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AULA 3 –AÇÃO PENAL:

Existem dois tipos de ação penal: Ação penal pública e ação penal privada.
A ação penal pública é de titularidade do MP, e inicia por denúncia; já a ação penal
privada é de titularidade do ofendido ou de seus representantes, sendo iniciada por
queixa-crime.
A ação penal pública tem dois tipos: Ação penal pública incondicionada onde
o MP não precisa de autorização para dar início a ação penal como crimes contra a
vida e dignidade sexual; Ação penal pública condicionada, que precisa de
autorização a qual se da mediante representação do ofendido como nos crimes de
ameaça, lesão leve, lesão culposa (prazo de 6 meses a contar do conhecimento da
autoria), ressalta-se ainda que na hipótese de representação se a vítima morrer, fica
responsável o CADI (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão), ou a autorização
possível é a requisição do ministro de justiça, como nos casos de crime contra a
honra contra o presidente da república.
Já a ação penal privada, pode ser de 3 tipos: Ação penal privada
propriamente dita que é a regra geral como nos crimes contra a honra (prazo de 6
meses) que pode ainda ser oferecida pelo CADI (cônjuge, ascendente, descendente
ou irmão); existe ainda a ação penal privada personalíssima, que é aquela em que
somente a vítima pode oferecer a queixa, a qual acontece somente em um único
crime, que é o de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento
matrimonial; a terceira ação penal privada, é a ação penal privada subsidiária da
pública, onde caso o MP perca o prazo para oferecer denúncia, a própria vítima
poderá oferecer a queixa subsidiária, a vítima terá prazo de 6 meses a contar da
inercia do MP (perda do prazo do MP).

TEXTO DE APOIO:
Existem no Brasil duas espécies de ação penal: pública (de titularidade do
Ministério Público, iniciando-se com denúncia) e privada (de titularidade da vítima,
iniciando-se com queixa-crime).
Em regra, a ação penal no Brasil é pública. A ação somente será privada se
a lei penal dispuser expressamente, com a expressão “somente se procede
mediante queixa” ou outra expressão semelhante.
A ação penal pública pode ser incondicionada (quando o Ministério Público
não precisa de autorização da vítima para processar o réu) ou condicionada. Essa
última depende de uma autorização: pode ser a representação do ofendido (como
no crime de ameaça, por exemplo) ou a requisição do Ministro da Justiça (nos
crimes contra a honra do Presidente da República, por exemplo). A representação
do ofendido deve ser feita no prazo de 6 meses, a contar do conhecimento da
autoria. É um prazo penal (por essa razão, conta-se o dia do começo, excluindo-se
o do final). Em caso de morte do ofendido, o direito de representar será transmitido
ao “CADI”: cônjuge, ascendente, descendente e irmão.
A representação, em regra, é retratável, até o oferecimento da denúncia (art.
25, CPP). Todavia, nos crimes praticados com violência doméstica ou familiar contra
a mulher, a retratação só pode ser feita perante o juiz, antes do recebimento da
denúncia (art. 16, Lei 11.340/06). Nos crimes contra a dignidade sexual (como
estupro, registro não autorizado da intimidade e assédio sexual), por foça da Lei
13.718/18, que alterou o Código Penal, a ação penal é pública incondicionada. No
crime de lesão corporal leve ou culposa, a ação penal é pública condicionada à
representação. No crime de lesão corporal grave ou gravíssima, a ação penal é
pública incondicionada. Segundo o STF, todos os crimes de lesão corporal
praticados contra mulher, com violência doméstica ou familiar, o crime é de ação
penal pública incondicionada.

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