José Itaim compareceu no 2º Distrito Policial de Mogi das Cruzes e registrou
um BO sobre furto qualificado por abuso de confiança. No momento do registro e em declarações prestadas posteriormente alegou que sua residência foi furtada em data de 09/07/2019 em circunstâncias totalmente estranhas. Alegou que retornou de uma viagem curta ao litoral e ao adentrar em sua residência percebeu que foram levados todos os móveis e aparelhos eletrônicos de seu interior. Disse, ainda, que achou estranha a situação, pois quando chegaram à residência as portas estavam trancadas, como de costume. Informou, também, que sua antiga empregada, Magnólia, era a única pessoa, fora os proprietários, que possuía chave de acesso à casa. Foi instaurado Inquérito Policial para apurar os fatos. Magnólia Martins em 18/09/2019 compareceu no 2º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, atendendo a uma intimação. Confirmou que trabalhou como empregada doméstica até o dia 16/07/2019 para José Itaim, quando houve sua dispensa por parte deste, sendo que o mesmo nada alegou para tal fato. Nesta data entregou a chave da casa e recebeu seus direitos trabalhistas. Sobre o furto que ocorrera na casa de José Itaim em data de 09/07/2019 informou à Autoridade Policial que desconhecia e negou qualquer participação os fatos. Também disse que no período que ocorreu o furto estava em gozo de férias de 01/07/2019 à 15/07/2019 e ao retornar no dia seguinte foi dispensada de seus serviços. Disse que não se lembrava de onde estava na data do ocorrido e confirmou que realmente possuía uma chave da porta da entrada da frente, a qual foi devolvida quando de sua dispensa. Negou que tenha cometido o furto. Como prova dos fatos a Autoridade Policial somente possuía o indício da posse das chaves e nada mais, motivo pelo qual apenas foi ouvida em declarações e não houve indiciamento. Seguiu em busca de provas até que foi relatado e encaminhado ao fórum da Comarca de Mogi das Cruzes/SP. Em data de 18 de novembro de 2019, Magnólia foi citada por um oficial de justiça, pois foi denunciada pelo crime de furto qualificado por abuso de confiança. Procurou o advogado e este em resposta à acusação no prazo legal propôs a rejeição da denúncia por inépcia em virtude da não existência de provas em face de Magnólia. Também arrolou duas testemunhas. Requereu perícia para à residência e alegou para tal fato que a casa não possui muros e portões na parte da frente. A porta lateral que dá acesso em direção à entrada da cozinha estava com a fechadura quebrada. A porta da cozinha é de alumínio e muito frágil. Se forçada para cima abre com facilidade. O MM Juiz da 3ª Vara Criminal rejeitou a resposta à acusação e fundamentou sobre o argumento de que a denúncia estava formalmente em ordem e que durante o procedimento a acusação poderia demonstrar o alegado. Aceitou as testemunhas e negou o pedido de perícia sob o fundamento de impertinência. Como advogado de Magnólia e atento ao caso narrado levando em conta tão somente as informações contidas no texto elabore a peça processual competente no prazo legal, exceto o habeas corpus.