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A sentença será lida nos termos do art.º 411 do código Processo Penal em que o tribunal
considerou provado os seguintes factos:
Nos presentes autos por dever de ofício pelo Ministério Público da instância a qual,
mostra-se assente e claramente provado, que o ora a arguida Mari Cruz Gonçalves,
tencionando apropriar-se de diversos bens, melhor descritos nos autos, usando da arma
de fogo do tipo pistola da marca MAKAROV, melhor identificada a fls.52 dos autos, em
comparticipação criminosa, atingiram mortalmente a vítima Fausto Alfredo Leão,
segundo o Laudo de Exame pericial a fls das 45p a 49p dos autos, ficou comprovado que
a vitima acima referida foi alvejada a dois tiros na Cabeça que consubstanciou a sua morte
imediata.
A arguida tendo confessado a prática do crime embora ela atribua a prática de certos
factos ao comparsa, o que, tratando-se de actos cometidos em comparticipação, e no
caso, havendo o seu companheiro, ao que parece, o mesmo ter escapulido – se da
polícia, assume a presente arguida a responsabilidade por todo o resultado da sua
atuação conjunta.
E que esta foi indicada como circunstâncias agravantes previstas no artigo 40º, do Código
Penal, circunstâncias 1ª (Premeditação), a 7ª (pactuado por duas pessoas),a 18ª (cometido
a noite) e a 28ª (manifesta superioridade em razão de arma) e tendo como circunstâncias
atenuantes dos artigos 45º, a 9ª (espontânea confissão do crime), a 1ª (bom
comportamento). A sua pena é atenuada pelas circunstâncias retro – mencionadas.
E julgada na 3ª Secção Criminal do Tribunal Judicial da Província de Sofala, a arguida
Mari Cruz Gonçalves é condenada nas seguintes penas parcelares: pelo crime de roubo
concorrendo com homicídio, à pena de 10 (dez) anos de prisão maior; pelo crime de
homicídio voluntario simples, à pena 8 (oito) anos de prisão maior; pelo crime de porte e
uso de armas proibidas, à pena de 8 (oito) anos de prisão maior; pelo crime de violação
de domicílio, a pena de 1 (um) ano de prisão maior e multa correspondente e pelo crime
de ofensas corporais simples, á pena de 2 (dois) meses. Fazendo o cúmulo jurídico, nos
termos do artigo 124º, nº 3, do Código Penal, é a arguida, Mari Cruz Gonçalves,
condenada à pena única de 26 (vinte e seis) anos e 2 (dois) meses de prisão maior e multa
correspondente, o máximo de justiça de imposto oficioso de 3000Mt (três mil meticais),
de emolumentos a favor de seu defensor oficioso e de indemnizar a ofendida pelos danos
causados no valor 10.000.00MT (Dez mil meticais)
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