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Ação Penal

 Se inicia o processo penal com o recebimento da denúncia


 Quando o juiz recebe a denúncia ou queixa, o suspeito é chamado de réu ou acusado
 Se não respeitar os requisitos do Art. 41 do CPP, ela é rejeitada:

1. Exposição do Fato Criminoso: A denúncia tem que narrar o fato em todas suas
circunstância (tempo, lugar, modo de execução)

Se evasiva, vaga, e não dá detalhes do fato, ela é inepta.

2. Concurso de Pessoas: A denúncia deve descrever de forma individualizada a


conduta de cada um. Se não fizer assim, será inepta.

Se diante de um crime culposo, porém, o órgão acusado deve descrever em detalhes a


imprudência, negligência ou imperícia.

Se for um crime qualificado, a mesma deve ser mencionada de forma expressa.

3. Concurso de Crimes: Neste a denúncia precisa abordar cada infração penal


individualmente, com duas exceções:
a) Concurso Formal: Só tem uma conduta que produz vários crimes. Neste caso,
basta a descrição da ação e dizendo que vários atos foram praticados.
b) Crime Continuado: Não precisa entrar em detalhe de quantas vezes o mesmo
foi feito, dá um aspecto geral só.

4. Identificação do Acusado: Deve ser identificado, duh.

OBS: “DUH” o caralho. Vai além de “Duh”, meras características que possam ser usadas para
conhecer o mesmo serão suficientes.

5. Classificação Jurídica do Fato: Deve classificar o crime praticado com seu artigo,
mas isso não vincula o magistrado, podendo rejeitar a peça acusatória total ou
parcialmente.

(SOLUÇÃO PRO MP: RESE)

6. Rol de Testemunhas: Sob pena de preclusão, o rol do mesmo é no momento da


denúncia e não depois. Crimes sexuais porém podem ser exceção, dentre outros.]
Ação Penal Pública Condicionada
 Depende de uma condição.
 Deve ser feita pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, MP CARALHO
 O MP não pode oferecer a ação SEM A CONDIÇÃO
 Deve esperar a representação do ofendido / requisição do ministro da justiça

Se passar de 6 meses com representação, decaí.

Natureza Jurídica: Condição objetiva de procedibilidade, sem ela, o processo não pode ter
início.

OBS: Quando é incondicionada, não espera-se pelo ofendido.

Condição: Representação do Ofendido


 Necessita do pedido de representação. Não serve BO, Notitia Criminis... SÓ A
MANIFESTAÇÃO INEQUÍVOCA DE VONTADE DE QUERER VER O AGENTE QUE PRATICOU
O CRIME CONTRA ELA SENDO PROCESSADO PELO ESTADO
 O MP não é obrigado à denunciar, mesmo se a vítima quiser
 Vítima pode voltar atrás na representação. É a retratação da representação

Porém, uma vez oferecida a denúncia, não tem volta. (Mas tem perdão!!)

Quem pode representar:


 Com menor de idade, apenas seu representante legal, quem tem a guarda ou curador
especial (quando os interesses colidem com os dos pais).

OBS: A recusa de queixa de seus representantes não impede a do menor aos 18 anos, nem
vice-versa.

 Se tiver maior de 18, a própria vítima


 Se for falecido (ou ausente por decisão judicial), será representante pelo C.A.D.I.

C – Cônjuge – A – Ascendente D – Descendente I – Irmão

Condição: Requisição do Ministro da Justiça


 Ocorre pelo próprio ministro da justiça
 Não tem decadência de 6 meses, apenas prescrição importa
 Crimes requisitados pelo MdJ:
1. Por crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro no exterior
2. Crimes contra chefe de país estrangeiro
3. Crimes contra honra praticados pelo chefe da república

OBS: CRIMES INCONDICIONADOS:

 Crimes contra a dignidade


 Crimes sexuais
Princípios da Ação Penal Privada
 Princípio da Oportunidade/Conveniência: A vítima ingressa se ela quiser. Temos
ausência de obrigatoriedade.
 Princípio da Disponibilidade: Permite que a vítima desista da ação penal no meio dela.
 Princípio da Indivisibilidade: A vítima deve mover ação penal contra todos seus
autores ou ninguém, sem opção.

OBS: Pode porém ser concedido o perdão para um e que se estende para outros.

 Princípio da Intranscendência: Não pode passar do delinquente, pois não pode atingir
terceiros que não participaram da ação penal.

Ação Penal Privada Personalíssima


 Só aquele ofendido pode ser representado
 Com a morte da vítima, se extingue a punibilidade
 Se o ofendido for menor de 18, deve-se aguardar sua maioridade, para que só então
possa se ajuizar a ação. Até lá, não corre o prazo decadencial.

Ação Penal Privada Subsidiária


 Só é privada para fins de ação inicial, pois existe por culpa do MP
 É proposta pelo ofendido por meio de Queixa-crime nos crimes de ação pública
quando o MP perder o prazo (5 dias para o acusado preso, 15 do solto), se fala de
inércia ministerial.
 Tem prazo decadencial de 6 meses, contados do prazo ministerial. (16º/6º dia)
 Se não ajuizar a mesma em 6 meses, não haverá impedimento para que o MP continue
à oferecer a mesma, seguindo somente o prazo prescricional (MALANDRAGEM)

OBS:

 Decadência dos 6 meses pode ser decretada a qualquer momento da fase de


persecução penal, e pela própria ordem pública de ofício.
 Este prazo de 6 meses começa a contar a partir da descoberta da autoria.
ANPP (Acordo de Não Persecução Penal)
 Quando o MP Recebe um inquérito, ele tem 4 opções:
1. Devolve para a delegacia, requisitando mais diligências não feitas no inquérito.
2. Requer o arquivamento – Faltou provas (falta de justa causa),
atipicidade(insignificância).

OBS: Havendo arquivamento, o delegado (autoridade policial), caso obtenha novas provas,
pode desarquivar.

3. Faz uma Proposta de ANPP


4. Oferece a Denúncia – Só se as outras 3 não foram feitas
 É uma proposta de acordo oferecida à defesa.
 Deve ser feita antes da denúncia
 Sua finalidade é que se tenha menos processos

Ação Civil “Ex Delicto”


 Decorre de crime, buscando indenização
 Pode-se dar de 2 formas:

A) A vítima ingressa imediatamente sem esperar o criminal, pedindo então sua indenização;

B) Ou, espera a condenação criminal e pula a ação civil de conhecimento, permitindo entrar
diretamente com a execução, através do título executivo gerado pela condenação criminal.

Nesse caso, esta segunda, B, é a ação civil ex delicto. O juiz é quem deve falar o valor mínimo
da indenização (juiz criminal).

 No caso da morte do criminoso, a ação pode ser intentada contra seus sucessores
 No caso da morta da vítima, seus sucessores poderão ingressar com a ação civil ex
delicto

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