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introdução à perícia FORENSE
BEM VINDO(A)!
Parabéns por adquirir o curso de Introdução à Perícia da
Forense Brasil!
É uma grande honra ter você como nosso aluno! Para facilitar
seu acompanhamento e maximizar o aprendizado do conteúdo
transmitido durante as aulas, preparamos esse material que traz o
resumo de tudo que é tratado nos vídeos, apresentando a teoria
estudada com ilustrações, figuras, fotos e infográficos para
consulta e estudo.
BONS ESTUDOS!
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AULA 1 – INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS FORENSES
CIÊNCIA FORENSE
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diversas especialidades são os profissionais que realizam os
testes forenses dentro de instituições policiais, associadas ao
governo, ou em consultorias independentes.
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ORIGEM DA PALAVRA FORENSE
HISTÓRIA
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Um filósofo grego chamado Arquimedes (287-212 a.C.),
inventou um método para a determinação do volume de um
objeto com forma irregular. De acordo com Marco Vitrúvio,
Arquimedes foi solicitado para determinar se alguma prata
havia sido colocada na coroa real durante sua produção pelo
ourives. Arquimedes não podia danificar a coroa e, para
resolver o problema, pode ter se utilizado de seu princípio da
flutuabilidade, onde é possível observar o deslocamento dos
corpos a partir da imersão na água. Posteriormente, formulou a
Lei do Empuxo.
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O livro também oferece informações sobre como distinguir
um afogado de um estrangulado, juntamente com outras
evidencias que podem ser analisadas para examinar cadáveres
e determinar se a morte foi causada por homicídio, suicídio ou
acidente.
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foi reduzido e a crença em bruxaria deixou de influenciar as
decisões judiciais.
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primeiro manual de criminologia científica e que tornou o nome
de GROSS conhecido em todo o mundo “Handbuch für
Untersuchunbsrichter” (Manual para Juízes de Instrução),
muitas vezes reeditada e traduzida para vários idiomas. O
“Manual para Juízes de Instrução” havia sido complementado
em 1898 pelo próprio autor, com a obra “Die Kriminal
Psychologie” (A Psicologia Criminal) e ampliada novamente
com a “Coletânea de Temas Criminalísticos”.
HANS GROSS criou ainda em 1899, o “Arquivo de
Antropologia Criminal e de Criminalística” (Archiv für Kriminal-
Antropologie und Kriminalistik) que, em junho de 1944, já
contava com 114 volumes. Tais obras proporcionam aos
criminalistas atuantes e aos peritos criminais, preciosas
informações no âmbito geral da Criminologia e também da
Criminalística.
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o Colégio dos Dominicanos em Oukkins e bacharelou-se em
Ciências e Letras. Estudou Medicina a conselho do seu pai,
mas sob a influência de sua mãe, que afirmava que nenhum
homem seria completo sem conhecimentos jurídicos, estudou
Direito e alcançou o grau de licenciatura. Dono de uma cultura
extraordinária, adquirida pela leitura de uma variedade de
assuntos, os seus vastos conhecimentos se estenderam a
todos os domínios da atividade humana. Além do vernáculo,
falava fluentemente cinco línguas, lia sem dificuldade onze
idiomas estrangeiros, inclusive o sânscrito e o hebraico. A par
de grande filatelista, LOCARD se interessava também pela
grafologia, música, arte e botânica e, sobretudo, pelos seres
humanos. Até os trinta e três anos, não havia ainda se
dedicado a uma profissão regular. Foi orientado para a
Medicina Legal por JEAN ALEXANDRE LACASSAGNE, legista
famoso na época e que fora um dos seus mestres na
Faculdade de Medicina. Doutorou-se em 1902, apresentando a
tese “La medicine legale sous le Grand Roy, publicada sob o
título La Medicine Judiciaire en France ou XVII Siécle”.
