Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG

UNIDADE FRUTAL
CURSO DE DIREITO, 5º PERÍODO, NOTURNO

CALLYANA CRISTINA BARBOSA DE OLIVEIRA E OLIVEIRA


(10.9553-1)
GABRIELA MENDONÇA (

Frutal (MG)
2023
Trabalho apresentado à Disciplina de Direito Penal, do Curso
de Direito da Universidade do Estado de Minas Gerais –
Unidade Frutal, como requisito parcial para obtenção de nota,
sob a orientação da Prof.ª Júlio Cesar

Frutal (MG)
2023
NÚMERO: 0009838-24.2022.8.13.0271
2º VARA CRIMINAL E DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA COMARCA DE
FRUTAL

TIPIFICAÇÃO: Homicídio Simples

RESUMO DO INQUÉRITO POLICIAL

No dia 3 de junho de 2022, às 17h e 20min, a autoridade policial competente estava


presente, compareceu a Unidade e o PM que era o condutor disse que foi repassado
via copom que havia uma vitima de disparos de arma de fogo e que estava ferido em
via pública. De imediato os PMS juntamente com o Corpo de Bombeiros foram
prestar socorro a vitima que estava em estado consciente, onde relatou aos policiais
que se tratava de dois autores conhecidos por vulgos no meio policial, e que a
motivação seria uma dívidas de drogas.
Diante das informações os policias iniciou as diligências com o intuito de prender os
autores do crime, e a arma de fogo utilizada. Vale ressaltar que havia muitas pessoas
próximas ao local e relataram ter ouvido 3 barulhos fortes que possivelmente
poderiam ter sido os disparos da arma de fogo. Durante as diligencias foi constatado e
identificados que os autores realmente se tratava de quem a vitima afirmou, onde
ambos possuem histórico de envolvimentos com drogas e uso de armas de fogo,
conforme os policiais presentes.

A equipe militar se deslocou até o endereço do autor 1 e constataram que os portões


estavam abertos e não havia nenhum morador. Após isso, os PMs receberam uma
denúncia que o autor 2 estava em um bar que fica ao lado da sua residência,
percebendo a presença da policia o autor fugiu até a sua casa. De inicio o autor 2
negou ter participado do crime e franquiou a entrada dos policias a sua residência
(contem prova mediante filmagens de câmera e testemunhas qualificadoras),
Como relatado no REDS foram localizados na casa do autor 2, um revólver calibre 32
( contendo em seu tambor 3 munições deflagradas) coincidindo com a versão da
vitima, bem como dinheiro e incluindo porções de maconha, cocaína e crack. O autor
2 foi encaminhado ao quartel da Polícia Militar para ser interrogado pelo sargento,
onde se manteve em silencio exercendo seu direito constitucional.

O documento também menciona depoimentos de testemunhas, onde a testemunha 1


afirmou ter visto o autor 2 com uma arma, mas não confirmou essa informação por
medo de represálias, além disso, foram ouvidos policiais militares e civis que
confirmaram as informações registradas no REDS. Foram solicitados exames periciais
na arma de fogo aceita, que confirmaram se tratar de um revólver calibre 32, sem
numeração aparente. Também foram realizados exames nas drogas apreendidas, sendo
constatada a presença de cocaína e maconha.
O laudo pericial do local do crime revelou que a vitima não estava presente no local
quando ocorreu o fato, uma vez que havia sido atingido por disparos de arma de fogo
anteriormente em outro local. O exame de corpo de delito confirmou as lesões
causadas por perfuração na região do pescoço e sua evolução. Com base nos indícios
de autoria e materialidade presentes no inquérito, conclui-se que existem elementos
que apontam a participação dos autores no homicídio.
É importante ressaltar que o conteúdo apresentado é uma transcrição parcial e
fragmentada do inquérito policial, e informações adicionais podem estar disponíveis
em outros trechos do documento não fornecido.

Ressaltando que o MP pede que o autor 2 seja pronunciado nos termos do tipo penal
capitulado no artigo 121, § 2°, incisos I e IV, combinado com o artigo 14, inciso II,
com circunstâncias no artigo 61, inciso I na forma do artigo 29, todos do Código Penal
e artigo 33 da Lei de 11.343/2006.

RESUMO DA INSTRUÇÃO

Todas as testemunhas foram intimadas (acusação e defesa como contas nos autos), exceto o
autor 1 e a testemunha 1, ambos por estares em local incerto e não sabido. Na audiência de
instrução e julgamento foram ouvidas as testemunhas de acusação, logo em seguida foi
dispensada a oitiva da vitima, bem como, das testemunhas de defesas pelo o MP. Vale
ressaltar, que todos foram ouvidos por vídeo conferência.

Invertendo a ordem com anuência de todas as partes, foi feita a oitiva do acusado. Logo ouve
a oitiva da vitima e depois em razão do acusado ter sido ouvido primeiro foi reaberto o
interrogatório do acusado. As partes informaram não ter outras provas a serem produzidas e
requereram as alegações orais em memoriais escritos.

O Juiz deu por encerrada a instrução e julgamento abrindo-se prazo legal para o MP e defesa
para apresentarem as alegações escritas.

Ressaltando que o MP pede que o autor 2 seja pronunciado nos termos do tipo penal
capitulado no artigo 121, § 2°, incisos I e IV, combinado com o artigo 14, inciso II, com
circunstâncias no artigo 61, inciso I na forma do artigo 29, todos do Código Penal e artigo 33
da Lei de 11.343/2006. Preliminarmente, nos memoriais O MP pede a condenação do réu da
pena juridicamente possível, e diz ainda que o réu é maior e não há nenhuma irregularidade a
sanar.

Já a DEFESA não pede nada preliminarmente, porém no mérito pede a improcedência da


denuncia, com impronuncia do acusado, além do afastamento da qualificadora em razão de
inexistir provas, bem como, a revogação da prisão preventiva para que o réu aguarde o júri
em liberdade.

O juiz, Thales Cazonato Correa, pronunciou Luciano da Silva Martins como incurso nos
crimes de homicídio e tráfico de drogas, com base nos artigos 121, caput, c/c art. 14, II, na
forma do art. 29, todos do Código Penal, e artigo 33 da Lei 11.343/06, na forma do artigo 69
do CP.

A defesa requereu a concessão de liberdade provisória para o acusado, porém o juiz entendeu
que a prisão preventiva decretada anteriormente deveria ser mantida. O acusado foi preso em
flagrante e está detido desde então. Além disso, o acusado possui antecedentes criminais
como reincidente, com uma personalidade transitada em julgado por tráfico de drogas. Ele
também está novamente sendo denunciado por envolvimento com drogas, indicando ser
contumaz nessa prática criminosa. Portanto, o juiz considerou necessária a manutenção da
cautelar para garantia da ordem pública, conforme o art. 312 do CPP.

Dessa forma, o pedido de liberdade provisória foi indeferido e o acusado teve seu direito de
circular em liberdade negada. A decisão de pronúncia transitou em julgado, e as partes foram
intimadas de acordo com o art. 422 do CPP.

Você também pode gostar