Você está na página 1de 25

Inquérito Policial

 Procedimento
 Objetivo de apurar autoria e materialidade da
infração penal
 CABIVEL NOS CRIMES COM PENA IGUAL OU
SUPERIOR A 2 ANOS
 Busca-se colher elementos de informação

1. Natureza Jurídica:
 Procedimento administrativo PRÉ-PROCESSUAL

2. Dupla finalidade
 PREPARATÓRIA:
- Formação da OPINIO DELICTI do titular

 PRESERVADORA:
- Inibir a ação penal desnecessária

3. Características:
I. SIGILOSO
II. ESCRITO
III. INQUISITIVO
IV. OFICAL
V. DISCRICIONÁRIO
VI. OFICIOSO
VII. INDISPONIVEL
VIII. DISPENSAVEL
IX. AUTORITÁRIO
X. TEMPORÁRIO
 SIGILOSO:
- Pode ser PÚBLICO se útil para elucidar os fatos

 ESCRITO:
- TUDO DEVE SER REDUZIDO A TERMO
Obs.: Nada impede a colheita dos depoimentos seja
feita por meio digital, magnético, audiovisual
PORÉM NO FINAL SERÁ REDUZIDO TUDO A TERMO

 INQUISITIVO: Não há contraditório nem ampla defesa.


EXISTEM EXECEÇÕES À ESSA INQUISITORIEDADE, SÃO
ELAS:
1- Expulsão ou deportação de estrangeiros
2- Uso da força letal por agente de segurança pública,
no exercício da função ou em razão dela

 OFICIAL:
- Não pode ser delegado

 DISCRICIONÁRIO:
- Compete ao delegado de polícia estabelecer o rito
de suas atividades.
NÃO HÁ RITO ESPECÍFICO NO INQUÉRITO
- EXCEÇÕES À DISCRICIONARIEDADE:
1) Requisição do MP
- OBS: Não há hierarquia entre MP e DELTA, o
delegado pode recusar a requisição do MP, desde que
fundamente sua recusa.
2) EXAME DE CORPO DE DELITO em crimes NÃO
transeuntes (crimes que deixam vestígios)
 OFICIOSO: O delegado age de ofício ao receber a
notícia da infração penal.
- CUIDADO AQUI: APENAS AGIRÁ DE OFÍCIO, SE A
AÇÃO PENAL FOR PÚBLICA E INCONDICIONADA

 INDISPONIVEL: O delegado ao iniciar o I.P. não pode


promover seu ARQUIVAMENTO, MESMO QUE VENHA
A CONSTAR A ATIPICIDADE DOS FATOS
INVESTIGADOS, QUE NÃO EXISTA INDICIOS DE
AUTORIA OU QUE SOBREVENHA CAUSA DE
EXCLUDENTES.
- LEMBRE-SE: O delegado não é obrigado a instaurar o
I.P, MAS SE FIZER NÃO PODE DESISTIR.

 DISPENSAVEL: SE já existe provas de autoria e


materialidade da conduta delituosa, faz-se
desnecessário a abertura do procedimento
investigatório.
Se o MP entender que não há elementos p/ o
oferecimento da denúncia, ele deverá comunicar:
- VÍTIMA
- DELEGADO  DEPOIS MANDAR P/ ORGÃO
- INVESTIGADO DE REVISÃO DO MP

Ao receber a denúncia o MP pode:


- REQUISITAR novas diligências se mostrar-se
necessário;
- OFERCER DENÚNCIA
- Ordenar o ARQUIVAMENTO
 AUTORITÁRIO: a autoridade policial que preside o IP
é a autoridade pública
- LEMBRE-SE: A atividade investigativa não é competência
exclusiva do DELEGADO

 TEMPORÁRIO:

BBNNN

4. VALOR PROBATÓRIO DO I.P: Relativo, pois por si


só não tem força de embasar uma condenação.
LEMBRE-SE que aqui é inquisitivo (sem ampla
defesa / sem contraditório) portando não gera
PROVAS mas sim ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO.
SO SERÃO PROVAS DE FATO ao serem renovadas
ou ao menos confirmadas pelas provas
judicialmente realizadas.

