência. Ela só atingirá essa meta se estudado os níveis aceitáveis, medidas,
unicamente pela elasticidade da demanda, no qual se refere Wessels (2010), quanto
mais elástico é quanto menos as pessoas aceitam para comprar produtos por preços
mais elevados, relacionados com oscilação entre preço e quantidade demandada,
enquanto os inelásticos, define-se como maior grau de aceitação para a compra de
produtos mais elevados em variação pelo preço e quantidade demandada. A
elasticidade do preço de venda deve acompanhar a elasticidade da demanda,
assim, interpretando Backer e Jacobsen (1973, p. 19) “Uma mudança no preço de
um produto admitindo-se que a procura seja elástica em relação ao preço, afeta o
numero de unidades vendidas, os lucros e o ponto de equilíbrio”

A forma de calcular o grau de aceitação da elasticidade pode ser realizada


conforme Souza e Clemente (2011) conceituaram, como o Grau de
Comprometimento da Receita (GCR), ele mede o risco operacional das empresas,
mostrando o grau máximo de lucro da receita máxima em razão da receita nula.

39
Fórmula:

GCR = RE/RM

- GCR: Grau de Comprometimento da Receita

- RE: Receita de Equilíbrio

- RM: Receita Máxima

Gráfico – Grau de Comprometimento da Receita

Fonte: Souza e Clemente (2011)

4.5.3 FORMAÇÃO GRÁFICA DO PONTO DE EQUILÍBRIO

A formação, como descrito no começo está relacionado com os gastos totais


no qual, afrontados com a receita, compõe um gráfico no qual é possível observar a
entidade, a capacidade de gerar lucro por meio da elasticidade dos preços em
acompanhamento da análise da elasticidade da demanda, para maximização dos
lucros, enquanto, na base de conhecimento do ponto neutro, no qual define a o lucro
em zero.

40
O gráfico é formado por quatro retas, os gastos variáveis, os gastos fixos, os
gastos globais e o receita, o ponto de equilíbrio está se encontra no encontro entre
as duas retas antagônicas: o dos gastos totais com a receita, a intersecção entre
elas é onde pode se compreender pelo próprio nome: Ponto de Equilíbrio. Que nada
mais é do que um ponto atingido pela pelo cruzamento de duas variáveis.

Fórmulas:

Fórmula dos gastos fixos.

GF = CF + DF

Fórmula dos gastos variáveis.

GV = CV + DV

Fórmula dos gastos globais.

GG = GF + GV

Receita total.

RC = PV x QV

Lucro.

L = PV x QV – (GUV x QV + GF)

Ponto de equilíbrio.

PE = GF / MCU

Ponto de equilíbrio em valor.

PEV = PE x PV

41
- GF: Gasto Fixo

- GV: Gasto Variável

- CUV: Custo Unitário Variável

- GG: Gasto Global

- RC: Receita

- PV: Preço de Venda

- QV: Quantidade Vendida

- PE: Ponto de Equilíbrio

- MCU: Margem de Contribuição Unitária

- PEV: Ponto de Equilíbrio em Valor

O ponto neutro faz o mesmo, comparado com a margem de contribuição, de


dividir ela em dois grandes quadrantes, sendo para a margem de contribuição a
separação entre os custos variáveis com os fixos. Contudo, o ponto de equilíbrio
isola o lucro do prejuízo. A área interna formada entre a convergência entre as
rentas antagônicas, refere-se ao lucro, ou como o próprio Dutra (2010, p. 370) “[...] a
área de alavancagem operacional [...] representada por aquela que dá continuidade
à margem de segurança, também limitada pelas retas de custo e de receitas totais
[...]”,ao mesmo tempo que o ponto abaixo do ponto de equilíbrio, denomina-se
prejuízo.