Apaixonado não só pelos assuntos relacionados à Medicina
Legal, mas também pelos problemas dos criminosos habituais
e dos indícios deixados pelos delinqüentes nos locais de crime,
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LOCARD passou a estudar inúmeras obras de Criminologia e
fez contato com peritos renomados na época. Viajou por
diversos países europeus, à busca de novas técnicas de
investigação criminal, as quais, desde logo, divulgou através de
conferências e publicações. Tornou-se discípulo de RUDOLPH
ARCHIBALD REISS, mestre famoso e criador do Instituto de
Polícia Científica da Universidade de Lausanne. Foi aluno de
ALPHONSE BERTILLON, insigne criador da chamada
“Fotografia Sinalética” e do “Sistema Antropométrico de
Identificação”, conhecido como “Bertillonage” e que se irradiou
para o mundo, a partir do Serviço de Identidade Judiciária da
Prefeitura de Polícia de Paris. Com o desígnio de agora pôr em
prática tudo o que aprendera, EDMOND LOCARD procurou o
Chefe de Polícia Regional de Lyon, HENRY CACAUD,
solicitando sua ajuda, para que pudesse organizar – algo
inédito - um serviço que contasse com uma equipe permanente
de cientistas, que empregassem todos os recursos de sua
sabedoria, em busca de meios para detectar o crime. LOCARD
era inteligente e persuasivo. CACAUD convenceu-se dos seus
argumentos e deu-lhe uma oportunidade, cedendo-lhe duas
pequenas peças de sótão, sob os beirais do telhado do Palácio
da Justiça. Foi assim que, a 10 de janeiro de 1910, realizava-se
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o sonho de LOCARD, com a criação do “Laboratório de Polícia”
ou, segundo outros, do “Laboratório de Polícia Técnica” de
Lyon, o primeiro do gênero em todo o mundo. Tudo o que o
insigne mestre estudou no campo da Criminalística, aliado à
sua experiência pessoal, achava-se exposto em sua obra
clássica, o “Traité de Criminalistique”, em seis volumes,
publicado entre os anos de 1931 a 1940. O resumo do que se
contém nesta obra acha-se condensado no manual de
“Technique Policière” cuja segunda edição foi traduzida para o
castelhano, sob o título de “Manual de Técnica Policiaca”.
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ANOTAÇÕES
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AULA 2 – PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA
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O trabalho criminalístico inicia no local de crime. Por
definição, local de crime é a porção do espaço compreendida
num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o
fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que,
aparentemente, necessária ou presumivelmente, hajam sido
praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais,
preliminares ou posteriores à consumação do delito e com este
diretamente relacionados - RABELLO, 1996
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Para se chegar às respostas das perguntas do Heptâmetro
de Quintiliano, os peritos criminais buscam algo de importância
vital em um local: os vestígios.
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Após a coleta de um vestígio, ele passa a ser uma
evidência, e precisa ser lacrado e encaminhado para
laboratório; para isso, é importante que seus dados e os dedos
de seu armazenamento, número de lacre e pessoas que
fizeram o transporte seja cuidadosamente e minuciosamente e
registrado, para evitar que a evidência se perca, ou seja
confundida com outras. Para isso devemos nos atentar sempre
à cadeia de custódia, que é definida conforme demonstrado
abaixo.
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Assim, completamos nossa aula básica sobre os princípios
da Criminalística. Nas próximas aulas, veremos as figuras que
atuam no processo forense, iniciando pelo profissional mais
conhecido em um local de crime: o perito criminal!
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ANOTAÇÕES
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AULA 3 – O PAPEL DO PERITO CRIMINAL OFICIAL
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durante o processo penal. As atividades periciais são
classificadas como de grande complexidade, em razão da
responsabilidade e formação especializada revestidas no
cargo.
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em relatar determinado fato, até o emprego de má fé, onde
exista a intenção de distorcer os fatos.
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Executar as atividades de identificação humana,
relevantes para os procedimentos pré-processuais
judiciais;
Desempenhar atividades periciais relacionadas às
atribuições legalmente reservadas às classes profissionais
a que pertencem;
Portar arma, dirigir viatura e atender a população em geral;
ARMAMENTO UTILIZADO
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TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO TÉCNICO-PERICIAL
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Escaneamento 3D – Com auxílio de um Scanner Laser
tridimensional, é possível registrar os pormenores e dist6ancias
de um local, construindo modelos computacionais em 3
dimensões para enriquecer o laudo pericial.
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Drones – Os drones oferecem um recurso muito útil em
perícias ambientais, onde é necessário registrar vastas áreas
desmatadas ou queimadas, e também para elaboração do
croqui da via de trânsito em caso de acidentes
automobilísticos.
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ANOTAÇÕES
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AULA 4 – O PAPEL DO PERITO JUDICIAL
O PERITO NA JUSTIÇA
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fim de sejam esclarecidos fatos que auxiliem o magistrado na
formação de sua convicção.