5. AFINAL, EXISTE PROVAS NO INQUERITO ???


R.: SIM, E NÃO.
Não existem provas que embasam uma condenação
Mas sim, aqui existem 3 tipos de provas;
1- Provas antecipadas
2- Cautelares
3- Não repetíveis (ex.: exame do corpo de delito)

6. QUEM PRESIDE O I.P ????


R: O presidente do inquérito policial é a autoridade
policial, delegado de polícia.
- LEMBRE-SE que essa é a ATRIBUIÇÃO do delegado
e isso não se confunde com COMPETÊNCIA
- LEMBRE-SE: IP  DELEGADO

7. GRAU DE COGNIÇÃO:
- POSSIBILIDADE – instauração de proc. Investig.(IP)
- PROBABILIDADE – início da ação penal
- CERTEZA – aplicação de sentença

8. COMO SE INICIA O I.P ?????????


R.: O inquérito policial se inicia com a chamada
notícia do crime.
> cuidado com a INVESTIGAÇÃO ESPECULATIVA –
essa configura crime previsto na lei de Abuso de
autoridade ( art. 27 d lei 13.869 – Requisitar /
Instaurar em desfavor de alguém, procedimento...
SEM INDÍCIOS. – PENA DE 6M A 2ANOS + MULTA)

8.1. NITITIA CRIMINIS


 Forma como a autoridade toma conhecimento do
crime.
 Ela pode ser de 3 formas:
- DIRETA: Própria atividade policial
- INDIRETA: 3º´S Identificados
- COERCITIVA: APF

 Denúncia anônima: não pode ser instaurado com a


simples denúncia, é necessário a Verificação de
Procedência de Informação (VPI)

9. Delatio criminis:
 SIMPLES: Qualquer do povo
 POSTULATÓRIA: Próprio ofendido

10. INDICIAMENTO:
 EXCLUSIVO da fase investigativa, após oferecida a
denúncia do MP não é possível

11. DIVERGÊNCIA ENTRE STF e STJ


PORTADOR DE FORO POR PRERROGATIVA...
 STF: Só pode ser indiciado c/ autorização do ministro
relator
 STJ: Pode ser indiciado
Ação Penal
 Direito de exigir a aplicação da lei ao caso concreto p/
solução de uma demanda
 É O PRÓPRIO DIREITO
 Condições Gerais da AÇÃO:
- Possibilidade jurídica do pedido (é crime ? )
- Interesse de agir (autoria e materialidade)
- Legitimidade ativa (propositura da inicial
acusatória) / passiva (imputável ?)

PÚBLICA:
- PRIVATIVA DO MP
- A INICIAL ACUSATÓRIA É A DENÚNCIA

 PRINCÍPIOS APLICAVEIS:
I- OBRIGATÓRIEDADE
II- DIVISIBILIDADE
III- INDISPONIBILIDADE
IV- INTRANCENDÊNCIA

 CONDICIONADA: Representação do ofendido / Req.


Do MJ
- TRANFERE O DIREITO NO CASO DE MORTE /
AUSÊNICA DO OFENDIDO PARA : C-C-A-D-I
- PRAZO DECADENCIAL : 6 MESES A CONTAR DO
CONHECIMENTO DA AUTORIA
- CABE RETRATAÇÃO: ATÉ O OFER. DA DENÚNCIA
 INCONDICIONADA: DISPENSA PROVOCAÇÃO

PRIVADA:
- OPORTUNIDADE
-DISPONIBILIDADE
- INDIVISIBILADADE

 Se da com a QUEIXA CRIME


 PRAZO: 6 meses a contar do conhecimento da autoria

 COM A DECADÊNCIA DESSE PRAZO, ACONTECE A


EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
 A RENÚNCIA: Ocorre de forma expressa quando a
vítima deixa claro que não quer prosseguir ou
quando essa pratica ato incompatível.
 A renúncia não depende do consentimento do
autor
Art. 49, CPP – A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a
um dos autores do crime, a todos se estenderá.