Exemplo 1:

PV = 50 $/un. L=50 x 20−( 30 x 20+300 )

GUV = 30 $/un. L=1000−( 600+300 )

42
QV = 20 un. L=100 $

GF = 300 $

Exemplo 2:

PV = 50 $/um. L=50 x 25−( 30 x 25+300 )

GUV = 30 $/un. L=1250−( 750+300 )

QV = 25 un. L=200 $

GF = 300 $

O resultado é a área preenchida, visto que essa área cresce conforme o


seguimento do acréscimo das receitas.

Gráfico 3 – Ponto de Equilíbrio

R$ 2,500.00

R$ 2,000.00

R$ 1,500.00

R$ 1,000.00

R$ 500.00

R$ 0.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Gastoss Fixos Gastos Variáveis


Gastos Totais Receita

43
R$ 2,500.00

R$ 2,000.00

R$ 1,500.00

R$ 1,000.00

R$ 500.00

R$ 0.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Gastoss Fixos Gastos Variáveis


Gastos Totais Receita

Fonte: adaptado Backer e Jacobsen (1973)

4.6 MARGEM DE SEGURANÇA

O objetivo primário da entidade de gerar lucro assegura a entidade a


estabilizar todo processo produtivo, dando pelo próprio nome, uma margem de
segurança, sua definição pode ser entendida por Ribeiro (2011, p. 482) “Margem de
segurança é a diferença entre a receita total auferida pela empresas e a receita total
no ponto de equilíbrio”, ou como próprio Bruni e Famá (2016, p. 194) à definiram, “
[...] consiste na quantia [...] das vendas que excedem o ponto de equilíbrio”.

Quanto a finalidade da margem de segurança, destina observar a parte


rentável da entidade, constando e analisando todo o lucro extraído das atividades,
no qual ajuda a ter um parâmetro maior dos ganhos da entidade, assim como mostra
o quanto a empresa está distante do prejuízo, como refere-se Dutra (2010), o
conceito maior envolvido é a distância da margem de segurança, como o
espaçamento do nível produtivo para o nível das vendas, esse nível situa a
capacidade máxima. Ou como direciona Crepaldi (2010, p. 249), “É um indicador de
risco que aponta a quantidade a que as vendas podem cair antes de se ter prejuízo”.

A analise feita sobre a margem foi dita por Dutra (2010, p. 368), “ Quanto
mais baixo o ponto de equilíbrio, maior a margem de segurança [...] quando maior a

44
margem de segurança, menor o risco da empresa de a empresa entrar na área de
prejuízo”

A formato, como Martins (2010) se refere a margem de segurança, podendo


ser em quantidade ou moeda, podendo calcular o índice de segurança em índices,
descobrindo a porcentagem em nível de segurança que a entidade atua.

Fórmula:

Margem de segurança em quantidade.

MS = QV – PE

Margem de segurança em moeda.

MSV = MS x PV

Margem de segurança em relação ao ponto de equilíbrio.

%MS = (RT – PEV) / PEV

MS: Margem de Segurança

%MS: Índice da Margem de Segurança

MSV: Margem de Segurança em Valor

4.6.1 TOMADA DECISÓRIA COM BASE NA MARGEM DE SEGURANÇA

A empresa tendo como objetivo máximo o crescimento, pode-se retirar, para


gerência empresarial, elevando os ganhos da entidade, denominado de
alavancagem operacional, segundo Dutra (2010), a alavancagem é a relação entre o
crescimento do lucro com a receita total, sendo que qualquer ponto acima do ponto
neutro se enquadra como nível operacional, determinando a relação entre ele e o
45
nível da margem de segurança. Ou como direciona Ribeiro (2010, p.484) “[...] um
aumento no volume da produção e venda, promove-se uma elevação no resultado.
Portanto, alavancagem operacional é um indicador que mostra [...] no [...] aumento
no resultado.”

