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MENTORIA AULA 5 – ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS – PROF.

GUSTAVO JUNQUEIRA:
Escusa absolutória é causa de isenção de pena, significa que o fato é
típico, antijurídico, culpável, mas não será punível, pois desde logo o Estado
abriu mão de punir, isentou o sujeito de pena.
Essas causas de isenção de pena se encontra nos crimes patrimoniais
e no crime de favorecimento pessoal do art.348 do CP, todavia, nosso foco
será na isenção de pena dos crimes patrimoniais, despostos nas disposições
gerais do art.181 do CP.
Essas escusas absolutórias que alguns autores gostam de chamar de
imunidades, podem ser classificadas como ABSOLUTAS ou RELATIVAS. As
escusas absolutórias são aplicáveis nos crimes patrimoniais SEM VIOLÊNCIA
OU GRAVE AMEAÇA A PESSOA, se tiver esses fatores, não podem ser
aplicadas essas imunidades de isenção de pena.
ABSOLUTA: Sujeito isento de pena (Abrange os crimes patrimoniais
praticados entre os cônjuges, ascendentes e descendentes).
RELATIVA: Torna a Ação penal pública condicionada, dependerá
portando de representação. Se não tiver representação, terá decadência. O
interessante é que nesses casos de imunidade relativa nos crimes contra o
patrimônio, quase ninguém lembra que precisa representar e em muitos casos
acaba extinguindo a punibilidade por causa da decadência (abrange os crimes
patrimoniais entre cônjuges separados, irmãos, tios e sobrinhos que coabitam).

Obs.: As escusas absolutas e relativas, não se comunicam. O sujeito


que chama um amigo para furta a sua própria esposa. Nesse caso o marido
estará isento, mas o amigo não e respondera pelo tipo penal normalmente.
OBS: Não cabem as escusas absolutas e relativas se a vítima for
IDOSA.

TEXTO DE APOIO:
Encontramos escusas absolutórias (também chamadas imunidades)
nos crimes contra o patrimônio sem violência ou grave ameaça, e também no
favorecimento pessoal (art. 348 do CP).
Nos crimes patrimoniais sem violência ou grave ameaça as escusas
absolutórias costumam ser divididas em absolutas e relativas. Serão absolutas
as que isentam de pena, e relativas as que tornam a ação pública
condicionada, ou seja, dependente de representação.
ABSOLUTA: São casos de isenção de pena o crime patrimonial sem
violência ou grave ameaça praticado a) entre cônjuges e entre b) ascendentes
e descendentes em qualquer grau.
RELATIVA: São casos de imunidade relativa os crimes patrimoniais
sem violência ou grave ameaça praticados entre a) cônjuges separados, b)
irmãos e c) tios e sobrinhos que coabitam.

OBS: Não incidem as escusas se a vítima for idosa, ou seja, maior de


60 anos. As escusas não se comunicam, ou seja, apenas o parente é
beneficiado pela isenção de pena, mas não o terceiro que o auxilia. No
favorecimento pessoal, são isentos de pena o ascendente, descendente,
cônjuge ou irmão do autor do crime.

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