 O PERDÃO por sua vez é a desistência de forma


expressa
- Ocorre depois do recebimento da denúncia e pode
se dar a qualquer momento ANTES DO TRÂNSITO EM
JULGADO
- é um ato bilateral ( depende da aceitação do autor)

 EXISTE AINDA A PEREMPÇÃO: Que é a perda do


direito de prosseguir na ação por inércia ou
negligência do querelante
AÇÃO PENAL PÚBLICA PERSONALISSIMA
-ÚNICO CRIME QUE ACEITA:
Art. 236, CP - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou
ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

A.P PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA:


- INÉRCIA DO MP ( NÃO CUMPRIMENTO DOS PRAZOS)
- 6 MESES CONTADOS DA INÉRCIA DO MP
 PRAZOS P/ MP AGIR:
- PRESO: 5 DIAS
- SOLTO: 15 DIAS
 NÃO CABE PERDÃO OU PEREMPÇÃO

PRISÕES
1) Privação de liberdade mediante clausura (estabelecimento
prisional)
2) TIPOS DE PRISÃO
 SEM PENA: Antes do TRÂNSITO EM JULGADO
 EXEMPLOS; Flagrante, Preventiva, Temporária

 PENA: Após TRÂNSITO EM JULGADO


 EXEMPLOS; Reclusão, Detenção, Prisão simples

BIZU: A apresentação de mandado é dispensável nos casos


de crime INAFIANÇAVEL (RA+AÇÃO)

STF: Execução prov. Da pena + Prisão em segunda instância:


Imediato cumprimento da pena quando a condenação for
confirmada por tribunal + esgotadas as vias de impugnação
INCONSTITUCIONAL:
ANTES DO TJ SÓ SE A PRISÃO TIVER REQUISITO DE
CAUTELARIDADE
ATENÇÃO; NO TRIBUNAL DO JURÍ HÁ UMA EXCEÇÃO À ESTA
REGRA  SE O CRIME TIVER PENA > OU = 15 ANOS

3) Prisão em Flagrante 24H É MITOOOO


- MEDIDA PRÉ-CAUTELAR

 FINALIDADES:
- IMPEDIR FULGA, CONSUMAÇÃO DE DELITO
- ASSEGURAR A PERSECUÇÃO PENAL

 ESPÉCIES
 PROPRIO: AINDA NO LOCAL
IMPRÓPRIO: PERSEGUIDO
PRESUMIDO: ENCONTRADO LOGO DEPOIS

 LEMBRE-SE QUE NAS INFRAÇÕES


PERMANENTES O INDIVÍDUO ESTÁ EM FLAGRANTE
ENQUANTO NÃO CESSAR SUA CONDUTA.

 FLAGRANTES DOUTRINÁRIOS:

- FORJADO – Feito p/ incriminar pessoa inocente


- ESPERADO – Campana
- PREPARADO – STF: O estado não pode estimular a prática
da infração p/ capturar pessoas seduzidas
- POSTERGADO (AÇÃO CONTROLADA) – EXCEÇÃO DO
DEVER DE AGIR IMEDIATAMENTE DA AUTÓRIDADE
PÚBLICA

4- ETAPAS:
 Captura: imediato cerceamento de liberdade
 Condução coercitiva : o CAPTURADO é levado até o
delegado
 Formalização: ouvir , condutores, conduzido, testemunhas
OBS.: EM CRIMES QUE A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE É
INFERIOR OU IGUAL À 4 ANOS, O DELEGADO É OBRIGADO
ARBITRAR FIANÇA
- JÁ SE EXCEDER ESSA PENA FICARÁ À DISCRICIONARIEDADE
DO JUIZ ARBITRAR A FIANÇA

 Após a formalização: Deve ser entregue no prazo de 24


horas:
-APF ao Juiz
- Cópia do APF à defesa
- Nota de culpa ao preso (contendo motivo, nome de
testemunhas e o responsável por sua prisão).

 AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA:
 OCORRERÁ EM ATÉ 24 HORAS após o recebimento do
APF (SOB PENA DA ILEGALIDADE DA PRISÃO)
 O INDICIADO será ouvido PELO JUIZ na presença do seu
DEFENSOR e do MP

AQUI SERÁ VERIFICADO O SEGUINTE:


- HÁ causa de exclusão ?
- É reincidente ?
- Integra ORCRIM. ARMADA OU MILÍCIA?
- PORTA arma de fogo de uso restrito ?
STJ = IMPOSSIVEL A AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA SER
FEITA POR VÍDEO CONFERÊNCIA !!!!

 Nas I.M.P.O. será lavrado o T.C.O. se o indiciado se


comprometer a comparecer em juízo e assiná-lo, caso o
contrário ocorra, será lavrado o A.P.F.

 ATUAÇÃO DO JUIZ
- PRISÃO ILEGAL = RELAXAR
- PRISÃO LEGAL = CONCEDER LIBERDADE PROVISÓRIA OU
Transformá-la em PREVENTIVA.

5- Da Prisão preventiva:
- Decretada por JUIZ:
a) requerimento:
- do MP;
- do querelante;
- do assist. de acusação.
b) represent. do delegado
OBS: NÃO PODE SER DECRETADA A PRISÃO DE
OFÍCIO PELO MAGISTRADO!!!!

STJ: PERMITE QUE A PRISÃO EM FLAGRANTE SEJA


TRANSFORMADA EM PREVENTIVA

 A PRISÃO PREVENTIVA NÃO TEM PRASO !!!!!!!!!!!!!!!


- PORÉM LEMBRE-SE DO DIRETO DO Ñ ESQUECIMENTO que
é a REVISÃO PREVENTIVA: a cada 90 DIAS o juiz deve
revisar a necessidade da prisão

5.1- REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA :

1) FOMUS COMISSI DELICTI (Evidência do delito)


- é materialidade + os indícios de autoria
- é a justa causa preventiva
2) PERICULUM LIBERTATIS (perigo da liberdade)
 G-O-P: Garantia da Ordem Pública
 G-O-E: Garantia da Ordem Econômica
 C-I-C: Conveniência da Instrução Criminal
 A-L-P: Aplicação da Lei Penal
 AUSÊNCIA DE INDENTIFICAÇÃO CIVIL
 DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA
NOS CRIMES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
 DESCUMPRIMENTOS DAS MEDIDAS
CAUTELARES DO ART 319

5.2- CRIMES QUE COMPORTAM A PRISÃO


PREVENTIVA:

 DOLOSO COM PENA > 4 ANOS


 REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO
6- DA PRISÃO DOMICÍLIAR:
6.1- REQUISITOS:
 > DE 80 ANOS
 EXTREMAMENTE debilitado POR DOENÇA
GRAVE
 Réu (pode ser homem ou mulher) é
imprescindível aos cuidados de MENOR de 6
anos OU DEFICIENTE (NÃO PRECISA SER
FILHO)
 GESTANTE (em todos os casos)
 MULHER com filho até 12 anos incompletos
 HOMEM quando for o ÚNICO responsável
pelos cuidados de filho até 12 anos
incompletos

OBS: VEDAÇÃO QUANTO ÀS MULHERES QUE


FORAM PRESAS POR CRIME COM VIOLÊNCIA
OU GRAVE AMEAÇA OU A VITÍMA DO CRIME
FORAM SEUS DEPENDENTES

LEMBRE-SE: COM O COVID-19 COMEÇARAM


A FLEXIBILIAR ESSES GRUPOS:
- > 60 GRUPOS DE
- DIABÉTICOS RISCO
- HIPERTENSOS
7- DA PRISÃO TEMPORÁRIA
- No curso da investigação
- Decretada pelo JUIZ, representação do
DELEGADO OU REQUERIMENTO DO MP

7.1 – PRAZOS:
CRIME COMUM – 5 DIAS ( PRORROGAVEIS)
HEDIONDOS E EQUIP -30 DIAS ( PRORROGAVEIS)

7.2 QUANDO ?
- SEM RESIDÊNCIA
- CIVILMENTE NÃO IDENTIFICADO

8- MEDIDAS DIVERSAS DA PRISÃO:


- COMP. EM JUÍZO
- PROIB. DE FREQ. DETER. LUGARES
- PROIB. DE CONTATAR PESSOA DETERMINADA
- PROIBIÇÃO DE AUSENTAR-SE DA COMARCA
- RECOLHIM. DOMICI. NOTURNO E NA FOLGA
- SUSP. DO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PUBLICA
- INTERNAÇÃO DE INIMPUTAVEIS OU SEMI...
- FIANÇA
- TORNOZELEIRA
- PROIBIÇÃO DE AUSENTAR-SE DO PAÍS

 Não há prazos p/ essas medidas


 LEMBRE-SE: Como essas penas são SUBSITUTIVAS da
PRIVATIVA DE LIBERDADE, não podem ser aplicadas aos
crimes que não preveem pena privativas de liberdade ( ex.
art. 28 – lei 11343

PROVAS
1) EXAME DE CORPO DE DELITO
 EXAME FEITO EM CRIMES QUE DEIXAM VESTIGIOS
1.1) CORPO DE DELITO: ELEMETOS SENSIVEIS (VESTÍGIOS)
DEIXADOS PELA INFRAÇÃO.
1.2) VESTÍGIO – Todo material BRUTO, LATENTE,
CONSTATADO OU RECOLHIDO que se relaciona com a
infração
 EXAME DE CONSTATAÇÃO DE SANIDADE MENTAL: ÚNICO
EXAME QUE É IMPESCINDIVEL A AUTORIZAÇÃO JUDICIAL

1.3) E.C.D DIRETO: É o exame realizado pelo próprio corpo


de delito
1.4) E.C.D. INDIRETO: Uso de elementos acessórios
1.5) A FALTA DE CORPO DE DELITO PODE SER SUPRIDA
COM A CONFISSÃO (NUNCA) TESTEMUNHA DO FATO
1.6) PORÉM, se a prova era possível e o perito foi
NEGLIGENTE e não realizou, a prova testemunhal
NÃO PODERÁ SER USADA
- SE NÃO FOR USADA NENHUMA DAS DUAS PROVAS E
O CRIME FOR INTRANSEUNTE, HAVERÁ NULIDADE SE
O PROCESSO FOR DEFLAGRADO.

1.7) STJ: OITIVA DE PROVA TESTEMUNHAL INDEPENDE DA


PRESENÇA DE PERITO

1.8) E.C.D. INDIRETO + TRÁFICO DE DROGAS


STF: PERMITIDO DE FORMA EXEPCIONAL: INTERCEPTAÇÃO
TELEFÔNICA OU PROVA TESTEMUNHAL

 PRIORIDADE E REALIZAÇÃO DO EXAME:


- VILÊNCIA CONTRA MULHER, CRIANÇA,
ADOLESCENTE, IDOSO

2) PERITO
> auxiliar do juiz
> Sujeitos aos casos de SUSPEIÇÃO e IMPEDIMENTO
previsto aos magistrados
> pode ser oficial (1 perito)
> ou não oficial (2 peritos / falta de perito oficial)
- a ausência de compromisso de perito NÃO oficial NÃO
gera nulidade
- OBS: a perícia feita por apenas 1 perito não oficial gera
NULIDADE RELATIVA
- PODE SER POLICIAL

 AMBOS OS PERITOS PODEM RESPONDER PELO CRIME DE


FALSA PERÍCIA

> Juiz pode ou não usar a perícia


 LEMBRE-SE: A busca pessoal em mulher será feita por outra
mulher em regra, SE NÃO CAUSAR PREJUÍZO ÀS
DILIGÊNCIAS
 DA MESMA FORMA SERÁ O EXAME

 PRAZO DE 10 DIAS PODENDO SER PRORROGADO A PEDIDO


DOS PERITOS
 A autopsia deve ser realizada 6 HORAS após o óbito ESSE É
O CHAMADO PERIODO DE INCERTEZA DE TOUNDES

 Exame complementar na lesão GRAVE com o requisito de o


indivíduo ficar por 30 dias sem exercer..... será realizado
assim que decorrer os 30 dias...