Seu foco, defendido por Padoveze (2013, p.295), “Significa a possibilidade de


acréscimo do lucro total, pelo aumento da quantidade produzida e vendida,
buscando a maximização do uso dos custos e das despesas fixas”, definido assim
por Dutra (2010), os custos fixos altos eleva a o nível de alavancagem operacional
por causa de um menor lucro, enquanto o contrario provoca a diminuição do nível de
alavancagem operacional causa essa afetada pelo nível alto de lucro, sendo assim,
ele indica o acréscimo proporcional do volume de lucro com base na margem de
segurança em relação ao acréscimo da receita, ou como define Martins (2010, p.
260), “À medida que aumenta a Margem de Segurança, decresce a Alavancagem
Operacional” e a medida que aumenta a margem de contribuição, a alavancagem
operacional acompanha sua elevação.

A formula, segundo Martins (2010) é a margem de contribuição dividido pelo


lucro da operação, uma segunda forma é a razão entre diferentes níveis quantidade
divido pela comparação do lucro causadas por essa quantidade vendida.
Acrescentando que ponto de alavancagem operacional pode ser medida em
qualquer ponto do gráfico.

Fórmula:

Grau de alavancagem operacional.

AO = MCT / LT

Grau de alavancagem operacional em relação a outras variações

AO = %Q / %L

%Q = Qa / Qb %L = La / RL

46
- AO: Alavancagem Operacional

- %Q: Índice do acréscimo da Quantidade

- %R: índice do acréscimo da Receita

- Qa: Quantidade do Produto “A”

- Qb: Quantidade do Produto “B”

- Ra: Receita do Produto “A”

- Rb: Receita do Produto “B”

A medida para encontrar o caminho correto do empreendimento é pela taxa


de retorno, assim proposto por Martins (2010, p. 208), “A melhor maneira de avaliar
o grau de sucesso de um empreendimento é calcular o seu retorno sobre o
investimento realizado.”, e assim continua ele, esse calculo consiste em apurar o
lucro e no que condiz na parte pertencente de cada produto sobre o investimento
sobre ele, ou melhor dizendo, seu gasto. Contudo, é necessário retirar as despesas
não pertencentes ao produto, como exemplo disso: empréstimos ou qualquer crédito
financeiro, no qual, nada representa na formação do produto ou da receita, não
transmitindo o investimento verdadeiro sobre ele.

Fórmula:

TR = (LAIR + DFINA) / IP

- TR: Taxa de Retorno

- LAIR: Lucro antes do Imposto de Renda

- DFINA: Despesas Financeiras

- IP: Investimento sobre o Produto

47
Em analise, quanto maior a Taxa de Retorno, maior será a sustentabilidade
do produto, quanto menor, menor a eficiência do investimento aplicado sobre os
artigos.

Porém, a taxa de retorno pode ser aplicado de uma forma mais ampla, no
qual é denominado de ROI, retorno sobre o investimento, no qual destina saber o
quanto voltou sobre o investimento, segundo Custódio (2018) “é um indicador que
permite saber quanto dinheiro a empresa perdeu ou ganhou com os investimentos
feitos [...]”, ou como define Chen (2019, tradução livre), “Retorno sobre o
investimento (ROI) é uma medida de desempenho usada para avaliar a eficiência de
um investimento” .

O ROI é uma ferramenta fácil, no qual pode ser analisado, quase que
completamente tudo que envolve no processo de obtenção de lucro e toda cadeia
produtiva, como Chen (2019, tradução livre) confirma, “ é uma métrica popular,
devido à sua versatilidade e simplicidade […] pode ser usado como um medidor
rudimentar da lucratividade […] não é complicado e é relativamente fácil de ser
interpretado para sua ampla gama de aplicações […]”. A relação do retorno sobre o
investimento pode ser desmembrada para melhor amplio de horizonte, como Kassai
(1996) sugere por base em dois cálculos, no qual compõe os elementos do retorno
do investimento: a Margem e o Giro. Em suas palavras, no que se destina,
“representa a margem de lucro que uma empresa obteve sobre o montante de suas
vendas, ou [...] do faturamento [...]” após deduzir todos os gastos, conquanto, “O giro
é expresso em número de vezes que a empresa conseguiu girar o seu próprio ativo
[…]”, respectivamente, ambos são inversos em proporções.