O PERITO JUDICIAL
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Segundo o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de
Engenharia de São Paulo (IBAPE/SP) perito é o profissional
legalmente habilitado, idôneo e especialista, convocado para
realizar uma perícia.
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Os técnicos são os atuais “conselheiros do rei”,
principalmente sobre matérias que o rei não está em
condições de compreender completamente e, sobre ele
passam a exercer autoridade. O príncipe prefere
desagradar o povo escudado em algum vaticínio
técnico, do que correr o risco de ser responsabilizado
no futuro, por alguma decisão considerada
tecnicamente inadequada (Manzi, 2012).
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nomeado deve possui registro regular e ativo, nos termos
regulamentados, sob pena de processo administrativo.
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sugiram isso, trazendo confusão ao leigo a esse respeito. Na
prática, são apenas organizações autônomas e não oficiais,
constituídas por pessoas unidas em torno de um interesse em
comum.
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da justiça. A exemplo do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, foi criado um portal para gerenciamento dos auxiliares,
nos termos do art. 156 e ss do CPC/2015, da Resolução
233/CNJ e dos Provimentos CSM 1625/2009 e 2306/2015.
Saiba mais:
http://www.tjsp.jus.br/AuxiliaresdaJustica
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COMO É O TRABALHO DO PERITO JUDICIAL?
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§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e
os assistentes técnicos podem valer-se de todos os
meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo
informações, solicitando documentos que estejam em
poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas,
bem como instruir o laudo com planilhas, mapas,
plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos
necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.
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Veja a manchete abaixo:
Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/lava-jato-prende-perito-judicial-que-superfaturava-laudos-
para-fetranspor-24119254
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O trabalho do Perito desse ser sempre pautado pela ética
e pela honestidade. Pense nisso.
(Abraham Lincoln)
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ANOTAÇÕES
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AULA 5 – O PAPEL DO ASSISTENTE TÉCNICO
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auxiliar do Juiz. Em contrapartida, o assistente técnico é um
auxiliar da parte. Seu parecer técnico tem por objetivo
concordar, criticar ou complementar o laudo pericial.
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A CREDIBILIDADE DO ASSISTENTE TÉCNICO
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indicar uma solução diversa daquela a que chegou o
experto do juízo (Manzi, 2012).
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O QUE É NECESSÁRIO PARA SE TORNAR
ASSISTENTE TÉCNICO?
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assistente técnico indicado pela reclamada para
acompanhar a perícia médica, pelo fato de possuir
formação em fisioterapia e não em medicina, diante da
ausência de vedação a respeito. Caracterizada ofensa
ao art. 421, § 1º, inciso I, do (antigo – grifo nosso)
CPC3, aplicável subsidiariamente ao processo do
trabalho por força do art. 769 da CLT4, bem como ao
art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal de 1.988
(CF/88)7. Determina-se o retorno dos autos à origem, a
fim de que seja oportunizada ao assistente técnico da
reclamada a participação na prova pericial. Recurso
parcialmente provido.‖ (RO 0018100-
45.2008.5.04.0241 — TRT — 4ª Região)8‖.
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Já o Parecer Técnico é um relatório que apresenta
argumentação e análise consoante ou contrária ao laudo
produzido pelo perito. É elaborado pelo Assistente Técnico.
RESUMINDO...
PERITO OFICIAL
PERITO JUDICIAL
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ASSISTENTE TÉCNICO
Profissional autônomo
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ANOTAÇÕES
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AULA 6 – INTRODUÇÃO À PERÍCIA EM LOCAL DE CRIME
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peritos em outros meios de provas, circunstâncias ou quaisquer
outros elementos observados no local (Stumvoll e Quintela,
1995).
Homicídio;
Suicídio (apesar de não ser enquadrado como crime,
trata-se de um fato que necessita esclarecimento, até
mesmo para excluir a possibilidade de homicídio;
Acidente de trânsito;
Furto Qualificado;
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crime é aguardada, pois é justamente por meio da perícia que
serão determinados os elementos que indiquem a
materialidade e a autoria do delito.
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ANOTAÇÕES
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REFERÊNCIAS
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Legal. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 3, p. e412-e412,
2019.
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SANTOS, J. B. O perito judicial e as consequências advindas
de sua nomeação na justiça gratuita. Revista Especialize On-
line IPOG, Ano 10, Edição nº 17, Vol. 01, 2019.
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