 DIFERENTE DOS PERITOS, O ASSISTENTE TÉCNICO É O


PROFISSIONAL DAS PARTES
- ESTE não responde por FALSA PERÍCIA
- ELE não realiza perícia, apenas às acompanha com autorização
e na presença de perito oficial
- Apesar de ser o profissional das partes, ele precisa ser aceito
pelo juiz

4) CADEIA DE CUSTÓDIA

 É o caminho percorrido pela prova


 Seu objetivo é a preservação de todas as etapas da cadeia
probatória
 ETAPAS DA CADEIA DE CUSTÓDIA:
Palavra minemônica: REI FICA TREPA DESCARTA
1- REconhecimento  DISTINGUIR um elemento
2- Isolamento  EVITAR que se altere o estado das coisas
3- FIxação  DESCRIÇÃO detalhada do vestígio
4- Coleta  RECOLHER o vestígio (perito oficial)
5- Acondicionamento  EMBALADO e SEPARADO
6- Transporte  TRANFERÊNCIA DO VESTÍGIO
7- REcebimento  TRANSFERÊNCIA DE POSSE DO VESTÍGIO
8- Processamento  EXAME pericial
9- Armazenamento  DEPOSITO (central de custódia)
10- DESCARTe  ELIMINAÇÃO
OBS: TODAAAAS AS PESSOAS QUE TIVERAM ACESSO
DEVERÃO SER IDENTIFICADAS

 A QUEBRA DA CADEIA DE CUSTÓDIA dar-se-á quando não


for possível DESDE O INÍCIO apurar a legitimidade de suas
fases DEVIDO AS IRREGULARIDADES cometidas no TRAJETO
do vestígio
- A QUEBRA DA CEDEIA DE CUSTÓDIA NÃO GERA NULIDADE

5) INDICIOS

- Circunstância conhecida e provada


- Autorize concluir-se a existência de outras
circunstâncias
- Indício pode significar PROVA DIRETA ou PROVA
INDIRETA:

Prova direta: ÚNICA OPERAÇÃO INFERENCIAL


Prova INdireta: + de uma OPERAÇÃO INFERENCIAL

 PROVA SEMIPLENA= aquela sem juízo de certeza, mas sim


de mera POSSIBILIDADE

INDICIOS NÃO AUTORIZAM A CONDENAÇÃO POIS


NÃO TEM JUÍZO DE CERTEZA

6) BUSCA E APREENSÃO
 NATUREZA JURÍDICA: Medida cautelar de obtenção de
prova
 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
1 - Se tiver apenas o mandado de prisão, não admite busca
domiciliar

2 - BUSCA EM ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA:


-Com representante da OAB
- A FALTA DE INDICAÇÃO DE REPRESENTANTE IMPLICA EM
UMA RENÚNCIA DA OAB

3 – moradias geminadas e boa fé dos policiais não implicam


em invasão de domicilio SALVOOOOO se constatada a má
fé dos policiais

4 – STF: Ingresso em domicílio p/ instalação de interceptação


ambiental não configura invasão
5 – necessidade de justa causa prévia p/ ingresso nos casos de
flagrante sob pena de ilegalidade das provas
6 – NAAAAAAAAO SE CONSIDERA FUNDADAS RAZOES P/ O STJ:
1- MERA intuição de traficância
2- DENÚNCIA ANÔNIMA
3- ANTERIOR antecedência em TRÁFICO DE DROGAS
4- DENÚNCIA ANÔNIMA + FUGA DO ACUSADO
5- PERSEGUIÇÃO de veículo com ulterior invasão policial em
condomínio de apartamentos
6- CONSTATAÇÃO DE DROGAS POR CÃO FAREJADOR
7- INVASÃO APÓS policiais virem o indivíduo manipulando
material

7 – Teoria da aparência: os policiais entram na casa após o


consentimento de pessoa que PARECIA ser residente, os
policiais agiram de boa fé e não sabiam dessa situação!!!!

8 – Consentimento sob estresse: ENTRADA ILÍCITA


9 – DEVE SER MOSTRADO DE FORMA INEQUIVOCA QUE O
MORADOR CONCENTIU PARA A ENTRADA !!!!!