Fórmulas :

Margem de Lucro

ML = L / R

Giro de Capital

48
G=R/A

- ML: Margem de lucro

- G: Giro de Capital

- R: Receita

- A: Ativo

Eles agem de forma inversa pela própria formação matemática, quanto maior
aumentar a receita, maior o giro, quanto menor a receita maior a margem de lucro

Tendo logo a visão mais ampla, por motivos que o próprio Kassie (1996)
explica, “[...] em seus aspectos mais inerentes à obtenção do retorno de
investimento”. O retorno sobre o investimento (ROI) se mostra com o seguinte
formato:

ROI = L / A

- ROI: Retorno sobre o Investimento

Todas as informações são retiradas da contabilidade, seguindo como


entendimento de resultado numérico, um maior aumento representa benefícios,
enquanto o seu inverso, malefícios, conforme afirma Chen (2019, tradução livre),
“[...] ajuda investidores a eliminar ou selecionar as melhores oportunidades”.

4.7 MIX DE PRODUTOS

Normalmente as empresas não trabalham apenas com único produto, elas


tendem a ter uma grande variedade, mostrado assim por Figueiredo e Caggiano
(2008, p. 163), “Muitas firmas [...] produzem e vendem mais de um produto, e [...]
precisam decidir a melhor combinação desses produtos [...]” e com isso acarreta
uma grande quantidade informativa acerta de cada produto, formando assim, cada
49
bem produzido, o seu custo, o seu preço de venda, a sua margem de contribuição,
seu ponto de equilíbrio e sua margem de segurança.

A formação da receita é adquirida com a somatória de todos os produtos


vendidos, segundo Tiago (2018) “[...] a receita total da companhia será a soma das
receitas de cada produto ou divisão da empresa”, para tanto, a formação do preço
de venda de cada produto deve ser auferida com o proposito de competição, na
visão de Padoveze (2013), ele supõe a criação do preço de venda por mark-up, mas
sendo a vez que o preço de venda seja formado segundo o mercado, logo, a taxa de
marcação é dívida na quantidade de produtos. Além da formação da do preço, a
receita conquistada de cada produto representa uma certa uma porcentagem que
cada produto contribui para o pagamento das despesas fixas e assim gerar lucro,
sendo divido pela somatória das vendas totais. (PADOVEZE, 2013)

Toda empresa tem os seus gastos gerais e produtivos, para finalidades


gerenciais. O a variação de custo por produto dividi todos os gastos particulares
entre eles para formação de uma única unidade subtraída da receita em gastos
variáveis, afinal, só eles representam a parte produtiva. (FIGUEIREDO E
CAGGIANO, 2008)

Tudo já demonstrado, representa a na opinião de Ribeiro (2011, p. 469), “[...]


é permitir o conhecimento do quanto cada produto contribui para cobrir os custos e
despesas fixas [...]”, com essa análise, pode-se entender que o conjunto de produtos
é analisado separadamente, para assim, afrontar com os gastos fixos, sendo eles
analisados e somados separadamente, pois, no final, como Ribeiro Explica (2011, p.
469), “[...] evidenciará a capacidade que cada produto [...] te para gerar recursos
para a empresa”. Sendo assim, cada produto tem a sua margem de contribuição,
assim como tem a margem de contribuição total.

Formula:

Margem de contribuição comum.

MCC = MCUa x %MVa + MCUb x %MVb + MCUc x %MVc

50
Índice da margem de venda de um produto.

