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MODELO DE RESPOSTAS

Questão 1.

A ação penal pública, em geral, envolve um crime contra o interesse ou patrimônio


público, devendo ser empreendida pelo MP, por meio da denúncia. Existem dois tipos de ação
pública: de um lado, a incondicionada, que não depende de representação do lesado para ser
empreendida, isto é, o Estado pode investigar por si só o crime e iniciar a ação, justamente por
envolver interesse ou patrimônio público.
Por outro lado está a condicionada, que depende da vontade (representação) do indivíduo
lesado, de seu representante ou do Ministério da Justiça. Para esta segunda, nem o inquérito pode
ser aberto sem que haja a representação (o direito de representação decai no período de 6 meses
contados a partir da data em que o ofendido tomou conhecimento do possível autor do crime),
devendo ser expressa na forma escrita ou oral.
Também é cabível retratação (espécie de desistência) da representação até o momento do
oferecimento da denúncia, ou seja, quando o MP envia a denúncia ao juízo, pois, caso ela seja
recebida, não será mais cabível.
Questão 2.

A retratação do ofendido pode ser, excepcionalmente, ignorada nos casos envolvendo a


Lei Maria da Penha, pois a mulher pode estar sob coação do parceiro ou de terceiros ou pode se
encontrar em extrema vulnerabilidade emocional e física.

Questão 3.

Legalidade/obrigatoriedade (art. 24 CPP): o MP não pode se eximir do seu dever de agir para
investigar um crime justamente por envolver interesse ou o patrimônio público.

Indisponibilidade (art. 42 CPP): uma vez oferecida a denúncia, o MP não pode dispor (“largar”)
dela.

Intranscendência: a denúncia só pode ser oferecida contra o provável autor do fato punível.

Divisibilidade: já havendo uma ação penal contra um réu, sempre será possível o MP lançar uma
ação pelo mesmo fato contra outro réu.

Oficialidade: o Estado tem o dever de agir e determinar as normas penais e de sanção penal.
Questão 4.

Na modalidade de Ação Penal privada, o interesse do indivíduo se sobrepõe ao interesse


público, estando o Estado alheio à investigação desse crime, a menos que empreenda-a mediante
queixa (nesse caso, não é a denúncia).
É cabível a renúncia (diferente da retratação) apenas antes de iniciada a ação, podendo
ser expressa ou tácita. Caso já tenha sido iniciada a ação, poderá ser exercido o perdão judicial,
de forma expressa ou tácita.
O perdão dado a um aproveita a todos. Se dado por um dos ofendidos, não pode
prejudicar os outros. Se o querelado (acusado) recusa não tem efeito. É admissível até o trânsito
em julgado.
Para os casos em que o ofendido tem idade entre 18 e 21 anos, este terá o seu direito de queixa
concorrente ao de seu representante legal (súmula 544 STF).
O direito de queixa decai após 6 meses contados a partir do dia em que o ofendido tomou
conhecimento de quem seria o possível autor do crime. A pretensão punitiva permanece, mas não
pode ser satisfeita.

Questão 5.

Esta modalidade incide quando o MP não oferece a denúncia dentro do prazo (após o
recebimento do inquérito, serão 5 dias se o acusado estiver preso e 15 dias se solto). Cuida-se de
espécie de ação que tem como papel fundamental evitar que uma pretensão punitiva não seja
satisfeita por uma ineficiência do Estado em zelar pelo interesse e pelo patrimônio público
lesados pela conduta criminosa, devendo o fendido entrar com a queixa em até 6 meses após a
perda de prazo por parte do MP.

Questão 6.

Conveniência/oportunidade: autor ou representante não são obrigados a propor a ação penal.


Exercerão o direito conforme conveniência e interesse.

Intranscendência: a queixa só pode ser oferecida contra o provável autor do fato.

Disponibilidade: o ofendido ou representante podem dispor da ação.

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