10 - A busca veicular equipara-se a busca PESSOAL e


independe de mandado

11 – BUSCA PESSOAL POR RAZÕES DE SEGURANÇA NÃO


INTERSSAM O DIREITO PROCESSUAL

Jurisdição e competência
(aplicação da Lei (medida da jurisdição)
ao caso concreto)
1) CRITÉRIOS DE COMPETÊNCIA
1.1) RATIONE MATERIAE
- Justiça competente
- A JUSTIÇA ESTADUAL É RESIDUAL e a FEDERAL tem sua
especificação NA CF
- Justiça ELEITORAL: Faz parte da justiça especializada, É
COMPETENTE P/ JULGAR INFRAÇÕES ELEITORAIS OU COMUNS
QUE GUARDEM RELAÇÃO DE CONEXÃO E CONTINÊNCIA
- pode ser aplicado os institutos despenalizadores da lei 9099/98
> LEMBRE-SE crime militar praticado por civil não irá pro juízo
militar estadual, somente FEDERAL
- CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA  JURÍ
- I.M.P.O – JECRIM

1.2) RATIONE LOCI


-Juízo territorial competente
a) TEORIAS TERRITÓRIAIS:
-RESULTADO: COMPETÊNCIA DO LOCAL ONDE SE
CONSUMOU A INFRAÇÃO
- TEORIA DA AÇÃO: ÚLTIMO ATO DE EXECUÇÃO ( NOS
CRIMES TENTADOS)
- UBIQUIDADE: AÇÃO + RESULTADOS ( CRIMES A
DISTÂNCIA)

b) DOMICÍLIO DO RÉU (excepcional)


- na ação penal pública a vitima pode escolher por esse
quesito MESMO SABENDO O LOCAL DA CONSUMAÇÃO
b.1) domicílio da vítima  crime de estelionato mediante:
cheque sem fundo, transferência de valores, deposito
frustrado

c) PREVENÇÃO  O JUÍZ QUE PRIMEIRO ATUA É O JUÍZ


PREVENTO
- DIVISA/LIMITE INCERTO DAS COMARCAS
- CRIME PERMANENTE COM DILAÇÃO POR MAIS DE UMA
COMARCA
- RÉU COM MAIS DE 1 DOMICÍLIO EM COMARCAS
DIFERENTES

1.3) RATIONE PERSONAE


FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
DEVE HAVER:
- PERTINÊNCIA TEMPORAL: Crime praticado durante o EXERCÍCIO
DA FUNÇÃO
- PERTINÊNCIA FUNCIONAL: O crime tem que dizer respeito ao
seu desempenho

STF: INCONSTITUCIONAL a Constituição Estadual que prevê foro


por prerrogativa funcional fora de SIMETRIA com a CF
 Foro por Prerrogativa VS Juri
- se o foro tiver previsão na CF ele prevalecerá

 CIDADÃO COMUM PODE SER ARRASTADO P/ FORO DE


PRERROGATIVA se cometer crimes com autoridade que o
detém

 ENCERROU MANDATO  ENCERROU FORO


 CASO de renúncia POSTERIOR a PUBLICAÇÃO DE
INTIMAÇÃO, ele continuará sendo julgado
2) CONEXÃO E CONTINÊNCIA
 reunião de processos ou sujeitos
2.1) CONEXÃO:
- Interligação de 2 ou + crimes que serão julgados no
mesmo processo

a) INTERSUBJETIVA: 2 ou + crimes praticados por 2 ou +


pessoas
b) LÓGICA: 1 crime é praticado para ocultar, levar
vantagem ou criar impunidade em face de outro
c) INSTRUMENTAL: a confirmação de 1 crime confirma a
existência de outro

2.2) CONTINÊNCIA:
a) CUMULAÇÃO SUBJETIVA: 1 só crime praticado por 2 ou
mais pessoas

b) CUMULAÇÃO OBJETIVA: 1 só conduta que provoca 2 ou


mais resultados lesivos

Você também pode gostar