%MVa = MVa / MVT

Margem de vendas de todos os produtos

MVT = MVa + MVb + MVc

- MCC: Margem de Contribuição Comum

- MCUa: Margem de Contribuição de um Produto

- %MVa: Índice da Margem de Venda de um Produto

- MVa: Margem de Venda de um Produto

- MVT: Margem de Venda de Todos os Produtos

O ponto neutro é irregular ser julgado no total, sendo que cada produto tem a
sua demanda, logo, é preciso realizar a demanda por cada bem oferecido, levando a
ter cada artigo um ponto de equilíbrio, assim defende Martins (2010, p. 278), “[...] a
grande restrição [...] é o fato de [...] haver um único produto. [...] o que não acontece
quando a empresa trabalha com diversos produtos [...]”.

Formas de calcular o ponto de equilíbrio de cada produto, seguindo o livro de


Martins (2010), com o primeiro modelo sendo ratear os custos fixos, conforme a
melhor representatividade de cada produto. O segundo modelo é multiplicar o ponto
de equilíbrio por cada índice da margem de venda do produto, apurando, assim, os
modelos gráficos de cada um, conforme cada estilo.

Fórmulas do primeiro modelo:

Ponto de equilíbrio de cada produto

PEa = CFa / MCUa PEb = CFb / MCUb PEc = CFc / MCUc

51
Fórmulas do segundo modelo:

Ponto de equilíbrio da empresa.

PEE = CF / MCC

Ponto de equilíbrio de cada produto.

PEa = PEE x %MVa PEb = PEE x %MVb PEc = PEE x %MVc

- PEa: Ponto de Equilíbrio de um Produto “A”

- CFa: Custo Fixo alocado para cada Produto “A”

- PEE: Ponto de Equilíbrio da Empresa

Gráfico 4 – Ponto de Equilíbrio por Produto

Fonte: Martins (2010)

52
4.8 FINALIDADE GERENCIAL

Conforme cada produto tem sua representatividade, o lucro atingido por


todos, no máximo, no que analisa Souza e Clemente (2011), faz-se necessário,
primeiramente, conhecer a participação de cada produto no que tange a receita total,
sendo essa participação frequente a uma quantidade média vendida, com isso,
pode-se chegar, no que se denomina de receita máxima, ou, mix ótimo, sendo a
maximização das vendas.

Segundo formulado por Souza e Clemente (2011):

Fórmula:

Receita de equilíbrio.

RTE = GF / 1 – (GV / RT)

- RTE: Receita Total de Equilíbrio

- GF: Gastos Fixos

- GV: Gastos Variáveis

- RT: Receita Total

Gráfico – Receita Máxima.

53
Fonte: Souza e Clemente (2011)

Tendo cada produto uma margem de contribuição, é possível separar cada


artigo com relação a margem de segurança, subtraindo toda o ponto de equilíbrio
com as quantidades vendidas, podendo ser eles representados em valor ou
porcentagem.

Fórmula:

Margem de Segurança por Produto.

MSa = QVa – PEa

Margem de segurança em moeda.

MSVa = MSa x PVa

Margem de segurança em relação ao ponto de equilíbrio.

%MSa = (RTa – PEVa) / PEVa

MSa: Margem de Segurança do Produto “A”

%MSa: Índice da Margem de Segurança do Produto “A”

54
MSVa: Margem de Segurança em Valor do Produto “A”

Sendo possível também, o calculo da alavancagem operacional individual por


produto, utilizando-se, como define utilizando-se do rateio do lucro total por
participação de vendas por artigo, sendo formado por:

AOa = MCa / La

La = LT x %Ra

%Ra = Ra / RT

- AOa: Alavancagem Operacional

- %Ra: Porcentagem da Receita de “A”

- La: Lucro do Produto “A”

- LT: Lucro Total

- Ra: Receita do Produto “A”

Segundo Padoveze (2013, p.295), “Alguns produtos têm alavancagem maior


do que outros [...]”, ele integra a ideia por na relação da participação do lucro por
base integrada na somatória da receita total.

Outra forma pode ser abrangida, sendo a taxa de retorno por produto. A forma
correta de abranger o gasto total sobre o produto, seria o custo e despesas fixas
sendo elas diretas, é o custo alocado ao produto, sem necessidade de rateio, por já
se enquadrar no produto, porém ele apenas não varia conforme a produção, assim é
feito para chegar no retorno identificado, tudo direcionado ao investimento para o
produto.

