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Recebida a denúncia em 19 de janeiro de 2022 (fls. 47/48), o réu foi citado (fls. 52/53) e
apresentou defesa prévia (fls. 75/76), argumentando que a denúncia é inépcia e atipicidade dos fatos
narrados.
Nas alegações finais orais, o Ministério Público pediu a absolvição, considerada a falta de
provas. A Defesa argumentou que o acusado deve ser absolvido em razão da ausência de provas.
É o relatório.
Fundamento e decido.
A materialidade delitiva está demonstrada pelo boletim de ocorrência (fls. 03/06), termo
de declarações (fls. 07/08), auto de exibição/apreensão (fl. 09), laudo pericial (fls. 12/14), bem como
pelas demais provas produzidas.
A testemunha Talita Fernanda Massoli disse que, no dia dos fatos estava no imóvel mas
foi embora e não presenciou a agressão. Relatou que tudo começo quando a energia elétrica do imóvel foi
cortada por falta de pagamento. Relatou que o réu ajudou a pagar a conta vencida. Relatou que quando o
réu chegou na residência a vítima estava fazendo uso de bebidas alcoólicas e que o réu ficou bravo.
Relatou que não viu nenhuma agressão. Relatou que não viu nenhuma discussão sobre o pagamento da
conta de energia. Relatou que não tinha conhecimento da maquina de choque. Relatou que o réu nunca foi
agressivo. Relatou que mora no imóvel. Relatou que saiu do imóvel por estar sem energia para suas filhas
menor de idade. Relatou que ela, o réu e o pai de suas filhas ajudaram a pagar a conta de energia. Relatou
que o réu ficou bravo com sua mãe pois ela falou que não tinha dinheiro para pagar a conta de energia
mas estava bebêndo. Relatou que à vítima é revoltada. Relatou que teve nenhuma discussão. Relatou que
saiu da casa assim que começou a discussão.
O réu WELLINTON FERNANDO MASSOLI foi interogado e disse que, sua irmã
Talita e o cunhado já havia combinado de dividir o valor da conta de energia. Relatou que já havia dado o
dinheiro para a vítima da sua parte do combinado à duas semanas quando caiu seu pagamento. Relatou
que a vítima pediu mais dinheiro. Relatou que tinha outras contas para pagar. Relatou que para evitar
briga com a vítima deu o dinheiro da sua parte novamente. Relatou que ficou bravo. Relatou que foi para
a casa de sua mulher. Disse que a vítima não tinha dinheiro para pagar a conta de energia. Relatou que à
tarde volto para a casa e encontrou a vítima bebendo. Relatou que ficou bravo por ter pago sua parte do
combinado duas vezes. Relatou que ninguém tinha dinheiro para ajudar a pagar a conta de energia.
Relatou que perguntou como havia conseguido dinheiro para comprar bebida. Relatou que a vítima
começou a xinga-lo. Relatou que saiu em seguida e foi embora para a casa de sua mulher. Relatou que no
dia seguinte voltou ao imóvel de sua mãe. Relatou que foi trabalhar. Relatou que chegou do trabalho e
logo em seguida o oficial de justiça levou uma intimação. Relatou que não tem o aparelho que dá choque.
Relatou que morava com à vitíma. Relatou que tiveram discussão verbais. Relatou que não teve agressão.
Relatou que não sabia da ocorrencia.
Em interrogatório, o réu disse que os fatos não são verdadeiros. Relatou que a vítima
estava sem dinheiro para pagar a conta de energia. Disse que pagou sua parte da conta suas vezes. Relatou
que quando chegou em casa à vítima estava fazendo uso de bebida alcoolica. Disse que ficou bravo com a
situação. Relatou que não ouve nenhuma agressão. Disse que atualmente trabalha na construção civil e
que ja cumpriu pena.
Ao advogado, que atuou pela assistência judiciária, fixo os honorários no teto da tabela
do convênio Defensoria/OAB, expedindo-se certidão oportunamente.
Publique-se. Intimem-se.