Os métodos de rateio transformam toda possível veracidade em uma mentira,


por ser incoerente com a estrutura da realidade, qualquer forma de rateio é errônea,
55
permanecer os custos direcionados na somatória e deixando, e permanecer com os
custos fixos comuns de forma.

a melhor forma de atingir a taxa de retorno, no qual possa se aproximar com o


real possível segundo Martins (2010). Feito isso, é apenas formar:

TRIa = 2ºMCa / IPa TRIb = 2ºMCb / IPb

- TRIa: Taxa de Retorno Identificado do Produto “A”

- 2ºMCa: Segunda Margem de Contribuição do Produto “A”

- IPa: Investimento sobre o Produto do Produto “A”

- TRb: Taxa de Retorno Identificado do Produto “B”

- 2ºMCb: Segunda Margem de Contribuição do Produto “B”

- IPb: Investimento sobre o Produto do Produto “B”

A Segunda Margem de Contribuição (2ºMC), como Martins (2010) explica, no


começo se passa pela 1º margem de contribuição, no qual se refere apenas aos
gastos variáveis relativos as mudanças de volume, após isso, passa-se pela 2º
margem de contribuição, esse relativo apenas aos custos e despesas fixas diretos,
certamente alocado aos fatores produtivos, mas não relativos as mudanças
quantitativas dos produtos. No que se refere Martins (2010, p. 2010), “A taxa de
retorno identificada evidencia o quanto cada produto conseguiu gerar de margem de
contribuição sobre o investimento que é realmente seu”.

56
Referências

BACIC, M. J; SOUZA, M. C. A. F. Algumas reflexões quanto às decisões de


terceirização considerando o custeio variável e o contexto racional e
estratégico, 2002, 11f. Trabalho apresentado no IX Congresso Brasileiro de
Custo – São Paulo, 2002. Disponível em:
<https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/2763/2763>.

BACKER, M.; JACOBSEN L. E. Contabilidade de Custos. Rio de Janeiro,


Editora McGwa-Hill do Brasil LTDA, 1972.

BACKER, M.; JACOBSEN L. E. Contabilidade de Custos. Rio de Janeiro,


Editora McGwa-Hill do Brasil LTDA, 1973.

BARBOSA, C. Gerenciamento de Custos em Projetos. 3º edição, Rio de


Janeiro, Editora FGV, 2010.

BERTÓ, D. J., BEULKE, R. Gestão de Custos. 3º edição, São Paulo, Saraiva,


2013.

BRASIL. Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o


estatuto nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm>.
Acesso em: 20 set. 2019.

BROWNE, A. L. Economia Geral para os Cursos da área Tecnológica. São


Paulo, Ed. Da Universidade de São Paulo, 1973.

CARDEN, A. A Utilidade Marginal Decrescente é uma Lei. 2012.Disponível


em: <https://mises.org.br/Article.aspx?id=1288>. Acesso em 16 de set. 2019.

COLLA, J. COMPRAR X FABRICAR – 2006- Disponível em:


<https://administradores.com.br/artigos/comprar-x-fabricar> Acesso em: 20. set.
2019.

CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade Gerencial: Teoria e


Prática. 7º edição, São Paulo, Atlas, 2014.

ECKERT, A. et al. Procedimentos para determinação e análise da


rentabilidade dos produtos em micro e pequenas empresas industriais
alimentícias. Revista de administração IMED, v. 2, 80-105, 2012. Disponível
em: <https://seer.imed.edu.br/index.php/raimed/article/view/242/262>.
57
FERREIRA, D. A VARIÁVEL “CUSTO” NO CONTEXTO DE DECISÃO ENTRE
COMPRAR OU FABRICAR - 2013 - Disponível em:
<https://administradores.com.br/artigos/a-variavel-custo-no-contexto-de-
decisao-entre-comprar-ou-fabricar> Acesso em: 20. set. 2019.

FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: Teoria e Prática. 4º edição,


São Paulo, Atlas, 2008.

GREMAUD, A. P. Manual de Economia. 6º edição, São Paulo, Saraiva, 2011.

HERRMANN, F. Cursos Industriais: Organização Administrativa e Contábil


das Empresas Industriais. 7º edição, São Paulo, Editora Atlas S. A., 1974.

HORNGREN, C. T. Contabilidade de Custos. 9º edição, Rio de Janeiro,


Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2000.

IDBN. MOTIVOS PARA SUA EMPRESA INVESTIR EM SUSTENTABILIDADE.


Disponível em: <https://www.ibdn.org.br/2017/07/12/motivos-para-sua-
empresa-investir-em-sustentabilidade/>. Acesso em: 20 set. 2019

ITM PLATATFORM. A Qualidade Nunca é um Acidente; Sempre é


Resultado de um Esforço Inteligente. 2015. Disponível em:
<https://www.itmplatform.com/br/blog/a-qualidade-nunca-e-um-acidente-
sempre-e-resultado-de-um-esforco-inteligente/>. Acesso em 18 de set, 2019.

IUDÍCIBUS, P.; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 9º edição, São


Paulo, Atlas, 2010.

IUDÍCIBUS, S. Contabilidade Gerencial: 4. Ed. São Paulo: Atlas, 1984.

KASSE, E. Qualidade Custa Caro?. 2009. Disponível em:


<https://administradores.com.br/artigos/qualidade-custa-caro> . Acesso em 16
de set. 2019.

KOTLER, P. Marketing. Atlas, São Paulo, 1988.

MANDARINO, U. Custos. 3º edição, São Paulo, Atlas, 1975,

MANKIW, N. G. Introdução à Economia. 3º edição, São Paulo, Cengage


Learning, 2016

MARTINS, C. W. Do Zero ao Milhão: como transformar seu sonho em um


negócio milionário. 1º edição, São Paulo, Buzz Editora, 2017.

58
MARTINS, E. Contabilidade de Custo. 9º edição, São Paulo, Atlas, 2003.

MARTINS, E. Contabilidade de Custo. 9º edição, São Paulo, Atlas, 2010.

MENDES, G. OS DESAFIOS E VANTAGENS DA SUSTENTABILIDADE


EMPRESARIAL APLICADA. Disponível em:
<https://cebds.org/blog/sustentabilidade-empresarial/#.XYVTi1RKjIV>. Acesso
em: 20 set. 2019.

MXM SISTEMAS. REGIMES TRIBUTÁRIOS: ENTENDA QUAL O IDEAL


PARA SUA EMPRESA. Disponível em:
<https://www.mxm.com.br/blog/regimes-tributarios-o-ideal-para-sua-empresa/?
https://www.mxm.com.br/mxm-webmanager.html?
matchtype=b&matchtype=b&gclid=EAIaIQobChMIzbePrJ3g5AIVghGRCh0pvA
HSEAAYASAAEgI7XfD_BwE>. Acesso em: 20 set. 2019.

OLIVEIRA L. M.; PEREZ, J. H. Contabilidade de Custos para não Contadores.


5º edição, São Paulo, Atlas, 2012.

OLIVEIRA, L. M; et al. Manual de Contabilidade Tributária. 4. ed. São Paulo:


Atlas, 2005.

Padoveze, C. L. Curso básico gerencial de custos: 3. Ed. São Paulo:


Thomson, 2003.

PAZ, F. J; KIPPER, L. M. Sustainability in organizations: advantages and


challenges . Revista GEPROS, v. 11, n.2, 85-102, 2016. Disponível em:
<https://revista.feb.unesp.br/index.php/gepros/article/view/1403/724>.

PEREIRA. J. A. EMPRESAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – LUCRO


PRESUMIDO OU LUCRO REAL? Disponível em:
<http://www.cebrasse.org.br/downloads/html/lucro_presumido_real.html>
Acesso em: 29 out. 2019.

PEREZ, J. H.; OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G. Gestão Estratégicos de Custos.


8º edição, São Paulo, Atlas, 2012.

PINTO, A.; FREDES, C.; MARINHO, L. C. Curso de Economia. 10º edição, Rio
de Janeiro, Unilivros, 1987.

PLANALTO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR n°123, DE 14 de dezembro de


2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm>.
Acesso em: 29 out. 2019

59
PORTAL TRIBUTÁRIO. REGIMES DE TRIBUTAÇÃO. Disponível em:
http://www.portaltributario.com.br/tributario/regimes-de-tributacao.htm. Acesso
em: 20 set. 2019.

RECEITA FEDERAL. PERGUNTAS E RESPOSTAS SIMPLES NACIONAL.


Disponível em:
<http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Arquivos/manual/
PerguntaoSN.pdf>. Acesso em: 20 set. 2019.

ROCHA, E. A. Princípios de Economia. 4º edição, São Paulo, Companhia


Editora Nacional, 1975.

SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 3º edição , Rio de Janeiro,


McGraw-Hill, 2004.

SANTO, J. J. Contabilidade e Análise de Custos. 6º edição, São Paulo, Atlas,


2011.

SANTOS, A. C. P. et al. Vantagens e desvantagens da construção


sustentável., 2015, 10f. Trabalho apresentado no 3° simpósio de
sustentabilidade e contemporaneidade nas ciências sociais – UNIOESTE,
Paraná, 2015. Disponível em:
<https://www.fag.edu.br/upload/contemporaneidade/anais/560a9369cb684.pdf>
. Acesso em: 20 set. 2019.

SANTOS, C. G. Lucro presumido versus simples nacional para indústria,


comércio e serviços. 2008. 103f. Monografia - UFSC, Florianópolis, 2008.
Disponível em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Contabeis291620.pdf>.

SATTLER, M. A. Habitações de baixo custo mais sustentáveis: a casa


Alvorada e o Centro Experimental de tecnologias habitacionais sustentáveis:
Coleção Habitare, 8. Porto Alegre : ANTAC, 2007.

SEBRAE. SUSTENTABILIDADE: A PRÁTICA QUE SÓ GERA VANTAGENS.


Disponível em:
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/artigosInovacao/praticas-
sustentaveis-viram-vantagens-para-empresas-e-meio-
ambiente,5adaa7deccc0c510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em:
20 set. 2019

SILVA, F. B. Planejamento tributário. 2011. 16f. Dissertação de Pós-graduação


- PUC, Goiás, 2011. Disponível em:
<http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/6mostra/artigos/SOCIAIS%20APLICADAS/F
%C3%81BIO%20BARBOSA%20DA%20SILVA.pdf>.

60
SILVA, G. D. Índices financeiros e lucratividade – um estudo dos índices de
rentabilidade, 2007, 15f. Monografia – UFPA, Pará, 2007. Disponível em:
<http://peritocontador.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Giselle-Damasceno-
da-Silva-%C3%8Dndices-Financeiros-e-Lucratividade-Um-Estudo-dos-
%C3%8Dndices-de-Rentabilidade.pdf>. Acesso em: 20 set. 2019.

SILVESTRE, A. A.; RUSSO, F.; MAEDA, L. K. Contabilidade de Custos. 3º


edição, São Paulo, Atlas, 1976.

SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Gestão de Cursos. 2º edição, São Paulo, Atlas,


2011.

TORRES, V. O QUE É LUCRO PRESUMIDO? TABELA E PANILHA DO


LUCRO PRESUMIDO. Disponível em:
<https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/lucro-presumido/>.
Acesso em: 20 set. 2019.

WESSELS, W. J. Economia. 3º edição, São Paulo, Saraiva, 2010.

61

Você também pode gostar